Você está na página 1de 4

Cidadania- Direito á lei

Leis portuguesas:

Artigo 13.º
Princípio da igualdade
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer
direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua,
território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação
económica, condição social ou orientação sexual.

Artigo 24.º
Direito à vida
1. A vida humana é inviolável.
2. Em caso algum haverá pena de morte.

Artigo 31.º
Habeas corpus
1. Haverá habeas corpus contra o abuso de poder, por virtude de prisão ou detenção
ilegal, a requerer perante o tribunal competente.
2. A providência de habeas corpus pode ser requerida pelo próprio ou por qualquer
cidadão no gozo dos seus direitos políticos.
3. O juiz decidirá no prazo de oito dias o pedido de habeas corpus em audiência
contraditória.

Artigo 56.º
Direitos das associações sindicais e contratação coletiva
1. Compete às associações sindicais defender e promover a defesa dos direitos e
interesses dos trabalhadores que representem.
2. Constituem direitos das associações sindicais:
a) Participar na elaboração da legislação do trabalho;
b) Participar na gestão das instituições de segurança social e outras organizações que
visem satisfazer os interesses dos trabalhadores;
c) Pronunciar-se sobre os planos económico-sociais e acompanhar a sua execução;
d) Fazer-se representar nos organismos de concertação social, nos termos da lei;
e) Participar nos processos de reestruturação da empresa, especialmente no tocante a
ações de formação ou quando ocorra alteração das condições de trabalho.
3. Compete às associações sindicais exercer o direito de contratação coletiva, o qual é
garantido nos termos da lei.
4. A lei estabelece as regras respeitantes à legitimidade para a celebração das
convenções coletivas de trabalho, bem como à eficácia das respetivas normas.

Artigo 57.º
Direito à greve e proibição do lock-out
1. É garantido o direito à greve.
2. Compete aos trabalhadores definir o âmbito de interesses a defender através da
greve, não podendo a lei limitar esse âmbito.
3. A lei define as condições de prestação, durante a greve, de serviços necessários à
segurança e manutenção de equipamentos e instalações, bem como de serviços
mínimos indispensáveis para ocorrer à satisfação de necessidades sociais
impreteríveis.
4. É proibido o lock-out.

Artigo 60.º
Direitos dos consumidores
1. Os consumidores têm direito à qualidade dos bens e serviços consumidos, à
formação e à informação, à proteção da saúde, da segurança e dos seus interesses
económicos, bem como à reparação de danos.
2. A publicidade é disciplinada por lei, sendo proibidas todas as formas de publicidade
oculta, indireta ou dolosa.
3. As associações de consumidores e as cooperativas de consumo têm direito, nos
termos da lei, ao apoio do Estado e a ser ouvidas sobre as questões que digam respeito
à defesa dos consumidores, sendo-lhes reconhecida legitimidade processual para
defesa dos seus associados ou de interesses coletivos ou difusos.

A Revolução Francesa e a declaração dos direitos do homem e do cidadão:


Esta declaração, inspirada na Declaração da independência americana de 1776 e o
espírito filosófico do século XVII.
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão é, com os decretos de 4 e 11 de
agosto de 1789 sobre a supressão dos direitos feudais, um dos textos fundamentais
votados pela Assembleia Nacional Constituinte, formada no seguimento da reunião
dos Estados Gerais.
Aponta que os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As distinções sociais só
podem ter como fundamento a utilidade comum (tal como aponta no Artigo).
Também aponta que todos os cidadãos têm direito a concorrer a cargos políticos, ou
seja, é afirmado uma igualdade perante todos os cidadãos (tal como diz o artigo 6).
Logo a seguir no artigo 7 é apontado que ninguém pode ser acusado, preso ou detido
senão em casos determinados pela Lei e de acordo com as formas por estas prescritas.

Direito e Leis Romanas:


Tal como os outros povos, inicialmente os romanos não tinham leis escritas, por isso
procedeu-se ao um conjunto de leis organizadas de forma concisa, tendo estas o nome
de XII tábuas. Esta lei durante 10 séculos foi considerada a fonte de todo o direito
público e privado. Denominou-se lei de XII tábuas porque as leis foram gravadas em 12
tábuas o que deu origem ao primeiro código do direito Romano (vigorou em 452 a.C).
Embora esta Lei ainda não tivesse tido anulada mostrou-se insuficiente, o que fez com
que se cria novas Leis que resultaram da atividade dos magistrados encarregados da
justiça, tais como pretores.
Direito e Leis Gregas:
Durante muito tempo, os gregos nunca possuíram leis, passando estas a existir a partir
de mais ou menos o século VII a.c. As primeiras leis foram exigidas pelo grego Draco,
do qual fundou leis severas, ficando conhecidas como leis Draconianas.
O seguinte grego que fundou leis foi o Sólon, que teve o importante papel na
reformação da cidade-estado de Atenas, criando um sistema democrático, baseado
numa assembleia de quinhentos membros. Também aperfeiçoou as Leis de Draco, na
qual estabeleceu exílio, tal como a punição para crime de homicídio.

A Magna Carta:
Em 1215, após o Rei João “Sem Terra" da Inglaterra ter violado um número de leis
antigas e costumes pelos quais Inglaterra era governada, os seus súbditos forçaram–no
a assinar a Carta Magna, que enumera o que mais tarde veio a ser considerado como
um grande passo na história dos direitos perante lei e direitos humanos. Neste
documento estava explicitado o direito da igreja ser livre da interferência do governo,
o direito de todos os cidadãos livres possuírem e herdarem propriedade, e serem
protegidos de impostos excessivos.
A Magna Carta foi um dos documentos mais importantes na luta para estabelecer a
liberdade.

A Declaração dos Direitos:


Mais de 500 anos após a criação de Magna Carta, somos apresentados a outra "Carta"
que vai ser crucial para o equilíbrio régio inglês e a liberdade imposta pelo regime
parlamentarista.
Foi em 1689 que Guilherme D´Orange e Maria D´Orange assinam a declaração dos
Direitos que afirma a vitória parlamentarista e confirma a posição real como sendo
apenas simbólico (o Parlamento inglês possuía o poder executivo e legislativo).
Com esta declaração a Inglaterra conseguiu permanecer uma monarquia até aos dias
de hoje com os mesmos princípios que tinha no seculo XVII.

As Leis da ONU.
Desde a sua criação em 1945 a Nação Unida (ONU) tem sido essencial para manter a
paz no nosso planeta, para além disto também permitem a distribuição de bens
essenciais a países necessitados.
Para manter esta paz, no mesmo ano que foi criada a organização também foi criado o
Tribunal Internacional e Justiça, que é o principal órgão judicial da ONU. Tal como dito
no artigo 92 do capítulo XIV da cartadas Nações Unidas:
"Artigo 92- o Tribunal Internacional de Justiça será o principal órgão judicial das
Nações Unidas. Trabalhará de acordo com o estatuto anexar, que está baseado no
estatuto permanente do Tribunal Internacional de Justiça, forma uma parte integral
desta carta."
Também na Carta das Nações Unidas está explicitado que todos os membros desta
organização têm de obedecer as decisões do TIJ (Artigo 94).
Por último é preciso apontar que a Assembleia Geral da ONU pode pedir ajuda do TIJ
em qualquer questão legal (Artigo 96).

Você também pode gostar