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Introdução

Os corticosteroides, também chamados de glicocorticoides, são os anti-inflamatórios mais


eficazes disponíveis , pois inibem a enzima fosfolipase A2 . A inativação da mesma diminui a
disponibilidade de ácido aracdônico na célula e provoca a diminuição de metabolitos da COX 2,
fazendo, assim, com que diminua as manifestações clínicas sintomáticas.

Os corticosteroides podem também ser chamados de anti-inflamatórios esteroidais (AIES) ou


glicocorticoides, devido ao cortisol possuir efeito sobre o metabolismo dos carboidratos
através da deposição hepática de glicogênio.

Estes, por sua vez, são considerados hormônios sintetizados e secretados no córtex
suprarrenal através da utilização do substrato colesterol .

Indicações

Os corticosteroides são indicados para prevenir a hiperalgesia e controlar o edema


inflamatório, decorrentes de intervenções odontológicas eletivas, como a exodontia de
inclusos, as cirurgias periodontais, a colocação de implantes múltiplos, as enxertias ósseas, etc.

Principais fármacos

Os corticoides mais comumente utilizados em situações odontológicas são Dexametasona,


Betametasona, Prednisona, Prednisolona, Hidrocortisona, Triancinolona, Beclometasona.
Dentro desse grupo a dexametasona ou a betametasona são os fármacos de escolha, pela
maior potência anti-inflamatória e duração de ação, o que permite muitas vezes seu emprego
em dose única ou por tempo muito restrito. Pela necessidade de tempo biológico para
exercerem sua ação, como explicado anteriormente, o regime analgésico mais adequado para
empregar os corticosteroides é o de analgesia preemptiva (introduzido antes da lesão
tecidual). Em adultos, essa dose é, em geral, de 4 a 8 mg, administrada 1 h antes do início da
intervenção.

Vias de administração possíveis

As vias de administração possíveis são intravenosa, oral, intracanal, bucal, intra-articular,


intramuscular, subcutânea.

A via oral é a mais utilizada pela facilidade de aplicação. Em odontologia, as formas


farmacêuticas administradas por via oral incluem os comprimidos, as drágeas, as cápsulas, as
soluções, as suspensões e os elixires. A administração de fármacos por via oral pode ser
limitada nos casos em que há dificuldade de deglutição, pelo odor ou sabor desagradável do
medicamento. Está contraindicada quando o paciente está inconsciente ou apresenta náuseas
ou vômitos.

A intravenosa o cirurgião-dentista raramente irá empregá-la, a não ser em alguns quadros de


emergência

A intracanal é de uso exclusivamente odontológico, serve para a aplicação de fármacos no


sistema de canais radiculares dos dentes.

A bucal é empregada para a administração de fármacos que exercem ação no local de


aplicação, pois a manutenção de sua concentração quando estão em contato com a mucosa é
muito difícil, em função da ação da saliva.
A intra-articular é empregada para a injeção de fármacos no interior da cápsula articular mais
especificamente na articulação temporomandibular.

Intramuscular a absorção das soluções injetadas por esta via depende do fluxo sanguíneo do
local de aplicação e do tipo de preparação injetada.

Prescrição

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