A igreja dedicada à Nossa Senhora foi uma das primeiras a serem
levantadas em Cuiabá, ainda no século XVIII. A construção atual, entretanto, data de 1918, iniciada durante a presidência de Dom Francisco de Aquino Correia, que também era arcebispo de Cuiabá na época. Tombada estadualmente em 1977, a Igreja foi reinaugurada em 2004 após passar por um amplo processo de recuperação feito em parceria pelos governos estadual e federal. Comércios e órgãos públicos de Poconé se organizam ao redor da praça e da igreja que estabelece uma forte relação social e comunitária. Essa praça e igreja costumam ser ponto central da vida na cidade, servindo como locais de encontro, interação e celebração para os moradores locais sendo assim, considerada o coração da cidade. Autores: Altimir Kauã do Prado Sato, Gabriela Ortigara Dalmagro, Luan Weber Costa e Ruan Sidnei Port. Arquitetura poconeana - um patrimônio histórico e cultural A arquitetura das primeiras casas nas cidades do estado de Mato Grosso, como Poconé, combinava o padrão paulista do século XVIII com preferência para atender às necessidades e costumes locais, refletindo a cultura pantaneira. Essas construções portuguesas foram ajustadas às condições tropicais, integrando soluções e características regionais. Em Poconé, é possível encontrar semelhanças com a arquitetura colonial, como a simplicidade das casas térreas, a sobriedade dos sobrados e o traçado urbano com ruas tortuosas e estreitas. As casas eram delimitadas com as ruas e limites laterais dos terrenos, originadas em casas geminadas com fachadas simétricas. Os beirais e varandas desempenhavam um papel importante na proteção dessas casas. Autores: Altimir Kauã do Prado Sato, Gabriela Ortigara Dalmagro, Luan Weber Costa e Ruan Sidnei Port. Preservando Memórias: Vestígios da Escravidão Situada no centro do município de Poconé é possível contemplar uma casa imponente. Esta residência, além de atrair o olhar com sua beleza arquitetônica, carrega consigo uma história marcante relacionada ao período da escravidão no Brasil. Preservando características arquitetônicas daquela época, a casa revela em sua estrutura um elemento emblemático: um porão que serve como espaço de confinamento para os escravos. A presença desse porão evoca um passado sofrido, recordando-nos da cruel realidade enfrentada por aqueles que foram vítimas da escravidão. Era nesses ambientes subterrâneos que os escravos eram confinados. A falta de luz natural e ventilação adequada torna esses espaços ainda mais desumanos, perpetuando a injustiça e a opressão. No entanto, é importante ressaltar que a preservação desse porão na casa de Poconé tem um propósito significativo. Ao mantê-lo intacto, podemos relembrar os horrores vividos pelos escravos, conscientizando-nos sobre a importância de nunca mais repetir tais atos de barbárie. Autores: Altimir Kauã do Prado Sato, Gabriela Ortigara Dalmagro, Luan Weber Costa e Ruan Sidnei Port. Poconé: uma cidade moldada pelo garimpo A exploração das minas de ouro teve um impacto significativo na geografia e na delimitação da cidade de Poconé. Durante o ciclo do ouro no Brasil, que ocorreu principalmente nos séculos XVIII e XIX, a região de Poconé foi uma importante área de captação de minerais. A descoberta de ouro atraiu uma abundância de pessoas para a região, originada em um intenso processo de ocupação do território. A concentração de atividades relacionadas à mineração, como a abertura de minas, a construção de arraiais e a formação de povoados, teve um impacto direto na configuração geográfica da região. Dessa forma, a exploração das minas de ouro desempenhou um papel crucial na formação e na evolução de Poconé, deixando marcas visíveis na sua geografia e no seu desenvolvimento urbano. Autores: Altimir Kauã do Prado Sato, Gabriela Ortigara Dalmagro, Luan Weber Costa e Ruan Sidnei Port. Cavalhada A Cavalhada é uma manifestação cultural marcante no estado de Mato Grosso, ocorrendo todos os anos durante a Festa de São Benedito, no mês de junho. Esse evento atrai não apenas a população pantaneira, mas também turistas de todo o país e do exterior. Durante a festa, cavalos e cavaleiros ornamentados disputam a rainha, que fica sob a guarda do festeiro. Participam da apresentação 24 cavaleiros, doze do exército mouro, e doze do exército cristão, e mais um auxiliar para cada cavaleiro, os chamados pajens. A Cavalhada é um evento repleto de simbolismo e encantamento, destacando-se como uma forma de preservação da cultura e tradições locais. Sua rica representação teatral atraiu a atenção e o interesse de pessoas de diferentes origens, desejando a divulgação e valorização do patrimônio cultural de Mato Grosso. Autores: Altimir Kauã do Prado Sato, Gabriela Ortigara Dalmagro, Luan Weber Costa e Ruan Sidnei Port.