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UNIVERSIDADE AGOSTINHO NETO

FACULDADE DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA

GEOLOGIA APLICADA
Aula nº12 - Métodos de Prospecção geológica
Geotécnica - Ensaios de Campo
Licenciatura em Geologia Profª Drª Gabriela Pires (Ph.D)
4º ano gabrielagptpires@gmail.com
VIIIº Semestre 927 723 818 / 990 723 818
Ano lectivo: 2022 Msc. José Tito Morais
josetitomorais@hotmail.com
912 510 292 / 925 629 565
Aula 13 20.06.2022
Tema 2. Solos
❑ Ensaios de Campo
❑ Ensaio de penetração dinâmica (Standart
Penetration test - SPT)
❑Ensaio de Penetração Estática (Cone
Penetration Test – CPT)
Métodos de Prospecção

Ensaios de Campo

❑ Ensaio de penetração dinâmica


(Standart Penetration test - SPT)

❑ Ensaio de Penetração Estática


(Cone Penetration Test – CPT)
Ensaio de Penetração Dinâmica (Standart Penetration test – SPT)
Ensaio SPT (operações)
Ensaio de Penetração Dinâmica (Standart Penetration test – SPT)

O SPT é utilizado na prospecção dos solos, ao longo de furos de sondagem


para a avaliação da resistência das formações atravessadas e permite a
colecta de amostras remexidas.

O SPT tem sido preferencialmente utilizado em todo o mundo, como


instrumento indispensável em investigações preliminares para projectos de
fundações, dada a simplicidade, robustez e rápido tempo de resposta

O ensaio foi parcialmente normalizado através da norma ASTM D1586-63T


e, actualmente, através da norma ISSMFE-T16, 1989.
Ensaio de Penetração Dinâmica (Standart Penetration test – SPT)

O SPT é utilizado na prospecção dos solos, ao longo de furos de sondagem


para a avaliação da resistência das formações atravessadas e permite a
colecta de amostras remexidas.

O SPT tem sido preferencialmente utilizado em todo o mundo, como


instrumento indispensável em investigações preliminares para projectos de
fundações, dada a simplicidade, robustez e rápido tempo de resposta

O ensaio foi parcialmente normalizado através da norma ASTM D1586-63T


e, actualmente, através da norma ISSMFE-T16, 1989.
Ensaio de Penetração Dinâmica (Standart Penetration test – SPT)
Ensaio de Penetração Dinâmica (Standart Penetration test – SPT)

❖ O ensaio SPT é realizado em furos de sondagem e consiste na cravação de


um amostrador normalizado, com comprimento mínimo de 45 cm, à custa de
um peso de 63,5 kg, de uma altura de 75 cm. O ensaio, na prática, é
realizado em duas fases. Na primeira fase, é registado o número de
pancadas correspondentes a 15 cm de penetração.
❖ Os resultados obtidos são desprezados, porque se considera que a parte
superficial do maciço se encontra perturbado, devido à abertura do furo.
❖ Na segunda fase do ensaio, regista-se o número de pancadas N,
correspondentes à penetração de 30 cm, que indica a resistência do maciço in
situ.
❖ Mesmo que não se tenha atingido a penetração total do amostrador, o ensaio
termina, em geral, ao serem atingidas 50 ou 60 pancadas numa das fases.
Ensaio de Penetração Dinâmica (Standart Penetration test – SPT)
Ensaio de Penetração Dinâmica (Standart Penetration test – SPT)

❖ O valor apresentado, para cada sub fase da 2ª fase, é de 50 pancadas,


anotando-se o comprimento da penetração obtida em cada fase;

❖ Os intervalos de profundidade entre ensaios são definidos no caderno de


encargos, mas é habitual realizarem-se com intervalos de 1,5 metros ou,
quando se verifica mudança na litologia;

❖ A sondagem e os ensaios terminam ao serem atingidos dois ou três ensaios


consecutivos com o valor de N=60 (nega), estabelecido previamente.
Ensaio de Penetração Dinâmica (Standart Penetration test – SPT)
Os resultados dos ensaios SPT permitem classificar os solos quanto a
compacidade (Quadro 1) e quanto a consistência (Quadro 2)
Quadro 1. Classificação dos solos Quadro 2. Classificaçãoo dos solos
incoerentes quanto a compacidade coerentes quanto a consistência
Compacidade N (SPT) Consistência N (SPT)

Muito solto <4 Muito mole <2


Mole 2-4
Solto 4 -10
Média 4-8
Médio 10 - 30
Dura 8 - 15
Denso 30 - 50
Muito dura 15 - 30
Muito denso > 50 Rija > 30
Ensaios de Penetração Estática (CPT)

O ensaio de penetração estática (Cone Penetration Test - CPT) realiza-se nos


solos granulares e solos coesivos de consistência branda e permite a
avaliação contínua da resistência do terreno. Foi desenvolvido inicialmente
por técnicos holandeses, para definir rapidamente a espessura dos solos
moles sobre solos mais resistentes, com vista à aplicação, essencialmente, em
problemas de fundação de edifícios passando a ser utilizado para a
determinação da resistência do terreno à penetração.

Os equipamentos utilizados neste ensaio, a descrição dos mesmos e os


procedimentos para a sua realização encontram-se em Vallejo et al (2002).
Ensaios de Penetração Estática (CPT)
O equipamento mais utilizado é o penetrómetro do tipo holandês, com massa
de 2,5 toneladas e de 10 toneladas, que transmitem forças máximas de 2,5 tf
e 10 tf, respectivamente. Com estas capacidades, é possível atingir
profundidades elevadas, em solos com resistências baixas.
O conjunto deste equipamento compreende uma série de tubos, no interior dos
quais deslizam as hastes que transmitem as forças aos aparelhos de medida.

O ensaio de penetração estática consiste na cravação contínua, através de um


sistema hidráulico ou mecânico, de varas, no extremo das quais é enroscada
uma ponta que termina em cone, com um ângulo, no vértice, de 60º e um
diâmetro, na base, de cerca de 66 mm, correspondente a uma secção
transversal com 10 cm2 de área.
Ensaios de Penetração Estática (CPT)
Importância dos ensaios SPT e CPT
Permitem estabelecer correlações entre os resultados dos ensaios SPT e CPT por
exemplo:
 Terzaghi e Peck (1949) apresentaram correlações entre o resultado de N

(SPT) com alguns parâmetros: a densidade relativa (Dr) para as areias


(Quadro 3) e a resistência à compressão simples das argilas (Quadro 4).

Quadro 3. Relação entre N e a densidade Quadro 4 - Relação entre a consistência da


relativa em areias (Sanglerat, 1972) argila, N e a resistência à compressão
simples (Terzaghi e Peck, 1967)
Importância dos ensaios SPT e CPT
Meyerhof (1956) apresentou as primeiras correlações entre N e a resistência de ponta
(qc), para os solos sem coesão, tendo como base a correlação proposta por (Terzaghi e
Peck, 1967) para a densidade relativa Dr, utilizando os mesmos intervalos e o ângulo
de atrito ф (Quadro 5), sendo estas as primeiras correlações entre SPT e o CPT.

Quadro 5 - Relação entre a densidade relativa, a resistência à penetração e o


ângulo de atrito interno de solos sem coesão (Meyerhof 1956)
Relatório Geológico-geotécnico (exemplo)
Relatório discritivo Resultados de ensaios de Resultados de ensaios de
laboratório campo
Aula 14 21.06.2022

 Tema 3. Rochas e maciços rochosos


❑ Propriedades físicas e mecânicas dos materiais rochosos;
❑ Zonamento de um maciço rochoso;
❑ Classificação geomecânica das rochas;

❑ Taludes.

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