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DO
ATÉ JtSTIMAXO
i;ok
RIO DE JANEIRO
PUBUCADA £ A' VENDA KM CASA DOS EDIIOHES
EDUARDO & HENRIQUE LÁEMMERT
RUA DA QUITANDA, 77
1854
Bio d< J«ii. Typ. Oniriruí ilíLiímmtrl, r. dtnIniilid')!,61B,
A MEU PAI
VIEIUA DA SILVA,
HISTORIA
DO
INTRODÜCÇÃO.
I. MONUMENTOS.
II. LIVROS.
§ 3. Classificaremos os livros em jmidieos, meio
j,uiidico8, e não jurídicos.
a. Jurídicos.
1. Corpus jmis civilis (a).
Em 13 de Fevereiro de 528 ordenou Jusliniauo,
que se fizesse uma eollecção das eoustiluições impe-
riaes (6) Este codigo, que se chamou Jusíinianeo, foi
publicado aos 7 de Abril de 529 (o).
Em 15 de Dezembro de 530 ordenou, que se
fizesse uma eollecção de leis, composta de frag-
mentos tirados das obras dos jurisconsultos romanos,
(d). Durante este trabalho Justiniano (529—532)
publicou 50 consliluições, pelas quaes se deveriào
decidir duvidas até então existentes. Quinquaginta
dceisiones, Ainda antes de concluído, este trabalho
mandou elle, que se fizesse outro, afim de servir de
introduceão, com o nome de Instiluliónes, e que foi
publicado aos 21 de Novembro de 533 («).
A eollecção mandada fazer das obras dos juris-
consultos {Codex enudeati júris] foi concluída no
anno de 533, e publicada aos 16 de Dezembro de
533 com o nome de Digesta s. Paudeelaj (/],
Tendo porém sido publicadas muitas conslilui-
g. Meios jnridicos.
a. Volusim Macianus, assis disiributio. A primeira
edição é de Sichard. Ha também uma de líoecliing.
b Jialbus ad Cekum dc Asso minul,isque ejus por-
Uunculis, do agrimensor Balbus, que floresceu no
tempo de Augusto.
c. Os Auctom rei agraria'', talvez,do 7.°século;
e uma eollecção já multo estragada composta de
extracios das obras dos agriraensores romanos.
d. Incerti auflores magistratvm ct sacerdotiorum P.
P. erpositiones. Curta descripção da magistratura
romana, e das dignidades sacerdolaes, e cuja origem
o tão incerta, que talvez se possa julgar pertencer
mesmo á idade media.
(v) L. 5. Cod. Th. (Je coasí. princ, (l, 1); Isidor Cvig. V, l.
16 HISTORIA
r Nâo juridicos.
a. Tit. Livius, Historice. C. Corn. Tacitus, Anna-
les et Historiarum libri. C. Suetonius Tranquillm,
Yitce XII impeiatorurn. Os Scriptom histories Au-
yustcB. Polyhim, tirropítt kuoTikü. (A melhor edição é de
Joh. Schweighaeoser. Lips, 1780 em 8 T.) Diony-
sius Halicarmsscnsis, bap.w,*. (a melhor
edição, com uma traducção latina é de J, Jac.
Reiske. Lips. 1774—77 em 6 T.) Diodorus Siculus,
Bipxiouii*«Ttrrofb«í. (Edição de Ludw. Dindorf. Lips.
1828). C. Cassius Coccejanus Dio, "fopía. (dom
traducçaü latina por Herm, Sam Reimarus. Hamb.
1752. 2 T )
b. Além de Cicero, e Anuceus Soneca. M. Fabius
Quintilianus, Inslitutionis oratória) libri XII e De-
clamationes. C. Plinius Sec. Historia naturalis, e C.
Plinius CcbcíUus Sec., Episiolw.
c. M. Terentius Varro, de língua la tina libri XXIV.
Festo, de siguificatione verborum. Nonius Marcellm,
de proprielate sermonum. Aurel. Macrobius Am-
irosius Thcodosm, Coramentariorum in somnium
Scipionis libri duo, e Saturnalium conviviorum
libi seplem. ValermsMaximus, Factorura, uictorum-
que memorabilium libri IX ad Tiberium Csesarem
Augustum.
DO DIREITO ROMANO PRIVADO. 17
A. — Manuscriptos.
I. EDIÇÕES EM SEPARADO.
a. Das Institutos.
A edináo mais antiga (editio princeps] é a de
1468 publicada por Peter Schoefler em Mayença.
Além desta lemos a de ;
J. Chappuis. Paris 1503.4. (e mais vezes).
Gregorius Haloander, Norimb. 1529.8. cujo texto
tem servido para muitas outras edições.
Contius (Le Corate ] Paris 1567. 8.
J. Cujacíus (Cujas) Paris 1585. 8.
F. A,. Jnencr, Berol. 1812. 8.
F. Jluchor, Erlang. 1826. 8.
W. M. Rossberger, Berol. 1829. 8. com traduc-
cão
* aliem ãa.
Klenze eBoecking, Berol. 1829. 4. cora o texto de
Gaius. (Inst.)
E. Sehrader, Berol. 1832. 4. com exeellenles
notas criticas e exegeticas. Do mesmo, Berol. 1836.
12.
b. Do Digesta.
Editiones príncipes: a) Do Dig. velas: H. Clayn
Perus. 1476. foi. ; b) Infortiatum: Puecher. Bom.
1475 foi. ; c) Dig. novum: do mesmo Hora. 1476.
DO DIREITO ROMANO FRITADO. 19
foi. Das outras edições merecem menção as se-
guintes:
G. Haloander, Korimb. 1529. 4. 3 T.
L. e T. Torelli (Taurellius ) impresso em Fktren-
ca
a in uüicina Laurentii Torrentíni 1553 em 3 T. foi.
c. Do Godip.
A editio princeps é : <*) do Codigo conformo os
Glossadores: por P. Scboeflor em Mayença 1475. foll
Do Codigo nao existe edição alguma digna de ser
considerada excellente á excepção da de Haloander,
Norimb. 1530. foi.; p) dos treslibri» Rom. 1576.
foi.
d. Das Novellas.
Ediiio princeps, Hom. 1476. foi.
a. Glossadas.
Logo, que se descobriu a imprensa todas as edi-
ções do Corp. jur. civ. trazido as Glossas aecursia-
nas; forão impressões exactas de MSS. (incunabu-
la, em ali. Incunabeln); e são por isso de grande
importância para a critica do texto. As edições, que
merecem especial menção são as seguintes ;
As nove edições feitas por daplüta de Tortis nos
annos 1482—1507. Veneza.
As cinco edições de Fradin em Lyão nos annos
1510—1536 {na edição de 1510 forão as leges nu-
meradas pela primeira vez).
20
hístojua
1604 1611
t e^Tl foi j ' ,Est«
Teml*^rd:i:%r:::"emLíioeml593-
A mais moderna das glossadas é a que « opera Fe-
nu» appareceu em Lyão em 6 T. fo].
b
- -/Vão glossadas.
Estos edições ou trazem notas dos jamconsut-
dTóo^r8""'8^™'ou 8im
i'icsrae'"«
Litteratura.
LIVRO I.
INTRODLCÇÃO.
CAPITULO I.
Liberdade e Escravidão
DEFINIÇÕES.
(u) Gai. I, 10, 11; § 5 L dnjuro person. (1, 3); pr. $ 1.1. de hig.
(1, li); pr. I. dc liberimis. (1, 5).
(v) Gai. I, 12.
(a) Gai. I, 9.
(b) Savigny. Syst. 1 g 55.
DO DIREITO ROMANO FRITADO. 33
distinctas; contra esta opinião ó sem razão talvez,
entre outros, Walter (c). O escravo se como cousa
era objeclo para propriedade alheia; como homem
porém era capaz de vontade, capaz de aceão.
A liberdade constituía um status [slaius líhertalis).
Status é a condição convencional ou physica do
homem, e denota quaes sejão os difrorentes direitos
de que goza; assim se diz: status hominum, jus per-
sonarum, conditio hominis. Tria enim sunt quae
habemus libertatem, civitatem, famliam [d]. A reunião
destes tres status em uma pessoa constituia a sua
caput (e).
TITULO I.
Origem da Escravidão.
TITULO II.
I. EM GERAL.
II, EM PARTICULAR».
Jr)Oal II, 91; III, m; Ullp. XK, 21; §2. L per quaspers.
(3, 28}.
(i) Gal. II 86; III, 164; » 1. L per qurs ners. nob. obL (3, 28),
{<) ai. 15. 50 § 1. D. de adqu. poss. (Al, 2).
fu) Gai. II, 94, §4.1. per quas per». íidqu. (2,9); 1 86 D. de
adqu. poss. (41, 2); L, 21, pr, D. df adqu, dom. (41 ;í),|
5A BisTonu
pressa, quer lacilamente; porquanto: o escravo
aqui não era senão um instrumento. Era lambem
possível ao escravo emprehender negocio só por
sua couta ; e pelas dividas que por ventura resql-
tassem de tal negociação não era responsável o se--
nhor, por isso que um homem livre só por sua
própria vontade se podia obrigar, e não se obriga-,
va pela de outro homem. Para o escravo rcsultava
uma obrigação, que porém só era e só podia ser
natural (a).
Quando o senhor autorisava o escravo a con-
cluir um negocio por elle podia então ter lugar,
pelo edicto dos pretores.uma actio quod jussu con-
tra elle (6). 0 negocio era considerado d'algoma
fôrma como concluído pelo senhor, por isso que
do escravo se não tinha elle servido senão como
de um instrumento. Se fosse o proprio senhor quem
o tivesse feito, n'esse caso ir-se-hia contra elle com
a acção dirccta, e não com a adio quodjussu (c).
Punha o senhor muitas vezes um escravo seu
em navio mercante como mestre, ou como faclor
em qualquer ramo de industria; podia u'este caso
ter lugar contra o senhor uma adio exercitoria, ou
imíitoria pelos negocios concluídos pelo escravo
n^ssa qualidade (d).
Como o senhor pelo escravo assim também se
TITULO III.
Da Liberdade-
INTRODÜGÇÃOi
I. DA LIBERDADE,
A. — Da Mannmissão.
1, Princípios geraes.
_ (k) Ulp. I, 15; Gai. I, 37,47; pr. § 3. I. qui et qnib. ex caus. ma-
§ 1. D. de statu lib. (40,7); L. 10, 24. D.
a. Requisitos em geral.
72 HISTORIA
vindicta; e tinha lugar o açlo da manumissão por
uma legis actio perante o magistrado. Esta manu-
missão não era senão uma in jure cessio; uma appa-
rente vindicutio in lihertate. Quando a um escravo ou
homem inmancipio se queria conceder a liberdade
por um processo, seu defensor, asseri&r, apresen-
tava-se como auctor e dava principio ao aclo da
vindicatio cora o réu — pretendido senhor. —Agar-
rando o escravo com a mão tocava-lhe de leve com a
fesluca (/estoca s. vindicla] e pronunciava as palavras
solemnes do estylo; « Hunc ego hotninem ex jure
quiriliummeum esse ai o secundum causam sicut 'dixi:
ecce tibi vindictam imposui. » A este acto deveria
seguir-se da parte do senhor uma contraoindicatio se
por ventura se intentasse uma verdadeira tmdicalio;
poréjn era vez delia seguia-se a .manumissão. O se-
nhor largava o escravo que ate então tinha tido
seguro pela mão (mana mittebat); declarava ser sua
vontade conceder-lhe a liberdade fazendo o escravo
descrever um circulo [circumagere, vertere], ou tam-
bém declarando expressamente: « hunc hominem
liberum esse volo (a) etc.; » ou mesmo de ambos
os modos se quizesse, o que era mais geralmente
praticado. Seguia-se fazer então o prelor o que lhe
cumpria, declarando justa a assereão do assertor, o
homem livre , e civis romanas. A palavra manu-
missio é derivada deste modo de alforriar, e até
parece denotar ser ella a mais antiga que se conhece.
Quanto a se julgar, que a expressão vindicta empre-
gada para esta manumissão vem do escravo. Vin-
É
»0 DIREITO ROMAMO FRITADO. 71
dicius nào tem origem senão de uma graça sediça
e antiquada,e que foi depois tomada ao serio. Veio-
se a simpliíicar ainda mais esta manumissão. Em
principio era ainda o lictor quem fazia o papel de
assertor [h], depois dispensou-se ao senhor da assis.-
lencia nas formalidades, e lambem achou-se ser
incommodo o repelir o lictor ainda as palavras da
vindicação, conservou-se só a cereraonis da pan-
cada, que se dava com a festuca, ou sem ella (c);
por ultimo considerou-se inútil estar o lictor pre-
sente, bastando que o senhor onde encontrasse o
pretor, e só, sem assistência de alguém mais, senão
do proprio escravo, lhe fizesse saber, qual a sua von-
tade; e o protor então declarava o escravo livre (d).
A segunda manumissão conhecidaóa manumissão
censu. Esta manumisí, o tinha logar, quando o es-
cravo por consentimento de seu senhor era contem-
plado. no arrolamento do censor. O senhor nestas
vistas trazia o seu escravo perante o censor, que to-
mava a professio deste, e assim tornava-se elle livre
e civis. A confirmação porém deste acto do censor
estava no lustrum, e só um census luslralis infloia
para que este acto se tornasse valido. Com o ccnsus
lustralis acabou esta manumissão (e). Ainda no tempo
de Caius ó ella mencionada como existindo (/); j4
porém U1 piano a taxava de antigüidade [g].
{b) Schol. adPers. sat. V. 88; Boethiusin top. 2 (p. 288, Orem).
(c) L. 23. D. de manum. vlndicta. (4a, 2).
(d) nip. L. 8. D. de mamim. vind. (40,2): Ego quum In villa curo
prastorr- tuissem, passas sum íipud eum manumitti, etsi lictorl*
praisenila non esse t. Ulp. I, 7; Liv. IL 5; XLI, 9; Tlicoph. 1,5, § 4.
W Ull' 8; IL, 7.
\f) Gal. 1,17 e 44.
0?) Ulp. I, 8.
B1R. SOU. 19
7á KISTOMIi
Mantmissio testamento. Tinha lugar esta raanu-
raiesão quando o tesladov directarueBtB declarava
no seu testamento que ficava livre o seu escravo
{liber esto, liber sit, liberam esse jubwj. Oulra cousa
era a commissão transferida ao herdeiro de dar a
liberdade a um escravo [fideimnmma ou fideicom-
mssaria libertas], o que não era uma manuraissao,
porém obrigação para isso. Na libertos direclo data
era o testador o manumissor, e o mauumottido era
seu libertas; donde vem a expressão libertas oreinus
para significar aquelle liberto cujo patrono estava
no Orcas (A). Devia o escravo ser do senhor tanto
no momento em que se fizesse o testamento, como
tdnquelle em que elle expirasse (i). Devia o senhor
declarar expressamente que rannumellia o seu es-
cravo ; por quanto quando mesmo o tivesse insti-
tuido seu herdeiro, não declarando que ficava livre,
era a instituição considerada de nenhum effeilo.
Expressamente devia o senhor dizer; Slichus servas
meus liber, hercsqm esto, ou keres, Uherque esto {j).
Justíniano revogou este direito e mandou que
logo que o senhor tivesse instituído o escravo seu
herdeiro, que se devia entender tel-o lambem
mamimetlldo; de mane.ra que heres esto, ficou
eqüivalendo a liber et heres esto (&).
O imperador Consíantino instituio uma nova
menu missão, e tal era a mammissio m sacrosancíis
n. DA CONDICÃO
a DOS LIBERTINOS.
A, —Considerada em si mesma.
(ee) Ulp, m, 5.
{ff) Ulp. III, 6; Gai. I, 33.
(gg) TJIp. IH, l;Gal. 1,33.
{hh} Ulp. III, 1.
(a) Ulp. XX, ia.
DO DIREITO ROMANO PRIVADO. 89
obtinhão senão a dediticia libertas; e mais ainda,
não podião de modo algum obter a civitas; e se
fossem agarrados em Roma ou perto de Roma (mira
centesimum miliarium] erão vendidos pelo Estado
como escravos, e não podião ser outra vez manu-
mettidos; e caso o fossem , tornavâo-se então es-
cravos do povo romano (6).
Justiniano só falia em tudo isto como já tendo
cabido completamente em desuso (c).
(b) Gai. 1,13—15; Ulp. 1,11; Gai. 1,25-27; Paul. IV, 12, 3—8.
(c) Cod. VII, 5 de dediticia libertate tollenda,
(а) L 1 pr. D. de statulibaris (/(O. 7).
(б) Madai, die Staluliberi. Ilalte 183/(, 8.
; e) Ulp. II, i; Gai. U, 200; ''estus v. statuliber.
{(/) L. 1 pr. § l. D. de slaluliber (50, 7); L. 12 § 7; L. 13 D. aui et
a quib. (50, 9).
(") Uai. II, 200; Ulp, II, 2; L. 9pr. de statuliber. (50, 7).
{f) L. 3 §8. D. de statuliber, (50,7).
SlR. bomino. 12
insrcmu
cão [g], á bypotheca [hf, e noxfle dediíid [i], teudo-se
sempre porém oKeneão cora a condição pendente.
As sdqnisiçõés feitas nesse tempo calnão ao senhor
quando não tivesse sido legado com a liberdade o
pecúlio conjunctamente; porque neste caso cabiâo
as adquisicoes então ao pecúlio (j). Um tal escravo
não perdia esse direito á liberdade [k\, ainda mesmo
quando tivesse sido reduzido á escravidão enne-
miga, obtcndo-o outra vez logo que voltava (?).
Quando se verificasse a condição era elle livre,
como se o tivesse sido directamente pelo têstador (m
o que linha lugar ainda quando mesmo se tivesse
tornado impossível ao herdeiro satisfazer a condi-
ção [n). Se o herdeiro quizessc manuraettír o escravo
antes de se ter verificado a condição não lhe era
vedado, e ohlmha sobre elle provisoriamente o
direito de patrono; porém só o podia fazer latims (o);
e só era elle civis quando se realisasse a condição,
e então liberto do manumissor [p],
Se a ma nu missão condicional fosse fldcicoramis-
saria, erão-lhe applicaveis estes mesmos princípios
B. —Direitos do patrono.
(r) Dosith. ITadriani scnícnt. 8; Paul. sen. rec. ÍI, 32; L. 6 § 18—■
21,24.25,26. D. de agnosc. liberis. (25, 3); L. 24. D.dejuvc. patron.
(37, 14).
(p iJionys. XI, 36; L. 19. D. de jure patron. (37,14); Vatic. fragm.
§ 221.
(í) L. 9, T). de jure patron. (37,14); Gai. m, 58.
(«) L. 1. D. de assign, l)b. (38, 4); pr. § 1—3. I. eod. (3, 8).
(p) L. 3 § 1. 2. D. eod.
(jj) L. 2. 3. pr. D. eod.
{y) L. 7. S 3. L. 47. D. deoper. libert. (38,1); L. 53, 194,214. D.
de verb. sign. (50,16).
94 insTOftiA
Os sorviços ou erão opem oflicialcs, e tievmo ser pres-
tados sempre que o patrono os exigisse {?); ou operas
fahriles (aaj; e peste caso para que fossem obriga-
tórios devia a promessa ser feita pelo modo de uma
stipulatio [bb], ou por um juramento (cc). Se a pro-
messa fosse feita com relação aos Qlbos, linhão estes
direito ao seu cumprimento, ainda mesmo quando
pão herdassem do patrono (dd). Sem promessa ex-
pressa ás operw offifíiales, oeabaváo ellas com a pessoa
do patrono; os outros serviços porém passaváo para
seus herdeiros (ee), e para seusülhos {[(]. Slipular di-
nheiro em vez de serviços da parle do liberto já desdo
a lex dilia Sentia que era prohibido sob pena de perda
do patronato {gg). Presentes e serviços era tudo pois
o que se podia exigir do liberto pela liberdade que
se Ibe linha concedido. Havia para isso porém uma
w^jçção, qual era não poder o patrono receber
esses presentes, e stipular tfhs jerviços sem perder
o seu diroito á herança do liberto. Quando o pa-
trono exigia do liberto dom el mmera [hh] , ou
■■ IM, n. m, , figfwujmjij » ii|i MHJ,,,,.», , ,_III n>|
(z) L. 1. 3. 13S2iI* 15 pi.; L. 18 § U 17,22.pr.; L. 33 S 15
L, 26 pr.; L. 38. D. de opens líbert. (38,1).
(aa) L. 26 § 12. D. de cond. índ«b.. (12,6); L. 7 § 5; L. 16, 23 pr.;
L. 24. D. de oper. libert. (38,1).
(bb) L. 3p£;L. 5,37pr, O. de oper. libert. (38,1),
(cc) Gaí. ep. II, 9 § 4; L. 7 pr. § 2 D, dc oper. libact (38,1); L. 44
pr. D. de liber. causa (40,12).
(<40 L, 4. 5. 22 §1.; L. 29. D. de ojvr. libert. (38, i).
(ee) L. 6. 9. D. de oper. libert. (38,1).
(//) L. 7 § 6—9; 1* 22 § 1. D. eodem.
(gg) L. 32 §1. 2. D. qui et a quib. (40-, 9); b. 5 §22. D. de agiwsc.
liber. (25,3)} L. 6 § 1. D. de jure patron. (3 14); L. 6 pr. C. de oper.
libert. (6, 3).
(hh) L. ?0. D. dc jivro patroa. (37,14); L- 32. D. de oper, libert,
(38,1); L. 2. C. debon. posa. contr. tabu), libert. (6,13).
DO DIREITO ROUANO PRIVADO. 95
(prando as tivefsse vendido ao liberto 't-i) eqüivalia
isso a renunciar elle á herança do liberto. Outra
pcâlvlcção fazia também a lex Julia et Papia Poppaea
íoucedendo que o liberto que tivesse doas filhos
em seu poder se considerasse isempto da obrigação
de prestar taes serviços e presentes (j}").
O patronato ia perdido para o patrono quando
eíle não alimentasse o seu liberto necessitado (ftft);
quando movesse contra elle uma aceão capital [llj; e
pela lex iElia Sentia quando o obrigasse a dar jura-
mento de se não casar [mm]. Do mesmo modo
quando o patrono por pena fosse deportado (m),
e quando o liberto cora permissão do patrono
casasse com uma colouaria (po).
Justiniano concedeu mesmo que o manuraissor
pudesse por uma declaração desligar o seu liberto
do patronato, e com isso ficava elle isempto de
tudo menos do respeito devido (ppj ao patrono.
Finalmente o patronato ia lambera perdido por
ura privilegio, e tal é o fiatalium restitutio, o qual
porém para ser concedido precisava, que a isso
annuisse o patrono (çç).
(ti t. 37 pr. D. de bon. libert. (38.2); L li. G. de oper. libert. 05,3).
(Jj) L. 37 pr. D. dr oper. lib. (3'8,1).
(ki) L. 5 g 1. D. de jure pairou. (37, ià); t. 6 pr. D. de agnosc.
liber. (25,3); L. 33. D. de b"n. libert. (38, 2).
W L í) § 1; L. 10,11,17. D le jurepatron. (37,14): L. 10 § 11.
D. de iu jus voe. (2,4'); G. 5 § 231>. de agnosc. libert. (25,3); L 14
pr. D. de bon. libert. (38, 2).
(mm) Li 6. 15. D, <fc jure patrcui (37,14); L. 3^5. D. desuis
(38,W);L. 24D. dcbon. libert. (38,2);L. 31, 32 pr. D. quietaqulb.
(40,9).
(jin) L. 10 § 6. D. de in jus voe. (2, 4),
(oo) L. 2. C. de bon. libert, (6, 4).
(j/ji) L. 3. C. de bon. lib. (0,4).
(çç) I 2—5 D. de natal. rest. (40,11).
95 HISTORIA
Havia tarabem um patronato sobre os filhos
emancipados (ít), e por direito mais antigo sobre
mores in manu, quando separadas do mando («s);
este patronato porem que só podia caber ao pai, ou
marido, não passava aos filhos [tt].
Sobre os filhos e esposas manumettidas ex mancipio
também havia um patronato, sendo chamado o
patrono, quando não era o pai o mnnumissor, ou
o marido, extraneus manummr (wu).
«
98 HISTORIA
terreno um poder fò); tinha direito de casliga-los (c);
na regra podião elles demanda-lo em juizo (d); os
eolonos fugidos erão perseguidos como os escravos
o erão quando lambem fugidos (e); e quando mesmo
■o dono do terreno tivesse separadamente vendido
nm colono tinha direito a revindica-lo {[]. Aquillo
porém que o colono economisasse ou adquirisse
era propriedade sua; só não podia alienar se erão
terrenos, do mesmo modo que não podia alienar
qualquer parte do terreno que lhe tivesse sido dado
para cultura (í;). Os bens que o colono possuia cha-
mava-se—o sen pecúlio \h]. Na intima ligação do
colono com ura terreno certo não estava só a sua
approximação ú condição do escravo, esta constituía
fembemadiíícrença entre ambos, e era uma garantia
paraocolono, eassim osubtrahia ás disposições arbi-
trarias do senhor. 0 colono estava para cora o dono
do terreno como uma pessoa obrigada pelo canon
annual, annua funetio, pelo qual era responsável, e
que geralmente satisfazia em fruetos (i). Por este
modo olhava-se como uma especie de alforria o fazer
o senhor ao seu escravo colono; e é donde vem o
nome de patronus ao dono do terreno.
CAPITULO II.
1NTRODÜCÇÃ0.
TITULO I.
Patria potestas.
(«i) Gai. I, 55, 56, 67, 80; llp. V. 1.; S 3. I. de patr. pot.
{i- 0); L. 19 D. de statut. honi. D. (1, 5); L. 3. D. de his quí
sü {1, 6); L. 18 § 1. D. de judie. (5,1); L. k. § 2; L. 10 § 1 —
3. D. d grad, et off. (38, 10); Cie. pro domo c. 29; L. 10. C.
de palr. pot. (8, 47).
(4) L. 1 § 3. D de J. et J. (1,1).
(c) § 3. L de patr. pot. (1, 9); L. 3. D. de his quí sui (1, 6).
{d) iJaul. sent. rec. V, 1 § ; L. 5. D. quée res pjgn. (20, 3);
L. 1. C. de patrib. qui fii. (4,, 43); L. 1. § 2 D. de rei vinil.
(6, 1).
W HISTGnU
A patriu polesías em negócios publieoy, -quamlo
nestes podia o filho intervir independentemente de
seu pai era considerada como supérflua: %n publicis
■causis filnfamilias tanquam patres familiar habeulur.
k.—Sobre os filhos.
1
historia
entre os Rornauos linha lugar pela causa;probaíio (m);
e do mesmo modo quando esposos nao romanos
tivessem alcançado a civitas (n); o que porém Adria-
no restringio, como já dissemos, mandando que um
peregrino com a civitas pedisse a patria poteslas,
èque esta solhe fosse concedida especialmente (o).
Os filhos naturaes no sentido romano também
podião ser reconhecidos, e obterem os mesmos di-
reitos que terião se tivessem nascido de matrimônio
justo, o que tinha lugar pela legitimação. Erão
applicaveis aos filhos de concubina três fôrmas de
legitimação por direito romano; legitmatio per sub-
sequens matrimonium, per reseriptum prindpis, e per
cúrias dationem.
Parece ter sido Conslautino o primeiro que or-
denara que pelo casamento com a concubina fossem
os seus filhos considerados como se tivessem nascido
de matrimônio, comtanto que á concubina fosse
pessoa livre. À esta legitimação chamou-se legitimaüo
per subsequens matrimonium (p). O imperador Zeno
ordenou que podesse ter lugar esta legitimação
quando não existissem filhos legítimos; o que foi
repetido por Anaslasius [q] Justiniano finalmente
mandou que não tivessem os filhos que nascessem
depois do matrimônio mais direitos do que os legi-
B. — Sobre estranhos.
(í) L. 17 s 2 D. eod.
(uj QèB. V, 19; Gai. I, 102; ülpi VIII, 5;L. 17. Di de adopt.
(1," 7j; S 3. I. eod. (1, 11). ^ ...
{v'j L 15 § 3. D. de adopt. (1, 7); L. 1 § 2. D. si quis a parente
(37, .12).
(x) Gelt. 1. c.; L. 3. C. de adopt. .(8,. i8); L. 27. D. de st.
hom. (1. ó); L. 32. D. de ritu nupt. (23, 2).
iy) Gell. VI, 12; XV, T
(z) Gai. I, 107; Geü. V, 19.
laa) Tacit. Ann. XI, 11; XH, 25 26.
íbb) Cal. I, 107; Ulp. VIU, 8;
(cc) Gai. UI, 82; pr â i. I. de acq. pet1 arrogat. (3, 10).
(dd) Gfli» in, 83.
112 HíSíORfA
daqaellesquô tivessem soffndo uma capitis dimimtio
mínima uma restituição pela perda do seu direito de
Mcção [eé). Em eousequeucia da reslituiüàd nao dei-
xava de existir a capL dminutio, que só se íingia
ainda não ter tido lugar, eler o direito de aeção
ainda validade (ffj. Justiaiano ordenou porém que
o pai arrogalor só tivesse o usufructo dos bensf^),
com obrigação de satisfazer as dividas {hhj. O filho
adoptivO, se fosse de melhor condição do que o pai
arrogator não se rebaixava por isso (ií), pelo menos
não a perdia. O pai arrogator não podia sem motivo
fundado emancipar o arrogado, e até mesmo devia
esperar, que este chegasse á idade da raaiortdade,
e reslituir-lhe seus bens se este assim o quizesse (jjj;
e no caso de morrer o pai adoplivo, ou de o ter
emancipado sem úausa, devia ficar uma quarta parfe
de seus bens {(parta divi PU) para o arrogado {&&].
Datio inadoptionem. A datio ín adoptionem trazia:
extincção da pátria potesias, e nova pátria potestas;
conseqüência necessária da creação da segunda pátria
potestas por extincção da primeira.
Para a adopção era necessário o consentimento
do pai natural, por isso que a patria potestas era por
si um direito inalienável, e transferi-la para outrein
seria ura impossível se não fosse o puder que liuhu
(/) Gai. IV, 75 — 79; L. 3 § Zi. D. de lib. liom. eshib. (43, 29).-
(m) § 7. I. de noxal; act; (4, 8)í
118 HISTORIA
pecnlinm castrense. Com relação a este caso coa-
sideravão elles o direito civil como fjus commune
suspenso pelo jus singulare; e esta suspensão
tornava-se definitiva, quando o filho fazia tes-
tamento; e no caso de o não fazer o jus singulare
era considerado então como não existente, indo
o pecúlio castrense cahir nas mãos do pai—jure
peculii.
Mais tarde este mesmo direito estendeu-se a outras
adquisições, ás quaes se deu o nome de qmsi cas-
trensia.
Constantino e outros imperadores depois delle
mandarão que, o que o filbofamilias adquirisse
pelo lado da mãi ficasse sendo seu. As vistas de
Constantino não forão outras senão assegurar, que
o filho recebesse esses bens, logo que elle sahisse
do pátrio poder, e para conciliar isso cora o direiio
paterno deixou ao pai o usufructo desses bens, e
também a administração, tendo o filho a propriedade.
Por ultimo todos os bens, que os filhos adquirissem
e que nao fossem ex substantia pai ris, quod a patre
proficisdíur, e oxcepto os dous casos — b&na cas.
trensia, e quasi castrensia, constiluião o que se veio
a chamar peculium adventiíium. Diz-nos Puchta que
a expressão bom adoenlitia lhe seria mais apropriada
do que peculium; não só porque se não encontra
nas fontes a palavra peculium para este caso, como
também por não estarem esses bens verdadeira-
mente separados dos do pai, o qual, embora não
tenha sobre elles direito algum de propriedade,
tem comtudo o usufructo; de maneira, que antes
DO DIREITO ROMANO PRIVADO. li!)
se |iúi]em chainnr peculmm do pai, do que do
filho.
A lerminologia moderna é esla:
Peculium paganuni:
a) Profectltinm; b] Adventicíom.
s] Ordinarium; p) erÍTaordiiiarium.
Peculium milüare:
(rf) ütp. XX, 10; pr. I. qulb. non pcrmltt. (2, 12).
(e) L. 19 § 3. D. de caslr. pecut. (49, 17); L. 8 pr. D. de
jure patron. (37, 14).
{/■) L. 1 § 3; L. i D. ad Sct. Maced. (14, 6); I, 15 § 3. D.
de castr.. pec, (49, 17),
(í) L, 1 S 6 ; L. 16 S 12 ad Sct. Treb. (36, 1); Li 1 S 15.
D. de collat. (37, 6); $ 6. I. de milit, testam. (2, 11),
DO DIREITO ROMASO PRIVADO. 121
elle emancipado pelo pai, por isso que por direito
antigo cahião seus bens em poder do marido (/i).
Constanliuo então ordenou que pertencessem esses
bens ao filho; porém que tivesse o pai o usofructo,
e a administração («). Vendo Justiniano que este
direito só existia era theoria e que quasi era inap-
plicavel pelas suas muitas excepções mandou que
em todos os bens do filho que não íbssem cx
subsíantia patnx, tivesse o pai o usofructo tendo
o filho o domínio (j). O direito romano excluía
ainda mesmo do usofructo e da administração o
pai, sem coratudo tornar-se o filho por isso igual
a um palerfamilias, como acontecia com relação
ao pecúlio militar {k}. Á estes bens chsinavão
adventicia irregularia, ou extraordinária. O filho-
familias não podia testar, nem dispor delles como
bem lhe parecesse (í).
Resumindo pois o direito justiníaneo, tudo o que
o filhofamilids adquiria—-adquiria para si só, tendo
o pai o usofructo, e a administração'— bona adven-
ticia (m). D'esta regra se fazia excepçâo quanto
áquelles bens adquiridos ex suhstantia palris, que
pertencem ao pai, castrensia, ou qupji casirensia, e
adventicia irregularia, que são do filho. Assim os
TITULO IL
Manus.
U. DA FORMAÇÃO DA MANUS.
(n) Gai. I, m.
(a) Festus v. (liffarreiiilo.
(i) Gell. X, 15. Festus v. Flameo.
(c) Gai. 1,115,195.
{d) Gai. 1,137.
132 HISTORIA
outros lios; á qual cliamav j os junsconsullos
coemplio /iducicB causa.
Tinha lugar a coempiio ftducicc causa: Mela evi-
tandi causa. A rnulher, que desejava ver-se livre de
uma tutela pesada, quer fosse a do agnado, quer a
do patrono; contraída um casamento ficlicio sendo
o marido obrigado a emancipa-la úquelle, que ella
queria que fosse sen tutor (a)... quce vero alterius rei
causa fàcit coemplionem cum exlraneo, vehl íulelcc
evitandae causa, dicitur fiduciae causa compl. Quod
est tale: si qu» velit quos hahet tutores roponcre ut
alium nauciscatur c. f. deindc a coemptionatore re-
mancipalã ei cui ipsa velit, et ab eo vindicta manu-
missa incipit eum habcrc Morem a quo manumissa
est qui tutor fiduciarius dicitur.
Cicero [b] dá-nos noticia da ainda applicaçao
da coempíio. Ouondo as mulheres para se verem
livres das sacra privata de suas familias dellas
sahião por uma mancipaçâo íiclieia. Elias porém
quasi sempre se fazião mancipar a velhos sem filhos,
afim não só de se exltuguirera por morte destes —
as sacra, como também para ficarem herdeiras
desses seus pretendidos maridos (c).
Tcstamenti facicndí causa. Para que as mulheres
podessem testar ora-lhes também precisa a coempiio,
assim como exigia-se que não tivessem ellas agnados
soffrcndo por esse motivo uma capitis diminulio
minima. Ainda no tempo de Adriano nao podião
TITULO III.
Mancipium.
CAPITULO ÍII.
Do Matrimomo.
i
DO DIREITO ROMANO PRIVADO. 139
Uma honesta feminina só por uma kslaiio expressa
tornava-se concubina , porque do contrario a união
era um slupro (p). Quanto ao concubinato do patrono
com sua liberta era considerado como mais ho-
nesto para elle neste caso, do que mesmo o ma-
trimônio [q). O concubinato não deshonrava a liber-
ta (r). Por iníidelidadc commotlia ella adultério (s), e
segundo Ulpiano, a concubina do patrono, qualt/ícor
não se podia separar delle contra a sua vontade ti.
Mesmo uma escrava se podia ter por concubina (íí).
O concubinato continuava tanto quanto durasse a
vontade; por isso deitava de existir logo quê uma
das partes enlouquecia. Entretanto com relação
ao patrono tinha lugar uma excepção: porquanto
sua liberta sendo sua concubina continuava ainda a
se-Io, quando mesmo elle enlouquecesse (t). Os
que vivião em concubinato denominavão-se pellices.
Pellex pois chamava-se a concubina embora fosse o
homem solteiro ou casado (íc).
Justiniano publicou diíTereutes ordenanças a
respeito dos filhos de concubina; a maneira por
que podião ser libertos, e legitimados; assim o
concubinato durou até os últimos tempos.
Contubernium nada mais era do que matrimônio
(gg) Ulp. V, 6.
(hh) Gai. 1 , 58 —64.
(it) L. 1. C. Th. de Lijust. nupt. (3,12).
(jj) L. un. C. Th. si mipt. exrescr. (3, 10).
(kh) L. 19. C. de nupt. (5, 4).
(íí) L. 17 pr. § 1; L. 55 § 1, D. de rilu nupt. (23, 2).
("""•) Cie. dedlv. I, 46; Valer. Max. 1,5, l\.
(nn) I 5, 8. 9, C. de incest. nupt. (5, 5).
(oo) L. 15. D. derltu nupt (23, 2).
(pp) L. 12 § 1, 2; L. 14 § 4 1). eud.
(qq) L. 6. C. de nupt. (5, 4).
DO DIREITO ROMANO PRIVADO. Uã
111. DO DOTE,
»
148 HISTORIA
fultassc qualquer destes requisites a expressue dos
não era empregada no seu sentido technico, e só
como expressão vulgar; e neste caso as passagens
apresentados como provas contra esta asserção po-
dem ser tomadas como a favor. Danz (p), é também
de opinião ser o dote contra o espirito da in manum
conventio. A manus, diz elle, que por direito antigo
adquiria o marido sobre a mulher não era um
ônus, e sim um jus', era uma udquisição que se fazia
da mulher pelo casamento; assim como não
podemos considerar como um ônus a adquisição de
um filho, que por arrogaçao veio a cahir em o
nosso pátrio poder. Sómento quando o matrimônio
não era com a conventio in manum,, é que se poderia
entender, que se fizesse, uma doação para ajudar
os encargos do matrimônio, por isso que a mulher
apezar de dever ser sustentada, não fazia porte da
fomlia de seu marido. Contra Hasse apresentou-
se primeiro Unterholzner (^], assim como também
Schilling (r). Buchardi é de opinião ser possível
constitiur-se um dote á mullier mesmo qua&do
contrnhisse ella matrimônio com a conventio in
manum (í). Só a mulher ó que se não podia fazer a
si própria um dote, por isso que seu» bens « ãotis
mmine » cabiâo ao marido (<).
Quanto ás dividas da mulher só se dava ao credor
í.
150
HISTORIA
mulher a actio rei uxoriw. Talvez que por não
haver antes urn direito de acçao é que se diga ter
sido pelo divorcio de Carvilius Ruga , que se
ndoptárâo as cauções (aa). Podia também ter sido
stipulado sobre o dote, e neste caso havia contra
o marido e seus herdeiros uma actio ex stipulatu
depois de dissolvido o matrimônio, por ser esta
a condição da slipulaln [bb]. Slipulalor podia ser
a própria mulher, quer fosse ella ou outra pessoa
quem tivesse constituido o dote, ou então o ter-
ceiro que o constituio (cc).
A mulher, ou outra pessoa por ella, podia exigir
a restituição do dote se a dissolução do matrimônio
tivesse sido ©ocasionada por morte do marido, ou
por divorcio sendo a mulher auctora. Se ella
estivesse sobre o pntno poder então a seu pai cabia
faze-lo, porem sempre de acnordo com a filha, e
seus herdeiros, e só no caso de estar o marido em
móra [dd]. Se foi por morte da mulher que teve
lugar a dissolução do matrimônio tinhão direito a
pedir restituição do dote, se era dos profectida, o pai,
ou seus descendentes paternos (ee); ficando porém
uma quinta parte para os filhos; se o dote fosse
adventicia, isto é, todo equalquer dote que não fosse
profectida ficava pertencendo ao marido [ff] 0 dote
ou devia ser restituido innatura, ou então pelo
V. DO DIVORCIO.
CAPITULO IV.
Tutela,
I. TUTELA IMPIJBERUM.
§ 45. As pessoas que não estando sujeitas a uma
potestas, e cuja independência se tornava perigosa
(n) L. 3—9. C. de sec. nupt. (5, 9).
(o) L. h. C. de matem. bon. (6, 60).
(p) U. 7. C. de rev. don. (8, 56).
(9) L. 5. C. de sec. nnpt. (5, 9),
(;■) L. 6. C. eod.
1)0 DIREITO ROMiNO PRIVADO. 1BÍ
já em o propno üteresse, já no de seus herdeiros,
ou que pela sua idade precisava ainda da ajuda de
outra para usar de seus direitos—para ellas se ins-
tituio a tutela; que pelo direito primitivo linha
também a fôrma de um poder (a).
A uma tutela estavão sujeitos impuheres e mulieres,
e isto sempre que o não estivessem a algum poder
como amanus, ou mancipium; e como não fosseui
capazes de eraprehender negocies tomava-se neces-
sário que o direito civil por qualquer modo lhes
desse essa capacidade, o que porém só poderia ter
lugar sujeitando-os a outro poder; este poder cha-
mava-se tutela; impuheres em tutela cbamavão-se
pupilli; e tutores chama vão-se aquellos, que tinhão
esse poder. A tutela mulieris era um jus, podia ser
reivindicada , e também cedida in jure (ò). Pião era
ella porém uma poteslas, e por isso podiõ.o ser tutores
mesmo pessoas dependentes da própria mulher, e é
o que claramente manifesta não ter a tutela mulierum
o caracter de uma potestas. 0 contrario porém era a
tutela impuberum, que conforme o direito romano
antigo era uma potestas sobre a pessoa (c). A tutela
diflerença-se dos outros poderes em nada ter ella
com a familia, podendo lambem até mesmo latinos
estarem sob tutela (d). O seu característico consiste
1
DO DIREITO ROMANO PRIVADO. 165
dalio da parte do magistrado {aa). O oíílcio do tutor
abrangia duas cousas, interposirão da aucloridade,
e administração [bb]. A primeira era com relação
aos nogocios jurídicos, os quaes pelas formalidades
de direito entre os Romanos devião ser emprehen-
didospelo pupillo em pessoa. Comparecia o pupillo,
deixavão-o fallar, e o tutor que a seu lado estava,
revalidava tudo o que por elle tivesse sido feito (cc).
Naturalmente o pupillo devia comprcheuder as
palavras, e poder repelil-as; e se era menor de sete
annos então o tutor era quem sósinho tudo fazia,
vindo tudo a ler validade para com o pupillo (dd) ,
se bem houvessem suas diffieuldades pelas forma-
lidades exigidas pelo antigo direito.
Pela administração dos bens estava o tutor obri-
gado a bem administral-os , e ser tão diligente
como um bônus pater famílias (ee). Devia o tutor
prestar contas ; e contra elle linha lugar uma
tutela adio {[[). Esta acção contra o tutor era uma
adio famosa [gg]. A seu favor linha elle uma adio
contraria [hh]. Os pupillos erão postos a abrigo da
possibilidade da má administração : em primeiro
lugar pela remolio. A lei das XII Taboas dava uma
(ti) Cie. de off. III, 17; L. i;§ 2, D. de susp. tut. (26, 10).
(jj) L. 3, § 4 D. eod.
(AA') 1 1. D. de reb. eorum^upsiib tul. (27, 9).
{II) L. 22. C. de adm. lut. '(5- .'17).
(mm) L. 25. C. de adm. tul. (2, 37); § 2, I. quib. al. (2, 8).
(nn) Gai. IT, 200; pr. I. de satisd. tut. (1, 2/i).
DO DIBEITO ROMANO PRIVADO. 16'
mais seguida era que se devia ler em consideração
as relações individuaes, e assim a posição, e a
fortuna do patrono (oo). Em quarto lugar por uma
hypotheca legal em tudo o que pertencesse ao
tutor (pp). E finalmente por fiança.
Incapazes de ser tutor erão as mulheres; e no
terceiro período por concessão especial so podiâo oer
nomeadas a mai, e a avó (qq); o que foi recebido
pelo direito justinianeo como regra geral, comtanlo
que não passassem a segundas nupcias (ít); também
escra vos e peregrinos. Taes erão as p? rsoas que por
direito antigo erãc incapazes ipso jwre de serem tu-
tores. Não se olhava para as incapacidades physicas,
e isto porque pelo espirito do direi tf) antigo era a
tutela um direito; pelo quepodião menores, furiosos,
surdos, mudos, e ausentes serem tutores quando
fossem chamados pela lei. Umcameule em casos es-
peciaes no impedimento destas pessoas se pedia então
um tutor. Depois tendo este direito soffndo modi-
ficações estabelecÔTÕo-se as seguintes regrai. pri-
meiro, o tutor nomeado pelo magistrado era e foi
sempre d'entào por diante considerado como não
lendo a tutella de direito, e sim por interesse do
pupillo, pelo que se exigia que fossem p( -soas,
que na gerencia dos negocios do pupdlo podessem
exceder-se em habilitações. Forão excluídos os
muli, surdi, furiosi, impubsrôs; e não podia o noivo
— — r- — —"
(oo) li. 5. § 1. D. de leg. tut. (20, li).
(pp) li. 20. C. de adm. tut- (5,37).
(oo) Gai. 1,195; L. 16 pr.; L- 18 D. de tutel. (26,1). .
(ir) L. 2. C. quando mní. (5,35); Nov. 118 c. 6.
168 ntSTOMA
ser tutor da noiva (««). Devia o magistrado affaslar
aquelle tutor que sendo incapaz embora fosse cha-
mado por lei, ou por testamento (íí).
Jnstiniano finalmente ordenou que não podassem
certas pessoas ser chamadas a ser tutor (uw): menores
soldados, bispos, monges (nu), e além d'esles os
credores, e devedores do pupillo [xx].
A tutela (ornou-se pois um munus eivile, accei-
ta-la um dever. Entretanto davão-se motivos para
excusatwnes, sendo a maior parle d'elle8 o mesmo
que os das outras mimempersonalia. Podia escusar-
se quem tivesse três, quatro, cinco üíbos (yy);
senatores, magistrafm, grammatici, sophislce, rhetQr&t,
legum docíorcshm Roma, e mediei [zz]. Além destes
motivos ainda outros havião, e assim o não saber
ler, nem oserever (o); paupertas (6); tria onera
tütelae (c). Quem já tivesse servido na tutela podia
evensar-se da euratela (d).
«. TUTELA MUL1EBRIS.
m. CURATIO.
(c) L. 8 S 3;íi. 12pr. D.jde tutor..et çurat. (26, 5); L. 1. 2.6. i?.
"B. Se curst. {at 40){t§3í 4.1. de oura*. (1,28).
(d) L. 16 pr. D, de corat. 27,10).
'Pi E 1, jtf D. de curat. (27, Iff); Ulp. XII, 1. 2.
(f) tnp. XII, 3.
Iff) Ulp. XII, 3; L. 1. 3. D. de curat, (27, JjO){ %% I, de curat.
(L, 23).
(A) E 16, D. de curat. (27,10).
DO DIREITO ROMANO PRIVADO. 175
va que a fraude contra os menores de 25 annos (i),
désse nascimento a uma acção criminal que trazia
após si infamia. Pfobibioella estipulações e emprés-
timos de dinheiro feitos a menores quando estes não
tivessem pedido ao magistrado um curador, e obtido
certisex causis. Marco Aurélio mandou que menores
a pedido seu obtivessem sem causa determinada
um curador [j]. jYão se podiõn dar curadores a me-
nores contra a sua vontade, inviti non accipiunt cu-
ratorem; exceptos os casos em que outros tiverem
o direito de exigií-o como por exemplo in citem, e
do mesmo modo o devedor que quer pagar (Íí).
A curalela acabava na pessoa do curador tal qual
a tutela. Na pessoa do curando por capiiis dminutio;
e por exlincção da causa. A cura furiosi extinguia-se
logo que o furioso sarava; e do mesmo modo a
cura prodiiji, cora as melhoras destes (l); a cura mi-
fiorum com os 25 annos, ou já no terceiro período,
com a venia aetatis (m).
0 curador não tinha que iutorpôr a sua autori-
dade , e só sim o seu consentimento que não é
senão uma parte da administração.
LIVRO II.
CAPITULO I.
Do Dominio.
(a Festas, v. posseMio.
BO DIREITO ROMANO PRIVADO, . 175
antigos, quando ainda os patrícios eráo esolusiva-
mente privilegiados, era a occupatio por concessão
do Estado; depois pelos censores por meio da locatio.
Crô-se que estes possuidores, posscssom, tivessem
tido uma garantia por via dos inlerdictos possesso-
rios; e então concluio-se que desta primitiva appli-
cnção os inlerdictos se estendessem mais tarde ás
res mobiles. Esta hypotliese porém só se funda na
palavraposscrói. Aposse, dizPuchta, de um cujer
publicm, e a posse a que se fez a applicação dos in-
lerdictos possessorios, são bem difrorentes. Aquelía
funda-se em uma causa justa, concessão do Estado;
e esta é independente da causa. Além d'isto, em
parte alguma se faz monção da connexão entre os
inlerdictos possessorios, e o ager pablicm; até pelo
contrario encontramos para este outro interdieto,
que não é possessorio, e que foi introduzido para
garantia do possuidor1—iníerdiclum de loco publico
frucndo (b). Tanto baste para tornar esta hypotbese
de nenhum fundamento,
Na indagação, pois, da origem da possessio em
Roma não nos devemos mportar da posse do ager
publicus, nem da posse da propriedade de pere-
grinos, mas dos casos em que fosse o domínio
possível; por quanto só então se poderá conceder a
independência da posse, em contraposição a este.
Ainda mais, não se trata do usucapião da posse;
por quanto o usucapião não é puramente factício, e
consequentemente não conslilue com relação ao
B.—Em particular.
1. Acquisitiones civilcs.
a. Acquisitiones civiles com exclusão do usucapião.
L
JeiS
HISTORIA
tece ordiuiinatncnltj a respeito de res hiobiles] então
adquirisle dorainio por via da traditio, e o acto da
mancipação, que não tem neste caso validado jur"
dica, não o prejudica,.até mesmo podendo as teste-
munhas da mancipãtio e o HbHp&ns, servirem como
testemunhas da traditio. Em Tácito Ann. I, 73; tra-
ftí-se da mancipatio de uma estatua; porém Tácito falia
expressamente da alienação de um terreno com as
estatuas que n'elle estiverem, e não da mancipâtio
de uma estatúa como de um caso particular. Em
Plinio, Hist. Nat. XX, 60 encontramos outro
testemunho: artigos de luxo, pérolas e outros
objectos preciosos a que a moda dá quasi o mesmo
valor; e nota elle: «et hoc lamen (lállando de
pérolas de maior valor) aetcrnac prope pomssionis est,
sequiíur hercdm, in rnancipatum venit ut praedium
aHquod, concluslia et purpuras omnis hora alteril.»
Neste caso a mancipação só servia também para dar
mais peso a traditio, mas não tinha validade alguma
jurídica (n),
F alta-nos agora demonstrar porque razão as cousas
que se denominão rcs mancipi são reconhecidas como
ohjeotos da mancipatio. Devemos procurar a razao
d'isto na mesma mancipação; e por isso ahstrahir-
nos dos ohjectns para os qnaes em principio não
teve lugar este acto, vindo isto acontecer só depois.
Estes objectos sao dquelles sobre os quaes nao
tem lugar o manm capere, parle a mais impor-
tante do acto: terrenos, servidões rústicas, ea
lamilia. Restão-nos os homens e os anirnaes. Estes
ín) Walter, Gesch. d, roem. R. T. 2. p. 168, n. 9.
DO DIREITO ROMANO PRIVADO. 189
são justaiueule os que apparecem na renda tios
despejos do inimigo (praeda), que se compunha de
prisioneiros e de anirnaes tomados ao inimigo. A
mancipaçao é uma imitação dessa venda, e como
essas cousas por apprehensao natural eahião em
poder do povo romano, assim também por appre-
hensão civil, maneipium , eahião em poder de um
cidadão, e do mesmo modo passavão de um para
outro. 0 caracter de uma res mancipi não significava
pois restrioeão, e sim ampliação no seu modo de
adcjuifir, independência do in jure ccssio; e estes
privilégios se conccdêrâo depois a alguns terrenos
e também a certos direitos conuexos a elles , esten-
dendo-se assim a mancipatio sobre elles.
Por direito Justiniaueo acabou a mancipatio , e do
mesmo modo a diflereuça que havia entre res man-
dpi, e resnec mancipi (o).
Outro modo de adquirir é a in jure cessio. Consis-
tia em dever aquelle que adquiria o objecto vindi-
cal-o em juizo como se fôra já seu, e calando a
contravimlioação o dorninus que era até então—
passava o pretor a adjudicul-a ao outro. Vertdi-
cabat ei cui cedilur; In jure cedit dorninus, Áddkit
Praeior (p). Esta formula já vinha na lei das XII
Taboas (^j; era porem raras vezes usada, sempre que
podia ter lugar a mancipaçao (r). Tinha importância
pratica para transmissão de res incorporales para
b. Do usucapião em particular.
.
DO DIREITO ROMANO PRIVADO. 203
zas feitas de proposito para descobri l-o fazião in-
correr na perda do achado. Orando a occupação
era conseqüência de achado casual, obtinba-se o
mesmo direito sobre o thesouro achado em lugar
religioso ou em monumentos; se se achava porém
em terreno estranho tinha então o do mi nus (quer
fosse o príncipe, o Estado, ou outra pessoa] direito
cá metade, que podia exigir do occupante. Entre-
tanto algumas vezes o estado passageiro das finanças
obrigou em alguns reinados a que todos os the-
souros perlencessoxn ao fisco de maneira que isso
como que se tornou commum, e um exemplo en-
contramos em Lampndius (í), 0 resultado foi que
sem duvida, quem descobria ura thesouro o oecul-
tava, e isto levou Constantino a marcar por lei gerai
que aquelle que descobrisse um thesouro tivesse
metade para si (j). Tbeodosio I restabeleceu o
direito de Adriano, mandou porém que o senhor
do terreno só tivesse uma quarta parte do the-
souro (fe). O imperador Leão adoptando o mesmo
d eito de Adriano prohibio os usos pagãos e artes
magicas empregadas para a descoberta de thesou-
ros (/). Este direito foi o recebido por Justiniano.
Spocificalio. A adquisição de uma cousa prove-
niente da nova fôrma que lhe dêmos [curn quis
ex níiíMfi materiam spcciem aliquara suo nominc
femit] chama-se especificação. Ella tem lugar não
.
2W flISTORIA
interdiclo foi confundido com o intcrdicluin uiipoí-
sidctis (ss).
O reslo pertence ao estudo do direito propria-
mente dito Justinianeo.
■■ iKgãOtt-r- -—
CAPITULO II.
Jura in re aliena.
1. SERVIDÕES.
(a) L. 15. D, qui pot. (20, 4); L. 2 § 17. D. ne quid loco publ.
(43, â).
(â) J)ip. XLm, 18 de ftiqjçrficicbus.
(c) L. 2 § 17 P. nequfd in loco pub. (43, 8).
DO DIREITO ROM ARO PRIVADO, 223
cedeu á plebe o babitar o Aventiao pela ter Jcilia de
Aventino do anno 298 U. c. (d).
O mper/icianus tinha todo o poder sobre o edifício
como superfície, tanto quanto , pelo negocio pelo
qual obtivera esse direito, fosse convencionado. O
seu direito é umjus in re, por isso que o prédio
principalmente lhe não pertence , e só sfm a supar-
ficie; porém é um jus in re pelo qual lhe está a
superfície , considerada em si mesmo , completa-
mente sugeita. Tambern não é só limitado á sua
pessoa , por isso que a pôde alienar, e passar a seus
herdeiros (e); o pretor reconhecia valiosa a hypo-
theca e servidão que elle por ventura tivesse cons-
tituído na superfície, direitos estes que não se
exlinguem senão com a própria superfícies (/").
lliírerençavão os Komanos por direito antigo o
ager vectigalis do emphyteusis. Agri veeíigales chama-
vão-se era geral aquelles terrenos que estarão
sugeitos a pagar um imposto ao Estado , ou a uma
corporação publica. Este imposto chamava-se vecti-
gal, e assim se chamava em gorai para diflerença
do que uma pessoa devia pagar de Iodos os seus
bens , que se denominava então — tribuium , sli-
pendium, aes equestrei aes hordiarium (g). Em pri-
meiro lugar eslava sugeilo ao vecligal o ager publi-
cus populi romani, quando no gozo de um ou outro
1H. HYPOTHECA.
LIVRO III.
DIKEITO DE SUGGESSlO.
INTKODUCÇAO.
{bb) Varro de re rústica II, 10, Gai, II, 98; III, 77; pr. I.
de success. subi. 3, 12).
(cc) L. 2íi D. de V. S. (50, 16).
(dd) Heres~é o mesmo que herus, Festus v. hertu.
240 HISTORIA
tamenlarin hereditas; e uma lei, lei, ou quodlegis
vicem ohlinet, legitima hereditas. Ambas suppoem a
morte do tostador. Pelo deferimenfo não é que
se dá a suceessão, porém só então a possibilidade
presente de ser herdeiro. A suceessão dá-se depois
da adquisicão, que consiste aqui em um acto da
vontade. Contra a vontade podia-se ser herdeiro,
ípso jure. Neste caso dá-se o deferimento e adqui-
sicão conjnnetarnonte.
A suceessão ou é ordinária, ou extraordinária t no
primeiro sentido é a que tem applicação nos casos
ordinários; no segundo só pertence aos casos
exeeptuados; e por isso com relação a esta não se
usa da expressão heres nem hereditas. Os casos mais
freqüentes das successões extraordinárias tem ori-
gem no tempo dos imperadores; mas já pela lei
das XII Taboas dava-se uma suceessão extraor-
dinária para o fisco nos bens de uma vestal,
quando morria sem testamento (ee); também suc-
cedia o fisco por suceessão extraordinária em parte
pela lex Comelia testamentaria, e era parte pela lei
Papia Poppsea nos bens vacantes {ff); a suceessão
do pai estabelecida por Octaviano no peculium cas-
trense, e quasi castrense de seu filho, quando falle-
cido sem testamento [gg]; a suceessão introduzida
por Marco Aureiio dos escravos por via da addictio
[hk) Pr. § i /[, i. de eo cui lib. causa bona add. (3, 11).
(а) L. Si. D. de V. S. (50. 16). ^
(б) UIp. XT, IA; Gai. II. 22A; Cie. de mvent IT, 50.
(c) L. 1. D. qui tosU (28, 1)» a.
Din. noar, 31
2Zl2 HISTORlX
dava-se a successao ab intestato. Finalmente podia
haver mesmo um testamento e ser enlretanto, com-
batido por certas causas. São estas disposições, com
relação aos Ires casos mencionados, o que faz o
fundamento do antigo direito de successao. O
edicto dos pretores dava porém a certas pessoas
uma posse da herança, e a esta certa validade.
Assim conjunctamente cora o direito civil de suc-
cessao appareceu outro modo de succeder por con-
cessão da bonorum possessio; porquanto o pretor não
podia dar a heredilas quando o jus civile a não
dava, praelor heredem facere non polesl, assim como
não podia dar dominio; razão por que dava elle a
posse dos bens e com ella uma garantia , como se
elles fossem herdeiros ; donde veio chamar-so este
direito de successão pretoria—bonorum possessio , e
aos herdeiros— bonorum possessores.
Em muitos casos dava o pretor a bonorum pos-
sessio; assim dava-a elle ao credor do devedor insol-
vente. Também a dava nos bens do defunto áquelles
que reconhecia terem um direito á herança. O edicto
diíTerençava dous casos: existência de ura testa-
mento , e herança ab intestato. Para o primeiro caso
havia uma duplice bonorum possessio : contra tabulas,
e secmdum tabulas. Para o segundo davão-se tantas
bonorum possessiones quantas erão as classes de
pessoas que, já conjuncta, já separadamente com
relação
• umas ás outras, tinhão direito á herança.«
A bonorum possessio ou era sine re ou cum re {d).
«
2àlf HISTORIA
principiavão a ser lidos como os mais proumos s
successao. Deu-lhes um meio para reliaverem as
cousas de outros possuidores pro hcrede, e os pôz
em posição de se tornarem heredes pelo usucapião.
Tslo entendia-se principalmente nnquelles casos em
que o jus civile não marcava um heres , assim pois
mpplendi júriscivilis ijratia] naturalmente porém não
era negada a honorum possessio também ao heres, —
eonfirmandi júris civilis gralia; e finalmente podia por
eíléito delia vir-se a tirar a herança o a um heres, —
corrigendi júris civilis gralia. A torcoira opinião sobre
a possibilidade da causa da honorum possessio é:
a necessidade que havia de curar dos credores.
Onde não se davão herdeiros—dava-se aos credores
a honorum possessio.
CAPITULO I.
Da Successão ab intestato.
(а) Oai. IH, 32; Ulp. XXVIII, 12; § 2. í. de bon. pos». (3, 9).
(б) Oai. IV, 34; ülp. XXVIII, 12.
DO DIREITO ROMANO PRIVADO. 249
Os prolores com a introducçâo das tres classes ex
eàicto mãe liberi, ex edicto unde legitimi, e ex edicto
unde cognaü davão a hononim possessio não só aos
aguados chamados á succcssão pelo jus civik, como
(ambem a todos os cognados até o sexto gráo; em
parte até mesmo ao sétimo; a alguns apites, a outros
conju nela mente, a outros íinfllmente depois dos
aguados. Wuma quarta classe ex ediclo unde vir et
ttxor até mesmo na falta de todos os parentes habi-
litados para succederem dava-se ao esposo que sobre-
uvia a intestati bonorum possessio.
Unde liberi. Esta classe comprebendia os sui
heredes como era por direito antigo (cj; além delles
ainda os emancipati, filhos emancipados pelo de-
funto (d); ao passo que os que de outro modo se
acha vão fóra do palrio poder erão sempre excluí-
dos (e). Quando porém o filho emancipado tinha
os filhos em o pátrio poder do avô, i ét de seu pai
erão estes sui, porém por direito prelorio não
succediáo elles ao avô, succedus o filho emanci-
pado; o filho e os netos herdavão conjuncta-
tamente, mas como ficassem os outros lesados
com isso mandou-se que herdasse o filho tanto
como se fosse suus, e désse então a metade a
seus filhos, netos do defunto [f]. Quanto a serem
(<0 S 3. I. de bon. poss, (3, í); L. 1 | 6. D. si tab. test,
nullae ex tab. unde iibeii (38. 6); L. 5 § i. D. unde legitimi
(38, 7); L. 2. C. de suis at legit, hered. (6,55).
(rf) Gai, m, 25; Ulp. XiVIII, 8 S 9. I. de hered. qnae ab
intcsl. 1 (3,1); h 5. o. gi tab. test. nullae extab. (38, 6); L. 1.
C, un- , iib. (6, l/l),
(í) Ulp. 1. c.; § 10—13. I. de hered. quae ab intest. (3,1).
(f) L 1 pr. D. de conjungendis ciun emancipai, liber ejui
(37, 8).
DIR. nox. 32
250 HISTORU
os emancipali equiparados aos sm fez o pvetor uma
restricção; por isso que o cmancipatus desde a sua
emancipação principiava a adquirir para si, ao
passo que tudo o que os sui adquirissem era para
aquelle a cujo pátrio poder estavão sugeitos; e como
pelas adquisições do suus se augmentasse a herança,
assim pela parle que cabia ao eimncipatm diminuia
a do suus, pelo que se mandou, que elle eman-
cipaius ajuntasse seus bens á beroaça, collatio bo-
norum (3).
Unde legitimi. Nesta classe estavão comprehen-
didos os legitimi heredes do antigo direito civil (h);
nao erao os consanguinei os sós comprehendidos, e
os agmti, mas lambemos sui heredes (^. Não os capite
minuti, porque não erão legitimi. Asuccessão nesta
classe era no mais a mesma (j), e com relação á
exclusão á successão dos aguados permaneceu ella
em vigor {k); assim como a antiga regra de poder
ser só deferida ao aguado mais proximo, pelo que
nada aproveitava ao que estivesse era grão mais
remoto apresentar-se; e ainda mais, logo que o
mais proximo tivesse deixado passar o tempo, cabia
a successão na terceira classe.
linde cognati. Aqui erão comprehendidos todos
os parentes de ambos os sexos até o sexto gráo, e
do sétimo ainda os ex sobrino, sohrinaque mti
(0 Paul. sent. rec. IV, 10; Inst. III, à; Çod- VI, 57.
(j) Pr. ^ 1, 2. I. de Sct. OrpluL (3, 4)» l*. S "» ^ ^
I'. j , 6, 9. D. de Sct. Tert. et Orphit. (38, 17); L. 3. G, Theodi
de legit, hered. (5,1).
(i) SI- I. eoiL ,
(0 Paul. 1. c. §2.; L. 1 Pr- § 3- a eo(L
(ml Paul. I, c. % 3, .. ,
(n) Paul. 1. c. f ü; L. 1. C. de Sct. TermU. (6,56).
254 HISTORIA
heronça, mesmo quando tivessem por uma capiiis
dirnimtio mínima deixado de serem aguados do
filho (o). Valentiniano I ordenou (309), que os
fratres consanguinei do filho devessem preferir á mãi,
por isso que seria inconseqüente deixar concorrer
com ella o irmão do pai, e seus descendentes,
quando os irmãos em grão mais proximo não a pre-
feriào (p); e talvez mesmo que também desse ás
sorores comanguince metade da herança, com a mãi.
Graciano (3S5) mandou, que quando a mãi her-
dasse de seu filho ex testamento, ou ab intestato,
com irmãos destes, e se tornasse a casar, que tivesse
ella só o usofrueto de taes bens, e os irmãos
o dominio {$. Valentiniano II estendeu a appii-
cação do Sct. Orphiticno aos netos e descendentes
das femeas (r), e estabeleceu, que os descendentes
de uma filha já fallecida por morte do lestador,
sendo iguaes aos descendentes de um filho também
já fallecido, que entrassem em lugar de sua mãi;
entretanto, se com outros descendentes só recebião
2/3 da parte da herança materna; e quando fossem
agnados os outros herdeiros mais próximos devião
ceder a estes 1/4 da herança (s). Theodosio II (426)
mandou lambem que os descendentes das femeas
valessem como sui heredes com ralação a ellas e que
herdassem ipsojure. Na falta de consanguineos, que
a mãi herdasse ainda mesmo quando não tivesse o
[b] Danz, Gesch. des rõm. Rechts II, § 156. Walter, Gescb. des
rom. B. II, § 621.
(a) Gai. III, 50, 41; Ulp. XXIX, 1.
DO DIREITO ROMANO PRIVADO. 259
e qualquer capilis diminutio mínima não iazia desap-
purecier esle direito (ò). Finalmente isto só dizia
respeito ao testamento de um liberto. Contra a
liberta não precisava o patrono d'esse direito á ho-
norum posmsh dimidiai partis, para sua garantia.
Em segundo lugar ordenava oedícto, que o pa-
trono só pudesse ser excluido da hentnça do seu
liberto falleddo ab intestato pelos filhos naturaes
d'este, e não como até então por um suus como era
o filho adoptivo, ou amulher mmuRw; o até dava-
lhe o edicto contra estes, e assim também a
seus filhos, um direito á bonorum imuessio dimidice
paríis. 0 que também não podia ser applicado ás li-
bertas , por isso que estas não tinhão siu(c).
E. — Legislação dc Justinimo*
(c) L. k. C. cit.
(íí) L. 3 C. Th. de legil. hered. (5, 1).
2Ô2 HISTORIA
Se [porém nuo era o pai o manumissor , e sim uni
estranho, succedin este segundo o ediclo; não na
primeira ou segunda classe, porque lhe erão ante-
postas dez pessoas dos cognados mais prosimos (ã).
Pela nova fôrma da emancipação era que não se
dava mais um manuunmr txtraneus desnpparcceii
essa àlíTerença (c); e Justiniano acabou com a
classe das dez pessoas [d). Este imperador mandou
tamhem queíbssem antepostos aos pais os irmãos do
emancipado conservando-se-lhes porém o usu-
ímeto (e).
(») otp. XX, 10; § 0. I. de test. mil. (?, 11); pr. I. quili.
non p erra. (ac. est (2, 12); L. 18 pr. D. de süp. servor. (65,3);
L. 37 pr. c. de fnoff. test. (3, 28); L. 11, 12. C. qui. test. fac.
poss. to, 22).
(d) Veja-se o § 32.
264 HISTORIA
júris; mas que no caso de não fazer leslamonto,
vigorasse o anligo direito a favor do pai vintlo-lLe
a caber os bens não jure peculii, pois succedia elle
como heres, e asuccessão era considerada successão
universal, pelo que obrigata-so elle pelas dividas,
assim como acontecia com relação ao pecúlio pro-
fecticio durante ura anno , sendo em tudo conside-
rado como herdeiro (e). Assim por direito inoder-
nissimo o peculiun caslrense, e quusi castrense não
podip ser mais considerado como pecúlios, o por
conseguinte é um erro semelhante nome no di-
reito moderno; e só sc deveriao chamar taes bens,
bom, casírensia.
Sobre outros quaesquer bens não ]iodia o filho
testar, nem mesmo sobre os adventicia irregulariu [(].
Por sua morte permanecia ao pai, tanto quanto
vivesse, o usufructo no jieculiuííi adventitium ;e por
morte delle era dividido entre a mãi e os irmãos
o pecúlio como se desde o principio não tivesse o
pai existido [g].
Com relação aos filhos emancipados , por morte
destes, ainda quancto já não existisse a mãi, não
excluía o pai a seus''mãos, como patrono; antes
vinhão os bens a caber a estes, tendo elle unica-
mente o usufructo (ft).
le) L. 20 § 10. D. de hcred. pet. (5, 3); L 44 pr. D. de
legat. I (30): L. 18 pr. D. ad leg. Falo. .(35, 2J; L. 10 pr.
D. ad Ict. TertuU. (38, 17); L. 1, 2, 17 pr. D. de caslr. pecul.
(49. 17); L. 5. C. eod. (12, 37).
if) L. 11. C. h. t. (6, 22).
&) L. 7. C. de Sct. TertuU. (6, 56).
(4) L. 13. G. de leglt. hered. (6, 58).
i —
DO DIHEITO ROMANO PRIVADO, 265
CAPITULO 11.
Da Successão testamentaria.
j. uvTiiomicçÃo.
W Ulp. XXV, 7.
(j) Pr. L de licred. inst. (2, llíj.
Uj) Gai. IT, 276.
(A) Ulp. XXIX, 9; L. 31 pr. L. 52. D. de hered, inst. (28, 5):
L. 10. G. :oo (6, 2/i); L. 82 § 2. D. de legat. II (31); L, 5.
D. de servit. leg. (33, 1).
(«) Gai. II, 27/i.
0) Cie. in Verr. II, 1 c. fil—63; Gai. 1. c.
(k) Cie. de Republ. II l c. 10.
DO DIRF.ITO ROMAIIO PRIVADO. 271
lei (í); porém não foi muilo depois que ella desap-
pareceu.
Pessoas incertas não podiuo ser instituídas (w); e
também pessoas jurídicas (n); pelo menos no tempo
antigo, quando talvez nem o Estado fazia uma
excepção, do que porém não ex stem provas. No
tempo da Republica ha tantos exemplos de ter
sido inst tuida a cidade de Roma, que não pa-
dece duvida ter sido isso valioso. Não só raonarcbas
estrangeiros instituião o povo romano herdeiro
de seus thesouros e de seus reinos, como tam-
bém cidadãos romanos o contem pia vão pelo menos
em legados, como fez, por exemplo, Piso Prugi,
e Júlio Caesar (o). No tempo dos imperadores não
só elles mesmos, como também outras pessoas
deixavão legados á cidade (p). Depois, sempre que
se queria instituir, não a cidade de Roma , e sim
o Estado, inslituiu-se então o fisco, cuja capaci-
dade lestamentaria a lex Papia Poppaca estabeleceu
logo de princípio (q). No tempo dos imperadores
era permitiido instituir herdeiros os templos que
por um privilegio tivessem capacidade para isso; [r]
e Conslantino conosdeu depois ás igrejas christãas,
capacidade em geral para herdarem (s).
(0 Cai. i. c.
(m) Gai. II, 238.
(n) Dirirsens, çivilist Abhlg. II p. 129—143.
(o) Sucton. in Caesaze e. 83; Tac. Annal. 11, 41,
(p) Suetoa. in OcLavfauti c. 101; Tacit. Ann, l, 8.
(f) L. 3 In fine D. de aüm. leg. (34,1).
(r) Ulp. TfVII, 6.
(í) L. 1. C. do . acrosanct. exccle». (1,2j; Enscbii llist, eccies.
X, 5.
272 mSTOIlU
Por um senulusconsullo do lerapo de Per li na x
era nulla a instituíío principis litis causa, quando
as vistas daquelle que tivesse demanda fosse col-
locar o seu adversário contra o inaperndoi' (t). As
testemunhas de um testamento podiüo receber um
legado, porém não ser instituidas, e como sendo
instituídas se tornassem incapazes de serem teste-
munhas, era nullo o testamento (u). Não se podia
contemplar illlmiladamente em um testamento a
concubina e seus fdbos. Valens, VaJentiniano II,
■e (iraciano forão os que primeiros probibírão que se
lhes pudesse deixar mais de 1/12 dos bens logo que
havião filhos legítimos (uj. Finalmente Justiniano
■regulou que á concubina se não pudesse legar mais
■de 3/12, e depois 6/12 dos bens (®).
Á lex Julia (757) e Pnpía Poppaea (762) introdu-
zirão muitas causas de incapacidadetalvez mesmo
as mais importantes [y]. Os não casados, coeliíies,
e os que não linbão filhos, orbi, não podiao ser
instituídos, nem receber legados de pessoas que não
estivessem pelo menos com elles em 6." gráo (z). Um
toelebs segundo a lex Julia não herdava o que lhe
tivesse sido deixado por testamento, nin intra centum
dies legi paruerií, logo que em cem dias (crelio
Si Wp. XX, 9.
j á 3- I- de test* ord- (2,10).
(A) "estas v. Resignare; L. 29. D. de V. S. (60,16).
(i) § 3. I. de test. ord. (2,10).
(J) Saeton. In Nerone c. 17; Paul rec. sent. V, 25, § 6,
(A) CSc. in Verr. II. 1, c, 46.
(< GaL II, 119, 147; Ulp. XXyiII, 6.
<m] L. 3. D. si tab. test. (38,6); § 2. 3. 1. de test. ord. (3,10);
Iild. Origin. V, 20. § 6.
278 HISTORIA
a prova de ler sido conveuipntemenle obsemdo
o rito da inancipação, e todos os requisitos para
se testar legalmente; linbn-se com tudo enten-
dido também que um testamento sem manci-
pação podesse ser feito , logo que o testador
o tivesse sellado com sete testemunhas; assim se
accrescentou , no tempo dos imperadores, que
fosse assignado; e desta usual interpretação appa-
receu o testaraento pretorío. Esta forma porém
de testamento só tinha lugar quando era escripto;
até que Gordiano reconheceu o testamento nun-
cupativo perante sete testemunhas como sufficiente
para receber a bononm possessio semndum tabulai (»)-
Em principio era ainda a bonorum ptosessio prove-
niente de um testamento pretorio — honor. poss.
sine re, Jogo que houvessem herdeiros chamados
pelo direito civil quer fossem herdeiros testamen-
tarios por um testamento per aes et libram, quer
fossem ab inteslato (o]. Isto parece ter cabido em
desuso depois, e provavelmente por um rescripto
de ántonino Pio (p). Theodostü II deu ao íestamento
pretorio a fôrma legal mandando que não tivesse
mais lugar a mancipatio para um teslameiito; sendo
entretanto precisas sele testemunhas (q).
Justinlano accrescentou a esta fôrma de testa-
mento outras cousas man , o que se poderá ver nas
leis 23—30 C. de test. (6,23).
— —
(n) L. 2. c. de bon, poss. sec. tab. (6, li)-
(o) Gai. II, 110—122, 147, 148.
(p) Gai. H, 120—122.
(q) Nov. Theodosií II, lib. I, tiU 16.
DO DIREITO ROMANO PRIVADO. 279
A. — U cr edis institutio.
B, — Substilutio.
CAPITULO m.
II. DA LEGITIMA.
(à) Pr. I. de inoff. tem. (2, 18); L. 2, 5, 19. D. cod. (2, 5),-
L. 36. D. delegat. 111,(32).
(6) Cic.ln Verr. II, 1. c. 42.
(c) Cujacius, observ. II, 21; XIV, 14.
DO DIHEITO BOMANO PRIVADO. 293
desse todo, e qualquer herdeiro proxioio ab iates-
tato, que se julgasse prejudicado, apresenlar-se
com a querela viojficiosi testamenti, e estaria então
ao livre arbítrio dos cenlumvirm rescindir o testa-
mento , ou não ; depois porém pouco e pouco, prin-
cipalmente em virtude de constituições imperiaes ,
estabeleceu-se que só descendentes , ascendentes ,
e irmãos, linhão a quvrela por serem parentes mui
chegados. Ulpiano ainda dava por possível a que-
rela de parentes mais remotos, a qual porém elle
reputava nãocomimim, e de nenhuma esperança (d),
üiocleciano os excluio da querela [e]; e Constan-
tino ainda fez mais concedendo-o só em certos casos
a irmãos [fj; de maneira que só tinhão os descen-
dentes e ascendentes do testador de ordinário direito
a ella [g].
Já no principio do tempo dos imperadores se
unha tomado um minimum, que era quanto bastava
para que logo que fosse deixado excluísse a querela,
o que também devia ser deixado aos herdeiros
intestados mais próximos, logo que não havião
razões plausíveis para desherda-los; tal é a portio
debita, s. legitima. Até ao tempo de Justiniano foi a
legitima de l/A da porção intesíudu [h], o que pro-
vavelmente foi derivado da Quarta Falcidia, por
[g) uai. III, 49 , 50; UJp. XXIX, 6; Gai, III, 53; UIp. XXIX, 7;
Cai. ílf,/16, 47; Glp, XXIX, 5.
(4) Gai. Ul, 43 . 44; UIp. XXIX, 3.
(j) Nov. Yalent. 111, Tit. 25, §2, 3, 4, 8.
DO direito ROMANO PRIVADO. 297
até o 5.° gráo, podendo estes não o fazendo' elle
reclamarem contra o testamento (j).
A' viuva miserável concedeu Justiniano um di-
reito de succcasão excepcional (fc).
Capitulo iv
(«) L. un. C. de bis qiii ante apert. tab. (a, 52); L. un. § 2. 3.
C. de caduc. toll. (6, 51).
(f) L. 19, c. dèjuredeliberandi (6, 30); Nov. 158.
(g) L. 8 pr. § i. 2. C. de bon. quae lib. (8,61).
300 HISTORIA
CAPITULO V.
Oa adquisição da herança.
I. DA ADQUISIÇÃO.
A. — Em (jefal
B,—Em particular.
1. Da hereditatis petitio.
(fj L." 1^" D." d^poss. her. pet. (5, 5). Consulte-se Walter, Gesch-
d. roem. Uechts T. 2 § 632.
(a) U 25 § 13. D. <le fam. hcrcisc. (10, 2); L. 6. C. fam. herc.
(3, 36}.
Ib) L. 1 pr. D. fam. herc. (10, 2); Festus, v. eretum citum.
(c) 17, 19. C. dc collat. (6, 20).
312 HISTORIA
estivesse {ri); os bens qne Ibe fossem próprios, como
por exemplo, o pecúlio cKstronse, e quasi castren-
se («), e o pecujio adventicio [f] nada tinhão com
a eollação; bem como o que lhe tivesse sido doa-
do pelo pai mortis causa (rj); estando também no
mesmo caso todas aquellas doações que lhe forão
feitas por seu pai inter vivos, e que por elle não
forão revogadas, as quaes no tempo de Justiniano
erão tomadas em consideração e convalescião como
verdadeiras doações por morte do pai (/i); e que
de então em d.mte deixarão de ser contadas no
pecúlio profecticio. Também aos emancipados quan-
do, segundo o edicto, succedião na classe dos filhos,
ou contra o testamento, cumpria dar ã eollação os
bens que tivessem adquirido durante o tempo da
sua emancipação (i) ; no mesmo caso estava a filha
que quizesse tambom herdar, a qual era obrigada
a dar á eollação o dote que tivesse recebido (/).
3. Alienação da herança.
mtv» BOM» À0
314 mStõniA
CAPITULO VI.
I. DOS LEGADOS.
n. DOS FIDE1COMMTSSOS.
(c) Cai. Ií, 278, 279; Ulp, XXV, 12; Suetoa. Claud. c.
23 § 1.
(ii) Gai. II, 268—289; Wp. XXY, 1—13,
(«) uip. xxy, 3.
{/) Gai, n, 270 a, 273; Ulp. XXV, 8.
DO DIREITO ROliAftò PRIVADO. 3Í9
devendo o que lhes fosse deixado ser vindidado pelo
Fisco, Do mesmo modo mcerta personw por um Scto
do lerapo d'este imperadoi' (g)» Dahi pôde ülpiano
dizer: fvdeicdmwÃsso dari potest his quibus et leqari
potest, com excepçãfl dos latini jmiani {h).
O effeito , é sempre um direito contra a pessoa
gravada; não se dava porém domínio ipw jure (t).
Jus omne fideicommssi non in vindicatione sed in pe-
tiíione consistit. Até mesmo escravos podiáo deixar
a escravos alheios a alforria [j). No caso de se
deixatem cousas alheias, e o gravndo as não podia
havet, julgão alguns que nada podia fazer o íideicom-
missario; outros porém, que podia elle demandar o
valor (fc). Esta ultima opinião prevaleceu no direito
jusliuianeo.
Os fideicotnmissos não estavâo sugeitos á lex Fal-
cidia, e só o foi por um Scto do tempo de Vespa-
síano (1).
CAPITULO VII.
I, BONA CADUCA.
(j) Gai. 11, 255—257; Ulp. XXV, li. Consulle-se mais; Cai.
II: 258 , 259.
(o) Cie. p. Balb. 8 ; in Verr. I. 42 ; Gal. 1.1, 225.
(b) Vatic. frgm. § 381; Ulp. XXVIIl, 7.
(c; Gai. IV, 23 , 24.
(V) Gai. 11, 227; Paul. sent. III, 8.
DO DIREITO RO3IAR0 PRIYADO. 323
seria caduco, em cerlos casos, qualquer disposição
festamentaria a favor de alguém que a não adqui-
risse, pelo que vinha esta a caber então ao fisco;
cointudo não se impedia aos testadores, Jogo que
a caducidade tinha lugar ainda em vida destes o
fazerem outro testamento, pelo que se veio a dizer
estarem os bens in causa cadun, em perigo de
se tornarem caducos, visto ter o teslador a pos-
sibilidade de evitar a caducidade por uma nova
disposição (a). Os casos da caducidade são os
seguintes :
Sempre que ura de muitos collegalarios por qual-
quer motivo não adquiria a sua parte no legado [b];
porém estabeleceu-se que caducasse o legado só
depois de aberto o testamento (c); no caso também
de morrer o herdeiro ou legalario, ou de soffrer
uma rapitis diminutio imxima- ou media, antes de
ter adquirido, e sempre que a sua morte physica
ou civil tinha lugar antes da abertura do testa-
mento [d]. Assim também caducavão as disposi-
ções deixadas a favor daquelles, que não l vessem
seguido as determinações da lex Julia et Papia
Poppaea a respeito do matrimônio e procreação
de filhos. Porém os descendentes do testador até
o 3.° gráo erão eximidos da lei e podião sucee-
der como dantes pelo que delles se dizia que ti-
nhão jus anliquum in caducis (e). Os mlibes e
(r) Gai. n, 206 — 208, 286; Ulp. I, 21; XXV, 17; Fragm. de
jure flsd, § 3. ^
(í) Ulp. XXV, 17; L. 69 § 1. D. ad leg. Fale. (35, 2).
(t) Ulp. XVII, 2.
(m) L. 1. C. de infirm. poen. orb. (8. 58); L. un. C. Th, eod. (8,
16).
(y) L. un. C. de caduc. toll. (6,51).
DO DIREITO ROMANO PRIVADO. 327
Cujacius, e lanobem caducum (a), vinhu a cahir ao
fisco, e por excepção tombem a outras pessoas.
Parece ter sido ainda a lex Julia et Pap^ Pop-
paea a que primeiro inlroduzio os primeiros casos
em que tinha lugar a indignídodo, e que os bens
não adquiridos pelo indigno fossem adjudicados
ao fisco (6); em lodo caso foi no tempo dos im-
peradores , que appareceu o maior numero dos
casos em que era algucra considerado indigno,
e que forão augmenlados até o tempo de Justi-
niano e ainda continuarão a vigorar por direito
Justinianeo.
Entre muitos casos pelo senalusconsultum Sila-
nianum era indigno o herdeiro que adisse a he-
rança, quando se espalhasse o rumor, que o tes-
lador tinha sido assassinado por um escravo, antes
de ter procedido ás devidas inquirições contra o
assassino ( ), Do mesmo modo ia o fisco contra o her-
deiro ou legatario se um destes occullamente e
para defraudar a lei se encarregasse de entregar
um fideicommisso a uma pessoa incapaz (d); e pelo
Sclum Plaucianum nem mesmo se lhe reservava a
quarta Falcidía (e], e por pena perdia lambem o
L1VI10 IV.
DAS OUItltiACUES.
INTftODUCCAO.
CAPHTLO I.
II. DA STIPULATIO.
A. — Princípios geraes.
i. das doaçoes.
L
3/iG msTOKU
rido e mulher, o noivo e a noiva, o tutor com re-
lação ao puplllo , os libertos com relação aos pa-
tronos , e finalmente com respeito a um dote todos
os cogoudos entre si sem consideração alguma com
os gráos (í).
No tempo dos imperadores tornou-se costume («),
que o aclo da doação fosse notificado pelo magis-
trado no registro publico [v]; e foi isto conservado
pelos imperadores , que se seguirão («) , mesmo en-
tre aquellas pessoas, que do tempo de Antoninus
esta vão isentas da umncipação, ou Íruííiíio (y). Em
A28 porém a donaíio ante nuptias, que não chega vão
a 200 solidi estava isemplo desta formalidade (z).
N'uma ordenança do anuo 316 além da insinuação,
prescreveu Constantino mais duas formalidades :
que se passasse um documento da doação perante
testemunhas; e que a tradilio tivesse lugar também
perante testemunhas (aa). Isto que não era marcado
por lei nao passava porém de um conselho. A tradilio
entretanto [bb), ou quando erào res mancipi, a man-
cipalio [cc], perrnanecêrâo sempre como essên-
cia es.
Justiniano ordenou, que a insinuação das doações
fosse considerada como essencial; porém íicavão
IV. NEXUM.
V. FOENUS.
CAPITULO II.
#
Obrigações ex delicto.
1. FURTUM.
II. RAPINA.
ÍV, INJURIA.
§ 108. Injuria é aquelle acto emprehendido com
vistas dolosas de prejudicar a alguém ou de causar-
lhe magoa ou dôr (a), a essa especie de dolus cha-
ma-se animus injuriandi. A lei das XIÍ Taboas já de-
terminava que fosse a injuria punida — e sendo
estalei modificada pelo edicto dos Pretores, com-
tudoa kx Cornelia marcou para este caso uma pena
publica (b). A injuria não é limitada a certos e de-
terminados actos, antes pelo contrariopóde ser exer-
cida;de differenles modos. Assim dão-se injuria quw
corpori inferuntur, e são quando praticadas contra
uma pessoa com o fim de fazer-lhe mal ou de rnal-
trata-la (c), ou então tem lugar quando se procurão
meios que possão ser nocivos á saúde: [d] injuriaad
dignitatm s. ad infamiam pertincntm; e são noticias
falsas e caluraniosas que de proposito se espalbão
contra um indivíduo (e); asseroões infundadas e que
prejudicão a sua honra (f] etc. : além destes casos é
também injuria attentar contra a liberdade de uma
pessoa querendo restringir essamesrna liberdade^);
2FICM.
ÍNDICE DAS MATÉRIAS.
IntroduoçAo.
§ 1. Objcc.to e plana desta obra Pag. 1
Fontes iJn Instoría do direito romano privado ... d
§ 2. I. Monumentos A
§ 3. IL Livros 6
§ 4. Mamwarfptos. Edições. Modo de citar o corpos júris
civilis 17
Litteratun. 24
Livro Primeiro.—Direito das Pessoas.
$ 5. Introducção _ 29
Capitulo primeir?, - Liberdade e escravidão .... 32
§ 6. Definições................... 32
Titulo I. Drlgem da escravidão 38
« 7, /. Segundo o jus. gentium 38
§ 8. U. Segundo o jus dvlle 42
Titulo 11. A escravidão na sua enntinuação, 45
$ 0. I. Era geral 45
II. Era particular. 49
§ 10. A. Adquisiçõw do senhor pelo escravo 49
§ 11. B. Como se obriga n senhor pelo escravo 53
Titulo III. Da liberdade 56
§ 12. ÍJilroclurçao 56
I. Da lihertinldade 56
A. Da manumissão- 57
1. Princípios geraes . 57
§ 13. a. Sua natureza e definição 57
S 14. b. Causas por que se não pôde raanniDittii 60
2. Da manuroissão para a civitas romana 65
S 15. a. Requisitos em geral 65
§ 16. b. Em particular das manurotosões solemnes .... 71
§ 17. 3. Das nanumissóes para a latinitas 75
S 18. 4. Da manumissão dos cediticio 76
<5 19. B. Outras causas d bberdade além da manumissão. . 77 •
JI. p- condição dos libertinos 77
A. Considerada em si mesmo . 78
§ 20. 1. Da condição dos liberiini eives romani 78
§ 21. 2. Da condirão dos Latini Juniani 81
§ 22. 3. Da condição dos dediticii 88
*
366 ÍNDICE DAS MATÉRIAS.
S 23. 4. Dos Statu liberi 89
§ 24. B. Direitos do pairuno. 91
§25. IÍL Reformas dcJustiniano com relação aos libertos. . 96
§ 26. Appendico ao cap, L Dos colonos romanos .... 97
Capitulo segundo. Dos homines sui et alieni júris . . 97
§ 27. Introducção 101
Titulo I. Da patria poleslas 102
§ 28. I. Caracter do pátrio poder em geral 102
II. Origem da patria potestas 104
§ 29. A. Sobre os lilhos 104
§ 30. B. Sobre estranhos 108
III. Influencia da patria potestas. 108
§ 31. A. Direito do pai sobre u pessoa dos filhos 115
§ 32. B. Inllucncia da patria potestas sobre os bens .... 117
§ 33. IV. Como se extingue a patria potestas. 124
Titulo II. )a Manus 127
§ 34. I. Sua definição e natureza 127
§ 35. II. Da sua formação 128
§ 36. III. Por que modos se dissolvia 131
§ 37. IV. Coemtio flduciae causa 131
§ 38. Titulo III. Mancipiura 133
Capitulo Terceirt Do matrimônio. 135
% 39. I. Em geral das uniões permittidas 135
§40. II. Como e quem podia contrahir matrimônio. . . . 140
§ 41. III. Do dote 145
§ 42. IV. Da demais influencia do matrimônio sobre os bens, 152
§ 43. V. Do divorcio 153
§ 44. VI. Luto e segundas nupeias 158
Capitulo Quarto. Da tutela 160
§ 45. I. Tutela impuberum 160
§ 46. II. Tutela muíiebris 168
§ 47. III. Curatioi 171
Livro Segundo, u Jura in ré. u
Capitulo Primeiro. DO doihinio 174
§48. I. õa posse, e da bonae fidâipfíSsessio 174
§ 49. 11. Das differentes especies de aominio 176
III. Modos de adquirir o domínio 176
§ 50. A. Em geral 183
B. Em particular 183
1. Das acquisitioncs civites 183
§ 51. a. Acquisitiones civiles com exclusão do Usucapião. . 184
§ 52. b. Da Usucapio em particular 192
" § 53. 2. Das acquisitiones naturaies 200
§54. IV. Direitos inherentes ao domínio 205
Capitulo Segundo. Jura in re aliena 214
§ 55. I. Servidões 214
§ 56. II. Emphyteusis 221
§ 57. m. Hypotheca 228
i
ÍNDICE DAS MATÉRIAS. 367
FIM DO ÍNDICE.
Pag. 29, !in. 13, onde diz — estão as obrigações entre cousas —
lía-se — estão as obrigações entre as cousas.
Pag. 51, lin. 18, onde diz —• Estes eslavão compreliendidos, etc.—
lêa-se — Estes pecúlios estavão, etc.
Pag. 221, iiu. 9, onde diz — Em que manda na primeira que
podesse o usofrueto, etc. — lêa-se — Era que manda na primeira
que não podesse o usofrueto, etc.
ms. no 47
* fc
,03
18^
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