Universidade Católica de Salvador

Curso: Direito
Turma: 39
Turno: Vespertino
Componentes: Pedro Rafael Melo Meireles

Questões para análise:

2. A formação escolar e os trabalhos têm fundamental importância para a

ressocialização dos detentos pois capacitam a ter um meio de sustento o que acaba
por ajudar na manutenção de sua vida e na adaptação e manutenção da sociedade.
Isso da uma nova esperança aos presos pois mostra a possibilidade de uma
outra forma de vida fora do mundo do crime onde ele pode se sustentar com dignidade
e sem temer a ação da justiça. A senhora Ana Paula de Silva Costa é um exemplo
claro disso pois após participar e ganhar de outras quatorze participantes de concurso
de modelos recebeu varias propostas de empregos e também passou a ter uma maior
confiança no seu potencial.
Além disso, a aquisição desses novos conhecimentos ajudam os ex-detentos a
manterem-se fora de atividades ilegais, pois como evidencia a senhora Marilda Mila M.
de Araújo o incide de reincidência de delitos é de 80% devido as facilidade que os
criminosos oferecem e alem disso o fato da sociedade, em sua grande maioria, não
oferecer uma nova oportunidade a estes.

3. No documentário Frequência Hanói nos deparamos com pesadas criticas

direcionadas a forma com a qual é dirigido um presídio em salvador.
No presídio os detentos acabam por passar por agressões físicas e morais que
acabam por moldá-los em pessoas frias e desconfiadas que acabam por perder a
esperança e até a vontade de viver. Isso torna-se claro em três partes da declaração
do detento sendo a primeira quando diz que apesar de continuar tendo a
personalidade de um brincalhão um pouco de seu sorriso desapareceu tendo por
motivo o clima estabelecido na penitenciaria e a segunda quando declara que só se
respira e come por controle da penitenciaria e a terceira quando alega que o
estabelecimento é um local onde se aprende a ter desconfiança e a desconfiar de tudo
e todos.
Tais fatores caracterizam o sistema cultural prisional que molda o preso a uma
nova vida onde poucos têm chance de readaptação dentro e fora da cadeia devido
aos abusos e os constantes atentados sofridos.
Outra critica de suma importância evidenciada pelo interno é a má atuação do
poder publico e sua percepção da função do estado.
Em uma de suas falas ele cita que o povo tupi guarani, do qual possui
descendência, era humilde e que viviam sem a necessidade de dinheiro sustentando-
se apenas com a caça e pesca para sua subsistência alem de ser um povo livre que
era apenas orientado em suas ações. Depois da interferência do governo em sua
vivencia eles passaram a ser governados e ainda tiveram suas riquezas roubadas
restando-lhes apenas o que o governo oferece e agindo como o governo manda.
 Ele ainda demonstra a distorção com a qual o estado emprega sua “justiça”
dizendo que muitos estão na cadeia para pagar a sociedade pelo que fizeram, mas a
sociedade nunca paga o que fazem com eles através de desvios de verbas, alimentos,
material escolar, remédios etc.