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07/01/2016

Universidade Federal de Alagoas


Unidade Acadêmica Centro de Tecnologia
Curso de Engenharia Civil

Teoria das Estruturas I

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Aspectos históricos Vinculação

Morfologia – conceito de estrutura Forças que atuam nas estruturas


e elemento estrutural.
Tipos de solicitações
Classificação das estruturas
Determinação geométrica das
Projeto estrutural – aspectos estruturas planas
introdutórios.
Reações de apoio
Estaticidade – Graus de liberdade
e Tipos de apoios

Prof. Flávio Barboza de Lima

Vinculação

Quanto ao número de dimensões predominantes da região de apoio


em relação à(s) dimensão(ões) predominante(s) do elemento
estrutural atrelado:

Pontual
P1
V1

Linear

L1

V1

1
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Vinculação

Superficial

L1

Solo

Quanto à deformabilidade

Rígido

Flexível

Forças que Atuam nas Estruturas

Idealização de força
concentrada

Força de superfície

Força de massa
Idealização de
Força linearmente distribuída

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Forças que Atuam nas Estruturas


Força de superfície
Força que se distribui sobre a superfície do corpo
São causadas pelo contato direto de um corpo com a superfície de outro

Força linearmente distribuída


Força que, por agir sobre faixa muito estreita da superfície do corpo,
para efeito de cálculo, é suposta distribuída sobre uma linha

Força concentrada
Força que, por agir sobre área muito pequena da superfície do corpo,
para efeito de cálculo, é considerada aplicada em um ponto

Força de massa (ou de corpo)


Força proveniente de aceleração aplicada aos elementos do corpo

Forças que Atuam nas Estruturas

Força de superfície

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Forças que Atuam nas Estruturas

Força de superfície (vento)

Forças que Atuam nas Estruturas


Força linearmente distribuída

Força linearmente distribuída

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Forças que Atuam nas Estruturas


Força concentrada / Força de massa

CARGA – Esforço externo devido à ação da gravidade

Forças que Atuam nas Estruturas


As estruturas funcionam como caminho das forças para
levá-las ao solo

As forças que atuam nas edificações precisam ser muito bem


conhecidas (intensidade, direção e sentido) para que a concepção
estrutural seja coerente com o caminho que essas forças devem
percorrer até o solo e para que os elementos estruturais sejam
adequadamente dimensionados.

Cargas permanentes Toda a vida útil

Cargas acidentais Eventualmente

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Forças que Atuam nas Estruturas

Cargas Permanentes
Determinadas com boa exatidão

Peso próprio da estrutura


Peso dos revestimentos
Peso das paredes

Cargas Acidentais
Estimadas por Normas Técnicas

Peso da ocupação de pessoas


Peso dos mobiliários / equipamentos
Peso de veículos
Força do vento

Ações
Carregamentos distribuídos
Considere um trecho retilíneo de um elemento estrutural qualquer
submetido a um carregamento distribuído conforme a lei de variação
definida através da função q(x)

q(x)

d D

Nas equações de equilíbrio o carregamento em pauta deve


contribuir no equilíbrio de força e no equilíbrio de momento

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Ações
Carregamentos distribuídos
Para o estabelecimento dessas contribuições deve-se entender o
carregamento distribuído como uma combinação de infinitos carregamentos
concentrados infinitesimais equivalentes aos carregamentos distribuídos ao
longo das infinitas subdivisões infinitesimais de comprimento dx ao longo
do trecho de carregamento

dF=q(x)dx
q(x)

dx
x
d D

Ações
Carregamentos distribuídos
A força resultante equivalente ao carregamento distribuído é dada por:

D
Fq = ∫ dF = ∫ q(x)dx
0

que geometricamente pode ser interpretada como a área da figura


representativa do carregamento distribuído

O momento equivalente gerado pelo carregamento distribuído, em


relação ao ponto A, é dado por:

D
M qA = ∫ (d + x )dF = ∫ (d + x )q(x)dx
0

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Ações
Carregamentos distribuídos
O momento equivalente pode ser interpretado como o momento
estático de área da figura representativa do carregamento distribuído

Quando se tem um carregamento distribuído cuja figura representativa


possui o valor da área e a posição do centróide facilmente conhecidos,
pode-se construir o sistema equivalente antes da aplicação das equações
de equilíbrio

D.q/2 q

D/3

Forças que Atuam nas Estruturas

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Tipos de Solicitações

Modelagem de Apoios e Vínculos

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Modelagem de Apoios e Vínculos


Tipos de apoios mais encontrados em problemas bidimensionais

Determinação Geométrica das Estruturas Planas

Introdução

Os vínculos entre os elementos estruturais e entre a estrutura e o


solo restringem os movimentos da estrutura no plano

As relações entre o número de vínculos e o número de elementos


em um arranjo estrutural devem satisfazer certas condições para
que a estrutura tenha sua posição determinada no plano

O estudo destas relações, baseado nas funções geométricas dos


componentes da estrutura, denomina-se determinação geométrica

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Determinação Geométrica das Estruturas Planas

Barras vinculares equivalentes


Apoio simples, ou Apoio do 1º gênero

Apoio duplo, Apoio do 2º gênero, Articulação ou Rótula

Apoio do 3º gênero ou Engaste

Determinação Geométrica das Estruturas Planas

Treliças

São estruturas reticuladas cujas barras estão ligadas entre si nas


suas extremidades por nós e com o exterior por apoios

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Determinação Geométrica das Estruturas Planas

Treliças

Substituindo os apoios por barras vinculares equivalentes, a


estrutura fica constituída apenas por barras e nós

Determinação Geométrica das Estruturas Planas

Treliças

Um ponto no plano pode ter até dois graus de liberdade

Um nó no plano é equivalente a um ponto no plano

Duas barras vinculares, portanto, são suficientes para fixar


um nó no plano
1

1 2

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Determinação Geométrica das Estruturas Planas

Treliças

Determinação Geométrica das Estruturas Planas

Treliças

Sendo b o número de barras, incluindo as barras vinculares


equivalentes, e n o número de nós de uma treliça plana, a
condição necessária para que a estrutura tenha a sua posição
determinada é:

b=2n

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Determinação Geométrica das Estruturas Planas

Treliças

Classificação quanto à sua determinação geométrica

b<2n Treliça indeterminada (móvel)

b=2n Treliça determinada

b>2n Treliça superdeterminada

Determinação Geométrica das Estruturas Planas


Treliças
Exemplos
1

n = 16

b = 32

b=2n
Treliça determinada

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Determinação Geométrica das Estruturas Planas


Treliças
Exemplos
2

n = 11
b=2n
Treliça determinada
b = 22

Determinação Geométrica das Estruturas Planas


Treliças
Exemplos
3

n = 19
b<2n
Treliça indeterminada
b = 35

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Determinação Geométrica das Estruturas Planas


Treliças
Exemplos
4

n = 14
b>2n
Treliça superdeterminada
b = 29

Determinação Geométrica das Estruturas Planas

Treliças

Sendo b o número de barras, incluindo as barras vinculares


equivalentes, e n o número de nós de uma treliça plana, a
condição necessária para que a estrutura tenha a sua posição
determinada é:

b=2n

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Determinação Geométrica das Estruturas Planas

Treliças

Classificação quanto à sua determinação geométrica

b<2n Treliça indeterminada (móvel)

b=2n Treliça determinada

b>2n Treliça superdeterminada

Determinação Geométrica das Estruturas Planas


Treliças
Exemplo
4

n = 14
b>2n
Treliça superdeterminada
b = 29

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Determinação Geométrica das Estruturas Planas

Chapas
Para esse estudo, será considerada uma chapa a estrutura ou o
conjunto de peças estruturais responsável pela posição de três ou
mais pontos em seu domínio

Treliça geometricamente
Determinada (n = 7 e b = 14)
“Chapa” de treliça

A chapa possui, dessa forma, três graus de mobilidade no plano

Determinação Geométrica das Estruturas Planas

Chapas
A condição para que uma treliça, excluindo-se as ligações
externas (barras vinculares) seja uma “chapa”, é dada por:

b=2n-3
2 graus de liberdade Treliça como chapa (n = 7 e b = 11)

2 graus de liberdade 3 graus de liberdade

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Determinação Geométrica das Estruturas Planas


Chapas
Exemplos
3
(2)

(2) (2)

c=2 b=6 b=3c


Estrutura determinada

Determinação Geométrica das Estruturas Planas


Chapas
Exemplos
4

(3) Continuidade = 3 barras

(3) (3)

c=1 b=9 b>3c


Estrutura superdeterminada
grau = 6

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Determinação Estática das Estruturas Planas

Estruturas em treliças

Classificação quanto à sua determinação estática

b<2n Treliça hipostática

b=2n Treliça isostática

b>2n Treliça hiperestática

Determinação Estática das Estruturas Planas

Estruturas em chapas

Classificação quanto à sua determinação estática

b<3c Estrutura hipostática

b=3c Estrutura isostática

b>3c Estrutura hiperestática

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Cálculo de reações de apoio


Sabemos que um corpo está em equilíbrio quando a resultante de todas
as forças que nele atuam é nula

Com isso a força resultante F e o momento resultante M devem se anular,


resultando, considerando as três dimensões no espaço, nas seguintes
equações de equilíbrio:

∑F x =0 ∑M x =0 y

∑F y =0 ∑M y =0 z
x

∑F z =0 ∑M z =0

Particularizando para o caso de estruturas planas com carregamento plano:

∑F x =0 ∑F y =0 ∑M z =0 x

Cálculo de Reações de apoio


A correta aplicação das equações e equilíbrio necessita da completa
especificação de todas as forças externas atuantes sobre a estrutura

Diagrama de corpo livre é a representação esquemática do corpo com as


forças atuantes, substituindo-se os vínculos por forças que correspondem
às reações de apoio

Se faz necessário estabelecer uma convenção de sinais para a direção e


sentido das forças, bem como sentido de giro em relação a um pólo em
qualquer ponto da estrutura

y
+
x

Inicialmente admite-se um sentido para as reações e após aplicado as


equações de equilíbrio caso resulte negativo basta inverter o sentido

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Cálculo de Reações de apoio - Exemplos

Exemplo 1 – Viga bi-apoiada com carga concentrada


60kN 60kN
A B

4m 2m RVA RVB

y ∑M A =0
+
x 6 xRVB − 4 x60 + 0 xRVA = 0 ∴ RVB = 40kN

∑M B =0
− 6 xRVA + 2 x60 + 0 xRVB = 0 ∴ RVA = 20kN

60kN

Diagrama de A B

corpo livre
20kN 40kN

Cálculo de Reações de apoio - Exemplos

Exemplo 2 – Viga bi-apoiada com carga uniformemente distribuída


3kN/m R=3x6=18kN
A B

6m RVA RVB
3m 3m

y
∑M A =0
+
x 6 xRVB − 3 x18 = 0 ∴ RVB = 9kN

∑M B =0
− 6 xRVA + 3x18 = 0 ∴ RVA = 9kN

3kN/m
Diagrama de
A B
corpo livre
9kN 9kN

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Cálculo de Reações de apoio - Exemplos

Exemplo 3 – Viga bi-apoiada com carga parcialmente distribuída


6kN/m R=6x4=24kN

A B

2m 4m RVA
4m 2m RVB

y
∑M A =0
+
x 6 xRVB − 4 x 24 = 0 ∴ RVB = 16kN

∑M B =0
− 6 xRVA + 2 x 24 = 0 ∴ RVA = 8kN

6kN/m
Diagrama de
A B
corpo livre
8kN 16kN

Cálculo de Reações de apoio - Exemplos

Exemplo 4 – Viga bi-apoiada com carga triangularmente distribuída


6x6
6kN/m R= = 18kN
2
A B

6m RVA
4m 2m RVB

y
∑M A =0
+
x 6 xRVB − 4 x 2 − 18 = 0 ∴ RVB = 12kN

∑M B =0
− 6 xRVA + 2 x18 = 0 ∴ RVA = 6kN

6kN/m

Diagrama de
A B
corpo livre
6kN 12kN

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Cálculo de Reações de apoio - Exemplos

Exemplo 5 – Viga bi-apoiada com carga momento concentrada

30kN.m 30kN.m
A B

2m 4m RVA
RVB

y
∑M A =0
+
x 6 xRVB − 30 = 0 ∴ RVB = 5kN

∑M B =0
− 6 xRVA + 30 = 0 ∴ RVA = −5kN

Diagrama de A
30kN.m
B
corpo livre
5kN
5kN

Cálculo de Reações de apoio - Exemplos

Exemplo 6 – Viga engastada ou em balanço com carga concentrada


20kN 20kN
MA
A B

4m
RVA

y
∑Y =0
+
x RVA − 20 = 0 ∴ RVA = 20kN

∑M A =0
− 4 x 20 + M A = 0 ∴ M A = 80kN .m

20kN
Diagrama de 80kN.m
corpo livre A B

20kN

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Cálculo de Reações de apoio - Exemplos

Exemplo 7 – Viga engastada ou em balanço com carga distribuída uniforme


R=5x4=20kN
5kN/m
MA
A B

4m RVA
2m

y
∑Y =0
+
x RVA − 20 = 0 ∴ RVA = 20kN

∑M A =0
− 20 x 2 + M A = 0 ∴ M A = 40kN .m

Diagrama de 5kN/m
40kN.m
corpo livre A B

20kN

Cálculo de Reações de apoio - Exemplos

Exemplo 8 – Viga engastada ou em balanço com carga momento

10kN.m
MA 10kN.m
A B

4m RVA

y
∑Y =0
+
x RVA + 0 = 0 ∴ RVA = 0

∑M A =0
− 10 + M A = 0 ∴ M A = 10kN .m

Diagrama de 5kN/m
40kN.m
corpo livre A B

20kN

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Cálculo de Reações de apoio - Exemplos

Exemplo 9 – Viga bi-apoiada com balanço e carga uniformemente distribuída


7,5kN/m R=7,5x8=60kN

A B

6m 2m RVA RVB
4m 2m

y
∑M A =0
+
x 6 xRVB − 4 x 60 = 0 ∴ RVB = 40kN

∑M B =0
− 6 xRVA + 2 x 60 = 0 ∴ RVA = 20kN

7,5kN/m
Diagrama de
A
corpo livre
B
20kN 40kN

Próxima Aula

Apoios
Cálculo das reações de apoio em estruturas isostáticas, exercícios.
Definição de Esforços Internos Solicitantes

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