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Perdidos no Play
As áridas terras de Khur formaram-se com a destruição do Império Sagrado de Istar, causado
pela montanha flamejante vinda dos céus que destruiu grande parte do continente de
Ansalon, no evento conhecido como Cataclismo.
Ao sul de Istar, a antiga nação de Dravinaar fora uma nação subjugada inúmeras vezes pelos
Reis Sacerdotes de Istar. De clima quente, mas composto por planícies e savanas, as legiões
de scatas imperiais de Istar acabaram por dividir a imensidão desta terra em duas províncias,
Dravinaar Oriental e Dravinaar Ocidental, para facilitar o seu governo e evitar novas
insurreições dos nômades conquistados.
Pouco antes do Cataclismo, um carismático líder reuniu os povos e tribos, e teria consolidado
o poder nas províncias de Dravinaar, novamente reunindo os nômades do fragmentado reino.
Contudo, não tardou para que tanto Istar quanto boa parte de Dravinaar fossem tragados
para as profundezas do recém-formado Mar de Sangue de Istar, quando a montanha
flamejante destruiu Istar e reinos adjacentes. Tal líder tribal foi essencial para salvar os
nômades do mesmo destino cruel dos istaranos. Seu nome era Keja, e ele não somente reuniu
os povos, como conseguiu consolidar sua influência durante os duros anos seguintes do
trágico evento.
Keja acabou migrando para o sul, levando muitos sobreviventes consigo, em terras de clima
mais árido, mas não tão inóspitas quanto as savanas remanescentes do norte. Ele chamou
seu novo lar de Khur, e tornou-se o seu primeiro Khan. Junto com seus sete filhos, ele
montou a cidade de Khuri-Khan, reinando por muitos anos e falecendo por velhice. Seus
filhos não concordaram com a forma de sucessão do trono, e acabaram espalhando-se pela
região, onde cada um acabou clamando uma porção do então khanato para si, e desde então
as tribos vivem em constantes conflitos e alianças, em um complexo jogo de poder.
• Khur: tribo ligada à Casa Real de Khur, vivem no coração do deserto, incluindo a
capital Khuri-Khan. Muitos deles abandonaram a vida nômade, vivendo ao invés
disso nas cidades e vilas situadas no deserto. Seu totem é a serpente enrolada, e dessa
tribo é nomeado tradicionalmente o Khan do Deserto. Ela foi formada por Garmac,
o primeiro filho de Keja, e seu sucessor direto;
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• Mayakhur: vivem no extremo sul do deserto, compreendendo a menor das tribos,
e possuem renome por seus batedores e rastreadores, sendo por vezes contratados
como assassinos e até mesmo espiões. Seu totem tribal é o tigre. Seu fundador é
Mayakhur, o terceiro filho do khan Keja;
Além dos nômades de Khur, algumas tribos de centauros, kenders e até mesmo de elfos
kagonesti espalhados vivem na região, alguns mais amistosos e outros mais reclusos dos
humanos que formam a maioria dos habitantes do deserto. Ogres saqueadores podem ser
encontrados ao leste próximos às montanhas Khalkist e no sudoeste, em direção às terras de
Blöde.
As principais lendas e registros da história e da cultura dos nômades de Khur está contida
no que eles chamam de “A Canção”, uma série de registros de suas lendas e mitos, e ela data
de um passado muito distante. Costumeiramente, tais registros são passados de maneira oral,
pelos anciões das tribos. Como a Canção é formada por milhares de versos, ela é divida em
Oito Cantos, dedicados e nomeados em honra a um dos oito principais deuses venerados
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pelos nômades. Os cantos são dedicados à Kargath, o Guerreiro; Rakaris, o Caçador;
Torghan, o Vingador; Elir-Sana, a Curandeira; Anthor, o Eremita; Hab’rar, o Mensageiro;
Soro, o Piromante; e Ayyan, a Enganadora. De acordo com os nômades, “É cantado na
Canção que as terras de Khur são as mais velhas do mundo, a primeira que fora criada pelos
deuses do firmamento, nunca tendo ficado sob as águas da Inundação”.
Os nômades do deserto possuem ainda uma grande crença no destino, que eles chamam de
Maita. Tal conceito está mais relacionado com a personalidade, predestinação e
inevitabilidade do destino de cada indivíduo, algo como “seu maita era mais poderoso do
que qualquer encantamento sombrio”.
Os nômades de Khur são exímios criadores de cavalos, é de conhecimento comum que seus
garanhões estão entre os melhores de todo o continente. Eles adoram cria-los e apostam
fortunas em corridas com seus melhores espécimes.
Os nômades hoje vivem em uma complexa rede de interesses, alianças, adversários e aliados.
A grande maioria das tribos não presta vassalagem ao khan, ainda que alguns deles ainda lhes
ofereçam tributo, seja em moedas de aço, cavalos ou outros bens.
Finalmente, a maior cidade da região (e considerada por estrangeiros como capital) é Khuri-
Khan, também chamada de “Cidade das Areias Douradas”, lar do governo do grande Khan,
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uma imponente cidade considerada um tributo à glória e conquistas dos povos do deserto.
Ela possui massivos muros de pedra, inúmeras regiões e distritos (denominados geel), e lar de
construções fabulosas, como o lendário Khuri yl Nor (o Palácio do Pôr do Sol), uma
verdadeira cidadela independente localizada no coração de Khuri-Khan que guarda a
fortaleza chamada Nor-Khan, local onde está o Trono de Safira, centro de poder de Khur;
o Grande Souks, o maior mercado de toda Ansalon, com centenas de divisões dentro de
sua imensa estrutura – como o Fabazz (ou Souk Menor), um mercado de alimentos,
temperos e incensos; a Trilha dos Templos, uma enorme avenida com todos templos dos
principais deuses venerados pelos Khur, como Elir-Sana e Torghan, Akhur et Nor (a
Academia do Alvorecer), o grande centro de estudos e de conhecimento; o enorme poço
artesiano situado no centro da cidade e fornece água à todos os seus habitantes chamado
Nak-Safal; e o grande Bazar dos Cavalos, um imenso mercado a céu aberto onde as tribos
negociam suas montarias e criações.
2 https://officialpaizo.tumblr.com/post/140813797736/designer-mark-seifter-gives-us-a-preview-of-the
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A corte em Khuri-Khan possui uma intrincada rede de interesses, e muitos almejam a posição
ou até mesmo um maior nível de influência sobre o khan. Dentre os membros mais
conhecidos e ilustres da corte estão as seguintes figuras:
3 https://www.artstation.com/zhiruiwang
4 https://encrypted-tbn0.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT9pyxrbBIJX7H0PYFn8YWrK6nbf4lKp9HQ9rWg32kDo3WV7s-O
5 https://www.artstation.com/artwork/oOyXnw
6 https://www.artstation.com/zhiruiwang
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Bastes Aldonaer7: o descendente de um sábio que chegou a
Khur pouco tempo depois do Cataclismo, e quase morreu de
fome e de sede no deserto. Ao ser salvo pelos antepassados do
khan atual, o sábio jurou lealdade à Casa de Khur e prometeu
construir aquele que se tornou um dos maiores centros de
conhecimento de todo o oriente de Ansalon, Akhur et Nor (a
Academia do Alvorecer). Bastes é o quarto de sua linhagem, e
sua posição na corte tem sido ameaçada por um arrogante
Mago das Vestes Brancas que recentemente chegou em Khur,
chamado Dendalion.
7 https://www.deviantart.com/aguilas/art/Touareg-406736407
8 https://www.deviantart.com/rememoir/art/portrait-10-567286503
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Em que pese as tribos serem rivais e até mesmo inimigas em inúmeras ocasiões e feudos
anteriores, o khan invocou um costume ancestral dos povos do deserto, convidando-os sob
a antiga e famigerada Regra da Hospitalidade, na qual nenhum hóspede pode ser atacado
ou ferido durante o seu período de estadia na casa ou nos domínios de seu visitante.
O convite estendeu-se até mesmo a alguns estrangeiros que vivem na região, mas que
possuem certa notoriedade em cidades e governos próximos. A ideia é reunir todos os líderes
das tribos e de cidades estado da região em sua corte, para debater o possível acordo que
estaria sendo realizado com esses senhores das terras de Taman Busuk.
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Fontes/Bibliografia: