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Salvador,2018
FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS
PROGRAMA FGV MANAGEMENT
MBA EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS
_________________________________________
André Barcaui
Coordenador Acadêmico Executivo
____________________________________________
Prof. Orientador: Arnaldo Lyrio Barreto
TERMO DE COMPROMISSO
_________________________________
Leila Ribeiro Costa
Dedico esse trabalho aos meus pais e meu irmão
que sempre contribuíram nesta etapa de
aprendizado e crescimento profissional.
À Deus, inteligência suprema, causa primária de
todas as coisas, por me mostrar sempre o melhor
caminho.
Fernando Sabino
RESUMO
INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................11
CONCLUSÕES ....................................................................................................................................50
1
Por questões de sigilo empresarial e com a concordância da Coordenação da FGV, o nome da
fábrica e da construtora foram trocados pelos nomes fantasia MASTER Indústria e XPTA Construtora,
respectivamente.
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1.4. JUSTIFICATIVA
Fonte: <http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/211/tudo-coordenado-238914-
1.aspx>
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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O escopo é tudo, é a reta que vai desde onde estou até onde eu quero
chegar. (VARGAS, Palestra “Crescimento do Gerenciamento de Projetos”)
• Especialistas no assunto.
Por fim, é Importante salientar que o escopo pode ser considerado o foco do
projeto, e sua definição é fundamental para a administração correta dos prazos de
entrega, bem como planejamento de custos e, consequentemente, a garantia da
qualidade do produto.
benefício deste processo é permitir que a linha de base do escopo seja mantida ao
longo de todo o projeto.
O controle do escopo está associado ao controle integrado de mudanças,
responsável por gerenciar as mudanças que afetam o desempenho do projeto e
integrar a outros processos de controle. Ele garante que todas as mudanças
solicitadas e ações corretivas sejam controladas.
Impedir que as mudanças ocorram durante o projeto é praticamente
impossível. Elas poderão ocorrer diversas vezes durante a execução e, ao se
deparar com a necessidade de mudar, 1 o que já foi definido, é importante saber
como se deve proceder. Em função disso, desde a fase de planejamento, o controle
do escopo deve conter orientações para gerenciar as modificações. Este processo
busca minimizá-las e garantir que as mesmas não interfiram de forma negativa no
projeto.
Segundo o guia PMBOK (PMI, 2013, p.93), as mudanças podem incluir, mas
não estão limitadas, às seguintes:
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/1861164/
• Data da solicitação;
• Solicitante;
• Local, atividade ou fase do projeto de ocorrência da mudança
desejada;
• Descrição da mudança, motivos e impactos;
• Grau de prioridade;
• Assinaturas do responsável pela aprovação e solicitante.
O que eu quero com a presente especificação, não resta dúvida que eu sei.
Mas quem precisa saber o que eu quero é o mercado a quem entregarei a
documentação pertinente. Dessa forma, as informações, que devo gerar
não são pra mim, mas para terceiros, devendo as mesas refletir o que
espero receber, devendo ser organizadas de forma clara e objetiva,
contendo todos os dados e parâmetros que são necessários para a
obtenção de ofertas seguras. (XAVIER, WEIKERSHEIMER, JÚNIOR, DINIZ,
2013, p.61)
Assim como é preciso deixar claro para o que cliente o que faz e não faz parte
do escopo do projeto, é preciso ter o mesmo cuidado com os implícitos, em relação
ao fornecedor, no momento da elaboração desse documento. Às vezes, não é
deixado clara, uma necessidade do produto ou serviço, por achar que está implícito.
Entretanto, quem vai receber o documento, não necessariamente irá perceber que é
preciso atender a tal parâmetro. Também, não devem ser incluídas palavras ou
frases que deem margem à múltiplas interpretações. Desta forma, o fornecedor
também não irá entregar aquilo que a equipe do projeto espera receber.
Para que o escopo do contrato apresente informações claras, completas e
concisas, é preciso conter as seguintes informações:
escopo
Mão de obra de civil improdutiva em função das alterações
de projetos constantes 3 Projeto
Aumento do quantitativo de aço 3 Projeto
Alteração da segunda laje do prédio principal 3 Projeto
Rompimento da rede de incêndio por falta de projetos “as
built” 3 Projeto
Mão de obra parada de instalações por atraso de entrega
dos projetos 3 Projeto
Demissão de funcionários parados por atraso da entrega
dos projetos 3 Projeto
Sistema de HVAC em desacordo com a necessidade do
projeto 3 Projeto
Especificação inadequada dos disjuntores de um dos
prédios 3 Projeto
Escopo inadequado do sistema de mecânica de um dos
prédios 3 Projeto
Reforço de laje em função da execução de uma abertura
não prevista 5 Projeto
Instalação e fornecimento de novas plataformas metálicas
na cobertura 5 Projeto
Aumento dos custos devido a maior permanência da equipe
na obra 6 Projeto
Aumento de quantitativos de forma, aço e concreto 6 Projeto
Acréscimo de fechamento em alvenaria para isolamento de Mudança de
uma área do prédio 6 escopo
Aumento de quantitativos de guarda corpo 6 Projeto
Mudança de
Assentamento de piso metálico no prédio principal 6 escopo
Alteração de quantitativo e especificação da pintura dos
prédios 6 Projeto
Mudança de
Impermeabilização dos tanques 6 escopo
Proteção mecânica das lajes 6 Projeto
Cobertura metálica dos silos 6 Projeto
Mudança de
Cantoneira e grelhas para canaletas em um dos prédios 6 escopo
Grade de piso para bombas 6 Projeto
Cantoneiras, chapas, grade metálica, inserts, chumbadores 6 Projeto
Retrabalho da equipe de aço devido a alterações de
projetos de duas lajes 4 Projeto
Fornecimento e montagem da chapa xadrez de uma das
plataformas metálicas 4 Projeto
Alteração do peso da cobertura da estrutura metálica 4 Projeto
Mudança de
Relocação da tubulação de incêndio 4 escopo
Mudança de
Alteração das dimensões das caixas de passagem externas 4 escopo
Pilaretes e vergas necessários para atender à altura de 4 Projeto
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* O aditivo 07, no momento em que as informações foram levantadas, ainda estava sob a análise do
Cliente
Fonte: Dados da própria pesquisa
A tabela 03, a seguir, mostra os itens que estão de acordo com a situação
apresentada acima.
acordo. Pode-se observar que os projetos eram, muitas vezes, liberados, sem
realmente terem sido analisados pelo próprio cliente ou pela gerenciadora.
Esse volume de atividades extracontratuais, inevitavelmente, trouxe impactos
para a gestão do contrato, aumentando os prazos de permanência das equipes
terceirizadas, alocação de recursos (mão de obra e equipamentos), algumas vezes,
para até tentar reduzir alguns prazos que estavam impactando, na data de
montagem dos equipamentos adquiridos pela da MASTER Indústria, e,
consequentemente, levaram ao aumento de custo do projeto. Todo esse cenário
provocou um desgaste na relação com a XPTA Construtora, sendo que, algumas
vezes, a MASTER Indústria não compreendia que o cobrado era devido, já que a
causa do problema partia da má gestão dele ou situações adversas, com seus
subcontratados diretos.
Ao longo do desenvolvimento do projeto, a linha de base do cronograma foi
revisada, oficialmente, 02 vezes. Entretanto, para se chegar ao último, foram feitos
mais 3 replanejamentos a fim de tentar chegar a uma data final, mas infelizmente,
com as mudanças constantes e a demora de tomada de decisão do cliente, as datas
e metas previstas não conseguiam ser atingidas.
Fonte: http://slideplayer.com.br/slide/1861164/
4.1. ESCOPO
e todas na medida certa, a maioria das adequações não poderiam ser feitas no local
da obra.
Desta forma, pode-se apontar que a má definição do escopo do projeto em
análise, como a principal causa dos problemas enfrentados pelo gestor do contrato e
sua equipe. Se a empresa de projetos estava ciente de que haveria grandes
alterações, a mesma deveria informar a MASTER Indústria e a mesma não liberar
como executivo para construtora. Causaria muito menos transtornos, menos custos,
menos retrabalho, se fosse priorizado realizar todas adequações, em função da
mudança do equipamento principal, antes de iniciar as atividades. É claro que todo
projeto está sujeito às mudanças. Alterações podem acontecer durante todo seu
desenvolvimento, mas não conforme vivido por esta obra.
4.2. PRAZO
Com pode ser observado no gráfico 01 e tabela 01, é possível verificar que o
prazo da obra dobrou, com previsão de se estender por mais 02 meses, até
fevereiro/18. Com aumento do escopo e atraso na definição das especificações,
correções e entrega dos projetos, vários serviços tiveram suas atividades iniciadas
com atraso. Muitos problemas de escopo foram resolvidos na própria obra, junto à
gerenciadora e a MASTER Indústria, para tentar não delongar ainda mais a obra,
porque até voltar para a empresa de projetos e tentar resolver, levava um certo
tempo. A XPTA Construtora demandou bastante tempo para fechar algumas
contratações como, porta corta-fogo, serralheria, pintura epóxi para pisos, estrutura
metálica, instalações gerais, pintura, etc.
A obra foi replanejada quatro vezes, apenas na última foi conseguido manter
a maioria das datas. A construtora nunca conseguiu validar nenhum dos três
replanejamentos. As datas mudavam com grande velocidade, e certas vezes,
passava-se muito tempo sem ter uma definição de data com relação a algum serviço
ou especificação. A empresa de projetos também atrasava na entrega das revisões,
tornando mais difícil todo o processo. Por isso, muitas coisas foram resolvidas na
própria obra, junto ao cliente. O replanejamento constante é sinônimo de
desorganização e falta de controle, causando retrabalho e esmorecimento de toda
equipe. É claro que quase nunca poderá ser evitado de fazê-lo, mas nessas
condições não é normal.
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4.3. CUSTO
4.4. AQUISIÇÕES
4.5. QUALIDADE
CONCLUSÕES
atenção, o qual as empresas deveriam priorizar e ter mais cuidado ao tratá-lo já que
os impactos podem ser grandes e trazer prejuízo aos seus negócios.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AURIONE, Daniela Vieira; PRATTI, Icaro Otávio; CARVALHO; Lorena Oliveira. Análise de
Aditivos Contratuais – Impacto Financeiro e Causas – Estudo de Caso. 2015. 54f.
Monografia (Graduação Em Engenharia Civil) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia.
KERZNER. Harold. Gestão de Projetos: As Melhores Práticas. 3ed. São Paulo: Bookman.
2017.
SOTILLE, Mauro Afonso; MENEZES, Luís César de Moura; XAVIER, Luiz Fernando da
Silva; PEREIRA, Mário Luís Sampaio Pereira. Gerenciamento de escopo em projetos.
3.ed. Rio de Janeiro: FGV,2014.
TISAKA, Maçahico. Aditivos contratuais – Parecer Técnico, São Paulo, SINICESP, 2006.
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VALLE, André Bittencourt de; CIERCO, Agliberto Alves; SOARES, Carlos Alberto Pereira;
FINOCCHIO JR, José. Fundamentos em gerenciamento de projetos. 3.ed. Rio de
Janeiro: FGV,2014.