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Existia 2 tipos de mãe: Suficientemente Boa e Insuficientemente Boa.

Suficientemente boa: Está sempre atenta às necessidades do bebê, não totalmente, mas na
medida certa. Ela também se permite falhar pra que o bebê também se continua pelas falhas
ou seja não sendo tudo perfeito e assim o bebê registra que nem tudo é perfeito.

Nessa relação existe a percepção do bebê diante da dedicação da mãe.

PREOCUPAÇÃO MATERNA PRIMARIA: Definida pela capacidade que a mãe tem de estar
disponível e atenta a todas as necessidades mesmo que esteja cansada e exauta. Winnocot diz
que essa mãe torna se capacitada pra compreender e perceber mais do que ninguém aquela
criança, permanecendo num estado diferenciado psiquicamente, que ele descreve como
LOUCURA DAS MAES que volta ao normal posteriormente.

Essa preocupação materna primária está presente nas mães Suficientemente boas, mas como
já dito ela atende as necessidades do bebê na medida.

As mães Suficientemente boas tbm pode apresentar características da mãe insuficientemente


boa, por exemplo, não podendo amamentar no exato momento que o bebê está chorando,
mas não porque ela é negligente, mas sim, porque pode acontecer dela estar ocupada com
outra tarefa. Outra exemplo é quando o bebê precisa ficar internado após o parto, a mãe fica
ausente por orientação médica. A ausência é um exemplo de mãe insuficientemente boa, mas
nesse caso acontece apenas por motivos de necessidade.

A mãe Insuficientemente boa: Aquela que não está atenta às necessidades do bebê. Uma
característica é quando aquele bebê não tem suas necessidades atendidas, ou quando o bebê
é cuidado por muitas pessoas e não tem uma rotina. Para winnicot a falha materna
considerável saudável para o bebê é quando a mãe investe em outros objetos como trabalho,
marido então está falha é saudável para o.autodesenvolvimento do bebê. E não uma falha na
estrutura como na psicose que ocorre por uma falha grave do ambiente e não por uma falha
saudável.

Atencao: Algumas falhas podem ser vistas de forma diferente de criança p/ criança.

FASES DO DESENVOLVIMENTO:
Dependência Absoluta: acontece de 0-6 meses, no entanto aos 4 meses o bebê já reconhece a
mãe, essa fase corresponderia a fase esquizo paranoide de melanie Klein, o bebê ainda
estabelece uma relação fisionada com a mãe.

Dependência Relativa: Ocorre dos 6 meses aos 2 anos, quando a criança começa a se integrar,
se separar da mãe, se relacionar com outros objetos, passando a ter uma autonomia. É messa
fase que acontece o complexo de édipo, que corresponde a posição depressiva de Melanie
Klein, onde acontece o desmame e vivências edipicas.

As 3 principais funções maternas:


Holding: refere-se ao acolhimento, proteção, sustento físico e psíquico, uma vez que esse bebê
está totalmente desamparado.

Um Holding ruim, produz aflição na criança, sensação de despedaçamento. A função Holding,


permite a função de formação que é a integração, onde o bebê a partir de um outro integrado,
se integra também.na integração o bebê passa a se perceber e perceber o outro, diferenciar o
que pertence a ele e o que pertence ao outro. Então com a função de formacao que permite a
integração na função Holding o bebê vai integrando a personalidade, isso se desenvolve pouco
a pouco, dependendo da criança.

A função de formação que a função HOLDING proporciona é a INTEGRAÇÃO

INTEGRAÇÃO: Se sentir integrado, único, exclusivo, se perceber diferente do outro.

Handling: Refere-se aos cuidados físicos, troca de fraldas, arrumar a criança, nomear as partes
do corpo, as experiências do bebê são puramente sensoriais, a luz, a voz, os objetos são
novidades e tudo isso vai formando o psiquismo do bebê.

A função de formacao que a funcao HANDLING, proporciona é a PERSONALIZAÇAO.

PERSONALIZAÇÃO: A personalização é justamente a formação de noção de imagem corporal,


é quando o bebê sabe que tem um corpo diferente e reconhece as partes do corpo.

Apresentação do Objeto: Apresentação do bebê ao mundo e aos objetos que são vistos como
novidade pra ele, um papel da mãe apresentar o primeiro objeto que é o seio que representa
o alimento, sendo o primeiro objeto de satisfação do bebê. A partir dessa primeira experiência
de satisfação o bebê começa a ter novas experiências de satisfação com seu próprio corpo,
começa interagir, sorrir para o outro a partir da apresentação do objeto.

A função de formação que a função APRESENTAÇÃO DO OBJETIVO proporciona é o


RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

RELACIONAMENTO INTERPESSOAL: Onde se descobre que não existe somente a mãe, mas
outras pessoas também para se relacionar.

PAPEL DO AMBIENTE E DA FAMILIA:

Ambiente: Desempenha a função de desenvolvimento da criança para que ela possa se


integrar, se separar, e criar sua autonomia de forma continua. Essa noção de continuidade e
desenvolvimento do ser, é muito importante para que se reconheça diferente do outro e isso o
ambiente seguro pode proporcionar ao bebe, sendo adequado e saldável.

Com a falha desse ambiente, pensamos em dificuldades psíquicas. A criança precisa de uma
ambiente favorável para se desenvolver e o ambiente é MÃE E PAI que envolve a criança, é o
LUGAR, o ESTADO, tudo esta relacionado ao ambiente.
A Psicose teria sua falha no ambiente tanto quanto a neurose. Na neurose ocorre uma falha
suportável que se refere as falhas que colaboram para o autodesenvolvimento mas que pode
ser percebido com certa dificuldade dependendo de cada bebê. Na psicose a falha no
ambiente é grave e a criança nao consegue se integrar, se personalizar e se relacionar com
outros objetos. Demais falhas podemos pensar em transtornos neuróticos.

Familia: Representa o ambiente, a cultura, a sociedade, local, tudo em torno do


desenvolvimento do bebe nos primeiros anos. Qualquer que seja sua estrutura clinica, sua
origem é nos primeiros anos de vida. O papel da família é muito importante e esta vinculado a
questão do ambiente.

Ambiente facilitador: Quando o ambiente é facilitador do desenvolvimento emocional


no início da vida, o ambiente facilitador tem influência sobre o processo de integração do ego,
é facilitador da efetivação da natureza do individuo, é facilitador do surgimento do ser,
facilitador para que o verdadeiro self possa se manifestar e que o sujeito possa desfruta-lo.
Em outras palavras, o ambiente facilitador promove o processo de desenvolvimento e
representa a fonte do sentimento de ser e existir e também da criatividade, além do
verdadeiro self e da saúde.

Conceito de “Self”: Falso e Verdadeiro.

Verdadeiro Self: O sujeito no seu eu INTEGRADO, verdadeiro, real, sem defesas, vulnerável.
Falso Self: O Sujeito em um eu Falso, que não é real que existe para defender e esconder o
verdadeiro self.

Fenômeno Transicional e Objeto Transicional:

Durante a fase de transição da Dependência Absoluta para Dependência Relativa, a criança


precisa lidar com a separação da mãe para desenvolver sua autonomia e com isso surge o
sentimento de angústia e pra isso o objeto ou fenômeno transicional auxilia nessa passagem
como um SUPORTE. Caracteriza uma passe para a outra, carregada de angustia que pode ser
aliviada por esse objeto ou fenômeno.

Essa angustia pode ser causada por: Desmame, mudanças de residência, mudança de escola,
ou quando a criança começa a ir pra escola, etc...

Objeto Transicional: Pode ser um ursinho, uma boneca, um paninho ou qualquer objeto que a
criança adote como aliviador de sua angustia.

Fenômeno Transicional: Pode ser um comportamento, como por exemplo: Balbuciar, chupar
dedo, enrolar o cabelo, etc. Ou até memso uma musica, uma leitura, etc. Qualquer
comportamento que alivie sua angústia.

O objeto ou fenômeno transicional vai perdendo sentido aos poucos, a ideia é que não
precisamos mais dele passando a ser desinvestido.

Não se pode privar ou reprimir a criança diante de seu objeto ou fenômeno transicional, é
importante que ela vivencia pra que se crie outros recursos.

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