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O PAPEL DO PSICOPEDAGOGO NO ENSINO DOMICILIAR

Thalyta Elias de Andrade / thalytae.a@hotmail.com


Graduada em Educação Física - Licenciatura pela Universidade Federal
de Goiás (UFG). Graduada em Pedagogia pela Faculdade Bravium.
Thamyres Cristina de Andrade / thamyandradeadv@gmail.com
Graduada em Direito pela Faculdade Alves Faria (ALFA). Graduada em
Pedagogia pela Faculdade Bravium.
Universidade Araguaia
Pós-Graduação: Especialização - Psicopedagogia Institucional Com
Ênfase Em Educação Infantil E Séries Iniciais
Goiânia, GO, 19 de Outubro de 2022.

Resumo
Este artigo tem como objetivo abordar o conceito e o processo de desenvolvimento da
Educação Domiciliar no Brasil, principalmente a do Ensino Remoto no período da pandemia,
demonstrando o papel exercido pelo profissional da psicopedagogia nessa forma de ensino. A
educação domiciliar como um todo é uma modalidade que veio ganhando mais visibilidade
pelo fato da situação que vivenciamos com a propagação do novo coronavírus. A pandemia,
nos obrigou a praticar o distanciamento social, o que nos levou ao exercício do ensino
desenvolvido em casa, para evitar a nossa exposição ao vírus. O artigo apresenta as formas de
elaborar a educação domiciliar, abordando informações sobre homeschooling e Ensino
Remoto, trazendo os seus significados, como foram e são praticados, suas vantagens e
desvantagens. A partir disso, procura exemplificar a educação domiciliar ao trazer de forma
sucinta pontos importantes que a envolvem, e, por sua vez, para entender melhor como ela foi
e é aplicada no cotidiano dos educandos. Assim, para investigar mais sobre a temática,
analisamos diversas pesquisas que abordam este assunto. Em síntese, neste artigo,
encontram-se pontos positivos e negativos do ensino domiciliar e como ele foi e é na
realidade das famílias brasileiras e profissionais da educação que o praticaram ou estão
praticando.

Palavras-chave: Educação. Homeschooling. Ensino. Remoto. Domiciliar. Aprendizagem.


Papel. Psicopedagogo.
1. Introdução
A palavra educar, conforme dicionário, origina-se do termo, em Latim, educare,
educere que significa “conduzir para fora” ou “direcionar para fora”, ou seja, conduzir o
indivíduo para fora de si mesmo e prepará-lo para viver em sociedade.
Segundo Perrenoud (2001, apud NOVAES et al, 2019), o conhecimento deve ser
edificado e empregado como um instrumento para compreender o mundo e agir sobre ele.
Portanto, a escola básica não deve ser uma preparação para estudos longos, mas sim uma
preparação para a vida.
Com isso, conforme Soares (2016, apud NOVAES et al, 2019), a característica
significativa da educação é o processo de transformação. Sendo assim, o educar acontece
também por meio de outras vias, e não apenas na escola básica, pois todo e qualquer ambiente
atua sobre o desenvolvimento e a aprendizagem da criança e do jovem. Seja esse espaço
familiar, escolar, religioso, experiências pessoais, sociais, culturais.
Partindo desse pensamento, a educação básica escolar pode ocorrer no ambiente
familiar, considerando o simples fato que neste meio o indivíduo já esteja sendo educado
naturalmente.
No ordenamento jurídico brasileiro, estão previstos na Constituição Federal todos os
direitos fundamentais de um cidadão, entre eles está o direito à educação. O artigo 227, traz
em seu bojo o seguinte texto:

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao


adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde,
à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária,
além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão. (BRASIL, 1988)

Portanto, é primordial que a criança esteja em constante socialização com a família e


as outras pessoas que a cercam, sendo eles, os protagonistas que objetivam promover o
desenvolvimento como indivíduo da criança, iniciando, assim, o processo de educação.
Desde criança, o ser humano tem vontade de investigar, dar nome aos seres, fazer
experiências e repassar às suas próximas gerações. A realização de ensino familiar no âmbito
doméstico é a primeira e a mais frequente maneira de transmissão de conhecimento. Os filhos
adquirem conhecimento com os pais, absorvem suas percepções individuais em seu
aprendizado, transmitem a outras pessoas e se vão perpetuando os saberes humanos ao longo
dos tempos.
No século XIX, de acordo com Vasconcelos (2007, p. 26), a maioria das famílias que
já praticavam o ensino em casa, tinham condições e faziam por meio de um professor
contratado para lecionar as disciplinas.
Segundo Cardoso (2018), nem sempre a educação formal foi dever somente da escola.
Apesar do tema da educação aplicada em casa ser novo, a prática já é realizada desde muito
tempo no Brasil e no exterior.
No ano de 2020, nos deparamos com uma situação muito séria, que afetou a população
mundial. Sendo essa, a pandemia do Coronavírus SARS-CoV-2, uma doença altamente
contagiosa e que necessitou a realização do isolamento social.
Essa situação acarretou a suspensão das atividades educacionais presenciais e todos os
estabelecimentos de ensino tiveram que se adaptar para a continuação de suas atividades
escolares. Com isso, houve a necessidade de buscar ferramentas que pudessem criar
ambientes virtuais de aprendizagem e transmissão de aulas remotas.

2. Diferença entre Homeschooling e Ensino Remoto


Essa prática de aulas lecionadas em casa, substituindo a instituição escolar, possui uma
denominação, sendo ela chamada de homeschooling. Essa prática ainda é ilegal no Brasil, ou
seja, o Ministério da Educação não a reconhece como método de aprendizagem. Em alguns
países, como Estados Unidos, Áustria, Bélgica, Canadá, Austrália, França, Noruega, Portugal,
Rússia, Itália e Nova Zelândia é muito comum o ensino domiciliar, até mesmo ministrado por
algum membro da família, sendo legalizado e válido como desenvolvimento de escolaridade
do aluno. Nesses países em que a prática é regulamentada, é exigida uma avaliação anual dos
alunos que aprendem em casa, com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento do
educando.
O homeschooling é visto como um meio alternativo adotado por muitas famílias
brasileiras, mesmo ainda não sendo uma prática regulamentada. Com isso, quem faz parte
dessa realidade passa por inúmeros problemas em sua aplicação, não referindo apenas na sua
irregularidade, porém, segundo Paixão (2019), outros aspectos também são afetados ao aderir
a abordagem da Educação Domiciliar, bem como o desenvolvimento da cidadania dos jovens,
e pontos relacionados à formação cultural.
Atualmente, uma quantidade significativa de crianças e adolescentes já têm o acesso à
linguagem virtual e a consideram mais fascinante e envolvente do que é ofertado nas escolas
convencionais. Dessa maneira, de acordo com Melo (2019), se de forma responsável e bem
administrada, seja por meio da internet ou por outra ferramenta, e com apoio familiar, a
modalidade de Educação Domiciliar acaba sendo mais produtiva e incentivadora na
autonomia e independência do aluno na construção do conhecimento.
Portanto, no homeschooling os responsáveis pela educação das crianças e dos
adolescentes buscam orientar o autodidatismo, a partir disso utiliza-se de recursos diversos
como sites, blogs, videoaulas, plataformas de ensino, materiais de apoio, aplicativos, auxílio
de professores, entre outros. (ANED, 2017)
Segundo Barbosa (2013 apud NOVAES et al, 2019), as famílias que praticam a
Educação Domiciliar optam por essa modalidade por terem a autonomia de escolher o
método, entre uma imensidão de recursos, em que o educando melhor se enquadra, e com isso
ter uma maior absorção dos conhecimentos a ele aplicado.
Como sabemos, no Brasil essa prática não é legalizada, e os pais ou responsáveis são
obrigados a realizar a matrícula dos seus filhos em uma instituição de ensino. Devido a essa
imposição legal, o próprio Poder Público, inclusive o Ministério Público, pode compelir
judicialmente a matrícula de menores de idade. Ainda, os pais ou responsáveis, podem ser
processados criminalmente por não levarem os filhos à escola, configurando o crime de
abandono intelectual, tipificado no art. 246 do Código Penal Brasileiro.
Assim, o Homeschooling se dispõe de uma prática que tem a finalidade de substituir e
suprir a escola regulamentar. Já no Ensino Remoto, a criança continua tendo o vínculo com a
escola, ou seja, continuam devidamente matriculados, o aluno estuda e aprende em casa com a
didática e conteúdos fornecidos pela instituição.
No Brasil, o Ensino Remoto foi autorizado conforme a sua necessidade emergencial
durante a pandemia do Coronavírus SARS-CoV-2. Sistemas educacionais, escolas,
profissionais da educação, famílias e alunos tiveram que se adaptar rapidamente às aulas
remotas. Visto que esta modalidade foi decretada de forma nada planejada e esperada por
todos, porém, com o intuito de não haver um atraso educacional maior para as crianças.
O Ensino Remoto ocorre no ambiente virtual, utilizando como métodos às Tecnologias
de Informação e Comunicação para realizar atividades síncronas, ou seja, a aula deve
acontecer em tempo real e todos devem estar online, e/ou assíncronas que tem como exemplo
uso de mensagens e envio de videoaulas, que, por sua vez, não ocorre em tempo real. Dessa
forma, este mecanismo faz com que o aluno seja um ser ativo e corresponsável por sua
aprendizagem. (Rodrigues; Véras, 2019 apud Feitosa et al, 2020)
No Ensino Remoto, as famílias precisam se envolver e colaborar mais com o processo
de aprendizagem para que ele aconteça. Desse modo, os responsáveis pela criança devem
preparar o aluno para as aulas, auxiliar na busca das atividades, organizar o ambiente e o
tempo. Com isso, geram as dificuldades de adaptação ao novo ambiente, problemas de
conexão e a falta de interação que ocorreria se fosse em ensino presencial.

3. Vantagens do Ensino Domiciliar


De acordo com a Associação Nacional de Educação Domiciliar (ANED), a Educação
Domiciliar proporciona à criança e ao adolescente um maior amadurecimento, contribui para
o aumento da disciplina de estudo e instiga o aprendizado, amplia o desenvolvimento de
novas estratégias de aprendizagem, estimula o empreendedorismo, formando adultos seguros
e capazes de produzir excelentes resultados acadêmicos. Outros benefícios do ensino em casa,
apresentado pela ANED (2017),

Número reduzido de alunos em relação à escola; desenvolvimento de


forma personalizada do potencial, dons e talentos de cada aluno; poder
ensinar conforme o ritmo e o estilo de aprendizado do aluno;
possibilidade de fazer a integração entre conhecimentos de áreas diversas;
trabalhar num ambiente seguro, com liberdade para acertar e errar e ter
maior tempo de convivência com os filhos. (ANED, 2017)

Ainda, o ensino oferecido em casa pode ter vantagens, como: oferecer um ambiente de
aprendizagem diferente do das escolas, impedindo, especialmente, o sofrimento do bullying
(que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva,
por um ou mais alunos contra um colega); os pais acompanharem de perto o desenvolvimento
escolar dos filhos, tendo como possibilidade de detectar possíveis problemas de
aprendizagem, por exemplo; o fortalecimento do vínculo entre pais e filho, pois terão mais
tempo em companhia um do outro, compartilhando momentos de aprendizado e muito mais.
Considerando, que na sociedade em geral, esses momentos familiares têm sido cada
vez mais raros nos dias atuais, quando, na correria do dia a dia, muitos pais não têm nem
tempo de conversarem com seus filhos.
O Ensino Remoto, empregado em meio a pandemia do coronavírus, ocasionou
inúmeras mudanças na esfera educacional. Algumas destas alterações nos fazem refletir sobre
determinados assuntos, como a utilização de tecnologias de modo beneficiador e auxiliar em
sala de aula, as desigualdades de acesso às tecnologias digitais, a valorização do professor e a
importância da participação da família no processo de aprendizagem.
Portanto, essa situação de emergência trouxe à tona algumas falhas e defeitos que
acontecem na área educacional. A partir dessa conscientização dos erros cometidos durante o
processo de ensino, seja dentro ou fora do ambiente escolar, devemos pensar agora em
tratá-los e buscar a reparação para que ocorra da melhor forma o aprendizado do aluno.

4. Dificuldades enfrentadas pelo Ensino Domiciliar


Lubienski (2003 apud Barbosa, 2016), diz que a Educação Domiciliar é incapaz de
realizar o papel que é feito pela educação escolar, de diminuir as desigualdades e
desvantagens entre os estudantes, levando em consideração o fato da convivência com a
diferença.
Indo mais além, segundo a entrevista com a professora Telma Vinha, da Unicamp, a
prática do ensino em casa pode desencadear consequências para as crianças e adolescentes,
referindo-se aos riscos de violência, já que a maior parte dos casos de maus-tratos e de abuso
sexual são descobertas na escola, pois os professores convivem diariamente com os alunos, e,
com isso, conseguem perceber sinais dados pelas vítimas, como alterações de comportamento.
Complementando as consequências apontadas pela professora Telma Vinha, outro
dano que pode ocorrer durante a prática da Educação Domiciliar é a falta de estímulos na
interação social, ou seja, por não haver uma relação contínua entre pares, sendo esta tendo
mediação ou não de adultos, as capacidades emocionais e sociais podem não ser
desenvolvidas. Nenhum tipo de relacionamento fora do meio escolar substitui aquele que
ocorre na escola.
Mesmo com todas essas desvantagens, como foco a ausência de interação social, nos
deparamos com a obrigatoriedade de desenvolvimento dessa prática de ensino. Inúmeras
crianças tiveram a questão psicológica afetada, devido principalmente a essa falta de interação
com o meio escolar e outras crianças as quais já tinham costume de conviver. Assim, tanto os
alunos quantos os profissionais da educação enfrentam problemas psicológicos devido a
pandemia, levando em consideração que é um tipo de ensino atual e improvisado para que o
calendário letivo não seja mais prejudicado.
Ainda, os profissionais da educação estão acostumados com o ensino tradicional que
depende das interações físicas com os alunos, o que está sendo totalmente diferente nos dias
de hoje, no mundo dos meios virtuais, onde tudo acontece por meio das telas. Estes são
obrigados a lidar com o mundo da tecnologia, inovando a maneira de ensino e a maneira de
detectar dificuldades de aprendizagem dos educandos, e ainda, buscando uma forma de
abordar o conteúdo sem que os alunos se dispersem e se desinteressem pelo o que está sendo
dado.
Considerando esse costume ao ensino tradicional, uma maneira fundamental para o
acompanhamento da aprendizagem dos alunos que também ficou mais complicada de ser
aplicada, são as avaliações. É um grande desafio realizar essas avaliações da aprendizagem
dessa forma de Ensino Remoto.
Mesmo assim, o principal problema do Ensino Remoto, ainda, está justamente na
utilização da tecnologia como repasse de conteúdo, pois vários alunos não se privilegiam pela
disponibilidade de recursos tecnológicos. Assim, o direito constitucional do indivíduo de ter
acesso à educação, se encontra em violação, uma vez que esses alunos não possuem
equipamentos necessários para terem a oportunidade de estudo. Dessa forma, é importante
salientar que as questões sociais, econômicas e culturais dos alunos também influenciam
diretamente nos resultados da aprendizagem. (MARQUES, 2020)
Devemos pontuar, também, a dificuldade dos discentes em aprenderem sem a presença
física de um professor. Santos (2020), cita sobre a metodologia dessas aulas a distância, que
foram marcadas pelas enormes listas de exercícios para que os alunos resolvam sozinhos, sem
a interferência pedagógica do professor, fazendo com que os pais tenham o maior papel de
conduzir o aprendizado dos filhos nesse desenvolvimento do conteúdo aprendido com maior
dificuldade nos meios virtuais.
Assim, Santos (2020, p. 45) afirma que “não se estabeleceu novas formas de ensino
que impulsione a criatividade dos alunos e muito menos uma educação que valorize a reflexão
em detrimento de práticas positivistas de ensino (...)”; o que nos levou a refletir sobre como
alguns alunos puderam encontrar dificuldades em assimilar os conteúdos na ausência do
ambiente escolar, e até mesmo regredido os êxitos de alunos que já possuíam algum
diagnóstico de dificuldade de aprendizagem e vinham trabalhando, presencialmente, com
diversos profissionais para amenizar esses obstáculos, como por exemplo, com o
psicopedagogo.

5. Papel do Psicopedagogo no Ensino-Aprendizagem


A psicopedagogia consiste em um campo de conhecimento que tem o objetivo de
estudar o vasto e complexo processo de aprendizagem em suas diferenças e circunstâncias,
buscando tentativas de preveni-las ou saná-las.
Assim, especificamente, o psicopedagogo institucional tem a função de colaborar
com a melhoria das condições no processo de ensino-aprendizagem, prestando assistência aos
professores e aos demais profissionais da instituição escolar. Essa colaboração se dá por meio
da utilização de técnicas e métodos próprios na intervenção psicopedagógica, juntamente com
toda a equipe pedagógica.
De acordo com Genoveva Ribas Claro, na atualidade, a psicopedagogia é a área de
estudo que tem o papel de investigar a forma como o sujeito constrói seu conhecimento, e
assim, buscando detectar as dificuldades de aprendizagem por parte do aluno a fim de atuar de
modo preventivo, bem como propor caminhos e ferramentas que contribuem para o devido
aprendizado. Considerando tal questão, a atuação do psicopedagogo, portanto, está
relacionada ao contexto do indivíduo, do grupo, da instituição e da sociedade.
No que tange a educação brasileira, sabemos que as dificuldades enfrentadas,
diariamente, em sala de aula são inúmeras, e não é diferente com o processo de
ensino-aprendizagem. Deste modo, desperta o entendimento sobre a relação entre a
psicopedagogia no contexto escolar e o papel do profissional diante das dificuldades de
aprendizagem.
Nessa perspectiva, a “Psicopedagogia é um campo de atuação em Educação e Saúde
que se ocupa do processo de aprendizagem considerando o sujeito, a família, a escola, a
sociedade e o contexto sócio-histórico, utilizando procedimentos próprios, fundamentados em
diferentes referenciais teóricos”. (ABPP, 2011, p.1)
Portanto, nesse contexto, a psicopedagogia tem como principal tarefa colaborar com a
promoção da inclusão social e escolar, com foco em diversos níveis e modalidades da
educação. No Brasil, hoje, a psicopedagogia é considerada como uma área interdisciplinar, em
que se dá grande importância para a aprendizagem e seus processos. De acordo com Bossa
(2011), a psicopedagogia envolve em sua execução várias outras áreas, como: psicologia,
pedagogia, epistemologia, fonoaudiologia, psicanálise, neurociência, medicina, entre outras.
Ainda, a psicopedagogia possui várias definições, uma vez que dispõe de um campo
amplo e emergente. Assim, também é entendida como uma ciência que:

propõe-se a buscar uma resposta para os conflitos na aprendizagem com


técnicas de trabalho que podem ser desenvolvidas de maneira individual
ou em grupo, para assim resgatar a vontade de aprender, de modo a
observar quais fatores, possivelmente, podem contribuir ou não para o
processo de ensino-aprendizagem. (ANJOS; DIAS, 2015, p. 2).

Então, se tratando do psicopedagogo na instituição escolar, é necessário que o


profissional tenha a postura do ouvir, do falar, do propor e do readequar, com o propósito
essencial de contribuir com o crescimento dos alunos, direcionando as orientações sugeridas
ao encontro das possibilidades, capacidades e interesses de cada aluno.
Destarte, entende-se que a psicopedagogia é de suma relevância para o auxílio na
promoção de ações e medidas voltadas à melhoria da prática pedagógica no ensino formal da
educação brasileira. Assim, buscando solucionar as dificuldades enfrentadas pelos indivíduos
no processo de construção do seu conhecimento e de conquista a aprendizagem significativa,
com o objetivo primordial de desconstruir o fracasso escolar.

6. Psicopedagogo no Ensino Remoto


Nossa sociedade enfrentou um período muito crítico no ano de 2020, nos deparamos
com a pandemia do coronavírus que nos trouxe inúmeros impactos, tanto na vida pessoal,
social e econômica, e ainda, sem distinguir idade, profissão ou classe social.
O ensino remoto, foi uma das experiências vivenciadas no período de pandemia, a
qual definiu as maneiras de realizar escolhas e procedimentos na prática psicopedagógica e
nas relações interpessoais. Uma das formas que possibilitou o desenvolvimento do trabalho da
psicopedagogia foi o apoio da equipe interdisciplinar, atuando juntos em diversas fases da
pandemia, como: na transição para o ambiente remoto, no retorno ao atendimento presencial,
bem como formato híbrido. Esse apoio foi fundamental no processo de pandemia, fazendo
assim, com que o psicopedagogo, com sua escuta sensível e mediações, instigasse aos demais
a refletirem a fim de encontrar soluções criativas, inovadoras e adaptativas aos novos
contextos que surgiam, mesmo com todas as limitações impostas pelo momento.
Assim, devemos ressaltar que

em qualquer desses contextos, prevalece, nesse período pandêmico, a


ação socioeducativa, de oferecer esclarecimentos, oportunizar reflexões,
utilizando o pensamento analítico e crítico, a identificação de suas
necessidades, sentimentos e escolhas de possíveis estratégias, adequadas
às suas condições pessoais, como aprendente. Considerando “aprendente”
qualquer pessoa em situação de adaptação. (ROCHA, 2021)

Nesse aspecto, no ciclo da pandemia, o ambiente familiar também sofreu várias


modificações, ou seja, pais fazendo home office, os filhos mais velhos em atividades
acadêmicas, os menores em atividades recreativas, entre outras. Dessa forma, os pais
acumularam diversas tarefas, com uma bastante importante, que foi a de atuarem como
orientadores das atividades pedagógicas propostas pela escola.
A partir disso, o profissional da psicopedagogia se encontrou em um grande desafio,
dar um novo sentido em parte da sua prática, rever alguns princípios, reavaliar condutas, ou
seja, se adaptar à nova realidade que se instaurava em nossa sociedade, sendo uma dessas
realidades o ensino remoto, o qual obrigou o psicopedagogo a reavaliar seu próprio processo
de aprendizagem.
Dessa maneira,

Podemos compreender esse processo em dois focos, no subjetivo e no


coletivo. A aprendizagem do sujeito revela valores e comportamentos
familiares, histórias transgeracionais, expectativas do sistema familiar
sobre aquela pessoa, e suas condições individuais, nos aspectos motores,
cognitivos e socioafetivos. (FELDMAN; CARNEIRO, 2021)

Considerando essa questão, o maior desafio do profissional foi entender e analisar


esse complexo processo por meio do ambiente virtual. Ainda, a dificuldade enfrentada foram
algumas limitações tecnológicas, devido a falta de experiência com ferramentas digitais, as
quais foram utilizadas para manter a ligação dos profissionais da educação com os alunos no
processo de ensino-aprendizagem, portanto, colocando o psicopedagogo na condição,
também, de aprendiz.
Por esse motivo, a solicitação aos conhecimentos dos psicopedagogos foi inúmera, a
fim de buscar ajuda e orientações, como “conduzir ou orientar as atividades escolares”,
“estabelecer uma rotina para cada um ou para a família como grupo”, etc. Portanto, houve a
necessidade do profissional de psicopedagogia estimular a sua função de mediador, analisar
suas competências, definir atitudes, e assim, prestar assistência às famílias que estavam
adentradas ao desenvolvimento do ensino remoto. Como cada contexto familiar apresentava
suas peculiaridades, o trabalho realizado foi a partir das demandas surgidas, com o cuidado de
explicitar, desde o enquadramento, que este não se caracteriza como terapia familiar e, sim,
espaço de aprendizagem.
Nesse contexto, o devido acompanhamento dos pais, implica na reflexão do
comportamento dos filhos, fazendo com que cada um deles adquira condições para o
cumprimento de suas atribuições.
Logo, concluímos que o profissional da psicopedagogia tem um trabalho de suma
importância no desenvolvimento de determinados indivíduos, e para atuar de maneira eficaz,
necessita estar atento e dentro dos contextos e situações vividas no presente momento para
exercer sua função mediadora, considerando as questões socioculturais que tiveram grande
destaque para lidar com a pandemia que enfrentamos, pois era o que precisávamos para
efetivar a contribuição de todos à sociedade.
7. Considerações Finais
De acordo com todas as questões abordadas sobre o tema, conseguimos ter
conhecimento das vantagens e desvantagens da prática do ensino exercido em casa e a
importância do profissional da psicopedagogia e suas dificuldades enfrentadas nos diferentes
momentos que estamos sujeitos a vivenciar em nossas vidas.
É certo que com o ensino domiciliar a criança não vai sofrer bullying, terá horário
flexível, passará mais momentos com os pais ou responsáveis, entre outros. Entretanto,
acreditamos que essa interação do aluno com o meio escolar é muito importante na formação
do indivíduo na vida pessoal. Como, por exemplo, um filho único se comunica diariamente
com outras crianças na escola, aprende o que é dividir seus pertences com outros colegas,
entende que nem sempre ele tem que ser atendido primeiro, compreende as diferenças
culturais, raciais, sociais e a respeitar as diversas deficiências, etc. Enfim, adquire muitas
lições que só um ambiente escolar é capaz de transmitir, e que presencialmente esse trabalho é
melhor acompanhado pelos profissionais da educação.
Como percebemos, no período de pandemia, passamos por situações muito difíceis,
afetando várias áreas de tudo que compõe nosso dia a dia, e uma delas, foi a escola.
Há mais de um ano, a nossa sociedade conviveu com o ensino remoto de forma mais
marcante, o qual sabemos que consiste em transferir o aprendizado escolar para o âmbito das
residências, mas a metodologia abordada continuou sendo de competência da escola em que o
aluno esteja matriculado. Diferente do homeschooling, que consiste em substituir
completamente a função educativa no ambiente escolar para o ambiente familiar, dependendo
da legislação vigente em cada país.
Apesar das duas práticas serem distintas, concluímos que a realização do ensino
domiciliar ocasiona diversas circunstâncias tanto para os alunos quanto para os profissionais
da educação, e como foi dito, a dificuldade maior para o psicopedagogo em detectar as
inúmeras dificuldades enfrentadas por alguns alunos no processo de ensino-aprendizagem.
Com essa experiência do ensino remoto, também, podemos levantar mais uma
desvantagem, que é a atenção devida por parte dos pais ou responsáveis para um melhor
entendimento do conteúdo ou percepção dessas dificuldades, considerando que a maioria dos
pais não dispõe de formação própria para a realização deste trabalho. Com o ensino
presencial, o pai tem a função de auxiliar na aprendizagem, ou seja, dar continuidade àquilo
que foi desenvolvido pelo campo escolar, e no ensino remoto, os pais estavam assumindo o
papel de conduzir o processo de uma maneira amplificada, levando em conta a displicência de
inúmeros alunos nas atividades ministradas de maneira online, consequentemente resultando
em possíveis obstáculos de aprendizagem. Por diversas vezes, nos deparávamos com pais ou
responsáveis se lamentando sobre as dificuldades do ensino de atividades propostas pela
instituição escolar, a qual os filhos estavam matriculados.
Devemos pontuar, o qual já foi mencionado, o principal fator que influencia na
aprendizagem com a prática do Ensino Remoto, que é a questão social. Inúmeros alunos não
tinham acesso a internet, e até mesmo não tinham disponível um aparelho eletrônico para
acompanhar as aulas virtuais. Assim, esses alunos ficavam extremamente prejudicados nesse
processo de aprendizagem que já é complexo nessa condição de instrumentos online.
Por fim, podemos fazer uma análise de quanto os temas abordados são complexos e
delicados de serem debatidos, pois ao se tratar de Educação Domiciliar devemos averiguar
todos os detalhes para que o educando receba todos os cuidados necessários para um melhor
desenvolvimento. Assim, cabe a quem vai educar, passar conteúdos e orientar o aluno,
realizar pesquisas profundas e contundentes, e ainda, detectar dificuldades para alcançar
resultados satisfatórios de uma melhor aprendizagem, para que a prática da Educação
Domiciliar não tenha nenhuma chance de ser prejudicial para a criança e o adolescente que
está em formação, tanto no âmbito pessoal quanto no âmbito social.

8. Referências
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