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AP/JORNAL DO BRASIL
“
martelo não oscilam. O prego
de uma certa altura? O profes-
não entorta. Marceneiros expe- sor Luiz Ferraz Netto termina o
Um professor deve
rientes colocam um prego na ma- artigo sobre a vassoura dando a transmitir aos jovens
deira com uma única pancada; as sua interpretação do fenômeno. não o saber em si e o co-
“companheiras de trabalho” do
Silvio Santos não conseguem isso
Se você não concorda com ele, nhecimento, mas a sede
mande a sua solução, que a gen- de saber e de conhecer,
nem com três batidas sobre o pre- te publica também.
go, pois empunham o martelo A vassoura (íntegra) caiu do 20o assim como o respeito
muito próximo à sua cabeça (do andar. Um giz caiu da mão do pro- pelos valores do espíri-
martelo). fessor. A vassoura, assim como o to, quer sejam de ordem
“
Quando a dona de casa em- giz (pelo seu formato tronco côni- artística, científica ou
punha uma vassoura para a tare- co), têm CG e CP. Em quantas par-
fa do dia-a-dia, ela, pela prática tes quebrará o giz (ou a vassoura)?
moral.
de anos a fio, coloca uma das De Verdade em Verdade vos Albert Einstein
DEU NOS JORNAIS
SOL LUA quanto leio calmamente, já pas- números têm sido um ótimo ma-
sei pela aula da vassoura. Em terial de apoio ao livro texto.
anexo segue complementação. Estou usando o material desde
Vejam se é aproveitável. 98 (Colégio Pedro II) e apesar da
Tenho um primeiro comentário resistência inicial dos alunos (pre-
7. a) Estão corretas, pois 1,0km/s relativo ao pouco que já li: o Fo- cisam ler e pensar!!) o resultado
= 3,6.103 km/h tem sido melhor que os textos uti-
b) 28 dias (ou seja, uma semana lhetim entra na WWW e abrange
todo território nacional (onde lizados anteriormente. Fico tor-
para cada fase lunar).
com certeza será mais lido) en- cendo para que este espaço se
8. a) Porque cada ponto de um
corpo que gira tem uma velocida- frentando os “bairrismos”. As- torne o mais rápido possível uma
de linear (v) diferente. O correto sim sendo, deve-se evitar citar referência no ensino de física (se
seria falar na velocidade angular () nomes de coisas típicas do RJ (Av. já não é...).
da Terra. Brasil etc.) e temas locais. O Fo- Abraços,
b) Não. Vale cerca de 500m/s (ou lhetim deve ser visto como Naci- Sérgio Ferreira de Lima
seja, “apenas” 1000 vezes menor oigres_lima@uol.com.br
onal e não Carioca!. Com certe-
do que fala a notícia). oigresf@hotmail.com
Luiz Alberto Guimarães za há muita gente que não topa
(f2g@cen.g12.br) o RJ, outros que não topam SP e
muitos de SP que não topam os Alô, Sérgio!
“baianos” etc. Não devemos dar Ficamos SUPERsatisfeitos em
margens a bairrismos, preconcei- ver o Folhetim cumprindo seu
Esta é uma publicação mensal da tos, raças, cor, religião, política objetivo de apoio ao livro texto.
Galera Hipermídia etc. A neutralidade deve ser re- Quanto à resistência inicial dos
Jornalista Responsável: comendada. alunos, também a observamos
Sandra Filippo - DRT /BA-739 em algumas turmas. No entan-
... Aguardem um relato geral e
Redação: to, quando nos damos conta de
Luiz Alberto Guimarães, Marcelo minhas sugestões ... e vão pre-
Fonte Boa, Mauro Santos Ferreira parando espaço e gente para tra- que o contraponto de “ler e pen-
e Sandra Filippo sar” é “copiar e memorizar”,
Desenvolvimento de software:
balhar. Gostei muito da coisa.
Thiago Guimarães Abraço, Léo não temos a menor dúvida de
Ilustração: Luiz Ferraz Netto que vale a pena!! Se quiser tro-
Marcelo Pamplona leo@barretos.com.br car idéias, mande-nos um e-
Diagramação: mail. E obrigado pela torcida.
Ovidio Brito
Folhetim é distribuído gratuitamente. A
Prezado Léo, Um forte abraço,
autoria das colaborações é identificada Você já entrou nessa!! Publica- Luiz e Marcelo
no final de cada artigo e as opiniões
pessoais emitidas são de responsabili- mos neste número a comple- ***
dade dos seus autores, não refletindo,
necessariamente, a opinião da direção mentação que nos mandou so- Olá, pessoal! Meu nome é Lucia-
do jornal. Ao remeter uma colabora-
ção, seu autor concorda que seja publi- bre a vassoura, bem como a sua no e eu sou coordenador de Físi-
cada, sem nenhum ônus, de qualquer
espécie, para o Folhetim.
bem-humorada resposta ao pro- ca da Escola Técnica Estadual
blema do giz. O espaço está à República, do CEI de Quintino.
Gostei muito do trabalho feito no Quando eles fazem esses projetos
jornal Folhetim, que me foi apre- maravilhosos, muitos deles não che-
sentado pelo prof. João Montei- gam a produzir os efeitos espera-
ro, da escola Henrique Lage, dos. Gastam muito dinheiro e a res-
onde é coordenador de Física. posta é baixa. Eles ficam se per-
guntando por que a resposta foi
Gostaria de fazer uma assinatu-
A gente prometeu e aí está a baixa se o produto era bom. O
ra do mesmo, em meu nome,
segunda parte do bate-papo PSSC era um projeto muito inte-
para a equipe de Física da mi- ressante, só que não chegou a pro-
nha escola. Peço que a entrega com o pessoal do grupo de
pesquisa em ensino de Física duzir os resultados. Então, centra-
seja feita no endereço abaixo e se não mais na produção de mate-
que sejam enviados 11(onze) da Universidade Federal
rial institucional e sim no pensamen-
exemplares, um para cada pro- Fluminense, formado pelas to do aluno. Hoje em dia a pesqui-
fessor da equipe. professoras Lúcia Almeida, sa enfoca muito mais a relação pro-
Luciano da Costa Pires
Coordenadora do Curso de fessor/aluno.
Graduação em Física, Isa
batis@rj.sol.com.br Lúcia: O professor está ensinan-
Costa, Vice-coordenadora do
curso de Graduação em Físi- do Física para quem? A gente tem
Prezado Luciano, se perguntado muito sobre isso. Ele
ca, Sônia Krapas Teixeira,
Seu cadastro está feito e você está ensinando Física para físicos,
membro da Diretoria do Es-
já deve estar recebendo o Fo- para alguém que vai seguir a car-
paço UFF de Ciências e Mar-
lhetim em casa. Quanto aos ou- reira das áreas técnico-científicas
li da Silva Santos, Coordena- ou está ensinando Física para al-
tros professores, peça que cada dora do Curso de Pós-gradu-
um deles se cadastre para re- guém cujo curso de nível médio
ação Lato Sensu em Ensino pode ser terminal? Ter essa cons-
ceber o seu. O sistema que ado- de Ciências. O endereço de- ciência passa pela compreensão de
tamos nos Correios faz com que las é: ensino@if.uff.br. que a Física também tem partici-
só possamos enviar um número pação na formação do cidadão.
em cada impresso. Folhetim: Pode-se dizer que a Antigamente esse papel era atribu-
Um forte abraço, pesquisa em ensino de Física ído somente às ciências humanas.
Luiz e Marcelo nasceu do desinteresse do alu- Além de discutir o como ensinar e
*** no por uma ciência que se trans- o que ensinar, temos que discutir
Achei muito boa a iniciativa des- formou num “monte fórmulas” para quem ensinar.
te Jornal. para decorar, por culpa de mui-
to professor? Isa: As próprias diretrizes cur-
Marcos Otaviano da Silva riculares do ensino médio indicam
Sônia: Acho que não. Eu diria que
marcos@if.ufrj.br essa formação científica como uma
a pesquisa em ensino de Física veio
Professor do Estado do avanço tecnológico soviético. formação para a cidadania e para
Os Estados Unidos levam o maior o trabalho. Essa parte da Física
susto na hora em que descobrem moderna e contemporânea aponta
Se você tem alguma idéia, algo que os soviéticos estão colocando para a formação do cidadão. As
que deu certo em sala, que mo- um satélite em órbita. Aí começam, pessoas, no seu cotidiano, têm con-
tivou os alunos, mande para nos Estados Unidos, e nas potên- tato com vários dispositivos, apa-
nós. Teremos o maior prazer em cias de primeiro mundo, grandes relhos eletrodomésticos, eletrôni-
divulgar para os outros profes- projetos de ensino com pesquisa- cos. Para muitos, tais equipamen-
sores. Você pode enviar a cola- dores de ponta. A pesquisa nas- tos são “mágicos”. Para eles terem
boração, de preferência, em ar- ceu daí, uma resposta ao avanço participação mais consciente na
quivo .doc, na fonte Times New tecnológico soviético. sociedade precisam ter um mínimo
Roman, corpo 12. Endereços: Eu ainda acho que os Estados de noção de como isso tudo acon-
Unidos definem muito o tipo de tece: de como a ciência chega à
Virtual: f2g@cen.g12.br
pesquisa que a gente faz. As difi- tecnologia, de como se dá o tra-
Postal: Rua Macaé, 12 - Pé Peque-
no Santa Rosa - Niterói - RJ culdades do aluno em aprender balho do cientista.
Cep: 24240-080 Física vêm depois dessa questão. Luiz: Por que vocês não publicam
uma seção mensal no Folhetim? Outra iniciativa interessante é erradas que o filme demonstra, tra-
Uma idéia nossa é, justamente, fa- que, para as pessoas que fazem li- balhamos em sala de aula. O embrião
lar sobre esses aparelhos usados cenciatura, existem possibilidades dessa linha nasceu nas disciplinas de
no cotidiano para que eles deixem de pós-graduação. A gente traba- Instrumentação e Prática de Ensino.
de ser meras caixas pretas. lha aqui com uma disciplina - a de Nós estamos dando continuidade a
Evolução de Conceitos - que pode esse trabalho com um professor que
Isa: O que não nos falta é ma-
levar muitos alunos a fazerem pós- não faz parte do Grupo de Pesquisa
terial.
graduação. Já temos um aluno na em Ensino de Física, que é o José
Lúcia: Eu quero falar o quanto o COPPE. Estamos exportando alu- Antônio Souza.
Folhetim está sendo importante. nos por conta dessa disciplina que Uma outra linha de atuação é
Na minha disciplina de Instrumen- foi introduzida na grade curricular a da história da ciência. Nós a
tação ele já foi incorporado ao ma- como uma grande inovação. enfocamos utilizando partes de
terial bibliográfico. Os meus alunos Há, também, a possibilidade do obras originais de cientistas,
estão cadastrados e recebendo o aluno fazer aqui na UFF, no como instrumento e recurso di-
material produzido no Folhetim. mestrado de Educação, um traba- dático. Seja para levantar a con-
Enquanto todo mundo fica falan- lho na área do ensino de ciências. cepção dos alunos, seja para in-
do em espaços não formais ou in- Na Educação tem um campo de troduzir novos conceitos.
formais de educação, vocês co- confluência: ciência/sociedade/edu-
meçaram a ter um veículo alter- cação onde o aluno de licenciatura Isa: Um outro trabalho interessante
nativo para a formação do pro- pode continuar no mestrado ou é sobre concepção de avaliação. A
fessor. Até então, tínhamos revis- doutorado. Eu estou orientando lá, avaliação é prova, seminário, pales-
tas científicas, livros didáticos, na Educação, juntamente com as tra, participação em sala de aula ou
participação em congressos. professoras Dominique e Sandra. auto-avaliação? Os próprios alunos
Mas o Folhetim é mensal e vol- Outra parceria interessante é de licenciatura se interessaram em
tado diretamente para o trabalho com o Museu de Astronomia. Eles realizar essa pesquisa. Além de fazer
do professor em sala de aula. estão trabalhando com educação a ligação entre o ensino e a pesquisa,
não formal que é algo muito inte- o trabalho aponta para a nossa for-
Luiz: O trabalho que vocês fazem ressante. Temos uma parceria mação de professor de Física, como
aqui na UFF para a formação do institucional com o Projeto FINEP sendo um pesquisador dentro do
professor só tem a contribuir. e um convênio internacional com próprio ensino.
Vocês precisam rodar esse Brasil uma universidade inglesa, onde o
para verem como o pessoal está Museu de Astronomia, a PUC do
carente. Vocês já têm toda uma Seja assinante do
Rio e outras universidades do país
produção de Física Moderna e estão envolvidas. O Instituto de
Contemporânea pronta para o Fo- Física transcende, ele sai daqui.
lhetim.
Folhetim: Tem mais algum re-
Sônia: Toda a nossa conversa fi- cado, que vocês gostariam da
cou muito no reduto do Instituto de mandar pelo Folhetim?
Física. Eu gostaria de falar um pou- Lúcia: Quero lembrar que faz parte
co das coisas que são feitas fora, do grupo o professor Antônio Car-
mas a partir daqui. Uma delas é o los, que não pôde participar.
Espaço UFF de Ciências. Ele foi Nós temos trabalhado com a
fundado em 1991 e sua primeira questão do humor na pesquisa vol-
diretora foi a professora Glória tada para o ensino de Física. Uma
Queiróz. O Instituto de Física tem linha que o Folhetim também muito
colaborado sempre com esse es- utiliza. Um dos trabalhos que numa
paço visando a formação continu- primeira fase já conseguimos con-
ada do professor na área de ciên- cluir emprega o desenho animado,
cias. Nós participamos do Pró-Ci- o filme de desenho animado, para
ências e têm sempre muitos cursos o ensino de conceitos de Física.
oferecidos por lá. Partindo de acertos ou concepções