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“Se aceitamos a conveniência da igualdade política, todos os cidadãos devem ter uma
oportunidade igual e efetiva de votar e todos os votos devem ser contados como iguais.” (p.
109)
“Se tiverem de levar em conta as ideias de outros, será preciso escutar o que esses outros
tenham a dizer. A livre expressão não significa apenas ter o direito de ser ouvido, mas ter
também o direito de ouvir o que os outros têm para dizer” (p. 110)
“A vitória definitiva da democracia não fora obtida, nem estava perto. A China [...] ainda
não havia sido democratizada. [...] Da mesma forma, regimes não-democráticos persistiam em
muitas outras partes do mundo: na África, no sudeste asiático, no Oriente Médio e em alguns
dos países remanescentes da dissolvida União Soviética. Na maioria desses países, as
condições para a democracia não eram altamente favoráveis, não se sabia se ou como eles
fariam a transição para a democracia.” (p. 162)
“[...] durante as últimas décadas do século XX, ocorreu uma épica mudança no clima
política do mundo, que melhorou imensamente as perspectivas para o desenvolvimento da
democracia.” (p. 164)
“Conflitos culturais podem irromper na arena política, como normalmente acontece [...].
Essas questões impõem um problema especial para a democracia. Os adeptos de uma
determinada cultura muitas vezes consideram suas exigências políticas uma questão de
princípio, de convicção profundamente religiosa ou mais ou menos religiosa, de preservação
da cultura ou sobrevivência do grupo. Consequentemente, consideram suas exigências por
demais decisivas para permitirem uma solução conciliatória - não são passíveis de negociação.
Não obstante, num processo democrático pacífico, a solução de conflitos políticos, em geral,
requer negociação, conciliação, soluções conciliatórias.” (p. 166-167)
“Mais cedo ou mais tarde, todos os países passarão por crises bastante profundas - crises
bastante profundas - crises políticas, ideológicas, econômicas, militares, internacionais. Dessa
maneira, se pretende resistir, um sistema político democrático deverá ter a capacidade de
sobreviver às dificuldades e aos turbilhões que essas crises apresentam.” (p. 173)
“As perspectivas para a democracia estável num país são melhores quando seus cidadãos
e seus líderes apoiam vigorosamente as práticas, as ideias e os valores democráticos. O apoio
mais confiável surge quando essas convicções e predisposições estão incrustradas na cultura
do país e são transmitidas, em boa parte, de uma geração para a outra. Em outras palavras,
quando o país possui uma cultura democrática” (p. 174)
“Ao contrário da América Latina, por exemplo, as tradições militares indianas pouco
apoiam golpes ou ditaduras militares. Embora bastante corrupta em geral, a Polícia não
constitui uma força política independente capaz de um golpe.” (p. 178)
“No final das contas, a Índia confirma a terceira proposição que prometi. Num país em
que estejam ausentes uma ou diversas, mas não todas as cinco condições favoráveis à
democracia, a democracia é duvidosa, talvez improvável, mas não necessariamente
impossível.” (p. 179-180)