Você está na página 1de 6

Comentários sobre o Guideline

NICE TDAH 2018


Prof. Dra. Sueli Rizzutti – CRM-SP 59.385
Neuropediatra e doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Coordenadora do Ambulatório de TDAH (Nani) – CPN-Unifesp. Professora de pós-graduação
do curso de Educação e Saúde na Infância e Adolescência da Unifesp.
Comentários sobre o Guideline
NICE TDAH 2018
Prof. Dra. Sueli Rizzutti – CRM-SP 59.385
Neuropediatra e doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
Coordenadora do Ambulatório de TDAH (Nani) – CPN-Unifesp. Professora de
pós-graduação do curso de Educação e Saúde na Infância e Adolescência da Unifesp.

O protocolo NICE (National Institute for Health and Care Excellence), realizado no Reino Unido e publicado em 14 de
março 2018,1 tem como objetivo principal a elaboração de diretrizes para reconhecimento, diagnóstico e tratamento do
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em crianças, adolescentes e adultos. Todas as orientações
do NICE estão sujeitas a revisão regular e podem ser atualizadas por acesso eletrônico.
O NICE é direcionado tanto a profissionais de saúde quanto a pessoas com TDAH e seus familiares e cuidadores,
incluindo orientações sobre diagnóstico, manejo clínico e farmacológico do TDAH,1 como também organização e treina-
mento de serviços para avaliação da pessoa com TDAH, abrangendo seu funcionamento pessoal, educacional, ocupa-
cional e social, além de detecção de comorbidades existentes.

DIAGRAMA DAS DIRETRIZES PRINCIPAIS DO PROTOCOLO NICE 2018


Formação de serviços de diagnóstico, tratamento e manejo do TDAH | Diagnóstico por especialista em TDAH

Tratamento nas diferentes faixas etárias

Menores de 5 anos Entre 5 e 18 anos Adultos


Tratamento não farmacológico: • Metilfenidato (ação curta ou longa) como primeira opção • Metilfenidato ou
• Treinamento parental • Lisdexanfetamina para os que fizeram uso de lisdexanfetamina como
• Modificações ambientais metilfenidato por seis semanas sem melhora primeira opção

As evidências observadas nesse protocolo foram desenvolvidas 2. Diagnóstico do TDAH: deve ser realizado por um profissional
usando os métodos e processos descritos previamente no manual de saúde devidamente qualificado, treinado e com grande ex-
Desenvolvendo as Diretrizes do NICE 2014 (NICE 2014), do qual periência em TDAH, levando em conta tanto a avaliação clínica
destacamos a seguir os principais diretrizes e objetivos: 2 quanto os aspectos psicossociais. Os critérios diagnósticos do
1. Formação de serviços de diagnóstico, tratamento e ma- DSM-53 ou CID-10 4 devem ser considerados, incluindo o impacto
nejo de pessoas com TDAH: com implementação de sistemas dos sintomas sobre os domínios psicológico, social, educacional
de comunicação e protocolos para o compartilhamento de infor- ou ocupacional em pelo menos dois ambientes. Para crianças e
mações entre serviços de saúde mental infantil, de adolescentes jovens, é importante o registro de dados de avaliação da saúde
e adultos, assegurando a disponibilidade de serviços psicológicos mental dos pais ou cuidadores.
adequados à idade, para pessoas com TDAH, pais ou cuidadores, 3. Apoio a pessoas com TDAH: inclui reuniões de orientação
e voltados também ao planejamento da transição para a idade quanto ao TDAH, para as pessoas, suas famílias ou cuidadores,
adulta entre serviços especializados. voltadas a esclarecer como o TDAH pode afetar a vida pessoal,
familiar e na comunidade, melhorando a compreensão em re- Os profissionais de saúde devem enfatizar o valor de uma die-
lação aos sintomas, o acesso aos serviços de saúde e a im- ta balanceada, boa nutrição e exercícios regulares para crianças,
portância das modificações ambientais para reduzir o impacto adolescentes e adultos com TDAH (NICE, 2016).17 Não aconselhar a
funcional dos sintomas e avaliar ajustes necessários na escola, eliminação de corantes artificiais e aditivos da dieta como um trata-
na faculdade e no trabalho, além de redimensionar o impacto mento geralmente aplicável do TDAH.17 Pergunte sobre alimentos ou
nas escolhas de carreira e questões de relacionamento social. bebidas que parecem influenciar o comportamento hiperativo como
4. Tratamento do TDAH: o plano de tratamento deve abranger parte da avaliação clínica do TDAH em crianças e jovens. Se houver
aspectos psicológicos, comportamentais e necessidades educa- uma relação clara, oferecer encaminhamento a um nutricionista.17
cionais. Orientar os benefícios e malefícios dos tratamentos não Não aconselhar suplementação dietética de ácidos graxos para o
farmacológicos e farmacológicos, como também a sua eficácia. tratamento do TDAH, pois não há evidências sobre a sua eficácia.17
Enfatizar os benefícios de um estilo de vida saudável, incluindo
exercícios,5 como também a adesão ao tratamento. Deve-se con-
siderar também a influência de mídia, professores, membros da TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
família, amigos e opiniões divergentes sobre a importância de um
diagnóstico e tratamento do TDAH. Evidência clínica
Esta revisão buscou avaliar a eficácia clínica e econômica dos
O comitê selecionou 63 estudos controlados e randomizados re- efeitos farmacológicos, segundo as diretrizes do manual NICE
lacionados ao tratamento não farmacológico de um total de 9.054 (2014),2 para o tratamento do TDAH. Foram incluídos 89 de 5.082
estudos. Destes, dez foram realizados em adultos, 49 na faixa etária estudos avaliados, em que quatro ensaios clínicos randomizados
de 5 a 18 anos e quatro em menores de 5 anos. As evidências (ECRs) na revisão avaliaram a eficácia dos tratamentos farmacológi-
observadas de acordo com as faixas etárias distintas foram: cos em crianças em idade pré-escolar (menores de 5 anos)18-21 e 70
• Crianças menores de 5 anos ECRs na faixa etária de 5 a 18 anos, dos quais destacamos Gadow
Melhora importante dos sintomas do TDAH com uma abordagem et al. 2008, Jafarinia et al. 2012, Mohammadi et al. 2015, Simonoff
educacional englobando um treinamento parental ou de cuidado- et al. 2013, Coghill et al. 2013, Coghill et al. 2014, Banaschewski et
res, além de modificações ambientais.6-9 Nesse sentido, o trata- al. 201322-28 e 39 ECRs em adultos, destacando-se Adler et al. 2013,
mento farmacológico pode ser sugerido caso haja persistência Biederman et al. 2010, Bron et al. 2014, Casas et al. 2013, Kooij et
dos sintomas de TDAH após o programa de treinamento parental, al. 2013, Durell et al. 2013, Adler et al. 2014, Goodman et al. 2016
e, caso haja tal necessidade de tratamento farmacológico, deve- e Takahashi et al. 2014.29-37
-se buscar uma opinião especializada. O comitê concordou que não havia evidências suficientes para
• Faixa etária de 5 a 18 anos justificar o uso rotineiro de medicamentos em menores de 5 anos,
As várias modalidades de terapia não farmacológica, como treina- principalmente devido a preocupações em relação ao impacto dos
mento parental, treinamento cognitivo, neurofeedback, psicoedu- estimulantes no crescimento e no cérebro em desenvolvimento. No
cação, técnicas de relaxamento e exercícios físicos, comparadas entanto, eles não encontraram nenhuma evidência que refletisse
à conduta expectante não mostraram evidências de melhora no essa preocupação. O comitê também reconheceu outros relatos do
que concerne a qualidade de vida e regulação emocional. Apenas impacto positivo a longo prazo dos estimulantes no cérebro, como
os sintomas de desatenção mostraram melhora na escala clínica, também dos potenciais efeitos colaterais (NICE 2018).1
embora os estudos não sejam considerados no protocolo como Levando em conta a incerteza em torno das evidências nessa po-
de boa qualidade. Não houve evidência clínica de melhora nos pulação, o comitê concordou que, se os sintomas do TDAH estão ten-
sintomas de hiperatividade e impulsividade.5,10-12 do um comprometimento significativo persistente depois que as abor-
• Adultos (acima de 18 anos) dagens não farmacológicas foram implementadas, a medicação deve
As várias modalidades de terapia não farmacológica, treino cogni- ser sempre considerada dentro de um contexto que garanta um aten-
tivo, terapia cognitivo-comportamental e terapia cognitivo-dialéti- dimento especializado para crianças nessa faixa etária (NICE 2018).1
ca, comparadas à conduta expectante, não mostraram evidências Há uma maior base de evidências na faixa etária de 5 a 18 anos
de melhora no que concerne a qualidade de vida e regulação em comparação com crianças menores de 5 anos, mostrando, as-
emocional.13-16 Apenas a terapia cognitiva comportamental mos- sim, um benefício da medicação em comparação com placebo. Os
trou melhora da qualidade de vida, e com o neurofeedback houve efeitos adversos de curto prazo da medicação são bem conhecidos
melhora dos sintomas de desatenção e nos sintomas de hiperati- e podem ser gerenciados com a iniciação cuidadosa e a titulação
vidade e impulsividade, embora os estudos não sejam considera- de uma droga. O comitê reconheceu os relatos do efeito positivo a
dos no protocolo como de boa qualidade. longo prazo de estimulantes no cérebro e que o não tratamento leva
a repercussões negativas, como baixo desempenho acadêmico e em farmacocinéticos das preparações disponíveis para o TDAH, e o trata-
relações sociais no lazer, na escola e no trabalho. Lembramos que mento deve ser adaptado às necessidades individuais da criança, do
as modificações ambientais devem sempre ser consideradas, como adolescente ou do adulto.
também as revisões regulares durante o curso do tratamento.
O comitê observou que os medicamentos que mostraram benefício
clinicamente mais convincente nessa revisão foram metilfenidato, lis- ESCOLHA DE MEDICAMENTOS
dexanfetamina, dexanfetamina, atomoxetina e guanfacina. Recomen-
dou também que os estimulantes podem ser oferecidos em qualquer Idade de 5 a 18 anos
formulação. O comitê, portanto, optou por não recomendar especifica- Oferecer metilfenidato (ação curta ou longa) como primeira opção.
mente o uso de qualquer outro medicamento, mas por aconselhar que Considerar a mudança para lisdexanfetamina para aqueles que fize-
qualquer outro medicamento só deva ser considerado no contexto de ram uso de metilfenidato por seis semanas sem melhora dos sintomas.
serviços especializados em TDAH. Observou também que a medica-
ção estimulante geralmente tem um início mais rápido em comparação Adultos
com a medicação não estimulante, considerando como primeira opção Oferecer metilfenidato ou lisdexanfetamina como primeira opção
começar com medicação estimulante (metilfenidato, em 5-18 anos, e de tratamento. Considerar a mudança para lisdexanfetamina para
metilfenidato ou lisdexanfetamina em adultos). A única situação em adultos que tiveram uma tentativa de seis semanas com metilfeni-
que recomendaria a dexanfetamina (não disponível no Brasil) seria dato em dose adequada, sem melhora de sintomas. Considerar a
quando a pessoa respondesse muito bem à lisdexanfetamina, mas mudança para o metilfenidato para adultos que tiveram uma tenta-
fosse incapaz de tolerar seu perfil de efeito mais longo. tiva de seis semanas de lisdexanfetamina em uma dose adequada,
O comitê observou que a medicação não estimulante atomoxetina sem melhora dos sintomas. Considerar a dexanfetamina (não dis-
e guanfacina (não disponíveis no Brasil) eram as drogas não estimu- ponível no Brasil) para adultos cujos sintomas de TDAH estão res-
lantes que tinham a maior e mais convincente base de evidências, pondendo a lisdexanfetamina, mas que não toleram o perfil de efeito
demonstrando benefício clinicamente importante, principalmente em mais longo. Oferecer atomoxetina a adultos se não toleraram ou
relação à atomoxetina. os sintomas não melhoraram com metilfenidato ou lisdexanfetamina
A presença de comorbidades não exclui o uso de estimulantes, com em seis semanas, tendo sido propostas preparações alternativas e
exceção de uso e abuso de substâncias, episódio maníaco e quadros doses adequadas.
psicóticos. Há uma escassez de evidências avaliando o impacto dos Obter uma segunda opinião ou consultar um serviço especializado
tratamentos de TDAH em pessoas com comorbidades, e a opinião em TDAH para pacientes na faixa etária de 5 a 18 anos ou adultos que
consensual do comitê é de que os profissionais devem considerar as não responderam a um ou mais estimulantes e um não estimulante.
mesmas escolhas de medicamentos para essas populações, observar Quanto à retirada total de medicação, o comitê considerou que
as circunstâncias individuais, ter uma titulação de dose com introdução não há um consenso sobre o tempo de tratamento, mas há evidên-
mais lenta e realizar um monitoramento mais frequente, com exceção cias de maior risco na exacerbação dos sintomas do TDAH na fase
de quadro agudo psicótico ou maníaco e uso indevido de substâncias. inicial da retirada, porém há melhora desses sintomas após a fase
Para pessoas com TDAH com história de risco ou uso indevido de de abstinência. Em crianças e adolescentes, a retirada foi associada
estimulantes, o comitê recomendou o uso de formulações com menor a um aumento do risco de deterioração do comportamento, entre-
risco de abuso (por exemplo, liberação modificada) ou medicação não tanto houve poucas evidências de que a retirada tenha um impacto
estimulante (por exemplo, atomoxetina ou guanfacina). significativo na qualidade de vida e comportamento na idade adulta.
Todos os medicamentos para o TDAH só devem ser iniciados por Sendo assim, foi considerado uma maior necessidade de tratamen-
um profissional de saúde com treinamento e experiência em diagnos- to farmacológico em crianças e adolescentes em comparação com
ticar e gerenciar o TDAH, o qual deve familiarizar-se com os perfis adultos (NICE 2018).1

CONCLUSÃO

O objetivo desta diretriz é sensibilizar as populações de risco e fornecer aconselhamento sobre o diagnóstico e o
tratamento do TDAH. Abrange crianças menores de 5 anos, a faixa etária de 5 a 18 anos e adultos, contempla todos
os cuidados primários, secundários e comunitários. Os medicamentos que mostraram evidências na melhora
dos sintomas do TDAH foram metilfenidato e lisdexanfetamina, disponíveis no Brasil.
Para mais informações, acesse a página da web (www.nice.org.uk/guidance/ng87).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. National Institute for Health and Care Excellence. Developing NICE guidelines: the manual. London. National Institute for Health and Care Excellence guideline (NG87),
2018. Acesso em 2019 jan 8. Disponível em: www.nice.org.uk/guidance/ng87. 2. National Institute for Health and Care Excellence. Developing NICE guidelines: the
manual. London. National Institute for Health and Care Excellence, 2014. Acesso em 2019 jan 8. Disponível em: https://www.nice.org.uk/guidance/pmg20/resources/
developing-nice-guidelines-the-manual-pdf-72286708700869. 3. American Psychiatry Association (APA). Diagnostic and Statistical Manual of Mental disorders –
DSM-5. 5ª ed. Washington: APA, 2013. 4. The ICD-10. Classification of Mental and Behavioural Disorders. Clinical descriptions and diagnostic. Guidelines World Health
Organization. 10ª ed. Genebra: WHO, 1992. 5. Ahmed GM, Mohamed S. Effect of regular aerobic exercises on behavioral, cognitive and psychological response in pa-
tients with attention deficit-hyperactivity disorder. Life Sci J. 2011;8(2):366-371 6. Abikoff HB, Thompson M, Laver-Bradbury C, et al. Parent training for preschool
ADHD: a randomized controlled trial of specialized and generic programs. J Child Psychol Psychiatry. 2015;56(6):618-31. 7. Bor W, Sanders MR, Markie-Dadds C. The
effects of the Triple P-Positive Parenting Program on preschool children with co-occurring disruptive behavior and attentional/hyperactive difficulties. J Abnormal Child
Psychol. 2002;30(6):571-87. 8. Matos M, Bauermeister JJ, Bernal G. Parent-child interaction therapy for Puerto Rican preschool children with ADHD and behavior
problems: a pilot efficacy study. Family Process. 2009;48(2):232-52. 9. Thompson MJ, Laver-Bradbury C, Ayres M, et al. A smallscale randomized controlled trial of the
revised new forest parenting programme for preschoolers with attention deficit hyperactivity disorder. Eur Child Adolesc Psychiatry. 2009;18(10):605-16. 10. Au A, Lau
KM, Wong AHC, et al. The efficacy of a group Triple P (positive parenting program) for Chinese parents with a child diagnosed with ADHD in Hong Kong: A pilot randomi-
sed controlled study. Australian Psychologist. 2014;49(3):151-62. 11. Bink M, Bongers IL, Popma A, Janssen TW, van Nieuwenhuizen C. 1-year follow-up of neurofee-
dback treatment in adolescents with attention-deficit hyperactivity disorder: randomised controlled trial. BJPsych Open. 2016;2(2):107-15. 12. Handen BL, Aman MG,
Arnold LE, et al. Atomoxetine, parent training, and their combination in children with autism spectrum disorder and attention-deficit/hyperactivity disorder. J Am Acad
Child Adolesc Psychiatry. 2015 Nov;54(11):905-15. 13. Cowley B, Holmstrom E, Juurmaa K, Kovarskis L, Krause CM. Computer enabled neuroplasticity treatment: a
clinical trial of a novel design for neurofeedback therapy in adult ADHD. Front Hum Neurosci. 2016 May 9;10:205. 14. Gu Y, Xu G, Zhu Y. A randomized controlled trial of
mindfulness-based cognitive therapy for college students with ADHD. J Atten Disord. 2018 Feb;22(4):388-99. 15. Hepark S, Janssen L, de Vries A, et al. The efficacy
of adapted MBCT on core symptoms and executive functioning in adults with ADHD: a preliminary randomized controlled trial. J Atten Disord. 2015 Nov 20. pii:
1087054715613587. [Epub ahead of print] 16. Mawjee K, Woltering S, Tannock R. Working memory training in post-secondary students with ADHD: A randomized
controlled study. PloS One. 2015;10(9):e0137173. 17. National Institute for Health and Care Excellence Addendum to Clinical Guideline 72, Attention Deficit Hyperactivity
Disorder. Clinical Guideline Addendum 72.1. Methods, evidence and recommendations, 2016. Acesso em 2019 jan 8. Disponível em: https://www.nice.org.uk/guidance/
ng87/evidence/dietary-interventions-pdf-4844210798 18. Greenhill L, Kollins S, Abikoff H, et al. Efficacy and safety of immediate-release methylphenidate treatment for
preschoolers with ADHD. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry. 2006 Nov;45(11):1284-93. 19. Ghuman JK, Aman MG, Lecavalier L, et al. Randomized, placebo-control-
led, crossover study of methylphenidate for attentiondeficit/hyperactivity disorder symptoms in preschoolers with developmental disorders. J Child Adolesc Psychophar-
macol. 2009;19(4):329-39. 20. Arabgol F, Panaghi L, Nikzad V. Risperidone versus methylphenidate in treatment of preschool children with attention-deficit hyperactivity
disorder. Iran J Pediatrics. 2015;25(1):e265. 21. Safavi P, Dehkordi AH, Ghasemi N. Comparison of the effects of methylphenidate and the combination of methylpheni-
date and risperidone in preschool children with attention-deficit hyperactivity disorder. J Adv Pharm Technol Res. 2016;7(4):144-8. 22. Gadow KD, Nolan EE, Sverd J,
Sprafkin J, Schneider J. Methylphenidate in children with oppositional defiant disorder and both comorbid chronic multiple tic disorder and ADHD. J Child Neurol.
2008;23(9):981-90. 23. Jafarinia M, Mohammadi MR, Modabbernia A, et al. Bupropion versus methylphenidate in the treatment of children with attentiondeficit/hype-
ractivity disorder: randomized double-blind study. Hum Psychopharmacol. 2012; 27(4):411-8. 24. Mohammadi MR, Mohammadzadeh S, Akhondzadeh S. Memantine
versus methylphenidate in children and adolescents with attention deficit hyperactivity disorder: A double-blind, randomized clinical trial. Iran J Psychiatry. 2015;10(2):106-
14. 25. Simonoff E, Taylor E, Baird G, et al. Randomized controlled double-blind trial of optimal dose methylphenidate in children and adolescents with severe attention
deficit hyperactivity disorder and intellectual disability. J Child Psychol Psychiatry. 2013;54(5):527-35. 26. Coghill D, Banaschewski T, Lecendreux M, et al. European,
randomized, phase 3 study of lisdexamfetamine dimesylate in children and adolescents with attention-deficit/hyperactivity disorder. Eur Neuropsychopharmacol.
2013;23(10):1208-18. 27. Coghill DR, Banaschewski T, Lecendreux M, et al. Efficacy of lisdexamfetamine dimesylate throughout the day in children and adolescents with
attention-deficit/hyperactivity disorder: results from a randomized, controlled trial. Eur Child Adolesc Psychiatry. 2014;23(2):61-8. 28. Banaschewski T, Soutullo C, Le-
cendreux M, et al. Health-related quality of life and functional outcomes from a randomized, controlled study of lisdexamfetamine dimesylate in children and adolescents
with attention deficit hyperactivity disorder. CNS Drugs. 2013 Oct;27(10):829-40. 29. Adler LA, Dirks B, Deas P, et al. Self-reported quality of life in adults with atten-
tion-deficit/hyperactivity disorder and executive function impairment treated with lisdexamfetamine dimesylate: a randomized, doubleblind, multicenter, placebo-control-
led, parallel-group study. BMC Psychiatry. 2013;13:253. 30. Biederman J, Mick E, Surman C, et al. A randomized, 3-phase, 34-week, double-blind, long-term efficacy
study of osmoticrelease oral system-methylphenidate in adults with attention-deficit/ hyperactivity disorder. J Clin Psychopharmacol. 2010;30(5):549-53. 31. Bron TI,
Bijlenga D, Boonstra AM, et al. OROS-methylphenidate efficacy on specific executive functioning deficits in adults with ADHD: a randomized, placebo-controlled cross-
-over study. Eur Neuropsychopharmacol. 2014;24(4):519-28. 32. Casas M, Rosler M, Sandra Kooij JJ, et al. Efficacy and safety of prolonged-release OROS methylphe-
nidate in adults with attention deficit/hyperactivity disorder: a 13-week, randomized, double-blind, placebocontrolled, fixed-dose study. World J Biol Psychiatry.
2013;14(4):268-81. 33. Kooij JJ, Rosler M, Philipsen A, et al. Predictors and impact of non-adherence in adults with attention-deficit/hyperactivity disorder receiving
OROS methylphenidate: results from a randomized, placebocontrolled trial. BMC Psychiatry. 2013;13:36. 34. Durell TM, Adler LA, Williams DW, et al. Atomoxetine
treatment of attention-deficit/hyperactivity disorder in young adults with assessment of functional outcomes: a randomized, double-blind, placebo-controlled clinical trial.
J Clin Psychopharmacol. 2013;33(1):45-54. 35. Adler LA, Clemow DB, Williams DW, Durell TM. Atomoxetine effects on executive function as measured by the BRIEF--a
in young adults with ADHD: a randomized, double-blind, placebo-controlled study. PloS One. 2014;9(8):e104175. 36. Goodman DW, Starr HL, Ma YW, Rostain AL, As-
cher S, Armstrong RB. Randomized, 6-week, placebo-controlled study of treatment for adult attention-deficit/hyperactivity disorder: individualized dosing of osmotic-re-
lease oral system (OROS) methylphenidate with a goal of symptom remission. J Clin Psychiatry. 2017;78(1):105-14. 37. Takahashi N, Koh T, Tominaga Y, Saito Y,
Kashimoto Y, Matsumura T. A randomized, double-blind, placebo-controlled, parallel-group study to evaluate the efficacy and safety of osmotic-controlled release oral
delivery system methylphenidate HCl in adults with attention-deficit/hyperactivity disorder in Japan. World J Biol Psychiatry. 2014;15(6):488-98.

Comentários sobre o Guideline NICE TDAH 2018 é uma publicação periódica da Phoenix Comunicação Integrada patrocinada por Sandoz. O conteúdo é de
responsabilidade do autor e não expressa necessariamente a opinião do laboratório. Jornalista Responsável: José Antonio Mariano (MTb: 22.273-SP). Tiragem:
10.000 exemplares. Endereço: Rua Dom João V, 344 – CEP 05075-060 – Lapa – São Paulo – SP. Tel.: (11) 3645-2171 – Home page: www.editoraphoenix.
com.br – E-mail: phoenix@editoraphoenix.com.br. Todos os direitos reservados. Este material não pode ser publicado, transmitido, divulgado, reescrito ou
redistribuído sem prévia autorização da editora. Material destinado exclusivamente à classe médica. phx cb-jr 13/02/19
Material dirigido unicamente a profissionais da saúde habilitados a prescrever e/ou dispensar medicamentos.
2019 - © - Direitos reservados – Novartis Biociências S/A – Proibida a reprodução total ou parcial sem autorização do titular.

Material produzido em fevereiro/2019 BR1902955838

Você também pode gostar