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Volume 26
Edição 2 de Artigo 6
dezembro1999
1999
Citação recomendada
Zeff, Stephen A. (1999) "Evolução da estrutura conceitual para empresas emEstados Unidos," Accounting
Historians Journal: Vol. 26: Iss. 2, Artigo 6.
Disponível em:https://egrove.olemiss.edu/aah_journal/vol26/iss2/6
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Zeff: Evolução da estrutura conceitual para empresas nos Estados Unidos
Zeff:
Revista dos Estrutura Conceitual
Historiadores para Negó ciosEmpresas89
da Contabilidade
Vol. 26, nº 2
dezembro de 1999
Stephen A. Zeff
UNIVERSIDADE DE RICE
Abstrato:Os esforços institucionais nos Estados Unidos para desenvolver uma estrutura conceitual para empresas podem ser rastreados até a
monogra ia de Paton e Littleton em 1940 e, posteriormente, aos dois Accounting Research Studies de Moonitz e Sprouse em 1962-1963. Um
comitê da American Accounting Association emitiu um relató rio in luente no qual defendia uma abordagem de “utilidade de decisã o” em
1966, que foi levada adiante em 1973 pelo relató rio do Comitê Trueblood do American Institute of CPAs. Tudo isso lançou as bases para o
projeto de estrutura conceitual do Financial Accounting Standards Board (FASB), que publicou seis declaraçõ es de conceitos entre 1978 e
1985. Uma sé tima declaraçã o de conceitos provavelmente será publicada em 2000. Ainda é nã o está claro como a estrutura conceitual do
FASB in luenciou o estabelecimento de normas contá beis,
O INICIO1
As primeiras tentativas de desenvolver uma “estrutura conceitual” na literatura contá bil dos Estados Unidos for
feitas por William A. Paton e John B. Canning. Em sua Accounting Theory [1922], Paton apresentou “uma reformulaçã o
teoria da contabilidade consistente com as condiçõ es e necessidades da empresa por excelê ncia, a grande corporaçã o” [
Jornal dos Historiadores da Contabilidade, vol. 26 [1999],
ss. 2, art. 6
2 Revista dos Historiadores da
Contabilidade,dezembro de 1999
iii-iv], e no inal
Agradecimentos: O escritor agradece a Allister Wilson, Tom Dyckman, Larry Revsine, Chuck Horngren, Denny Beresford e Jim Leisenring p
comentá rios sobre um rascunho anterior. A responsabilidade pelo que resta é exclusivamente do escritor. Uma versã o semelhante do artigo foi originalme
publicada em espanhol no vol. 28, nº 100 (1999) da Revista Españ ola de Financiació n y Contabilidad. O editor agradece ao professor Zeff por permitir que
publicasse o artigo em inglê s.
1
Para uma revisã o dos primeiros esforços da American Accounting Association e do American Institute of (Certi ied Public Accountants), ver Sto
[1964] e Zeff [1972, pp. 129-178; 1984].
Zeff: Evolução da estrutura conceitual para empresas nos Estados Unidos
2
A mais abrangente revisã o e aná lise da evoluçã o dos esforços para formular
uma estrutura conceitual nos Estados Unidos é The Framework of Financial
Accounting Concepts and Standards [1998], de Storey e Storey, que deve ser
consultado por qualquer estudante sé rio do assunto. Reed K. Storey, o autor sê nior
deste estudo, foi membro de longa data da equipe de pesquisa do FASB e foi um dos
principais contribuintes para o projeto de estrutura conceitual do conselho. Para
uma visã o cé tica de projetos de estruturas conceituais, consulte Macve [1997].
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Zeff: Evolução da estrutura conceitual para empresas nos Estados Unidos
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Para uma discussã o sobre a abordagem da “utilidade da decisã o”, consulte
a Declaraçã o da AAA sobre a Teoria da Contabilidade e a Aceitaçã o da Teoria
[AAA, 1977, pp. 10-21]; uma cobertura muito mais completa aparece em
Staubus [no prelo].
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Em 1969, outro comitê da AAA emitiu um importante relató rio sobre até que
ponto as prá ticas atuais de relató rios inanceiros satisfazem as necessidades dos
investidores e credores à luz dos padrõ es sugeridos pela ASOBAT para informaçõ es
contá beis [AAA, 1969].
O RELATORIO TRUEBLOOD:
OBJETIVOS DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
A abordagem da utilidade da decisã o que encontrou aceitaçã o
na ASOBAT foi levada adiante em um importante relató rio
publicado em 1973 por um comitê especial do Instituto Americano
de Contadores Pú blicos Certi icados (AICPA)5 sobre os objetivos
das demonstraçõ es inanceiras. O comitê foi formado em 1971,
depois que trê s das Oito Grandes empresas (incluindo AA) deram a
conhecer suas preocupaçõ es sobre a ine icá cia do APB, incluindo
sua incapacidade de resistir a pressõ es de interesses especiais,
especialmente preparadores [ver Zeff, 1984, pp. 463-464]. O AICPA
formou dois comitê s especiais neste cená rio de crise. O primeiro,
conhecido como Grupo de Estudos sobre o Estabelecimento de
Princı́pios Contá beis, ou Comitê do Trigo, reuniu-se para
recomendar melhorias no processo de estabelecimento desses
princı́pios. Em seu relató rio [Establishing Financial Accounting
Standards, 1972], o comitê propô s um ó rgã o independente e em
tempo integral, conhecido como Conselho de Normas de
Contabilidade Financeira (FASB), sob a tutela de uma nova
Fundaçã o de Contabilidade Financeira. O AICPA aprovou
prontamente o relató rio do Comitê do Trigo e criou o FASB para
suceder o APB em julho de 1973. O segundo comitê especial, o
Grupo de Estudo sobre os Objetivos das Demonstraçõ es
Financeiras, ou Comitê Trueblood, era composto por pro issionais
lı́deres, acadê micos e usuá rios da informaçã o contá bil, e foi
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Zeff: Evolução da estrutura conceitual para empresas nos Estados Unidos
5
Em 1957, o American Institute of Accountants mudou seu nome para
American Institute of Certi ied Public Accountants.
6
Entrevista por telefone com Charles T. Zlatkovich, presidente da ASOBAT
Comitê , 3 de abril de 1999.
7
Entrevista por telefone com Oscar S. Gellein, membro do Comitê
Trueblood, 19 de março de 1999. Ver Sorter [1973] para uma discussã o dos
pontos principais do relató rio Trueblood e da abordagem usada pelo comitê .
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A transcriçã o dos procedimentos da audiê ncia pú blica do Comitê Trueblood
realizada em maio de 1972 foi publicada em dois volumes datilografados. Alé m
disso, pesquisas signi icativas, referê ncias e materiais de recursos que foram
considerados pelo Trueblood Committee durante o desenvolvimento de seu
relató rio foram reproduzidos em Objectives of Financial Statements: Selected
Papers [1974]. Para uma discussã o sobre o relató rio Trueblood, ver “Studies on
Financial Accounting Objectives: 1974” [1974].
9
Gore [1992] forneceu uma aná lise crı́tica do desenvolvimento do projeto
de estrutura conceitual do conselho. Ver Agrawal [1987] para uma aná lise da
estrutura ló gica da estrutura conceitual. Para obter informaçõ es sobre a
dinâ mica dentro do conselho e a polı́tica que afeta suas decisõ es sobre a
estrutura conceitual, consulte Miller et al. [1998, cap. 4].
10
Ver també m Kirk [1989, pp. 89-90].
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Storey e Storey [1998] escreveram que a adoçã o pelo conselho da primazia da
visã o de ativos e passivos “ainda é , sem dú vida, o conceito mais controverso, e o
mais incompreendido e deturpado em toda a estrutura conceitual” [p. 76],
principalmente porque a visã o de ativos e passivos foi vista por muitos como um
dispositivo para “impor algum tipo de contabilidade de valor atual em um mundo
relutante” [p. 83]. Eles discutiram a contrové rsia por algum tempo [pp. 47-66, 76-
85].
Robert T. Sprouse acreditava que a visã o de ativos e passivos livraria os
balanços de “o que você pode chamar”, que eram os resı́duos ininteligı́veis
produzidos pela convençã o de correspondê ncia [Sprouse, 1966]. Ver també m
Sprouse [1977, pp. 12-13; 1988, pp. 126-127].
12
Para obter uma lista completa das publicaçõ es, consulte Gore [1992,
Apê ndice 2]. Um memorando de discussã o, dois relató rios de pesquisa, duas
minutas de exposiçã o e duas declaraçõ es de conceitos (4 e 6) constituı́ram a
adaptaçã o da estrutura conceitual para entidades nã o comerciais, que nã o é
discutida neste artigo. Dois
Publicado por eGrove, 1999 17
Jornal dos Historiadores da Contabilidade, vol. 26 [1999],
ss. 2, art. 6
18 Revista dos Historiadores da
Contabilidade,dezembro de 1999
mais de 1.000 cartas de comentá rios em resposta aos seus
memorandos de discussã o e rascunhos de exposiçã o, e realizou
oito audiê ncias pú blicas abrangendo 20 dias de depoimentos orais,
que foram transcritos e colocados em registro pú blico. O registro
escrito e a quantidade de tempo dos conselheiros e funcioná rios
dedicados ao projeto foram imensos. Estima-se que, no inı́cio da
dé cada de 1980, o projeto da estrutura conceitual representava até
40% do tempo da equipe té cnica do conselho [Van Riper, 1994, p.
81].
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Para uma aná lise da Declaraçã o 2, consulte Storey e Storey [1998, pp. 98-
15
119].
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Sterling [1967b] relatou encontrar apoio considerá vel para a hipó tese de que
o conservadorismo é o princı́pio fundamental da avaliaçã o na contabilidade
tradicional.
17
Para um tratamento extensivo da manutençã o do capital inanceiro
versus fı́sico, consulte Sterling e Lemke [1982].
18
Na verdade, já em 1977, uma das Oito Grandes irmas de contabilidade, a
Ernst & Ernst, estava alarmada com o fato de que a “visã o de ativos e passivos”
levaria inevitavelmente à contabilidade de valor corrente, à qual ela se opunha.
Sua preocupaçã o de que o conselho nã o havia explicado claramente as
implicaçõ es de seu pensamento levou a empresa “a montar uma campanha para
educar os executivos inanceiros sobre a estrutura conceitual e os perigos
potenciais que ela apresentava” [Beresford, 1983, p. 66]. Em julho daquele ano,
a empresa apresentou mais de 50 seminá rios de estrutura conceitual em todo o
paı́s para mais de 5.000 pessoas [Ernst & Ernst, 1977, p. 1].
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A parte da contabilidade de custo corrente da Declaraçã o 33 re letiu a
in luê ncia do relató rio do Comitê Sandilands [1975, cap. 12] no Reino Unido,
que deu destaque à abordagem de “valor para o negó cio” (ou “valor privado”)
Publicado por eGrove, 1999 31
Jornal dos Historiadores da Contabilidade, vol. 26 [1999],
ss. 2, art. 6
32 Revista dos Historiadores da
para a contabilidade de valor Contabilidade,dezembro
atual. Para uma revisã deo1999
desta e de outras
in luê ncias intelectuais no pensamento do conselho, incluindo a interaçã o entre
a Declaraçã o 33 e o projeto de estrutura conceitual do conselho, ver Tweedie e
Whittington [1984, cap. 7 e entradas em seu ı́ndice de assunto sob FAS33].
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Miller e Bahnson [1996, pp. 94, 96, 98] citaram defeitos na aplicaçã o do
24
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Lawrence Revsine era o presidente do comitê . Para suas opiniõ es sobre a
implicaçã o do relató rio para o desenvolvimento de uma estrutura conceitual,
consulte Revsine [1977, pp. 35-39].
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REFERENCIAS
Uma busca por justiça nos relatórios financeiros para o público(1969), endereços
selecionados por Leonard Spacek (Chicago, IL: Arthur Andersen & Co.).
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