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PRIMEIRA

INFÂNCIA:
Trabalho com famílias

CUIDADOR
PRIMÁRIO

Créditos: Mauro Vieira


Ministério da Cidadania

TRILHA GESTANTE
Fundamental
para um bom
começo da vida!
Como um bebê tão
frágil e dependente
se torna um sujeito
humano?
Os humanos têm a
infância mais longa e
dependente de todos
os animais e sem a
efetiva participação de
um cuidador, jamais
sobreviveríamos.

Mas não é qualquer


tipo de cuidado para
construção de uma
vida saudável.
Temos que considerar
a importância de um
cuidador afetivo e
sensível às necessidades
físicas e emocionais do
bebê para que seu
potencial inato se
desenvolva.
VAMOS
APROFUNDAR
A IMPORTÂNCIA
DO ADULTO
CUIDADOR!
Temos certeza que este
conhecimento vai ajudar
seu trabalho junto às
famílias atendidas.
Base Teórica
O pediatra e psicanalista
inglês Donald Winnicott
(1986 – 1971) trouxe
grandes contribuições para a
teoria do desenvolvimento
infantil trabalhando por mais
de 40 anos diretamente com
crianças e suas famílias.

Registro de Donald Winnicott


em atendimento
Para Winnicott:
Onde há bebê, há alguém
cuidando dele!
A constituição do sujeito
começa na RELAÇÃO
com um adulto.
Winnicott, pelo momento
histórico que viveu e
trabalhou, se dedicou a
entender a constituição
subjetiva a partir das
relações entre pais e
filhos, em um modelo
familiar mais tradicional.

Hoje, vivemos em
contextos familiares
mais diversificados,
porém sabemos que há
ingredientes que
não podem faltar nos
estágios iniciais do
desenvolvimento.
Um dos ingredientes
que não podemos
abrir mão:
Um cuidador
dedicado em
uma relação de
proximidade e
intimidade com
seu bebê.
PAUSA

Até aqui reforçamos a


importância do vínculo
entre adulto e seu bebê
sem focar em quem
assumirá esta função,
já que cada família vive
um contexto particular
Ex: se mãe, se pai, se avó, etc.

Entretanto, neste
momento vamos
aprofundar na
GESTANTE
acompanhada pelo
Programa Criança Feliz.
Créditos: Mauro Vieira
Ministério da Cidadania
O ciclo da gestação e
puérperio é um grande
convite para a gestante
se enlaçar com seu bebê
que acabou de nascer.
A dedicação da mãe para
seu recém-nascido não se
baseia em conhecimento
formal, mas em uma
atitude sensível adquirida
à medida em que a
gravidez avança e
prolonga-se por um
tempo após o nascimento
do bebê.
Este estado de
sensibilidade permite
que a mãe esteja
envolvida
emocionalmente com
seu bebê.

Winnicott chamou-o de
“preocupação materna
primária”.

A preocupação materna
primária fornece um
ambiente seguro para
que o bebê possa se
desenvolver...
...experimentando
e descobrindo o
mundo com
espontaneidade e
criatividade.
Por exemplo:
Se o bebê chora, a mãe
se pergunta: será que é
fome? será algum
desconforto? será que
precisa mudar de
posição?

A mãe procura
entender e suprir as
necessidades do seu
filho, facilitando seu
processo de
desenvolvimento.
O mundo externo vai
chegando em pequenas
doses, e o bebê vai tendo
a vivência de um mundo
que responde na medida
daquilo que ele precisa,
dando a possibilidade
para o recém-nascido ir
percebendo o ambiente
à sua volta como
CONFIÁVEL.
Na sua trajetória clínica,
Winnicott se esforçou
em valorizar a
sensibilidade e intuição
dos pais.

O psicanalista batalhou
contra ideais e teorias
de uma parentalidade
perfeita. Ao contrário,
Winnicott buscou aliviar
e trazer confiança para
esta relação inicial
mãe-bebê.
No dia-a-dia com o bebê,
como ao trocar fraldas,
amamentar, abraçar e dar
colo, a mãe vai
apresentando o mundo
ao seu filho com acertos
e erros.
Acertar e errar são
aspectos inseparáveis da
lida diária e fazem parte
do processo natural da
parentalidade.
A perfeição não é
possível em nenhum
relacionamento humano!
O bebê não precisa de
uma mãe perfeita:
precisa de uma mãe que
se importe e que ofereça
o seu melhor, com afeto.

CULPA!

Pais perfeitos
são aqueles que
não tem filhos!

Ops!
Não existe, né?
Para conseguir exercer
bem seu papel, não
podemos esquecer da
importância da mulher
se sentir segura e
sustentada por uma
rede de apoio.
Uma rede de
sustentação em
volta da própria
mãe.
VAMOS ÀS
PERGUNTAS?

Responda algumas
perguntas para testar
sua compreensão sobre
o tema.
O bebê precisa de pais
perfeitos para que se
desenvolva de maneira
adequada.

Verdadeiro

Falso
RESPOSTA CORRETA:

FALSO

Para se desenvolver de forma


saudável e plena no começo da
vida, o bebê precisa acima de
tudo de sustentação suficiente,
física e psíquica, a partir de um
adulto disponível e sintonizado
com ele e suas necessidades.
E para poder oferecer
uma boa sustentação, os
pais precisam estar eles
mesmos sustentados, de
maneira que a situação
socioeconômica, os
costumes culturais, a
presença ou não de rede
de apoio, entre outros
fatores, influenciarão a
forma como os pais
desempenharão
seu papel.
Quando uma criança
passa fome, é problema
de todo mundo.
— Carolina Maria de Jesus
Escritora, compositora e poetisa
brasileira.
Assinale a alternativa errada.
O trabalho junto às famíias
gestantes é uma excelente
oportunidade para:
A. Contar sobre a
importância de um
cuidador sensível e afetivo.
B. Explicar que o estado de
sensibilidade emocional da
mulher no puerpério ajuda
no envolvimento com o
bebê.
C. Afirmar que apenas a
mulher pode desempenhar
a função de cuidador.
D. Aprofundar a ideia que o
adulto tem o papel de
“filtro” para o bebê: vai
apresentando o mundo
em pequenas doses.
RESPOSTA ERRADA:

Afirmar que apenas a mulher


pode desempenhar a função de
cuidador.
Para entender:

A mulher, durante o
processo gestacional e
pós-parto, recebe este
convite para se conectar
com seu bebê.

Entretanto, todo adulto


que esteja disponível,
atento e sensível às
necessidades do bebê
exercerá plenamente esta
função.
PRONTOS
PARA
ESPALHAR
ESTAS
IDEIAS?
Esse módulo
“Cuidador Primário”
será útil para você?

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Para saber mais
Leia os artigos:

Como a gente vira


gente?
Rosa Maria Marini Mariotto

Donald Woods
Winnicott
Federação Brasileira de
Psicanálise
Para saber mais
Assista as pílulas do
filme: “O Começo da
Vida”

Função de pai
e mãe

Gravidez na
adolescência

Baby Blues

Afeto

Vínculo
Para ir direto à fonte
Leia o artigo:

Laço - Winnicott e
os desafios da
parentalidade
Lia Pitliuk. Coleção
Parentalidade e Psicanálise.
Ed. Autêntica, 2020.

Leia o livro:

Winnicott, D. -
Bebês e suas Mães.
Ed.Ubu, 2020.
Para inspirar
Assista o vídeo:

Caminhando com
Tim Tim

“Valentim tem me ensinado


sobre os caminhos,
caminhares e destinos; que
o chegar não é mais valioso
que a andança; que o
encontro é valioso e
necessário.”

— Genifer, mãe de Valentim


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