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INTERNATIONAL BUSINESS - BUS518 - 1.

Análise de Negócios e Vantagem


Competitiva
Análise de Negócios e Vantagem Competitiva • 2/15

Análise de Negócios e Vantagem Competitiva


Desenvolvido por Eduardo Bullentini e Adauto Damasio em 2019 baseado no
livro Delivering Business Analytics – Practical Guidelines for Best Practice,
publicado em 2015 por John Wiley & Sons.

Objetivos de aprendizagem
• Entender que a Análise de Negócios em uma organização só possui sentido
se objetivar a geração de valor.
• Conhecer alguns princípios norteadores na Análise de Negócios.
• Entender os pressupostos no tratamento de dados das organizações
visando geração de informações pertinentes.
• Entender que a Análise de Negócios realizada com correção pode oferecer
vantagens competitivas significativas para as organizações.
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Introdução
Análise de negócios é mais do que interpretação de informações internas ou ex-
ternas de uma organização. Ela trata sobre como conduzir a informação para agregar
valor econômico real. Entretanto, para chegar a esse resultado, é necessário passar
por uma mudança na filosofia da gestão e se concentrar na criação de valor.
Criação de valor, ou agregação de valor, pode ser interpretada como o aumento da
lucratividade em função de alteração de processos ou incorporação de novas tecno-
logias. Mas também pode ser interpretada como melhoria na satisfação dos usuários
de uma Sistema de Saúde ou na melhoria da aprendizagem escolar em uma institui-
ção de ensino.
O poder da análise de negócios nas organizações é que ela pode auxiliar na re-
solução de uma série de problemas, desde que os dados estejam disponíveis e se-
jam convertidos em informações relevantes. Por exemplo, saber que certos clientes
preferem ser contatados via SMS acarreta em maiores e melhores taxas de resposta.
Mas para chegar a essa informação e convertê-la em uma ação que gera bons resul-
tados é necessário passar pela análise.
Outro ponto importante é que a análise de negócios permite que um mesmo pro-
blema seja solucionado de inúmeras formas. Saber o que fazer com a informação ob-
tida agrega valor e aumenta a vantagem competitiva da organização.

Princípios em Análise de Negócios nas Organizações


Em um ambiente repleto de incertezas, algumas mudanças pontuais levam a re-
sultados mais que satisfatórios. Ativar alertas para detectar possíveis problemas
automaticamente é mais eficaz do que revisar relatórios inteiros de informações. Isso
aumenta a produtividade dos tomadores de decisão, uma vez que estarão focados
em solucionar problemas e não em revisar tudo que pode estar acontecendo.
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Lembre-se:

• Dados são medidas quantificáveis e disponíveis para análise.


• Informação é a organização e a interpretação desses dados que nos guiam a
compreensões relevantes sobre algo.

A partir desse primeiro passo, é possível usar estatísticas¹ para isolar fatores que le-
vam ao sucesso financeiro ou organizacional, direcionar os processos para melho-
rar o desempenho, e voltar às análises para prever o que pode acontecer no futuro,
otimizando e alocando melhor os recursos de acordo com os objetivos traçados.
As possibilidades de melhorias ou disrupturas são infinitas e a análise de negócios
permite a melhoria contínua e a diferenciação competitiva. Outras quatro ações
devem ser consideradas para a aplicação da análise de negócios e geração de infor-
mações com real valor.

Foco nos resultados


Informações levam a respostas, mas são os resultados que geram valor. Sendo assim,
faça uso da informação sempre com foco no resultado que pode ser alcançado e no
valor agregado. Informação sem execução não tem valor nenhum.

Automatização
Gastamos muito tempo em tarefas desnecessárias e devemos identificar as ativida-
des que podem ser ou não automatizadas. Quando falamos de produtividade, a au-
tomação de processos repetitivos, rotineiros e que não geram valor é essencial para
alocar o tempo em atividades que envolvem criatividade e reflexão.

Estatística é a ciência que se utiliza nas teorias probabilísticas para explicar a frequência
da ocorrência de eventos, tanto em estudos observacionais quanto em experimentos
para modelar a aleatoriedade e a incerteza de forma a estimar ou possibilitar a previsão
de fenômenos futuros, conforme o caso.
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Flexibilidade e estruturação
O alcance do equilíbrio entre flexibilidade e estruturação em uma equipe é a chave
para um ambiente inovador e eficiente ao mesmo tempo. Para isso, pode-se permitir
mais flexibilidade durante momentos de experimentação e descoberta, migrando
para a definição de padrões e estruturas durante a execução das soluções.

Exclusão de gargalos
A aplicação da análise de negócios envolve o trabalho simultâneo de diversas pesso-
as e atividades, portanto, é preciso conhecer os pontos que podem ficar sobrecarre-
gados para evitar gargalos e interromper o fluxo de toda a cadeia. Para isso, otimize
as áreas corretas. Com base na inteligência de mercado, também é possível saber
o que pode ser feito para melhorar os processos e fluxos, ajustando expectativas e
realidade.
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A melhoria das chances de sucesso de


uma empresa está diretamente ligada
à geração máxima de valor a partir das
informações levantadas. A seguir, confira
cinco pressupostos que ajudam a chegar
nesse aproveitamento de informações,
que conduz à tomada de decisão mais
assertiva e eficaz.

Conheça seus dados


Se as decisões são o motor por trás dos
resultados, os dados são o combustível,
afinal, eles são os responsáveis por
informar o que está acontecendo e o
que pode acontecer. Isso facilita muito a
tomada de decisão e a elaboração de
planos de ação. Por outro lado, uma
organização que não tem dados ou
possuem dados incorretos, está
administrando somente com base na
própria experiência. Por exemplo,
estimativas ruins ou incorretas podem
levar a investimento em áreas erradas e
acarretar em perdas significativas. Dados
de qualidade quando representam a
realidade com precisão, medem o que
parecem medir, apresentam as mesmas
medidas quando capturados
repetidamente, são atualizados,
relevantes e completos.
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Quantidade de dados
Para análise de negócios, é melhor ter
muitos dados do que poucos. Além
de volátil, uma vez que um dado não é
capturado, ele não poderá mais ser re-
tomado. Portanto, na dúvida, armazene
os dados gerados, principalmente os de
histórico. Para armazená-los, uma solução
pode ser encontrar alternativas de baixo
custo para dados que não são extrema-
mente valiosos, mas que, ainda assim,
não devem ser descartados. Não há nada
pior do que querer fazer uma previsão e
não ter dados históricos o suficiente para
chegar a um cenário mais preciso.
Simplicidade
A complexidade é inimiga da eficiência.
Mesmo que a inovação esteja em fazer
algo diferente, isso não significa que
precise ser complexo. Processos e ativi-
dades mais complexas geram custos e
demandam mais tempo para serem efe-
tuadas do que as mais simples, portanto,
por mais que a primeira solução pareça
complexa, trabalhe para chegar no mo-
delo mais simples e eficaz possível. Uma
forma de manter processos mais simples
é fazer, primeiro, com que eles funcio-
nem e, depois, que se tornem mais sofis-
ticados. Os processos mais avançados e
complexos são inúteis se atrasam a cria-
ção de valor real para o negócio.
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Conhecimento das necessidades


Informações são inúteis quando não são
acionadas, portanto, é fundamental sa-
ber quais são as necessidades do negócio
para gerar informações que agreguem
real valor e acarretem ações efetivas. Para
isso, deve-se ouvir as pessoas que tomam
decisões e identificar o que elas preci-
sam.

Dados dinâmicos
Conhecer o panorama de como o merca-
do está, por exemplo, não significa saber
como ele estará no futuro. Com base em
dados atuais, e sabendo dos padrões
existentes, a organização consegue pre-
ver o que pode acontecer, melhorar seus
planejamentos e a tomada de decisões.
Ter conhecimento de dados estáticos é
importante, mas uti lizar dados dinâmicos
oferece uma nova percepção sobre o que
está sendo analisado. Ao entender qual é
um comportamento normal, as organiza-
ções conseguem detectar mudanças assim
que elas acontecem e agir mais pronta-
mente.
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Vantagem competitiva
A análise de negócios pode levar a uma vantagem competitiva de longo prazo.
Isso acontece porque tomar decisões melhores e embasadas em informações rele-
vantes e que agregam valor, com base na análise de negócios, conduz a melhores
resultados. Organizações mais inteligentes e conscientes do que está acontecendo
tendem a ser mais bem-sucedidas.
A aplicação da análise de negócios gera uma série de benefícios, mas também propor-
ciona alguns desafios. Estrategicamente, a análise de negócios possibilita a diferencia-
ção e a mudança. Com isso em mente, é tentador abordá-la como uma série de pa-
drões e processos bem definidos.
No entanto, não podemos entender a análise de negócios como uma resposta pron-
ta e válida para todas as organizações. A sua aplicação vai depender de cada caso,
de cada área de atuação no mercado, retomando a máxima de que o que funciona
para uma organização pode não funcionar para outras.
Muitas vezes, a prática da análise de negócios nas organizações é como tentar mon-
tar um quebra-cabeças com peças que se movem constantemente. Para chegar aos
resultados esperados, essa prática requer envolvimento de analistas de informação
(trazem a resposta), responsáveis pelo negócio (transformam a resposta em um pla-
no de ação) e equipe de Tecnologia da Informação, ou TI (que deve implementar o
plano).
Por trás das pessoas envolvidas, há um cenário tecnológico complexo, que incorpora
sistemas de dados de diferentes fontes, ambientes analíticos e sistemas operacionais.
A coordenação e a execução da análise de negócios pode demandar o crescimento
das equipes e, consequentemente, isso pode levar à queda da eficiência.
Como adicional, devemos lidar a todo tempo com as decisões que são tomadas e,
apesar da quantidade e da qualidade de informações que temos, nem sempre as
decisões são realmente boas para o negócio. Isso acontece devido ao tempo escas-
so, às urgências que surgem durante os processos e à visão limitada, que tende a
buscar e gerar resultados locais em vez de resultados globais.
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Saiba Mais
Sobre organização e análise de dados visando Análise de Negócios
nas organizações, assista ao vídeo presente no seguinte link:

“Introduction to Business Analytics - Cody Baldwin”.

Available at: < https://www.youtube.com/watch?v=9IIgH0hNtgk >.

Em Resumo
Toda organização possui mais dados do que sabe usar e, muitas vezes, é difícil
trabalhar esses dados da melhor maneira, visando à geração de valor. Além
disso, a maioria das equipes tende a escolher a opção mais fácil: analisar os
dados que dominam e que costumam ser numéricos e não textuais, ignorando
uma série de dados armazenados. A Análise de Negócios, praticada com dados,
informações e conhecimento podem oferecer vantagem competitiva de longo
prazo para as organizações.
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Na ponta da língua
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Referências Bibliográficas
1. STUBBS, Evan. Delivering Business Analytics – Practical Guidelines for Best
Practice. John Wiley & Sons, Inc, 2013. ISBN: 9781118370568
Livro de Referência:

Delivering Business Analytics – Practical


Guidelines for Best Practice
John Wiley & Sons
2015

Images: Shutterstock

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