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Nomes:
Amisse Mário Mendes Amisse
Aríete Curaisse Bichehe
Docentes:
AR – Assembleia da República
Introdução
O presente relatório apresentará as principais informações levantadas em
acompanhamento a uma avaliação psicopedagógica das aulas de simulação decorrentes
no processo de estágio. Desta forma, o relatório visa analisar a formação do Guarda da
Polícia na Escola Prática de Polícia de Matalana, procurando, identificar o modelo teórico
de formação do Guarda da Polícia; avaliar o processo de ensino e aprendizagem, as
opções metodológicas dos formadores e as técnicas de preparação física dos instruendos.
Objectivos do Relatório
Objectivos gerais
Objectivos específicos
Educação
É o processo de aquisição e transmissão de conhecimentos que resulta na mudança de
comportamento, que visa promover o desenvolvimento e o valor.
Segundo Libânea (2010), citando Planchard (1975, p.26), assinala que educar, é conduzir
de um estado para o outro, é agir de maneira sistemática sobre o ser humano, tendo em
vista o preparo para a vida num determinado meio.
Formação
De acordo com Libâneo (2010), a formação é o modo como uma pessoa foi criada na sua
infância e adolescência, isto é, à educação que recebe.
Deste modo, a formação é um conjunto de estratos que formam uma unidade rochosa, a
que se associa geralmente o num lugar.
Para Tsucana (2014), a evolução da história da Polícia moçambicana pode ser dividida
em três períodos principais, nomeadamente o período colonial (até 1974-ano dos Acordos
de Lusaka), o período pós-independência nacional (a partir de 1975 até 1992) e o período
Pós-Acordo Geral de Paz (a partir de 1992). Este estudo aborda com mais detalhes as
transformações que se operaram relativamente ao processo de formação dos oficiais da
Polícia no período pós-Acordo Geral de Paz e avança propostas para a melhoria do
Processo de formação superior de oficiais da Polícia moçambicana.
Segundo Tsucana (2014), a criação do CPM, foi o primeiro passo de um processo que se
foi completando gradualmente, primeiro através de integração de novos efectivos
provenientes dos guerrilheiros da FRELIMO, sem formação policial, e depois a
reestruturação completa da sua orgânica e do seu funcionamento, para que ela se tornasse
verdadeiramente diferente da Polícia colonial nesses domínios e no da sua orientação
político-ideológica. Assim, foram integrados nela alguns batalhões de guerrilheiros das
FPLM (Forças Populares de Libertação de Moçambique) que se juntaram aos efectivos
que, de forma voluntária, transitaram da Polícia de Segurança Pública (PSP) para esta
nova força.
Conforme Tsucana (2014), citando Chissano (2005), A PPM foi criada como um Órgão
do poder unitário do Estado, ao serviço da aliança operário-camponesa, cujo objectivo
era o de garantir a ordem, segurança e tranquilidade públicas, o respeito pela Constituição,
a protecção das conquistas revolucionárias, da paz e da revolução, prevenindo,
investigando, reprimindo as violações da lei e ordenando a prisão dos agentes dos crimes
(Lei nº 5/79, art. 1 nº2). Esta Polícia funcionou no período de 1979 – 1992, altura em que
a opção pela economia de mercado e a adopção de um Estado de Direito fundado na
democracia multipartidária impuseram o abandono do sistema socialista. Nesse contexto,
no processo de adequação dos órgãos e das estruturas das forças de defesa e segurança,
incluindo a Polícia, à nova realidade da sociedade e do Estado, foi extinta a PPM e criada
a Polícia da República de Moçambique (PRM).
Mas por vezes entravamos em choque um com o outro, porque cada um vinha de sua
província, com seus modos vivendo, hábitos e costumes que divergem um do outro. Mas
o importante era aprender e saber lhe dar com as adversidades que existiam na formação.
Pois com todas aquelas dificuldades que tivemos de enfrentar, tivemos de ser sobreviver,
o som do apito que é uma chamada de atenção, as filas longas do refeitório, ensinou-nos
a saber esperar, ser mais pacientes e dar valor à comida que nos é colocada à mesa,
porque a fome que há, só Deus sabe como nos doía ter um prato de comida, mas em
forma de meia lua, que por vezes nem dava para a saciar.
Enquanto tivemos de acordar cedo, fazer limpezas, corrida matinal e depois ter de
enfrentar o sol das 7h até o término das aulas nos campos e ficar até o sol desaparecer,
nas longas filas do refeitório, até conseguirmos comida. Persistimos e conseguíamos
cumprir com rotina diária dia-pois-dia.
A comunicação dos instrutores para connosco, era agressiva, mas principalmente nos
campos, mas creio que é o normal deles, mas como diziam temos de sair da nossa zona
de conforto, nos tornarmos, tropas ou policias à todo o custo. Era uma forma de nos
fazerem desmamentar-nos da vida civil e que ganhássemos mais seriedade para vida
paramilitar.
Quanto aos formadores no bloco de aulas, eram mais pacíficos, nos motivavam mais, para
nos tornarmos pessoas melhores e conseguirmos terminar a formação com êxito e
sucesso. Diziam-nos têm bom ânimo, coração longânimo, moral, não há nada sem fim e
tudo isso que estão a ser submetidos faz parte da formação. Então é só cumprir, lá fora
estão a vossa espera pelos vossos familiares, então portem-se bem e terminem a formação
e voltem à casa com emprego.
Aqui nos sentíamos como pessoas normais. Tivemos a segunda fase, que era mais aulas
práticas no campo com instrutores tanzanianos, eles eram muito exigentes, rigorosos,
perfeccionistas, onde fomos aprender mais a fundo sobre a ordem unida de uma forma
mais intensiva, foi duro, pesado, mas conseguimos cumprir e pudemos aprender mais
acerca dos diferentes tipos de marcha.
Resultados da Simulação de aulas
Aula 1 – 45min
Docente: Alfiado Biosse
A avaliação feita por nós: primeiro parabenizamos o professor, pela performance, por
mais que esteve nervoso nos primeiros minutos de sua explanação da aula, contudo
conseguiu mobilizar a atenção da turma, usou linguagem científica, mostrou domínio da
matéria que vinha leccionar, estava bem disposto, e conseguiu posicionar se em relação
ao quadro, houve aquilo que é o diálogo ou interacção do professor e os alunos, trouxe-
nos um conhecimento muito organizado. Mas poderia ter explorado outros espaços da
sala de aula e não ficar somente no centro da turma, estático só num único sítio. E poderia
ter nos motivado mais no início da aula, de forma a percebermos que a aula já iniciou, ou
ele já chegou.
Aula 2 – 45min
O seu plano por sinal estava bem feito e organizado. A avaliação feita por nós: no que diz
respeito ao ambiente de trabalho não foi muito eficaz, a professora deve trabalhar mais
na elaboração da síntese dos comentários dos alunos. Mas, contudo, mostrou domínio do
que esteve a lecionar, linguagem acessível na sua interacção com seus alunos, um dos
aspectos positivos é que chamava pelo nome os seus estudantes, mostrando que conhece
cada um deles.
Aula 3 – 45min
Pontos fracos: fraca qualidade na formação básica, creio que o nr° exaustivo elevado de
instruendos que o ministério tem levado para formação, contribui para fraca qualidade e
as condições que têm não quaduna com o número de instruendos;
Pontos a melhorar: devia-se repensar no nr° de instruendos que entra para formação
básica, de modo a garantir mais qualidade na formação.
Podia se pensar em organizar uma sala de informática para poder ajudar os formandos,
no que diz respeito à realização dos trabalhos de pesquisa e mesmo para digitalizar o
trabalho e maquina de tirar cópias ou reproduzir fichas dos formandos;
Bibliografia
AMBRÓSIO, D U. Educação para uma sociedade em transição: Campinas, São Paulo,
2017.
LIBÂNEO, J. Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? / 12. Ed. São Paulo, Cortez,
2010.