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DIREITO PENAL

Resumo Bizurado baseado em questões comentadas

LEIA ANTES DE COMEÇAR, OK ?


O resumo a seguir foi elaborado através da resolução de questões de diversas bancas. A
metodologia de elaboração é baseada no estudo reverso, isto é, resolver questões primeiramente
e concomitantemente elaborar resumo digital ao focar nos Bizus de outros Concurseiros. O
resumo é focado em texto com mnemônicos, cores e grifos. As cores contribuem para uma
leitura mais agradável, enquanto os grifos irão proporcionar uma leitura dinâmica quando você
for ler pela segunda ou terceira vez, dessa forma ganhando tempo. Nenhuma cor foi colocada
por acaso, elas possuem significados de incidência de questões em provas( vermelho: incidência
maior, significa que foi feito entre 6 a 20 questões sobre o assunto nessa cor, ou seja, a banca
cobra mais; Verde: incidência moderada, significa que foi feito entre 4 a 6 questões; azul:
incidência menor, significa que foi feito até 4 questões; outras cores: menor incidência, mas não
menos importante). Quanto aos grifos na cor azul ou verde, não há diferenças, apenas que são
palavras nucleares para a fixação do conteúdo, facilitando para fixação e leitura dinâmica.
Então, ler esse resumo significa responder centenas de questões automaticamente. Aconselho a
ler o PDF, pois ele dará celeridade aos seus estudos, mas nada impede a sua impressão,
entretanto, não aconselho devido a ter cores muito fortes que talvez impeçam uma leitura
efetiva. Seu objetivo é encurtar cada vez mais o tempo de leitura até se tornar uma memória
fotográfica em sua mente. Demorei meses na elaboração dos meus resumos durante a minha
preparação e ainda continuo aperfeiçoando-os, como também elaborando de outras matérias,
tais como: Português; Medicina Legal; Criminalística; Informática; Direito Constitucional;
Direito Administrativo; Direito Penal; Direito Processual Penal; Direitos Humanos; Redação;
Arquivologia. Além de oferecer um resumo denso e bizurado que atenda às suas expectativas,
também a elaboração dos resumos digitais fazem parte do meu processo de aprendizado e,
consequentemente, aprovação, portanto, são feitos com seriedade e com carinho. Acredite, é
possível! Vamos estudar juntos ?

@periciainbox
periciainbox@gmail.com
DICAS/considerações
1. Leia pela primeira vez cuidadosamente cada parte do resumo;
2. Leia todo final de semana;
3. Sempre Cronometre o seu tempo de leitura;
4. Na segunda leitura, tente fazê-la mais rápida que a primeira;
5. Após terceira leitura, tente ler apenas as palavras-chaves(grifadas) e passe a sua visão nas palavras satélites (perto delas). Acredite, seu cérebro vai
fixar.Veja esse Exemplo:

Frase não editável: O resultado de ler de forma espaçada utilizando palavras-chaves é magnifico e proporciona rapidez e, consequentemente,
ganho de tempo, pois nosso cérebro sabe qual a palavra conhecida mais próxima, já que enxergamos como um bloco de imagem e faz as
ligações necessárias.

Frase editável: O resultado de ler de forma espaçada utilizando palavras-chaves é magnifico e proporciona rapidez e, consequentemente,
ganho de tempo, pois nosso cérebro sabe qual a palavra conhecida mais próxima, já que enxergamos como um bloco de imagem e faz as
ligações necessárias

Agora leia a mesma frase, pegue o ponteiro do seu mouse e coloque por cima de cada palavra marcada(Siga com o ponteiro de acordo com as
setas:).

O resultado de ler de forma espaçada utilizando palavras-chaves é magnifico e proporciona rapidez e, consequentemente, ganho de tempo,
pois nosso cérebro sabe qual a palavra conhecida mais próxima, já que enxergamos como um bloco de imagem e faz as ligações necessárias

você vai ler mais ou menos assim:


ler espaçada palavras-chaves rápido ganho tempo sabe a próxima enxergamos como imagem ligações necessárias
6. Tem dificuldade em se concentrar? Sua mente divaga durante a leitura? Direcione sua mente com música, isso mesmo! Eu gosto muito de colocar
música instrumental (jazz clássico, música clássica como Mozart, entre outros). É importante que seja instrumental e volume baixo. Acredite, isso
vai ocasionar uma ancoragem (pesquise sobre) nos estudos também, e toda vez que for estudar, coloque a sua música especifica e o seu cérebro vai
entrar no modo aprendizado.
7. Sobre a técnica de estudo? A técnica não foi inventada por mim, entre em contato comigo pelo instagram e indico o responsável pelo método. Meu
foco é a venda dos meus resumos proveniente desse método que sigo.
8. Nada no resumo está alterado, inclusive você pode encontrar até palavrões ou associações esquisitas rsrsr, isto porque é uma forma que encontrei
de não esquecer determinado assunto, é um tipo de ancoragem também.
9. O resumo contêm, quando necessário, imagens avulsas, quadros e tabelas que encontro e possuem muito valor informacional para mim.
10. Encontrou erros? Por gentileza, me informe para que seja atualizado.
Sumário
DIREITO PENAL ........................................................................................................................................................................................................................... 1
Noções Fundamentais .................................................................................................................................................................................................................... 1

Conceito e caracteres ....................................................................................................................................................... 1


Fontes: .......................................................................................................................................................................... 1
Princípios limitadores do poder punitivo do estado .......................................................................................................... 1
Teoria Geral do Delito ............................................................................................................................................................................................................ 2

TEORIAS DA PENA: ............................................................................................................................................................ 2


SISTEMAS PENAIS: ............................................................................................................................................................ 2
conceito de crime: ............................................................................................................................................................ 3
Fato Tipico ................................................................................................................................................................................................................................ 3

excludentes....................................................................................................................................................................... 3
SUJEITOS PASSIVO E ATIVO............................................................................................................................................... 3
CONDUTA ......................................................................................................................................................................... 3
Doloso........................................................................................................................................................................... 3
Culposo......................................................................................................................................................................... 4
omissivos x comissivo ................................................................................................................................................... 4
RESULTADO ...................................................................................................................................................................... 5
NEXO DE CAUSALIDADE ................................................................................................................................................... 5
Excludentes................................................................................................................................................................... 5
TIPICIDADE ....................................................................................................................................................................... 6
Excludentes................................................................................................................................................................... 6
Consumação e tentativa ................................................................................................................................................... 6
Desistência voluntária/ arrependimento eficaz e posterior ............................................................................................. 7
Crime Impossível .............................................................................................................................................................. 8
Crime preterdeloso ........................................................................................................................................................... 8
Imputação objetiva ........................................................................................................................................................... 8
Erro do tipo essencial e acidental ..................................................................................................................................... 8
Antijuridicidade ....................................................................................................................................................................................................................... 9
Culpabilidade ......................................................................................................................................................................................................................... 10

Discriminantes putativas ................................................................................................................................................ 10


PUNIBILIDADE .................................................................................................................................................................................................................... 10
A norma penal ........................................................................................................................................................................................................................ 11

Interpretações: ........................................................................................................................................................... 11
Conflito aparente de normas .......................................................................................................................................... 11
Lei penal no tempo ......................................................................................................................................................... 11
Lei penal no espaço ........................................................................................................................................................ 12
Crimes contra a dignidade sexual............................................................................................................................................................................................ 13
Estupro ..................................................................................................................................................................................................................................... 13
Violação sexual mediante fraude ............................................................................................................................................................................................ 13
Assédio sexual ......................................................................................................................................................................................................................... 13
Estupro de vulnerável .............................................................................................................................................................................................................. 13
Corrupção de menores ............................................................................................................................................................................................................. 14
Satisfação de lascívia mediante a presença de criança ou adolescente .................................................................................................................................. 14
Favorecimento de prostituição ou outra forma de exploração sexual de vulnerável ............................................................................................................ 14
Disposições Gerais dos crimes contra a liberdade sexual e dos crimes sexuais contra vulneráveis .................................................................................... 14
Rufianismo ............................................................................................................................................................................................................................... 14
Importunação Sexual ............................................................................................................................................................................................................... 14
Divulgação de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia............................................................................................................... 15
Ultraje público ao pudor .......................................................................................................................................................................................................... 15
Concurso de pessoas .................................................................................................................................................................................................................. 15
Conceito, natureza e características ........................................................................................................................................................................................ 15
Espécie concurso pessoas: ....................................................................................................................................................................................................... 15
Requisitos: ............................................................................................................................................................................................................................... 15
COAUTORIA X AUTORIA: ............................................................................................................................................................................................... 16

coautoria ........................................................................................................................................................................ 16
Na autoria colateral: ....................................................................................................................................................... 17
PARTICIPAÇÃO .................................................................................................................................................................................................................. 17
PUNIBILIDADE no concurso de pessoas: ......................................................................................................................................................................... 17
Comunicabilidade das circunstâncias ..................................................................................................................................................................................... 17
Cooperação dolosamente distinta ............................................................................................................................................................................................ 17
MULTIDÃO DELINQUENTE: ............................................................................................................................................................................................. 17
Crimes contra a pessoa ............................................................................................................................................................................................................. 18
Homicídio: .............................................................................................................................................................................................................................. 18

Modalidades: ................................................................................................................................................................. 18
Homicídio simples:...................................................................................................................................................... 18
Homicídio privilegiado(privilégio):: ............................................................................................................................. 18
Homicídio qualificado: ................................................................................................................................................ 18
Homicídio culposo: ..................................................................................................................................................... 19
Homicídio majorado: .................................................................................................................................................. 19
QUALIFICADORA X MAJORANTE ..................................................................................................................................... 19
Perdão Judicial ................................................................................................................................................................ 19
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação .................................................................................................................................. 19
Infanticídio ............................................................................................................................................................................................................................. 19

Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento ........................................................................................ 20


Majorantes: .................................................................................................................................................................... 20
Aborto permitido: ........................................................................................................................................................... 20
lesões corporais ...................................................................................................................................................................................................................... 20
periclitação da vida e saúde .................................................................................................................................................................................................. 21

Perigo de Contágio venéreo ........................................................................................................................................... 21


Perigo de contágio de moléstia grave ............................................................................................................................. 21
Perigo para a vida ou saúde de outrem .......................................................................................................................... 21
Abandono de incapaz ..................................................................................................................................................... 21
Exposição ou abandono de recém-nascido..................................................................................................................... 21
Omissão de socorro ........................................................................................................................................................ 21
Maus-tratos .................................................................................................................................................................... 22
Da rixa ..................................................................................................................................................................................................................................... 22
Crimes contra a HONRA.......................................................................................................................................................................................................... 22
Crimes contra a liberdade individual ..................................................................................................................................................................................... 23
Constrangimento ilegal ............................................................................................................................................................................................................ 23
Ameaça..................................................................................................................................................................................................................................... 23
Perseguição (stalking) ............................................................................................................................................................................................................. 23
Violência psicológica contra a mulher .................................................................................................................................................................................... 23
Sequestro e cárcere privado ..................................................................................................................................................................................................... 23
Redução à condição análoga à de escravo .............................................................................................................................................................................. 23
Tráfico de pessoas ................................................................................................................................................................................................................... 24
Contra a inviolabilidade das correspondências e segredos .................................................................................................................................................... 24
Divulgação de segredo ............................................................................................................................................................................................................ 24
Crimes contra o patrimônio ..................................................................................................................................................................................................... 24
Furto ......................................................................................................................................................................................................................................... 24
Roubo ....................................................................................................................................................................................................................................... 25
Extorsão ................................................................................................................................................................................................................................... 25
Dano ......................................................................................................................................................................................................................................... 26
Apropriação indébita ............................................................................................................................................................................................................... 26
Estelionato................................................................................................................................................................................................................................ 26
Receptação ............................................................................................................................................................................................................................... 27
Escusas absolutórias ................................................................................................................................................................................................................ 27
Crimes patrimoniais hediondos ............................................................................................................................................................................................... 27
Crimes contra a administração pública .................................................................................................................................................................................. 27
CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO ......................................................................................................................................... 28

PECULATO ....................................................................................................................................................................... 28
Inserção X modificação ................................................................................................................................................... 28
Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento ........................................................................................... 29
Emprego irregular de verbas ou rendas públicas ............................................................................................................ 29
Concussão ....................................................................................................................................................................... 29
Corrupção ....................................................................................................................................................................... 29
FACILITAÇÃO DE CONTRABANDO OU DESCAMINHO: ..................................................................................................... 29
prevaricação ................................................................................................................................................................... 29
Condescendência criminosa ........................................................................................................................................... 29
Advocacia administrativa ................................................................................................................................................ 30
Violência arbitrária ......................................................................................................................................................... 30
Abandono de função ....................................................................................................................................................... 30
Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado ........................................................................................... 30
Violação de sigilo funcional ............................................................................................................................................ 30
Violação do sigilo de proposta de concorrência ............................................................................................................. 30
Excesso de exação: ......................................................................................................................................................... 30
CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL: ........................................................................... 30

Usurpação de função pública ......................................................................................................................................... 30


Resistência ...................................................................................................................................................................... 30
DESOBEDIÊNCIA .............................................................................................................................................................. 30
Desacato ......................................................................................................................................................................... 30
Tráfico de Influência ....................................................................................................................................................... 31
Corrupção ATIVA ............................................................................................................................................................ 31
Descaminho .................................................................................................................................................................... 31
Contrabando ................................................................................................................................................................... 31
Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência ................................................................................................. 31
Inutilização de edital ou de sinal ..................................................................................................................................... 31
Subtração ou inutilização de livro ou documento .......................................................................................................... 31
Sonegação de contribuição previdenciária ..................................................................................................................... 31
Crimes contra a adm da justiça ........................................................................................................................................................................................... 31

Reingresso de estrangeiro expulso .................................................................................................................................. 31


Denunciação caluniosa ................................................................................................................................................... 32
Auto-acusação falsa ........................................................................................................................................................ 32
Comunicação falsa de crime ou de contravenção............................................................................................................ 32
Falso testemunho ou falsa perícia ................................................................................................................................... 32
Corrupção ativa de testemunha, contador, perito, intérprete ou tradutor ......................................................................... 32
Coação no curso do processo .......................................................................................................................................... 32
Exercício arbitrário das próprias razões .......................................................................................................................... 32
Fraude Processual ........................................................................................................................................................... 32
Favorecimento real e pessoal .......................................................................................................................................... 32
Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança ............................................................................................ 33
Evasão mediante violência contra a pessoa ..................................................................................................................... 33
Arrebatamento de preso .................................................................................................................................................. 33
Motim de presos ............................................................................................................................................................. 33
Patrocínio infiel: ............................................................................................................................................................. 33
Sonegação de papel ou objeto de valor probatório .......................................................................................................... 33
Exploração de prestígio .................................................................................................................................................. 33
Exercício arbitrário ou abuso de poder ........................................................................................................................... 33
Violência ou fraude em arrematação judicial .................................................................................................................. 33
Desobediência à decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito ........................................................................... 33
CRIMES contra adm estrangeira ....................................................................................................................................................................................... 34
Corrupção ativa em transação comercial internacional ................................................................................................... 34
Tráfico de influência em transação comercial internacional ........................................................................................... 34
Crimes contra finanças públicas .......................................................................................................................................................................................... 34

contratação de operação de crédito ................................................................................................................................. 34


Inscrição de despesas não empenhadas em restos a pagar .............................................................................................. 34
Assunção de obrigação no último ano do mandato ou legislatura ................................................................................... 34
Aumento de despesa total com pessoal no último ano do mandato ou legislatura .......................................................... 34
Ordenação de despesa não autorizada ............................................................................................................................. 34
Prestação de garantia graciosa ........................................................................................................................................ 35
Não cancelamento de restos a pagar ............................................................................................................................... 35
Oferta pública ou colocação de títulos no mercado ......................................................................................................... 35
Crimes em licitações e contratos administrativos ............................................................................................................................................................. 35

Contratação direta ilegal ................................................................................................................................................. 35


Frustração do caráter competitivo de licitação ................................................................................................................ 35
Patrocínio de contratação indevida ................................................................................................................................. 35
Modificação ou pagamento irregular em contrato administrativo ................................................................................... 36
Perturbação de processo licitatório ................................................................................................................................. 36
Violação de sigilo em licitação ....................................................................................................................................... 36
Afastamento de licitante ................................................................................................................................................. 36
Fraude em licitação ou contrato ...................................................................................................................................... 36
Contratação inidônea ...................................................................................................................................................... 36
Impedimento indevido .................................................................................................................................................... 36
Omissão grave de dado ou de informação por projetista ................................................................................................. 37
Pena de multa ................................................................................................................................................................. 37
Princípios limitadores do poder punitivo do estado
⇒ INTERVENÇÃO MÍNIMA - SOMENTE aplica-se a Lei em
ÚLTIMA INSTÂNCIA.2
DIREITO PENAL sustenta que o Direito Penal só deve proteger os bens jurídicos mais
relevantes à sociedade (fragmentariedade do Direito Penal), e apenas
Noções Fundamentais quando isso for impossível de ser realizado pelos outros ramos do Direito
Conceito e caracteres (subsidiariedade do Direito Penal).
Ordenamento jurídico:
Princípio da Fragmentariedade: O DIREITO PENAL SOMENTE
Objetivo - É o direito escrito, posto a toda a população.Conjunto de leis TUTELA UMA PEQUENA PARTE DOS BENS JURÍDICOS
Subjetivo - É o direito que o Estado tem de punir aqueles que afrontam PROTEGIDOS >> só deve proteger os bens jurídicos mais relevantes à
as normas penais previstas2 sociedade ISSO QUER DIZER KARAI>> o Direito Penal só poderá
Direito Penal Subjetivo Positivo: Capacidade de criar e executar normas; tutelar aqueles bens jurídicos especialmente relevantes, cabendo aos
Direito Penal Subjetivo Negativo: Faculdade de derrogar preceitos penais demais ramos do Direito a tutela daqueles bens que não sejam dotados
ou restringir o alcance das figuras delitivas (STF na declaração de de tamanha importância social. pelo caráter SUBSIDIÁRIO do Direito
inconstitucionalidade) Penal, ele só deve tutelar esses bens jurídicos extremamente relevantes
Comum - Destina-se a coletividade. quando não for possível aos demais ramos do Direito exercer esta tarefa, já
Especial - Destina-se a uma categoria de pessoas (ex.: Direito Penal Militar) que o Direito Penal é um instrumento extremamente invasivo. Assim, se os
Substantivo - Correlacionado ao Direito Penal propriamente dito. outros meios de sanção e de controle social são suficientes, a intervenção
Adjetivo - Correlacionado ao Direito Processual Penal. Dá um sentido de penal não pode ser admitida. 3
complementariedade.
Do Autor - Interpretação ultrapassada, é entendida como a necessária Princípio da Subsidiariedade: incide quando a norma que prevê UMA
aplicação a uma determinada pessoa pelo o que ela é, pela sua aparência, OFENSA MAIOR A DETERMINADO BEM JURÍDICO EXCLUI A
características de forma genérica. APLICAÇÃO DE OUTRA NORMA que prevê uma ofensa menor ao
Do Fato - Interpretação vigente, e se baseia na ideia de que as pessoas são mesmo bem jurídico. Tem caráter subsidiário, ou seja, o direito penal só irá
punidas não pelo o que são como na interpretação anterior, mas pelo o que intervir quando os demais ramos forem insuficientes. CRIME MAIS
fazem, atitudes que elas tomam. GRAVE PREVALECE
-conjunto de leis> Criar crimes e Cuminar penas
-Proteção de bens jurídicos ⇒ ADEQUAÇÃO SOCIAL - Conduta tolerada pela SOCIEDADE.
-é uma garantia de conceder direitos e restringi-los contra arbitrariedade OBS.: entendimento pacificado no STJ e no STF, a venda de CDs e DVDs
piratas é conduta típica>>aqui NÃO SE aplica esse princípio
Finalidade: ⇒ ALTERNATIVIDADE - vários verbos - ação MÚLTIPLA do agente,
Preventiva(RELATIVA): prevenindo e impondo medo prever mais de uma conduta em seus vários núcleos.
Individual: atinge o agente ⇒ ANTERIORIDADE - a Lei deve ser ANTERIOR ao fato.2
Geral: atinge a coletividade ⇒ CONTINUIDADE NORMATIVO-TÍPICA - o
RETRIBUTIVA(ABSOLUTA): olho por olho, dente por dente crime CONTINUA mas com OUTRA LEI.
ocorre quando uma norma penal é revogada, porém, a mesma conduta
direito penal vincula-se ao estudo dos valores fundamentais sobre os continua sendo incriminada pelo tipo penal revogador. Este não se confunde
quais se assentam as bases da convivência e da paz social, dos fatos que com o instituto jurídico da “abolitio criminis”.
os violam e do conjunto de normas jurídicas instauradas para proteger Por conseguinte, no caso de continuidade típico-normativa ocorre a
esses valores, mediante a imposição de penas e de medidas de segurança. revogação apenas formal, não material.3
O direito penal, mediante a interpretação das leis penais, proporciona aos ⇒ CULPABILIDADE - aplica-se a pena pelo FATO e não pelo autor.
juízes um sistema orientador de decisões que LIMITA O PODER PUNITIVO ⇒ ESPECIALIDADE - a Lei ESPECIAL PREVALECE sobre a geral
DO ESTADO E PROTEGE AS LIBERDADES INDIVIDUAIS, para
impulsionar o progresso do estado constitucional de direito.2 ⇒ Princípio da Consunção ou absorção = quando um crime de menor
importância é absorvido pelo crime de maior importância.5
Fontes: Norma mais abrangente absorve a menos abrangente
Fontes do Direito Penal: >> onde provém a norma. >>
podem ser materiais ou formais:
⇒ INSIGNIFICÂNCIA/BAGATELA 6
☆ Fontes Materiais: São órgãos encarregados de produzir o direito penal - condutas INCAPAZES de lesar o bem jurídico descaracteriza a
- de produção. é o Estado, já que compete PRIVAT. à União legislar tipicidade penal em seu caráter material
sobre a matéria.
Apenas para condutas:MATERIALMENTE ATIPICA E
☆ Fontes Formais: (D. MarjorItária) são fontes FORMALMENTE TIPICA( não pode se configurar formal atípica, pois se
de cognição e conhecimento. Meios pelos quais o direito penal se fosse assim, não precisaria desse principio, já que ser formal atípico não
exterioriza(se apresenta ao mundo). Dividem-se : considera crime, entendeu?) ler novamente sobre lei formal e lei material
- IMEDIATA: apresenta de forma DIRETA>em sentido estrito > Lei, para entender, ok ?
Tratados, regras e convenções de dir. intern. (Referendadas pelo CN), Súm. excluir ou de afastar a própria tipicidade penal
Vinc. Não está relacionado aos crimes contra a vida
- MEDIATA:secundárias>ajudam a forma o direito penal de forma Para apto,necessário: MARI
periférica>> costumes,princípios gerais do direito, Jurisprudência, atos M ÍNIMA OFENSIVIDADE DA CONDUTA
admns... A USÊNCIA DE PERICULOSIDADE SOCIAL DA AÇÃO
R EDUZIDÍSSIMO GRAU DE REPROVABILIDADE
a tipificação de conduta como crime deve ser feita por meio de lei em I NEXPRESSIVIDADE DO BEM ATINGIDO
sentido material e lei em sentido formal. EX: ROUBAR UMA FOLHA DE PAPEL!

Lei em sentido formal é a descrição, anotação ou tipificação do crime no STF decisão recente: reincidência genérica não afasta a possibilidade de
ordenamento jurídico. ÚNICA QUE CRIA LEIS reconhecimento do princípio da insignificância.
Lei em sentido material é o conteúdo, a ocorrência real da lesão jurídica
descrita na lei em sentido formal. 4
1
⇒ LESIVIDADE 1- somente patrimônio de TERCEIROS e não o >>TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA assevera que nem tudo será
próprio. e exige que a criminalização recaia apenas em condutas que imputado ao agente, mas apenas as condutas em que se cria o risco
causem lesão ou perigo de lesão (potencial lesão) ao bem jurídico relevante. proibido. aplicável >> delitos culposos e dolosos.
⇒ OFENSIVIDADE - LESIONAR ou COLOCAR em perigo um bem Requisitos:
jurídico penalmente tutelado. 1) Criação ou incremento de um risco juridicamente proibido e relevante;
2) Produção do risco no resultado;
3) Que o resultado provocado esteja na esfera de proteção do tipo penal
⇒ LEGALIDADE6
- violado.
- ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão
em virtude de lei
>>se aplicando aos crimes e contravenções penais, COMO TAMBÉM SISTEMAS PENAIS:
AS MEDIDAS DE SEGURANÇA(pois é considerado como medida Árvore do crime:
punitiva) Fato típico
- Leis incriminadoras somente em SENTIDO ESTRITO(SÓ Conduta ( Dolosa / Culposa / Omissiva / Comissiva )
LEI)(formal)>> (Diploma legislativo produzido pelo Poder Legislativo>> Nexo
é que pode definir condutas criminosas, bem como majorar penas).--> Resultado
veda o uso da analogia in malam partem, e a criação de crimes e penas pelos Tipicidade
costumes.
I. Teoria causalista (naturalística):
- relacionado à obediência às formas e aos procedimentos exigidos na não analisa a conduta omissiva, nem dolo ou culpa. APENAS condutas
criação da lei penal (somente lei formal pode criar figuras criminosas, COMISSIVA
cominar penas e, de qualquer modo, agravar a situação de uma
criminalização já existente) e também à elaboração de seu conteúdo Teoria Causalista >> Dolo e culpa na Culpabilidade (C = C)
normativo (a norma penal deve ser clara, taxativa, delimitando exatamente DOLO + CULPA ------> integram culpabilidade
a conduta criminalizada, dentre outros atributos).
O dolo normativo é adotado pela teoria psicológica normativa da
⇒ RESERVA LEGAL4 – culpabilidade (de base neokantista); integra a culpabilidade e tem como
-derivação do princípio da legalidade requisitos: a consciência, a vontade e a consciência atual da ilicitude (que é
-somente lei em sentido estrito(explicação na parte de legalidade acima) o elemento normativo do dolo).
pode criminalizar condutas e cominar penas, sendo vedada a criação de O dolo natural, adotado pela teoria normativa pura (de base finalista),
tipos penais (ou agravamento de pena) por meio de, por exemplo, decreto integra o fato típico e tem como requisitos: a consciência e a vontade;
e medida provisória(q seriam lei em sentido material) aqui não existe elemento normativo (consciência da ilicitude), que será
analisado na culpabilidade.2
⇒ Princípio da Intranscendência da penaRESPONSABILIDADE
PESSOAL DO AGENTE - a pena NÃO PODE PASSAR DA II. Teoria finalista da ação (Hanz Welzel): segundo essa teoria, a conduta
PESSOA do condenado.3 é o comportamento humano voluntário dirigido a um fim.
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a Todavia, não explica o crime culposo. O grande mérito dessa teoria foi
obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, retirar o dolo e a culpa da culpabilidade e colocá-los dentro do fato típico,
nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até especificadamente na análise da conduta.
o limite do valor do patrimônio transferido; Teoria Finalista >> Dolo e culpa no Fato Típico (F = F)
⇒Princípio da Individualização da pena: cada um receberá aquilo que ( adotada pelo nosso Código Penal )
merece A conduta é comportamento humano dirigido a determinada finalidade.
⇒Princípio da Irretroatividade - A lei penal não retroagirá, salvo para Portanto, o dolo (elemento subjetivo) e a culpa (elemento
beneficiar o réu. normativo) integram o fato tipico,/// não a culpabilidade, que abrange
apenas o dolo normativo (potencial consciência da ilicitude).
 Princípio DA PRESUNÇÃO DA INOCÊNCIA: LVII - ninguém será
considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal III. Teoria da adequação social: segundo essa teoria, a conduta é o
condenatória; comportamento humano dominado, ou dominável, que tem relevância
>Imprescritíveis: R.AÇÃO social. Porém, ela concede um poder muito grande ao julgador, ao lhe
*Racismo permitir dizer o que é conduta socialmente relevante.
*AÇÃO de grupos armados
>Insuscetíveis de graça, anistia, IV. Teoria funcionalista (Claus Roxin): segundo essa teoria, o Direito
indulto *Tráfico *Tortura *Terrorismo *Hediondos T.T.T.H Penal deve ser analisado conforme a sua função, notadamente de acordo
>Inafiançáveis: "todos" com as diretrizes da política criminal e dentro desse aspecto é analisada a
A ação de grupos armados civis contra o Estado Democrático não se conduta.
confunde com terrorismo.
V.teoria funcionalista radical, de Gunther Jackobs, assevera que a
missão do direito penal é a proteção da norma e a punição do indivíduo
Teoria Geral do Delito desviante.
só lei em sentido estrito pode criar crimes. Não interessa se existe legislação diferenciada para aqueles considerados “inimigos” é uma das
urgência: esse princípio não comporta exceção! características do Direito Penal do Inimigo de Gunther Jakobs (ex: lei de
crimes hediondos, lei de terrorismo, etc). O Direito Penal do inimigo
TEORIAS DA PENA: também prevê a punição a partir de atos preparatórios. É possível a
O CP não se pronunciou sobre qual teoria adotou, mas modernamente utilização de medidas de segurança. As garantias processuais penais
entende-se que a pena tem tríplice finalidade (polifuncional): tradicionais são flexibilizadas ou suprimidas e não há abrandamento das
A) retributiva; penas.
B) preventiva; O criminoso, para Jakobs, é considerado inimigo da sociedade, assim, deve
C) reeducativa. ser eliminado dela.2
VI. Funcionalismo Teleológico, dualista, moderado ou da Política
>>ABSOLUTISTAS: a pena visa apena retribuir o mal causado. criminal (ROXIN): a função do direito penal é a proteção dos bens
>>UTILITARISTAS: a pena atua como um instrumento de prevenção. jurídicos. Conduta seria comportamento humano causador de perigo ou
>>ECLÉTICOS: responsáveis pela reunião das duas acima lesão ao bem jurídico

2
conceito de crime:
1. Conceito Material : advém da concepção que a sociedade tem acerca FORMAL(titular do mandamento proibitivo) até nos de ação penal
daquilo que deve ou não ser considerado como criminoso privada, e a vítima é sujeito passivo MATERIAL, ou seja , o estado
2. Formal : aquilo que a lei considera como criminoso, pode ser ao mesmo tempo SUJEITO PASSIVO MATERIAL e
3. Analítico: critério científico, empregado pelos operadores do FORMAL.
direito>>estudar a estrutura dogmática do crime>>estabelecer os
elementos estruturais que integram o crime: O CP não pune autolesão , isso em regra,
Excepcionalmente a autolesão pode servir de meio de execução de
Infração penal  gênero  subespécies: outros crimes( como estelionatos e, etc.).É punida a autolesão se estiver
1-CONTRAVENÇÃO PENAL: prisão simples ou multa / caráter vinculada à violação de outro bem ou interesse juridicamente
preventivo protegido, como o agente , pretendendo obter indenização ou valor de
2-CRIME / DELITO(sinônimos):reclusão ou detenção/mmulta cumulativa seguro, fere o próprio corpo, mutilando-se( art. 171, § 2 o., V do CP)
ou alternativa/caráter repressivo. tendo em vista a proteção ao patrimônio da empresa seguradora.
Art. 171 § 2º CP - Nas mesmas penas incorre quem:
>>teoria bipartida: (TI) Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro
Teoria BiparTIda: crime é>> Fato Tipico e Ilícito. culpabilidade V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio
pressuposto de aplicação da pena. corpo ou a saúde, ou agrava as conseqüências da lesão ou doença, com o
. intuito de haver indenização ou valor de seguro;
>>Teoria Tripartida:(TIC) crime é>> Fato típico, ilícito e culpável Sujeito Ativo => Será o segurado
(adotada no ordenamento jurídico). crime toda ação ou omissão típica, Sujeito Passivo => Será a Seguradora2
antijurídica e culpável. Ativo pratica
Passivorecebe/lesionado
>>Teoria Quadripartida (TICP): Fato tipico, ilícito, culpável e punível.6+ Responsabilização da PJ
- Crimes ambientais;
CRIME elementos da tripartide>>F A C A - Crimes contra a ordem econômica;
-FATO TIPICO - Crimes contra a economia popular.
-ANTIJURÍDICO-ilicito
-CULPÁVEL Pessoa Jurídica NÃO pode responder como sujeito ativo de crime de
homicídio, quem responde são os responsáveis.
>FATO TÍPICO ELEMENTOS:6 Obs: não tem como uma empresa (pessoa jurídica) matar alguém. Caso da
CRENTI /Cristiano Ronaldo Não Transa barragem de brumadinho. Vale respondeu por crimes ambientais no polo
Conduta ativo, já os engenheiros responderam por crime de homicídio no polo ativo
Resultado
Nexo causal vínculo entre a conduta do autor do crime e o seu PESSOA FÍSICA COMETE CRIME DE HOMICÍDIO.
resultado2 PESSOA JURÍDICASUJEITO ATIVO- em CRIMES
Tipicidade AMBIENTAIS.
PJ  SUJEITO PASSIVO  Em calúnia e difamação
 tipicidade formal: abstrata. aqui trata-se da adequação da
conduta do agente a uma previsão típica legal, ou seja, norma penal que
Para a teoria da ficção jurídica, idealizada por Savigny, a pessoa
prevê o fato e lhe descreve como crime.
jurídica não tem existência real, não tem vontade própria.
 tipicidade material: concreta. aqui trata-se da ocorrência de uma
ofensa (lesão ou exposição a risco) significativa ao bem jurídico. ou seja, a NÃO MAIS ACEITO: ao princípio da dupla imputação, consistente na
conduta deve afetar um bem jurídico significante, e esse bem deve ser exigência de se oferecer denúncia tanto em relação aos gestores da
tutelado pelo estado. caso contrário aplica-se o princípio da pessoa jurídica, em nome pessoal, quanto em relação à pessoa jurídica;
insignificância. AGORA: Independe da responsabilização das pessoas físicas
envolvidas>>sistema de dupla imputação é dispensável5
>ANTIJURÍDICO(ilicitude)
Algo contrário a lei. Ilícito. Os excludentes estão mais adiante.
CONDUTA
>>CULPABILIDADE P.U.C.C.A.C.H.O NÃO ADMITE TENTATIVA não é possível
-IMPUTABILIDADE fracionar o caminho do crime(iter criminis)
-POTENCIAL CONSCIÊNCIA DA ILICITUDDE Preterdoloso
-EXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA Unissubsistente
Contravenção penal
Fato Tipico Culposo
excludentes Atentado2
Condicionado
LISTA DE EXCLUDENTES: Habituais
(CCEEMP) Omissivos Próprios3
 Tiiiiipiiiicidade (excludentes):
- Caso fortuito; Doloso
- Coação fíiiiiiisiiiiiica irresistível; (exclui o fato típico-afastando a Crime doloso – Vontade(volitivo) e consciência (intelectivo).
conduta(ação)> excluindo o crime3 I - quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;
- Estado de inconsciência;
- Erro de tipo inevitável (escusável); Dolo Natural:
- Movimentos reflexos; - Dolo da teoria Finalista ( O dolo e a culpa integram o fato típico)
- Princípio da Insignificância. elementos: Consciência + Vontade
-----------------------------------
SUJEITOS PASSIVO E ATIVO Dolo Normativo:
No ordenamento juridico brasileiro: dolo da teoria Causalista ( o dolo e a culpa integram a culpabilidade )
 a pessoa NUNCA poderá ser sujeito ativo e passivo simultaneamente. Elementos:Consciência + vontade + potencial consciência da Ilicitude
a pessoa morta não pode ser sujeito passivo. ConsciênciaSabe oq faz2
 em qualquer crime >o estado é SEMPRE sujeito passivo
3
Dolo eventual bem jurídico tutelado. Assim, em regra, todo crime culposo é um crime
✦ é compatível com a tentativa ✅ material.
✦é compatível com feminicídio ✅ ► Nexo causal.
✦é compatível com o domínio de violenta emoção ✅ ► Previsibilidade. É a possibilidade de conhecer o perigo. Na culpa
consciente, mais do que a previsibilidade, o agente tem a previsão (efetivo
Dolo eventual X CULPA CONSCIENTE : conhecimento do perigo).
NO DOLO EVENTUAL - O RESULTADO É PREVISÍVEL , MAS O ► Tipicidade. CP, Art. 18 - Diz-se o crime: Parágrafo único - Salvo os
AGENTE NÃO SE IMPORTA COM O RESULTADO casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como
É O FAMOSO : FOD@-S4! crime, senão quando o pratica dolosamente. A norma penal deve prever
NA CULPA CONSCIENTE O AGENTE PREVÊ O RESULTADO , expressamente a modalidade culposa do delito.3
MAS CONFIA NAS SUAS HABILIDADES.
EX: Atirador de facas que fatalmente acerta a cabeça de sua esposa. TIPOS :
-CULPA CONSCIENTE O AGENTE PREVÊ O RESULTADO , MAS
Consciência Vontade ex CONFIA NAS SUAS HABILIDADES.
EX: Atirador de facas que fatalmente acerta a cabeça de sua esposa.
Dolo Prevê o Quer o
direto resultado resultado -Culpa Inconsciente: NÃO PREVÊ O RESULTADO
Dolo Prevê o Não quer, mas A culpa inconsciente distingue-se da culpa consciente no que diz respeito à
eventual resultado assume o risc previsão do resultado: na culpa consciente, o agente, embora prevendo o
Culpa Prevê o Não quer, não Atirador de resultado, acredita sinceramente que pode evitá-lo; na culpa inconsciente, o
consciente resultado assume risco e facas que resultado, embora previsível, não foi previsto pelo agente.
pensa pode fatalmente
evitar acerta a -Culpa Própria: Não tem consciência / Não assume o risco de produzir o
cabeça de resultado.
sua esposa -Culpa Imprópria: por erro evitável, imagina certa situação, que se
Culpa Não prevê o resultado . Não quer e não Susto no presente, excluiria a ilicitude do seu comportamento. "Falsa Percepção da
inconscient (que era previsível) aceita o amigo que se realidade" .é a culpa derivada do erro de tipo permissivo evitável
e resultado assusta corre (inescusável) nas descriminantes putativas. É denominada como culpa
eé imprópria pois o agente realiza o tipo penal dolosamente e responde
atropelado culposamente em consequência de seu erro na descriminante.

o crime é culposo não importando o tipo de culpa( consciente,


tipos de dolo inconsciente).
Direto prevê o resultado e ,por isso, pratica todos os atos necessários para o crime é doloso não importando o tipo de dolo (direto, indireto, eventual).
alcançar tal conduta.
Direto primeiro grau: é o comum. 1)negligência: desleixo, descuido, desatenção, menosprezo, indolência,
Direto segundo grau: dolo de consequências, ex: bomba no avião. omissão ou inobservância do dever, em realizar determinado procedimento,
Dolo indireto: não quer resultado, mas assume o risco e ''dane-se'' com as precauções necessárias; não fazer(omissão)
Dolo indireto alternativo: realiza uma ação e aceita qualquer resultado, ex 2) imprudência: falta de cautela, de cuidado, é mais que falta de atenção, é
lesionar ou matar, causar aborto..tanto faz..Ele não tem um resultado pré a imprevidência acerca do mal, que se deveria prever, porém, não previu. é
pensado em mente.
dolo indireto eventual: agente tem um resultado em mente, mas não se
um fazer (comissão)
3) imperícia: falta de técnica necessária para realização de certa atividade;
importa se ocorrer outra coisa, ex: quer lesionar, mas acaba matando.
Negligencia – Relaxado
COMPETENCIA DO TRIBUNAL DO JURI=>
Imprudência – Apressado
CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA
Imperícia – Despreparado tecnicamente 4
 teorias do DOLO:
- Teoria da Representação = exige apenas a previsão do resultado p/ omissivos x comissivo
configurar dolo Crime Comissivo
- Teoria da Vontade = previsão do resultado + vontade de produzir o >Crime Comum: qualquer pessoa o pratica
resultado >Crime próprio: Exige uma qualidade especial do agente (Ex: peculato -
- Teoria do Assentimento = previsão do resultado + vontade de agente que o praticou tem de ser servidor público)
produzir o resultado ou assumir o risco de produzi-lo
Crime Omissivo
Culposo >>Próprio/Puro: omissão de quem tinha o dever de agir (o agente não faz
o que a norma manda. omissão, por si mesma, já caracteriza o delito, ainda
Crime culposo
II - agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou que desta omissão não resulte resultado Naturalistico Exemplo: omissão
de socorro – CP, art. 135).
imperícia

se for culposo → VARA CRIMINAL COMUMjuiz singular Crimes omissivos PRÓPRIOS não admitem a tentativa2
não existe a compensação de culpas no direito penal brasileiro
aquele carinha que tá vendo a criança se afogando na piscina e nada faz. a
conduta negativa é descrita no preceito primário - "omissão de socorro".
ELEMENTOS :
► Conduta humana voluntária. A voluntariedade está relacionada
>>Impróprio/Impuro: é o que exige do sujeito uma concreta atuação para
à ação, e não ao resultado.3
impedir o resultado que ele devia (e podia) evitar. (o resultado é obtido por
► Violação de um dever de cuidado objetivo. O agente atua inação), respondendo o agente por um crime naturalmente ativo, em função
em desacordo com o que é esperado pela lei e pela sociedade. São formas de uma omissão, também chamado de crime comissivo por omissão. (Ex:
de violação do dever de cuidado, ou mais conhecidas como modalidades de Salva vidas que viu e propositalmente não agiu.)
culpa, a imprudência, a negligência e a imperícia. o salva vidas que tá trocando uma ideia com uma novinha e nao vê a criança
► Resultado naturalístico. Não haverá crime culposo se, mesmo havendo morrendo . existe o dever jurídico de agir - a criança veio a óbito por falta
falta de cuidado por parte do agente, não ocorrer o resultado lesivo a um
4
de amamentação. A mãe responde por homicídio, haja vista que existe o
dever legal de criar, proteger e cuidar (art. 1634 do CC) Crimes qualificados pelo resultado
Art. 19 do CP: “Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só
Já os crimes omissivos IMPRÓPRIOS admitem a tentativa responde o agente que o houver causado ao menos culposamente”.

Hipótese de omissão imprópria (Art.13/CP): Os delitos qualificados pelo resultado :


1. Tenha por lei obrigação de cuidado, proteção e vigilância. I)Crime doloso qualificado dolosamente: lesão corporal qualificada pela
2. De outra forma, assuma a responsabilidade de impedir o resultado perda, inutilização membro, sentido ou função. O sujeito dirige sua conduta
3. Com seu comportamento anterior, criou risco da ocorrência a fazer com que a vítima sofra esse tipo de lesão gravíssima.
do resultado.5 II)Crime culposo qualificado culposamente: Um exemplo é o incêndio
culposo qualificado por morte culposa, onde uma pessoa por negligência
Teorias da Omissão: coloca fogo em um edifício e causa a morte de um morador.
Teoria Naturalística- a omissão é um nada, e do nada, nada surge. Para III)crime doloso qualificado culposamente(PRETERDOLO-abordado
esta teoria a omissão é penalmente irrelevante. posteriormente): Um exemplo é o caso de uma lesão corporal seguida de
Teoria Normativa- a omissão consiste em deixar de fazer algo imposto morte. Esta é a espécie de crime qualificado pelo resultado que é conhecido
pela lei que fosse feito. (Teoria adotada pelo CP brasileiro).6+ como preterdoloso.
Importante: todo crime preterdoloso é um crime qualificado pelo resultado,
Omissivo próprio: mas nem todo crime qualificado pelo resultado é um crime preterdoloso.
 O agente não tem o dever de agir, mas poderia não se omitir.
 Está devidamente tipificado. TENTATIVA
 Não depende da consumação do resultado. -> Agente pratica a conduta delituosa, mas por circunstâncias alheias à
 É irrelevante. sua vontade, o resultado não ocorre.
 Responde pela conduta -> Responde pelo crime, com redução de pena de 1/3 a 2/3 DO CRIME
Omissivo impróprio: CONSUMADO.
 O agente tem o dever de agir e se omite.
 Não está devidamente tipificado. NEXO DE CAUSALIDADE
 Depende da consumação do resultado.
 É relevante. Causa
 Responde pelo resultado Art. 13. O resultado [obs.: naturalístico], de que depende a existência do
Omissivo Próprio = PROpulação = cabível a todos. crime, somente é imputável a quem lhe deu causa. Considera-se causa a
Omissivo Improprio = IMcarregado = pessoa específica ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. [Obs.: Teoria
da Equivalência dos Antecedentes; “conditio sine qua non”; Teoria da
OBS.: É possível, do ponto de vista jurídico-penal, participação por Condição Simples; Teoria da Condição Generalizada.(teoria adota pelo
omissão em crime comissivo. CP)] Diante de uma possível regressão ao infinito para descobrir quais
exemplo: A quer matar B (morador do edifício Tulipas) e pede ajuda ao causas contribuíram para o cometimento do delito criou-se a teoria da
porteiro C, para que se omita e deixe aberta a porta do prédio, facilitando proibição do regresso.
assim a entrada de A. Participação por omissão em crime comissivo. ADOTADO PELO CP:
REGRA: Teoria da Equivalência dos Antecedentes
A tentativa e o crime omissivo impróprio são exemplos de tipicidade Excepcionalmente: teoria da causalidade adequada, o
mediata.CERRTO que nos remete ao estudo das concausas.4
Tipicidade imediata = quando encontramos em um tipo penal a
descrição direta do fato No que se refere à relação de causalidade penal, a teoria da equivalência
Tipicidade mediata = quando necessitamos recorrer a uma norma de dos antecedentes causais situa-se exclusivamente no terreno do elemento
extensão para o devido enquadramento do fato,(CASO DA QUESTÃO) físico ou material do delito, razão pela qual, por si só, não pode satisfazer a
punibilidade.CERTO
o conceito de causa não leva em conta a intenção do agente, mas apenas o
RESULTADO
"elemento físico ou material do delito". Não pode, portanto, sozinha,
Resultado é uma modificação no mundo exterior provocada pela satisfazer a punibilidade, configurar crime, necessitando para tanto dos
conduta. demais elementos que compõe a tipicidade (além da antijuridicidade e
prática da conduta suficiente à configuração do crime. culpabilidade).
>Classificação quanto ao resultado:
Excludentes
crimes materiais : “crime de ação e resultado", pois o tipo penal descreve Concausas absolutamente independentes: nessa espécie, a causa
tanto a conduta quanto seu efeito. Se este não ocorrer, por circunstâncias efetiva do resultado não se origina, direta ou indiretamente, do
alheias à vontade do agente, haverá tentativa. comportamento concorrente, paralelo, podendo ser preexistente,
Ex.: homicídio (o resultado é a morte); furto (subtração); peculato concomitante e superveniente.
(apropriação); estupro (conjunção carnal). O resultado naturalístico, desse - não importa a espécie (preexistente, concomitante ou superveniente), o
modo, é imprescindível para a consumação do crime. Aqui basta a ação comportamento paralelo será sempre punido na forma tentada.
e resultado para ser crime consumado, caso não tenha resultado, logo Ex: atirei em joão, mas joão não veio a falecer, na verdade veio a
será tentativa falecer pq tomou veneno 1h antes do ocorrido

crime formal: (de consumação antecipada) prevê um resultado possível - Preexistentes absolutamente independentes: aquelas anteriores à
e desejado pelo agente, mas o tipo penal não exige sua ocorrência para a conduta do agente. Ex.: indivíduo ingere veneno ministrado por “A” e
consumação. Ex.: corrupção ativa (basta prometer a vantagem, ainda que depois é alvejado por “B”. Causa da morte no laudo médico:
esta não seja aceita); extorsão (consuma-se somente com a prática da envenenamento. O veneno é concausa preexistente (anterior à conduta de
violência ou grave ameaça). Nesta modalidade de crime, a ocorrência do “B”), é independente, pois, por si só, foi capaz de matá-lo, e é absoluta, pois
resultado naturalístico é mero exaurimento. Basta a mera intenção, sem não há nenhuma relação com a conduta de “B”.
necessarimanete haver resultado, ok ? basta sua ação
- Concomitantes absolutamente independentes: aquelas que
crime de mera conduta:descreve apenas a conduta, sem se referir a ocorrem simultaneamente à conduta do agente. Ex.: indivíduo é alvejado
qualquer resultado naturalístico. Ex.: violação de domicílio, desobediência, por arma de fogo e é atingido concomitantemente por um raio na cabeça.
porte de arma, omissão de socorro. Não tem resultado naturalístico Causa da morte no laudo médico: descarga elétrica. O raio é concausa
5
concomitante (ocorre no mesmo instante em que é alvejado), é matar responde por homicídio sim, depende do dolo. Então nesse
independente, pois, por si só, foi capaz de matá-lo, e é absoluta, pois não caso responde por dolo/vontade. (causalidade
há nenhuma relação com a conduta de “B”.
adequada). responde apenas pelos atos praticados6+
- Supervenientes absolutamente independentes: aquelas que ocorrem TIPICIDADE
posteriormente à conduta do agente. Ex.: indivíduo é alvejado e logo após é Tipicidade: adequação de um ato praticado pelo agente com as
atingido por um tsunami. Causa da morte no laudo médico: afogamento. O características que o enquadram à norma descrita na lei penal como crime.
tsunami é concausa superveniente (ocorre posteriormente à conduta do
agente), é independente, pois, por si só, foi capaz de matá-lo, e é absoluta,  tipicidade formal: abstrata. aqui trata-se da adequação da
pois não há nenhuma relação com a conduta. conduta do agente a uma previsão típica legal, ou seja, norma penal que
prevê o fato e lhe descreve como crime.
-> Qual é o efeito das concausas absolutamente independentes?  tipicidade material: concreta. aqui trata-se da ocorrência de uma
Elas rompem o nexo causal(excludente). Aplicamos a teoria da ofensa (lesão ou exposição a risco) significativa ao bem jurídico. ou seja, a
equivalência dos antecedentes (artigo 13, caput do CP). Em todos os conduta deve afetar um bem jurídico significante, e esse bem deve ser
exemplos acima, o agente responderá por tentativa de homicídio, e não tutelado pelo estado. caso contrário aplica-se o princípio da
por homicídio consumado. insignificância.

Superveniência de causa relativamente independente Tipicidade - Subsunção entre o comportamento e o tipo legal
§ 1º - A superveniência de causa relativamente independente exclui a Tipicidade corresponde à SUBSUNÇÃO PERFEITA (conformação) da
imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, conduta praticada pelo agente ao modelo abstrato(que existe na ideia, no
entretanto, imputam-se a quem os praticou. As causas se unem para conceito) previsto na lei penal, isto é, a um tipo penal incriminador.
produzir resultado final, mesmo que indiretamente( por isso é
relativamente-pois há relação com a conduta, ok ? )(isoladamente Subsunção: é a adequação de uma conduta ou fato concreto à norma
separadas não seria capazes de ocasionar esse resultado final): jurídica.
ex: eu atirei no pé de Tuco, O Desovão, porém ele foi a óbito devido o
acidente q a ambulância que o transportava sofreu. Nesse caso, responderei Conglobante - o que está permitido ou fomentado ou determinado por uma
por tentativa de homicídio, caso a minha intenção fosse matá-lo e não pela norma não pode estar proibido por outra. O juízo de tipicidade deve ser
a morte dele (homicídio consumado) .Veja que ele só morreu por causa do concretizado de acordo com o sistema normativo considerado em sua
acidente, mas o acidente so aconteceu por causa de mim que atirei nele, globalidade. Se uma norma permite, fomenta ou determina uma conduta, o
por isso tem relação com a conduta, logo, relativamente + independente( que está permitido, fomentado ou determinado por uma norma não pode
pois por si só produz o resultadoacidente) estar proibido por outra.

Classificam-se : Excludentes
(CCEEMP)
- Preexistentes relativamente independentes: aquelas anteriores à  Tiiiiipiiiicidade (excludentes):
conduta do agente(preexistente)+causas relacionadas(relativamente)+por si - Caso fortuito;
so produz o resultado(independente). Ex.: indivíduo é alvejado, mas o - Coação fíiiiiiisiiiiiica irresistível; (exclui o fato típico-afastando a
projétil acerta-o superficialmente. No entanto, o indivíduo falece, pois ele conduta(ação)> excluindo o crime3
possuía hemofilia. A hemofilia é concausa preexistente relativamente - Estado de inconsciência;
independente. Preexistente porque é anterior à conduta, é independente, - Erro de tipo inevitável (escusável);
pois, por si só, é capaz de matar, e é relativa, pois só se manifestou em razão - Movimentos reflexos; sujeito age por meio de reações automáticas
do ferimento produzido pela arma de fogo. Ela até pode matar, mas não - Princípio da Insignificância.5
mataria naquele momento. Responde por dolo/vontade.
Espécies de Tipicidade Formal/abstrata:
- Concomitantes relativamente independentes: aquelas que
ocorrem simultaneamente à conduta do agente. Ex.: numa noite de >>Tipicidade direta ou imediata: A conduta do agente se enquadra
temperatura baixa um atleta corredor é alvejado no joelho, cai e não diretamente ao tipo penal incriminador; não há necessidade de nenhuma
consegue se locomover. Causa da morte: congelamento (o ferimento o norma de extensão para que haja tipicidade na conduta.
facilitou). É concomitante porque o ferimento foi ocasionado ao mesmo Exemplo: "A" mata "B".
tempo em que as temperaturas estavam baixas. É independente, pois, por si >>Tipicidade indireta ou mediata: A conduta do agente não se enquadra
só, o frio é capaz de matar, e é relativa, pois só se manifestou em razão do diretamente ao tipo penal incriminador; portanto há necessidade de uma
ferimento produzido pela arma de fogo. Responde por dolo/vontade. norma de extensão para que a conduta tenha tipicidade.
Ocorre em três hipóteses O -PA-TE:
-> Qual é o efeito das condutas relativamente independentes? Omissivos P e I; PArticipação; TEntativa
Aplicação da teoria da equivalência dos antecedentes .Essas concausas Consumação e tentativa
preexistentes e concomitantes, relativamente independentes não
rompem o nexo causal. Efeito: o agente responde pelo resultado/dolo. CRIME TENTADO
Suprima o tiro no hemofílico. Ele teria morrido? Não; então o agente Art. 14 - Diz-se o crime:
responderá pelo homicídio. Suprima o tiro no indivíduo que corria no frio. II - Tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por
O frio por si só o mataria? Não; então o agente responderá pelo resultado. circunstâncias alheias à vontade do agente.
ELEMENTOS DA TENTATIVA
há 02 modalidades de superveniente:  1) Início da execução;
 2) Não ocorre a consumação do delito por
>>as que por si só produzem o resultado(independente): tivesse causado circunstâncias alheias à vontade do agente;
sozinha, exemplo da ambulância acima. (Vai responder por tentativa)(teoria  3) Dolo de consumação: o dolo de consumação é
da causalidade adequada- responde apenas pelos atos praticados) presumido, já que não se consumou o crime pela vontade que é
alheia a do agente.
>>as que por si só não produzem o resultado(dependente): Ex: vc dá
uma facada em alguém, e por causa da facada essa pessoa pega uma  4) Resultado possível: este seria o elemento
infecção e morre. Está sim na linha de desdobramento natural da facada, diferenciador entre o crime tentado e o crime impossível
pois faz sentido pegar uma infecção no corte, é plenamente comum. Se quis

6
CRIME CONSUMADO  Sujeito ativo: Qualquer pessoa (Funcionário público
Considera-se crime consumado a realização do tipo penal por completo, também pode ser sujeito ativo, desde que realize a conduta sem
nele contendo o iter criminis. (CUNHA, 2015) aproveitar-se das facilidades inerentes à sua condição funcional);
Art. 14 - Diz-se o crime:  Sujeito passivo: O Estado e, secundariamente, a pessoa
Crime consumado física ou jurídica prejudicada
I - Consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição

legal;
consumado o crime quando nele se reúnem todos os elementos de sua
definição legal. No homicídio, por exemplo, o tipo penal consiste em
INTER CRIMINIS
conjunto de fases do delito (é o caminho do crime). "matar alguém" (artigo 121 do CP), assim o crime restará consumado com
5 fases: CPECE a morte da vítima. é crime material, pois consuma-se com a morte, caso
Cogitação Preparação Execução Consumação Exaurimento. contrário será tentativa de homicídio. Essa é a diferença para o crime
formal( pois não exige o resultado, apenas a ação e intenção é considerada
PRINCÍPIO DA LESIVIDADE: Tal princípio, em suma, determina que o crime)
direito penal deverá punir o crime se a conduta lesionar ou expor a lesão um
bem jurídico penalmente tutelado. TENTATIVA é quando o crime não se consuma por circunstâncias alheias
No caso dos ATOS PREPARATÓRIOS, VIA DE REGRA, não há lesão a à vontade do agente
nenhum bem jurídico, pois ainda não executou o crime de fato, mas
tem EXCEÇÕES que permitem a criminalização dos atos preparatórios >>Classificação das tentativas:
como por exemplo: petrechos para fabricar moeda falsa/ formação de
quadrilha OU COMPRA DE ARMA DE FOGO Quanto ao resultado produzido na vítima:
Em regra, os atos preparatórios não são puníveis no Direito Penal ⇒Tentativa branca ou incruenta – Quando o agente não atinge o bem
brasileiro, ex vi do art. 14, II, do CP, salvo quando configurarem, por si jurídico alheio (Ex: A atira 3 vezes conta B e erra todos 3). (reduz de 2/3).
mesmos, infração penal. Longe da consumação
⇒ Tentativa vermelha ou cruenta – Quando o agente atinge o bem
CPP ADOTOU>> TEORIA OBJETIVA: punindo-se a tentativa com a jurídico alheio (Ex: A acerta 2 tiros em B). (reduz de 1/3). + próximo da
mesma pena do crime consumado, reduzida de 1/3 a 2/3. PAra a fixação consumação
da pena do crime tentado, considera-se a maior ou menor aproximação do ⇒ Tentativa perfeita(acabada ou crime falho) – Ocorre quando o agente
iter da fase de consumação. A diminuição da pena será tanto menor esgota completamente os meios de que dispunha para lesar o objeto
quanto mais próxima tiver chegado a tentativa do crime consumado. material. Ex.: José atira em Maria, com dolo de matar, descarregando todos
Há delitos, no entanto, em que o legislador pune na mesma forma a os projéteis da pistola. Acreditando ter provocado a morte, vai embora
tentativa e a consumação ( crimes de atentado ou de empreendimento). Ex: satisfeito. Todavia, Maria é socorrida e não morre. ou acabada ou crime
art. 352 CP. NEste caso, excepcionalmente, adotou-se a TEORIA falho: Quando o agente executa todos os atos executórios
SUBJETIVA, contentando-se com a exteriorização da vontade (a tentativa, ( Ex: A tem 6 munições e dispara TODAS 6 em B)
subjetivamente, será consumada).2
⇒ Tentativa imperfeita (inacabada ou tentativa propriamente dita)– Ocorre
P.U.C.C.A.C.H.O NÃO ADMITE TENTATIVA não é possível quando o agente, antes de esgotar toda a sua potencialidade lesiva, é
fracionar o caminho do crime(iter criminis) impedido por circunstâncias alheias, sendo forçado a interromper a
Preterdoloso execução. Ex.: José possui um revólver com 06 projéteis. Dispara os 03
Unissubsistente primeiros contra Maria, mas antes de disparar o quarto é surpreendido pela
Contravenção penal chegada da Polícia Militar, de forma que foge sem completar a execução, e
Culposo Maria não morre.
Atentado2
Condicionado OBS: possa ser q a tentativa seja perfeita e incruenta ou imperfeita e
Habituais cruenta 5
Omissivos Próprios3

Extorsão: Constranger (com violência) alguém a fazer algo, e disso Desistência voluntária/ arrependimento eficaz e posterior
conseguir alguma vantagem. DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA
(Exemplo: Autor levar vítima ao caixa eletrônico para sacar-lhe dinheiro) -> O agente INICIA a prática da conduta delituosa, mas se arrepende,
São 3 fracionamentos desse crime: e CESSA a atividade criminosa (mesmo podendo continuar) e o resultado
Se o agente constrange a vítima, mas ela não faz o que foi exigido - não ocorre.
> Tentativa -> Responde apenas pelos atos já praticados. Desconsidera-se o “dolo
Se o agente constrange a vítima e ela faz o que foi exigido, mas não se inicial”, e o agente é punido apenas pelos danos que efetivamente causou.
consegue a vantagem econômica -> Consumado o agente não esgota todos os atos executórios tendentes a consumação do
Se o agente constrange a vítima, ela faz o que foi exigido e se consegue a crime (tentativa imperfeita).
vantagem econômica -> Consumado - Natureza jurídica: causa de exclusão de tipicidade; responde pelos atos
(a obtenção da vantagem é mero exaurimento do delito) praticados; RESPONDEM PELA TENTATIVA DO CRIME
“[...] ofereceu-lhe grande quantia em dinheiro para que fosse liberado de
imediato. ” |-x------------------------------------------------------------------------------x--|----
Trata-se da corrupção ativa: Desistênn arrependimento e ficaz9
Art. 333 do Código penal: Oferecer ou prometer vantagem indevida a Voluntária(inicio (perto de finalizar- impede o resultado)
funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ARREPENDIMENTO EFICAZ
ofício”. -> O agente INICIA a prática da conduta delituosa E COMPLETA A
Pena- reclusão, de 2 a 12 anos, e multa. EXECUÇÃO DA CONDUTA, mas se arrepende do que fez e toma as
 Corrupção ativa é um crime "FORMAL" ou "DE providências para que o resultado inicialmente pretendido não ocorra.
MERA CONDUTA". Para sua consumação não se exige um O resultado NÃO ocorre.
resultado/ independe da aceitação! -> Responde apenas pelos atos já praticados. Desconsidera-se o “dolo
(Ofereceu ou prometeu, o crime já está consumado) inicial”, e o agente é punido apenas pelos danos que efetivamente causou.
-------------------------------------------------------------------------------------------- o agente pratica todos os atos executórios aptos à consumação. 
--------------------------------------------------------------- relacionada à tentativa perfeita
Adendos sobre o crime: - Natureza jurídica: causa de exclusão de tipicidade; responde pelos atos
praticados; RESPONDEM PELA TENTATIVA DO CRIME
 Crime doloso (Especial fim de agir)
7
um resultado consequente culposo. Para que o agente responda pelo
A FÓRMULA DE FRANK  DIFERENCIAR TENTATIVA E resultado posterior, é necessário que este seja previsível.
DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA E ESTÁ RELACIONADA COM A Requisitos para ser um crime CULPOSO:
VONTADE DO AGENTE DE CONSUMAR O CRIME: 1) Voluntariedade;
QUERO, MAS NÃO POSSO - TENTATIVA (o fato não se consuma por 2) Inobservância do dever de cuidado;
circunstâncias alheias à vontade do agente)/987 3) Previsibilidade objetiva – qualquer pessoa prevê o resultado (O resultado
POSSO, MAS NÃO QUERO - DESISTÊNCIA VOLUNTÁRIA (o culposo deve ser previsível);
agente voluntariamente desiste de prosseguir na execução, responde só
pelos atos praticados) O crime de lesão corporal seguido do resultado morte, disposto no artigo
129, § 3º, do Código Penal, é exemplo de crime preterdoloso.
ARREPENDIMENTO POSTERIOR é o único crime autenticamente preterdoloso tipificado pelo Código Penal,
O agente completa a execução da atividade criminosa e o resultado
pois o legislador foi explícito ao exigir dolo no crime antecedente (lesão
efetivamente ocorre. Porém, após a ocorrência do resultado, o agente se
corporal) e culpa no resultado agravador (“não quis o resultado nem
arrepende E REPARA O DANO ou RESTITUI A COISA.
1. Só pode ocorrer nos crimes cometidos SEM violência ou grave ameaça à assumiu o risco de produzi-lo”). Com efeito, se presente o dolo eventual
pessoa; não pode para crimes de violência e grave ameaça( não é aplicável quanto ao resultado morte, o sujeito deve responder por homicídio doloso
para todos os crimes)
Imputação objetiva
2. Só tem validade se ocorre antes do recebimento da denúncia ou Teoria da imputação objetiva -> quando o agente com seu
queixa. comportamento, criou o risco do resultado.
O agente tem a pena reduzida de 1/3 a 2/3.unico caso3 o comportamento e o resultado normativo só podem ser atribuídos ao
sujeito quando:
Crime Impossível
1) A criação ou o aumento de um risco
Súmula 567 do STJ: Sistema de vigilância realizado por monitoramento 2) O risco criado deve ser proibido pelo Direito
eletrônico ou por existência de segurança no interior de estabelecimento 3) O risco foi realizado no resultado
comercial, por si só, não torna impossível a configuração do crime de
furto. Eu vislumbro o exemplo do taxista que leva o assassino até o local para
matar o seu alvo; neste caso, o taxista apenas cumpriu o seu papel, realizar a
Se a preparação de flagrante pela polícia impedir a corrida; não criou um risco proibido, não tolerável; tão pouco, agiu em
concurso com o assassino na empreitada criminosa; diferente seria se ele
consumação do crime, estará caracterizado crime pegasse o carro e o utilizasse exclusivamente para esta finalidade, dar
impossível. cobertura, dar fuga ao assassino - auxílio material.

>>crime impossível: objetiva impedir a punição pelo crime tentado que Teoria da imputação objetiva recai sobre o objetivo normativo e não
houver (1) ou (2) : naturalístico, só existe a imputação objetiva quando a conduta do
-absoluta ineficácia do meio utilizado(1) : quando é incapaz de produzir o sujeito aumenta o risco já existente ou ultrapassa os limites do risco
evento de que depende a existência do crime. juridicamente tolerado (relação de causa e efeito).
Ex: arma sem munição, falsificação grosseira, etc somente será imputável ao sujeito se atender aos critérios objetivos.2
Ex:matar alguém com palito de fosfóro...
OUU > objetivo LIMITAR A RESPONSABILIDADE PENAL, pois a
-impropriedade absoluta do objeto(2) : quando o objeto almejado não está atribuição de um resultado a uma pessoa não deve se embasar apenas pela
apto a ser lesionado. relação de causalidade (nexo físico), é necessário que, além disso haja outro
Ex: ingerir substância abortiva quando inexiste gravidez; matar alguém já nexo, o normativo, referente à realização de um risco proibido pela norma.
morto. Conforme dispõe Cleber Masson (Direito Penal - PARTE GERAL, 13ª
Casos acima são tratados como crime impossível>> mesmo que tente, edição, 2019), os adeptos da teoria da imputação objetiva entendem que o
irá falhar miseravelmente( atirar em alguém sem ter munição). NÃO sistema finalista, ao limitar o tipo objetivo à relação de causalidade, de
SERÁ PUNIDA A TENTATIVA! acordo com a teoria da equivalência dos antecedentes, não resolve todos
os problemas inerentes à imputação.
ENTRETANTO...>>Quando a ineficácia do meio(1) e a impropriedade Então, quem defende a teoria da imputação objetiva entende que a relação
do objeto(2) forem relativas(3) >>será punida a tentativa. de causalidade estaria caracterizada quando alcançadas 3 ETAPAS:
1) TEORIA DA EQUIVALÊNCIA DOS ANTECEDENTES
O que é a relativa ineficácia do meio(3) ? 2) IMPUTAÇÃO OBJETIVA (criação de um risco proibido/ risco
-ocorrerá quando, embora normalmente capaz de produzir o evento proibido no resultado)
desejado, o meio falha no caso concreto, Evitando a consumação do 3) DOLO OU CULPA (causalidade psíquica)
delito. OBS.: Essa teoria só se aplica aos crimes materiais.
Ex: munição envelhecida (pode ou não ser deflagrada; revólver com apenas CLAUS ROXIN é um dos maiores defensores da teoria da imputação
01 bala; ingerir substância abortiva com prazo de validade vencido. objetiva. Para ele, só poderá ser imputado um resultado a alguém
quando:
Crime preterdeloso 1) O COMPORTAMENTO DO AUTOR CRIA UM RISCO NÃO
CRIME PRETERDOLOSO: PERMITIDO;
CRIME COM DOLO NO ANTECEDENTE. 2) ESSE RISCO SE REALIZA NO RESULTADO CONCRETO;
TEM UMA CONDUTA INICIAL DOLOSA, POREM O RESULTADO MAIS 3) ESSE RESULTADO SE ENCONTRE DENTRO DO ALCANCE DO
GRAVE ADVEM DE UMA CULPA. TIPO.
EXEMPLO:
''A'' com intenção de bater em ''B'' defere vários socos a ele, porem um de
seus murros acerta sua cabeça e mata ''B''. Erro do tipo essencial e acidental
latrocínio--> pode ser preterdoloso ou não!
crime preterdoloso admite tentativa? -Culpa Imprópria: por erro evitável, imagina certa situação, que se
NÃO! presente, excluiria a ilicitude do seu comportamento. "Falsa Percepção da
O crime preterdoloso é uma espécie de crime agravado pelo resultado, no realidade" .é a culpa derivada do erro de tipo permissivo evitável
qual o agente pratica uma conduta antecedente dolosa e deste decorre (inescusável) nas descriminantes putativas. É denominada como culpa

8
imprópria pois o agente realiza o tipo penal dolosamente e responde ex.: Lutadores de boxe. Uma paçoca a cara do outro, mas não respondem
culposamente em consequência de seu erro na descriminante nenhum por lesão corporal.. pois está atividade é inerente a sua profissão

Culpa própria: Não quer e não assume o risco de produzir o resultado; Não -> LEGITIMA DEFESA
admite tentativa (regra) ex.: A vai atirar em B, este consegue sacar sua arma e atira antes em A. Ele
 Culpa consciente – prevê o resultado, mas acredita que não responde pelo 121 do CP(homicídio) pois age para salvar direito próprio
pode evitá-lo Ninguém é obrigado a ser covarde (legítima defesa)- mesmo que tenha a
 Culpa inconsciente – não prevê o resultado que era possibilidade de fugir e não faz, aplica-se o excludente também.2
previsível
-> ESTRITO CUMPRIMENTO DE UM DEVER LEGAL
Culpa imprópria: O agente quer o resultado (naturalmente doloso), mas ex.: Agente Penitenciário que tranca um custodiado em sua cela. Não deverá
por erro de tipo inescusável (exclui o dolo viciado, mas admite a culpa se responder por cárcere privado, uma vez que faz parte do seu dever tal
prevista) => admite tentativa conduta

Culpa imprópria = Erro de tipo "permissivo" evitável/inescusável ( ou -> ESTADO DE NECESSIDADE


seja, exclui o dolo, mas permite a punição por culpa se previsto em lei) ex.: Avião caindo eu olho e só tem um paraquedas, eu olho pra você, você
olha pra mim, eu olho pra você e quando olho já pulei e te deixei cair com o
Erro de proibição: não conheço a lei, por isso cometo o crime. Sei o que avião. Não vou responder por OMISSÃO DE SOCORRO, pois naquele
faço, porém não sabia que era ilícito Ex; O agente mesmo sabendo que caso eu não tinha como me salvar se eu fosse te salvar
homicídio é crime, acredita que o tipo não alcança a eutanásia " (incide Ninguém é obrigado a ser herói (estado de necessidade).2
sobre a culpabilidade).
(excludentes): ( BRUCE LEEE) com 3e
Erro de ttttttiiiipo: Erro de tipo é a falsa percepção da realidade  Legítima defesa.
acerca dos elementos constitutivos do tipo penal”. conheço a lei, mas não  Estado de necessidade.
sabia que estava praticando um crime. Não sei o que faço, se soubesse não  Exercício regular do direito.
faria .(incide sobre a conduta/ttttttttiiiipicidade).  Estrito cumprimento do dever legal.
Ex: O agente público que ordena despesa sem o conhecimento de que tal Estado de necessidade>> estado de necessidade quem pratica o fato
despesa não era autorizada. para salvar de perigo atual, (SOMENTE PERIGO ATUAL)que não
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio
Erro de tipo: ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-
a) Essencial: Aqui o agente não sabe que está cometendo um ilícito, se for se. Ninguém é obrigado a ser herói
avisado para de agir de forma criminosa. § 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever
a1) Escusável(inevitável): Que se pode perdoar, que qualquer pessoa legal de enfrentar o perigo.
incorreria em erro. Exclui dolo e culpa, e dessa forma a conduta, e § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a
tipicidade. pena poderá ser reduzida de um a dois terços.
a2) Inescusável(evitável): Que não se pode perdoar, uma pessoa de Ex: do paraquedas. Do ataque de cachorro.
diligência normal veria o que está acontecendo. Exclui dolo, e só responde a CONTUDO>> responderá pelo excesso doloso ou culposo
título de culpa se previsto.
b) Acidental: O agente sabe que está realizando um ilícito, mas está Legítima defesa>>Entende-se em legítima defesa quem, usando
representando mal a realidade quanto à pessoa, objeto jurídico, ou erro de moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou
execução ou pontaria, são as aberratios (ictos, criminis, causae) error ( in iminente, a direito seu ou de outrem. Ninguém é obrigado a ser covarde e
persona, in objeto) correr . TEM DESTINATÁRIO CERTO
Obs.: considera-se também em legítima defesa o agente de segurança
Erro Essencial: exclui dolo, mas persiste culpa, se previsto. pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém
Erro Acidental: não exclui dolo e culpa. durante a prática de crimes.
se o agente fosse avisado de sua conduta criminosa ele pararia? Estrito cumprimento do dever legal (Associado ao agente
>>> No erro de tipo ESSENCIAL, o agente, se fosse avisado do público): Consiste na prática de um fato típico, em razão de cumprir o
erro, pararia de agir de forma criminosa, pois não é essa sua intenção agente uma obrigação imposta por lei, de natureza penal ou não.
(AUSÊNCIA DE DOLO)., Ex.: Agente penitenciário que emprega violência com o intuito de impedir
a fuga de um preso.
>>>No erro de tipo ACIDENTAL, o agente continuaria, apenas OBS: O dever Legal engloba QUALQUER OBRIGAÇÃO DIRETA OU
ajustando sua conduta com relação aos erros periféricos. INDIRETAMENTE RESULTANTE DE LEI, em sentido genérico, isto é,
preceito obrigatório e derivado da autoridade pública competente para emiti-
Erro sobre a pessoa => que será lesionada NÃO se encontra no local do lo.
fato ( ela é confundida com outra ) Lembrete: para configurar estrito cumprimento do dever legal tem que estar
aplicação de penaas qualidades da pessoa visada na lei.
Erro na Execução => Pessoa que será lesionada ENCONTRA-SE no Ex.: se no uso de algemas causar alguma lesão ou no cumprimento de um
local do fato, porém, por erro, o executor não conseguiu atingi-la. mandado de prisão, arrombar a porta de uma casa.
aplicação de pena agente responderá pelo crime, levando-se em
consideração as características da pessoa visada (vítima virtual). Exercício regular de um direito (Associado ao particular):
ex.: OFENDÍCULOS – de forma moderada (cacos de vidro etc.)
Antijuridicidade - Ofendículos são todos e quaisquer aparatos usados em
Ilicitude ou Antijuridicidade nossas residências para nos dar maior segurança, são eles as: Cercas
elétricas; Cacos de vidro nos muros; Lanças colocadas nos portões;
 Ilicitude (excludentes):BRUCE LEEE Cães de guarda.
- Legítima defesa; O CP não trouxe de forma expressa esse excludente de ilicitude
- Estado de necessidade;
- Estrito Cumprimento do Dever Legal; O Código Penal Brasileiro (CPB) não considera crime o policial rodoviário
- Exercício Regular do Direito. federal infringir a legislação agindo em estado de necessidade ou em estrito
cumprimento do dever legal.

-> EXERCÍCIO REGULAR DE UM DIREITO


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Culpabilidade >> Voluntária ou culposa: não implica inimputabilidade;
>> Embriaguez preordenada: é uma agravante;
Elementos da culpabilidade>>IMPOEX
OBS: SOMENTE A EMBRIAGEZ ACIDENTAL E COMPLETA
Culpabilidade (Excludentes):
TORNA O AGENTE INIMPUTÁVEL.5
1. Imputabilidade (excludentes) (AME):
----------------------------------------------------
- Anomalia psíquica
Coação moral desde que irresistível = Excludente de culpabilidade
- Menoridade(<18)
Erro de proibição = Excludente de culpabilidade também chamado de
- Embriaguez acidental completa
potencial consciência da Ilicitude
.
2. Potencial consciência da ilicitude (excludentes):
Inimputabilidade = Excludente de culpabilidade
- Erro de proibição(inevitável/escusável)
imputabilidade: capacidade de receber pena.
OBS.:SE FOR evitável>>diminuição de pena 1/6 a 1/3
Art. 28 - NÃO excluem a imputabilidade penal:
3. Exigibilidade de conduta diversa (excludentes): (ECO) I - a emoção ou a paixão
- Estrita observância de ordem;
- Coação moral irresistível; O diagnóstico de esquizofrenia é suficiente para concluir que ele não teve
- Obediência hierárquica (desde que não manifestamente ilegal); a capacidade plena de entender a ilicitude da ação praticada. ERRADO.
O diagnóstico de equizofrenia aponta apenas para o critério biológico,
 Culllllllllpabilidade (Excludentes): sem avaliar a questão psicológica ao tempo da ação ou omissão.
IMPU AME / PO proibido /EXI ECO A doença mental por si só não torna o agente inimputável.
Código Penal brasileiro adota o critério biopsicológico.
1. Imputabilidade (excludentes):
 Requisitos deste critério:
- Anomalia psíquica
1} Que o agente possua a doença --> biológico; e
- Menoridade
2} Que o agente seja inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do
- Embriaguez acidental completa
fato;
2. Potencial consciência da ilicitude (excludentes):  OU
- Erro de proibição; ⇒ Inteiramente incapaz de determinar-se conforme este entendimento --
> psicológico
3. Exigibilidade de conduta diversa (excludentes): A avaliação da imputabilidade é sempre retroativa. Óbvio, porque a conduta
- Estrita observância de ordem; ocorreu no passo e, portanto, a avaliação RETROAGE AO DIA DO FATO
- Coação morallllllllll irresistível;( afata a culpa>isentando da pena)
- Obediência hierárquica (ordem não manifestamente ilegal);
- Estado de necessidade Exculpante4 Discriminantes putativas
DESCRIMINANTES PUTATIVAS
Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita Descriminante: é causa excludente de ilicitude.
obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior Putativa: algo que se imagina/supõe.
hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
Descriminante putativa: o agente supõe estar acobertado por uma
excludente de ilicitude, mas não está.
O erro de proibição, a obediência hierárquica e a inimputabilidade por
menoridade penal excluem a culpabilidade.
Pode ser:
POR ERRO DE TIPO/ERRO DE TIPO PERMISSIVO, 20, §1°:
Obediência hierárquica de ordem não manifestamente ilegal: excludente de
o agente imagina estar acobertado por uma excludente de ilicitude por
culpabilidade (art. 22);
interpretar de modo equivocado a realidade.
Cumprimento de ordem ilegal de autoridade superior: atenuante da
Erra sobre pressupostos fáticos.
pena (art. 65, III, "c", CP);
Coação moral irresistível: excludente de culpabilidade;
a) Inevitável/escusável: isenta;
Coação moral resistível: atenuante da pena (art. 65, III, "c", CP);
OBS: majoritariamente, entende-se que exclui a tipicidade. Mesmas
Coação física irresistível: excludente de tipicidade;
consequências jurídicas que o erro de tipo.
Coação física resistível: atenuante da pena (art. 65, III, "c", CP).
b) Evitável/inescusável: exclui o dolo e pune a culpa (culpa imprópria,
Comprovando-se que, ao cometer crime de estupro, o agente estava
pois não se trata propriamente de culpa, uma vez que age de forma
acometido de perturbação em sua saúde mental, parcialmente incapaz de
intencional, mas imaginando estar acobertado por uma causa que
entender o caráter ilícito do fato, o agente deve ficar isento de justifica sua ação);
pena.ERRADO
INTEIRAMENTE INCAPAZ: INSENTO DE PENA
POR ERRO DE PROIBIÇÃO/ERRO DE PROIBIÇÃO
PARCIALMENTE INCAPAZ: REDUÇÃO DE 1/3 A 2/3
INDIRETO/ERRO DE PERMISSÃO/ERRO
PERMISSIVO/DESCRIMINANTE PUTATIVA POR ERRO DE
embriaguez acidental completa desde que proveniente de caso fortuito ou
PROIBIÇÃO, 21:
força maior = Excludente de culpabilidade
o agente interpreta a norma de forma errada, pensando que está
acobertado, sem estar. Erra sobre a existência ou limites de uma
ESPÉCIES DE EMBRIAGUEZ descriminante.
Em regra não exclui a responsabilidade penal.
 Não acidental: Tem intenção de se embriagar. a) Inevitável/escusável): o agente não responde, ficando afastada a
 Acidental: Caso fortuito ou força maior, pode ser culpabilidade (falta de potencial consciência da ilicitude); Excludente
completa ou incompleta. (incompleta não isenta de pena mas de ilicitude
diminui a pena)
b) Se evitável/inescusável: deve ter a pena diminuída de um sexto a um
>> Patológica: dependência doentia; doença mental; excludente terço. Não é excludente de ilicitude
de culpabilidade;
>> Acidental: caso fortuito ou força maior; se for completa exclui PUNIBILIDADE
a culpabilidade; se incompleta ainda haverá culpabilidade, >> Pela teoria tripartite ela é pressuposto de aplicação da pena, não é
redução de um a dois terços; elemento do crime;
10
- é o próprio ius puniendi, direito de punir que pertence ao Estado;2 >>NOVATIO LEGIS IN PEJUS - Nova lei Pior. Não retroage, pois não
-excludentes de punibilidade: beneficia.
I - pela morte do agente; "novatio legis in pejus" -------(Piora)
II - pela anistia, graça ou indulto;
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como Em regra, a lei penal jamais retroagirá, salvo para beneficiar o
criminoso; réu, ainda que haja sentença penal condenatória transitada em julgado.
IV - pela prescrição, decadência ou perempção;
V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes • Abolitio Criminis: Descriminalização de uma conduta que antes era
de ação privada; NÃO EXISTE DESISTÊNCIA ilícita. – Retroage em benefício.
Perdão é ate a prolação(pronunciar) da sentença condenatoria • Novatio Legis incriminadora: Criminaliza uma conduta que antes era
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite; lícita. – Não retroage em prejuízo.
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. Obs.:
Trânsito em julgado>> significa que já é definitivo, não cabe mais recurso
Não trânsito em julgado>>significa que cabe recurso
A norma penal
-2 leis aplicadas ao mesmo caso?
Interpretações: solucionamos o problema por meio do conflito aparente de normas...
=> INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA: Quais são os requisitos para o C.A. de normas?
1) Há Lei Penal a ser aplicada .Amplia-se o alcance de uma palavra. Ex.: 1)unidade de fato;
("arma"). O Juiz, ao aplicar a Lei Penal, fixará o que entende por "arma" (2) pluralidade de leis penais; e
(revólver, faca etc.); (3) vigência simultânea de todas elas.
A aplicação pode ser in bonam partem ou in malam partem;
2) É regra de interpretação; conflito é solucionado por meio da S.E.C.A
3) Não cabe interpretação extensiva contra o réu. Fundamento: Art. 22, § S UBSIDIARIEDADE
2º, do Estatuto de Roma. E ESPECIALIDADE
C ONSUNÇÃO
=> INTERPRETAÇÃO ANALÓGICA: A LTERNATIVIDADE6
1) Há Lei Penal a ser aplicada. Utilizam-se exemplos seguidos de uma (LER SOBRE OS PRINCIPIOS PARA FIXAR E ENTENDER, OK ?)
fórmula genérica para alcançar outras hipóteses. A aplicação pode ser in
bonam partem ou in malam partem; Ex: homicídio mediante paga ou Lei penal no tempo
promessa de recompensa, OU POR OUTRO MOTIVO TORPE
Retroatividade da lei>> lei benéfica posterior COME fato anterior
2) É regra de interpretação;
(leiApior—fato criminoso---LeiBmelhor vigente retroage e come fato)
3) É possível interpretação analógica contra o réu. Aplica-se a lei a fatos ocorridos antes de sua vigência retroatividade).
NOVATIO LEGIS IN MELLIUS - Nova lei Melhor. Sempre retroage
=> ANALOGIA: para beneficiar.
1) Não existe Lei Penal a ser aplicada no caso concreto (LACUNA).
Empresta-se lei elaborada para caso similar. Ex.: Art. 121, do CP, refere- Ultra>>Lei benéfica anterior foi revogada por lei pior, logo lei
se apenas a cônjuge. Não trata de companheiro(a) (união estável) anterior benéfica COME fato posterior
(LACUNA); ( LeiAmelhor--fato criminoso--LeiBpior vigente não se aplica )
Aplicação In bonam partem - analogia benéfica ao acusado. É Aplica-se a lei REVOGADA a fatos ocorridos após sua
permitida e recomendada. vigência (ultratividade)
In malam partem -. É vedada em virtude do princípio da reserva legal(veja NOVATIO LEGIS IN PEJUS - Nova lei Pior. Não retroage, pois não
novamente a leitura sobre reserva legal e irá entender, ok ?). beneficia
2) É regra de INTEGRAÇÃO;
3) Não cabe analogia contra o réu.

interpretação doutrinária – é a realizada pelos estudiosos do Direito, os


quais, comentando sobre a lei que se pretende interpretar, emitem opiniões
pessoais – communis opinio doctorum.
Interpretação judicial – é a realizada pelos aplicadores do Direito, ou seja,
pelos juízes de primeiro grau e magistrados que compõem os tribunais ao
aplicar seus entendimentos na solução do caso concreto6
Interpretação autêntica é efetuada pelo próprio legislador quando edita
uma norma destinada a esclarecer o significado de outra.

Código Penal:
- Exposição de Motivos é INTERPRETAÇÃO DOUTRINÁRIA.>>pois
feita pelos estudiosos do Doutores do direito que participaram do
anteprojeto
Código de Processo Penal :
- Exposição de Motivos é INTERPRETAÇÃO AUTÊNTICA>> pois feita
por lei
Conflito aparente de normas
>>NOVATIO LEGIS IN MELLIUS - Nova lei Melhor. Sempre retroage
para beneficiar. pode alcançar, inclusive, fatos já julgados por LUTA
sentença/acórdão transitada(o) em julgado( já decididos por sentença Lugar do crime – TEORIA DA Ubiquidade
condenatória transitada em julgado) sem violar a proteção constitucional à Tempo do crime – TEORIA DA Atividade
coisa julgada2 TEORIA DA ATIVIDADE:
"novatio legis in mellius" ------(Melhora) considera-se praticado o crime no momento (T de TEMPO) da ação ou da
omissão, ainda que outro seja o momento do resultado.
11
Teoria da UBIQUIDADE: Obs: A extra-atividade da lei penal constitui exceção à regra geral
adotada no BrasiL de aplicação da lei vigente à época dos fatos.4
"o crime é praticado no LUGAR que ocorreu a ação ou omissão, bem
como onde se produziu ou deveria produzir se o resultado ." REGRA: O Presidente não pode editar MP que trate de Direito Penal. A
própria CF/88 diz.
EXCEÇÃO: Segundo o STF, o Presidente da República pode editar uma
não se aplica a teoria da ubiquidade:
Medida Provisória em favor do réu.
a) Crimes conexos
b) Crimes plurilocais
c) Infrações penais de menor potencial ofensivo ABOLITIO CRIMINIS: os efeitos extrapenais da sentença condenatória
d) Crimes falimentares não são extintos com a abolitio criminis: Além de conduzir à extinção da
e) Atos infracionais punibilidade, a abolitio criminis faz cessar todos os efeitos penais da
sentença condenatória, permanecendo, contudo,seus efeitos civis
A lei que fora editada em momento posterior à prática delitiva do fato, No caso de entrar em vigor lei penal que inove o ordenamento jurídico ao
não pode voltar no tempo (retroagir) para punir o agente.
prever como crime conduta até então considerada atípica, será aplicada a
retroatividade ERRADOSe fala sobre tornar crime uma conduta até
1ª lei – No momento do crime  Crime
2ª lei – descriminalizada (LEI A)  Deixou de ser então considerada atípica (não é considerado crime pois a lei não comina
3ª lei editada (LEI B) Voltou a criminalizar pena pelo fato). Não se aplica o princípio da retroatividade, porque tal
A 3ª lei deve ser aplicada ao caso? Não, devido a isso: princípio só se aplica em casos em que A CONDUTA JÁ É CRIME, não
ART. 5º DA CF em lei nova!2
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
E no CÓDIGO PENAL Súmula nº 611, STF: Transitada em julgado a sentença
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de condenatória(significa que não tem mais recursos, será aqui e pronto)>>
considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos compete ao juízo das execuções a aplicação de Lei mais benigna
penais da sentença condenatória. -Após a sentença, durante o cumprimento da pena (significa que já foi
condenado<>sem recursos)= juízo da EXECUÇÃO
Abolitio criminis - Efeitos retroagem. ( Alcança a execução e os efeitos -durante a sentença = juízo da CONDENAÇÃO;
penais da sentença condenatória, não servindo como pressuposto da Lei penal no espaço
reincidência, também não configurando maus antecedentes ) Territorialidade: Essa é a regra no que tange à aplicação da lei penal no
espaço aplica-se à lei penal aos crimes cometidos no território
Ultratividade de lei mais severa - Ganha espaço em casos de leis nacional. Se cometido no território nacional, submete-se à lei penal
temporárias e excepcionais. brasileira mesmo sendo estrangeiro criminososo ou vítima
ex: Lei da copa estrangeira>>ta no brazuca,, nossas regras, ok ?

>Ultraatividade da lei mais severa>>Lei severa anterior foi revogada ou - território brasileiro por extensão:
extinta por lei melhor, logo lei anterior severa COME fato q estava em 1°: Embarcação ou aeronave brasileira pública (EM QUALQUER
sua vigência, isso para caso de leis expecionais e temporária LUGAR)
( ACOPA(SEVERA)-TEMPORÁRIA--fato—BMELHOR-REVOGOU lei anterior) 2°: Embarcação ou aeronave brasileira privada a serviço do Estado
Logo NÃO SE trata de retroatividade, pois era lei expecional e brasileiro (EM QUALQUER LUGAR)
temporária, portanto, admite-se ultraatividade da lei mais severa, ou 3°: Embarcação ou aeronave brasileira mercante ou privada (DESDE
seja, Acopa COME fato, mesmo que A tenha sido revogado por lei QUE NÃO ESTEJA EM TERRITÓRIO ALHEIO)
benéfica. .
TERRITORIALIDADE POR EXTENSÃO
>Crime permanente e continuado = A lei penal mais grave aplica-se, ↳ Navio/aeronave a serviço do governo do país x ☛ será SEMPRE
se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da território do país x
permanência.3
Passos para definir a lei a ser aplicada:
ABENÉFICA—FATO CONTINUADO—BSEVERA ENTRA EM VIGOR—FATO 1º A embarcação/aeronave é pública ou privada? Se pública → aplica lei
COTINUADO AINDA E FINALIZOU APÓS B>>>LOGO APLICA-SE LEI do país estrangeiro;
MAIS SEVERA B 2º -Sendo privada, está a serviço de algum país? Se estiver → aplica a lei
---- do país estrangeiro;
1} Regra: Irretroatividade da Lei mais grave. 3º -Não estando a serviço de nenhum país, onde ela está? Se está no
↳ A lei que de qualquer forma prejudicar o agente não retroage; Brasil, aplica-se a lei brasileira.
↳ tem previsão expressa na CF/88 e tem aplicação absoluta; ---Alto-mar → ostenta bandeira brasileira → lei brasileira
↳ Aplica-se a lei + severa ao crime permanente e ao crime continuado, ---Alto-mar → ostenta bandeira estrangeira → não lei brasileira
desde que tenha entrado em vigor antes de cessada a continuidade e a
permanência. >>Zona Econômica Exclusiva(ZEE) – 188 milhas náuticas(200 milhas
do litoral) (não faz parte do território brasileiro faiza da ZEE)>>se
2} Exceção: Irretroatividade da Lei mais suave. embarcação estrangeira estiver ostentando bandeira estrangeira, não
- A lei que de qualquer forma beneficiar o agente retroage aplicando-se a entra lei brasil contra ele... aguas jurisdicionais brasileiras)
fatos anteriores, mesmo que já decididos por sentença transitada em julgado;
↳ Lei excepcional: é a que só vigora durante determinada >>Mar territorial brasileiro – 12 milhas náuticas>>faz parte>>alto-mar
situação anormal. brasil. (aguas jurisdicionais brasileiras)
- Ex: Lei seca; declaração de guerra, covid

↳ Lei temporária: é a que vigora durante prazo determinado, ambas as leis,


continuam aplicando-se aos fatos praticados na sua vigência (Lei da Copa),
mesmo depois de revogadas. Não há quanto a elas a retroatividade
benéfica, pois elas são “ultrativas” (Aplica sanção mesmo depois de
revogada)2

12
Qualquer crime praticado por brasileiro no estrangeiro pode ser julgado
aqui, SE:
-Entrar no território nacional
-Ser punível no país onde foi praticado
-Não ser sido absorvido ou cumprido pena no país onde foi praticado
-Não ter sido perdoado no país onde foi praticado

>>Hipercondicionada:Aplica-se a Lei BR ao estrangeiro se o crime for


cometido contra Brasileiro no BRASIL
Requisitos (cumulativos):
a) Todos os descritos na condicionada; +++
b) Não ter sido pedida ou negada a extradição do infrator;
c) Ter havido requisição do MJ (Ministro da Justiça).
OBS.:
Dado o princípio da TERRITORIEDADE, estará sujeito à jurisdição
brasileira aquele que praticar, a bordo de navio a serviço do governo
brasileiro em águas territoriais argentinas, crime contra o patrimônio da
União//NÃO CONFUNDIR com extraterritoriedade>>pois estamos falando
↳ EXCEÇÃO: Princ. da passagem inocente (dir. internacional) – Só se de extensão fictia
aplica se a aeronave ou navio estiverem de passagem, se tiver o Brasil
como destino aplica-se a lei brasileira.
>>CASO embarcação/aeronave PRIVADA>>no estrangeiro>>Significa Crimes contra a dignidade sexual.
dizer que lei brasil não se aplica, será aplicado lei do país estrangeiro. TODOS atualmente são de ação penal pública incondicionada,
ENTRETANTO, caso o país estrangeiro não julge ou condene o prescindindo da representação da vítima para que se processe
INFRATOR>>ENTÃO CONDICIONADA desde que atenda os Estupro
requisitos>>então será julgado pelo brasil (crime hediondo em todas as suas modalidades)
É considerado território Brasileiro: Art. 213. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça,
1) O solo nacional; a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique
2) O subsolo nacional; outro ato libidinoso:
3) O espaço aéreo correspondente; Pena - reclusão, de 6 (seis) a 10 (dez) anos.
4) O mar territorial; é tipo penal misto alternativo. Assim, se o agente, no mesmo contexto
5) Navios e embarcações públicas (ainda que estejam em alto mar ou fático, pratica conjunção carnal e outro ato libidinoso contra uma só
ancoradas em território estrangeiro); vítima, haverá apenas UM CRIME DE ESTUPRO2
Extraterritorialidade6
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no Há duas correntes sobre contato físico. Uma sustenta que é necessário o
estrangeiro: contato físico (prevalece no STJ), e a outra sustenta que o contato físico é
I - os crimes: DISPENSÁVEL(CESPE).
Princípio da Proteção/ Defesa/Real:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; Violação sexual mediante fraude
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Art. 215. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com
Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre
economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; manifestação de vontade da vítima. R 2 a 6A. (estelionato sexual)
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; Se cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também
multa.
Princípio da Justiça Universal/Cosmopolita É Crime comum – qq um pode praticar
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no sujeito ativo e passivo pode ser homem ou mulher(independe orientação
Brasil(essa última parte fala do estrangeiro por ex.); sexual)
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira,
ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro. Estupro violência ou grave ameaça
II - os crimes:a) que por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a Mediante fraude ginecologista que utiliza da profissão para apalpar xxc
reprimir (não tem violência e nem grave ameaça, mas temos a utilização de outro
meio que dificultou a manifestação de vontade dela devido a sua
profissão)4
"PAG TAB"
>>Incondicionada: sem condições... Assédio sexual
 Presidente (vida ou liberdade) Art. 216-A. Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou
 Administração púb. (por quem está a seu serviço) favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de
 Genocídio superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego,
>>Condicionada: tem condições necessárias a serem atendidas cargo ou função. D 1 a 2A
PENA aumentada em até 1/3 se menor de 18 A4
 Tratados ou convenções
 Aeronaves ou embarções brasileiras, mercantes ou de Estupro de vulnerável
propriedade privada s quando em território Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com
estrangeiro(SEEE Não foi julgado no estrangeiro)(principio da menor de 14 (catorze) anos: reclusão, de 8 (oito) a 15 (quinze) anos.
representação/da bandeira/pavilhão) -Não importa se a relação foi consentida presumido(absoluta) que não
 Brasileiros (praticado) (Principio da nacionalidade tem condições psicológicas de discernimento( não admite prova em
ativa) contrário)
O Art. 7º , II, b (Extraterritorialidade Condicionada) deve ser cumprido
as 5 condições CUMULATIVAMENTE: Forma equiparada – Mesma pena, se:
Por que extraterritorialidade? Porque não foi cometido em território -Sem discernimento para a prática do ato ( VULNERÁVEL NÃO É SÓ
nacional. O MENOR) – Ex.: Doente mental
Por que condicionada? Porque precisa preencher todos os requisitos a
seguir, previstos no código penal.

13
- Por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência – Ex.: Pessoa Art. 234-A. Nos crimes previstos neste Título a pena
que está completamente embriagada, , imobilização temporária, sono, é aumentada:
hipnose, embriaguez, uso de drogas etc. III - de metade a 2/3 (dois terços), se do crime resulta gravidez;
IV - de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o agente transmite à vítima
Corrupção de menores doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser
Art. 218. Induzir alguém menor de 14 (catorze) anos a satisfazer a portador, ou se a vítima é idosa ou pessoa com deficiência.
lascívia de outrem:
penas aplicam-se independentemente do consentimento da vítima ou
os crimes podem ser: do fato de ela ter mantido relações sexuais anteriormente ao crime6
1. Se a vítima tem menos de 14 anos – Crime do art. 218 do CP.
Corrupção de menores LEI Nº 12.845, DE 1º DE AGOSTO DE 2013 o atendimento
2. Se a vítima tem mais de 14 e menos de 18 anos – Pratica o crime do art. obrigatório e integral de pessoas em situação de violência sexual.
227, §1º do CP (mediação para satisfazer a lascívia de outrem, na forma
qualificada). Art. 1o Os hospitais devem oferecer às vítimas de violência sexual
3. Se a vítima tem 18 anos ou mais – Pratica o crime do art. 227 do CP atendimento emergencial, integral e multidisciplinar, visando ao
(mediação para satisfazer a lascívia de outrem, na forma simples). controle e ao tratamento dos agravos físicos e psíquicos decorrentes de
4. Se a vítima possui exatos 14 anos - Pratica o crime do art. 227 do CP violência sexual, e encaminhamento, se for o caso , aos serviços de
(mediação para satisfazer a lascívia de outrem, na forma simples). assistência social.
Art. 2o violência sexual= qualquer forma de atividade sexual não
Acima falou de quem patrocina(corrupção de menores) e quem aceita(o consentida
terceiro) o terceiro envolvido, tem-se os seguinte delitos: Art. 3o O atendimento imediato, obrigatório em todos os hospitais
i. Se a vítima tem menos de 14 anos – Poderá praticar ESTUPRO DE integrantes da rede do SUS, que independe de convênio privado,
VULNERÁVEL (art. 217-A do CP). compreende os seguintes serviços:
ii. Se a vítima tem entre 14 e 18 anos – Não pratica crime I - diagnóstico e tratamento das lesões físicas no aparelho genital e nas
iii. Se a vítima tem mais de 18 anos – Não pratica crime demais áreas afetadas;
II - amparo médico, psicológico e social imediatos;
Satisfação de lascívia mediante a presença de criança ou adolescente III - facilitação do registro da ocorrência e encaminhamento ao órgão de
medicina legal e às delegacias especializadas com informações que possam
Art. 218-A. Praticar, na presença de alguém menor de 14 (catorze) anos, ser úteis à identificação do agressor e à comprovação da violência sexual;
ou INDUZI-LO a PRESENCIAR, conjunção carnal ou outro ato IV - profilaxia da gravidez;
libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem V - profilaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis - DST;
VI - coleta de material para realização do exame de HIV para posterior
Exige o DOLO acompanhamento e terapia;
VII - fornecimento de informações às vítimas sobre os direitos legais e
Favorecimento de prostituição ou outra forma de exploração sexual de sobre todos os serviços sanitários disponíveis.
vulnerável § 1o Os serviços de que trata esta Lei são prestados de forma gratuita aos
que deles necessitarem.
Art218- Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de § 2o No tratamento das lesões, caberá ao médico preservar materiais que
exploração sexual alguém menor de 18 (dezoito) anos ou que, por possam ser coletados no exame médico legal
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento § 3o Cabe ao órgão de medicina legal o exame de DNA para identificação
para a prática do ato, facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone do agressor

Serve tanto para quem come como para quem é cafetãomesmo crime Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes consistentes em
disponibilizar ou adquirir material pornográfico envolvendo criança ou
-conduta consistente em manter casa para fins libidinosos NÃO é adolescente (arts. 241, 241-A e 241-B da Lei 8.069/1990) quando
suficiente para a caracterização do crime tipificado no art. 229 do Código praticados por meio da rede mundial de computadores
Penal, sendo INDISPENSÁVEL, para a configuração do delito, que haja
exploração sexual, ou seja, a exploração sexual mediante a violação à Rufianismo
liberdade das pessoas que ali exercem a mercancia carnal. espécie de lenocínio (prestar assistência à libidinagem alheia, ou dela tirar
proveito),
Exploração sexual de vulnerável ---> -18 (entre 14 e 18) (somente se for
como prostituição, se for consensual não é crime, ou seja, pEgar uma ato de tirar proveito da prostituição alheia(participa diretamente ou
novinha entre 14 e 18 não é crime, mas se pAgar para transar com ela indiretamente dos lucros ou se sustente disso, em parte ou parcial)
será Exploração sexual de vulnerável)5 quando a prostituta consegue cliente por si só, sem o intervenção do
carinha.
Disposições Gerais dos crimes contra a liberdade sexual e dos crimes Quando alguém induz ou submete alguém a prostituição esta cometendo o
sexuais contra vulneráveis crime de Favorecimento da Prostituição

QUALIFICADORAS Importunação Sexual


-resulta lesão corporal grave(Reclu 10 a 20A) OU Art. 215-A. Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato
-resulta morte(R 12 a 30) libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de
terceiro:
CAUSAS DE AUMENTO DA PENA ART 226 Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o ato não constitui crime
I – 1/4, se cometido >=2 pessoas mais grave
II - 1/2, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, Elemento subjetivo: Dolo
cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima Tipo penal subsidiário - Só irá se configurar este delito se o ato não
ou por qualquer outro título tiver autoridade sobre ela; constituir crime mais grave
IV - 1/3 a 2/3, se praticado:
-Estupro coletivo: se cometido >=2 pessoas OBSERVAÇÃO
-Estupro corretivo: controlar o comportamento social ou sexual da Não envolve conjunção carnal
vítima. Crime subsidiário (subsidiariedade genérica)
Revogou a antiga contravenção penal de importunação ofensiva ao pudor.

14
exemplo: Agente que pratica dentro de ônibus coletivo ato libidinoso em PLURISSUBJETIVOS(EVENTUAL E NECESSÁRIO): crimes que
face de alguém (masturbação)4 só podem ser praticados por mais de 1 pessoas. Pode ser concorrente,
paralela ou convergente
Divulgação de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de
pornografia -EVENTUAL: Tipo penal—não exige—que o fato seja praticado por +
Art. 218-C. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à de 1 agenteMas não impede. Ex: Furto, roubo, homicídio
venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio - inclusive por
meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou telemática -, -NECESSÁRIO: tipo penal exige que a conduta seja praticada por mais
fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de estupro de uma agente(q pode ser autor/coautor/partícipe). O crime no tipo
ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, penal só existe se tiver +1 de um envolvido...
ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia: Dividido:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, se o fato não constitui crime >>Condutas paralelas: obtenção de mesma finalidade criminosa
mais grave. (associação criminosa)
>>Condutas convergentes: se encontram e produzem, juntas, o resultado
Exclusão de ilicitude pretendido ( Bigamia)
§ 2º Não há crime quando o agente pratica as condutas descritas >>Condutas contrapostas: condutas um contra o outro (Rixa de carro)
no caput deste artigo em publicação de natureza jornalística, científica,
cultural ou acadêmica com a adoção de recurso que impossibilite a
identificação da vítima, ressalvada sua prévia autorização, caso seja Pela teoria restritiva>>autor e coautor>>desenvolve o
maior de 18 (dezoito) ano núcleo do tipo
Particípe>> não realiza conduta nuclear, mas participa
comum: Pode ser praticado por qualquer pessoa.
formal: Não exige resultado naturalístico. moralmente ou materialmente
comissivo: Requer atuar positivo da parte do sujeito ativo Requisitos:
unissubjetivo: Pode ser praticado por apenas uma pessoa (mas aceita PR(presidente) VEI
concurso d pessoas) Pluralidade dos agentes e de condutas
doloso: agente prevê o resultado lesivo e mesmo assim o faz (há intenção) RelevÂncia causal da colaboração
subsidiário: Só se aplica não se não houver crime mais grave3 Vínculo subjetivo
Existência de fato punível
Majorantes(aumento de pena): Identificação de infração penal
⇒ Existência de relação íntima de afeto entre autor e vítima, no presente
ou no passado;
⇒ Se há o específico fim (dolo específico) de vingança ou humilhação Pluralidade dos agentes:
(vingança pornográfica ou porn revenge).
- Todos os agentes devem ter discernimento(logo imediato) ( se não, é
caso de autoria mediata) não é necessário que todos sejam culpáveis
Ultraje público ao pudor
Art. 233 CP - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou
Autor mediato= NÃO TEM DISCERNIMENTO= agente executor usa
exposto ao público
uma pessoa para praticar crime
o agente utiliza outra pessoa não culpável para realizar o tipo penal
Escrito ou objeto obsceno Art. 234 - Fazer, importar, exportar, adquirir ou
direamente ( não há concurso de pessoas)
ter sob sua guarda, para fim de comércio, de distribuição ou de exposição
Autor imediato = TEM DISCERNIMENTO(IMEDIATO É ALGO
pública, escrito, desenho, pintura, estampa ou qualquer objeto obsceno
DIRETO)= agente usado, instrumento
O próprio autor pratica o crime ( pode se dar através de alguns
Importunação Sexual pessoa determinada
intrumento ou animal)
x
Ato Obsceno  coletividade
Concurso impróprio ou aparente = Agente culpável + agente não
culpável com discernimento === caso de João e Henrique. Henrique era
de menor e João de maior, valendo-se da inimputabilidade de Henrique,
Concurso de pessoas porém ele tinha discernimento. Trata-se de concurso aparente de pessoas.
Não há autoria mediata, MAS SIM IMEDIATA, pois tinha discernimento
Conceito, natureza e características de henrique. Obs.: Agora, se o agente não tem discernimento, então tem-se
A colaboração de dois ou mais agentes>> para a prática de um delito ou autoria mediata.
contravenção penal
Autoria Mediata: SEM DISCERNIMENTO
natureza jurídico-penal dessa conduta criminosa: -Agente usa pessoa para praticar crime. é o executor. A pessoa usada
-Pluralista (ou pluralística): cada pessoa responderia por um crime tem discernimento.
próprio Hipóteses:
-Dualista (ou dualística): Um crime para os autores + crime para os >>Autoria Mediata por ERRO DO EXECUTOR: Autor induz o
participantes individual Executor ao erro. Ex:Médico entrega injeção com veneno, mas diz que é
-regra: Monista (ou monística ou unitária): todos respondem pelo remédio para a enfermeira.
mesmo crime, MAS a pena será de acordo com a culpabilidade de cada
um (a pena de cada um corresponderá à valoração de sua conduta) = >>Autoria Mediata por COAÇÃO DO EXECUTOR: caso de coação
TEORIA MONISTA MITIGADA OU TEMPERADA== CP Morallll irrestível(afasta a culpabillllidade) Ex: Médico diz para enfermeria
ADOTOU3 aplicar alta dosagem de remédio em paciente para mata-lo e diz que se
não a fizer, irá matar sua filha

Espécie concurso pessoas: >>Autoria Mediata por INIMPUTABILIDADE DO AGENTE: Ex:


UNISSUBJETIVOS>> crime cometido por 1 pessoa, a, mas nada João de maior, usou outro menor sem discernimento para praticar crime ,
pois sabe que ele é inimputável(menor ingênuo ou doente mental), logo
impede que sejam praticados por mais de uma pessoa. Nesses casos, se
tem autoria.
duas ou mais pessoas resolvem praticar um crime unissubjetivo, elas serão
CASO tenha discernimentoIMEDIATO (trata-se de concurso
coautoras do crime. Ex: homicídio, estupro, roubo.
aparente).

15
SEM DISCERNIMENTO - AUTORIA MEDIATA -O ato deve ser pelo menos uma tentativa do crime para ser punível (se
for mera cogitação(plano abstrato), não há fato punível)
Observações:
Sobre autoria por determinação:

Ex: Paulo, servidor público, coage moralmente Maria (coação irresistível),


obrigando-a a subtrair 10 notebooks da repartição em que ele, Paulo, exerce
suas funções. Paulo, para a execução do delito, se valeu de sua função para
facilitar a subtração. Neste caso, Paulo poderá responder por peculato-furto
na qualidade de autor mediato

Mas, e se Maria é quem fosse a servidora e Paulo fosse um particular?


Poderia haver autoria mediata? Não, neste caso não poderíamos falar
em autoria mediata.

Contudo, se não há autoria mediata e não há concurso de pessoas (pois COAUTORIA X AUTORIA:
não há concurso de pessoas entre coator e coagido), Paulo ficará >>Como diferenciar AUTOR E PARTÍCIPE ?
impune? Não trata-se de AUTORIA POR -Teoria objetivo-formal: aquele que pratica o NÚCLEO do tipo penal, os
DETERMINAÇÃOpunir aquele que, embora não sendo autor nem demais serão partícipes. Ruim pq não considera autoria mediata, tratando o
partícipe, exerce sobre a conduta domínio EQUIPARADO à figura da crânio-executor-mandante como coautor, q deveria ser tratado como autor.
autoria. Não se pode considerar o agente como autor por não reunir os ADOTADA PELO CP e complementada com a do domínio do fato(
elementos necessários para tanto. Também não se pode considerá-lo para casos de autoria mediata-complementa)
como partícipe, eis que a participação pressupõe o crime praticado por
outro autor (e não há). Ele será punido, portanto, por ser o autor da -Teoria do domínio do fato: criado por Hans Welze.Desenvolvido por
determinação para a conduta (ter sido o responsável por sua Roxin. Aquele tem domínio da conduta criminosa(seja executor ou
ocorrência). não), os demais são partícipes. CONTROLE DA SITUAÇÃO. Quem
tem mais controle é o autor, não partícipe
Crimes de mão própria: controle (ou domínio) da situação pode se dar mediante:
-- Não se admite autoria Mediata em crimes de mão própria +controle autor
--Em crimes próprios cabe autoria mediata SE o Autor Mediato -controlepartícipe
tiver as condições exigidas no tipo penal.
1-Domínio da ação: O agente realiza diretamente a conduta prevista no
(Ex.: A testemunha, no crime de falso testemunho, não pode coagir alguém tipo penal
a depor em seu lugar, prestando testemunho falso). PORÉM se a 2-Domínio da vontade: O agente não realiza a conduta diretamente, mas é
testemunha for coagida por terceira pessoa, esta terceira pessoa poderá ser o "senhor do crime", controlando a vontade do executor, que é um mero
considerada AUTOR por determinação instrumento do delito (hipótese de autoria mediata). No caso quem é usado
como instrumento é autor imediato
Relevância causal da colaboração 3-Domínio funcional do fato: O agente desempenha uma função
>A participação do agente deve ser: essencial e indispensável ao sucesso da empreitada criminosa, que é
-RELEVANTE para a produção do RESULTADO dividida entre os comparsas, cabendo a cada um uma parcela significativa,
-PRÉVIA ou CONCOMITANTE à execução/consumação se a essencial e imprescindível.2
colaboração for posterior à consumação, mas combinada previamente,
há concurso de pessoas. Caso não combinada previamente, então crime Todos esses casos acima, o agente será considerado autor do delito. O
de favorecimento pessoal. participe não tem poder de direção sobre a conduta.

Ex: Ana namorada de João, quer matar o Pai. -Teoria Objetivo material: aquele q tem colaboração de maior de
Ana fala tudo para João e pede para fugir após ela praticar o fato Logo, importância, partícipe colaboração menor (participação reduzida)
combinado previamente e colaboração posterior concurso de pessoas
Ana chama João que não sabe do ocorrido, mas ao chegar , ana fala o coautoria
ocorrido e joão concorda em fugir com ela então crime de favorecimento
pessoal
É espécie de concurso de pessoas na qual duas ou mais pessoas praticam
Vínculo subjetivo (ou liame subjetivo): a conduta descrita no núcleo do tipo penal.
Concurso de VONTADES Deve havar vínculo subjetivo ligando as condutas de ambos os autores. 4
É NECESSÁRIO que:
- colaboração tenha sido ajustada ou Tipos:
- Tenha havido adesão de um à conduta de outro -FUNCIONAL(PARCIAL): As condutas dos agentes são DIVERSAS E
SE SOMAM. Ex:um segura a vítima e outro espanca.
A colaboração meramente causal NÃO configura concurso de pessoas -MATERIAL(DIRETA): Autores realizam a mesma conduta. Ex:
ambos espancam
Identidade de infração penal:
=unidade de infração penal Observações:
Todos respondem pelo mesmo crime na medida de sua culpabilidade. -Pode haver COAUTORIA: Nos crimes próprios; entre autores mediatos
Teoria monista. todos respondem o mesmo tipo penal. Entretanto, as -Não pode Haver COAUTORIA: entre autor mediato e imediato; nos
penas ser]ao de acordo com sua culpabilidade .Ex: se tem 20 pessoas crimes de mão própria; em crimes omissivos (doutrina majoritária)
colaboram para a pratica de um homicídio. Todas irão responde pelo -Na coação física irresistível, não há autoria mediata, mas autoria direta
homicídio, mesmo que 1 consiga a arma, outra facilite, outra filme, e etc...
todas respondem o mesmo tipo penal É possível a coautoria nos crimes culposos, pois 2 + pessoas podem se
reunir e fazezr algo arriscado causando resultado não pretendido
Existência de fato punível logo concurso de pessoas na modalide de coautoria. Só não é possível a
=Princípio da Exterioridade participação em crimes culposos. s é perfeitamente possível a
ocorrência de concurso de pessoas em crime culposo, desde que haja
16
vínculo subjetivo entre os agentes, ou seja, desde que os agentes atuem Espécies de elementares:
de forma descuidada (imprudente, negligente ou imperita) em conluio >>Subjetivas( de caráter pessoal): quando relativas à pessoa do agente.
(ex.: dois irmãos combinam de arremessar, um para o outro, um tijolo É o caso da condição de funcionário público, que é pessoal, pois se refere
pesado, mesmo sabendo que o tijolo poderia atingir um pedestre. O tijolo, ao agente
de fato, atinge o pedestre, causando-lhes lesões corporais. Neste caso,
podemos falar em crime de lesões corporais culposas praticado em >>Objetivas(ou de caráter real): quando se referem ao fato criminoso
concurso de agentes). Não há, portanto, união com vistas ao resultado, que em si, seu modus operandi, etc. Assim, o emprego de violência, no crime
não é pretendido pelos agentes. Todavia, há união para a prática da conduta de roubo (art. 157 do CP) é uma elementar objetiva.
descuidada.2
Na autoria colateral: -As circunstâncias objetivas se comunicam. (Referem-se ao fato
criminoso em si) devem ter entrado na esfera de conhecimento dos
ambos praticam o núcleo do tipo, mas um não age em acordo de
demais agentes. Ex: A contrata B para matar C. B informa a A que usará
vontades com o outro .Não tem liame subjetivo
de emboscada (portanto, homicídio qualificado, nos termos do art. 121, §
A e B querem matar C, A e B não sabem da intenção um do outro. A e B se
2° do CP), e A concorda com isto. Nesse caso, a circunstância objetiva
escondem e atiram em C, porém não se sabe de qual arma o tirou veio, logo
“emboscada” (relativa ao meio utilizado), se comunica, pois embora A não
responderão por homício tentado, já que não pode dizer quem realmente
tenha usado de emboscada, concordou com esta prática por B.
matou C6
Diversamente, se B praticasse o crime mediante emboscada sem nada
Não é caso de concurso de pessoas. Caso descobrisse quem matou comunicar ao mandante, A, esta circunstância não se comunicaria, por não
acima, então teríamos um respondendo por homicídio consumado e ter entrado na esfera de conhecimento de A2
outro por tentado
PARTICIPAÇÃO -As circunstâncias subjetivas(de caráter pessoal):
O agente colabora para o crime, mas NÃO PRATICA a conduta do tipo Regra geral: NÃO se comunicam as condições e circunstâncias de
penal. caráter pessoal. Ex: – Se A contrata B, para que este mate C, em razão
deste último ter estuprado sua filha, A comete o crime de homicídio
Observações importantes: privilegiado, em razão do relevante valor moral (art. 121, § 1° do CP).
-Participação de menor importância REDUÇÃO de pena de 1/6 a 1/32
Entretanto, B não comete o crime de homicídio privilegiado, pois a
-Participação INÓCUA não se pune
circunstância “relevante valor moral” é pessoal, não se estendendo ao
-É possível a PARTICIPAÇÃO EM CADEIA
coautor;
não admite a participação dolosa em crime culposo, Exceção: SALVO / Quando ELEMENTARES do crime ( comunicam-se)
não admite a participação culposa em crime doloso.
-Ou seja, as circunstâncias elementares sempre se comunicam, seja
objetiva ou subjetiva. Desde que entre no conhecimento dos demais
TIPOS: agentes. Ex: Júlio, servidor público, convida Marcelo a entrar na
-MORAL: O agente INSTIGA/INDUZ alguém a praticar um crime ( repartição onde trabalham, valendo-se da condição de Júlio, para subtrair
psicológico) alguns computadores. Caso Marcelo conheça a condição de funcionário
público de Júlio, ambos respondem pelo crime de peculato-furto (art. 312,
-MATERIAL: O agente presta auxílio ao autor(fornece objeto p/ o § 1° do CP). Caso Marcelo desconheça essa circunstância elementar,
crime; auxilia na fuga...)(cumplicidade)2 responde ele apenas pelo crime de furto, pois a ausência dessa
circunstância faz desaparecer o crime de peculato-furto, mas a conduta
PUNIBILIDADE no concurso de pessoas: ainda é punível como furto comum
-Por meio de uma adequação típica mediata
-Partícipe é punido com base na teoria da acessoriedade Cooperação dolosamente distinta
-A teoria da acessoriedade limitada é a que mais se amolda ao CP:
-A conduta principal deve ser pelo menos TÍPICA E ILÍCITA “participação em crime menos grave” ou “desvio subjetivo de
para que o partícipe responda pelo crime. (Se o autor agride a vítima em conduta”, ambos os agentes decidem praticar determinado crime, mas
legítima defesa, o fato não é ilícito, então o partícipe não responde)3 durante a execução, um deles decide praticar outro crime, mais grave

Teoria da hiperacessoriedade +radical exige que a conduta seja § 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave,
típica, ilícita, culpável, punível2 ser lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na
hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave.
típica, ilícita=LIMITADA+ , culpável, punível =HIPER //
/ Ex: Camila e Herval combinam de realizar um furto a uma casa que
imaginam estar vazia. Camila espera no carro enquanto Herval adentra à
Comunicabilidade das circunstâncias residência. Entretanto, ao chegar à residência, Herval se depara com dois
Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter seguranças, e troca tiros com ambos, levando-os a óbito (sinistro esse
pessoal, salvo quando elementares do crime cara). Após, entra na casa e subtrai diversos bens. Volta ao carro e ambos
CIRCUNSTâNCIAS + CONDIÇÕES: fogem.
CARÁTER PESSOAL>>NÃO SE COMUNICA
ELEMENTARES DO CRIME>>SE COMUNICA>>DESDE QUE Camila não quis participar do latrocínio, mas apenas do furto, logo,
TENHA CONHECIMENTO, PODE SER SUBJETIVA OU somente responderá pelo furto. Agora, se camila conseguisse imaginar que
OBJETIVA ... isso poderia ocorrer, pois Herval estava com arma, então sua pena seria
aumentada até metade, a do furto...2
A circunstância elementar é aquela que se refere a algo indispensável
para a caracterização do crime. Assim, a circunstância “alguém” no
crime de homicídio, é uma elementar, pois se o fato for praticado contra MULTIDÃO DELINQUENTE:
um animal, por exemplo, não haverá homicídio =Multidão criminosa
-inúmeras pessoas praticam o mesmo delito.
a mera circunstância não é indispensável à caracterização do crime, pois -Ainda que SEM acordo prévio (Adesão tácita)
apenas agregam um fato que, se presente, aumenta ou diminui a pena. -Há concurso de pessoas
Assim, o “motivo torpe” é uma circunstância não-elementar, ou mera -Atenua-se a pena dos agentes ( pois tem maior vulnerabilidade
circunstância, pois caso o fato seja praticado sem essa circunstância, psicológica)
continua a existir homicídio, no entanto, sem a qualificadora. -Agrava-se a pena dos organizadores/líderes

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Ex: Linchamentos, brigas de torcidas organizadas, saques a lojas ou a Homicídio qualificado:
carretas tombadas, etc. prevê uma pena mais grave (12 a 30 anos) razão da maior
reprovabilidade da conduta do agente
Majorante pode ser aplicada também
Crimes contra a pessoa Pode coexistir uma objetiva(meios utlizados) com outra
Homicídio: subjetiva(motivos ) ObMe SuMo
-Bem jurídico tutelado sempre a vida
Qualificadora é diferente de aumento de pena(majorado)
humana=intrauterina(nascituros+ vida extrauterina(de quem já nasceu-
início do parto/feto viável ou não, basta ter vida)
O crime de homicídio admite interpretação analógica no que diz respeito
>Elemento subjetivo:
à qualificadora que indica meios e modos de execução desse crime. Ex: III -
-Todos são puníveis de forma DOLOSA.
com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio
-culposa, só há punição para o homicídio( não há aborto culposo,
(generalizou, permitindo interpretar para outras situações) insidioso ou
infanticídio culposo...)
cruel, ou de que possa resultar perigo comum2
-Pena TODOS(Reclusão), EXCETO( detenção) os ( homicídio
culposo; infanticídio; aborto provocado pela gestante ou consentimento
SERÁ QUALIFICADO, QUANDO:
para realização)
 Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo
-Tentativa TODOS admitem, EXCETO(homicídio culposo, óbvio)
-Ação penal – Todos os crimes contra a vida são de ação penal pública torpe (repugnante) . Subjetiva(motivos do crime) ObMe SuMo
incondicionada.
 Por motivo fútil( banal/bobo/ínfimo): matar por 2 reais
“sem motivo” não poderia ser configurado como “motivo fútil”
Modalidades:
Subjetiva(motivos do crime) ObMe SuMo
▪ Homicídio simples
▪ Homicídio privilegiado (§1°)
▪ Homicídio qualificado (§2°)  emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio
▪ Homicídio culposo (§3°) insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum. 2
▪ Homicídio culposo majorado (§4°, primeira parte) É uma qualificadora decorrentes dos meios utilizados qualificadora de
▪ Homicídio doloso majorado (§4°, segunda parte e §§ 6º e 7º) ordem objetiva. Objetiva(meios utilizados) ObMe SuMo
OBS.:CUIDADO! A utilização de tortura como meio para se praticar o
homicídio, qualifica o crime. Entretanto, se o agente pretende torturar
Homicídio simples:
(esse é o objetivo), mas se excede (culposamente) e acaba matando a
-É crime material(se consuma quando vítima falece, finalização de atos vítima não haverá homicídio qualificado pela tortura, mas tortura
executórios) e crime comum qualificada pelo resultado morte.
-Poder ser praticado por: comissiva (ação) ou omissiva (omissão) ou por
meios psicológicos
 - À traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso
=matar alguém  reclusão de 6 a 20 anos + Multa que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido. o (ex.: agir
Se praticado contra <14 anos ou >60 anos pena +1/3 pelas costas, de surpresa, com a vítima dormindo etc).
Se praticado por Milícia privada(sob o pretexto de prestação de É uma qualificadora decorrentes dos meios utilizados qualificadora de
serviço e segurança)+grupo de extermínio pena +1/3 até a metade ordem objetiva. Usa os meios(objetiva) ObMe SuMo
Idade da vítima não é meio empregado, é apenas qualidade natural da
é possível a compatibilidade do dolo eventual(assumir risco de produzir vítima
resultado) com a violenta emoção/o homicídio doloso com dolo
eventual, mas privilegiado), pois é possível que alguém, sob violenta  Para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou
emoção realize uma conduta perigosa, assumindo o risco do resultado. No vantagem de outro crime
entanto, existem alguns julgados do STF em sentido contrário.2 É uma Conexão objetiva de crimes, pode ser:
>>>> Teleológica: assegurar a execução de futuro crime
Homicídio privilegiado(privilégio):: >>>> Consequencial: assegurar a ocultação, impunidade ou vantagem
de outro crime que ocorreu( Não precisa ser praticado pelo agente que
praticado em circunstâncias especiais reprovabilidade da conduta do
pratica o homicídio, pode ser outra pessoa)
agente é menor e faz jus a uma diminuição de pena pena reduzida
É uma qualificadora decorrentes dos determinantes do delito
1/3 a1/6
qualificadora de ordem subjetiva. ObMe SuMo
Se o agente comete o crimeimpelido por motivo de RELEVANTE
VALOR SOCIAL ou MORAL + sub domínio de VIOLENTA  Contra a mulher por razões da condição de sexo feminino
EMOÇÃO, logo em seguida a INJUSTA PROVOCAÇÃO da vítima  (feminicídio)
JUIZ pode reduzir pena de 1/3 a 1/6 Não basta ser mulher, precisa caracterizar que foi devido ao gênero
(Como caracterizar violência doméstica e familiar ou menosprezo ou
é sempre qualificadora subjetiva( motivos do crime) discriminação à condição de mulher.)
OBS.: Ausência de motivo não pode ser equiparado a motivo fútil qualificadora do feminicídio é objetiva, de forma que pode coexistir com
(qualificadora), logo trata-se de homicídio simples a qualificadora do motivo torpe(subjetiva)6+ ObMe SuMo
-Motivo de relevante valor social(coletividade): (ex.: matar o estuprador
do bairro, pessoa que vem trazendo o terror a toda uma comunidade
 Contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da
Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força
-Motivo de relevante valor moral(relacionado a interesses próprios do
Nacional de Segurança Pública, NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO OU
agente-nobres..): ex: Eutanásia
EM DECORRÊNCIA DELA, OU CONTRA PARENTES DESSES
-Sob o domínio de violenta emoção, logo após injusta provocação da
FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS seu cônjuge, companheiro ou parente
vítima:
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição (homicídio
Requisitos:
Seguir Sequência: \ injusta provocação da vítima o/dominado fora “funcional”) (É qualificadora)1 ObMe SuMo
de si total crime(matou a vítima)

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 Com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido. Precisa Obs.: O juiz pode DEIXAR de aplicar a pena se as consequências da
ter o desparo. Usar de coronhada, não configura qualificadora infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção
penal seja desnecessária2
Observações:
Se houver mais de uma qualificadora ?
uma qualifica o crime
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a
demais agravantes genéricas automutilação
O suicídio não é crime (ou sua tentativa)
Crime privilegiado-qualificado:4 conduta do terceiro que auxilia outra pessoa a se matar (material ou
Se o crime for, ao mesmo tempo, privilegiado e qualificado ? moralmente) é crime.
homicídio qualificado-privilegiado só será possível se a qualificadora Pode ser praticado de 3 formas: 2IA
for objetiva (relativa ao meio utilizado), pois a circunstância - Induzimento: induz/cria ideia na vítima
privilegiadora é sempre subjetiva (relativa aos motivos do crime). -Instigação: força a ideia já existente na cabeça da vítima
Será hediondo ? Não -Auxílio: empresta os meios para vítima fazer
Consumação mero ato de 2IA ( não precisa vítima se matar ou
Quando o crime de homicídio é hediondo? TODOS qualificadoras + mutilar para ser consumado)logo crime formal portanto resultado
grupo de extermínio3 de lesão GG ou G qualificadora
homicídio simples não é hediondo>>para ser hediondo precisa ser
qualificado Obs.:mero INDUZIMENTO genérico, abstrato, sem alvo definido, não
configura crime (ex.: criar um website e enaltecer aqueles que praticam
Homicídio culposo: suicídio, conclamando os jovens em geral a ceifarem a própria vida)
>por inobservância de um dever de cuidado (negligência, imprudência
ou imperícia)causa a morte da pessoa Se não teve algo>>simples, consumada // se teve algo>>qualificada
 Agente 2IA a vítima a se S e A:
- Negligência: relaxado ( imprudência por omissão) Sem morte/Sem lesão G
-Imprudência: afoito,afobado Responde: art 122 simples, consumada
-Imperícia: sem conhecimento]
Detenção de 1 a 3 anos  Agente 2IA a vítima a se S e A:
Com lesão G ou GG
Homicídio majorado: Responde: art 122, qualificada. Reclusão 1 a 3 a
majorado (ter a pena aumentada), se:
 Agente 2IA a vítima a se S e A:
Com morte
No homicídio CULPOSO, se:2 Responde: art 122, qualificada. Reclusão 2 a 6 a
--Resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício
-O agente deixa de prestar imediato socorro à vítima  Agente 2IA a vítima a se S e A:
- Não procura diminuir as consequências de seu ato <14 anos ou sem capacidade de resistência
--Foge para evitar prisão em flagrante Responde: homicídio(com morte) OU lesão corporal GG(sem morte)
= aumentada de 1/3
majorantes (causas de aumento de pena):
No homicídio DOLOSO, se:1 ➢ Pena duplicada
- contra <14 anos e >60 anos= aumentada de 1/3 ▪ Se praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil; ou
-praticado por mílicia privada(prestação de serviço seg) OU grupo de ▪ Se a vítima é menor ou tem diminuída a capacidade de resistência
extermínio = aumento de 1/3 a metade ➢ Pena aumentada ATÉ O DOBRO
▪ Se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede
No feminicídio, se crime praticado:3 social ou transmitida em tempo real.
-Durante a gestação ou 3 meses posterior ao parto ➢ Pena aumentada até METADE
-<14 anos ou >60 anos com deficiência ou portadora de doenças ▪ Se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual.
degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade
física ou mental Crime da competência do:
-Na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima -Júri: 2IA ao suicídio  por ser crime doloso contra a vida
-Em descumprimento das medidas protetivas de urgência -Juiz singular/natural/ o normal: 2IA à automutilação por n ser crime
= aumento de 1/3 a metade 6+ doloso contra a vida

QUALIFICADORA X MAJORANTE Art 122 incluído como crime contra vida, NEM sempre será crime
qualificadora modifica a pena-base do delito: o (ex.: no homicídio, se contra a vida, caso de juiz singular automutilação
houver qualificadora, a pena deixará de ser de 6 a 20 anos e passará a ser de
12 a 30 anos)
Infanticídio
Uma majorante não altera a pena-base do delito: mas gera um Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho,
aumento de pena pelo Juiz quando da dosimetria (Ex.: José praticou durante o parto ou logo após: Pena - detenção, de dois a seis anos.
homicídio simples contra uma pessoa de 67 anos. A pena-base não será
alterada (continuará a ser de 6 a 20 anos de reclusão), mas o Juiz, quando SEM influÊncia do estado puerperal>>aborto ou homicídio >>a depender
for aplicar a pena, deverá, ao final, aumentar a pena aplicada em 1/3, por do tempo da morte!
ser a vítima maior de 60 anos.)
Tratando-se de delito de infanticídio, dispensa-se a perícia médica caso se
comprove que a mãe esteja sob a influência do estado puerperal, por haver
Perdão Judicial presunção juris tantum de que a mulher, durante ou logo após o parto, aja
Perdao judicial extinta a punibilidade cabível apenas para sob a influência desse estado>>A situação do puerpério por si só já gera
homício culposo presunção de que a mulher está sob a influência do estado puerperal, de
Não é considerado para fins de reinscidência forma que cabe a quem interesse provar o contrário1

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espécie de homicídio” que recebe punição mais branda devido
transtornos que estado puerperal pode causar a mãe LESÕES GRAVÍSSIMAS(GG) PEIDA
-sujeito ativo sempre a mãe RESULTADO:
-influência do estado puerperal (CRIME PRÓPRIO) MAS é ▪ Perda ou inutilização do membro, sentido ou função
possível concurso de pessoas( desde que conheça a condição puerperal da ▪ Enfermidade incurável
mãe) ▪ Incapacidade permanente para o trabalho
-sujeito passivo , recém-nascido ▪ Deformidade PERMANENTE
▪ Aborto
-Não admite a forma culposa do crime PENA – 02 a 08 anos de reclusão6+
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento
Lesão corporal QUALIFICADA pela morte
Art. 124 - Resulta em MORTE+ CIRCUNSTÂNCIAS, indicam o agente:
1) Gestante pratica o aborto em si própria OU -não quis o resultado e nem assumiu o risco de produzi-lo
2)Gestante permite que outra pessoa pratique o aborto É Crime preterdeloso
nela(CONSENTIMENTO) a mãe( responde 124/ terceiro responde art Reclusão: 4 a 12 anos1
126)exceção à teoria monista que diz que comparsas devem responder
pelo mesmo crime.
Lesão corporal PRIVILEGIADA
É crime de mão própria só o agente pode fazer
crime só é punido na forma dolosa 2 SITUAÇÕES:
3) Provocar aborto, SEM O CONSENTIMENTO da gestante ▪ Agente comete o crime movido por relevante valor moral ou social, ou
movido por violenta emoção, logo em seguida à injusta provocação da
Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: vítima = PENA DIMINUÍDA DE 1/6 A 1/3
Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante ▪ Não sendo graves as lesões:
consentimento só é válido se gestante tem condições de manifestar a) Ocorrer a situação anterior; ou
vontade. b) se tratar de lesões recíprocas entre infrator e ofendido – O JUIZ
Se sem condições de manifestar(<14 anos; fraude; débil; PODE SUBSTITUIR A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE PELA
enganada,...)crime cometido pelo agente, não pela gestante. Agente MULTA
responde por art 125
A Lesão corporal na modalidade CULPOSA
Majorantes: Detenção 2m a1 ano
obs.:Em lesão corporal culposa é possível perdão judicial. quando as
Caso de aumento de pena
consequências da infração atingirem o infrator de tal forma que a pena se
aborto provocado por terceiro:
torne desnecessária.
+ gestante sofre lesão corporal grave = penas aumentadas de 1/3
+ gestante morre = PENA DUPLICADA1
OBS.: lesões corporais culposas em direção de veículo automotor é crime
especial, previsto no CTB, logo, não se aplica o CP nesse caso.
Aborto permitido:
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: MAJORANTE
resultante de estupro( se incapaz, permitido por representante legal) ( causas de aumento de pena
basta apenas BO em delegacia constando que foi vítima de estupro, não
Se:1
precisa de sentença dizendo que foi estuprada)
não há outro meio de salvar a vida da gestante -resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício
- agente deixa de prestar imediato socorro à vítima
aborto de fetos anencéfalos
violação a um dever objetivo de cuidado (negligência, imprudência ou
OBS.: NÃO É PERMITIDO O aborto eugênico, permitido para impedir a
imperícia)
continuação da gravidez de fetos ou embriões com graves anomalias
(Apenas estético)3 - ou foge para evitar prisão em flagrante
=AUMENTO DE (1/3)

lesões corporais Se:


=ofender a INTEGRIDADE CORPORAL OU a SAÚDE de outrem Praticado por milícia privada(presto de serviço) OU grupo de
=Detenção(3m a 1 ano) extermínio
=AUMENTO DE 1/3 À METADE
Ação Penal:
>Regracrimes de lesão corporal pública incondicionada. >>contra integrantes das Forças Armada AUMENTADA DE 1/3 A
>lesão leve ou lesão culposa pública condicionada à representação 2/3. é necessário que o crime tenha sido praticado no exercício da função
ou em razão da função exercida pelo agente. +parentes deles
Classificada:
1 Simples (caput) : NÃO resultar lesões grave ou morte. >> lesão corporal praticado no âmbito da violência doméstica
2 Qualificada: COM (lesões graves) ou morte (Lesão corporal seguida de
morte)1 ▪ Se o crime for qualificado (lesão grave, gravíssima ou morte) – PENA
3 Privilegiada
QUALIFICADA, COM AUMENTO DE 1/3.
4 Culposa (§ 6°)
▪ Se vítima deficiência – A PENA É AUMENTADA DE 1/3.
LESÕES GRAVES(G) PIDA
RESULTADO contexto de violência doméstica e familiar(se lesão leve) configura
▪Perigo de VIDA qualificadora
▪ Incapacidade para as ocupações habituais, por + 30 dias (laboral ou contexto de violência doméstica e familiar(lesão qualificada pelo
não) resultado) MAJORANTE (AUMENTO DE 1/3).
▪ Debilidade PERMANENTE de membro, sentido ou função . Não tem
nada a ver com temporária, ok ? lesão corporal qualificada por ser praticada contra a mulher por razões da
Ex: perda de rins>>causa debilidade permanente de rins(função renal) condição do sexo feminino
▪ Aceleração de parto duas situações:
PENA – 01 a 05 anos de reclusão  Violência doméstica e familiar

20
 Menosprezo ou discriminação à condição de mulher >>causa de aumento de pena (de 1/3), caso:
qualificadora somente se aplica à lesão corporal dolosa simples  O abandono ocorra em local ermo (deserto)
 O agente for ascendente (pai, mãe), descendente (filho, neto), irmão,
para a configuração da violência doméstica e familiar contra a mulher, cônjuge, tutor ou curador da vítima
é dispensável a coabitação(não precisa morarem juntos, basta que  Se a vítima possuir mais de 60 anos
tenha as características anteriores)
Exposição ou abandono de recém-nascido
CUIDADO! Se a lesão é praticada com violência doméstica à MULHER,
em qualquer caso a ação penal será pública incondicionada Art. 134 - Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar desonra
própria:
expor o recém-nascido a perigo (ação)
periclitação da vida e saúde ou abandoná-lo (ação ou omissão).
São os crimes de perigo: Atos praticados pelo agente, Embora não causa
de danoExpõem a perigo de dano outrem Caso não haja essa intenção de ocultar desonraresponde pelo crime
de abandono de incapaz
São crimes formaisocorrer dano é irrelevante para a consumação do
Consumaçãocolocar recém-n em perigo concreto
delito// não precisa do resultado para configurar o crime

-crime de perigo de contágio de doença venérea  ação penal Omissão de socorro


condicionada à representação.
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo SEM
-demais  ação penal pública incondicionada
RISCO PESSOAL, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa
inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não
Perigo de Contágio venéreo pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato
libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber conduta somente pode ser praticada na forma omissiva (Crime omissivo
que está contaminado: puro)>que se consuma com a mera realização da conduta. De forma que a
Irrelevante se vítima concorda com o ato, é crime de todo jeito, pouco ocorrência ou não de algum resultado não pode ser imputada ao agente,
importa se ele quer contaminar ou não // são crimes formais(Não admite que responde apenas pela omissão de socorro
forma culposa)
Importando se o agente quer ou N contaminar o parceiro Doutrina exige que o sujeito ativo esteja presente na situação de perigo,
Se agente tem intenção de contaminar qualificadora pena mais grave ou seja, que esteja presenciando a situação em que a vítima se encontra e
deixe de prestar socorro, quando podia prestar socorro sem risco pessoal.
Perigo de contágio de moléstia grave Assim, se o agente apenas sabe que outra pessoa está em risco, mas não
se move até o lugar para salvá-la, não há crime de omissão de socorro.
Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de
que está contaminado, ato capaz de produzir o contágio Imagina que todo mundo de um prédio ouvisse alguém pedir socorro
na rua e ninguém prstou socorro.. no outro dia está morta.. todos
seriam presos ? não
-exige que o agente queira transmitir a doença
-qualquer meio apto a transmitir a doença
-se consuma com a mera realização do ato), não se exigindo que o Lesão G em pessoa não socorrida AUMENTO DE PENA
Morte de pessoa não socorrida PENA 3X
resultado ocorra (contaminação)- crime formal, basta a mera intenção

Se o resultado ocorrer, duas situações podem se mostrar: Concurso de agentes, se aplica ?


Doutrina majoritária possível apenas PARTICIPAÇÃO, mas não
 A doença que contaminou a vítima causou lesão leve crime de perigo
coautoria
de contágio de moléstia grave.
 A doença que contaminou a vítima causou lesões graves ou a morte – situação de acidente de trânsito:
O agente responde por estes crimes (lesões corporais graves ou morte). -agente está envolvido no acidente - É regulada pelo CTB.
-não está envolvido no acidente - Se apenas presenciou a situação na qual
Perigo para a vida ou saúde de outrem havia pessoa que necessitava de ajuda por ter se envolvido em acidente de
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e trânsito, responde pelo art. 135 do CP
iminente.: Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui
crime mais grave Omissão de socorro à pessoa idosa É crime específico previsto no
Pode ser por omissão. Ex: partrão deixar de fornecer EPI Estatuto do Idoso
Não há forma culposa>>é crime formal!
Caso o resultado ocorra: Omissão de socorrocrime omissivo próprio( que se consuma em um
➢ O resultado gera um delito mais grave – Responde pelo delito mais único ato omissivo) e instantâneo(unissubsistente)( por isso não admite a
grave forma tentada)(consumação imediata)
➢ O resultado é menos grave do que o crime de exposição a perigo – É crime comum pode ser praticada por qq pessoa
Responde pelo crime de exposição a perigo
Crime Comissivo
Crime ocorrere transporte irregular de pessoas para prestação de >Crime Comum: qualquer pessoa o pratica
serviços em estabelecimentos. =AUMENTO DE PENA >Crime próprio: Exige uma qualidade especial do agente (Ex: peculato -
EXEMPLO: Transporte de “boias-frias” na caçamba do caminhão, sem agente que o praticou tem de ser servidor público)
qualquer proteção
Crime Omissivo
Abandono de incapaz >>Próprio/Puro: omissão de quem tinha o dever de agir (o agente não faz
o que a norma manda. omissão, por si mesma, já caracteriza o delito, ainda
Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, que desta omissão não resulte resultado Naturalistico Exemplo: omissão
vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se de socorro – CP, art. 135).
dos riscos resultantes do abandono:
“incapaz qualquer pessoa que não tenha condições de se proteger Crimes omissivos PRÓPRIOS não admitem a tentativa2
sozinha,

21
aquele carinha que tá vendo a criança se afogando na piscina e nada faz. a Crimes contra a HONRA
conduta negativa é descrita no preceito primário - "omissão de socorro".
É CID da Era do Gelo
Calúnia>> falso crime
>>Impróprio/Impuro: é o que exige do sujeito uma concreta atuação para
Injúria>>individual>> ofende dignidade
impedir o resultado que ele devia (e podia) evitar. (o resultado é obtido por
Difamação>fato negativo
inação), respondendo o agente por um crime naturalmente ativo, em função
de uma omissão, também chamado de crime comissivo por omissão. (Ex:
-Honra SSubjetiva: sentimento de apreço pessoal q a pessoa tem por si
Salva vidas que viu e propositalmente não agiu.)
(PESSOAL)
o salva vidas que tá trocando uma ideia com uma novinha e nao vê a criança
-Honra Objetiva: Ligada à imagem da pessoa perante a cOletividade
morrendo . existe o dever jurídico de agir - a criança veio a óbito por falta
de amamentação. A mãe responde por homicídio, haja vista que existe o
Súmula 714 do STF - “É concorrente a legitimidade do ofendido,
dever legal de criar, proteger e cuidar (art. 1634 do CC)
mediante queixa, e do Ministério Público, condicionada à
representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra
Já os crimes omissivos IMPRÓPRIOS admitem a tentativa
de servidor público em razão do exercício de suas funções.
Hipótese de omissão imprópria (Art.13/CP):
CALÚNIA:
1. Tenha por lei obrigação de cuidado, proteção e vigilância.
2. De outra forma, assuma a responsabilidade de impedir o resultado =Caluniar alguém imputando-lhe FALSAMENTE fato definido como
3. Com seu comportamento anterior, criou risco da ocorrência CRIME
do resultado.5 -Mesma pena quem sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga
DETENÇÃO 6M a 2 Anos + Multa
Omissivo próprio:
-é punível a Calúnia contra os mortos(quando se atribui a eles a prática
 O agente não tem o dever de agir, mas poderia não se omitir.
de crime quando em vida / agente passivo será os familiares)
 Está devidamente tipificado.
 Não depende da consumação do resultado. exceção da verdade>>é prova do que o que foi dito nos crimes contra
 É irrelevante. honra(calunia/difamação) é verdadeiro. Só admitido para calunia e
 Responde pela conduta difamação>>para difamação>>só se funcionário publico, ok ?
Omissivo impróprio: Havendo exceção da verdade não há crime de calúnia, eis que o fato
 O agente tem o dever de agir e se omite. imputado não terá sido falso, de forma que a exceção da verdade tem
 Não está devidamente tipificado. natureza de causa de exclusão da tipicidade da conduta, ou seja, causa
 Depende da consumação do resultado. de exclusão do próprio crime(da calunia...ja que está falando a
 É relevante. verdade) da pessoa que está imputando esse crime contra outra, entendeu ?
 Responde pelo resultado Em síntese, o crime de calunia é imputar falsamente fato definido como
Omissivo Próprio = PROpulação = cabível a todos. crime...se o fato é verdadeiro não haverá crime(de calunia).
Omissivo Improprio = IMcarregado = pessoa específica
É admitido a Prova de verdade Condição que o agente ativo tem de
OBS.: É possível, do ponto de vista jurídico-penal, participação por provar o que está imputando sobre o agente passivo(q sofre de
omissão em crime comissivo. calúnia/difamação/injúria)
exemplo: A quer matar B (morador do edifício Tulipas) e pede ajuda ao
porteiro C, para que se omita e deixe aberta a porta do prédio, facilitando -Admite-se PROVA DE VERDADE, SALVO se:
assim a entrada de A. Participação por omissão em crime comissivo. >>Crime de ação Privada: Ofendido não foi condenado por sentença
Maus-tratos irrecorrível
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, >>Crime de ação Pública: Ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível
guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou >>Se o fato é imputável às pessoas listadas no art 141 CP
custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, -Bem jurídico lesado honra Objetiva/cOletividade
quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de Ex: alguém diz que roubei algo, só q n fiz isso, é uma calúnia, estragando
meios de correção ou disciplina: minha imagem perante outras pessoas, imputando falsamente um
crime(roubo) a mim.
DIFERENTE DE tortura é necessário que a vítima seja submetida a Logo, vou entrar com uma ação contra ela>por calúnia>>ela vai responder
intenso sofrimento (físico ou mental) conseguir alguma declaração ou Entretanto, cabe a exceção da verdade>>se ela tiver falando a verdade, o
demonstrar poder tribunal vai desconsiderar essa calúnia, pois se trata de crime verdadeiro,
ok?
<14 anos AUMENTO DE PENA Cabe prova da verdade>> essa pessoa vai precisar provar que cometi esse
crime de roubo, mas não cabe prova da verdade caso EU ainda não fui
condenado ou não fui absolvido//esquisito isso, preciso verificar essas
Da rixa exceções!
Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores:
é possível o concurso de pessoas É Crime de Denunciação caluniosainstaurar investigação policial
consumação se dá com o início da rixa ou entrada contra alguém, imputando-lhe crime de que se sabe ser inocente. (Não é
Todos respondem pela forma qualificada ? calúnia)
Prevalece que sim, EXCETO se entrou na rixa após o resultado morte ou
lesões corporais. DIFAMAÇÃO
=Difamar alguém, imputando-lhe fato OFENSIVO À SUA
se o agente entrou na rixa apenas após a ocorrência das lesões graves ou REPUTAÇÃO
morte, responde por rixa simples. DETENÇÃO 3 M a 1 ano + Multa
Exceção da verdade só é possível se o ofendido é Funcionário , ou
Agora, se for identificado o agente que deu causa a L G ou Morte rixa seja, se o ofendido for func publico, entã cabe o ofensor provar...
simples + delito , e os demais envolvidos antes disso respondem na forma Público( e a ofensa é relativa ao exercícios de suas funções)
qualificada -Bem jurídico lesado honra Objetiva/cOletividade
Ex: vizinho espalha para vizinhança que estou traindo minha esposa. Ele
ação penal é pública incondicionada está imputando fato ofensivo sobre a minha reputação. Não é calúnia
porque não se trata de falso crime, é, portanto, ofensa

22
OBS.:Não se pune a difamação contra os morto//entretanto se pune a Perseguição (stalking)
Calúnia contra os mortos, ok ?
Art. 147-A. Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio,
>ameaçando-lhe a integridade física ou psicológica,
INJÚRIA >restringindo-lhe a capacidade de locomoção
INdividual>>fere a honra SSubjetiva//PESSOAL >ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de
=Injuriar alguém, OFENDENDO-LHE a DIGNIDADE ou o DECORO. liberdade ou privacidade
(resultado necessário) Conduta precisa ser feita habitualmente(crime habitual)
DETENÇÃO 1 A 6 MESES + M -é crime mesmo presencialmente ou internet(cyberstalking)

-Se consiste em VIOLÊNCIA ou VIAS de FATO que se considerem >>MAJORANTES: PENA 2X


alvitantes( dá tapas na cara de alguém com intenção de humilhar)  <18anos e >60 anos
DETENÇÃO 3 M a 1 A + M + pena da violência Contra mulher por razão do sexo
Mediante concurso de 2+ ou com arma
- Se consiste no uso de elementos de RAÇA, COR, ETNIA, RELIGIÃO ação penal pública condicionada à representação
ou Condição de IDOSO/portador de deficiência  RECLUSÃO 1 A 3
anos + M
Observações: Violência psicológica contra a mulher
O juiz pode deixar de aplicar a pena se: Causar dano emocional à mulher:
-O ofendido(de forma reprovável) PROVOCOU diretamente a injúria  que a prejudique e perturbe seu pleno desenvolvimento; ou  com a
-O caso de retorção mediata que consista em outra injúria ( injuriou finalidade de degradar ou controlar suas ações, comportamentos,
rebatendo uma injúria contra si) crenças e decisões.
> Na injúria nunca se admite prova da verdade>> imagina ai o ofensor
racista provar que o ofendido é algo negativo por isso e aquilo para Os meios empregados pelo agente podem ser:
poder se safar da justiça? nada a ver! É inadmissível qualquer tipo de  Ameaça; Constrangimento; Humilhação; Manipulação; Isolamento;
prova para justificar atitudes racistas no sentido de estar certo. Chantagem; Ridicularização; Limitação do direito de ir e vir; Qualquer
Absurdo! Por isso não se admite prova da verdade outro meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação:
Injúria real contato físico com intenção de humilhar( tapa na cara)
Injúria qualificada pena + grave ( casos de raça, cor,...) tipo penal misto alternativoa prática de qualquer das
Racismo relativo ao grupo condutasconfigura o delito <-> prática de mais de uma delasnão
Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da configura pluralidade de crime
calúnia ou da difamação, fica isento de pena. Parágrafo único. Nos casos
em que o querelado tenha praticado a calúnia ou a difamação utilizando-se ação penal pública incondicionada.
de meios de comunicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o ofendido,
pelos mesmos meios em que se praticou a ofensa. Observações:
AUMENTO DE PENA >>  Não se aplicam a suspensão condicional do processo e a transação
-Presidente da rep/ chefe de gov / Func público em razão da função penal
-presença de várias pessoas  Não cabe substituição da pena privativa de liberdade por pena
- >60 anos e pessoa com deficiência restritiva de direitos
RETRATAÇÃO>> antes da sentença  Não se aplica o princípio da insignificância
TITULARIDADE>> Ofendido>>QUEIXA  Não é necessária coabitação entre infrator e vítima
Crimes contra a liberdade individual
Sequestro e cárcere privado
Constrangimento ilegal
“privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere
privado
=Constranger Alguém a:
-Não fazer o que a lei permite NÃO É CRIME DE AÇÃO MÚLTIPLA/ CONTEÚDO VARIADO
-fazer o que ela não manda São aqueles crimes que possui no preceito primário vários verbos e
Mediante VIOLÊNCIA OU GRAVE AMEAÇA ou depois de lhe haver núcleo do tipo,bastando a prática de um deles para a configuração do
reduzido a capacidade de resistência crime. Veja que só basta o NOME PRIVAR, caracterizando ação única1
Detenção 3M a 1ª + pena de violência
 Sequestro – A privação da liberdade não implica em confinamento da
-Se reunir +3 pessoas ou houver emprego de armas de fogo PENA vítima em recinto fechado;
cumulativa e EM DOBRO
 Cárcere privado – É espécie do gênero sequestro, mas exige que a
vítima fique confinada em recinto fechado.
o constrangimento não é punido se:
 Praticado pelo médico, para salvar a vida do paciente (quando este não Qualificadoras:
queira); ou
 Contra ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do infrator,
 Se o agente exerce a coação para impedir o suicídio do coagido (§3°). ou contra pessoa maior de 60 anos
 Mediante internação em casa de saúde ou hospital
Ameaça  Por mais de 15 dias
 Contra menor de 18 anos
=Ameaçar alguém de cauasr-lhe MAL INJUSTO e GRAVE por
 Com fins libidinosos (sexuais)
palavra, escrito, gesto, qualquer outro meio simbólico
pena será de 2 a 5 anos.
Detenção 1 a 6 M ou Multa
-vítima grave sofrimento físico ou moral, em razão de maus tratos ou da
Somente se procede mediante ação pública condicionada à natureza da privação da liberdade. pena será de 2 a 8 anos.
representação
Consumação quando vítima tem conhecimento sobre Redução à condição análoga à de escravo
Contra a inviolabilidade do domicilio
É modalidade especial de privação de liberdade
Não cabe tentativa, mas é possível quando escrita
23
“reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a - instala ou utiliza estação ou aparelho radioelétrico sem as formalidades
trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições legais – Rádio pirata
degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua -a violação da correspondência se dar mediante o abuso da condição de
locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto” sócio ou empregado de estabelecimento comercial ou industrial ( basta
apenas que ▪ A desvie ▪ A sonegue ▪ A suprima ▪ A subtraia ▪ Revele seu
contra criança ou adolescente, ou por motivo de preconceito de raça, cor, conteúdo a estranhos para ser crime)
etnia, religião ou origem.= aumenta-se a pena em metade
Se resulta algum dano para outrem, a pena é aumentada em metade
Tráfico de pessoas Qualificada: praticado por funcionário público
Atender 1,2,3(conduta+meio empregado + finalidade)
Divulgação de segredo
Art. 153 - Divulgar alguém, sem justa causa, conteúdo de documento
particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou
detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem:
SEM JUSTA CAUSA—>Sse a pessoa revela o conteúdo do documento de
forma LEGAL, não há crime

Art. 154 – violação de segredo: Revelar alguém, sem justa causa,


segredo, de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou
profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem:1

A consumação do delito se dá quando o agente efetivamente invade o


dispositivo informático alheio independentemente do fato de conseguir ou
PENA aumenta de 1/3 até a metade se: não obter, alterar ou destruir os dados ou instalar as vulnerabilidades para
 O crime for cometido por funcionário público no exercício de suas obter a vantagem ilícita
funções ou a pretexto de exercê-las
 O crime for cometido contra criança, adolescente ou pessoa idosa ou
com deficiência Crimes contra o patrimônio
 O agente se prevalecer de relações de parentesco, domésticas, de
coabitação, de hospitalidade, de dependência econômica, de autoridade ou
Furto
de superioridade hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou 155=SUBTRAIR, p/si ou p/ outrem coisa alheia MÓVEL
função (RECLUSÃO 1 A 4 A + M)
 A vítima for retirada do território nacional -Se o crime é praticado durante o REPOUSO NOTURNO (a pessoa tava
tranquila, descansando...)=AUMENTADA DE 1/3
diminuída de 1 a 2/3 se: -É crime comum qq 1 pode fazer
 O agente for primário; e Coisa móvel = energia elétrica ou qq outra coisa de valor econômico/
cadáver desde que seja de alguém
 Não integrar organização criminosa
-Furto de sinal de TV a cabo atípico, não pode ser comparado a
energia elétrica
Contra a inviolabilidade das correspondências e segredos - o fato de haver sistema de vigilância(vigilante incluso nisso) e
monitoramento eletrônico não torna impossível o crime de furto 3
-Apenas dolo
-Consumaçãoposse da coisa

Furto qualificado:
-Se o crime é cometido:
1-com destruição/rompimento de obstáculo à subtração da coisa
2-com abuso de confiança ou fraude, escalada ou destreza
3-Com emprego de chave falsa
4-Concurso >=2pessoas
RECLUSÃO 2 A 8 A + M
-Se houver emprego de explosivo ou de artefato análogocause perigo
comum
-Se a subtração for de substância explosiva ou acessórios q possibilitem
sua fabricação
RECLUSÃO DE 4 A 10 A + M
-Se a subtração for de veículo automotor que seja transportado p outro
estado/exterior
RECLUSÃO 3 A 8 ANOS
-Se a subtração for de semovente(animal) domesticável de produção
(ainda que abatido ou dividido em partes no local
RECLUSÃO DE 2 A 5 A

CONSUMAÇÃO quando o agente toma conhecimento do conteúdo da Furto privilegiado:


correspondência destinada, não havendo necessidade de abertura da
Juiz pode substitui-la por DETENÇÃO ou diminui-la de 1/3 a 2/3 ou
carta
aplicar apenas Multa, Se:
É crime:
-o criminoso é PRIMÁRIO
-sonegação ou destruição de correspondência alheia (consumação
-seja de PEQUENO VALOR a coisa furtada
apossamento, não importa se sonegou ou destruiu)
-divulga ou utiliza indevidamente comunicação telegráfica de terceiro,
É possível aplicação de privilégio ao furto qualificado ? SIM, desde
ou conversação telefônica entre outras pessoas;
que:
-impede as comunicações previstas acima;
-Presentes os requisitos
24
-Qualificador de ordem objetiva(meios)>>pois privilegiada é sempre Observações:
subjetiva(mmotivos)2 OBME SUMO Agente MATA e depois ROUBA =Homicídio em concurso com
Furto( morte seguida de furto)(é furto pois a vítima já está morta e não
furto qualificado pelo abuso de confiança não se admite aplicação do tem como praticar violência ou intimidação)
privilégio mesmo que o réu seja primário e de bons antecedentes2
Agente MATA COMPARSA= roubo em concurso material com
homicídio, e não latrocínio.
Observações:
-Roubar para usar e depois devolverfurto de uso, que NÃO É
Agente erra tiro na vítima e atinge comparsa=erro na execução
CRIME.
-a mera subtração da folha de cheque, em branco, não caracteriza furto, (aberratio ictus)= responde como se tivesse atingido a vítima=
latrocínio.
por possuir valor insignificante
-O que é achado ou abandonando  não é crime “achado não é roubado”
>>SUBTRAÇÃO CONSUMADA + MORTE CONSUMADA =
Latrocínio consumado
Roubo >> SUBTRAÇÃO TENTADA + MORTE TENTADA = Latrocínio
=SUBTRAIR coisa MÓVEL alheia, para si ou para outrem, MEDIANTE tentado
GRAVE AMEAÇA ou VIOLÊNCIA a PESSOA, OU depois de havê-la, >>SUBTRAÇÃO TENTADA + MORTE CONSUAMDA = Latrocínio
por qualquer meio, REDUZIDO à IMPOSSIBILIDADE de consumado (súmula 610 do STF)
RESISTÊNCIA5 >>SUBTRAÇÃO CONSUMADA + MORTE TENTADA = Latrocínio
Consumaçãoagente passa a ter o poder sobre a coisa, mesmo que seja tentado (STJ)
por curto espaço de tempo ou posse mansa e pacífica 2
-é desnecessária a apreensão e perícia da arma, se for possível
>>roubo impróprio  violência ou grave ameaça a subtração  para comprovar o efetivo emprego por outros meios
garantir a impunidade do crime ou assegurar o proveito do crime.(mesma
pena). Emprega violência depois de ter roubado... (DEPOIS DE Extorsão
ROUBAR) “constranger(forçar, obrigar)(mero meio) alguém, mediante violência
ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem
>>Roubo com violência imprópria – O agente, sem violência ou grave indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer
ameaça, reduz a vítima à condição de impossibilidade de defesa (ex.: alguma coisa”3
coloca uma droga em sua bebida). (ANTES DE ROUBAR)
-deve haver a colaboração da vítima
=RECLUSÃO 4 A 10 A + M -Consumação com o mero constrangimento-É crime
formal,consumando-se independentemente da obtenção da vantagem
-Crime complexo ( resulta da fusão de outros tipos penais) = pretendida pelo agente2
violência/ameaça/constrangimento ilegal + Furto
-crime incondicionado -apenas dolo

MAJORANTES (AUMENTO DE PENA 1/3 a ½): -Vantagem Devida crime de exercício arbitrário das próprias razões
 concurso >=2 pessoas -Vantagem Sexual Estupro
 vítima está em serviço de transporte de valores( agente sabe disso -Vantagem meramente moral, sem valor econômico constrangimento
 Se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado ilegal
para outro Estado ou para o exterior
 mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade 2 aumento de pena (1/3 até a 1/2):
 Se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que,
> crime >=2 ou mais pessoas ou mediante o uso de arma.
conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou
emprego >ocorrendo lesão grave ou morte=extorsão qualificada pelo resultado
 Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma
branca (Lei 13.964/19) >sequestro-relâmpagoespécie de extorsão qualificada. é necessário:
▪ cometido mediante a restrição da liberdade da vítima
-(aumento de 2/3): ▪ Que essa circunstância seja necessária para a obtenção da vantagem
 Se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de fogo econômica – Se for desnecessária, o agente responde por extorsão
o uso efetivo da arma ou, ao menos, o porte ostensivo da arma, de forma a simples em concurso material com sequestro ou cárcere privado.
causar maior temor na vítima não incide se a arma for de brinquedo,
quebrada ou sem munição >EXTORSÃO INDIRETA credor EXIGE ou RECEBE, do devedor,
 Se há destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de DOCUMENTO QUE POSSA DAR CAUSA À INSTAURAÇÃO DE
explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum PROCESSO CRIMINAL CONTRA ELE. deve haver:
▪ O abuso de situação de necessidade (fragilidade) da vítima
- (pena em dobro): ▪ Intenção de garantir, futuramente, o pagamento da dívida (por meio
 se “a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de da ameaça)
fogo de uso restrito ou proibido”
Consumaçãocom a mera realização da exigência(crime formal) OU com
roubo qualificado pelo resultado: efetivo recebimento (crime material)
 Lesão corporal grave, a pena é de reclusão de 7 (sete) a 18 (dezoito)
anos, e multa >>Extorsão mediante sequestro:
 Morte (latrocínio), a pena é de reclusão de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, Sequestro é a condição
e multa. bastando maneira culposa Dolo específico exigir finalidade especial
Crime formal consumado na mera privação d liberdade
latrocínio --> no rouboprovoca a morte de alguém em razão da Crime permanente se prolonga no tempo
violência empregada. se consuma com a morte, ainda que a subtração da
coisa não tenha se consumado(é o roubo seguido de morte) -pena será de 12 a 20 anos se (forma qualificada):
 O sequestro dura mais de 24 horas
25
 Se o sequestrado é menor de 18 anos ou maior de 60 anos  Tenha promovido, após o início da execução fiscal e antes do
 Se o crime for cometido por quadrilha ou bando – Os agentes oferecimento da denúncia, o pagamento da contribuição social devida ,
respondem tanto pela extorsão mediante sequestro qualificada quanto pela ou
associação criminosa  O valor do débito seja igual ou inferior ao estabelecido pela
previdência como sendo o mínimo para ajuizamento das ações fiscais
Prevê a DELAÇÃO PREMIADA=redução de 1/3 a 2/3 delação
precisa facilitar liberação do sequestrado Princípio da insignificância  aplicado se valor do débito =< ao
estabelecido pela previdência como sendo o mínimo para ajuizamento
das ações fiscais:
Dano STJ – R$ 20.000,00;
“destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia STF –inaplicabilidade do princípio neste caso

-pichação é crime contra o meio ambiente, não de dano Apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou força maior e
apropriação de coisa achada
Dano qualificado: Detenção 6M a 3 A + M + pena da violência pune a conduta  se apodera de algo que não é seu, mas veio ao seu
-Com violência à pessoa ou grave ameaça poder em razão de caso fortuito, força maior, ou erro, e não em razão da
- Com emprego de substância inflamável ou explosiva( se não constitui confiança depositada nele (ex.: Imagine o caso de alguém que entrega
crime mais grave) uma mercadoria em local errado. Se aquele que recebeu a mercadoria
-Contra adm direta e indireta por erro, dela se apropriar, cometerá este crime).
- Por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima
crime se apoderar de algo que foi achado, desde que esta coisa tenha
Ação penal publica incondicionada sido perdida por alguém, caso o infrator não entregue a coisa achada
entretanto, de ação privada se: (ao dono ou à autoridade) em 15 dias.
 Se o crime é o de dano simples, ou
 Se é qualificado apenas porque foi praticado por motivo egoístico ou
com prejuízo considerável à vítima ou Estelionato
 No caso de introdução ou abandono de animais em propriedade obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio,
alheia induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou
qualquer outro meio fraudulento. RECLUSÃO 1 A 5 ANOS + M

Apropriação indébita -elemento subjetivo: DOLO + exige finalidade especial de agir


Agente de boa-fé passa a ter má-fé possui a posse (desvigiada) -Crime de resultado duplo: agente obter vantagem + vítima sofrer
legítima sobre o bem decorrente da confiança entre eles RECUSA A prejuízo
DEVOLVÊ-LO ou REPASSÁ-LO quem de direito. -Vantagem: DEVE ser patrimonial(majoritária)
“apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção
- consumaçãoobtenção da vantagem indevida com prejuízo a
Consumação inversão da intenção do agente terceiros

aumento de pena (1/3): -estelionato privilegiado agente é primário e o prejuízo é de pequeno


agente tiver recebido a coisa: valoraplicar somente a pena de multa
 Em depósito necessário
 Na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, >>E se o agente praticar o estelionato mediante a utilização de
testamenteiro ou depositário judicial documento falso?
 Em razão de ofício, emprego ou profissão -Responde por(falso + estelionato).
-se a potencialidade lesiva do falso se exaure no estelionato, o crime de
Apropriação indébita previdenciária: estelionato absorve o falso
“deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos
contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional >>Agente fraudar concurso público ? É típico agora

Sujeito ativo responsável tributário >>Emissão cheque sem fundoscrime, é necessário que o agente tenha,
Passivo união de antemão, a intenção de não pagar
Apenas dolo<>não pune quem esqueceu(culposa)
OBSERVAÇÕES:
>>>EXTINTA A PUNIBILIDADE , se: >Se o agente repara o dano antes do recebimento da denúncia, isso
obsta(impede/dificulta) o prosseguimento da ação penal
-agente se arrepende e resolve a situação, declarando o débito e pagando
o que for necessário, ANTES DO INÍCIO DA AÇÃO FISCAL (a
-princípio da insignificância não é aplicável ao crime de estelionato
atividade desenvolvida pelo Fisco)
contra entidade de direito público
/entretanto/ STF e o STJ entendem que o pagamento, a qualquer tempo
(antes do trânsito em julgado) extingue a punibilidade
qualificadora para o crime de estelionato, quando:
-estelionato cibernético ou virtual
Se réu adere ao parcelamento do débito ? SUSPENDO A
PUNIBILIDADE e também o curso do prazo prescricional depois de
Majorantes: contra idoso igual ou acima de 60 anos
quitado extingue punibilidade
AÇÃO PENAL:
Consumação e tentativa:
-Majoritária: Crime formal( se consuma na hora que exaure o prazo para Regra pública condicionada à representação
repasse) pública será incondicionada se a vítima for:
-STF e STJ: crime material(necessário aconstituição definitiva do tributo)  A Administração Pública (direta ou indireta)
Obs.: não se admite a tentativa  Criança ou adolescente
 Pessoa com deficiência mental
>>>perdão judicial  Maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz
aplicar multa se réu primário e bons antecedentes, desde que:
Estelionato previdenciário
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pena aumenta-se de 1/3 > aumento de pena em 2x aplicável à receptação simplescontra adm
crime é cometido em detrimento de entidade de direito público ou de direta e indireta
instituto de economia popular, assistência social ou beneficência.
geralmente este tipo de estelionato é cometido em face do INSS RECEPTAÇÃO DE ANIMAL:
Art. 180-A. Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em
>consumação  depende do sujeito ativo do delito: depósito ou vender, com a finalidade de produção ou de
comercialização, semovente domesticável de produção, ainda que
1° Se praticado pelo Próprio Beneficiário: CRIME PERMANTE abatido ou dividido em partes, que deve saber ser produto de crime
2° Se praticado por 3° Beneficiario: CRIME INSTANTÂNEO, mas,
com EFEITOS PERMANENTES apenas dolo:
3° Se praticado após o OBITO do beneficiário: CRIME É DE  intenção de produzir ou comercializar o objeto do delito.
CONTINUIDADE DELITIVO/CRIME CONTINUADO  Em relação à procedência do semovente, o tipo não exigiu que o agente
saiba que se trata de produto de crime, exigindo apenas que o agente “deva
Devolução do valor não gera extinção da punibilidade MAS saber”.
apenas redução de pena devido a arrependimento posterior2
Escusas absolutórias
Receptação
“adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio aquele que comete qualquer dos crimes contra o patrimônio é ISENTO
ou alheio, coisa que sabe ser produto de crime, ou influir para que DE PENA(B) SE pratica o fato contra:
terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte  O cônjuge (ou companheiro), na constância da sociedade conjugal
 Ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo,
>crime “parasitário” (ou decorrente) depende da existência de um seja civil ou natura
crime anterior(antecedente) (crime pressuposto ou a quo”). =SÃO AS escusas absolutórias.

-sujeito ativo: qq pessoa crime comum, Regraação penal pública incondicionada


exceto aquele que participou do crime anterior, pois a obtenção, pelo EXCEÇÃoNão exclui a punição, mas...Somente se procede mediante
cúmplice, da sua cota-parte no delito, não configura o crime de representação se o crime(A) é cometido contra:
receptação mas pós-fato impunível .  O cônjuge desquitado ou judicialmente separado
 Irmão, legítimo ou ilegítimo
- sujeito passivo: terceiro de boa-fé que adquire o bem sem saber ser  Tio ou sobrinho, com quem o agente coabita1
produto de crime ou a vítima do crime anterior A = isento de pena
B = ação mediante representação
>conduta dividida:
 RECEPTAÇÃO PRÓPRIA– agente sabe que a coisa é produto de >não se aplicam (A e B):
crime e a adquire, recebe, transporta, conduz ou oculta. Não é necessário  Se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja
ajuste, conluio entre eles . emprego de grave ameaça ou violência à pessoa
-Consumação: posse da coisa(crime material)  Ao estranho que participa do crime.
 Se o crime é praticado contra pessoa idosa (com idade igual ou
 RECEPTAÇÃO IMPRÓPRIA–agente não adquire o bem, mas, superior a 60 anos)( irmã que rouba irmã idosa de >60 a= não se aplica
sabendo que é produto de crime, influência para que outra pessoa, que mediante representaçãoserá incondicionada(sem autorização da vítima))
age de boa-fé, adquira o bem.
-Consumação: infrator influencie terceiro a fazer conduta, pouco importa
se praticou ou N (crime formal) Crimes patrimoniais hediondos
Considerados hediondos SE:
Apenas o dolo + dolo específico, consistente na intenção de obter ▪ Roubo
vantagem, ainda que para terceira pessoa.
➢ Circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima
Se não houver intenção de obtenção de vantagem, mas mera intenção
de ajudar aquele que praticou o crime anterior= crime de favorecimento ➢ Circunstanciado pelo emprego de arma de fogo ou pelo emprego de
real arma de fogo de uso proibido ou restrito
➢ Qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte
RECEPTAÇÃO QUALIFICADAocorre quando adquire, recebe,
transporta, conduz, oculta, tem em depósito, desmonta, monta, remonta, ▪ Extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência
vende, expõe à venda, ou de qualquer forma utiliza, em proveito próprio ou de lesão corporal ou morte
alheio, NO EXERCÍCIO DE ATIVIDADE COMERCIAL OU ▪ Extorsão mediante sequestro (forma simples e formas qualificadas)
INDUSTRIAL(CRIME PRÓPRIO), coisa que deve saber ser produto
de crime. ▪ Furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo
que cause perigo comum
 RECEPTAÇÃO CULPOSA:
agente age com imprudência, adquirindo um bem em circunstâncias
anômalas, sem atentar para o fato e que é bem provável que seja produto Crimes contra a administração pública
de crime, eis que “por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e FUNCIONÁRIO PÚBLICO
o preço, ou pela condição de quem a oferece, deve presumir-se obtida por funcionário público fins penais:
meio criminoso”. * mesmo transitoriamente e sem remuneração exerce:
* cargo público
Perdão judicial aplicável * emprego público
* função pública
OBS.: Equipara-se a funcionário Público:
>receptação será punível ainda que seja desconhecido ou isento de a) Diretor de organização social
pena o autor do crime anterior. Entretanto, deve haver prova da b) Administrador de Loteria
ocorrência do crime anterior, ainda que não se exija a condenação de c) Advogados dativos
qualquer pessoa por ele d) Médico de hospital particular credenciado/conveniado ao SUS, após
a Lei 9.983/2000
27
e) Estagiário de órgãos ou entidades públicas ⇒CORRUPÇÃO ATIVA ⇒ Oferece/Promete vantagem indevida
⇒CORRUPÇÃO PASSIVA⇒ Solicitar/Receber/Aceitar vantagem OU
EQUIPARADO: promessa de vantagem
Exerce cargo, emprego ou função em: ⇒CORRUPÇÃO PASSIVA PRIVILEGIADA ⇒ Deixar de praticar ato
* PARAESTATAL de ofício cedendo a pedido de 3°
* trabalha para empresa prestadora de ⇒CRIME CONTRA ORDEM TRIBUTÁRIA ⇒ Exigir
serviços contratada ou conveniada para ativia TÍPICA da Adm. Púb. vantagem indevida para não lançar OU cobrar tributo OU cobrá-lo
parcialmente
Aumenta da TERÇA PARTE quando cargo em comissão, função de ⇒DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA ⇒ Imputa Falso a quem sabe
direção ou assessoramento na: ser Inocente
* Adm DIRETA ⇒DESCAMINHO ⇒Não paga o Imposto devido
* S.E.M ⇒EXCESSO DE EXAÇÃO ⇒ Exigir tributo indevido de forma
* EMPRESA PÚBLICA
vexatória
* FUNDAÇÃO INSTITUÍDA PELO PODER PÚBLICO.
⇒EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO ⇒ Influir em decisão de
*agentes políticos(exerce, cumulativamente, função adm e política)
judicial OU de quem tem a Competência
LOGO:
- não pode ser aplicada aos dirigentes de autarquias (ex: a maioria dos ⇒FAVORECIMENTO PESSOAL ⇒ Guarda a Pessoa que cometeu o
Detrans). crime
- réu exercer um mandato popular não é suficiente, É necessário que ele ⇒FAVORECIMENTO REAL ⇒ Guarda o produto do crime por ter
ocupe uma posição de superior hierárquico3 relação (afeto, parentesco, amizade) com o autor do fato.
⇒FAVORECIMENTO REAL IMPROPRIO ⇒ Particular que entra
OBS.: com Aparelho Telefônico em Presídio
>>o princípio da insignificância é inaplicável a todos os crimes da adm ⇒FRAUDE PROCESSUAL ⇒ Cria Provas Falsas para induzir o Juiz a
públic erro
>crimes contra a Administração da justiça (Art. 338 ao Art. 359) => Há ⇒PECULATO APROPRIAÇÃO ⇒ Apropriar-se de algo que tenha a
uma modalidade culposa: Fulga de pessoa presa ou submetida a medida posse em razão do cargo
de segurança ⇒PECULATO DESVIO ⇒ Desviar em proveito próprio ou de 3°
>O único crime culposo contra a administração pública é o peculato ⇒PECULATO FURTO ⇒ Subtrair ou Concorrer valendo-se do cargo
culposo. ⇒PECULATO CULPOSO ⇒ Concorre Culposamente
CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO ⇒PECULATO ESTELIONATO ⇒ Recebeu por erro de 3°
CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL ⇒PECULATO ELETRÔNICO ⇒ Insere/Facilita a inserção de
Peculato Art. 312 - dado falso OU Altera/Exclui dado verdadeiro
Peculato mediante erro de outremArt. 313 - ⇒PREVARICAÇÃO ⇒ Retardar OU Não Praticar ato de oficio por
Inserção de dados falsos em sistema de informações Art. 313-A. Interesse Pessoal
Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações ⇒PREVARICAÇÃO IMPRÓPRIA⇒ Diretor de penitenciária
Art. 313-B. OU Agente dolosamente não impede o acesso a celulares e rádios
Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documentoArt. 314 - ⇒TRÁFICO DE INFLUÊNCIA ⇒Solicitar vantagem para Influir em ato
Emprego irregular de verbas ou rendas públicasArt. 315 - de funcionário público no exercício da função.
Concussão Art 316 -
Corrupção passiva Art. 317 PECULATO
Facilitação de contrabando ou descaminhoArt. 318 - >APROPRIA-SE DE DINHEIRO OU BEM, OU DESVIA-LO
PrevaricaçãoArt. 319- >PECULATO CULPOSO – TEM CULPA NO CRIME DE OUTRO
Condescendência criminosaArt. 320 - Art 312 §3º - a reparação do dano, se antes à sentença irrecorrível,
Advocacia administrativaArt. 321 - extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de METADE a pena
Violência arbitráriaArt. 322 - imposta.
Abandono de funçãoArt. 323 - -mesma pena> não tendo a posse>valendo-se qualidade de funcionário.
Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongadoArt. 324 -
Violação de sigilo funcionalArt. 325 -
>>TIPOS de peculato próprio.
Violação do sigilo de proposta de concorrênciaArt. 326 -
Peculato apropriação
Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro
CRIMES PRATICADOS POR bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo.
PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM GERAL Peculato Desvio / Malversação
Usurpação de função públicaArt. 328 - desviá-lo, em proveito próprio ou alheio
ResistênciaArt. 329 - Peculato Furto
DesobediênciaArt. 330 - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a
DesacatoArt. 331 - posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja
Tráfico de InfluênciaArt. 332 - subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe
Corrupção ativaArt. 333 - proporciona a qualidade de funcionário.
DescaminhoArt. 334
Peculato erro de outrem=peculato estelionato
ContrabandoArt. 334-A.
Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no
Impedimento, perturbação ou fraude de concorrênciaArt. 335 -
exercício do cargo, recebeu por erro de outrem
Inutilização de edital ou de sinalArt. 336 -
Peculato culposo>>concorda com a conduta de alguém...é o
Subtração ou inutilização de livro ou documentoArt. 337 -
desleixado, n tem dever de cuidado..
Sonegação de contribuição previdenciária Art. 337-A
Peculato eletrônico (arts. 313-A e 313-B) .. >>inserção ou facilitação de
Principais crimes contra a ADM Pública e suas palavras chave: dados falsos em sistema de informações
⇒ADVOCACIA ADMINISTRATIVA ⇒ Patrocina interesse privado em Inserção X modificação
detrimento do interesse público Inserção de dados falsos: Inserir ou Facilitar ( peculato eletrônico ou
⇒CONCUSSÃO ⇒ Exigir Vantagem indevida em Razão da Função peculato impróprio.) R 2 a 12A
⇒CONDESCENDÊNCIA CRIMINOSA ⇒Não pune subordinado -o agente é autorizado
por Indulgência -visa obter vantagem indevida
⇒CONTRABANDO ⇒Importa/Exporta Mercadoria Proibida -inserir, alterar, excluir, facilitar
28
1) Exemplo:
Modificação ou alteração de dados: D 3M a 2ª (CESPE/PC-ES/2009) Um policial civil, ao executar a fiscalização de
-o agente não é autorizado ou não recebeu solicitação para tal(func ônibus interestadual procedente da fronteira do Paraguai, visando coibir o
autorizado ou não) contrabando de armas e produtos ilícitos, deparou-se com uma bagagem
-não visa obter vantagem conduzida por um passageiro contendo vários produtos de origem
-há modificação ou alteração dos dados. estrangeira de importação permitida, todavia sem o
-aumento de 1/3 a 1/2 : se da modificação ou alteração resultar dano à devido pagamento de impostos e taxas. Sensibilizado com os insistentes
adm. Pub4 pedidos do passageiro, o policial civil deixou de apreender as mercadorias,
liberando a bagagem. Nessa situação, o policial civil, por descumprir dever
funcional, será responsabilizado pelo crime
Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento de facilitação de contrabando ou descaminho.(CERTO)
Art. 314 - Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a
guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente: 2) O crime de facilitação de contrabando ou descaminho é
Pena - R, 1 a 4 A, se o fato não constitui crime mais grave. meramente FORMAL, isto é, não precisa para sua consumação do
Praticado por FUNCIONÁRIO PUB contra a administração pública resultado material do contrabando ou descaminho.
(CESPE/PF/2021) O crimede facilitação de contrabando e descaminho
Emprego irregular de verbas ou rendas públicas se consuma com a efetiva facilitação, não sendo necessária a consumação
do contrabando ou descaminho.(CERTO)
Art. 315 - Dar às verbas ou rendas públicas aplicação diversa da
3) Crime próprio:
estabelecida em lei:
(CESPE/CD/2014) Classifica-se o crime
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.1
de facilitação de contrabando ou descaminho como crime comum, uma
vez que ele pode ser cometido por qualquer pessoa.(ERRADO)
Concussão *(TJM-MG/2013)
Art. 316 - EXIGIR, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda A facilitação de contrabando e descaminho é crime funcional próprio.
que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem (CERTO)
indevida. 4) Pena:
*(PC-PA/2016) A pena para o funcionário público que facilitar, com
Concussão --> SEM Violência ou sem Grave Ameaça; infração de dever funcional, a prática de contrabando ou descaminho é
Extorsão --> COM Violência ou com Grave Ameaça; de reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa.(CERTO)

Admite tentativa e é FORMAL(basta apenas exigir sem precisar ter 5) É exceção à teoria unitária ou monista:
recebido)/ admite coautoria de particular, desde que tenha (CESPE/TJ-AL/2008) Segundo a doutrina, o crime
conhecimento da condição do funcio pub6 de facilitação de contrabando ou descaminho configura exceção à teoria
unitária ou monista, relativa ao concurso de agentes.(CERTO)
Pois não comete crime de contrabando ou descaminho, mas de
Corrupção
facilitação, por isso é monista, pois não comete o mesmo crime
>>passiva:
~ vc chega pra abordar o carro e a senhora te oferece dinheiro ~ Descaminho
SRA, eu não quero seu dinheiro! Senão vou perder meu emprego! é a entrada ou saída de produtos permitidos, mas sem passar pelos
└> SOLICITAR vantagem indevida trâmites burocrático-tributários devidos.
└> RECEBER vantagem indevida DESCAMINHO/CONTRABANDO --> PARTICULAR
└> ACEITAR vantagem indevida FACILITAÇÃO DE CONTRABANDO OU DESCAMINHO -->
FUNCIONÁRIO PÚBLICO6
“SOLICITAR OU RECEBER Ou ACEITAR’
Art. 317 ... si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da prevaricação
função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou
ACEITAR promessa de tal vantagem. RETARDAR OU DEIXAR DE PRATICAR C/ INTERESSE PESSOAL
- não exige a comprovação de que a vantagem indevida solicitada, Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou
recebida ou aceita pelo funcionário público esteja causalmente praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou
vinculada à prática, omissão ou retardamento de “ato de ofício”(basta sentimento pessoal.
apenas que esteja vinculada em razão da função)>>aumento de pena
>>PREVARICAÇÃO IMPRÓPRIA – “VISTA GROSSA” DO
>>PASSIVA PRIVILEGIADA – CEDE A PEDIDO OU INFLUENCIA AGENTE PENITENCIÁRIO:
DE OUTREM (0800, grátis, o agente não solicita ou recebe nenhuma Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de
vantagem indevida para cometer o delito). CRIME PRATICADO POR cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de
FUNCIONARIO PUBLICO, OK ? rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o
ambiente externo.5
Passiva>>crime material
Ativa>>crime formal PrevaricaÇÃO --> SatisfaÇÃO pessoal

>> ATIVA – OFERECER OU PROMETER VANTAGEM Condescendência criminosa


Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, Art. 320 - DEIXAR SUBORDINADO PRATICAR INFRAÇÃO SEM
para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício. CRIME PUNIR OU COMUNICAR AUTORIDADE QUE O FAÇA. (por
PRATICADO POR PARTICULAR, OK? indulgência, perdão, clemência).
-Crime próprio (omissivo próprio)= Deixar de agir;
-pena aumentada de 1/3(para ativa e passiva), se, em razão da vantagem -Sujeito ativo: Somente o funcionário público hierarquicamente superior
ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica ao servidor infrator;
infringindo dever funcional.4 -Crime formal: Consuma-se no momento em que o funcionário "deixa" de
tomar as providências necessárias3
FACILITAÇÃO DE CONTRABANDO OU DESCAMINHO:
CP, Art. 318 - Facilitar, com infração de dever funcional, a prática CondescendênCIA --> IndulgênCIA
de contrabando ou descaminho (art. 334). R, de 3 a 8 + M.

29
Advocacia administrativa Excesso de exação:
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou
a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário:3 deveria saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio
vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza. Se o funcionário desvia, em
Violência arbitrária proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher
Art. 322 - Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de aos cofres públicos:3
exercê-la. detenção, de seis meses a três anos, além da pena correspondente
à violência.
Não é o fato de ser funcionário público que faz com que o delito seja de CRIMES PRATICADOS POR PARTICULAR CONTRA A ADMINISTRAÇÃO EM
Violência arbitrária GERAL:
Conduta: consiste em praticar violência no exercício da função ou a Usurpação de função pública
pretexto de exercê-la. Violência arbitrária será aquela desacompanhada Art. 328 - Usurpar o exercício de função pública:
de circunstâncias fáticas que justifiquem a exaltação por parte do Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.2
funcionário público. 4 Da usurpação da função pública:A conduta de o particular apenas se
apresentar como funcionário público não caracteriza o delito do art. 328
Abandono de função do CP, pois este crime exige que o particular pratique algum ato relativo
Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei: D, à função usurpada
15 D a 1 M, ou multa. -se configura ainda que não haja auferimento de vantagem
- Se resulta prejuízo público: D, de 3 M a 1 A + multa.
- Se em faixa de fronteir(150 km de largura ao longo das fronteiras Resistência
terrestres ):D, de 1 a 3 A + multa.
Art. 329 - Opor-se à EXECUÇÃO de ato legal, mediante violência ou
BEM JURÍDICO TUTELADO: O regular desenvolvimento das
ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja
atividades da administração pública.
prestando auxílio:
SUJEITO ATIVO: crime próprio(por funcionário público).
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
- possível o concurso de pessoas, desde que este particular tenha
-Se o ato, em razão da resistência, não se executa: forma
conhecimento da condição de funcionário público do agente.
qualificada:reclusão, de um a três anos.
SUJEITO PASSIVO: A adm pública.
-Se o ato é ilegal, não há crime de resistência
TIPO OBJETIVO: A conduta é abandonar o cargo. A definição do que
-Resistência + violência = concurso material de crimes, soma-se as penas.
seria abandono do cargo (por quantos dias, em que situações, etc.), deverá
Resistência + ameaça = só resistência.
ser extraída do estatuto ao qual o servidor esteja vinculado. No entanto, a
Não há resistência quando o sujeito usa violência contra coisa ( ex: chutar
Doutrina entende que o exercício do direito de Greve não pode ensejar
viatura e não o Policial ) 6
este crime. Parte da Doutrina entende, ainda, que pode ocorrer o abandono
se o servidor, ainda que compareça à repartição, se recuse a trabalhar.
Resistência = O.V.A
TIPO SUBJETIVO: Dolo. Não se exige especial fim de agir. Não se
Oposição, Violência ou Ameaça.
admite o crime na forma culposa.
CONSUMAÇÃO E TENTATIVA: Consuma-se com a efetiva realização Resistência passiva = DESOBEDIÊNCIA
da conduta. A Doutrina não admite a tentativa.2
para maioria da doutrina o servidor público pode ser também sujeito ativo
-a consumação desse crime depende:
Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado a) que o funcionário público emita uma ordem
Art. 324 - Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as b) que a ordem emanada seja individualizada (dirigida a pessoa
exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de determinada),
saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso: c) que o destinatário tenha o dever de atendê-la, podendo a
desobediência ser comissiva ou omissiva, de acordo com a ordem que é
Violação de sigilo funcional imposta ao particular
d) que não haja sanção especial para o seu não cumprimento
Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que
deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação: DESOBEDIÊNCIA
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não Art 330 - ato de não acatar ordem legal de funcionário público, e
constitui crime mais grave(subsidiário, apenas se caracterizando se a não resulta em prejuízo à Administração Pública(não precisa para ser
revelação de fato sigiloso conhecido em razão do cargo não constituir crime caracterizado).
mais grave.). fuga do réu após a ordem de parada dos policiais para abordagem configura
-Ocorre delito de violação de sigilo qualificada quando a ação ou omissão crime de desobediência.
do agente resultar dano à Administração Pública ou a outrem descumprimento à intimação, pela vítima, não caracteriza o crime de
-Só permite DOLO( não permite modalidade culposa) desobediência.
-consumado no momento em que terceiro não autorizado conhecer do
segredo NA RESISTÊNCIA TEM VIOLÊNCIA;
-É crime formal QUE É DIFERENTE DE DESOBEDIÊNCIA(sem vioLENCIA, só
-mesmas penas :I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e recusa);
empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não NO DESACATO NÃO COLA NÃO>>TEM VEXAME E HUMILHAÇÃO
autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da
Administração Pública Desacato
Se o acesso é comum a todos -> Atípico
Se o acesso é restrito -> Violação de sigilo funcional.(Acesso não Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em
autorizado) razão dela: detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
TRADUZINDO= palavras injuriosas, difamatórias ou caluniosas, vias de
fato, agressão física, ameaças, gestos obscenos, gritos agudos etc.
Violação do sigilo de proposta de concorrência criminalização do desacato não viola o direito à liberdade de expressão e
Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta de concorrência pública, ou de pensamento previstos no Pacto de São José da Costa Rica.
proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo:
-É crime praticado por funcionário público - sujeito passivo: administração pública + funcionário público(ofendido em
Pena - Detenção, de três meses a um ano, e multa.6+ sua honra).

30
- bem jurídico tutelado:regular desenvolvimento das atividades da
administração pública Inutilização de edital ou de sinal
Art. 336 - Rasgar ou, de qualquer forma, inutilizar ou conspurcar edital
ATENÇÃO! afixado por ordem de funcionário público; violar ou inutilizar selo ou sinal
O crime>> basta ser em função da razão (fora ou dentro) empregado, por determinação legal ou por ordem de funcionário público,
Na presença do servidor = Desacato para identificar ou cerrar qualquer objeto:
Na ausência = Injúria Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa
.
Tráfico de Influência Subtração ou inutilização de livro ou documento
Art. 332 –SECO: Solicitar, Exigir, Cobrar ou Obter, para si ou para Art. 337 - Subtrair, ou inutilizar, total ou parcialmente, livro oficial,
outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em processo ou documento confiado à custódia de funcionário, em razão de
ato praticado por funcionário público no exercício da função: ofício, ou de particular em serviço público:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. Pena - reclusão, de dois a cinco anos, se o fato não constitui crime mais
-É crime comum: pode ser qq pessoa(particular ou funcionário) grave.
-Modalidade de estelionato Crime próprio praticado por PARTICULAR NA a adm pública
- agente solicita a vantagem simulando que a repassará ao funcionário
para “resolver o problema” do sujeito passivo perante à administração,
quando na verdade não fará nada Sonegação de contribuição previdenciária
-praticado por particular contra a adm Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e
- A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:
vantagem é também destinada ao funcionário.2 I- omitir folha de pagamento da empresa ou de documento de informações
previsto pela legislação previdenciária segurados empregado, empresário,
Funcionário que permite(CEDE) será incriminado por corrupção passiva trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe
privilegiada prestem serviços;
II- deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da
Venditio fumi = Vender fumaça. Termo de origem Romana ligado ao Crime empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo
de Tráfico de Influência / Exploração de prestígio. empregador ou pelo tomador de serviços;
III- omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos,
remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de
Corrupção ATIVA
contribuições sociais previdenciárias:
PROF, me passa de ano que a gente resolve isso... (numa
universidade pública) §1 É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara e
└> PROMETER vantagem indevida confessa as contribuições, importâncias ou valores e presta as informações
└> OFERECER vantagem indevida devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento,
antes do início da ação fiscal. INDEPENDENTEMENTE DO
OFERECER OU PROMETER VANTAGEM pagamento dos débitos previdenciários
Art. 333 - Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, § 2 É FACULTADO ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a
para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício. de multa SE O AGENTE FOR PRIMÁRIO E DE BONS
ANTECEDENTES, desde que:
-pena aumentada de 1/3(para ativa e passiva), se, em razão da vantagem >>> II – o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual
ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica ou inferior àquele estabelecido pela previdência social,
infringindo dever funcional.5 administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas
execuções fiscais.
é perfeitamente possível a caracterização do crime de corrupção ativa
§ 3 Se o empregador não é pessoa jurídica e sua folha de pagamento
mesmo que não haja crime de corrupção passiva.Pois o agente recebedor
mensal não ultrapassa R$ 1.510,00 (um mil, quinhentos e dez reais), o juiz
pode recusar, configurando apenas corrupção ativa de quem solicita
poderá reduzir a pena de 1/3 até 1/2 ou aplicar apenas a de multa.

Descaminho Em resumo:
é a entrada ou saída de produtos permitidos, mas sem passar pelos EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE: declara e confessa antes do início da
trâmites burocrático-tributários devidos. ação fiscal (se ninguém sabia do ilícito não tem porque não extinguir a
DESCAMINHO/CONTRABANDO --> PARTICULAR punibilidade);
FACILITAÇÃO DE CONTRABANDO OU DESCAMINHO --> ISENÇÃO DE PENA ou somente MULTA: primário + bons antecedentes
FUNCIONÁRIO PÚBLICO. Passa com cargas de celulares sem pagar taxas + valor inferior ao estabelecido para execução fiscal;
REDUÇÃO DE PENA 1/3 a 1/2 ou somente MULTA: se o empregador
Contrabando não é pessoa jurídica e a folha não ultrapassa R$ 1.500,00.
Art. 334-A. Importar ou exportar mercadoria proibida: EX: Tem que repassar 10 mil, mas repassa 5 mil
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 ( cinco) anos.
pena aplica-se em dobro se o crime de contrabando é praticado em ---------------
transporte aéreo, marítimo ou fluvial//contrabando de cigarro falsificado Apropriação indébita previdenciária:
O autor responsável pelo recolhimento das contribuições faz o desconto
delas, mas deixa de recolhé-las à previdência social.
Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência EX: Tem que repassar 10 mil, mas não repassa nada
Art. 335 - Impedir, perturbar ou fraudar concorrência pública ou venda
em hasta pública, promovida pela administração federal, estadual ou
municipal, ou por entidade paraestatal; afastar ou procurar afastar Crimes contra a adm da justiça
concorrente ou licitante, por meio de violência, grave ameaça, fraude ou
oferecimento de vantagem: Reingresso de estrangeiro expulso
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, além da pena CP: Art. 338 - Reingressar no território nacional o estrangeiro que dele
correspondente à violência foi expulso:
Parágrafo único - Incorre na mesma pena quem se abstém de concorrer Pena - reclusão, de um a quatro anos, sem prejuízo de nova expulsão após o
ou licitar, em razão da vantagem oferecida. cumprimento da pena.

31
São requisitos: -obs.: O advogado que induz a testemunha cometer FALSO
-> Ter sido o estrangeiro expulso (Só lembrando que a expulsão é ato TESTEMUNHO, via de regra é PARTICIPE, porém STF diz que ele
administrativo privativo do Presidente da República); é COAUTOR EXCEPCIONAL, usando a teOria do DOMINIO DO
-> Ter saído do Brasil; e FATO!
-> Ter retornado ao Brasil.
- É crime de mão própria: cuja qualidade exigida do sujeito é tão § 2o O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em
específica que não se admite co-autoria, apenas participação.2 que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.
-É UM CRIME INSTANTÂNEO E SE CONSUMA COM A ENTRADA Corrupção ativa de testemunha, contador, perito, intérprete ou tradutor
NO TERRITÓRIO NACIONAL. Art. 343. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou qualquer outra vantagem
-ADMITE TENTATIVA a testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete, para fazer
afirmação falsa, negar ou calar a verdade em depoimento, perícia, cálculos,
Denunciação caluniosa tradução ou interpretação: Pena - reclusão, de 3 a 4 anos, e multa.
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo - As penas aumentam-se de 1/6 a 1/3, se o crime é cometido com o fim de
judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou obter prova destinada a produzir efeito em processo penal ou em processo
ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime civil em que for parte entidade da administração pública direta ou
de que o sabe inocente: indireta.
Denunciação Caluniosa---> Pessoa Determinada. DenunCiação Caluniosa ---> crime ou contravenção;
Falsa ComuniCação ---> crime ou contravenção;
Auto-acusação falsa ComuniCação falsa de crime ou de contravenção ----> crime
Art. 341 - Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou ou contravenção
praticado por outrem: Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa AutoaCusação falsa ----> só crime
- Não serve se for contravenção. Precisa ser crime
"se no nome do crime tiver só 1 C, então é só crime, se tiver 2 ou mais C,
Comunicação falsa de crime ou de contravenção então é crime e contravenção"
Art. 340 - PROVOCAR A AÇÃO DE AUTORIDADE,
comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não Coação no curso do processo
se ter verificado(INVENTAR).Pena - detenção, de um a seis meses, ou Art. 344 - Usar de violência ou grave ameaça, com o fim de
multa. favorecer interesse próprio ou alheio, contra autoridade, parte, ou
Comunicação Falsa De Crime--> Crime Inexistente qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir em processo
Falso testemunho ou falsa perícia judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral(forma de
resolver controvérsias sem a necessidade de acionar o Poder Judiciário):
Art. 342. Fazer afirmação FALSA, ou NEGAR ou CALAR a verdade
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, além da pena
como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo
judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: correspondente à violência.
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Exercício arbitrário das próprias razões
Dicazinha: Regra do tribunal: Art. 345 - FAZER JUSTIÇA PELAS PRÓPRIAS MÃOS, para satisfazer
Prometo em: Dizer a verdade; não calar a verdade; não omitir a pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite:
verdade
FANECA Parágrafo único - Se não há emprego de violência, somente se procede
mediante queixa(PRIVADA OK ? )
FAzer afirmação Falsa - AÇÃO
NEgar a verdade - AÇÃO Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em
CAlar a verdade - OMISSÃO poder de terceiro por determinação judicial ou convenção: Pena - detenção,
-a retratação ocorrer antes da sentença penal condenatória, o agente terá de seis meses a dois anos, e multa
sua punibilidade extinta. Retratação precisa ser feita no mesmo
processo que ele cometeu o falso, se a retratação for em processo que COM emprego de violência OUUU SEM emprego de violência crimes
apura seu falso testemunho(extinção de punibilidade não vale) de qq forma art 345

-“compromisso de dizer a verdade” não é requisito exigido para a Se for sem violência: ação penal privada
configuração DO DELITO. POIS pode ser praticado inclusive pelas Se for com violência: ação penal incondicionada
testemunhas não compromissadas (aquelas que não prestam compromisso Se for contra a União, Estado e Município: ação penal incondicionada
de dizer a verdade). O que configura é levantar falso Se for praticado por agente público: abuso de autoridade + exercício
arbitrário das próprias razões.
-Adotado teoria subjetiva Necessário: divergência entre o testemunho e
Fraude Processual
os fatos reais.+ vontade de prejudicar a elucidação dos fatos
- Inovar artificiosamente, NA PENDÊNCIA DE => Processo Civil ou
-admitIDO a participação do ADVOGADO no crime de falso testemunho Administrativo => o Estado de lugar, de coisa ou de pessoa com o fim de
induzir a erro o juiz ou o perito. Pena: Detenção de 3 meses a 2 anos e
-penas aumentam-se de 1/6 a 1/3, se o crime é praticado mediante multa;
suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir -não abarcando juízo arbitral
efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade - As penas aumentam-se EM DOBRO => Se a inovação se destina a
da administração pública direta ou indireta. produzir efeito em => PROCESSO PENAL, ainda que não iniciado.
I) crime comum, tendo ou não interesse no processo.
-Crime De mão própria (em regra, não admite coautoria, mas admite a II) o perito, vez que, se inovar o estado de coisa, pessoa ou lugar no
participação). OBS: o único crime de mão própria que excepciona essa regra decorrer dos exames periciais, incorrerá no crime previsto no art. 342 (falso
e admite a coautoria é a falsa perícia. testemunho ou falsa perícia).
III) a falsidade deve ser capaz de iludir, a inovação deve ser idônea a
- Agente que orienta testemunha a mentir responderá junto a este em enganar o juiz ou o perito, pois, do contrário, o crime não restará
concurso de agentes pelo crime de faLso testemunho, sendo este crime de configurado
mão própria o agente que influenciou responde como partícipe
Favorecimento real e pessoal
favorecimento real : ajuda esconder a coisa(objeto do crime)
32
(art. 349, CP): prestar a criminoso, fora dos casos de coautoria ou de Patrocinio Sucessivo(sucede): Renúncia ou é dispensado por uma
receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime. parte e passa em seguida representar a parte contrária na mesma causa.
OBS> se praticado por ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do A tergiversação sua consumação exige a prática de ato processual, não
criminoso -> ISENÇÃO DE PENA. bastando a simples outorga de procuração. X  passa para...y

favorecimento pessoal esconde a pessoa(fugitivo) Sonegação de papel ou objeto de valor probatório


(art. 348, CP): auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de Art. 356 – Inutilizar, total ou parcialmente, ou DEIXAR DE
crime. RESTITUIR AUTOS, documento ou objeto de VALOR PROBATÓRIO,
Pena - D, de 1 a 6 M, e multa. que recebeu na qualidade de advogado ou procurador:
§ 1º - Se ao crime não é cominada pena de reclusão: Pena – detenção, de seis meses a três anos, e multa.
Pena - detenção, de quinze dias a três meses, e multa. Não basta a retenção do objeto, considera-se praticado o crime após 24
Se o fugitivo foge pois praticou desobediência(Detenção e multa)>> Logo horas da intimação do retentor.
não é reclusão, então favorecimento pessoal privilegiado(D, 15D a 3M, -Crime próprio
+Multa)
Se roubou(reclusão)>> favorecimento pessoal da forma fundamentada(D, de Exploração de prestígio
1 a 6M, e multa)
Prestígio é a justiça
Art. 357 - Solicitar ou receber dinheiro ou qualquer outra utilidade, a
Ajuda na fuga. Ajuda precisa ser após consumação do crime do favorecido(
se ajuda antes da realização do delito> então participe) pretexto de influir em juiz, jurado, órgão do Ministério Público,
-se praticado por ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do funcionário de justiça, perito, tradutor, intérprete ou testemunha:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
criminoso -> NÃO ISENÇÃO DE PENA.
Parágrafo único - As penas aumentam-se de um terço, se o agente alega
ou insinua que o dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das
Fuga de pessoa presa ou submetida a medida de segurança pessoas referidas neste artigo.6
Art. 351 - PROMOVER OU FACILITAR A FUGA de pessoa
legalmente presa ou submetida a medida de segurança detentiva: D, de seis Exercício arbitrário ou abuso de poder
meses a dois anos. artigo foi revogado expressamente pela Lei 13.869/19 (Nova lei de Abuso
- Se o crime é praticado a mão armada, ou por + de 1 pessoa, ou de autoridade).
mediante arrombamento>> pena é de reclusão, de dois a seis anos. (exige qualidade pessoal do autor)
- Se há emprego de violência contra pessoa>> pena correspondente à Art. 350 - Ordenar ou executar medida privativa de liberdade
violência. individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder:
- A pena é de reclusão, de um a quatro anos, se o crime é praticado por Pena - detenção, de um mês a um ano.
pessoa sob cuja custódia ou guarda está o preso ou o internado. - mesma pena  funcionário que:
- No caso de culpa do funcionário incumbido da custódia ou guarda, I - ilegalmente recebe e recolhe alguém a prisão, ou a estabelecimento
aplica-se a pena de detenção, de três meses a um ano, ou multa. destinado a execução de pena privativa de liberdade ou de medida de
-É crime comum>> pode ser aplicado pelos agentes segurança;
penitenciários/socioeducativos, pelos, por exemplo, familiares do preso, II - prolonga a execução de pena ou de medida de segurança,
outros presidiários/internados, etc. 2 deixando de expedir em tempo oportuno ou de executar imediatamente a
Não confundir com favorecimento pessoal>> ocorre antes da guarda ou ordem de liberdade;
custódia, é o momento da fuga do cara. Se o cara foi preso, então vem III - submete pessoa que está sob sua guarda ou custódia a vexame ou
ajuda, logo é crime de fuga de pessoa presa... a constrangimento não autorizado em lei;
IV - efetua, com abuso de poder, qualquer diligência.
Evasão mediante violência contra a pessoa
Art. 352 - Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo Violência ou fraude em arrematação judicial
submetido a medida de segurança detentiva, usando de violência contra a Art. 358 - Impedir, perturbar ou fraudar arrematação judicial; OUUU
pessoa: afastar ou procurar afastar concorrente ou licitante, por meio de
-"a fuga sem violência à pessoa não configura crime, - a fuga com violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem: Pena -
violência contra a coisa (p. ex.: grade da cela) pode, conforme o caso, detenção, de dois meses a um ano, ou multa, além da pena correspondente à
configurar crime de dano (qualificado se a coisa for pública) violência.
Arrebatamento de preso Aqui a arrematação é autorizada judicialmente, PORÉM, É realizada pelo
Art. 353 - Arrebatar preso, particular interessado>> QUE É DIFERENTE do artigo 335(
a fim de maltratá-lo, do poder de quem o tenha sob custódia ou guarda: Impedimento, perturbação ou fraude de concorrência)>>FEITO POR
Pena - reclusão, de um a quatro anos, além da pena correspondente à FUNCIONÁRIO
violência. Somente DOLO // Tentativa só na primeira parte, já que a segunda parte já
são sobre tentativas e não tem como ser tentativa da tentativa sacas ?
Motim de presos
Art. 354 - Amotinarem-se presos, perturbando a ordem ou disciplina da A segunda parte que fala afastar ou procurar afastar concorrente ou
prisão:Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena licitante...ESTÁ PARCIALMENTE REVOGADO pela lei abaixo:
correspondente à violência. Art. 95. Afastar ou procura afastar licitante, por meio de violência, grave
ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem de qualquer tipo: Pena -
Patrocínio infiel: detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena
- crime contra a administração da justiça correspondente à violência
-trair, na qualidade de advogado ou procurador, o dever profissional,
prejudicando interesse, cujo patrocínio, em juízo, lhe é confiado Desobediência à decisão judicial sobre perda ou suspensão de direito
(detenção de 6 meses a 3 anos + multa) Art. 359 Exercer função, atividade, direito, autoridade ou múnus, de
que foi suspenso ou privado por decisão judicial: Pena - detenção, de três
Patrocínio simultâneo ou tergiversação meses a dois anos, ou multa.
Parágrafo único - Incorre na pena deste artigo o advogado ou procurador Somente dolo // tentativa admitida // consumação no momento que inicia atv
judicial que defende na mesma causa, simultânea ou sucessivamente, proibida
partes contrárias. x + y ao mesmo tempo
CADERNO NO QC sobre crimes contra a adm da justiça, tudo CESPE
33
Veja Que não foi muito cobrado, mas tem 49 questões CESPE.
CLIQUE AQUI >SE PENA MÍNIMA inferior a 1 ano>> pode suspensão condicional do
processo/SURSIS (objetivo anular um processo criminal que tenha
CRIMES contra adm estrangeira menor potencial ofensivo)
>Se pena máxima superior a 2 anos>> Não se trata de infração de menor
Art. 337-D. Considera-se funcionário público estrangeiro, para os efeitos
potencial ofensivo (não é da competência do JECrim)
penais, quem, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, exerce
cargo, emprego ou função pública em entidades estatais ou em
contratação de operação de crédito
representações diplomáticas de país estrangeiro.
Parágrafo único. Equipara-se a funcionário público estrangeiro quem Art. 359-A. ORDENAR, AUTORIZAR ou realizar operação de crédito,
exerce cargo, emprego ou função em empresas controladas, diretamente ou interno ou externo, SEM PRÉVIA AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA: >>
indiretamente, pelo Poder Público de país estrangeiro ou em organizações Incide na mesma pena quem ordena, autoriza ou realiza operação de
públicas internacionais. crédito, interno ou externo:
I – com inobservância de limite, condição ou montante estabelecido em
Corrupção ativa em transação comercial internacional
lei ou em resolução do Senado Federal;"
Art. 337-B. Prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem II – quando o montante da dívida consolidada ultrapassa o limite
indevida a funcionário público estrangeiro, ou a terceira pessoa, para
máximo autorizado por lei.
determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício relacionado à
transação comercial internacional: (Pena - reclusão, de 1 (um) a 8 (oito) Inscrição de despesas não empenhadas em restos a pagar
anos, e multa. Art. 359-B. ORDENAR OU AUTORIZAR a inscrição em restos a pagar,
Parágrafo único. A pena é aumentada de 1/3 (um terço), se, em razão da de despesa que NÃO tenha sido PREVIAMENTE EMPENHADA ou
vantagem ou promessa, o funcionário público estrangeiro retarda ou que EXCEDA LIMITE estabelecido em LEI: Se foi previamente
omite o ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional. empenhada( significa q fizeram reserva financeira), logo (não constitui
Sujeito ativo>> qq pessoa>>crime comum crime)
Sujeito passivo>> Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos
Tráfico de influência em transação comercial internacional
Art. 337-C. Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, >>PARA ENTENDER:
direta ou indiretamente, vantagem ou promessa de vantagem a pretexto -empenho = reserva de recursos financeiros para a quitação de uma despesa
-Logo, ainda que esse pagamento não ocorra no exercício para o qual
de influir em ato praticado por funcionário público estrangeiro no
estava previsto, a inserção do débito no orçamento do ano subsequente
exercício de suas funções, relacionado a transação comercial (como "restos a pagar"-Q FALTA PAGAR) não afeta as finanças
internacional: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. públicas, tendo em vista que já fora efetuada uma reserva para a
Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou quitação. Por isso, o crime do art. 359-B do CPB exige que a inscrição
insinua que a vantagem é também destinada a funcionário estrangeiro. em restos a pagar seja de despesa NÃO empenhada(TÁ Dizendo q não
Solicitar, exigir, cobrar = crime formal//mera intenção tem reserva de dinheiro para pagar, aí lasca ne ?).
Obter = crime material // consuma com o ato feito
Assunção de obrigação no último ano do mandato ou legislatura
A ação penal, tanto aqui como no crime anterior, é PÚBLICA
INCONDICIONADA. Aliás, só para lembrar, sempre que a Lei não - Art. 359-C, CP.
disser NADA, o crime é de ação penal pública incondicionada, pois ORDENAR OU AUTORIZAR a assunção de obrigação, nos 2 últimos
ESTA É A REGRA. quadrimestres(8 MESES ANTES) do último ano do mandato ou
CADERNO NO QC sobre crimes contra a adm estrangeira legislatura, cuja despesa não possa ser paga no mesmo exercício
financeiro ou, caso reste parcela a ser paga no exercício seguinte, que
Veja Que não foi muito cobrado, mas tem 4 questões CESPE. não tenha contrapartida suficiente de disponibilidade de caixa.

Caderno cespe ( 4 questoes): CLIQUE AQUI >>ocorreu isso até 8 meses antes(2 quadrimestres)(pode ser 5 meses, 2
meses, 1 dia, oq for, é até 8 meses) do último ano do seu mandato...>>então
Caderno bancas diversas ( 42 questoes): CLIQUE AQUI TIPICO
>>se ocorreu após 8 meses, ATIPICO
Crimes contra finanças públicas
Arts. 359-A a 359-H. Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos
1. Não há previsão de pena de multa;
2. Pena máxima de 4 ANOS; Aumento de despesa total com pessoal no último ano do mandato ou
legislatura
3. TODAS ADMITEM O SURSIS (pena mínima inferior a 1 ano) e
alguns tipos penais permitem a transação penal (art. 359-A, B, E e - f); ORDENAR, AUTORIZAR ou EXECUTAR ato que acarrete aumento
4. Não há previsão de agravantes, qualificadoras ou causas de de despesa total com pessoal, nos 180 dias( 6 MESES) anteriores ao final
aumento de pena; do mandato ou da legislatura. (PODE SER ATÉ 180DIAS, após isso não
5. Quatro delas são LEIS PENAIS EM BRANCO(359-A, 359-B, 359-D e se enquadra)2
359-F)
ATENÇÃO!:
6. Todos os crimes são DOLOSOS, e alguns admitem tentativa (DICA
Núcleos dos verbos ( ORDENAR, AUTORIZAR, EXECUTAR) “ORA
MATADORA: único crime que permite a modalidade culposa contra a
pro EX” 180 dias antes de ser MANDATO pra cadeia
administração pública é o peculato)
7. São todos crimes FORMAIS. Basta a conduta descrita na figura típica
Sabemos que todos os crimes contra finanças são formais
para a consumação do delito/ não precisa q o resultado aconteça
ENTRETANTO
8.Detenção (memorize= restos a pagar e graciosa) ORDENAR + AUTORIZAR = CRIME FORMAL (somente quando for
- Art.359-B Inscrição de despesas não empenhadas em restos a pagar essa conduta de executar)
- Art.359-E-Prestação de garantia graciosa EXECUTAR = MATERIAL ( WTF!!!) <<entendimento Cezar
- Art.359-F-Não cancelamento de restos a pagar Bitencourt
9. NÃO está condicionada à rejeição das contas pelo Tribunal de
Contas TCU Caiu no CESPE, é necessário ficar atento!
10. São Crimes próprios(crimes funcionais)>> exige da qualidade de Q314256
funcionário público para a prática do delito OU a qualidade de detentor de
mandato
Ordenação de despesa não autorizada
11. Sujeitos passivos serão sempre entes públicos lesados, ressalvado o
Art. 359-H que também pode ser um terceiro - Art. 359-D, CP.
34
ORDENAR DESPESA NÃO AUTORIZADA POR LEI. Não precisa ter que a revogação do tipo penal anterior não configurou abolitio criminis
tido prejuízo>>crime formal nesses casos, ocorrendo o fenômeno da continuidade típico-normativa.
-O agente público que ordena despesa sem o conhecimento de que tal CERTO
despesa não era autorizada por lei incide em erro de tipo
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. Contratação direta ilegal
Art. 337-E. Admitir, possibilitar ou dar causa à contratação direta fora
Prestação de garantia graciosa das hipóteses previstas em lei: (Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito)
Art. 359-E. Prestar garantia em operação de crédito SEM que tenha anos, e multa.
sido constituída CONTRAGARANTIA em VALOR IGUAL OU >>PRECISA QUE SE especifique AS CAUSAS DOS DANOS AO
SUPERIOR ao VALOR da GARANTIA PRESTADA, na forma da lei: ERÁRIO E O EFETIVO PREJUÍZO AO COFRE// dolo especifico
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano Admita que POSSA DAR fora de hipótese (direta)

Não cancelamento de restos a pagar O crime de contratação direta ilegal é considerado crime comum, podendo
ser praticado por qualquer pessoa que venha a celebrar contratação direta
Art. 359-F. Deixar de ORDENAR, DE AUTORIZAR ou de com a administração pública fora dos casos previstos em lei. (ERRADO)
promover o cancelamento do montante de RESTOS A PAGAR inscrito Pois só quem pode ser responsável por isso é o funcionário pub, logo não é
em VALOR SUPERIOR AO PERMITIDO EM LEI: crime comum, mas sim crime próprio
Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.
Conforme entendimento do STJ, a realização de contratação direta fora
Oferta pública ou colocação de títulos no mercado das hipóteses legais configura crime apenas quando evidenciado o dolo
Art. 359-H. ORDENAR, AUTORIZAR ou promover a oferta pública ou específico de causar dano ao erário e desde que haja comprovação da
a colocação no mercado financeiro de títulos da dívida pública SEM QUE ocorrência do efetivo prejuízo ao erário CERTO
TENHAM SIDO CRIADOS POR LEI OU SEM QUE ESTEJAM
REGISTRADOS EM SISTEMA CENTRALIZADO DE Aquele que, no ano de 2019, praticou a conduta de realizar contratação
LIQUIDAÇÃO E DE CUSTÓDIA: Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 direta fora das hipóteses legais, portanto antes da vigência do art. 337-E,
(quatro) anos. deverá ser responsabilizado com a pena de reclusão, de 4 (quatro) a 8
(oito) anos, e multa, ainda que se trate de pena mais grave, pois o art. 337-
E é sucessor natural do art. 89 da Lei 9.099/95. ERRADO, POIS a pena
CADERNO NO QC sobre crimes contra a finanças publicas do crime do art. 337-E é superior à pena de seu antecessor (art. 89 da Lei
Veja Que não foi muito cobrado, mas tem 27 questões CESPE. 8.666/93), de forma que a inovação constitui uma nova legis in pejus, ou
Caderno cespe ( 27 questoes): CLIQUE AQUI seja, nova lei mais gravosa.
Caderno bancas diversas ( 95 questoes): CLIQUE AQUI
Frustração do caráter competitivo de licitação
Art. 337-F. Frustrar ou fraudar, com o intuito de obter para si ou para
Crimes em licitações e contratos administrativos outrem vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação, o
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: caráter competitivo do processo licitatório: Pena - reclusão, de 4 (quatro)
>>as disposições da Lei 8.666/93 foram INTEGRALMENTE anos a 8 (oito) anos, e multa.
REVOGADAS no DIA da PUBLICAÇÃO da LEI 14.133/21 (estamos
falando do arts. 337-E a 337-O )// O restante da lei continua Obs.:crime formal e sua consumação prescinde(dispensa/n precisa) da
sendo aplicado pelo período de 2 anos. A seguir estaremos tratando sobre comprovação do prejuízo ou da obtenção de vantagem
essas atualizações ok ? LEI 14.133/21 Q314246

>> prévia aprovação do ato por decisão do Tribunal de Contas NÃO Nesse tipo de crime>> crime comum>>qq um>> sujeito ativo pode ser o
descaracteriza o crime, de forma que NÃO IMPEDE o oferecimento de particular e/ou funcionário publico
ação penal contra o agente responsável. Agente do crime=polo passivo da ação penal

>> condutas envolvendo contratos celebrados por empresas públicas ou SUJEITO ATIVO --> QUEM COMETE O CRIME
sociedades de economia mista estão INCLUÍDAS no âmbito de proteção SUJEITO PASSIVO --> VÍTIMA
dos tipos penais a seguir.. POLO PASSIVO --> AUTOR EM AÇÃO CRIMINAL//agente do crime

>> O condenado por crime contra a adm pub terá a progressão de POLO ATIVO --> MINISTÉRIO PÚBLICO.
regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que Q314244
causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos
Pratica o crime de frustração do caráter competitivo de licitação aquele
legais]., que entrega mercadoria diversa daquela prevista no contrato celebrado
com a administração pública. (ERRADO) está falando do Art. 337-L
>> maioria >> não infrações de menor potencial ofensivo.
FF adjuco no objeto
Exceção: crime de “impedimento indevido” (art. 337-N), pois este possui
pena máxima não superior a 02 anos.
Patrocínio de contratação indevida
Se pena >2 anos , logo não é menor potencial ofensivo// Se <2 anos, logo
menor potencial ofensivo Art. 337-G. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante
a Administração Pública, dando causa À INSTAURAÇÃO DE
>> A ação penal em relação a todos os crimes em licitações e contratos LICITAÇÃO ou à CELEBRAÇÃO DE CONTRATO cuja invalidação
administrativos (arts. 337-E a 337-O) é pública incondicionada vier a ser decretada pelo Poder Judiciário:Pena - reclusão, de 6 (seis)
meses a 3 (três) anos, e multa.
>> Todos os crimes em licitações e contratos administrativos (arts. 337-E a
337-O) estabelecem a pena de multa cumulativamente à pena privativa Cuidado para não confundir com
de liberdade. >> ADVOCACIA ADMINISTRATIVA.
Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a
A lei 14.133/21 revogou os tipos penais previstos na Lei 8.666/93, criando administração pública, VALENDO-SE DA QUALIDADE DE
um capítulo específico no Código Penal, referente aos crimes em FUNCIONÁRIO
licitações e contratos administrativos. Alguns destes novos tipos penais
são meros sucessores de tipos penais previstos na Lei 8.666/93, de forma >>CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA
35
Art. 3º, III - patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a Afastamento de licitante
administração FAZENDÁRIA, valendo-se da qualidade de funcionário Art. 337-K. AFASTAR ou TENTAR afastar licitante por meio:
público. -de VIOLÊNCIA,
-grave AMEAÇA,
Vamos exercitar (Cespe está trocando os conceitos...): -FRAUDE ou
1) LEI DE LICITAÇÕES: -oferecimento de VANTAGEM de qualquer tipo:
(CESPE/TCE-RJ/2021) Indivíduo que patrocine diretamente interesse Pena - reclusão, de 3 (três) anos a 5 (cinco) anos, e multa, além da pena
privado na administração pública, dando causa à instauração de licitação, correspondente à violência.
cuja invalidação seja decretada pelo Poder Judiciário, responderá pelo crime
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se abstém ou desiste de
de advocacia administrativa, previsto no Código Penal.(ERRADO)
licitar em razão de vantagem oferecida.
(CESPE/MPE-ES/2013) Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse
privado perante a administração, dando causa à instauração de Autoexplicativo>>precisa ser violento..
licitação ou à celebração de contrato, cuja invalidação vier a ser decretada ------------
pelo Poder Judiciário, constitui o delito de advocacia
administrativa previsto no CP, por ausência de previsão expressa na Lei n.º Não é punível a conduta do particular que se abstém de licitar por conta
8.666/1993.(ERRADO) de vantagem oferecida a ele por outro licitante (ERRADO)
*(TCE-RR/2008) A conduta de patrocinar, direta ou
indiretamente, interesse privado perante a Administração, dando causa O crime de afastamento de licitante se verifica quando o agente
à instauração de licitação ou à celebração de contrato, cuja invalidação efetivamente consegue afastar licitante por meio de violência, grave
vier a ser decretada pelo Poder Judiciário, constitui crime definido na Lei de ameaça, fraude ou oferecimento de vantagem de qualquer tipo, havendo
Licitações.(CERTO) forma tentada caso o agente tente afastar o licitante, mas não consiga por
circunstâncias alheias à sua vontade. (ERRADO)
2) ADVOCACIA ADMINISTRATIVA: Pois é crime formal, a mera ação de frustrar, já caracteriza o crime, então
(CESPE/TJ-AL/2012) Patrocinar indiretamente interesse privado legítimo não existe forma tentada, ok ? n exige a realização dos meios...so dele
perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário TENTAR afastar, já caracteriza o crime...
público, configura o delito de advocacia administrativa.(CERTO)
João ameaça Pedro para não licitar, dizendo que vai matar os seus filhos.
3) ORDEM TRIBUTÁRIA: Pedro com medo desiste e procura delegacia. Pedro irá responder pelo
(CESPE/SEFAZ-RS/2019) O agente que patrocina, direta ou crime de afastamento de licitante na modalidade equiparada ? ERRADO,
indiretamente, interesse privado perante a administração fazendária, pois Pedro só irá responder se desistir em razão de vantagem indevida
valendo-se da qualidade de funcionário público, pratica crime funcional
contra a ordem tributária.(CERTO)
Fraude em licitação ou contrato
Modificação ou pagamento irregular em contrato administrativo Art. 337-L. Fraudar, EM PREJUÍZO DA ADMINISTRAÇÃO
Art. 337-H. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer modificação ou PÚBLICA, licitação ou contrato dela decorrente, mediante: (Incluído pela
vantagem, inclusive prorrogação contratual, em favor do contratado, Lei nº 14.133, de 2021)
durante a execução dos contratos celebrados com a Administração Pública,
sem autorização em lei, no edital da licitação ou nos respectivos I - entrega de mercadoria ou prestação de serviços com qualidade ou em
instrumentos contratuais, ou, ainda, pagar fatura com preterição da quantidade diversas das previstas no edital ou nos instrumentos contratuais;
ordem cronológica de sua exigibilidade: Pena - reclusão, de 4 (quatro) II - fornecimento, como verdadeira ou perfeita, de mercadoria falsificada,
anos a 8 (oito) anos, e multa deteriorada, inservível para consumo ou com prazo de validade vencido;
Admita que POSSA DAR>> igual o primeiro III - entrega de uma mercadoria por outra;
Mas tem nome contrato ou fatura IV - alteração da substância, qualidade ou quantidade da mercadoria ou
do serviço fornecido;
O pagamento de fatura com preterição da ordem cronológica de sua V - qualquer meio fraudulento que torne injustamente mais onerosa para
exigibilidade configura infração administrativa, mas não é considerado a Administração Pública a proposta ou a execução do contrato:
fato típico ERRADO pena - reclusão, de 4 (quatro) anos a 8 (oito) anos, e multa.

Perturbação de processo licitatório O dolo deve estar presente na conduta>> precisa ter prejuízo para a
adm publica ok ? dolo específico Q310543
Art. 337-I. Impedir, perturbar ou fraudar a realização de qualquer ato
de processo licitatório: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e
multa. (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021) Contratação inidônea
Art. 337-M. Admitir à licitação empresa ou profissional declarado
Violação de sigilo em licitação inidôneo: Pena - reclusão, de 1 (um) ano a 3 (três) anos, e multa.
§ 1º Celebrar contrato com empresa ou profissional declarado inidôneo:
Art. 337-J. Devassar o sigilo de proposta apresentada em processo
Pena - reclusão, de 3 (três) anos a 6 (seis) anos, e multa.
licitatório ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo: Pena -
§ 2º Incide na mesma pena do caput deste artigo aquele que, declarado
detenção, de 2 (dois) anos a 3 (três) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº
inidôneo, venha a participar de licitação e, na mesma pena do § 1º deste
14.133, de 2021)
artigo, aquele que, declarado inidôneo, venha a contratar com a
Administração Pública. (Incluído pela Lei nº 14.133, de 2021)
>>NÃO PRECISA DA COMPROVAÇÃO DE PREJUÍZO OU
VANTAGEM
INIdôneo = INImigo da administração
>>Exige apenas dolo genérico, ok ? não especifico, isso é para LIA
Q1402308
-Diferenciar:
DOLO GENÉRICO: basta ele violar o sigilo (abrir a proposta antes da
hora, divulgar para alguém, deixar escapar alguma informação a Impedimento indevido
outrem. Curioso desastrado) Art. 337-N. Obstar, impedir ou dificultar injustamente a inscrição de
DOLO ESPECÍFICO: ele violou para beneficiar ou prejudicar qualquer interessado nos registros cadastrais ou promover
especificamente algum competidor indevidamente a alteração, a suspensão ou o cancelamento de registro
Seu devasso.. rs Q1899861 // Q310544 // Q104792 // Q1899861 do inscrito: Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. (
Fala sobre registro

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Omissão grave de dado ou de informação por projetista
Art. 337-O. Omitir, modificar ou entregar à adm pub levantamento
cadastral ou condição de contorno em relevante dissonância com a
realidade, em frustração ao caráter competitivo da licitação ou em
detrimento da seleção da proposta mais vantajosa para a Administração
Pública, em contratação para a elaboração de projeto básico, projeto
executivo ou anteprojeto, em diálogo competitivo ou em procedimento de
manifestação de interesse
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa.

§ 1º Consideram-se condição de contorno as informações e os


levantamentos suficientes e necessários para a definição da solução de
projeto e dos respectivos preços pelo licitante, incluídos sondagens,
topografia, estudos de demanda, condições ambientais e demais
elementos ambientais impactantes, considerados requisitos mínimos ou
obrigatórios em normas técnicas que orientam a elaboração de projetos.

§ 2º Se o crime é praticado com o fim de obter benefício, direto ou


indireto, próprio ou de outrem, aplica-se em dobro a pena prevista no
caput deste artigo.

Art. 337-P. A pena de multa : ( mínimo 2% do contrato)


SEMPRE maior q 2% do valor do contrato licitado ou celebrado com
contratação direta.
No crime de omissão grave de dado ou de informação por projetista, a
pena será aplicada em dobro se o crime for praticado com o fim de obter
benefício, direto ou indireto, próprio ou de outrem. CERTO

Pena de multa

Art. 337-P. A pena de multa :


SEMPRE MAIOR Q 2% do valor do contrato licitado ou celebrado
com contratação direta.

multa aplicadas em relação aos crimes previstos nos arts. 337-E a 337-O
seguirão a sistemática prevista pelo CP.

Mas qual é essa sistemática?


A pena de multa é aplicada seguindo-se um processo bifásico:
 1ª: o Juiz fixa >>quantidade de “dias-multa” (é uma unidade de pena)
 2ª: o Juiz fixa >> valor de cada dia-multa

Art. 49-A pena de multa consiste no:


> pagamento ao fundo penitenciário da quantia fixada anteriormente

- quantidade dias-multa fixada: entre 10 e 365 .


fixada de acordo com as circunstâncias: (culpabilidade do agente,
antecedentes do réu, consequências do crime etc.)

- valor do dia-multa:
MAIOR q 1/30 saláriomini e MENOR que 5x saláriomin entre 1/30 - 5x
é arbitrado tendo em conta a situação econômica do réu (art. 60 do CP)

EXEMPLO: José praticou crime de fraude em licitação (art. 337-L do CP).


Ao aplicar a pena de multa, o Juiz fixou a quantidade de 20 dias-multa, e
depois arbitrou cada dia multa em R$ 1.000,00). Logo, a multa aplicada a
José será o produto da multiplicação da quantidade de dias-multa pelo
valor de cada um, ou seja: 20 x R$ 1.000,00 = R$ 20.000,00 (vinte mil
reais). ENTRETANTO
..
Se o valor do contrato celebrado por José foi de R$ 5 milhões, logo, o valor
mínimo definido por lei é de 2%>>portanto>> deve ser 5000000x0,02 = 100
mil reais. O juiz, portanto, deve elevar o valor de 20 mil para os 100 mil
que é o mínimo,ok ?

A pena de multa cominada aos crimes em licitações e contratos


administrativos seguirá a sistemática prevista no Código Penal, não
podendo ser inferior a 2% do valor do contrato licitado ou celebrado com
contratação direta. (CERTO)

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