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Rendimento de escala

Rendimento de escala
 Taxa de crescimento da produção na medida
em que todos os insumos crescem
proporcionalmente
 Se multiplicar todos os fatores por uma
constante “λ”, o que acontecerá com a
produção?

87

Rendimento de escala
Produção cresce na
X2 (K) mesma proporção que os
aumentos nos insumos

6
30
Tamanho da empresa
não afeta a produtividade
4 dos fatores
20

2
10 Rendimentos constantes
de escala
0 5 10 15 X1 (L)

88

Rendimento de escala
Produção cresce em
X2 (K) proporções maiores que
os aumentos nos
insumos

Crescimento da empresa
4 aumenta a produtividade
dos fatores
3 30

2 20
10
Rendimentos crescentes
0 5 7,5 10 X1 (L) de escala

89
Rendimento de escala
Produção cresce em
X2 (K) proporções menores que
os aumentos nos
insumos

8
20 Crescimento da empresa
diminui a produtividade
dos fatores
4

2 15
10 Rendimentos
0 5 10 20 X1 (L) decrescentes de escala

90

Rendimento de escala

Considere a função de produção Q = f(L,K).


Para uma constante λ > 0:
 Se f(λL,λK) = λf(L,K)  retornos constantes de
escala
 Se f(λL,λK) > λf(L,K)  retornos crescentes de
escala
 Se f(λL,λK) < λf(L,K)  retornos decrescentes
de escala

91

Rendimento de escala

Exemplo 1: Q = LK2
Multiplicando L e K por uma constante λ:
(λL)(λK)2
λLλ2K2 Rendimentos crescentes
de escala
λ3(LK2)

Q
Multiplicando todos fatores por λ, a produção
cresce λ3
92
Rendimento de escala

Exemplo 2: Q = 5L+10K
Multiplicando L e K por uma constante λ:
5(λL)+10(λK)
5λL+10λK Rendimentos constantes
de escala
λ (5L+10K)

Q
Multiplicando todos fatores por λ, a produção
cresce λ
93

Rendimento de escala

Exemplo 3: Q = 10L0,2K0,6
Multiplicando L e K por uma constante λ:
10(λL)0,2(λK)0,6
10λ0,2L0,2 λ0,6K0,6 Rendimentos
decrescentes de escala
λ0,8(10L0,2K0,6)

Q
Multiplicando todos fatores por λ, a produção
cresce λ0,8
94

Rendimento de escala

Exemplo 4: Q = 10L0,6K0,6
Multiplicando L e K por uma constante λ:
10(λL)0,6(λK)0,6
10λ0,6L0,6 λ0,6K0,6 Rendimentos crescentes
de escala
λ1,2(10L0,6K0,6)

Q
Multiplicando todos fatores por λ, a produção
cresce λ1,2
95
Rendimento de escala

Exemplo 5: Q = 10L0,4K0,6
Multiplicando L e K por uma constante λ:
10(λL)0,4(λK)0,6
10λ0,4L0,4 λ0,6K0,6 Rendimentos constantes
de escala
λ(10L0,4K0,6)

Q
Multiplicando todos fatores por λ, a produção
cresce λ
96

Rendimento de escala

Q = 10L0,2K0,6  Rendimentos decrescentes


Q = 10L0,6K0,6  Rendimentos crescentes
Q = 10L0,4K0,6  Rendimentos constantes

O que se pode dizer sobre o rendimento de


escala em uma função do tipo:
Q = αLβ1Kβ2 Cobb-Douglas

97

Rendimento de escala

Na função Cobb-Douglas
Q = αLβ1Kβ2
Se ∑ βi = 1  Retornos constantes
Se ∑ βi > 1  Retornos crescentes
Se ∑ βi < 1  Retornos decrescentes

98
Elasticidade de substituição (EK,L)
 A elasticidade de substituição mede a
possibilidade de substituir um fator por outro,
sem alterar a quantidade produzida

 Mede a variação percentual (%) na


quantidade de um fator (K) que pode ser
substituída em função de uma % no outro
fator (L), mantendo a produção constante

 Movimento que ocorre ao longo de uma


mesma isoquanta

99

Elasticidade de substituição (EK,L)


 A elasticidade de substituição é dada por:

K
%K K K L
E ,
%L L L K
L

100

Elasticidade de substituição (EK,L)

 Pode-se calcular a elasticidade no ponto,


utilizando-se o conceito de derivada
- TMST

%K 𝑑K L
E ,
%L 𝑑L K

𝑑K PMg
TMST
𝑑L PMg
101
Elasticidade de substituição (EK,L)
 A elasticidade de substituição será:

%K 𝑑K L
E ,
%L 𝑑L K
𝐏𝐌𝐠 𝐋 𝒅𝐊
𝐓𝐌𝐒𝐓
𝐏𝐌𝐠 𝐊 𝒅𝐋

PMg L
E ,
PMg K
102

Elasticidade de substituição (EK,L)


Na função Cobb-Douglas Q = αLβ1Kβ2

PMg L
E ,
PMg K

𝑑Q
PMg β1αL K
𝑑L

𝑑Q
PMg β2αL K
𝑑K

103

Elasticidade de substituição (EK,L)


Na função Cobb-Douglas Q = αLβ1Kβ2

PMg L
E ,
PMg K

PMg β1αL K e PMg β2αL K

β1αL K L β1αK K L
E ,
β2αL K K β2αL L K

104
Elasticidade de substituição (EK,L)

PMg L
E ,
PMg K
K

β1αK K L
E ,
β2αL L K

β1 L
E ,
β2

105

Elasticidade da produção (EY)

 A elasticidade de produção é dada por


PMg 1/PMe

%Y 𝑑Y X
E
%𝑋 𝑑X Y

%Y PMg
E
%X PMe

106

Elasticidade da produção (EY)


Na função Cobb-Douglas Q = αLβ1Kβ2

PMg PMg
E ; e E ;
PMe PMe

𝑑Q
PMg β1αL K
𝑑L
E ; β1
Q
PMe αL K
L

107
Elasticidade da produção (EY)
Na função Cobb-Douglas Q = αLβ1Kβ2

PMg PMg
E ; e E ;
PMe PMe

𝑑Q
PMg β2αL K
𝑑K
E ; β2
Q
PMe αL K
K

108

Função Cobb-Douglas
Para estimar uma função Cobb-Douglas, é
preciso “linearizar” a função, utilizando-se
logaritmos:
Q = αLβ1Kβ2
Log(Q) = log(α) + β1 log(L) + β2 log(K)
A estimativa pode ser feita por Mínimos
Quadrados Ordinários (MQO) e fornecerá os
valores dos parâmetros α, β1 e β2

109

Função Cobb-Douglas
Resumindo:
Q = αLβ1Kβ2
1. Rendimento de escala
Se ∑ βi = 1  Retornos constantes
Se ∑ βi > 1  Retornos crescentes
Se ∑ βi < 1  Retornos decrescentes

110
Função Cobb-Douglas
Q = αLβ1Kβ2
2. Elasticidade de substituição (EK,L)
β1
E ,
β2

3. Elasticidade de produção (EY)

E ; β1 e E ; β2

111

Função Cobb-Douglas
Exemplo com dados de produção de leite:
Q = 3L0,3K0,8

1. Rendimento de escala
∑ βi = 0,3 + 0,8 = 1,1  Retornos crescentes

Se aumentar L e K em 10%, isto é, λ = 1,1, a


produção vai aumentar 101,1% (12,6%)

112

Função Cobb-Douglas
Exemplo com dados de produção de leite:
Q = 3L0,3K0,8

2. Elasticidade de substituição (EK,L)


β1 0,3
E , 0,375
β2 0,8

O aumento de 10% no uso de trabalho pode


ser acompanhado pela redução de 3,75% de
capital, mantendo a produção constante

113
Função Cobb-Douglas
Exemplo com dados de produção de leite:
Q = 3L0,3K0,8
3. Elasticidade de produção (EY)
E ; β1 0,3 e E ; β2 0,8
O aumento de 10% no trabalho, CP, aumenta
a produção em 3%
O aumento de 10% no capital, CP, aumenta a
produção em 8%

114

Maximização da produção
Considere:
Função de produção: Q = f(L, K)
Q é a quantidade produzida
L e K são fatores de produção
PL e PK são os preços dos fatores
CT é o custo total  CT = PLL + PKK

115

Maximização da produção
O problema de maximização da produção:
Max Q = f(L, K)
Sujeito a CT* = PLL + PKK
Problema PRIMAL
*Neste problema, o CT é dado (restrição)
A função de Lagrange será:
L = Q + λ(CT – PLL – PKK)

116
Maximização da produção
LA = Q + λ(CT – PLL – PKK)
𝑑𝐿𝐴 𝑑𝑄 𝑃𝑀𝑔
𝜆𝑃 0⇒𝜆
𝑑𝐿 𝑑𝐿 𝑃
PMgL
𝑃𝑀𝑔 𝑃𝑀𝑔
𝑃 𝑃
𝑑𝐿𝐴 𝑑𝑄 𝑃𝑀𝑔
𝜆𝑃 0 ⇒𝜆
𝑑𝐾 𝑑𝐾 𝑃
PMgK

𝑑𝐿𝐴
𝐶𝑇 𝑃𝐿 𝑃 𝐾 0 𝐶𝑇 𝑃𝐿 𝑃 𝐾
𝑑𝜆

117

Minimização do gasto
O problema de minimização do gasto será:
Min CT = PLL + PKK
Sujeito a Q* = f(L, K)
Problema DUAL
*Neste problema, produção é dada (restrição)
A função de Lagrange será:
L = PLL + PKK + µ[Q* – f(L, K)]

118

Minimização do gasto
LA = PKK + PLL + µ[Q* – f(L, K)]

𝑑𝐿𝐴 𝑑𝑄 𝑃
𝑃 𝜇 0 ⇒𝜇
𝑑𝐿 𝑑𝐿 𝑃𝑀𝑔 𝑃𝑀𝑔 𝑃𝑀𝑔
PMgL 𝑃 𝑃
𝑑𝐿𝐴 𝑑𝑄 𝑃
𝑃 𝜇 0⇒𝜇
𝑑𝐾 𝑑𝐾 𝑃𝑀𝑔
PMgK

𝑑𝐿𝐴
𝑄 𝑓 𝐿, 𝐾 0 𝑄 𝑓 𝐾, 𝐿
𝑑𝜇

119
Exemplo: maximizar a produção
Considere os seguintes dados:
Função de produção: Q = 500L0,8K0,6
Preços: PL = 20 e PK = 60
Gasto máximo possível: CT = 70.000
Quais as quantidades de L e K que o
empresário irá adquirir, respeitando a
quantidade de recurso que tem para gastar?
Qual a máxima produção que consegue obter?

120

Q = 500L0,8K0,6
PL = 20, PK = 60 e CT = 70.000
Quanto será utilizado de L e K? Qual a produção máxima?

A restrição de custos será:


CT = PLL + PKK  70000 = 20L + 60K

O Problema de maximização será:


MAX 500L0,8K0,6
Sujeito a: 70000 = 20L + 60K

A função de Lagrange será:


LA = 500L0,8K0,6 + λ(70000 – 20L – 60K)

121

Q = 500L0,8K0,6
PL = 20, PK = 60 e CT = 70.000
Quanto será utilizado de L e K? Qual a produção máxima?

LA = 500L0,8K0,6 + λ(70000 – 20L – 60K)

𝑑𝐿𝐴 , ,
400𝐿 , 𝐾 ,
400𝐿 𝐾 20𝜆 0 ⇒𝜆
𝑑𝐿 20

𝑑𝐿𝐴 300𝐿 , 𝐾 ,
300𝐿 , 𝐾 ,
60𝜆 0 ⇒𝜆
𝑑𝐾 60

400𝐿 , 𝐾 ,
300𝐿 , 𝐾 ,
⇒ 4𝐾 𝐿 1
20 60

122
Q = 500L0,8K0,6
PL = 20, PK = 60 e CT = 70.000
Quanto será utilizado de L e K? Qual a produção máxima?

LA = 500L0,8K0,6 + λ(70000 – 20L – 60K)


𝑑𝐿𝐴
70000 20𝐿 60𝐾 0
𝑑𝜆
70000 20𝐿 60𝐾 2
Substituindo (1) em (2)
70000 = 20(4K) + 60K  K = 500
L = 4(500)  L = 2000

Q = 500 x 20000,8 x 5000,6  Y = 9.102.821

123

Exemplo: minimizar o gasto


Considere os seguintes dados:
Função de produção: Q = 500L0,8K0,6
Preços: PL = 20 e PK = 60
Produção necessária: Q = 9.102.821
Quais as quantidades de L e K que o
empresário irá adquirir para alcançar a
produção necessária?
Qual o gasto mínimo para obter essa
produção?
124

Q = 500L0,8K0,6
PL = 20, PK = 60 e Q = 9.102.821
Quanto será utilizado de L e K? Qual o gasto mínimo?

A função de produção será:


9.102.821 = 500L0,8K0,6

O Problema de minimização será:


MIN 20L + 60K
Sujeito a: 9.102.821 = 500L0,8K0,6

A função de Lagrange será:


LA = 20L + 60K + µ(9.102.821 – 500L0,8K0,6)

125
Q = 500L0,8K0,6
PL = 20, PK = 60 e Q = 9.102.821
Quanto será utilizado de L e K? Qual o gasto mínimo?

LA = 20L + 60K + µ(9.102.821 – 500L0,8K0,6)


𝑑𝐿𝐴 , ,
20
20 400𝜇𝐿 𝐾 0 ⇒𝜇 , ,
𝑑𝐿 400𝐿 𝐾

𝑑𝐿𝐴 60
60 300𝜇𝐿 , 𝐾 ,
0 ⇒𝜇 , 𝐾 ,
𝑑𝐾 300𝐿

20 60
, ,
⇒ 4𝐾 𝐿 1
400𝐿 𝐾 300𝐿 , 𝐾 ,

126

Q = 500L0,8K0,6
PL = 20, PK = 60 e Q = 9.102.821
Quanto será utilizado de L e K? Qual o gasto mínimo?

LA = 20L + 60K + µ(9.102.821 – 500L0,8K0,6)


𝑑𝐿𝐴
9.102.821 500𝐿 , 𝐾 ,
0
𝑑𝜇

9.102.821 500𝐿 , 𝐾 ,
2
Substituindo (1) em (2)
, ,
9.102.821 500 4𝐾 𝐾  K = 500
L = 4(500)  L = 2000

CT = (2000 x 20) + (500 x 60)  CT = 70.000

127

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