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por Kerlen E Batista
Uma função tem como características dois campos de valores numéricos, onde um é
consequência do outro. O primeiro campo é o eixo da reta real, posicionado como eixo x no
plano cartesiano, também conhecido como domínio da função e abrange todos os números
reais. Se para cada número real a função têm um valor, então diz-se que a função é contínua
neste valor.
O segundo campo numérico é a imagem da função, ou seja, é a consequência de seu
comportamento. Geralmente a imagem também está contida no conjunto dos números reais,
mas nem sempre isto acontece, como veremos mais adiante. A imagem de uma função
costuma estar contida no eixo y do plano cartesiano.
Para obtermos uma função, tomamos qualquer equação que tenha as variáveis B e C,
isolamos o C e o deixamo-o em função de B, ou seja:
$ # " ! " # $
* ( & $
# % # $ # # #
Muito bem! Agora vamos construir uma tabela contendo os valores de domínio no eixo B
e assim, ordenamos os valores da imagem que irá no eixo C. Vamos ampliar este domínio de -4
a 4:
% $ # " ! " # $ %
„#ß $( „#ß #% „#ß "! „"ß *& „"ß (* „"ß '" „"ß %" „"ß ") „!ß )*
Onde „, à frente de cada resultado, na imagem, significa que há dois valores para cada
número do domínio; um positivo e outro, negativo. O -4, por exemplo, possui dois valores-
imagem: o 2,37 e o -2,37.
Mas... será que esta função é contínua em todo o domínio no eixo B? Se você estender
os valores da tabela acima para 5,6,7, etc, descobrirá que, ao chegar no 6, você cairá em uma
raíz quadrada negativa („È !ß %). Portanto, o domínio desta função pára no valor 5
(„È!ß # œ „!ß %&), pois, no conjunto dos números reais não existe raíz quadrada de número
negativo. Observe que, para valores abaixo de -4, a função segue normalmente sem nunca nos
surpreender. O domínio da função 0 ÐBÑ œ É "'$B& , portanto, é escrito da forma Ó _ß &Ó, ou
seja, aberto a todos os valores negativos até o infinito e fechado para valores positivos até o 5.
Já para a imagem, podemos escrevê-la Ó _ à _Ò ou seja, a imagem nos chega do
infinito negativo, nunca parando e se estende para o infinito positivo.
Conclusão: A função 0 ÐBÑ œ „É "'$B
& NÃO é contínua no intervalo Ò'ß _Ò, do domínio.
Da tabela, a obtenção do gráfico é evidente:
Quanto à natureza da disposição das imagens e do estilo das curvas gráficas, as fun-
ções são classificadas em:
a) SOBREJETIVAS: Para ser sobrejetiva, a função tem que apresentar uma continui-
dade suave, sem quebras ou bicos súbitos. A função acima, do exemplo anterior, é sobrejetiva,
porém a função 0 ÐBÑ œ lBl não é sobrejetiva, porque o gráfico faz um "bico" repetino no zero.
Todas as curvas e retas são sobrejetivas, mas nenhuma condicional a é, pois no ponto da con-
dicionalidade, o comportamento é abrupto.
B# % =/ B %
Exemplo: 3. 0 ÐBÑ œ œ não é sobrejetiva.
B # =/ B $ %
b) INJETIVA: Para ser injetiva, cada ponto do domínio da função poderá ter ape-
nas uma imagem e não mais que isso. As funções raíz-quadrada, circulares e elípticas não
poderão, portanto, serem injetivas, mas uma condicional tal como o exemplo 3, sim. Ah, todos
os pontos do domínio deverão ter imagem para ser sobrejetiva...
Exemplos de funções injetivas: 0 ÐBÑ œ lBl à 0 ÐBÑ œ +B# ,B - a +ß ,ß - − lV, polinômios
de terceiro, quarto, ..., n-grau, condicionais,...
Exemplos de funções não-injetivas: 0 ÐBÑ œ ÈB à 0 ÐBÑ œ È $
B ß 0 ÐBÑ œ È8
B a 8 − lR ,
Exercícios: Das equações abaixo, determine o domínio, a imagem, faça o gráfico, clas-
sifique em contínua, não-contínua, sobrejetiva, injetiva ou bijetiva: