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Semana 1 - FONTES

Considerando as fontes de direito internacional público previstas no Estatuto da Corte


Internacional de Justiça (CIJ) e as que se revelaram a posteriori, bem como a doutrina
acerca das formas de expressão da disciplina jurídica, as convenções internacionais, que
podem ser registradas ou não pela escrita, são consideradas, independentemente de sua
denominação, fontes por excelência, previstas originariamente no Estatuto da CIJ.
Analise a afirmativa e com base no aprendizado, julgue e fundamente sua resposta.
Resposta:
Falso, pois convenção internacional, que são celebrados entre sujeitos de direito
internacional, tem que ser escrita.
Semana 2
A República de Utopia e o Reino de Lilliput são dois Estados nacionais vizinhos cuja
relação tornou-se conflituosa nos últimos anos devido à existência de sérios indícios de
que Lilliput estaria prestes a desenvolver tecnologia suficiente para a fabricação de
armamentos nucleares, fato que Utopia entendia como uma ameaça direta a sua
segurança. Após várias tentativas frustradas de fazer cessar o programa nuclear
lilliputiano, a República de Utopia promoveu uma invasão armada a Lilliput em
dezembro de 2001 e, após uma guerra que durou três meses, depôs o rei e promoveu a
convocação da Assembleia Nacional Constituinte, que outorgou a Lilliput sua atual
constituição. Nessa constituição, que é democrática e republicana, as antigas províncias
foram convertidas em estados e foi instituído, no lugar do antigo Reino de Lilliput, a
atual República Federativa Lilliputiana. Assim, podemos afirmar que a República
Federativa Lilliputiana deve obediência aos costumes internacionais gerais que eram
vigentes no momento em que ela adquiriu personalidade jurídica de direito
internacional, não obstante essas regras terem sido estabelecidas antes do próprio
surgimento desse Estado.

Resposta:
Falso, pois a república de Lilliput é chamado de objetor persistente, que consiste em se
um estado comprovar que se opos de forma persistente a um costume internacional, ele
não esta obrigado a cumprir esse costume, assim sendo para Liliput o costume
internacional não tem validade.

Semana 3

O litígio se dá entre Portugal e Índia. O primeiro Estado aparelhou perante a Corte


Internacional de Justiça procedimento judicial internacional contra o Estado indiano,
relativo a certos direitos de passagem pelo território deste último Estado de súditos
portugueses (militares e civis), assim como de estrangeiros autorizados por Portugal
com a intenção de dirigir-se a pontos encravados situados perto de Damão, para acesso
aos encraves de Dadra e Nagar-Aveli.
O Estado português alega que havia um costume [internacional] local que concedia um
direito de passagem pelo território indiano a seus nacionais e às forças armadas até
Dadra e Nagar-Aveli. A alegação de fundo é a de que o Estado indiano quer anexar
estes dois territórios portugueses, ferindo seus direitos soberanos sobre eles. Os indianos
sustentam que, segundo o Tratado de Pooma, realizado em 1779 entre Portugal e o
governante de Maratha e posteriores decretos exarados por este governante, os direitos
portugueses não consistiam na soberania sobre os mencionados encraves, para os quais
o direito de passagem é agora reclamado, mas apenas num "imposto sobre o
rendimento".

Quando o Reino Unido se tornou soberano naquele território em lugar de Maratha,


encontraram os portugueses ocupando as vilas e exercendo um governo exclusivo. Os
britânicos aceitaram tal posição, não reclamando qualquer tipo de soberania, como
sucessores de Maratha, mas não fizeram um reconhecimento expresso de tal situação ao
Estado português. Tal soberania foi aceita de forma tácita e subsequentemente
reconhecida pelo Estado indiano, portanto as vilas Dadra e Nagar-Aveli foram tidas
como territórios encravados portugueses, em território indiano.
A petição portuguesa coloca a questão que o direito de passagem foi largamente
utilizado durante a soberania britânica sobre o Estado indiano, o mesmo ocorrendo no
período pós-britânico. Os indianos alegam que mercadorias, com exceção de armas e
munições, passavam livremente entre o Porto de Damão (território português) e ditos
encraves, e que exerceram seu soberano poder de regulamentação impedindo qualquer
tipo de passagem, desde a derrubada do governo português em ditos encraves. (Pereira,
L. C. R. Costume Internacional: Gênese do Direito Internacional. Rio de Janeiro:
Renova, 2002, p. 347 a 349 – Texto adaptado).

Diante da situação acima e dos dados apresentados, responda:


1) De acordo com entendimento da Corte Internacional de Justiça, qual a fonte de
direito internacional Público é aplicável a fim de dar solução ao litígio?
Costume internacional
2) Como ela é definida?
Prática reiterada em geral seguida pelos estados
3) Qual o elemento que a torna norma jurídica?
O elemento material que é a prática sendo elemento subjetivo a crença na
obrigatoriedade desta prática.

Caso 2

Analise o texto abaixo retirado do voto de A.A. Cançado Trindade, proferido na Corte
Interamericana de Direito Humanos no caso da Comunidade Indígena Sawhoyamaxa
versus Paraguay:
“...No universo do Direito Internacional dos Direitos Humanos, é o indivíduo quem
alega ter seus direitos violados, quem alega sofrer os danos, quem tem que cumprir com
o requisito do prévio esgotamento dos recursos internos, quem participa ativamente da
eventual solução amistosa, e quem é o beneficiário (ele ou seus familiares) de eventuais
reparações e indenizações.
Em nosso sistema regional de proteção, o espectro da persistente denegação da
capacidade processual do indivíduo peticionário ante a Corte Interamericana (....)
emanou de considerações dogmáticas próprias de outra época histórica tendentes a
evitar seu acesso direto à instância judicial internacional, - considerações estas que, em
nossos dias, ao meu modo de ver, carecem de sustentação e sentido, ainda mais
tratando-se de um tribunal internacional de direito humanos.
(...). No presente domínio de proteção, todo jusinternacionalista, fiel às origens
históricas de sua disciplina, saberá contribuir para o resgate da posição do ser humano
como sujeito de direito das gentes dotado de personalidade e plena capacidade jurídicas
internacionais".
Responda a pergunta abaixo:
No que se refere ao trecho do voto de Antônio Augusto Cançado Trindade, responda:
Com base no conceito de sujeito de direito internacional e no de uma sociedade
internacional aberta, como defende Celso Mello, discorra sobre a posição do ser
humano como sujeito de Direitos, refletindo sobre sua personalidade e sobre sua
capacidade para agir no plano internacional.

Resposta:
O indivíduo tem personalidade jurídica internacional;
A capacidade jurídica internacional do indivíduo é analisada de acordo com os direitos
humanos ao qual o indivíduo pertença. No sistema Europeu tem capacidade jurídica
plena, podendo postular tanto frente a corte quanto frente a comissão.
No sistema jurídico interamericano, a capacidade postulatória é limitada, o indivíduo só
pode postular frente a comissão interamericana de direitos humanos, não provoca a
corte diretamente.

Objetiva
Segundo o Art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça, são fontes do direito
internacional as convenções internacionais,
a. o costume, os atos unilaterais e a doutrina e a jurisprudência, de forma auxiliar.
b. o costume internacional, os princípios gerais de direito, os atos unilaterais e as
resoluções das organizações internacionais.
c. o costume, princípios gerais de direito, atos unilaterais, resoluções das organizações
internacionais, decisões judiciárias e a doutrina.
(d). o costume internacional, os princípios gerais de direito, as decisões judiciárias
e a doutrina, de forma auxiliar, admitindo, ainda a possibilidade de a Corte decidir
ex aequo et bono, se as partes concordarem.

Semana 4 - EXTRADIÇÃO

Ex dirigente de federação sul-americana de futebol, após deixar o cargo que exercia em


seu país de origem, sabedor de que existe uma investigação em curso na Colômbia, opta
por fixar residência no Brasil, pelo fato de ser estrangeiro casado com brasileira, com a
qual tem dois filhos pequenos. Anos depois, já tendo se naturalizado brasileiro, o
governo da Colômbia pede a sua extradição em razão de sentença que o condenou por
crime praticado quando ocupava cargo na federação sul-americana de futebol. Diga
sobre a possibilidade de extradição e fundamente.

Resposta:
Pode extraditar, pois o crime foi cometido antes da data de naturalização. Os filhos
menores sob sua responsabilidade não são obste para sua extradição, somente para
expulsão
Semana 5
Tendo em vista o interesse comum de Brasil e Paraguai em realizar o aproveitamento
hidroelétrico dos recursos hídricos do rio Paraná, pertencentes em condomínio aos dois
países desde e inclusive o salto Grande de Sete Quedas ou salto de Guairá até a foz do
rio Iguaçu, foi aprovado o Tratado de Itaipu, em 26 de abril de 1973, criando a entidade
binacional Itaipu, considerada um modelo de integração. Contudo, passados mais de
trinta anos, os paraguaios começaram a se insurgir contra as disposições desse Tratado,
alegando que há uma relação de exploração em favor do Brasil, que se aproveita do seu
poder econômico para submeter o Paraguai a uma condição subalterna. A polêmica se
acentuou com a eleição de Fernando Lugo à Presidência da República do Paraguai. Com
relação a esse Tratado e às polêmicas que gera, é correto que as reivindicações dos
paraguaios são pertinentes, uma vez que, segundo o Tratado de Itaipu, ao Brasil cabem
95% da energia produzida pela Itaipu e ao Paraguai os 5% restantes, proporcionais ao
aporte financeiro realizado por cada país na construção da usina e por ser uma entidade
binacional, as instalações e obras realizadas em cumprimento ao Tratado de Itaipu
conferem ao Brasil e ao Paraguai o direito de propriedade ou de jurisdição sobre o
território um do outro.

Resposta:
Não há direito de propriedade e nem de jurisdição. O que há é o direito de usufruto da
energia produzida por Itaipu, sendo 50% para o Brasil e 50% ao Paraguai, conforme
decreto 23/73. A produção que exceder do consumo do Paraguai o brasil poderá
comprar.

Semana 6 – INTERNACIONALIZAÇÃO DOS TRATADOS

Tratados são, por excelência, normas de direito internacional público. No modelo


jurídico brasileiro, como nas demais democracias modernas, tratados passam a integrar
o direito interno estatal, após a verificação de seu iter de incorporação. A respeito dessa
temática, uma vez firmados, os tratados relativos ao MERCOSUL, ainda que criem
compromissos gravosos à União, são automaticamente incorporados visto que são
aprovados por parlamento comunitário. Diga se está correta ou errada a afirmativa e
fundamente.

Resposta: (ratificação)
Está errada a afirmação. O Brasil é considerado um país dualista temperado. Deverá ter
processo de ratificação para ter validade no Brasil. O temperado, pois deve ocorrer no
congresso que faz o decreto legislativo que só é promulgado com o decreto presidencial.

Semana 7 - ONGs
Presentes em todos os continentes, as organizações não governamentais (ONGs)
desempenham importante papel na defesa de causas de interesse comum da
humanidade.
Assim, não obstante suas peculiaridades jurídicas, o Greenpeace, além de ter atuado
como parte nas negociações do Protocolo de Quioto, firmou e ratificou o referido
tratado. Julgue a afirmação e fundamente sua resposta.
Resposta:
Ongs não tem personalidade jurídica internacional. Embora são atores de direito
internacional não são sujeitos de direito internacional, não tem capacidade jurídica para
a assinatura.
Semana 8 – RESOLUÇÃO DE CONFLITOS

No Direito Internacional, há necessidade de previsões normativas para os períodos


pacíficos e para os períodos turbulentos de conflitos e litígios. A Carta das Nações
Unidas e outras convenções internacionais procuram tratar dos mecanismos de
resolução de conflitos, bem como disciplinam a ética dos conflitos bélicos e a efetiva
proteção dosdireitos humanos em ocasiões de conflitos externos ou internos. A ONU
deve exercer papel relevante na resolução de conflitos, podendo, inclusive, praticar ação
coercitiva para a busca da paz. Analise se correta ou errada e fundamente.

Resposta:
Verdadeiro, pois pode agir desta forma através das resoluções e sempre com a
colaboração de seus países membros, pois não tem força militar própria, mesmo que o
pais em conflito não reconhecer a ONU.

Semana 9

Como antecipou Joaquim Nabuco, a escravidão e o tráfico de escravos, graves


violações aos direitos humanos, estão hoje proscritos pelo direito internacional. À luz
das normas de direito internacional aplicáveis ao tema, o tráfico de pessoas como
modalidade de crime organizado internacional limita-se à exploração de mão de obra
escrava. Julgue e fundamente.

Atos de escravidão, em determinadas circunstâncias, podem constituir crimes contra a


humanidade. Não é apenas o tráfico de pessoas como modalidade de crime organizado
internacional limita-se à exploração de mão de obra escrava. É nulo todo tratado que
regulamente o tráfico de escravos entre dois ou mais Estados.

Semana 10 - EXTRADIÇÃO

Ex-dirigente de federação sul-americana de futebol, após deixar o cargo que exercia em


seu país de origem, sabedor de que existe uma investigação em curso na Colômbia, opta
por fixar residência no Brasil, pelo fato de ser estrangeiro casado com brasileira, com a
qual tem dois filhos pequenos. Anos depois, já tendo se naturalizado brasileiro, o
governo da Colômbia pede a sua extradição em razão de sentença que o condenou por
crime praticado quando ocupava cargo na federação sul-americana de futebol. Essa
extradição não poderá ser concedida, porque o extraditando tem filhos menores sob sua
dependência econômica. Analise e decida se correta ou errada e fundamente.

Afirmativa errada. EXTRADIÇÃO -> É o envio de um indivíduo de um país a outro


que seja competente para julgá-lo ou que lá já tenha sido condenado. Se dá de duas
maneiras: - Tratado internacional; - Promessa de reciprocidade. A competência para
extraditar é do STF. Situações que o Brasil não extradita: por motivos humanitários; se
o indivíduo for receber a pena de morte, pena de prisão perpétua; penas de suplícios
corporais; penas inferiores a 1 ano; crimes militares; se o indivíduo foi julgado por
tribunal de exceção; crimes fiscais. O brasileiro nato jamais será extraditado.
Semana 11 – MEIOS PACÍFICOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS

O litígio que envolve Estado e organizações internacionais podendo ser de natureza


econômica, política ou meramente jurídica, é conceituado como controvérsia
internacional. Acerca dos meios diplomáticos para soluções pacíficas de controvérsias
internacionais, a conciliação é muito semelhante à mediação.
Entretanto, caracteriza–se pela possibilidade de atuar como mediador pessoa natural,
Estado ou organismo internacional. Diga se certa ou errada e fundamente.
A mediação é um meio diplomático que consiste na interposição de um (mediação
individual) ou mais Estados (mediação coletiva), entre outros Estados para se solucionar
pacificamente um litígio, podendo ser oferecida ou solicitada, sendo que seu
oferecimento ou recusa não deve ser considerado ato inamistoso. Em regra geral,
apresenta-se como facultativa.
Na conciliação, que é um meio jurídico de solução de conflitos, um órgão que tem
confiança comum dos Estados litigantes, após procedimentos com certa formalidade,
apresenta suas conclusões sobre a questão litigiosa, na forma de relatório opinativo, no
qual irá propor um acordo entre os litigantes e um prazo para que estes se pronunciem.
Os conciliadores podem emitir opiniões valorativas e formularem sugestões aos Estados
litigantes, embora os Estados não sejam obrigados a aceitarem a solução proposta.

Semana 12

O MERCOSUL é um organismo internacional que visa à integração econômica de


países que se localizam geograficamente no eixo conhecido como Cone Sul, nos termos
do Tratado de Assunção (1991) e do Protocolo de Ouro Preto (1994). Sobre o sistema
de solução de controvérsias do MERCOSUL, provisoriamente estabelecido no
Protocolo de Brasília (1993), o sistema de solução de controvérsias do MERCOSUL
encontra–se, atualmente, normatizado pelo Protocolo de Ouro Preto (1994), que
estabeleceu a estrutura orgânica definitiva do bloco. Responda se certa ou errada e
fundamente.
O sistema originário de solução de controvérsias do Mercosul se baseava, inicialmente,
no Protocolo de Brasília (PB), de 1991, e no Anexo ao Protocolo de Ouro Preto (POP),
de 1994. Desde o julgamento dos três primeiros laudos arbitrais no Mercosul foram
detectadas algumas deficiências presentes no Protocolo de Brasília (PB) e se desponta a
necessidade de instituição de uma nova sistemática visando a necessidade de garantir a
correta interpretação, aplicação e cumprimento dos instrumentos fundamentais do
processo de integração e do conjunto normativo do Mercosul. Neste cenário, o texto
doProtocolo de Olivos para a Solução de Controvérsias no Mercosul foi assinado em 18
de fevereiro de 2002, derrogando expressamente o PB. O PO e está em vigor
internacionalmente desde janeiro de 2004. No Brasil o PO foi ratificado pelo Decreto
Legislativo 712/03 e promulgado pelo Decreto 4.982/04. O PO objetivou implementar
nova sistemática, de forma consistente e sistemática, visando consolidar a segurança
jurídica, uma maior juridicidade e a melhoria procedimental do sistema de solução de
controvérsias no Mercosul. Um dos maiores avanços do PO refere-se a criação do
Tribunal Permanente de Revisão (TPR) com três funções significativas: a função
deinstância recursal, a de órgão de instância única e a consultiva.
Semana 13

Um jato privado, pertencente a uma empresa norte-americana, se envolve em um


incidente que resulta na queda de uma aeronave comercial brasileira em território
brasileiro, provocando dezenas de mortes. A família de uma das vítimas brasileiras
inicia uma ação no Brasil contra a empresa norte-americana, pedindo danos materiais e
morais. A empresa norte-americana alega que a competência para julgar o caso é da
justiça americana. Segundo o direito brasileiro, o juiz brasileiro tem competência
concorrente porque a vítima tinha nacionalidade brasileira. Com base em seu
conhecimento diga se correta ou errada a afirmativa e fundamente.

Errada a afirmativa com base no Art. 21 do NCPC/15. Compete à autoridade judiciária


brasileira processar e julgar as ações em que: I - o réu, qualquer que seja a sua
nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; II - no Brasil tiver de ser cumprida a
obrigação; III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil.

Semana 14 – INTERNACIONALIZAÇÃO DO DTO INTERNACIONAL

O Estado regulamenta a convivência social em seu território por meio de legislação


nacional, e a comunidade internacional também cria regras, que podem conflitar com as
nacionais. A respeito das correntes doutrinárias que procuram proporcionar solução para
o conflito entre as normas internas e as internacionais, de acordo com a corrente
dualista, o direito interno e o direito internacional convivem em uma única ordem
jurídica. Julgue e fundamente.

Afirmativa errada, pois dentre as formas preponderantes nos dias atuais para a
incorporação do Direito Internacional ao direito interno, destacam-se duas, conhecidas
também como teorias: Monista ou Dualista. A corrente monista defende a supremacia
do direito internacional sobre o direito interno, bastando apenas que um tratado seja
ratificado para que tenha efeitos no direito pátrio, ou seja, uma vez assinado pelo
representante do Estado seus efeitos devem ser absorvidos na legislação interna. Os
Monistas partem do princípio de que todos os Direitos nascem de uma só fonte e,
portanto, defendem ser a consciência jurídica uma norma internacional deverá ser
aplicada independentemente de aceitação interna do povo (aprovação pelo Congresso do
País). Em um outro contexto e sob uma outra ótica, a corrente dualista defende que:
para uma norma (Lei) estrangeira ser aplicada ao Estado é necessário que ele primeiro
introduza estas regras (Leis) em seu ordenamento jurídico interno. Assim, para os
dualistas não há aplicação automática de um tratado internacional. É necessário
primeiramente que ele passe a integrar o ordenamento jurídico doméstico (tenha sido
votado pelo congresso) para então ter validade e vigência em todo o território.

Semana 15 – DIREITO DO MAR

No Brasil, a exploração de petróleo na chamada camada pré-sal vincula-se a


importantes noções do direito do mar. O domínio marítimo de um país abrange as águas
internas, o mar territorial, a zona contígua entre o mar territorial e o alto-mar, a zona
econômica exclusiva, entre outros. A respeito do direito do mar, do direito internacional
da navegação marítima e do direito internacional ambiental, segundo a Convenção de
MontegoBay, Estados sem litoral podem usufruir do direito de acesso ao mar pelo
território dos Estados vizinhos que tenham litoral. Julgue a afirmativa e fundamente sua
resposta.

Está correta e apontar o art. 125 da Convenção como fundamento: Art. 125, 1. Os
Estados sem litoral têm o direito de acesso ao mar e a partir do mar para exercerem os
direitos conferidos na presente Convenção, incluindo os relativos à liberdade do alto
mar e ao patrimônio comum da humanidade. Para tal fim, os Estados sem litoral gozam
de liberdade de trânsito através do território dos Estados por todos os meios de
transporte.

Semana 16 – DIREITO DO MAR

Após o reconhecimento de pleito formulado perante a Comissão de Delimitação de


Plataformas Continentais da Organização das Nações Unidas, o Brasil passou a exercer,
na plataforma continental que excede as 200 milhas náuticas, até o limite de 350 milhas
náuticas, competências equivalentes às exercidas no mar territorial. Julgue
fundamentadamente.

Errada a afirmativa, tratando a questão daquilo que conhecemos como Amazônia Azul.
Segundo a Convenção de MontegoBay, o Estado costeiro deve traçar o limite exterior
da sua plataforma continental, quando esta se estender além de 200 milhas marítimas
das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial. Assim,
verifica-se que uma plataforma continental cuja extensão ultrapasse as 200 milhas
marítimas é situação excepcional. Tendo em vista a excepcionalidade da situação, esta
precisa ser reconhecida pela ONU (Organização das Nações Unidas). Pois bem, o Brasil
realizou estudos acerca da sua plataforma continental e constatou que, em diversos
pontos de nosso literal, o bordo exterior da margem continental prolonga-se além das
200 milhas marítimas. Já tendo apresentado à ONU a proposta de extensão da
plataforma continental, o Brasil apenas aguarda a decisão daquela organização
internacional (seu pleito ainda não foi reconhecido!). Caso a decisão seja positiva, o
território marítimo brasileiro irá aumentar bastante e, com isso, as riquezas minerais sob
o domínio do País. Nessa imensa área, estão as maiores reservas de petróleo e gás,
fontes de energia imprescindíveis para o desenvolvimento do Brasil

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