Você está na página 1de 147

NOÇÕES DE

ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

Sumário
Organização Administrativa. . .....................................................................................................................................3
1. Administração Direta.................................................................................................................................................3
1.1. Centralização versus desconcentração versus descentralização...............................................3
1.2. Descentralização Administrativa versus Descentralização Política........................................6
1.3. Modalidades de Descentralização Administrativa..............................................................................7
1.4. Conceito e Composição...................................................................................................................................... 10
1.5. Órgãos Públicos..................................................................................................................................................... 10
2. Administração Indireta. . .........................................................................................................................................16
2.1. Introdução. . .................................................................................................................................................................16
2.2. Autarquias.................................................................................................................................................................18
2.3. Empresas Estatais: Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista........................21
2.4. Fundações Públicas............................................................................................................................................25
2.5. Agências Reguladoras ou Controladoras............................................................................................... 28
2.6. Agências Executivas. . .........................................................................................................................................29
Resumo................................................................................................................................................................................30
Mapas Mentais. . ..............................................................................................................................................................32
Questões de Concurso................................................................................................................................................34
Gabarito............................................................................................................................................................................... 67
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................68

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 2 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
1. Administração Direta
1.1. Centralização versus desconcentração versus descentralização
Em relação à via administrativa, pode-se dizer que o Estado age, basicamente, de duas
maneiras: centralizada e descentralizada.
Na centralização administrativa, é o próprio ente federativo quem age (a União, por exemplo).
No caso, a União poderia agir por meio de um único órgão (centralização-concentrada) ou de
dois ou mais órgãos (centralização-desconcentrada). No entanto, no campo administrativo, a
atuação centralizada por meio de um único órgão (concentrada) é de aplicação teórica, haja vista
as diversas atribuições constitucionais dos entes políticos.

001. (IBFC/TÉCNICO DE CONTROLE INTERNO/CGE-RN/2019/ADAPTADA) A função admi-


nistrativa é realizada de forma centralizada quando ela é desempenhada diretamente pela pró-
pria entidade estatal, por meio de seus vários órgãos e agentes públicos.

O Estado pode realizar suas funções de forma centralizada ou descentralizada. A centralização


ocorre quando o Estado pratica suas atribuições por meio de seus órgãos, localizados na Admi-
nistração Direta ou Central. Já a descentralização pressupõe a existência de novas pessoas ad-
ministrativas, situadas na Administração Indireta, quando se trate da estrutura formal do Estado.
Certo.

Por sua vez, na descentralização administrativa, o ente federativo não atua sozinho, repas-
sando o exercício de parte de suas atribuições a outras pessoas, físicas ou jurídicas, conforme o
caso. Por exemplo: a emissão de moeda compete constitucionalmente à União. No entanto, no
lugar de realizar a atribuição por meio de seus próprios órgãos (centralização), outorgou a com-
petência à Casa da Moeda do Brasil (empresa pública, nova pessoa jurídica) (descentralização).
Assim, na descentralização não há relação de hierarquia ou de subordinação, o que existe é um
laço de vinculação, de controle finalístico ou de supervisão ministerial (na maior parte das vezes!).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 3 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

002. (IBFC/TÉCNICO DE CONTROLE INTERNO/CGE-RN/2019/ADAPTADA) A descentraliza-


ção se apresenta como um modelo de gestão destinado a mitigar o exercício da função admi-
nistrativa, permitindo a um ente público exercer sua atividade por meio de um órgão público
subordinado, desde que este tenha uma especialização de caráter público.

Nada disso! A descentralização não é a realização por meio de órgão público. Na descentraliza-
ção, temos uma alguém especializado realizando a função administrativa, ou seja, entidades que
não se acham subordinadas, mas apenas vinculadas à Administração Central.
Errado.

• A autarquia federal Banco Central encontra-se vinculada ao Ministério da Fazenda;


• A fundação pública federal FUNASA está vinculada ao Ministério da Saúde;
• A sociedade de economia mista federal Companhia Docas do Estado de São Paulo é
vinculada ao Ministério dos Transportes.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 4 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

Agora, vejamos o conceito de desconcentração.


Na desconcentração, há repartição de funções dentro da própria pessoa jurídica. Ao contrá-
rio da descentralização, existe relação de hierarquia ou de subordinação. De acordo com Maria
Sylvia Zanella Di Pietro1, a desconcentração deve ser entendida como “uma distribuição interna
de competências, ou seja, uma distribuição de competências dentro da mesma pessoa jurídica”.

003. (IADES/ANALISTA DE FISCALIZAÇÃO/CAU-AC/2019/ADAPTADA) A desconcentração


é técnica administrativa de distribuição interna de competências, que ocorre dentro da estrutu-
ra de uma pessoa jurídica, como, por exemplo, quando uma autarquia estabelece uma divisão
interna de funções.

É isso mesmo! Pode haver desconcentração dentro da descentralização! A desconcentração é


uma técnica ocorrida no interior de um órgão ou de uma pessoa jurídica. Com a desconcentra-
ção, surgem novas áreas, repartições, mas todas desprovidas de personalidade jurídica.
Certo.

O Poder Executivo Federal pode ser desconcentrado em Ministérios (entre outros órgãos),
como da Saúde, do Trabalho e Previdência Social, da Cultura, dos Transportes, logo, em diver-
sas áreas temáticas (desconcentração por matéria ou temática);
Os Tribunais Federais têm órgãos espalhados em Brasília, em Minas Gerais, no Piauí e no Acre.
É a mesma pessoa jurídica, no caso, a União, só que as competências são realizadas por ór-
gãos em bases geográficas distintas (desconcentração territorial ou geográfica); e
A Secretaria de Saúde de Divinópolis (Minas Gerais) é órgão subordinado hierarquicamente à
Prefeitura; ambos, por sua vez, são órgãos da mesma pessoa jurídica, no caso do Município. É
o que a doutrina denomina desconcentração por hierarquia ou funcional.

Portanto:
• A descentralização administrativa ocorre quando as competências administrativas
são exercidas por pessoas jurídicas distintas e autônomas, criadas pelo Estado para
tal finalidade.
• A desconcentração, por sua vez, é o modo de cumprimento de competências adminis-
trativas onde as atribuições são repartidas entre órgãos públicos pertencentes a uma
única pessoa jurídica, mantendo a vinculação hierárquica.

1
DI PIETRO, M. S. Z. Direito Administrativo. 27.ed. São Paulo: Atlas, 2014.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 5 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

As diferenças fundamentais entre a desconcentração e a descentralização podem assim


ser sintetizadas:

DESCONCENTRAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
Técnica Administrativa Distribuição de competência
Ocorre no interior de uma só pessoa jurídica Existem mais de uma pessoa jurídica ou física

RESUMINDO
• O Estado pode realizar suas tarefas de forma centralizada, desconcentrada e des-
centralizada;
• A desconcentração ocorre internamente à pessoa jurídica, representando a criação de
órgãos dentro da mesma entidade;
• A desconcentração, por ser interna, gera subordinação hierárquica entre os órgãos e os
agentes;
• A descentralização é um movimento para fora; pressupõe, portanto, a existência de nova
pessoa (jurídica ou física);
• Na descentralização não há subordinação; existe apenas um vínculo.

004. (VUNESP/ADMINISTRADOR JUDICIÁRIO/TJ-SP/2019/ADAPTADA) Considere que o


Estado de São Paulo criou uma pessoa jurídica e a ela transferiu determinado serviço público.
Nesse caso, é correto afirmar que houve desconcentração administrativa.

A desconcentração ocorre no interior de uma só pessoa jurídica. O item diz que foi criada uma
nova pessoa jurídica; logo, não estamos falando de desconcentração, mas de descentralização.
Errado.

1.2. Descentralização Administrativa versus Descentralização Política


O Brasil adota como forma de governo a República e, como forma de Estado, o Federalis-
mo. O Estado Federal é marcado pela multiplicidade de ordens internas; há uma distribuição
interna de poder por diferentes centros políticos, os entes federativos (União, Estados, Distrito
Federal e Municípios). Sobre o tema, façamos a leitura do art. 18 da CF/1988:

Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União,


os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 6 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

Ocorre que essa descentralização é política (chamada de vertical). A criação de um novo


ente integrante da federação não será descentralização administrativa (conhecida como hori-
zontal), mas sim política, já que a nova unidade é dotada de autonomia política.
A característica fundamental da descentralização política é que o ente descentralizado
exerce suas atribuições por meio de seu corpo legislativo. A capacidade legislativa, portanto,
é a principal característica de diferenciação da descentralização política quando comparada
com a administrativa.

1.3. Modalidades de Descentralização Administrativa


Com base na doutrina, são identificados quatro tipos de descentralização administrativa:
por colaboração, por serviços, territorial e social.
A descentralização por colaboração verifica-se quando a execução de um serviço público
é transferida à pessoa jurídica de Direito Privado, ou mesmo à pessoa física, por meio de con-
trato ou ato administrativo, conservando o Poder Público a titularidade do serviço.

005. (NC-UFPR/ADVOGADO/FPMA-PR/2019/ADAPTADA) A descentralização por colabora-


ção é a figura em que a Administração Pública cria, por lei, pessoa jurídica de direito privado
para a execução de serviço público, eximindo-se, todavia, do controle das condições de execu-
ção do respectivo serviço público.

Na descentralização por colaboração, o Estado não cria nada e ninguém! Ao contrário, o Estado
celebra atos ou contratos com particulares, para a execução de serviços públicos, mantendo-se
titular do serviço.
Errado.

A descentralização por serviços (outorga), também denominada de descentralização fun-


cional ou técnica, é aquela em que o Poder Público cria uma pessoa jurídica de Direito Público
ou Privado, atribuindo-lhe, além da execução, a titularidade de determinado serviço público.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 7 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

No Brasil, a descentralização por serviços dá-se exclusivamente por lei. Por vezes, a lei,
diretamente, cria a entidade, correspondendo à figura das autarquias e das fundações públicas
de Direito Público. Por outras, a lei autoriza a instituição, correspondendo às fundações públi-
cas de direito privado, sociedades de economia mista e empresas públicas.
Antes de prosseguirmos, apresentamos um quadro-resumo sobre a distinção entre a des-
centralização por serviços e por colaboração:

POR SERVIÇOS (outorga) POR COLABORAÇÃO (delegação)


O Estado, em regra, não cria a entidade
O Estado cria a entidade.
que executa a atividade.
Ocorre a transferência de titularidade Ocorre a transferência da execução da
e execução da atividade objeto da atividade, mas não da titularidade da
descentralização. atividade.
Descentralização ocorre mediante
Descentralização ocorre mediante lei.
contratos ou atos administrativos.

006. (QUADRIX/ADMINISTRADOR/CRA-PR/2019) A outorga é o instrumento de descentrali-


zação em que o Estado cria uma entidade e a ela transfere determinado serviço público, nos
termos de lei específica.

Na descentralização por outorga (por serviços, funcional, legal ou técnica) há a transferência da


titularidade e a execução de certa competência de uma entidade política a uma entidade admi-
nistrativa (vedada a transferência para pessoa física), criada para esse fim.
Certo.

Na descentralização territorial, uma entidade local, geograficamente delimitada, é dotada


de personalidade jurídica própria, de Direito Público, com capacidade administrativa ampla.
Esse tipo de descentralização administrativa é visto, com frequência, nos Estados unitários
impuros (exemplos da França, Portugal e Espanha).
No Brasil, os territórios federais são incluídos nessa modalidade de descentralização. São
integrantes da União, com a personalidade de Direito Público e capacidade administrativa ge-
nérica (não gozam de capacidade política). Na atual Constituição Federal, embora inexistentes,
os territórios são mencionados no § 2º do art. 18:

Art. 18, § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou
reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 8 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

007. (FCC/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/PREFEITURA DE CARUARU-PE/2018) No Brasil, a


criação de Territórios Federais constitui hipótese de descentralização geográfica ou territorial.

De fato, a criação dos Territórios é definida pela doutrina como modalidade de descentralização
administrativa denominada como territorial ou geográfica. O tema, como vimos, está disciplina-
do no art. 18, §2º, da CF/88.
Certo.

Por fim, uma forma menos comum em concursos públicos: a descentralização social.
O Estado contemporâneo - de natureza gerencial - é caracterizado, essencialmente, pela exis-
tência de novos mecanismos de associação e parceria entre o Poder Público e a iniciativa privada.
Rompe-se com a ideia de que o Estado deve, com os próprios órgãos e entidades, arcar
com todas as atribuições públicas constitucionais e legais. Afasta-se, enfim, o pressuposto de
que o Poder Público deva ser o executor direto dos serviços públicos.
Nesse contexto, em razão, sobretudo, da escassez dos recursos públicos, o Poder Público bus-
ca na iniciativa privada, ora com fins lucrativos, ora sem fins lucrativos, a formalização de parcerias.
Assim, para os serviços públicos industriais ou econômicos, geradores de renda (lucro), o
Estado capta, na iniciativa privada, particulares, os quais assumirão o papel de concessioná-
rias, permissionárias e autorizatárias (descentralização por colaboração).
Agora, tratando-se de atividades públicas que são, paralelamente, desempenhadas pela ini-
ciativa privada, sem fins lucrativos, como é o caso da saúde, educação e preservação ambien-
tal, o Estado vem firmando parcerias com o Terceiro Setor. Nesse caso, as atividades públicas,
antes desempenhadas por estruturas estatais, são repassadas para corpos não estatais (são
paraestatais). Destacam-se os exemplos das Organizações Sociais (OSs) e Organizações da
Sociedade Civil do Interesse Público (OSCIPs), em que o Estado, nessa ordem, formaliza con-
tratos de gestão e termos de parceria. Com outras palavras, há a distribuição de competências
entre pessoas jurídicas diversas (descentralização) e com o objetivo não lucrativo (de cunho
social). Está-se, assim, diante da descentralização social.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 9 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

1.4. Conceito e Composição


De plano, vejamos como o art. 4º do Decreto-lei 200/1967 conceitua Administração Direta:

Art. 4º A administração federal compreende:


I – a administração direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da
Presidência da República e dos Ministérios;

Percebe-se que a Administração Direta, no âmbito federal, restou identificada com o Poder
Executivo. Ocorre que a norma em referência tem de ser lida em comparação com a CF/1988,
mais precisamente do art. 37:

Art. 37. A Administração Pública Direta e Indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, mora-
lidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

Na realidade, a Administração Direta corresponde a todos os órgãos, desprovidos de perso-


nalidade, que sejam ligados à própria pessoa política, a qual, no caso federal, é a União. Portanto,
a Administração Direta é um conjunto de órgãos internos a cada um dos Poderes políticos da
pessoa integrante da federação, ou seja, a Administração Direta existe em todos os Poderes.

008. (CEBRASPE/CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/STJ/2018) Na estrutura da administração


pública, a União, os estados, o Distrito Federal, os municípios e as autarquias possuem nature-
za jurídica de pessoa jurídica de direito público.

De fato, são pessoas jurídicas de direito público interno a União; os Estados, o Distrito Federal e
os Territórios; os Municípios; as autarquias, inclusive as associações públicas; as demais entida-
des de caráter público criadas por lei (CC/2002).
Certo.

1.5. Órgãos Públicos


1.5.1. Conceito

Em âmbito federal, o conceito de órgão público é encontrado na lei geral de processo admi-
nistrativo (Lei 9.784/1999), no § 2º do art. 1º:

Art. 1º, § 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 10 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá
I – órgão – a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da
Administração indireta;

Perceba que, em leitura atenta ao dispositivo, os órgãos integram a estrutura da Adminis-


tração Direta e Indireta. Isso só faz reforçar que o processo de desconcentração (criação de
órgãos) pode ocorrer no processo de descentralização. Enfim, é possível existir um órgão no
interior de uma entidade da Administração Indireta, como as superintendências de autarquia
em dois ou mais Estados da federação.
Os órgãos públicos podem ser entendidos como um centro de competências desperso-
nalizado, ou seja, uma “unidade que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos
que o integram, com o objetivo de expressar a vontade do Estado”, na excelente definição de
Di Pietro (2014)2.
Por conseguinte, os órgãos atuam em nome do Estado, não tendo personalidade jurídica
(são despersonalizados), tampouco vontade própria, mas expressam a vontade da entidade a
que pertencem, nas áreas de suas atribuições e nos limites de sua competência funcional. Todos
os órgãos têm, necessariamente, cargos, funções e agentes, sendo certo que esses elementos
podem ser alterados, substituídos ou retirados, sem que isso importe a extinção do órgão.

009. (QUADRIX/ADMINISTRADOR/CRA-PR/2019) Para efeito das regras legais de processo


administrativo, um órgão é a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica.

O Brasil adota a teoria do órgão, onde o Estado manifesta sua vontade por meio dos órgãos pú-
blicos, que são ocupados pelos agentes públicos. Assim, os atos praticados pelos órgãos são
imputados à pessoa jurídica a que estão ligados (imputação volitiva). Logo, um órgão é a unida-
de de atuação desprovida de personalidade jurídica.
Errado.

1.5.2. Criação de Órgãos Públicos

Pela CF/1988, os órgãos devem ser criados por lei e, por simetria, extintos por lei (princípio
da reserva legal - art. 88 da CF/1988). Tanto isso é verdade que o chefe do Executivo federal
fica impedido de expedir decretos autônomos para a criação e extinção de órgãos públicos,
conforme restrição contida no inc. VI do art. 84 da CF/1988.

2
DI PIETRO, M. S. Z. Direito Administrativo. 27.ed. São Paulo: Atlas, 2014.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 11 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

010. (INÉDITA/2022) No caso específico do Poder Público Federal, a competência para criar,
modificar a estrutura e extinguir ministérios, secretarias e órgãos da administração pública é
do Presidente da República.

Conforme previsão do art. 61, § 1º, II, “e”, da CF/88, são de iniciativa privativa do Presidente
da República as leis que disponham sobre criação e extinção de Ministérios e órgãos da ad-
ministração pública.
Certo.

1.5.3. Capacidade Processual dos Órgãos Públicos

Os órgãos públicos são unidades administrativas despersonalizadas (desprovidas de per-


sonalidade jurídica própria). Por conta disso, tais unidades não podem assumir, em nome pró-
prio, direitos e obrigações, e, consequentemente, não podem estar em juízo (capacidade pro-
cessual ou judiciária ou personalidade judiciária).
Portanto, quando um órgão precisa mover uma ação, quem figurará no polo ativo será a
pessoa jurídica da qual ele é unidade integrante. Idêntico raciocínio é válido para o acionamen-
to dos órgãos (polo passivo), ou seja, será a pessoa jurídica que responderá ao processo. Isso
se deve, basicamente, ao art. 7º do Código de Processo Civil, que diz que toda pessoa que se
acha no exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo. Órgão não é pessoa,
logo, não pode, em regra, situar-se como parte no processo.
Imagine a seguinte situação: supondo que a Receita Federal se recuse a se submeter a
uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), por entender que isso implicaria revelar
sigilo dos dados fiscais de uma categoria de contribuintes. Caberia o processo ser movido
pela União? Mas, contra quem? Contra a própria União? Seria um absurdo jurídico! Em circuns-
tâncias como essas é que faz sentido, em termos jurídicos, um órgão assumir o polo ativo ou
passivo de um processo.
Por outro lado, órgãos de menor estatura (superiores e subalternos) não precisam de ca-
pacidade processual. Conflito entre esses pode ser resolvido no plano hierárquico, por meio de
decisões dos órgãos mais elevados.

Alguns autores usam a expressão “personalidade judiciária” para indicar a capacidade proces-
sual de um órgão. Tenha atenção a isso: personalidade judiciária (e não jurídica) tem a ver com
a possibilidade de alguém figurar como parte em um processo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 12 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

Em todo caso, esclareça-se que a capacidade processual dos órgãos, quando existente,
restringe-se à defesa de suas próprias prerrogativas institucionais, não podendo avançar na
autonomia de outras estruturas da Administração Pública.

011. (CEBRASPE/CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO/PGE-PE/2019) Embora dotados de


personalidade jurídica, os órgãos públicos não possuem capacidade processual para a defesa
de suas prerrogativas e competências institucionais.

Os órgãos não são dotados de personalidade jurídica, porém, como vimos, alguns deles pos-
suem a chamada capacidade processual, que se restringe à defesa de suas próprias prerroga-
tivas institucionais.
Errado.

1.5.4. Classificação dos Órgãos Públicos

Quanto à posição estatal, podem ser:


• Independentes ou primários: são os órgãos que decorrem diretamente da Constituição,
sem que tenham subordinação hierárquica a qualquer outro. São os responsáveis por
traçarem o destino da nação ou, de certa forma, contribuírem para tanto, p. ex.: chefia do
Executivo (Presidente, Governador e Prefeito); Casas Legislativas; Tribunais (inclusive o
de Contas); e Ministério Público. Para se identificar um órgão independente, basta sen-
tar na cadeira do chefe e olhar para cima: se não há outro órgão acima, estamos diante
de um órgão independente.
• Autônomos: são órgãos igualmente localizados no ápice da Administração, contudo su-
bordinados diretamente aos independentes, com plena autonomia financeira, técnica e
administrativa. Por exemplo: Ministérios, Secretarias estaduais e municipais e Advoca-
cia-Geral da União. Mais uma vez, é fácil identificá-los: sentamos na cadeira do chefe
da Casa Civil e, olhando para cima, quem visualizamos? O Presidente da República, não
é mesmo? E acima desse? Ninguém! Logo, está-se diante de órgão autônomo, com a
existência de apenas uma cadeia hierárquica.
• Superiores: denominados diretivos, são os órgãos encarregados do controle, da direção,
e de soluções técnicas em geral e, diferentemente dos autônomos e dos independentes,
não gozam de autonomia financeira e administrativa. São exemplos: as inspetorias, os
gabinetes e as divisões.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 13 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

• Subalternos: também chamados de subordinados, são os órgãos encarregados dos ser-


viços rotineiros, com pouco ou nenhum poder decisório, por exemplo: portarias, seções
de expediente e protocolos.

012. (INÉDITA/2022) São órgãos que se encontram na categoria de independentes: Ministé-


rios, Secretarias de Estado e de Município e Advocacia-Geral da União.

O item apresenta um rol de órgãos autônomos, e não independentes. Órgãos autônomos são órgãos
localizados no ápice da Administração, mas subordinados diretamente aos independentes, apesar
de possuírem plena autonomia financeira, técnica e administrativa. O órgão autônomo possui, acima
dele, apenas um nível de cadeia hierárquica; por isso, ele é autônomo, e não independente.
Errado.

Quanto à estrutura, os órgãos são divididos em:


• Simples: são também chamados de unitários, porque não há outros órgãos abaixo de-
les, quer dizer, não há desconcentração do órgão em outros órgãos. Hipoteticamente:
a Presidência é órgão composto, porque desconcentrada em Ministérios, os quais, por
sua vez, são igualmente compostos porque desconcentrados em gabinetes e em de-
partamentos; já o serviço de protocolo, localizado no departamento de pessoal do Mi-
nistério, é órgão unitário porque é o último da cadeia de desconcentração, não havendo
outro órgão a seguir. Síntese: são órgãos em que não há mais divisões. Não confundir o
fato de o órgão ser unitário com o número de agentes. No nosso exemplo, o protocolo,
apesar de unitário, pode contar com vários servidores lotados.
• Compostos: um exemplo bastante citado é o de uma Secretaria de Educação, a qual tem
sua função principal desempenhada por outras unidades escolares. Perceba que esta-
mos diante do processo de desconcentração, sendo, portanto, o traço característico da
classificação dos órgãos em compostos.

013. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT24/2017/ADAPTADA) No concernente à estrutura,


podem ser classificados os órgãos públicos em simples e compostos.

Quanto à estrutura, os órgãos podem ser simples ou unitários (constituídos por um único centro
de atribuições, sem subdivisões internas) e compostos (constituídos por vários outros órgãos).
Certo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 14 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

Quanto à atuação funcional, podem ser:


• Singulares: reconhecidos como unipessoais porque a decisão do órgão (a manifesta-
ção de vontade) parte de um único agente, como é o caso da Presidência da Repúbli-
ca. São órgãos organizados, em regra, verticalmente; daí serem chamados por alguns
de órgãos burocráticos.
• Colegiados: também chamados pluripessoais ou coletivos, nesses órgãos o que vale é
o quórum, não sendo suficiente a decisão isolada do chefe ou de um dos agentes. São
órgãos deliberativos, organizados horizontalmente (as pessoas estão em um mesmo
plano, sem hierarquia, verticalidade) em que prevalece a decisão da maioria para a for-
mação de um único ato (diga-se de passagem, simples, por decorrer da vontade de um
único órgão). São exemplos: Conselho Nacional de Justiça, Tribunais de Contas, Conse-
lho de Contribuintes.

014. (VUNESP/ANALISTA TÉCNICO LEGISLATIVO/CÂMARA DE VALINHOS-SP/2017/ADAP-


TADA) Quanto à atuação funcional, a Câmara Municipal de Valinhos é exemplo de órgão colegiado.

De fato, a CM de Valinhos é exemplo de órgão colegiado, pois suas decisões são tomadas por
um conjunto de agentes públicos.
Certo.

Quanto às funções exercidas, temos:


• Órgãos ativos: são os que produzem ações, os atos necessários para o cumprimento
dos fins da pessoa jurídica da qual fazem parte. Os Ministérios e Secretarias são exem-
plos desses órgãos ativos.
• Órgãos de consulta: produzem os pareceres e as opiniões necessárias para a tomada
de decisão por parte dos órgãos ativos. Exemplo de órgãos consultivos: as assessorias
jurídicas integrantes das estruturas dos Ministérios.
• Órgãos de controle: são aqueles responsáveis por acompanhar e fiscalizar outros ór-
gãos, a exemplo do TCU, que é órgão essencialmente de controle.

Quanto à esfera de ação, podem ser:


• Centrais: são aqueles que exercem atribuições em todo o território nacional, estadual
ou municipal. São exemplos: as Casas Legislativas, os Ministérios, as Secretarias de
Estado e as de Município.
• Locais: atuam apenas sobre uma parte do território, como as delegacias regionais da
Receita Federal, as delegacias de polícia, os postos de saúde.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 15 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

015. (QUADRIX/FISCAL/CRO-PE/2016/ADAPTADA) Quanto à esfera de ação, classificam-se


em centrais (que exercem atribuições em todo o território nacional, estadual ou municipal) e
locais (que atuam sobre uma parte do território).

Quanto à esfera de ação, os órgãos são classificados em centrais (que exercem atribuições em
todo o território nacional, estadual ou municipal) e locais (que atuam sobre urna parte do território).
Certo.

2. Administração Indireta
2.1. Introdução
A Administração Indireta é composta por entidades administrativas, todas dotadas de per-
sonalidade jurídica própria. Nos termos da CF/1988 (inc. XIX do art. 37), a Administração des-
centralizada do Estado é composta por autarquias, sociedades de economia mista, empresas
públicas e fundações públicas.
Acrescenta-se que, com a Lei 11.107/2005 (Lei dos Consórcios Públicos), o inc. IV do art.
41 do Código Civil de 2002 foi alterado, para inserir, ao lado das autarquias, as associações
públicas. Essas são pessoas jurídicas de Direito Público interno integrantes da Administração
Indireta de todos os entes políticos eventualmente consorciados.

016. (QUADRIX/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/CREF-20ª REGIÃO/2019) Segundo o prin-


cípio da reserva legal, todas as pessoas integrantes da administração indireta de qualquer dos
Poderes demandam lei, seja para criá‐las, seja para autorizar sua criação.

A criação ou autorização por lei é previsão expressa da CF/88:

Art. 37. (...).


XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último
caso, definir as áreas de sua atuação;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 16 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

Note que, para se criar cada entidade da Administração Indireta, é necessária a edição de uma
lei (que crie ou que autorize, conforme o caso). Assim, a criação de entidades da Administração
Indireta é matéria de reserva legal (edição de lei).
Certo.

017. (INÉDITA/2022) É um exemplo de entidade da administração pública indireta uma Secre-


taria da Fazenda Municipal.

A Administração Direta é formada por órgãos, resultado do processo de desconcentração, e


todos esses órgãos são destituídos de personalidade jurídica. É o caso de uma Secretaria mu-
nicipal. Já a Administração Indireta é formada por pessoas administrativas, resultado da des-
centralização. São integrantes da Indireta: as autarquias, as sociedades de economia mista, as
empresas públicas, as fundações e as associações públicas.
Errado.

A Administração Indireta pode existir em todas as esferas da federação, ou seja, as pesso-


as administrativas podem ser federais, estaduais, municipais ou distritais. Para que isso fique
atestado, façamos a leitura do caput do art. 37 da CF/88:

Art. 37. A Administração Pública Direta e Indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, mora-
lidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (...)

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 17 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

2.2. Autarquias
2.2.1. Conceito

Sobre o tema, vejamos a definição constante no Decreto-lei 200/1967 (inc. I do art. 5º):

I – Autarquia – o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita
próprios, para executar atividades típicas da administração pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.

A definição é de 1967, mas é razoável. Todavia, omitiu-se a natureza da personalidade, que é


de Direito Público. E não poderia ser diferente, porque as autarquias desempenham atividades ex-
clusivas do Estado, sendo a personalidade de Direito Público a garantia de tratamento diferenciado.

018. (CEBRASPE/CESPE/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-RS/2019/ADAPTADA) A entidade da ad-


ministração pública indireta criada por meio de lei para desempenho de atividades específicas,
com personalidade jurídica pública e capacidade de autoadministração é a autarquia.

Perceba os detalhes no conceito apresentado no item: As pessoas administrativas do Estado


podem ser de Direito Público ou de Direito Privado. Quando de Direito Público, a lei específica é
o veículo criador, não havendo necessidade de qualquer ato superveniente. Diante disso, a autar-
quia se enquadra na descrição!
Certo.

2.2.2. Características Gerais

Reforça-se que as atividades a serem desempenhadas pelas autarquias são típicas da Ad-
ministração Pública. O ponto de partida é estabelecer o que é “atividade típica” a ser desempe-
nhada por uma autarquia. O conceito é variável, ou seja, depende do momento histórico vivido.
Para ser mais claro, o que hoje é visto como atividade típica da Administração pode não o
ser daqui a alguns anos. Um exemplo serve para ilustrar: em nosso país, prisões são adminis-
tradas pelo Estado, pois, na média, as pessoas creditam essa atividade a um ente público. Já
nos Estados Unidos da América, os estabelecimentos prisionais são verdadeiras empresas.
Será que o nosso país um dia também fará desse jeito? Isso dependerá do que se entenda por
atividade típica de Estado.
Entretanto, o fato é que, para os concursos públicos, as autarquias desenvolvem ativida-
des típicas da Administração, sejam lá quais forem essas no momento histórico atravessado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 18 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

E mais: não se pode criar autarquia para exploração de atividade econômica, pois essa não é
típica da Administração, mas sim do mercado.

019. (NC/UFPR/PROFISSIONAL DE NÍVEL UNIVERSITÁRIO/ITAIPU BINACIONAL/2019/


ADAPTADA) À autarquia deverão ser acometidas as atividades concernentes à exploração de
atividades econômicas.

Nem pensar! As autarquias são pessoas de Direito Público, que desempenham atividades exclu-
sivas de Estado. E, como se sabe, a atividade empresarial não é realidade para o Estado.
Errado.

De acordo com a CF/1988, as autarquias são as únicas entidades da Administração Indire-


ta que “nascem” por lei, ou, mais precisamente, por lei específica3. Observe o disposto no inc.
XIX do art. 37 da Constituição:

XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último
caso, definir as áreas de sua atuação;

O regime jurídico aplicável às autarquias é, predominantemente, o Direito Público, pois


sempre há algo do Direito Privado aplicado àqueles que são regidos essencialmente pelo Di-
reito Público. Exemplo: um cheque de uma autarquia é igual ao cheque de qualquer um de nós.
Se não houver recursos na conta corrente, não vai ser pago. Ou seja, vale para o cheque da
autarquia o Direito Privado, e não o Direito Público.
A seguir, uma síntese das principais prerrogativas extensíveis às autarquias e às funda-
ções públicas (de Direito Público):
• Imunidade tributária recíproca: não precisam pagar impostos (não é qualquer tributo)
sobre o patrimônio, renda e serviços, relativamente às finalidades essenciais ou às que
dela decorram. Por exemplo: autarquias não pagam IPTU de seus imóveis (ainda que
alugados a terceiros);
• Bens públicos não sujeitos à usucapião: qualquer bem público (especial, uso comum ou
dominial) não está sujeito à aquisição prescritiva, ou seja, em razão do tempo de perma-
nência (§ 3º do art. 183 da CF/1988, e art. 102 do CC/2002);
• As dívidas passivas (crédito em favor de terceiros) prescrevem em cinco anos;

3
Tecnicamente, a lei específica é a fonte criadora de todas as entidades de Direito Público. A citação constitucional restrita
às autarquias deve-se ao fato de serem as pessoas jurídicas de Direito Público mais tradicionais do Estado. No entanto, há
múltiplos exemplos de Fundações do Estado com a personalidade jurídica de Direito Público, as quais também são criadas
diretamente por lei específica.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 19 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

• As dívidas ativas (crédito em favor do Estado) têm execução por um processo especial
– Lei 6.830/1980;
• Os bens públicos são impenhoráveis, logo o pagamento das dívidas passivas será feito
mediante sistema de precatórios, a não ser que os débitos sejam de pequeno valor (nes-
se caso, dispensa-se a inscrição em precatórios);
• Os prazos nos processos no Judiciário são diferenciados: de regra, em dobro para todas
as manifestações processuais;
• Sujeitas ao duplo grau de jurisdição: as sentenças desfavoráveis às autarquias, nos juí-
zos singulares, são remetidas ao Tribunal (remessa necessária). Porém, não é uma regra
absoluta: na ocorrência de situações específicas (§§ 3º e 4º do NCPC), a autarquia pre-
cisará interpor, voluntariamente, o recurso para ver suas razões apreciadas.

020. (VUNESP/INSPETOR FISCAL DE RENDAS/PREFEITURA DE GUARULHOS-SP/2019/


ADAPTADA) As autarquias não se submetem ao regime dos precatórios ou da Requisição de
Pequeno Valor (RPV).

As autarquias são consideradas Fazenda Pública; logo, seus bens públicos não podem ser executa-
dos (penhora, por exemplo). Assim, tais pessoas contam com um sistema diferenciado de pagamen-
tos, no caso, o regime de precatórios ou, conforme o caso, o RPV, para débitos de pequeno valor.
Errado.

021. (CEBRASPE/CESPE/ANALISTA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS/SLU-DF/2019)


Em razão da imunidade tributária, a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios não
podem instituir tributos às autarquias.

O item generalizou demais! A imunidade recíproca, conferida pela Constituição Federal, é relativa
somente a impostos, e não a tributos em geral.
Errado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 20 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

2.3. Empresas Estatais: Empresas Públicas e Sociedades de Economia


Mista
2.3.1. Conceitos

Com relação às empresas públicas, dispõe o art. 3º da Lei 13.303/2016 (lei das estatais):

Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com cria-
ção autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União, do
Estado, do Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da empresa pública, a partici-
pação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da administra-
ção indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Essa nova redação corrige a impropriedade do Decreto-lei 200/1967, em que se previa a


criação da entidade diretamente por lei. As pessoas estatais de Direito Privado são só autori-
zadas por lei específica.

022. (NC/UFPR/PROFISSIONAL DE NÍVEL UNIVERSITÁRIO/ITAIPU BINACIONAL/2019/


ADAPTADA) A empresa pública será criada por lei específica e será constituída, obrigatoria-
mente, como sociedade anônima.

Nada disso! As empresas públicas não são criadas por lei, mas só, simplesmente, autorizadas.
Além disso, as EP podem assumir qualquer configuração admitida em direito.
Errado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 21 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

Para nós, o legislador poderia ter sido expresso, também, quanto aos campos de atuação
da empresa pública. As atuais empresas estatais, além da exploração de atividade econômica,
podem ser prestadoras de serviços públicos, exemplo da Empresa Brasileira de Correios e Te-
légrafos, da INFRAERO e do METRÔ-SP.

023. (NC/UFPR/PROFISSIONAL DE NÍVEL UNIVERSITÁRIO/ITAIPU BINACIONAL/2019/


ADAPTADA) Toda empresa pública estará sujeita a supervisão ministerial.

A Administração Pública Direta exerce sobre a Indireta um controle de natureza finalística, ou


seja, dentro dos limites da lei criadora ou autorizativa. Na Administração federal, esse controle é
chamado de supervisão ministerial.
Certo.

Acerca das sociedades de economia mista, o art. 4º da Lei 13.303/2016 (lei das estatais)
assim as conceitua:

Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito pri-
vado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito
a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a
entidade da administração indireta.
§ 1º A pessoa jurídica que controla a sociedade de economia mista tem os deveres e as respon-
sabilidades do acionista controlador, estabelecidos na Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e
deverá exercer o poder de controle no interesse da companhia, respeitado o interesse público que
justificou sua criação.
§ 2º Além das normas previstas nesta Lei, a sociedade de economia mista com registro na Comis-
são de Valores Mobiliários sujeita-se às disposições da Lei n. 6.385, de 7 de dezembro de 1976.

Vale aqui o apontamento feito com relação às empresas públicas: as sociedades mistas
também podem ser prestadoras de serviços públicos e não são criadas diretamente por leis,
mas tão-somente autorizadas por lei.

024. (NC/UFPR/PROFISSIONAL DE NÍVEL UNIVERSITÁRIO/ITAIPU BINACIONAL/2019/


ADAPTADA) A sociedade de economia mista será criada por lei específica e será constituída
como sociedade limitada ou como sociedade anônima.

As SEM são só autorizadas por lei (e não criadas), e serão sempre sociedades anônimas.
Errado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 22 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

2.3.2. Características Gerais (Comuns e Diferenciais)

A instituição tanto das sociedades mistas quanto das empresas públicas depende de pré-
via autorização em lei específica; como a lei é autorizativa de criação, serão necessários atos
posteriores para que tais entidades possam ser consideradas, efetivamente, criadas.
De qualquer forma, tenha atenção para o fato de que empresas governamentais ou entida-
des empresariais do Estado não “nascem” com a lei, mas tão só são autorizadas. E, por sime-
tria, a extinção de tais entidades necessitará de lei autorizativa.
Quanto à natureza jurídica, ambas são pessoas jurídicas de Direito Privado, com derro-
gações parciais de normas de Direito Público, afinal, devem, por exemplo, realizar concursos
públicos para a seleção de seus empregados e licitações para contratação de seus fornece-
dores. Tais deveres (de licitar e de realizar concursos para seleção de pessoal) são derivados
de normas públicas, razão pela qual os doutrinadores afirmam que no caso de tais entidades
há um hibridismo (mistura). E aqui faz toda a diferença a atividade exercida por tais entidades.

025. (INÉDITA/2022) As empresas públicas e as sociedades de economia mista são pessoas


jurídicas de direito privado.

Na Administração Indireta, temos pessoas de direito público e privado. São sempre de direito
privado as estatais, assim entendidas as empresas públicas, sociedades de economia mista e
suas subsidiárias.
Certo.

Quando exploradoras de atividade econômica, prevalecerá o Direito Privado. Por outro lado,
quando prestadoras de serviços públicos, a predominância será do Direito Público.
Destaca-se que a exploração de atividade econômica pelo Estado por intermédio de suas
entidades da Administração Indireta deve ser feita por sociedades de economia mista e em-
presas públicas, ou por subsidiárias destas. Mais uma vez, vale citar o texto constitucional
(§ 1º do art. 173):

§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de


suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou
de prestação de serviços, dispondo sobre:
I – sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 23 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá
III – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da
administração pública;
IV – a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação
de acionistas minoritários;
V – os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.

026. (VUNESP/ANALISTA JURÍDICO/PREFEITURA DE ITAPEVI-SP/2019/ADAPTADA) A


exploração direta de atividade econômica pelo Estado por meio de uma empresa pública só
será permitida quando não houver empresa privada atuando na mesma área.

Não, mesmo! Nos termos do art. 173 da CF, a presença do Estado no domínio econômico dá-se
nas situações de monopólio, segurança nacional e relevante interesse coletivo.
Errado.

No que se refere à forma jurídica, há relevante diferença entre tais instituições: todas as
sociedades de economia mista são Sociedades Anônimas (S.A.). Já as empresas públicas
podem assumir qualquer configuração admitida no direito, inclusive ser S.A.
Quanto à composição do capital social, nas sociedades de economia mista, a maioria das
ações com direito a voto é do Estado, não havendo, portanto, a integralidade de capital público.
Já nas empresas públicas, o capital social tem de ser 100% Público.

027. (VUNESP/ENCARREGADO DO SETOR DE LICITAÇÃO/UNIFAI/2019/ADAPTADA) A em-


presa pública estará sujeita a um regime de direito privado, podendo ter o seu capital social integra-
lizado por particulares.

O capital social a empresa pública é 100% formado por capital público.


Errado.

Vejamos o que dispõe o parágrafo único do art. 3º da Lei 13.303/2016:

Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União, do
Estado, do Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da empresa pública, a partici-
pação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da administra-
ção indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 24 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

A leitura do dispositivo nos permite concluir pela viabilidade da existência de diversas ori-
gens públicas de capital. Nesse caso, a empresa pública terá dois ou mais sócios, sendo chama-
da de pluripessoal. Já se a origem do capital for de um único entre, será chamada de unipessoal4.
Todavia, o capital integralizado tem que ser 100% público, ainda que oriundo de entidades
da Administração Indireta, sendo esse um dos traços distintivos em relação às sociedades de
economia mista.
Relativamente ao regime de pessoal, a regra é a adoção do regime celetista, observando-se,
em todo caso, o princípio do concurso público (inc. II do art. 37).
No que se refere aos bens pertencentes às empresas estatais, pela estrita definição do
Código Civil (art. 98), seriam estes privados. Vejamos:

Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito pú-
blico interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.

Empresas estatais não são pessoas de direito público. Logo, seus bens, pela estrita defi-
nição do Código Civil, são privados. Contudo, no campo doutrinário, há distinção se a estatal
é interventora no domínio econômico (exemplo do Banco do Brasil) ou prestadora de serviços
públicos (exemplo da Infraero).
Se prestadoras de serviços públicos, o regime de bens é diferenciado, ou seja, os bens afe-
tados à prestação dos serviços, apesar de privados, contarão com a proteção própria dos bens
públicos. E, nesse caso, serão protegidos pela impenhorabilidade, imprescritibilidade e outras
garantias próprias aos bens definidos legalmente como públicos.

2.4. Fundações Públicas


2.4.1. Conceito

O inciso IV do art. 5º do Decreto-lei 200/1967 define a fundação pública como:

IV – Fundação Pública – a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lu-
crativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não
exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patri-
mônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos
da União e de outras fontes.

Perceba que está bem claro na norma que as fundações não podem ter intuito lucrativo.
Isso, dentre as entidades da Administração Indireta, só é possível para sociedades mistas e
empresas públicas, entidades empresariais do Estado.
4
A Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (DATAPREV) é empresa pública vinculada ao Ministério do
Trabalho e Previdência Social de natureza pluripessoal, afinal, conta com, no mínimo, 51% do capital social integralizado
pela União e 49% do capital subscrito pelo INSS.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 25 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

Conceitualmente, note que o decreto-lei afirma que as atividades a serem desenvolvidas


pelas fundações estatais não exigem que tenham de ser órgãos ou entidades de Direito Públi-
co. E deve ser assim, pois, caso precisassem da natureza de Direito Público, necessariamente
deveriam ser constituídas sob a forma de autarquia.

2.4.2. Características Gerais

O primeiro ponto a se destacar – e que é o de maior controvérsia na doutrina – é a nature-


za da personalidade jurídica das fundações. No Decreto-lei 200/1967, as fundações públicas
possuem personalidade jurídica de Direito Privado. Ocorre que a doutrina majoritária admite a
existência de fundações com personalidade de Direito Público.
Além disso, conforme entendimento do STF (RE 101126/RJ), caso uma fundação pública seja
dotada de personalidade jurídica de Direito Público, constituirá uma “espécie” do gênero autarquia.
Com efeito, dizer que uma fundação pública é espécie de autarquia equivale a reconhecê-la
como autarquia. De toda forma, ainda que objeto de severas críticas doutrinárias, a matéria deve
ser incorporada para fins de concurso público. Essas fundações públicas de Direito Público pas-
saram a ser chamadas pela doutrina de fundações autárquicas ou autarquias fundacionais.
Portanto, considerando a posição do STF, temos que as fundações de Direito Público, haja
vista a natureza autárquica, serão criadas diretamente por lei. E, por exclusão, as estatais de
Direito Privado serão apenas autorizadas por lei.

028. (CEBRASPE/CESPE/ANALISTA ADMINISTRATIVO/PGE-PE/2019) A criação de funda-


ções públicas de direito público ocorre por meio de lei, não sendo necessária a inscrição de
seus atos constitutivos em registro civil de pessoas jurídicas.

De fato, se estamos tratando de fundações públicas de direito público, elas são, sim, criadas por
lei, não sendo necessários outros atos constitutivos, neste caso.
Certo.

O regime jurídico do pessoal das fundações de Direito Público é o estatutário, que, no caso
federal, é o previsto na Lei 8.112/1990. Contudo, para as fundações de Direito Privado, o regi-
me é o celetista, com a contratação de empregados públicos.
Retomemos à leitura da Constituição Federal (inc. XIX do art. 37):

XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último
caso, definir as áreas de sua atuação;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 26 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

Observe que a Constituição exige lei complementar para definir a área de atuação das funda-
ções. Note que não é autorização de criação, mas sim área de atuação. O legislador constituinte
fez isso para que se tratasse, em separado, do que cabe às fundações realizar, de maneira a se
promover um debate específico, em termos legislativos, do que estas podem e devem fazer.
ESQUEMATIZANDO

Autarquias
CRIA
Fundações públicas de Direito Público

Consórcios públicos de Direito Público

LEI ESPECÍFICA

Sociedades de economia mista

Empresas públicas
AUTORIZA
Fundações públicas de Direito Privado

Consórcios públicos de Direito privado

029. (CEBRASPE/CESPE/ANALISTA DE GESTÃO CORPORATIVA/HEMOBRÁS/2008) As áreas


em que poderão atuar as fundações públicas são definidas e estabelecidas por lei complementar.

É o que prevê o inc. XIX do art. 37 da CF/88:

XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último
caso, definir as áreas de sua atuação;
Certo.

Relativamente ao regime de bens, tem-se que a natureza dos bens das fundações varia
conforme a natureza jurídica de tais entidades. Se de Direito Público, seus bens são públicos;
se de Direito Privado, seus bens são privados, os quais, se voltados à prestação de serviços
públicos, contarão com a proteção da ordem jurídica, tal como decidido pelo STF no caso da
ECT, em que se reconheceu a impenhorabilidade dos bens públicos.
Por fim, a questão do controle por parte do Ministério Público. Esse é um aspecto peculiar das
fundações, pois o art. 66 do Código Civil prevê que o Ministério Público tutelará as fundações, onde

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 27 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

estas estiverem situadas. Por conseguinte, cada um dos Ministérios Públicos estaduais tem essa
incumbência quando se trata de fundação criada por particular.
O §1º do art. 66 do CC/2002 estabelecia competir ao Ministério Público Federal (MPF) o
encargo de fiscalizar as fundações em funcionamento no Distrito Federal ou em Territórios.
Por não se ajustar ao ordenamento jurídico, o dispositivo foi declarado inconstitucional pelo
STF (ADIN 2794/DF), cabendo a veladura de tais fundações ao Ministério Público do Distrito
Federal e Territórios, por ser competência reservada ao MP dos Estados.

2.5. Agências Reguladoras ou Controladoras


As agências reguladoras, por sua vez, são entidades encarregadas da fiscalização e do
controle de determinadas atividades ou setores. Em nosso ordenamento, apenas duas agên-
cias reguladoras têm sede constitucional, ou seja, encontram previsão nas disposições da
Constituição Federal, sendo elas a ANP (Agência Nacional do Petróleo) e a Anatel (Agência
Nacional de Telecomunicações). Todas as demais agências reguladoras, por consequência,
possuem suas disposições expressas em diplomas legais.
Tendo em vista necessitarem de uma maior autonomia para exercer as atividades de fisca-
lização e controle, as agências reguladoras existentes em nosso ordenamento são instituídas
sob a forma de autarquias em regime especial.
As principais características das agências reguladoras estão ligadas, diretamente, à auto-
nomia e aos poderes a elas atribuídos. Todas as demais decorrem dessas duas prerrogativas.
Podemos listar, como exemplo, que tais entidades:
• Possuem autonomia em sua gestão;
• Não estão subordinadas hierarquicamente a qualquer instância de governo;
• Suas decisões não estão sujeitas a revisão, ressalvada a apreciação judicial e o recurso
hierárquico impróprio (O recurso hierárquico impróprio é aquele endereçado à autoridade
administrativa que não é hierarquicamente superior àquela que editou o ato administrativo);
• A indicação de seus dirigentes deve ser pautada por critérios técnicos;
• Possuem a prerrogativa de aplicar sanções, tais como advertências, multas ou cassa-
ção de licenças.

No que se refere ao regime de contratação de pessoal das agências reguladoras, importante sa-
lientar que, após 2004 (e colocando fim à grande controvérsia) o STF entendeu que o regime passou
a ser o estatutário, sendo vedado às agências reguladoras a contratação de servidores celetistas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 28 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

2.6. Agências Executivas


As agências executivas foram introduzidas em nosso ordenamento jurídico com a Lei
9.649, de 1998, que estabeleceu a possibilidade das autarquias e fundações públicas firmarem
contrato de gestão com o poder público e, assim, se qualificarem como agências executivas.
Dessa forma, podemos concluir que tais agências nada mais são do que uma faculdade
conferida às autarquias e às fundações públicas de se submeterem a uma regime diferencia-
do, aumentando a produtividade e a eficiência de sua gestão.
Normalmente, a qualificação como agência executiva é feita por meio de decreto expedido
pelo chefe do Poder Executivo.

 Obs.: Para se qualificar como agências executivas, as autarquias e fundações devem aten-
der a dois requisitos:
 a) Ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em
andamento;
 b) Ter celebrado contrato de gestão com o respectivo ministério superior, que terá perio-
dicidade mínima de 1 ano e estabelecerá os objetivos, metas e indicadores de desem-
penho da entidade.

Com a qualificação como agências executivas, a autonomia das entidades é ampliada e,


assim como ocorre com os consórcios públicos, tais agências passam a contar com um maior
limite de dispensa para as licitações. Enquanto o normal é a dispensa até o limite de 10% do
estipulado para a modalidade convite, para as agências executivas este limite é de 20%.
Vejamos as principais diferenças entre as agências executivas e as agências reguladoras.

AGÊNCIAS EXECUTIVAS AGÊNCIAS REGULADORAS


É uma qualificação jurídica atribuída às
São Autarquias em regime especial
Autarquias e Fundações Públicas
Objetiva aumentar a eficiência e a Objetiva conferir maior autonomia e poder às
produtividade das entidades entidades
Reguladas por norma específica Conceito atribuído pela doutrina
Não existe uma área específica em que
Atuam especificamente na área da regulação
elas atuam
Não é uma qualificação, sendo que a própria
São qualificadas por meio de decreto lei que cria a autarquia estabelece o nível de
autonomia da entidade

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 29 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

RESUMO
• Administração Direta (AD): conjunto de órgãos internos a cada um dos Poderes políti-
cos da pessoa integrante da federação.
• Centralização: o próprio ente federativo é quem age, por meio de um único órgão (cen-
tralização concentrada) ou de dois ou mais órgãos (centralização desconcentrada). No
campo administrativo, a atuação centralizada por meio de um único órgão é de aplica-
ção teórica, haja vista as diversas atribuições constitucionais dos entes políticos.
• Desconcentração: distribuição interna de competências dentro da mesma pessoa jurídi-
ca. As tarefas ou atividades são distribuídas de um centro para setores periféricos ou de
escalões superiores para escalões inferiores. É uma técnica administrativa.
• Descentralização: é o deslocamento, distribuição ou transferência da prestação do ser-
viço para a Administração Indireta ou para um particular. Nesse caso, não há relação de
hierarquia ou de subordinação, existindo apenas a vinculação, o controle de finalidade
ou a supervisão ministerial.
− Descentralização por colaboração: ocorre quando a execução de um serviço público
é transferida à pessoa jurídica de direito privado, ou mesmo à pessoa física, por meio
de contrato ou ato administrativo, conservando o Poder Público a titularidade do ser-
viço. Ex.: concessão ou permissão de serviços públicos.
− Descentralização por serviços: também denominada de descentralização funcional
ou técnica, é aquela em que o Poder Público cria uma pessoa jurídica de direito públi-
co ou privado, atribuindo-lhe, além da execução, a titularidade de determinado serviço
público. Exemplo da FUNASA e da ECT. No Brasil, dá-se exclusivamente por lei.
− Descentralização territorial: ocorre quando uma entidade local, geograficamente deli-
mitada, é dotada de personalidade jurídica própria, de direito público, com capacidade
administrativa ampla. Exemplo dos extintos territórios federais.
− Descentralização social: consiste em retirar do Estado a execução direta ou indireta de
atividade de relevância coletiva que possam ser cometidas a unidades sociais já existen-
tes, personalizadas ou não, mediante simples incremento de autoridade e institucionali-
zação jurídica adequada, de modo a que possam promover, elas próprias, sua execução.
• Órgãos públicos: centros de competências despersonalizados, integrante da estrutura
da Administração direta e da estrutura da Administração indireta.
• Administração Indireta (AI): Conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à ad-
ministração direta, têm o objetivo de desempenhar as atividades administrativas de for-
ma descentralizada.
• A AI é composta por entidades administrativas (e não por órgãos públicos), dotadas de
personalidade jurídica própria.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 30 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

• Autarquia: entidade estatal da Administração Indireta, criada por lei, com personalidade
jurídica de direito público, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas
da administração pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão admi-
nistrativa e financeira descentralizada.
• Empresa pública: entidade de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio
próprio e capital exclusivo da União, autorizada por lei para a exploração de atividade
econômica ou prestação de serviço público que o Governo seja levado a exercer por for-
ça de contingência ou de conveniência administrativa, podendo revestir-se de quaisquer
das formas admitidas em direito.
• Sociedade de economia mista: entidade dotada de personalidade jurídica de direito priva-
do, autorizada por lei para a exploração de atividade econômica ou prestação de serviço
público, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam, em
sua maioria, ao ente político que a criou ou à entidade da administração indireta.
• Fundação pública: entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem
fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de
atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com au-
tonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção,
e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.
• No Brasil, há dois tipos de agências: as reguladoras (nominadas também de controladoras)
e as executivas.
− Características das agências reguladoras:
◦ possuem competências normativas mais amplas do que as demais agências;
◦ maior grau de discricionariedade técnica;
◦ atualmente, todas as agências reguladoras federais são autarquias;
◦ decorrem do fenômeno da descentralização administrativa;
◦ ausência de subordinação hierárquica em relação à Administração Direta;
◦ mandato fixo e estabilidade provisória de seus dirigentes; e
◦ quarentena dos diretores.
− As agências executivas não são “novas entidades”, mas antigas autarquias ou fun-
dações que passam por um processo de qualificação. Pressupostos necessários
para a qualificação:
◦ Celebração de contrato de gestão com o respectivo ministério supervisor; e
(cumulativamente)
◦ Plano estratégico de reestruturação ou de desenvolvimento institucional em andamento.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 31 de 147
MAPAS MENTAIS

www.grancursosonline.com.br 32 de 147
www.grancursosonline.com.br 33 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FCC/CONSULTOR LEGISLATIVO/ALPB/2013) Os órgãos públicos, quanto à posição esta-
tal, classificam-se em independentes, autônomos, superiores e subalternos. Desta feita, as Secre-
tarias de Estado e as Casas Legislativas são classificadas, respectivamente, em órgãos públicos:
a) superiores e superiores.
b) independentes e autônomos.
c) independentes e superiores.
d) superiores e autônomos.
e) autônomos e independentes.

002. (FCC/ANALISTA LEGISLATIVO/ALERN/2013) Os órgãos públicos, quanto à posição esta-


tal, classificam-se em independentes, autônomos, superiores e subalternos. Nessa categoria, o
Senado Federal enquadra-se como órgão público
a) autônomo.
b) independente.
c) superior.
d) subalterno.
e) autônomo e subalterno, concomitantemente.

003. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE RO/JUDICIÁRIA/2013) Os Órgãos Públicos, quanto à


esfera de ação, classificam-se em centrais e em locais. Constituem exemplos de órgãos públi-
cos locais:
a) Secretarias de Estado.
b) Ministérios.
c) Delegacias de Polícia.
d) Secretarias de Município.
e) Casas Legislativas.

004. (FCC/ANALISTA/DPE RS/ADMINISTRAÇÃO/2013) A respeito do conceito de órgão públi-


co é correto afirmar que
a) constitui uma unidade de atuação dotada de personalidade jurídica.
b) corresponde a uma unidade que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos.
c) é sempre dotado de autonomia e independência funcional.
d) possui, no que diz respeito à sua composição, natureza singular, necessariamente.
e) prescinde, para o exercício da competência de que é dotado, da atuação do agente público.

005. (FCC/TÉCNICO/DPE RS/ADMINISTRATIVA/2013) À administração pública incumbe o exer-


cício da função administrativa do Estado. Essa função é exercida por meio da administração direta

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 34 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

a) composta por órgãos, autarquias, empresas estatais e fundações.


b) por meio de seus órgãos, e da administração indireta, que abrange autarquias, empresas
públicas, sociedades de economia mista e fundações.
c) e da administração indireta, composta por órgãos de execução, tais como ministérios e
secretarias de estado, bem como por pessoas jurídicas de direito público com finalidades atri-
buídas por lei.
d) e da administração indireta, que abrange empresas públicas, sociedades de economia mis-
ta, autarquias e fundações, entes dotados de natureza jurídica de direito privado.
e) por meio de seus órgãos, com auxílio da administração indireta, por meio do que se deno-
mina desconcentração, instituto que autoriza a transferência de competências quando o ente
que as recebe tenha natureza jurídica de direito público.

006. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 5ª REGIÃO/CONTABILIDADE/2013) A organização


administrativa estrutura-se por meio das Administrações direta e indireta. É correto afirmar que
os órgãos públicos integram a
a) Administração indireta, com personalidade jurídica própria e autonomia administrativa.
b) estrutura da Administração direta, com personalidade jurídica própria e autonomia administrativa.
c) estrutura de qualquer das pessoas jurídicas abrangidas pela Administração direta, não pos-
suindo, contudo, personalidade jurídica própria.
d) estrutura da Administração direta, sendo desprovidos de personalidade jurídica própria.
e) estrutura tanto da Administração direta, quanto da indireta, possuindo autonomia adminis-
trativa e financeira, com ou sem personalidade jurídica própria, conforme o que dispuser a lei.

007. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 5ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2013) Órgãos são par-


tes integrantes da estrutura da Administração. São exemplos de órgãos públicos: as Câmaras
Municipais, as Assembleias Legislativas, os Tribunais de Contas, os Ministérios, as Secretarias
de Estado e os Postos de Saúde. Considerando as relações funcionais que mantém entre si e
com terceiros, é correto afirmar que os órgãos
a) confundem-se com as pessoas jurídicas as quais pertencem, possuindo personalidade jurí-
dica e capacidade processual própria.
b) não têm personalidade jurídica própria, no entanto, alguns deles podem ser dotados de ca-
pacidade processual.
c) possuem personalidade jurídica própria, porque se constituem em unidades de atuação do
Estado; no entanto, não possuem capacidade processual.
d) se igualam às entidades, porque se constituem em unidade de atuação dotada de persona-
lidade jurídica.
e) detêm personalidade jurídica própria e capacidade processual ampla.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 35 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

008. (FCC/TÉCNICO MINISTERIAL/MPE CE/2013) No que diz respeito ao órgão público, está
correto o que se afirma em:
a) É unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta, apenas.
b) Tem personalidade jurídica própria.
c) É unidade de atuação integrante da estrutura da Administração indireta, apenas.
d) Não se confunde com a pessoa física, o agente público, porque congrega funções que este
vai exercer.
e) Confunde-se com a pessoa jurídica, sendo uma de suas partes integrantes.

009. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TST/ADMINISTRATIVA/2012) Compõe a Administração


pública direta da União
a) o Departamento de Polícia Federal.
b) o Banco Central do Brasil.
c) a Agência Nacional de Aviação Civil.
d) a Caixa Econômica Federal.
e) a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

010. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ PE/JUDICIÁRIA E ADMINISTRATIVA/2012) Em rela-


ção aos órgãos e agentes da Administração Pública é correto afirmar:
a) a atuação dos órgãos não é imputada à pessoa jurídica que eles integram, mas tendo a prer-
rogativa de representá-la juridicamente por meio de seus agentes, desde que judiciais.
b) a atividade dos órgãos públicos não se identifica e nem se confunde com a da pessoa ju-
rídica, visto que há entre a entidade e seus órgãos relação de representação ou de mandato.
c) os órgãos públicos são dotados de personalidade jurídica e vontade própria, que são atribu-
tos do corpo e não das partes porque estão ao lado da estrutura do Estado.
d) como partes das entidades que integram os órgãos são meros instrumentos de ação des-
sas pessoas jurídicas, preordenados ao desempenho das funções que lhe forem atribuídas
pelas normas de sua constituição e funcionamento.
e) ainda que o agente ultrapasse a competência do órgão não surge a sua responsabilidade pesso-
al perante a entidade, posto não haver considerável distinção entre a atuação funcional e pessoal.

011. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 11ª REGIÃO/JUDICIÁRIA/2012) Existem vários crité-


rios de classificação dos órgãos públicos, tais como, os critérios de “esfera de ação”, “posição
estatal”, “estrutura”, dentre outros.
No que concerne ao critério “posição estatal”, as Casas Legislativas, a Chefia do Executivo e os
Tribunais são órgãos públicos
a) autônomos.
b) superiores.
c) singulares.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 36 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) centrais.
e) independentes.

012. (FCC/PROCURADOR LEGISLATIVO/CAM MUN SP/2014) No que tange aos órgãos públi-
cos, é correto afirmar:
a) A teoria do mandato é a explicação adotada pela doutrina atual para explicar a expressão
da vontade estatal pelos órgãos públicos e pelos agentes administrativos que os compõem.
b) Somente se pode proceder à criação de um órgão público mediante lei de iniciativa da Che-
fia do Poder Executivo, sob pena de inconstitucionalidade por vício de iniciativa.
c) Como regra, os órgãos públicos são destituídos de capacidade processual; porém, a doutri-
na e a jurisprudência nacionais vêm reconhecendo tal capacidade a órgãos de status constitu-
cional, quando necessária à defesa de suas prerrogativas e competências institucionais.
d) O Chefe do Poder Executivo pode, por decreto, promover a extinção de órgãos públicos,
quando seus cargos estiverem vagos.
e) As Câmaras Municipais não são propriamente órgãos públicos, mas entes autárquicos,
dado a autonomia que lhes é conferida pela Constituição.

013. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 16ª REGIÃO/2014) Luísa, candidata a uma vaga de


concurso público, em seu exame oral, foi questionada pelos examinadores acerca da classifi-
cação dos órgãos públicos, especificamente quanto à posição estatal, devendo exemplificar
os órgãos públicos superiores. Luísa forneceu cinco exemplos de órgãos públicos superiores,
equivocando-se acerca de um deles, qual seja,
a) Divisões.
b) Departamentos.
c) Ministérios.
d) Coordenadorias.
e) Gabinetes.

014. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 16ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2014) Considere a


seguinte assertiva:
A Câmara dos Deputados classifica-se, quanto à posição estatal, como órgão independente.
Isto porque, dentre outras características, não possui qualquer subordinação hierárquica ou
funcional, estando sujeita apenas a controle constitucional.
A assertiva em questão está
a) correta, pois trata-se de órgão independente e autônomo, expressões sinônimas quanto à
classificação dos órgãos públicos.
b) incorreta, pois não se trata de órgão independente e sim autônomo.
c) correta, pois trata-se de órgão independente, estando a fundamentação também correta.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 37 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) incorreta, pois embora seja órgão independente, ele está sujeito à subordinação hierárquica e
funcional.
e) incorreta, pois trata-se de órgão autônomo e sujeito à subordinação hierárquica e funcional.

015. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE RR/JUDICIÁRIA/2015) Os órgãos públicos consultivos


a) são exemplos típicos de órgãos onde se exclui totalmente a interferência de órgãos superiores.
b) estão excluídos da hierarquia administrativa para fins disciplinares.
c) admitem a avocação de atribuições, porém não a delegação de atribuições.
d) admitem a delegação de atribuições, porém não a avocação de atribuições.
e) fogem à relação hierárquica no que diz respeito ao exercício de suas funções.

016. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE – SE/JUDICIÁRIA/2015) Considere:


I – Secretarias Municipais.
II – Postos de Saúde.
III – Delegacias de Polícia.
IV – Ministérios.
V – Delegacias Regionais da Receita Federal.
Quanto à esfera de ação, classificam-se os órgãos públicos em centrais e locais. NÃO constitui
exemplo de órgãos públicos locais o que se afirma APENAS em
a) II e III.
b) I e IV.
c) IV.
d) II e V.
e) I, III e V.

017. (FCC/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ MA/2016) São exemplos de


órgãos da Administração pública direta:
I – Partidos Políticos e Congresso Nacional.
II – Secretaria Estadual de Finanças e Secretaria Municipal de Planejamento.
III – Secretaria Estadual de Finanças e Partidos Políticos.
IV – Secretaria Municipal de Planejamento e Ministério do Turismo.
V – União e Instituto Nacional de Seguridade Social.
Está correto o que consta APENAS em
a) I e III.
b) II e III.
c) II e IV.
d) IV e V.
e) I e V.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 38 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

018. (FCC/ASSISTENTE LEGISLATIVO/ALMS/2016) Conforme estabelece a Lei n. 9.784/1999,


órgão é a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da
Administração indireta
a) que detém personalidade jurídica própria, ao contrário da entidade que não é dotada de per-
sonalidade jurídica própria e distinta do ente instituidor.
b) destituído de personalidade jurídica própria, tal qual as entidades que integram a Adminis-
tração pública indireta e agem em nome do ente instituidor.
c) que com elas não se confunde, a despeito de ser uma de suas partes integrantes, não pos-
suindo personalidade jurídica própria, ao contrário das entidades que são dotadas de persona-
lidade jurídica própria.
d) representativo do fenômeno denominado descentralização por serviço, o que o distingue da
entidade que constitui unidade de atuação dotada de personalidade jurídica, característica do
fenômeno da desconcentração.
e) que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos, razão pela qual com eles se
confunde para todos os fins de direito.

019. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 11ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2017) Considere:


I – Não gozam de autonomia administrativa nem financeira.
II – Estão sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia.
III – São considerados, dentre outras hipóteses, órgãos de comando.
IV – Entram nessa categoria as Secretarias de Estado.
Os órgãos públicos, quanto à posição estatal, classificam-se em independentes, autônomos,
superiores e subalternos. No que concerne aos órgãos públicos superiores, está correto o que
se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) III.
c) I, II e III.
d) I e II.
e) II e IV.

020. (FCC/DEFENSOR PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ/2017) Em seu sentido subjetivo, o


termo Administração pública designa os entes que exercem a atividade administrativa. Desse
modo, a Defensoria Pública do Estado do Paraná,
a) é pessoa jurídica de direito público e possui capacidade processual, podendo ser configura-
da como autarquia sui generis – sociedade pública de advogados, embora não seja instituição
autônoma com sede constitucional.
b) possui capacidade processual para ingressar com ação para a defesa de suas funções
institucionais por expressa previsão legal, embora não seja pessoa jurídica de direito público.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 39 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

c) é pessoa jurídica de direito público e possui capacidade processual, podendo, caso haja
expressa previsão legal, integrar a pessoa jurídica “Estado do Paraná” por ser instituição autô-
noma com sede constitucional.
d) integra a pessoa jurídica de direito público “Estado do Paraná” e possui capacidade jurídica,
sendo representada, em juízo, pela Procuradoria do Estado em toda espécie de processo judi-
cial de seu interesse.
e) integra a pessoa jurídica de direito público “Estado do Paraná” e possui capacidade jurídica,
sendo representada, em juízo, pela Procuradoria do Estado em toda espécie de processo judi-
cial de seu interesse, exceto ações trabalhistas que tramitarem na Justiça do Trabalho.

021. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 24ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2017) Quanto à es-


trutura, os órgãos públicos podem ser classificados em simples, também denominados de
unitários, e compostos.
Acerca do tema, considere:
I – São constituídos por um único centro de atribuições.
II – Possuem subdivisões internas.
III – São exemplos de tais órgãos, as Secretarias de Estado.
IV – São exemplos de tais órgãos, os Ministérios.
No que concerne às características e exemplos de órgãos simples ou unitários, está correto o
que se afirma APENAS em
a) I e IV.
b) I e II.
c) II e III.
d) IV.
e) I.

022. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 21ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2017) Diferem os ór-


gãos públicos dos entes integrantes da Administração indireta
a) no que concerne à necessidade de realização de licitação, obrigatória apenas para a Admi-
nistração direta e para os entes da Administração indireta dotados de personalidade jurídica de
direito público.
b) quanto ao regime jurídico contratual, tendo em vista que os contratos firmados pelos entes
da Administração indireta submetem-se ao regime jurídico privado.
c) no que se refere à personalidade jurídica, tendo em vista que somente os entes que integram
a Administração pública indireta são dotados de personalidade jurídica própria.
d) no que se refere ao regime jurídico de seus servidores, sendo obrigatória prévia submissão a con-
curso público de provas e de provas e títulos para os servidores públicos da Administração direta.
e) quanto ao trâmite de processos administrativos, tendo em vista que os princípios que regem
a Administração pública somente incidem quando se trata dos processos administrativos rela-
tivos à Administração direta.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 40 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

023. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 6ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2018) As unidades de


atuação denominadas órgãos públicos
a) integram a estrutura da Administração pública direta, mas não da Administração pública
indireta, cujos plexos de competência denominam-se entidades.
b) integram a estrutura da Administração pública direta e da indireta e não têm personalidade
jurídica, ao contrário das entidades.
c) têm personalidade jurídica própria e distinta da entidade que integram.
d) não têm personalidade jurídica própria, quando integram a estrutura da Administração pública
direta, mas são unidades de atuação, da Administração indireta, dotadas de personalidade jurídica.
e) confundem-se com os agentes públicos por congregarem as funções que estes exercem,
sendo o todo do qual aqueles são a parte.

024. (FCC/TÉCNICO LEGISLATIVO/ALESE/APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2018) No


que concerne aos órgãos públicos, é correto afirmar:
a) A criação e extinção dos órgãos públicos independem de lei.
b) No desempenho das atividades inerentes a sua competência, os órgãos públicos atuam em
nome da pessoa jurídica de que fazem parte.
c) Os órgãos públicos têm personalidade jurídica própria.
d) A regra geral é a de que os órgãos públicos detêm capacidade processual.
e) Os órgãos públicos são unidades de atuação integrantes apenas da estrutura da Adminis-
tração direta, haja vista que as unidades de atuação integrantes da estrutura da Administração
indireta denominam-se entidades.

025. (FCC/ANALISTA MINISTERIAL/MPE PE/JURÍDICA/2018) Os órgãos públicos que inte-


gram a organização administrativa, na qualidade de “centros de competência para desempenho
de funções estatais”,
a) encontram-se presentes na estrutura descentralizada da Administração pública e configu-
ram polos de decisões emitidas por agentes públicos que se responsabilizam exclusiva e pes-
soalmente pelas consequências daquelas advindas.
b) são representados por agentes públicos, mas não se confundem com estes, pois as conse-
quências e conquistas são atribuídas àquelas unidades de competência e, em consequência,
às pessoas jurídicas que elas integram.
c) possuem personalidade jurídica própria, mas não dispõem de autonomia, já que dependem
de autorização do comando da pessoa jurídica que integram.
d) exercem os poderes inerentes à Administração pública, à exceção do poder de polícia, res-
trito à Administração Central, porque indelegável em qualquer de suas vertentes ou facetas.
e) são estruturas típicas de uma Administração pública que se organiza de forma desconcen-
trada, que constitui entes ou órgãos dotados de personalidade jurídica própria, para desempe-
nho de competências específicas e constantes da lei autorizativa de sua criação.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 41 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

026. (FCC/OFICIAL ESTADUAL DE TRÂNSITO/DETRAN SP/2019) A Administração pública de


determinado estado da federação está estruturada de forma descentralizada. Isso significa que
a) a Administração pública delegou integralmente suas competências e atribuições para os
entes que integram a Administração indireta.
b) foram constituídas pessoas jurídicas, integrantes da Administração indireta, às quais foram
conferidas atribuições originalmente de competência da Administração central.
c) foram criadas autarquias, fundações e empresas públicas, pessoas jurídicas dotadas de
personalidade jurídica própria e com natureza jurídica de direito público.
d) a Administração pública foi autorizada por lei ou decreto a criar, mediante lei específica, au-
tarquias, pessoas jurídicas de direito público que executam serviços públicos.
e) foi editada lei específica criando empresas públicas e sociedades de economia mista, que
podem prestar serviços públicos mas não integram a Administração indireta por possuírem
natureza jurídica de direito privado.

027. (FCC/CONSULTOR TÉCNICO/CM FORTALEZA/ADMINISTRATIVO/2019) Lei Municipal


autorizou o Prefeito a instituir, por escritura pública, uma Fundação Municipal, sendo que a enti-
dade adquirirá personalidade jurídica a partir da inscrição, no Registro competente, do seu ato
constitutivo, com o qual serão apresentados o Estatuto e o respectivo decreto de aprovação.
Neste caso, observou-se o fenômeno da
a) desconcentração, por meio da criação de uma entidade de direito público.
b) descentralização, por meio da criação de uma entidade de direito privado.
c) desconcentração, por meio da criação de uma entidade de direito privado.
d) descentralização, por meio da criação de uma entidade de direito público.
e) descentralização, por meio da criação de uma entidade de economia mista.

028. (FCC/AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL/SJRP/2019) A descentralização no


âmbito da Administração pública opera-se de várias formas, sendo um de seus exemplos a
a) delegação de serviços públicos a particulares, mediante permissão ou concessão, como
modalidade de descentralização por colaboração.
b) instituição, por lei, de empresas públicas sujeitas ao regime jurídico de direito privado, exclu-
sivamente em relação às obrigações fiscais.
c) instituição de autarquias, como expressão da especialização da atuação da Administração,
que podem possuir natureza pública ou privada, conforme previsto na lei instituidora.
d) criação de organizações sociais, instituídas mediante contrato de gestão, para atuarem
como delegatárias na prestação de serviços públicos ou atividades de interesse público.
e) criação de órgãos no âmbito da estrutura da Administração, com plexo de atribuições espe-
cíficas e dotados de autonomia funcional.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 42 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

029. (FCC/ANALISTA EM GESTÃO/DPE AM/2018) Considere que o Estado do Amazonas tenha


decidido criar, por lei específica, uma autarquia, atribuindo a ela o serviço público de transporte
intermunicipal. A situação narrada constitui exemplo de
a) delegação política, condicionada aos termos da autorização do Poder Legislativo, que, em
tal aspecto, se sobrepõe à vontade do Poder Executivo.
b) descentralização política, com transferência, nos termos da lei editada, do serviço público
antes titulado pelo Estado, dotando o novo ente de autonomia.
c) desconcentração administrativa, baseada no princípio da especialização, mantendo o ente
central a titularidade do serviço e transferindo ao novo ente apenas a sua execução.
d) descentralização administrativa, com transferência da titularidade do serviço ao novo ente,
dotado de auto-administração.
e) descentralização por colaboração, sendo os limites e condições para o exercício do serviço
delegado estabelecida em contrato de concessão firmado entre o Estado e a autarquia.

030. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRF 5ª REGIÃO/2017) A Administração pública desem-


penha suas atividades por meio dos diversos órgãos instituídos para essa finalidade, sendo
também forma de distribuição de competências a
a) desconcentração, que pressupõe a criação de pessoas jurídicas com competências pró-
prias, que passam a integrar a chamada Administração indireta.
b) descentralização, por meio da qual os órgãos administrativos se compõem, constituindo
pessoas jurídicas com personalidade jurídica de direito público, para que possam prestar, de
forma autônoma, as diversas atribuições estatais.
c) instituição de pessoas jurídicas, com personalidade jurídica de direito público, que com-
põem a chamada Administração indireta, tais como autarquias, sociedades de economia mis-
ta, consórcios públicos e fundações.
d) instituição de pessoas jurídicas de direito público, como autarquias, bem como de direito
público privado, como empresas públicas e sociedades de economia mista, como expressão
da descentralização.
e) nomeação de servidores e empregados para funções de confiança, em substituição aos
agentes públicos originalmente eleitos para as funções administrativas.

031. (FCC/ASSISTENTE LEGISLATIVO/ALAP/ATIVIDADE ADMINISTRATIVA E OPERACIO-


NAL/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2020) A amplitude da Administração pública considera
dois grupos de instituições, que são classificados em Administração direta e indireta. Considera-se
Administração Direta,
a) as Fundações públicas.
b) as Autarquias.
c) as Empresas públicas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 43 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) as Sociedades de Economia mista.


e) a Casa Civil.

032. (FCC/ANALISTA/TJ SC/ADMINISTRATIVO/2021) Sobre desconcentração e descentra-


lização administrativa, considere:
I – São conceitos distintos, embora possuam um ponto comum, qual seja, ambas pressupõem
pessoas jurídicas diversas: uma que originariamente tem a titulação sobre certa atividade e
outra à qual foi atribuído o desempenho da atividade.
II – A distribuição interna de competências decisórias, agrupadas em órgãos públicos, deno-
mina-se desconcentração.
III – A descentralização pressupõe, dentre outros requisitos, o reconhecimento de personalida-
de jurídica ao ente descentralizado.
IV – Os entes descentralizados não estão sujeitos a controle ou tutela, vez que possuem inde-
pendência e autonomia em sua atuação.
Está correto o que consta APENAS de
a) I e IV.
b) I e III.
c) I, II e III.
d) II e III.
e) II e IV.

033. (FCC/ANALISTA LEGISLATIVO/ALAP/ATIVIDADE LEGISLATIVA/ASSESSOR JURÍDI-


CO LEGISLATIVO/2020) A organização administrativa pode implicar desconcentração e des-
centralização. A criação de empresas estatais
a) indica a desconcentração da organização administrativa, que se caracteriza pela criação de
pessoas jurídicas com competências próprias.
b) é expressão da descentralização administrativa, que implica a criação de pessoas jurídicas
com atribuições previstas em lei e em seus atos constitutivos.
c) e de outras pessoas jurídicas com personalidade jurídica de direito público configura forma
híbrida de organização administrativa.
d) depende da edição de lei instituidora dos entes, da qual também deverão constar as com-
petências próprias atribuídas a essas pessoas jurídicas dotadas de personalidade jurídica de
direito privado ou de direito público.
e) difere da instituição de autarquias e fundações, pessoas jurídicas que expressam a descon-
centração da Administração pública.

034. (FCC/AUXILIAR LEGISLATIVO/ALAP/ATIVIDADE ADMINISTRATIVA E OPERACIO-


NAL/AUXILIAR DE TRANSPORTES/2020) A solicitação de expedição de passaporte para

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 44 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

quem desejar realizar viagem internacional deve ser feita perante o departamento compe-
tente, que é órgão da União Federal,
a) compondo a Administração Pública Indireta e possui personalidade jurídica própria.
b) compondo a Administração Pública Direta e possui personalidade jurídica própria.
c) compondo a Administração Pública Direta, não possuindo personalidade jurídica própria.
d) compondo a Administração Pública Indireta, não possuindo personalidade jurídica própria.
e) não compondo nem a Administração Direta nem a Indireta, tendo em vista a particularidade
do serviço público a ser prestado.

035. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 23ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2016) Determinada


autarquia do Estado do Mato Grosso foi condenada a pagar indenização a um de seus servido-
res. Após a condenação, utilizou-se do prazo em quádruplo para recorrer, e, na fase de execução
da condenação, alegou a impossibilidade de arcar com a indenização por não ter patrimônio
próprio. A propósito dos fatos,
a) incorreto o prazo recursal, que é em dobro para recorrer, bem como o fundamento do patri-
mônio, pois a autarquia tem patrimônio próprio.
b) correto tanto o prazo recursal, como o argumento relativo ao patrimônio.
c) correto o prazo recursal, mas incorreto o fundamento do patrimônio, pois a autarquia tem
patrimônio próprio.
d) incorreto o prazo recursal, que, na hipótese, é prazo simples, mas correto o fundamento do
patrimônio.
e) incorreto o prazo recursal, que, na hipótese, é em dobro, mas correto o fundamento do patrimônio.

036. (FCC/ANALISTA/COPERGÁS/ADMINISTRADOR/2016) A organização da Administra-


ção pública brasileira compreende a Administração direta, composta pelos órgãos integrantes
das pessoas jurídicas políticas (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), e a Administra-
ção indireta, na qual se incluem
a) autarquias, caracterizadas como serviço público descentralizado sob o regime privado.
b) empresas públicas, que somente podem prestar serviço público.
c) organizações sociais, criadas por lei para prestação de serviços de utilidade pública.
d) sociedades de economia mista, de natureza privada, cuja criação é autorizada por lei.
e) fundações, com capacidade administrativa e política.

037. (FCC/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/COPERGÁS/2016) Uma empresa pública federal pre-


tende constituir-se sob a forma de sociedade unipessoal. Outra empresa pública federal pretende
constituir-se sob a forma de empresa pública unipessoal. A propósito do tema, é correto afirmar que
a) ambas são admitidas no âmbito federal e, apesar de distintas, nenhuma delas apresenta
Assembleia Geral.
b) não se admite, no âmbito federal, a criação de empresas públicas com formas inéditas como
as citadas no enunciado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 45 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

c) as formas de empresa pública citadas no enunciado são as mesmas, isto é, tratam-se de


empresas públicas idênticas.
d) as formas de empresas citadas são admitidas no âmbito federal e a diferença entre elas é que
na empresa pública unipessoal existe a Assembleia Geral, enquanto na sociedade unipessoal não.
e) as formas de empresas citadas são admitidas no âmbito federal e a diferença entre elas é que
na sociedade unipessoal existe a Assembleia Geral, enquanto na empresa pública unipessoal não.

038. (FCC/PROCURADOR DO ESTADO DO MARANHÃO/2016) Uma empresa pública e uma


sociedade de economia mista, ambas dedicadas à atividade bancária e controladas pelo mes-
mo ente político, decidem, por seus órgãos deliberativos competentes, promover conjunta-
mente a criação de uma outra entidade, voltada a prestar serviços de tecnologia da informação
necessários à automação de suas respectivas atividades-fim. A previsão é de que tal entidade
contará com a participação de capital privado em sua composição acionária. Em vista de tais
características, é certo tratar-se de
a) consórcio público, na modalidade de direito privado, sendo que será constituído por contrato cuja
celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo de intenções pelas entidades partícipes.
b) sociedade em comandita por ações, sendo que as empresas estatais figurarão como sócios
comanditados e os eventuais acionistas privados serão os sócios comanditários.
c) agência executiva, visto que se trata de entidade com a finalidade específica de executar
tarefas de forma descentralizada.
d) sociedade subsidiária, sendo que sua criação depende de prévia autorização legislativa.
e) parceria público-privada, na modalidade de concessão administrativa, em que as empresas
que promoveram a criação da nova entidade serão usuárias dos serviços por ela prestados.

039. (FCC/AUDITOR FISCAL DA RECEITA MUNICIPAL/TERESINA/2016) Empresa pública


municipal dependente, sujeita a regime de direito privado, pretende contratar novos emprega-
dos, para ocuparem postos que não sejam em comissão.
Para tanto, é lícito que adote como providência contratar novos empregados,
a) mediante concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal superior ao subsídio
mensal do Prefeito.
b) sem concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal superior ao subsídio mensal
do Prefeito.
c) sem concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal jamais superior ao subsídio
mensal do Prefeito.
d) mediante concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal jamais superior ao sub-
sídio mensal do Prefeito, exceto se a empresa em questão for uma exploradora de atividade
econômica de comercialização de bens e serviços.
e) mediante concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal jamais superior ao subsí-
dio mensal do Prefeito.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 46 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

040. (FCC/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ MA/ADMINISTRAÇÃO TRIBU-


TÁRIA/2016) As autarquias devem ser criadas por
a) lei e com personalidade jurídica de direito público.
b) decreto pelo Ministério ou Secretaria ao qual estejam vinculadas e podem ter personalidade
jurídica de direito privado ou de direito público.
c) decreto quando tiverem personalidade jurídica de direito privado; e lei quando tiverem perso-
nalidade jurídica de direito público.
d) lei e sua personalidade jurídica pode ser definida via decreto.
e) lei e podem atuar no mercado financeiro, uma vez que podem ter personalidade jurídica de
direito privado.

041. (FCC/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ MA/ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁ-


RIA/2016) São exemplos de empresa pública e sociedade de economia mista, respectivamente:
a) Banco do Brasil S.A. e Caixa Econômica Federal.
b) Agência Nacional de Energia Elétrica e Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
c) Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Caixa Econômica Federal.
d) Companhia Nacional de Abastecimento e Banco do Brasil S.A.
e) Banco do Brasil S.A. e Companhia Nacional de Abastecimento.

042. (FCC/TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ MA/ARRECADAÇÃO E FISCALIZA-


ÇÃO DE MERCADORIAS EM TRÂNSITO/2016) São exemplos de autarquias:
a) Banco do Brasil S.A. e Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil.
b) Caixa Econômica Federal e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.
c) Petróleo Brasileiro S.A. e Instituto Nacional de Seguridade Social.
d) Casa da Moeda do Brasil e Serviço Federal de Processamento de Dados.
e) Instituto Nacional de Seguridade Social e Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

043. (FCC/PROCURADOR DO ESTADO DO MATO GROSSO/2016/VIII) O Estado X pretende


criar estrutura administrativa destinada a zelar pelo patrimônio ambiental estadual e atuar no
exercício de fiscalização de atividades potencialmente causadoras de dano ao meio ambiente.
Sabe-se que tal estrutura terá personalidade jurídica própria e será dirigida por um colegiado,
com mandato fixo, sendo que suas decisões de caráter técnico não estarão sujeitas à revisão
de mérito pelas autoridades da Administração Direta. Sabe-se também que os bens a ela per-
tencentes serão considerados bens públicos. Considerando-se as características acima men-
cionadas, pretende-se criar uma
a) agência reguladora, pessoa de direito público, cuja criação se dará diretamente por lei.
b) agência executiva, órgão diretamente vinculado ao Poder Executivo, cuja criação se dará
diretamente por lei.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 47 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

c) associação pública, pessoa de direito privado, cuja criação será autorizada por lei e se efeti-
vará com a inscrição de seus atos constitutivos no registro competente.
d) agência executiva, entidade autárquica de regime especial, estabelecido mediante assinatu-
ra de contrato de gestão.
e) fundação pública, pessoa de direito privado, cuja criação será autorizada por lei e se efetiva-
rá com a inscrição de seus atos constitutivos no registro competente.

044. (FCC/DEFENSOR PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/2016) O regime jurídico


constitucional e legal vigente aplicável às entidades da administração indireta dispõe que
a) a remuneração dos empregados das empresas estatais que se dediquem à atividade econô-
mica em sentido estrito não está sujeita ao teto remuneratório constitucional.
b) as associações públicas não são consideradas entidades da administração indireta, em
razão de seu regime especial.
c) aos dirigentes das agências executivas é assegurado o desempenho de mandato fixo, du-
rante o qual não podem ser exonerados, senão por motivo justo, apurado mediante processo
administrativo em que estejam assegurados a ampla defesa e o contraditório.
d) estão sujeitos ao regime jurídico único os servidores da administração pública direta, das
autarquias e fundações públicas.
e) os servidores das fundações criadas pelo Poder Público sempre se vinculam ao regime
geral de previdência social.

045. (FCC/AGENTE/ALMS/APOIO LEGISLATIVO/2016) Determinado ente federado preten-


de descentralizar serviço público de sua competência transferindo-o para pessoa jurídica de
direito público. Para tanto,
a) deverá criar por lei específica autarquia, que passará a integrar a Administração indireta do Estado.
b) poderá instituir autarquia ou empresa pública, ambas por lei autorizativa, devendo, no entan-
to, motivar sua decisão.
c) deverá instituir por lei autarquia, que passará integrar a Administração direta do Estado.
d) poderá instituir autarquia, empresa pública ou sociedade de economia mista, a primeira por
lei, as demais por atos próprios, após a edição de lei autorizativa da instituição.
e) deverá criar por lei geral autarquia, que passará a integrar a Administração indireta do Estado.

046. (FCC/AGENTE/ALMS/APOIO LEGISLATIVO/2016) O Estado, pela técnica da descentra-


lização, pode criar pessoas jurídicas com personalidade própria e distinta daquele, dentre as
quais figuram as autarquias e as sociedades de economia mista
a) que se sujeitam a regime jurídico de direito privado e contratam seu pessoal pela Consolidação da
Leis do Trabalho, não podendo admitir, mesmo que por concurso público, servidor público estatutário.
b) que, respectivamente, sujeitam-se a regime jurídico de direito público e regime jurídico de
direito privado, sendo o regime estatutário o aplicável aos empregados de ambas as entidades.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 48 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

c) criadas por lei específica sob o regime jurídico de direito privado, razão pela qual integram a
Administração pública indireta.
d) que não estão sujeitas a controle hierárquico do ente criador porque submetidas a regime
de direito privado.
e) que integram a Administração indireta do Estado, sendo a primeira sujeita a regime jurídico
de direto público e a segunda de direito privado, ambas não submetidas a controle hierárquico
do ente instituidor, mas tão somente finalístico.

047. (FCC/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/PGM TERESINA/ANALISTA ADMINISTRATI-


VO/2016) Pessoa jurídica de direito privado, constituída sob a forma da legislação brasileira,
com parte do capital pertencente a entes públicos, na condição de detentores do controle,
prestadora de serviço público, sujeita a regime licitatório para contratação das atividades meio,
descreve uma
a) sociedade de economia mista.
b) autarquia.
c) fundação.
d) empresa pública.
e) autarquia especial.

048. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE SP/ADMINISTRATIVA/2017) A Administração pú-


blica, quando se organiza de forma descentralizada, contempla a criação de pessoas jurídicas,
com competências próprias, que desempenham funções originariamente de atribuição da Ad-
ministração direta. Essas pessoas jurídicas,
a) quando constituídas sob a forma de autarquias, podem ter natureza jurídica de direito pú-
blico ou privado, podendo prestar serviços públicos com os mesmos poderes e prerrogativas
que a Administração direta.
b) podem ter natureza jurídica de direito privado ou público, mas não estão habilitadas a de-
sempenhar os poderes típicos da Administração direta.
c) desempenham todos os poderes atribuídos à Administração direta, à exceção do poder de
polícia, em qualquer de suas vertentes, privativo da Administração direta, por envolver limita-
ção de direitos individuais.
d) quando constituídas sob a forma de autarquias, possuem natureza jurídica de direito público, po-
dendo exercer poder de polícia na forma e limites que lhe tiverem sido atribuídos pela lei de criação.
e) terão natureza jurídica de direito privado quando se tratar de empresas estatais, mas seus bens
estão sujeitos a regime jurídico de direito público, o que também se aplica no que concerne aos
poderes da Administração, que desempenham integralmente, especialmente poder de polícia.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 49 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

049. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 24ª REGIÃO/APOIO ESPECIALIZADO/BIBLIOTE-


CONOMIA/2017) Com relação à Administração indireta, no que concerne às características
das autarquias, considere:
I – As autarquias só por lei podem ser criadas.
II – Apenas no caso de exaustão dos recursos da autarquia é que incidirá a responsabilidade
do Estado, que é subsidiária.
III – As autarquias não são subordinadas a órgão algum do Estado, mas apenas controladas.
IV – Os bens e rendas das autarquias, não apenas quando vinculados a suas finalidades essen-
ciais, mas em toda e qualquer circunstância, possuem imunidade tributária.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e IV.
b) III.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) I e III.

050. (FCC/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE/ARTESP/2017)


Considere as seguintes assertivas, concernentes ao conceito das autarquias:
I – Têm capacidade de autoadministração.
II – Integram a Administração indireta.
III – Dispõem de capacidade específica para a prestação de serviços públicos determinados.
IV – Podem ser criadas por ato administrativo.
Está correto o que consta APENAS em
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) II e IV.
d) I e IV.
e) II e III.

051. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE PR/JUDICIÁRIA/2017) Uma autarquia pode


a) contratar empregados celetistas sem concurso público para provimento de funções em
seus quadros, hipótese em que não gozarão de estabilidade e garantia de demissão precedida
de processo administrativo disciplinar.
b) alienar bens de sua propriedade, desde que de natureza comum, por meio de pregão, vedada
a modalidade eletrônica quando for necessária a prestação de garantia.
c) contratar bens e serviços por meio de regime jurídico de direito privado quando se tratar de
sua atividade fim e estiver sujeita a mercado concorrencial.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 50 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) ser titular e executar serviços públicos essenciais quando assim lhe for atribuído pela lei que
a criou e que disciplina sua atuação, inclusive para fins de disciplinar o exercício dos poderes
típicos da Administração pública.
e) participar do capital social ou ser acionista de empresas estatais da mesma esfera de go-
verno, independentemente do que preveja a lei que a criou, bem como de seu escopo de atua-
ção, tendo em vista que também integram a Administração indireta e, como tal, sujeitam-se ao
mesmo regime jurídico e finalidade mediata.

052. (FCC/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/PC AP/2017) Uma autarquia municipal criada para
prestação de serviços de abastecimento de água
a) deve obrigatoriamente ter sido instituída por lei e recebido a titularidade do serviço público
em questão, o que autoriza a celebração de contrato de concessão à iniciativa privada ou a
contratação de consórcio público para delegação da execução do referido serviço.
b) integra a estrutura da Administração pública indireta municipal e portanto não se submete
a todas as normas que regem a administração pública direta, sendo permitindo a flexibilização
do regime publicista para fins de viabilizar a aplicação do princípio da eficiência.
c) submete-se ao regime jurídico de direito privado caso venha a celebrar contrato de concessão
de serviço público com a Administração pública municipal, ficando suspensa, durante a vigência da
avença, a incidência das normas de direito público, a fim de preservar a igualdade na concorrência.
d) pode ser criada por decreto, mas a delegação da prestação do serviço público prescinde de
prévio ato normativo, podendo a autarquia celebrar licitação para contratação de concessão de
serviço público ou prestar o serviço diretamente.
e) possui personalidade jurídica de direito público, mas quando prestadora de serviço público,
seu regime jurídico equipara-se ao das empresas públicas e sociedades de economia mista.

053. (FCC/CONSULTOR LEGISLATIVO/CLDF/REGULAÇÃO ECONÔMICA/2018) Além das


previsões constitucionais específicas, as agências reguladoras foram criadas em atendimento
ao disposto no artigo 174 da Constituição Federal, competindo-lhes
a) formular políticas públicas setoriais, em substituição ao Poder Legislativo e ao Chefe do
Poder Executivo, razão pela qual detêm poder normativo, fundado no princípio da eficiência e
da discricionariedade técnica.
b) planejar, formular e implementar políticas de governo, estas que estão, como regra, subme-
tidas ao poder hierárquico do Poder Executivo, titular do serviço público setorial regulado, para
evitar o risco de captura pelos interesses dos agentes econômicos regulados.
c) o exercício do poder de polícia, do poder normativo e de fiscalização, em sua área de atua-
ção, dentre outros, nos termos das leis instituidoras.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 51 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) o exercício do poder normativo, de fiscalização e de sanção contratual, excluindo-se o poder


de polícia, este que é exercido pelo ente público titular do serviço público regulado.
e) o poder de outorga, ou seja, a decisão quanto à conveniência e oportunidade de conceder, nos
termos do artigo 175 da Constituição Federal, a prestação do serviço público à iniciativa privada.

054. (FCC/AGENTE PENITENCIÁRIO/IAPEN/2018) Pessoa jurídica que se submete a regime


jurídico de direito privado, que integra a Administração indireta e cujo escopo social é a pres-
tação de serviços públicos, estando os empregados submetidos ao regime celetista, pode ser
a) empresa pública, não se submetendo, contudo, à norma constitucional que estabelece a
responsabilidade civil do Estado.
b) empresa pública, que também deve observar a obrigatoriedade de prévia licitação para for-
malizar suas contratações, ainda que não para todas.
c) autarquia, cuja criação deve se dar por lei, considerando que a finalidade seja a prestação de
serviços públicos, ainda que se submeta a regime jurídico de direito privado.
d) sociedade de economia mista, cujos empregados, ainda que celetistas, gozam de estabi-
lidade e só podem ser demitidos mediante processo administrativo, em razão da finalidade
institucional indicada.
e) sociedade de economia mista, que também pode se submeter a regime jurídico de direito
público, caso a lei que autorizou sua criação assim tenha determinado expressamente.

055. (FCC/PROCURADOR DO ESTADO DO TOCANTINS/2018) O Governo do Estado preten-


de instituir uma entidade dedicada a prestar serviços relacionados ao turismo no Estado e
encaminha à Assembleia Legislativa o respectivo projeto de lei autorizativa. Sabe-se que tal
entidade terá capital social dividido em quotas. O Governo estadual criará uma
a) autarquia.
b) fundação de direito privado.
c) associação pública.
d) empresa pública.
e) sociedade de economia mista.

056. (FCC/ANALISTA EM GESTÃO/DPE AM/ADMINISTRAÇÃO/2018) As entidades inte-


grantes da Administração pública possuem diferentes características e contornos jurídicos,
muitos atrelados à própria finalidade por elas desempenhada e ao objeto cometido a cada
uma. Nesse sentido, as
a) fundações possuem necessariamente personalidade de direito público, não se submetendo
às regras do Código Civil.
b) autarquias podem ser constituídas com personalidade de direito público ou privado, a de-
pender da atividade desempenhada.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 52 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

c) sociedades de economia mista, mesmo quando atuam em regime de competição no merca-


do, integram a Administração indireta.
d) empresas públicas se submetem integralmente ao regime jurídico de direito público, seja na
atividade meio ou na atividade fim.
e) organizações sociais, quando vinculadas ao poder público mediante contrato de gestão
passam a integrar a Administração indireta.

057. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 6ª REGIÃO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDE-


RAL/2018) A criação de uma empresa estatal deve
a) observar a legislação civil e comercial aplicável à criação de empresas, exceto com relação ao
capital, que nos primeiros seis meses deve pertencer integralmente ao ente público que a criou.
b) ser precedida de autorização legislativa, o que a predicará com regime jurídico de direito
público, inclusive quanto a seus bens e obrigatoriedade de submissão a licitação para todos
os ajustes e contratos que celebrar.
c) ser autorizada em audiência pública a ser realizada para o setor econômico em que vai atuar,
de forma a serem colhidas eventuais impugnações quanto à concorrência desleal.
d) observar a legislação aplicável para instituição de empresas privadas, sem prejuízo de ter
sido previamente autorizada em lei, podendo ser prestadora de serviços públicos ou explora-
dora de atividade econômica.
e) ser feita por meio de lei, da qual constarão, como anexo, os atos constitutivos que deverão
ser levados a registro para regular funcionamento, e deverão prever o setor de atuação e o re-
gime jurídico de exploração da atividade.

058. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 6ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2018) Na hipótese de


a Administração pública estadual pretender descentralizar serviço de sua competência para
atribuí-lo a pessoa jurídica ainda inexistente, sujeita a regime jurídico administrativo e com
personalidade de direito público,
a) deve criar por lei específica autarquia, que passará a integrar a Administração pública indi-
reta estadual.
b) deve obter autorização legislativa para criar autarquia, que integrará a Administração pú-
blica direta.
c) pode criar autarquia ou empresa pública, a primeira instituída por lei e a segunda pelo regis-
tro de seus atos constitutivos, ambas integrantes da Administração pública indireta.
d) pode escolher entre criar autarquia, empresa pública ou sociedade de economia mista, to-
das por lei específica, a última por lei complementar e as três integrantes da Administração
pública indireta.
e) deve criar por lei específica autarquia, que passará a integrar a Administração pública direta
estadual juntamente com o ente instituidor.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 53 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

059. (FCC/AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO AGROPECUÁRIA/AGED MA/2018) Suponha que o


Estado do Maranhão pretenda criar uma entidade integrante da Administração pública indireta,
com personalidade jurídica própria, sujeita ao regime jurídico de direito público, para atuar no
setor do agronegócio. Para atingir tal escopo, poderá se valer da instituição de
a) um conselho consultivo.
b) uma empresa pública.
c) uma autarquia.
d) uma organização social.
e) uma sociedade de economia mista.

060. (FCC/TÉCNICO LEGISLATIVO/ALESE/APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2018)


Considere:
I – Desempenham serviço público descentralizado.
II – Sujeitam-se a controle administrativo exercido nos limites da lei.
III – Respondem diretamente pelos seus atos, ou seja, apenas no caso de exaustão de seus
recursos é que irromperá responsabilidade do Estado.
IV – Não detêm capacidade de autoadministração, haja vista que tal função é considerada
exclusiva do Estado.
No que concerne às características das autarquias, está correto o que consta em
a) I, II, III e IV.
b) I, II e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) III e IV, apenas.

061. (FCC/TÉCNICO LEGISLATIVO/ALESE/APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2018)


Considere: Y é empresa pública federal e Z é sociedade de economia mista, também de âmbito
federal. Levando em conta as características de tais entidades,
a) ambas poderão revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.
b) Y deve, obrigatoriamente, estar estruturada sob a forma de sociedade anônima.
c) ambas admitem a presença de pessoas da iniciativa privada em seu capital.
d) apenas a empresa Y apresenta a característica da vinculação aos fins definidos na lei instituidora.
e) o capital de Z poderá ser formado da conjugação de recursos oriundos das pessoas de
direito público ou de outras pessoas administrativas, de um lado, e de recursos da iniciativa
privada, de outro.

062. (FCC/TÉCNICO LEGISLATIVO/ALESE/TAQUIGRAFIA/2018) Integram a Administração


pública indireta, dentre outros, as empresas públicas e sociedades de economia mista que

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 54 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

a) são criadas por lei, sob regime de direito privado, para explorar atividade econômica de pro-
dução ou comercialização de bens, não para exploração de serviços públicos, pois estes exigem
regime jurídico administrativo.
b) têm a criação autorizada por lei específica, personalidade jurídica de direito privado, poden-
do ambas explorar atividade econômica ou prestar serviços públicos.
c) têm a criação autorizada por lei, sendo a empresa pública instituída para exploração de
serviços públicos e a sociedade de economia mista para exploração de atividade econômica.
d) são criadas por lei, sob o regime de direito administrativo, pois ambas podem prestar servi-
ço público em regime de exclusividade ou não.
e) são criadas por seus estatutos jurídicos, independentemente de lei autorizativa, para explo-
rar atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou prestação de serviços,
ainda que o exercício econômico esteja sujeito ao regime de monopólio da União.

063. (FCC/ANALISTA EXECUTIVO/SEGEP MA/ADMINISTRADOR/2018) O conceito de Ad-


ministração indireta, tal como utilizado na Constituição Federal, que, conforme esclarece a
conceituada administrativista Maria Sylvia Zanella di Pietro, é usado “no mesmo sentido subje-
tivo do Decreto-Lei n. 200/1967”, compreende:
a) as entidades controladas direta ou indiretamente pelo poder público, que atuem em regime
de competição no mercado, sujeitas, portanto, ao direito privado, assim entendidas apenas as
sociedades de economia mista.
b) apenas as pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei com as mesmas prerrogativas
e sujeições da dita Administração direta, assim entendidas as autarquias e fundações.
c) as pessoas jurídicas criadas ou autorizadas por lei, exclusivamente para a prestação de
serviços públicos, assim entendidas as empresas públicas, sociedades de economia mista e
concessionárias de serviços públicos.
d) as pessoas jurídicas de direito privado, cuja criação seja autorizada por lei, que tenham como
objeto a atuação no domínio econômico, assim entendidas as autarquias e empresas públicas.
e) pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei, como as autarquias, e também as de
direito privado que desempenham serviço público ou atividade econômica, incluindo as empre-
sas públicas e sociedades de economia mista.

064. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 15ª REGIÃO/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA


AVALIADOR FEDERAL/2018) As pessoas jurídicas que integram a Administração indireta, in-
dependentemente de sua natureza jurídica, submetem-se aos princípios que regem a Adminis-
tração pública. No que se refere à relação com a Administração direta,
a) os entes que integram a Administração indireta possuem personalidade jurídica própria e são
dotados de autogestão e autoadministração, não obstante possa haver dependência financeira.
b) os atos editados pelas pessoas jurídicas de direito público que integram a Administração in-
direta sujeitam-se à anulação ou revogação pela Administração Central, de ofício ou a pedido,
como expressão do poder de tutela.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 55 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

c) as empresas estatais submetidas ao regime jurídico de direito privado não se sujeitam ao


poder de tutela da Administração central, sendo independentes administrativa, orçamentária e
financeiramente.
d) as organizações sociais e as organizações da sociedade civil de interesse público, quando
integrantes da Administração indireta, submetem-se ao poder de tutela da Administração cen-
tral e, portanto, ao controle finalístico exercido pela mesma, possibilitando o desfazimento de
atos que violem a legalidade.
e) as autarquias, como pessoas jurídicas de direito público, admitem a revisão de seus atos di-
retamente pela Administração central, desde que seja constatado vício de legalidade ou desvio
de finalidade, como decorrência lógica do poder de tutela.

065. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 15ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2018) A constitui-


ção de uma pessoa jurídica para integrar a Administração indireta depende
a) de autorização legislativa para instituição, no caso das sociedades de economia mista, cujo
regime jurídico típico de direito privado não afasta a necessidade de se submeter a determina-
das regras e princípios aplicáveis às pessoas jurídicas de direito público.
b) de lei para criação do ente, quando se tratar de empresas estatais de natureza jurídica típica
de direito privado, independente do objeto social, não se lhes aplicando o regime jurídico de
direito público.
c) de lei autorizativa, no caso das autarquias, seguida de afetação de patrimônio e arquivamen-
to de atos constitutivos segundo a legislação civil vigente.
d) do arquivamento dos atos constitutivos no caso das autarquias, seguido de edição de De-
creto homologatório pelo Chefe do Executivo.
e) de lei autorizativa para criação de qualquer ente, independentemente da natureza jurídica,
fazendo constar como anexo do ato normativo os atos constitutivos da pessoa jurídica.

066. (FCC/AUDITOR PÚBLICO EXTERNO/TCE-RS/ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA OU DE EM-


PRESAS/2018) Dentre as prerrogativas ou deveres passíveis de serem atribuídos às autarquias,
a) inclui-se a impenhorabilidade de seus bens, que exige expressa previsão na lei que institui o ente.
b) inclui-se a submissão a regime jurídico de direito público decorrente da finalidade de pres-
tação de serviços públicos, o que não ocorre quando o escopo do ente for exploração de ativi-
dade econômica.
c) incluem-se a execução de serviços públicos, bem como a delegação da titularidade dos
mesmos às pessoas jurídicas daquela natureza, que demandam previsão na lei específica que
cria referidos entes.
d) não se incluem as prerrogativas inerentes à Administração central para alteração unilateral
de contratos administrativos.
e) não se inclui o regime de execução próprio da Fazenda Pública, que prevê o pagamento de
débitos judiciais por precatórios.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 56 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

067. (FCC/ANALISTA TÉCNICO/SP PARCERIAS/2018) Um empregado público de uma em-


presa estatal do setor de energia apresentou requerimento dirigido ao Ministério ao qual está
administrativamente vinculada aquela pessoa jurídica, pleiteando que fosse estendida adminis-
trativamente à sua categoria uma gratificação recentemente concedida aos ocupantes de cargo
efetivo naquele órgão e sujeitos ao regime da Lei n0 8.112/1990. O Ministro indeferiu o pedido,
a) não tendo referida decisão natureza de ato administrativo, considerando que se trata de in-
deferimento dirigido a empregado público, cujo vínculo funcional com o ente da Administração
indireta é de natureza privada.
b) não cabendo recurso administrativo contra referida decisão, considerando que o empregado
não integra a estrutura hierárquica da secretaria e que o autor da decisão é a mais alta autori-
dade do órgão.
c) o que não possui fundamento jurídico, considerando que a distinção de regimes funcionais
entre cargos e empregos públicos não impede a extensão administrativa de vantagens e grati-
ficações reciprocamente entre seus ocupantes.
d) sob o fundamento de que a vantagem fora estrita e regularmente concedida aos ocupantes
de cargo efetivo, de acordo com o regime estatutário a que se submetem, cabendo às empresas
estatais a emissão de suas decisões e deliberações, observadas as competências estabelecidas
em seus atos constitutivos, que devem ser aderentes à lei que autorizou a criação das mesmas.
e) sendo indispensável a motivação do ato, por se tratar de ato discricionário, o que impedirá o
questionamento judicial de qualquer de seus elementos ou atributos.

068. (FCC/TÉCNICO MINISTERIAL/MPE PE/ADMINISTRATIVA/2018) Uma sociedade de


economia mista prestadora de serviços públicos de abastecimento de água à população
a) integra a Administração pública indireta, submetendo-se a regime jurídico de direito privado
em suas relações, sejam elas contratuais ou funcionais, o que impede a submissão das mes-
mas a normas e princípios típicos da Administração direta.
b) não se submete à necessidade de realização de licitações para contratação de serviços e outros
objetos pertinentes à sua gestão operacional, pois se trata de pessoa jurídica de direito privado.
c) responde civilmente pelos danos causados por seus servidores no exercício de suas funções,
sob a modalidade subjetiva, para evitar concorrência desleal e ofensa ao princípio da isonomia.
d) tem regime de bens integralmente aderente ao regime jurídico de direito público, para tutela
do seu escopo de atividades, sendo necessária lei formal para autorizar a alienação de qual-
quer de seus bens.
e) submete-se à responsabilidade extracontratual nos mesmos moldes da Administração di-
reta, em razão do seu escopo de atuação, respondendo objetivamente pelos danos causados
por seus agentes no exercício de suas atividades.

069. (FCC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/SEAD AP/2018) Uma empresa municipal prestadora


de serviço de saneamento básico

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 57 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

a) pode contratar servidores por meio de concurso público para provimento de cargo efetivo,
tendo em vista que foi criada para prestação de serviços públicos.
b) depende de lei para ser instituída, instrumento que deverá disciplinar seu escopo de atuação
e o regime jurídico a que se submeterá, assim como seus bens.
c) presta serviços públicos por delegação do poder concedente, sendo obrigatório que com
este celebre contrato de concessão, no qual será disciplinada a forma de remuneração.
d) deve ter sua criação precedida de autorização legislativa, podendo se remunerar pelos ser-
viços públicos prestados mediante cobrança de tarifa diretamente dos usuários.
e) não se submete a regime jurídico de direito público, porque constituída sob a forma de em-
presa e, se independente, não fica obrigada ao regime licitatório para celebração de contratos
e à realização de concurso público para contratação de pessoal.

070. (FCC/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/SEAD AP/2018) As sociedades de economia


mista exploradoras de atividade econômica
a) editam atos administrativos e celebram contratos administrativos, independentemente de sua
área de atuação, pois se submetem a regime jurídico de direito público, ainda que se trate de pes-
soas jurídicas de direito privado, na medida em que integram a Administração pública indireta.
b) submetem-se a regime jurídico integralmente de direito privado, não lhes sendo exigida a
submissão a normas e princípios de direito público, sob pena de inviabilizar sua participação
em igualdade de competição no mercado.
c) devem ter previsão em seus estatutos sobre o regime jurídico a que se sujeitam, público
ou privado, o que as predicará para participação no mercado em igualdade de competição ou
observância das normas de direito público, tal como obrigatoriedade de submissão à licitação.
d) são formas de participação do Estado em atividades econômicas, submetendo-se a algu-
mas normas de direito público, em razão da participação pública na composição do capital,
embora sujeitas a regime jurídico típico das empresas privadas.
e) atuam em regular competição no mercado, tal qual as sociedades de economia mista pres-
tadoras de serviços públicos, e sob regime estritamente privado, a fim de que sua existência
não configure ofensa à livre competição.

071. (FCC/ASSISTENTE TÉCNICO FAZENDÁRIO/MANAUS/2019) A organização adminis-


trativa descentralizada tem como característica inerente ao modelo
a) o estabelecimento de estruturas hierarquizadas nas diversas pessoas jurídicas que com-
põem a Administração indireta, com servidores com vínculo funcional estatutário, porque
representantes de atividades estatais.
b) a criação de pessoas jurídicas integrantes da Administração indireta, variados os regimes
jurídicos a que se sujeitam, mas comum entre elas a obrigatoriedade de submissão a concurso
público para contratação de empregados públicos.
c) a competência para edição de atos administrativos discricionários e vinculados, vedada a
delegação de poder normativo, privativo da Administração central.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 58 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) os poderes disciplinar e hierárquico, que projetam efeitos sobre os servidores estatutários e


celetistas que integram seus quadros, bem como sobre terceiros contratados para prestação
de serviços de quaisquer naturezas.
e) o enquadramento, para fins de caracterização de sujeito ativo de ato de improbidade, dos servi-
dores e administradores integrantes das diversas pessoas jurídicas que integram, à exceção daque-
las sujeitas a regime jurídico de direito privado, como preservação da igualdade de concorrência.

072. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF 4ª REGIÃO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDE-


RAL/2019) Determinado Município pretende descentralizar o serviço público de limpeza urbana
e de manejo de resíduos sólidos. Em vista das alternativas disponíveis, caso opte por constituir
a) uma autarquia, não será necessário promover o registro do ato constitutivo, pois a natureza
de direito público desta entidade dispensa tal providência.
b) uma empresa pública, não será necessária autorização legislativa, pois a criação de tais
entidades decorre do poder regulamentar autônomo atribuído aos Chefes do Poder Executivo.
c) um consórcio público, deverá publicar chamamento de projetos, para que outras entidades
interessadas venham a manifestar o interesse em se associar.
d) uma fundação pública, não será necessária autorização legislativa, pois a criação de tais
entidades decorre do poder regulamentar autônomo atribuído aos Chefes do Poder Executivo.
e) uma sociedade de economia mista, deverá obrigatoriamente dotá-la da forma de sociedade
de responsabilidade limitada, de modo a preservar a incolumidade do patrimônio público.

073. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TJ MA/APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2019) Dife-


rem as autarquias das empresas estatais, por exemplo, quanto
a) ao regime de execução de seus débitos, pois somente as empresas públicas sujeitam-se ao
regime de precatórios.
b) à forma de composição do capital social, pois as autarquias pertencem integralmente ao
mesmo ente público.
c) à forma de sua criação, pois as autarquias são criadas por lei, enquanto as empresas esta-
tais têm sua instituição autorizada por lei.
d) ao regime jurídico de seus bens, considerando que somente o patrimônio das sociedades de
economia mista está sujeito ao regime jurídico de direito público.
e) ao critério de contratação de seus empregados, pois somente as autarquias estão obriga-
das à regra do concurso público.

074. (FCC/AGENTE ADMINISTRATIVO/CM FORTALEZA/2019) O Estado X pretende criar


uma entidade da Administração Indireta, para desempenho de funções tipicamente estatais.
Sabe-se que a existência legal da referida entidade não depende de inscrição de seus atos
constitutivos no registro civil de pessoas jurídicas ou na junta comercial. Diante de tais carac-
terísticas, tal entidade é uma

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 59 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

a) empresa pública.
b) autarquia.
c) sociedade de economia mista.
d) fundação de direito privado.
e) empresa privada paraestatal.

075. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRF 3ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2019) Para maior es-


pecialização na execução de atividades de sua competência, os entes políticos podem promo-
ver a criação de entidades descentralizadas, que comporão a chamada Administração Indireta.
No tocante à Administração Indireta,
a) a empresa pública é entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patri-
mônio próprio e capital exclusivamente estatal, devendo revestir-se obrigatoriamente da forma
de sociedade anônima.
b) as entidades da Administração Indireta que sejam dotadas de personalidade jurídica de di-
reito privado, em vista da maior flexibilidade do seu regime jurídico, são dispensadas de fazer
licitação para realizar suas contratações.
c) somente por lei federal poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, seja qual for o ente político envolvido.
d) a empresa pública, a sociedade de economia mista e as respectivas subsidiárias, que explo-
rem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de servi-
ços, estão sujeitas a regime de licitação e contratação pública idêntico ao aplicável aos órgãos
da Administração Direta e às entidades de direito público, como as autarquias.
e) a vedação constitucional à acumulação de cargos, empregos e funções públicas abrange
também as autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas
subsidiárias e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.

076. (FCC/ANALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA/SPPREV/2019) As autarquias são pes-


soas jurídicas integrantes da Administração pública indireta, que podem ter receitas próprias e
receber recursos orçamentários e financeiros do erário público. No caso de uma autarquia auferir
receitas próprias em montante suficiente para suportar todas as despesas e investimentos do ente,
a) fica excepcionada a aplicação do regime jurídico de direito público durante o período em que
perdurar a condição de pessoa jurídica não dependente.
b) poderá realizar contratações efetivas sem a necessidade de prévio concurso público, diante da
não incidência da regra para os entes da Administração pública indireta que não sejam dependentes.
c) permanece sujeita aos princípios e regras que regem a Administração pública, tais como a im-
penhorabilidade de seus bens, exigência de autorização legislativa para alienação de bens imóveis
e realização de concurso público para admissão de servidores, com exceção de comissionados.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 60 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) permanecerá obrigada à regra geral de licitação para firmar contratos administrativos, com
exceção das hipóteses de alienação de bens imóveis, porque geram receita como resultado.
e) ficará equiparada, em direitos e obrigações, às empresas estatais não dependentes, que
podem adquirir bens e serviços sem prévia realização de licitação, mas têm patrimônio sujeito
à penhorabilidade e prescritibilidade.

077. (FCC/TÉCNICO EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA/SPPREV/2019) As empresas estatais


criadas pelos entes federados
a) dependem de prévia autorização legislativa para definição de seu escopo de atuação e regi-
me jurídico aplicável, público ou privado.
b) podem ter personalidade jurídica de direito público ou privado, característica que não inter-
fere na impenhorabilidade do patrimônio das mesmas.
c) sujeitam-se ao princípio da obrigatoriedade de licitação, à semelhança das autarquias e sob
o mesmo regime legal, aplicável a todos os entes que integram a Administração indireta.
d) são regidas pelo direito privado, porque constituídas na forma prevista na legislação civil,
não se sujeitando a controle externo dos Tribunais de Contas.
e) são sujeitas ao regime jurídico típico das empresas privadas, o que não afasta a possibilidade
de controle finalístico de seus atos pela Administração direta e de controle pelas Cortes de Contas.

078. (FCC/ANALISTA/TJ SC/ADMINISTRATIVO/2021) No que concerne ao tema da Admi-


nistração Pública Direta e Indireta,
a) a empresa pública, entidade integrante da Administração Indireta, poderá organizar-se sob
qualquer das formas admitidas em direito.
b) compõem a Administração Indireta somente pessoas jurídicas de direito público, sob pena
de desvirtuar o conceito do instituto e admitir que entidades privadas, prestadoras de atividade
econômica, façam parte de tal conceito.
c) quando o Estado executa tarefas por meio de seus órgãos internos, está diante da Adminis-
tração Direta estatal no desempenho de atividade descentralizada.
d) a autarquia, entidade integrante da Administração Indireta, tem as mesmas prerrogativas e
sujeições da Administração Direta, inclusive capacidade política.
e) o princípio da reserva legal só se aplica às autarquias; assim, a sociedade de economia mis-
ta, por exemplo, não necessita de lei autorizando sua instituição.

079. (FCC/ASSISTENTE LEGISLATIVO/ALAP/ATIVIDADE LEGISLATIVA/ASSISTENTE LE-


GISLATIVO/2020) As entidades da Administração pública são classificadas em dois grupos:
as que possuem personalidade de direito público e aquelas que possuem personalidade de
direito privado. Dentre as que possuem personalidade de direito público estão as
a) empresas públicas.
b) agências reguladoras.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 61 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

c) fundações constituídas nos termos do art. 62 do Código Civil.


d) subsidiárias estatais.
e) sociedades de economia mista.

080. (CONSULPLAN/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE RJ/ADMINISTRATIVA/2017) Quanto aos


órgãos públicos, é INCORRETO afirmar que:
a) Têm personalidade jurídica e vontade própria.
b) Tribunais Judiciários e Juízes Singulares, Ministério Público são órgãos independentes.
c) São centros de competências instituídos para o desempenho de funções estatais, através
de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem.
d) Cada órgão, como centro de competência governamental ou administrativa, tem necessa-
riamente funções, cargos e agentes, mas é distinto desses elementos, que podem ser modifi-
cados, substituídos ou retirados sem supressão da unidade orgânica.

081. (CONSULPLAN/AUDITOR/PREF SABARÁ/2017) Assinale a alternativa cujo conceito


apresentado NÃO pode ser diretamente associado aos órgãos públicos.
a) Hierarquia.
b) Subordinação.
c) Competências.
d) Personalidade jurídica.

082. (CONSULPLAN/ADMINISTRADOR/CASCAVEL/2014) Em razão do grande número de


atribuições conferidas ao ente federativo, titular e executor da atividade administrativa, é pre-
ciso uma distribuição e organização interna destas competências. Sobre os órgãos públicos,
é correto afirmar que
a) possuem personalidade jurídica e respondem interna e externamente por todos os atos praticados.
b) não têm personalidade jurídica própria, sendo seus atos imputados à pessoa jurídica a que
se encontra vinculada.
c) não têm um vínculo de hierarquia em relação à pessoa jurídica vinculada, há, na verdade,
apenas um controle finalístico das atividades do órgão.
d) têm como principal exemplo a autarquia, que é um órgão vinculado às atividades mais im-
portantes do ente federativo a que se encontra vinculado.
e) são entes com capacidades e atribuições próprias do Estado, que exercem uma função pública
relevante, sem a existência de hierarquia em relação à pessoa jurídica que se encontra vinculada.

083. (CONSULPLAN/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE RS/ADMINISTRATIVA/2008) Com rela-


ção aos órgãos públicos assinale a alternativa correta:
a) Podem existir tanto na Administração Pública direta, quanto na indireta.
b) São dotados de personalidade jurídica.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 62 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

c) Quanto à estrutura podem ser singulares ou colegiados.


d) Quanto à atuação funcional podem ser simples ou compostos.
e) Podem celebrar contratos e fazer licitação.

084. (CONSULPLAN/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRF 2ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/TELECO-


MUNICAÇÕES E ELETRICIDADE/2017) A Sociedade de Economia Mista federal XYZ cria em-
presa subsidiária para exploração de atividade econômica. Com relação ao regime jurídico a
ser aplicado à empresa subsidiária, assinale a alternativa correta.
a) As subsidiárias não integram a estrutura da Administração Pública, não se submetendo às
regras de licitação.
b) A criação da subsidiária depende de autorização legislativa do Ente Federativo que criou a
sociedade de economia mista.
c) A proibição de acumulação de cargos e empregos públicos não se estende aos ocupantes
de cargos e empregos nas subsidiárias.
d) O teto remuneratório constitucional não se aplica aos ocupantes de cargos e empregos das
subsidiárias, ainda que dependentes.

085. (CONSULPLAN/NOTÁRIO E REGISTRADOR/TJ MG/PROVIMENTO/2016) Em relação à


organização dos entes da Administração Pública, é INCORRETO afirmar:
a) Autonomia é a faculdade que alguns entes possuem de se organizarem juridicamente, de
criarem direito próprio, assim reconhecidos pelo Estado e por ele adotados para fazerem parte
de seu sistema jurídico.
b) Diferentemente do que ocorre na desconcentração administrativa, na descentralização ine-
xiste qualquer forma de hierarquia.
c) Tutela administrativa é a condição vinculante entre o ente público criador e o autárquico.
d) Há relação de subordinação entre a autarquia e a pessoa jurídica que a instituiu.

086. (CONSULPLAN/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE MG/ADMINISTRATIVA/2013) Em determi-


nado município, o Prefeito verifica que o sistema de coleta de lixo, a cargo da Administração Públi-
ca Direta, está se mostrando ineficiente. Para solucionar o problema, edita medida provisória crian-
do empresa pública específica para esse fim, de modo a realizar o serviço de forma mais eficiente,
a qual admitirá pessoal através de concurso público. Sobre o caso, é correto afirmar que a situação
a) é irregular, uma vez que o município somente pode criar empresas públicas após autoriza-
ção de lei estadual de iniciativa do chefe do Poder Executivo.
b) é irregular, uma vez que as empresas públicas, não obstante sujeitarem-se ao regime jurídi-
co próprio das empresas privadas, devem ter sua criação previamente autorizada por lei.
c) está incorreta, já que não há necessidade de admissão de pessoal por meio de concurso
público, tendo em vista que as empresas públicas se submetem à mesma disciplina jurídica
das empresas privadas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 63 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) é irregular, uma vez que a empresa pública municipal não poderia ser criada para prestação
de serviço público, mas tão somente para prestação de atividade econômica, respeitando o
princípio da subsidiariedade.
e) está incorreta, uma vez que o serviço público em questão deveria ser realizado pela Admi-
nistração Direta ou autarquia criada para este fim, pessoas jurídicas de direito público, uma vez
que trata-se de atividade típica de Estado.

087. (CONSULPLAN/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE MG/ADMINISTRATIVA/2013) Acerca da


organização da Administração Pública estruturada na Constituição da República de 1988, é
correto afirmar que
a) na organização administrativa brasileira, há uma divisão vertical e hierárquica entre os entes
federal, distrital, estadual e municipal.
b) não obstante ter o chefe do Poder Executivo a direção superior da Administração Pública,
somente lei específica pode criar autarquias.
c) dentro do sistema federativo criado pela Constituição da República de 1988, União, Estados,
Distrito Federal e Municípios são entes dotados de soberania.
d) dentro da capacidade de autogoverno, o chefe do Poder Executivo de cada ente pode decidir
pela descentralização do poder, através da criação de órgãos públicos.
e) os órgãos públicos, criados como mecanismo de desconcentração administrativa, possuem
personalidade jurídica própria, apesar de subordinar-se à Administração central.

088. (CONSULPLAN/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TSE/ADMINISTRATIVA/2012) Considerando


as características das entidades de administração direta e indireta, assinale a única alternativa
associada a uma autarquia.
a) Possuir personalidade jurídica de direito privado.
b) Ser um órgão de administração direta.
c) Ser capaz de bastar-se por si mesma.
d) Ter flexibilidade de administração de pessoal (quadro próprio).

089. (CONSULPLAN/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE RJ/ADMINISTRATIVA/2017) Com base no


disposto no Decreto-Lei n. 200/67, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

 (  ) A execução das atividades da Administração Federal deverá ser amplamente descen-
tralizada. Na referida descentralização, dentro dos quadros da Administração Federal,
não poderão ser feitas quaisquer distinções entre nível de direção e nível de execução.
 (  ) Os serviços que compõem a estrutura central de direção, em cada órgão da Adminis-
tração Federal, não poderão se eximir das rotinas de execução e das tarefas de mera
formalização de atos administrativos, sob pena de prejudicar as atividades de planeja-
mento, de supervisão, de coordenação e de controle.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 64 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

(  ) A Administração casuística compete, em princípio, ao nível de direção.


(  ) Os órgãos federais responsáveis pelos programas conservarão a autoridade normativa,
mas deverão descentralizar o controle e a fiscalização, que são dispensáveis no caso
da execução de programas locais.
(  ) Com o objetivo de impedir o crescimento desmesurado da máquina administrativa e
melhor desincumbir-se das tarefas de planejamento, coordenação, supervisão e contro-
le, a Administração obrigar-se-á à realização material de tarefas executivas, recorrendo,
sempre que possível, à execução direta, desde que exista, na área, iniciativa privada
suficientemente desenvolvida e capacitada a desempenhar os encargos de execução.

A sequência está correta em


a) F, V, V, F, V.
b) F, F, F, F, F.
c) V, V, V, V, V.
d) V, F, F, V, F.

090. (CONSULPLAN/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE RJ/ADMINISTRATIVA/2017) Estudar ad-


ministração direta e indireta significa tratar da centralização e descentralização, da concen-
tração e desconcentração. Acerca desses temas, analise as afirmativas a seguir e assinale a
alternativa correta.
a) São formas de desconcentração, a criação de Autarquias, Empresas Públicas e Sociedades
de Economia Mista.
b) A descentralização ocorre dentro da estrutura de uma mesma pessoa jurídica. É o que ocor-
re com a Administração Direta da União, tratada no Art. 4º, I, do Decreto-Lei n. 200/67. A rela-
ção aqui existente é hierárquica ou de subordinação.
c) Quando uma pessoa jurídica de direito público divide as funções de sua competência entre
os seus órgãos, componentes de sua estrutura, dá-se o fenômeno da desconcentração. É o
que ocorre com a Administração Direta da União, tratada no Art. 4º, I, do Decreto-Lei n. 200/67.
A relação aqui existente entre os diversos órgãos é hierárquica ou de subordinação.
d) Na descentralização, a relação é hierárquica, de subordinação. É o que ocorre com a Administra-
ção Indireta da União tratada no Art. 4º, II, do Decreto-Lei n. 200/67. Nela, funções de uma pessoa
jurídica de direito público são atribuídas a outras pessoas jurídicas. A pessoa jurídica outorgante
ou delegatária de competência mantém posição hierarquicamente superior à outorgada/delegada.

091. (CONSULPLAN/ADMINISTRADOR/PREF SABARÁ/2017) Assinale a alternativa cujo


conceito apresentado NÃO pode ser diretamente associado ao fenômeno da descentralização.
a) Criação de órgãos públicos.
b) Controle finalístico ou tutela.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 65 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

c) Delegação de serviços ao particular.


d) Criação de entidades administrativas.

092. (CONSULPLAN/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/CM CARATINGA/2015) Conforme Hely


Lopes Meirelles apud Silva (2013: 2), a administração se trata do “conjunto de órgãos institu-
ídos para a consecução dos objetivos do Governo”. Dessa forma, a Administração Pública é,
ao mesmo tempo, a titular e a executora do serviço público, sendo dividida em Administração
Direta e Indireta. A Administração Centralizada se refere a
a) sociedades de economia mista.
b) empresas públicas e sociedades de economia mista.
c) conjunto dos órgãos integrados na estrutura administrativa dos entes da federação, a União,
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
d) conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à respectiva Administração Direta, têm
o objetivo de desempenhar atividades administrativas de forma descentralizada.

093. (CONSULPLAN/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TSE/ADMINISTRATIVA/2012) Sobre a descon-


centração, analise.
I – Significa repartição de funções entre vários órgãos de uma mesma administração.
II – Significa uma quebra de hierarquia entre os órgãos despersonalizados.
III – Na desconcentração, a execução de atividades pelo Estado é direta e imediata.
Assinale
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
d) se todas as afirmativas estiverem corretas.

094. (CONSULPLAN/ALMOXARIFE/CM NOVA FRIBURGO/2017) Sobre a Organização da


Administração Pública e a Administração Direta e Indireta, analise as afirmativas a seguir.
I – Descentralização administrativa e desconcentração administrativa possuem conceitos distintos.
II – Somente por lei específica poderá ser criada a autarquia.
III – Os órgãos públicos integram a estrutura do Estado e não possuem personalidade ju-
rídica própria.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 66 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

GABARITO
1. e 37. e 73. c
2. b 38. d 74. b
3. c 39. e 75. e
4. b 40. a 76. c
5. b 41. d 77. e
6. d 42. e 78. a
7. b 43. a 79. b
8. d 44. d 80. a
9. a 45. a 81. d
10. d 46. e 82. b
11. e 47. a 83. a
12. c 48. d 84. b
13. c 49. d 85. d
14. c 50. a 86. b
15. e 51. d 87. b
16. b 52. a 88. d
17. c 53. c 89. b
18. c 54. b 90. c
19. c 55. d 91. a
20. b 56. c 92. c
21. e 57. d 93. b
22. c 58. a 94. d
23. b 59. c
24. b 60. d
25. b 61. e
26. b 62. b
27. b 63. e
28. a 64. a
29. d 65. a
30. d 66. c
31. e 67. d
32. d 68. e
33. b 69. d
34. c 70. d
35. a 71. b
36. d 72. a

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 67 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

GABARITO COMENTADO
001. (FCC/CONSULTOR LEGISLATIVO/ALPB/2013) Os órgãos públicos, quanto à posição esta-
tal, classificam-se em independentes, autônomos, superiores e subalternos. Desta feita, as Secre-
tarias de Estado e as Casas Legislativas são classificadas, respectivamente, em órgãos públicos:
a) superiores e superiores.
b) independentes e autônomos.
c) independentes e superiores.
d) superiores e autônomos.
e) autônomos e independentes.

Autônomos são órgãos localizados no ápice da Administração, contudo, subordinados direta-


mente aos independentes, com plena autonomia financeira, técnica e administrativa. São exem-
plos os Ministérios (e as Secretarias estaduais e municipais – letra E) e Advocacia Geral da União.
Independentes ou primários são os órgãos que decorrem diretamente da Constituição, sem
que tenham subordinação hierárquica a qualquer outro. São os responsáveis por traçarem o
destino da nação ou, de certa forma, contribuírem para tanto. São exemplos a Chefia do Execu-
tivo (Presidente, Governador e Prefeito); Casas Legislativas (letra E); Tribunais (inclusive o de
Contas); e Ministério Público.
Ainda, temos os Superiores, também denominados diretivos. São os órgãos encarregados do
controle, da direção, e de soluções técnicas em geral, e, diferentemente dos autônomos e dos
primários, não gozam de autonomia financeira e administrativa. São exemplos as inspetorias,
os gabinetes, as divisões.
Por fim, os Subalternos, também chamados de subordinados. São os órgãos encarregados
dos serviços rotineiros, com pouco (ou nenhum) poder decisório, como seria o caso de atendi-
mento ao público. São exemplos portarias, seções de expediente e protocolos.
Letra e.

002. (FCC/ANALISTA LEGISLATIVO/ALERN/2013) Os órgãos públicos, quanto à posição esta-


tal, classificam-se em independentes, autônomos, superiores e subalternos. Nessa categoria, o
Senado Federal enquadra-se como órgão público
a) autônomo.
b) independente.
c) superior.
d) subalterno.
e) autônomo e subalterno, concomitantemente.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 68 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

Quanto à posição estatal, o Senado é um órgão independente, ou seja, é um órgão que decorre dire-
tamente da Constituição, sem que tenha subordinação hierárquica a qualquer outro. Como vimos,
são os responsáveis por traçarem o destino da nação ou, de certa forma, contribuírem para tanto.
Letra b.

003. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE RO/JUDICIÁRIA/2013) Os Órgãos Públicos, quan-


to à esfera de ação, classificam-se em centrais e em locais. Constituem exemplos de órgãos
públicos locais:
a) Secretarias de Estado.
b) Ministérios.
c) Delegacias de Polícia.
d) Secretarias de Município.
e) Casas Legislativas.

Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro, quanto à esfera de ação, os órgãos classificam-se em cen-
trais e locais.
Como o nome, em si, já revela, os órgãos centrais são aqueles que exercem atribuições em
todo o território nacional, estadual ou municipal. São exemplos os Ministérios, as Secretarias
de Estado e as de Município.
Por sua vez, os órgãos locais atuam apenas sobre uma parte do território, como as Delegacias
Regionais da Receita Federal, as Delegacias de Polícia, os Postos de Saúde.
Perceba que a banca adotou, literalmente, os ensinamentos da autora. Delegacias são ór-
gãos locais.
Letra c.

004. (FCC/ANALISTA/DPE RS/ADMINISTRAÇÃO/2013) A respeito do conceito de órgão pú-


blico é correto afirmar que
a) constitui uma unidade de atuação dotada de personalidade jurídica.
b) corresponde a uma unidade que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos.
c) é sempre dotado de autonomia e independência funcional.
d) possui, no que diz respeito à sua composição, natureza singular, necessariamente.
e) prescinde, para o exercício da competência de que é dotado, da atuação do agente público.

Os órgãos públicos podem ser entendidos como um centro de competências despersonali-


zado, ou seja, uma “unidade que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos que o
integram, com o objetivo de expressar a vontade do Estado” (Maria Sylvia Zanella Di Pietro).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 69 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

a) Errada. Os órgãos integram as pessoas jurídicas, e, por isso, são unidades destituídas de
personalidade jurídica própria.
c) Errada. Nem todo órgão é dotado de autonomia ou independência. Quanto à posição estatal,
podemos afirmar que apenas os independentes e os autônomos gozam da referida autonomia.
d) Errada. Quanto à composição, os órgãos podem ser simples ou compostos. A natureza
singular é para a atuação funcional. Outro erro é que os órgãos não são necessariamente sin-
gulares, há vários exemplos de órgãos colegiados.
e) Errada. Para a existência do órgão público, pouco importa se há ou não agente público. No
entanto, é impossível que o órgão exerça suas atribuições sem a presença de um agente público.
Letra b.

005. (FCC/TÉCNICO/DPE RS/ADMINISTRATIVA/2013) À administração pública incumbe o exer-


cício da função administrativa do Estado. Essa função é exercida por meio da administração direta
a) composta por órgãos, autarquias, empresas estatais e fundações.
b) por meio de seus órgãos, e da administração indireta, que abrange autarquias, empresas
públicas, sociedades de economia mista e fundações.
c) e da administração indireta, composta por órgãos de execução, tais como ministérios e
secretarias de estado, bem como por pessoas jurídicas de direito público com finalidades atri-
buídas por lei.
d) e da administração indireta, que abrange empresas públicas, sociedades de economia mis-
ta, autarquias e fundações, entes dotados de natureza jurídica de direito privado.
e) por meio de seus órgãos, com auxílio da administração indireta, por meio do que se deno-
mina desconcentração, instituto que autoriza a transferência de competências quando o ente
que as recebe tenha natureza jurídica de direito público.

O Estado desempenha suas funções por meio da Administração Direta e Indireta. A direta ou
centralizada é formada por órgãos, unidades desprovidas de personalidade jurídica. Já a indi-
reta ou descentralização é integrada por pessoas jurídicas administrativas, ora com a persona-
lidade jurídica de Direito Público, ora de Direito Privado.
a) Errada. As autarquias, empresas estatais e fundações são integrantes da Administração Indireta.
Essas entidades fazem parte da descentralização administrativa por serviços, técnica ou funcional.
c) Errada. Os ministérios e secretarias de Estado integram a Administração Direta.
d) Errada. As autarquias são pessoas jurídicas de direito público. No entanto, as fundações
podem ser de direito público ou de direito privado.
e) Errada. A criação da Administração Indireta dá-se com o processo denominado de descen-
tralização. A desconcentração, por sua vez, refere-se à criação de órgãos públicos.
Letra b.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 70 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

006. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 5ª REGIÃO/CONTABILIDADE/2013) A organização


administrativa estrutura-se por meio das Administrações direta e indireta. É correto afirmar que
os órgãos públicos integram a
a) Administração indireta, com personalidade jurídica própria e autonomia administrativa.
b) estrutura da Administração direta, com personalidade jurídica própria e autonomia admi-
nistrativa.
c) estrutura de qualquer das pessoas jurídicas abrangidas pela Administração direta, não pos-
suindo, contudo, personalidade jurídica própria.
d) estrutura da Administração direta, sendo desprovidos de personalidade jurídica própria.
e) estrutura tanto da Administração direta, quanto da indireta, possuindo autonomia adminis-
trativa e financeira, com ou sem personalidade jurídica própria, conforme o que dispuser a lei.

Os órgãos atuam em nome do Estado, não tendo personalidade jurídica (são despersonaliza-
dos), tampouco vontade própria, mas expressam a vontade da entidade a que pertencem, nas
áreas de suas atribuições e nos limites de sua competência funcional.
a) Errada. Os órgãos podem integrar a Administração Indireta, porém, todos os órgãos são
destituídos de personalidade jurídica.
b) Errada. Órgãos são unidades desprovidas de personalidade jurídica.
c) Errada. A Administração Direta é formada por órgãos, e não por pessoas jurídicas. A Indireta
é que é formada por pessoas jurídicas, exemplo das autarquias e fundações.
e) Errada. Órgãos não contam com personalidade jurídica.
Letra d.

007. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 5ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2013) Órgãos são


partes integrantes da estrutura da Administração. São exemplos de órgãos públicos: as Câ-
maras Municipais, as Assembleias Legislativas, os Tribunais de Contas, os Ministérios, as Se-
cretarias de Estado e os Postos de Saúde. Considerando as relações funcionais que mantém
entre si e com terceiros, é correto afirmar que os órgãos
a) confundem-se com as pessoas jurídicas as quais pertencem, possuindo personalidade jurí-
dica e capacidade processual própria.
b) não têm personalidade jurídica própria, no entanto, alguns deles podem ser dotados de ca-
pacidade processual.
c) possuem personalidade jurídica própria, porque se constituem em unidades de atuação do
Estado; no entanto, não possuem capacidade processual.
d) se igualam às entidades, porque se constituem em unidade de atuação dotada de persona-
lidade jurídica.
e) detêm personalidade jurídica própria e capacidade processual ampla.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 71 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

Os órgãos públicos são unidades administrativas despersonalizadas (desprovidas de perso-


nalidade jurídica própria). Por conta disso, via de regra, não podem assumir, em nome próprio,
direitos e obrigações, e, consequentemente, não podem estar em juízo (capacidade processual
ou judiciária ou personalidade judiciária).
Órgão não é pessoa, logo, não pode, em regra, situar-se como parte no processo. No entanto,
essa é uma regra que possui exceções, que é o caso dos órgãos de estatura constitucional (os in-
dependentes e os autônomos), para defesa de suas prerrogativas ou atribuições constitucionais.
a), c), d) e e) Erradas, pois a banca citou que órgãos contam com personalidade jurídica. Isso
não existe! O que pode acontecer é determinados órgãos contarem com personalidade judici-
ária ou capacidade processual.
Letra b.

008. (FCC/TÉCNICO MINISTERIAL/MPE CE/2013) No que diz respeito ao órgão público, está
correto o que se afirma em:
a) É unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta, apenas.
b) Tem personalidade jurídica própria.
c) É unidade de atuação integrante da estrutura da Administração indireta, apenas.
d) Não se confunde com a pessoa física, o agente público, porque congrega funções que este
vai exercer.
e) Confunde-se com a pessoa jurídica, sendo uma de suas partes integrantes.

A atuação dos órgãos é imputada à pessoa jurídica que eles integram. Por sua vez, a represen-
tação jurídica é atribuição de determinados agentes públicos.
a) Errada. A desconcentração administrativa poderá, também, ocorrer nas pessoas jurídicas
componentes da Administração Indireta.
b) Errada. Os órgãos não têm vontade própria, tampouco personalidade jurídica.
c) Errada. Como já afirmamos, a desconcentração administrativa pode ocorrer tanto na Admi-
nistração Direta quanto na Indireta.
e) Errada. Não se confunde com a pessoa jurídica, pois uma parte não pode representar o todo.
No entanto, a atuação do órgão é imputada à pessoa jurídica que compõe.
Letra d.

009. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TST/ADMINISTRATIVA/2012) Compõe a Administração


pública direta da União
a) o Departamento de Polícia Federal.
b) o Banco Central do Brasil.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 72 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

c) a Agência Nacional de Aviação Civil.


d) a Caixa Econômica Federal.
e) a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.

A Administração Pública, enquanto Estado-administrador, exerce suas atribuições de forma


centralizada, e, por vezes, descentralizada.
A centralização é o exercício das tarefas por intermédio das próprias unidades administrati-
vas. Tais unidades administrativas são centros de competência, reconhecidas como órgãos
da Administração. Os órgãos são, portanto, integrantes da pessoa jurídica, e, bem por isso,
destituídos de personalidade própria. São criados por meio da técnica administrativa chama-
da desconcentração. Os Ministérios (na esfera federal) são exemplos clássicos de órgãos da
Administração Direta.
a) Certa. Apesar de os Ministérios serem sempre citados pela literatura especializada, a banca
fez menção ao Departamento da Polícia Federal, órgão subordinado do Ministério da Justiça.
b), c), d) e e) Erradas, pois são exemplos de entidades. As entidades administrativas do Estado
são pessoas jurídicas integrantes da Administração Indireta. Distintamente da Direta, a Admi-
nistração Indireta é criada por descentralização.
Letra a.

010. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ PE/JUDICIÁRIA E ADMINISTRATIVA/2012) Em rela-


ção aos órgãos e agentes da Administração Pública é correto afirmar:
a) a atuação dos órgãos não é imputada à pessoa jurídica que eles integram, mas tendo a prer-
rogativa de representá-la juridicamente por meio de seus agentes, desde que judiciais.
b) a atividade dos órgãos públicos não se identifica e nem se confunde com a da pessoa ju-
rídica, visto que há entre a entidade e seus órgãos relação de representação ou de mandato.
c) os órgãos públicos são dotados de personalidade jurídica e vontade própria, que são atribu-
tos do corpo e não das partes porque estão ao lado da estrutura do Estado.
d) como partes das entidades que integram os órgãos são meros instrumentos de ação des-
sas pessoas jurídicas, preordenados ao desempenho das funções que lhe forem atribuídas
pelas normas de sua constituição e funcionamento.
e) ainda que o agente ultrapasse a competência do órgão não surge a sua responsabilidade
pessoal perante a entidade, posto não haver considerável distinção entre a atuação funcional
e pessoal.

Pela CF/1988, a Administração Direta se faz presente em todos os Poderes e corresponde ao


“conjunto de órgãos que integram as pessoas federativas, aos quais foi atribuída a competência

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 73 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

para o exercício, de forma centralizada, das atividades administrativas do Estado” (José dos
Santos Carvalho Filho).
Na realidade, a Administração Direta corresponde a todos os órgãos, desprovidos de persona-
lidade, que sejam ligados à própria pessoa política, a qual, no caso federal, é a União. Portanto,
a Administração Direta é um conjunto de órgãos internos a cada um dos Poderes Políticos da
pessoa integrante da Federação, ou seja, a Administração Direta existe em todos os Poderes.
a) Errada. Pela teoria da imputação volitiva, a atuação dos órgãos é imputada como se fosse
do próprio Estado. E a representação jurídica do Estado é pelo próprio Estado, não tendo os
órgãos, de regra, capacidade processual ou judiciária.
b) Errada. Há três importantes teorias sobre os órgãos: do órgão, mandato e representação. Des-
tas, a válida para o Brasil, atualmente, é a teoria do órgão, também chamada de imputação volitiva.
As teorias do mandato e da representação não são mais válidas. A primeira ruiu porque o Estado
responde ainda que o agente público tenha atuado de forma ilícita. A segunda caiu por terra, pois o
Estado é pessoa capaz, e a representação é instituto válido para a tutela dos incapazes.
c) Errada. Os órgãos são unidades administrativas desprovidas de personalidade jurídica.
e) Errada. Essa é a defesa da teoria do mandato, porém, por adotarmos a teoria do órgão, é
válida a responsabilidade do Estado.
Letra d.

011. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 11ª REGIÃO/JUDICIÁRIA/2012) Existem vários cri-


térios de classificação dos órgãos públicos, tais como, os critérios de “esfera de ação”, “posi-
ção estatal”, “estrutura”, dentre outros.
No que concerne ao critério “posição estatal”, as Casas Legislativas, a Chefia do Executivo e os
Tribunais são órgãos públicos
a) autônomos.
b) superiores.
c) singulares.
d) centrais.
e) independentes.

Vimos que, quanto à posição estatal que ocupam, os órgãos públicos podem ser classificados
em independentes, autônomos, superiores e subalternos.
As Casas Legislativas, a Chefia do Executivo e os Tribunais são órgãos públicos independen-
tes. Órgãos independentes ou primários são aqueles originários da Constituição Federal, es-
tando na cúpula de cada um dos Poderes. Não estão sujeitos a nenhum tipo de subordinação.
Ainda, nessa classificação, temos:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 74 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

Autônomos: estão imediatamente abaixo dos órgãos independentes, possuindo autonomia e


capacidade de planejar suas ações com certa liberdade. Como exemplo, temos os Ministérios
e as Secretarias Estaduais e Municipais.
Superiores: são aqueles que, subordinados aos órgãos autônomos, assumem a função de direção
e controle. No entanto, não detêm autonomia para suas atividades. Exemplos clássicos são as Pro-
curadorias Administrativas e Judiciais, os Gabinetes, as Coordenadorias e as Superintendências.
Subalternos: são órgãos que possuem pouco poder decisório, estando entre a maioria das
suas atribuições as tarefas de execução. Exemplos são as repartições públicas gerais, como o
setor de protocolo e a seção de documentação.
Letra e.

012. (FCC/PROCURADOR LEGISLATIVO/CAM MUN SP/2014) No que tange aos órgãos pú-
blicos, é correto afirmar:
a) A teoria do mandato é a explicação adotada pela doutrina atual para explicar a expressão
da vontade estatal pelos órgãos públicos e pelos agentes administrativos que os compõem.
b) Somente se pode proceder à criação de um órgão público mediante lei de iniciativa da Che-
fia do Poder Executivo, sob pena de inconstitucionalidade por vício de iniciativa.
c) Como regra, os órgãos públicos são destituídos de capacidade processual; porém, a doutri-
na e a jurisprudência nacionais vêm reconhecendo tal capacidade a órgãos de status constitu-
cional, quando necessária à defesa de suas prerrogativas e competências institucionais.
d) O Chefe do Poder Executivo pode, por decreto, promover a extinção de órgãos públicos,
quando seus cargos estiverem vagos.
e) As Câmaras Municipais não são propriamente órgãos públicos, mas entes autárquicos,
dado a autonomia que lhes é conferida pela Constituição.

Os órgãos públicos são unidades administrativas despersonalizadas, ou seja, desprovidas de


personalidade jurídica própria. Por conta disso, tais unidades não podem assumir, em nome
próprio, direitos e obrigações, e, consequentemente, não podem estar em juízo (capacidade
processual ou judiciária ou personalidade judiciária).
Assim, quando um órgão precisa mover uma ação, quem figurará no polo ativo será a pessoa
jurídica da qual ele é unidade integrante. Órgão não é pessoa, logo, não pode, em regra, situar-se
como parte no processo.
No entanto, essa é mais uma daquelas regras cercada de exceções. Uma dessas exceções envol-
ve o caso dos órgãos de estatura constitucional (os independentes e os autônomos), que podem
figurar como parte processual para a defesa de suas prerrogativas ou atribuições constitucionais.
a) Errada, pois o conceito é de teoria do órgão, e não do mandato.
b) Errada, pois a iniciativa não é exclusiva, já que órgãos dos demais Poderes dependem de lei
de iniciativa destes Poderes.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 75 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) Errada, pois o Chefe do Poder Executivo não pode, por decreto, promover a extinção de ór-
gãos públicos, quando seus cargos estiverem vagos. É a vedação do inc. VI do art. 84 da CF/88.
e) Errada, pois as Câmaras Municipais são, sim, órgãos públicos.
Letra c.

013. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 16ª REGIÃO/2014) Luísa, candidata a uma vaga de


concurso público, em seu exame oral, foi questionada pelos examinadores acerca da classifi-
cação dos órgãos públicos, especificamente quanto à posição estatal, devendo exemplificar
os órgãos públicos superiores. Luísa forneceu cinco exemplos de órgãos públicos superiores,
equivocando-se acerca de um deles, qual seja,
a) Divisões.
b) Departamentos.
c) Ministérios.
d) Coordenadorias.
e) Gabinetes.

Quanto à posição estatal, os órgãos públicos podem ser:


Independentes ou primários: são os órgãos que decorrem diretamente da Constituição, sem
que tenham subordinação hierárquica a qualquer outro. São os responsáveis por traçarem o
destino da nação ou, de certa forma, contribuírem para tanto, p. ex.: Chefia do Executivo (Pre-
sidente, Governador e Prefeito); Casas Legislativas; Tribunais (inclusive o de Contas); e Minis-
tério Público. Para se identificar um órgão independente, basta sentar-se na cadeira do chefe
e olhar para cima: se não há outro órgão acima, estamos diante de um órgão independente.
Autônomos: são órgãos igualmente localizados no ápice da Administração, contudo, subordina-
dos diretamente aos independentes, com plena autonomia financeira, técnica e administrativa. Por
exemplo: Ministérios (e as Secretarias estaduais e municipais) e Advocacia Geral da União. Mais
uma vez, é fácil de identificá-los: sentamo-nos na cadeira do Chefe da Casa Civil e, olhando para
cima. quem visualizamos? O Presidente da República, não é mesmo? E acima deste? Ninguém;
logo, está-se diante de órgão autônomo, com a existência de apenas uma cadeia hierárquica.
Superiores: denominados diretivos, são os órgãos encarregados do controle, da direção, e de so-
luções técnicas em geral, e, diferentemente dos autônomos e dos independentes, não gozam de
autonomia financeira e administrativa. São exemplos: as inspetorias, os gabinetes, as divisões.
Subalternos: também chamados de subordinados, são os órgãos encarregados dos serviços
rotineiros, com pouco (ou nenhum) poder decisório, por exemplo: portarias, seções de expe-
diente e protocolos.
Assim, ao citar “Ministérios”, Luísa exemplificou a classificação de órgão autônomo.
Letra c.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 76 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

014. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 16ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2014) Considere a


seguinte assertiva:
A Câmara dos Deputados classifica-se, quanto à posição estatal, como órgão independente.
Isto porque, dentre outras características, não possui qualquer subordinação hierárquica ou
funcional, estando sujeita apenas a controle constitucional.
A assertiva em questão está
a) correta, pois trata-se de órgão independente e autônomo, expressões sinônimas quanto à
classificação dos órgãos públicos.
b) incorreta, pois não se trata de órgão independente e sim autônomo.
c) correta, pois trata-se de órgão independente, estando a fundamentação também correta.
d) incorreta, pois embora seja órgão independente, ele está sujeito à subordinação hierárquica
e funcional.
e) incorreta, pois trata-se de órgão autônomo e sujeito à subordinação hierárquica e funcional.

Mais uma vez, as Casas Legislativas são exemplos de órgãos independentes ou primários.
Órgãos independentes ou primários são os órgãos que decorrem diretamente da Constituição,
sem que tenham subordinação hierárquica a qualquer outro. São os responsáveis por traça-
rem o destino da nação ou, de certa forma, contribuírem para tanto, p. ex.: Chefia do Executivo
(Presidente, Governador e Prefeito); Casas Legislativas; Tribunais (inclusive o de Contas); e Mi-
nistério Público. Para se identificar um órgão independente, basta sentar-se na cadeira do che-
fe e olhar para cima: se não há outro órgão acima, estamos diante de um órgão independente.
Letra c.

015. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE RR/JUDICIÁRIA/2015) Os órgãos públicos consultivos


a) são exemplos típicos de órgãos onde se exclui totalmente a interferência de órgãos superiores.
b) estão excluídos da hierarquia administrativa para fins disciplinares.
c) admitem a avocação de atribuições, porém não a delegação de atribuições.
d) admitem a delegação de atribuições, porém não a avocação de atribuições.
e) fogem à relação hierárquica no que diz respeito ao exercício de suas funções.

Os órgãos de consulta são aqueles órgãos que produzem pareceres e opiniões necessárias
para a tomada de decisão por parte dos órgãos ativos. Exemplo de órgãos consultivos: as as-
sessorias jurídicas integrantes das estruturas dos Ministérios. Para Maria Sylvia Zanella Di Pie-
tro, tais órgãos fogem à relação hierárquica no que diz respeito ao exercício de suas funções.
a) Errada, os membros dos órgãos consultivos estão sujeitos, por exemplo, ao regime disci-
plinar. O que não se admite é que os órgãos superiores comandem a expedição de pareceres,
por exemplo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 77 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

b) Errada, os órgãos consultivos fogem à hierarquia no que diz respeito ao exercício de suas
atividades. Já a prática de ilícitos administrativos acha-se, sim, sujeita à apuração por PAD, e,
eventualmente, à aplicação de penalidades.
c) e d) Erradas, fica a regra de que matérias de competência exclusiva, além de indelegáveis,
não podem ser objeto de avocação. Assim, não pode o órgão superior avocar, por exemplo, a
competência de expedir pareceres de atribuição exclusiva dos órgãos consultivos.
Letra e.

016. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE – SE/JUDICIÁRIA/2015) Considere:


I – Secretarias Municipais.
II – Postos de Saúde.
III – Delegacias de Polícia.
IV – Ministérios.
V – Delegacias Regionais da Receita Federal.
Quanto à esfera de ação, classificam-se os órgãos públicos em centrais e locais. NÃO constitui
exemplo de órgãos públicos locais o que se afirma APENAS em
a) II e III.
b) I e IV.
c) IV.
d) II e V.
e) I, III e V.

Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, quanto à esfera de ação, os órgãos podem ser classificados em:
Órgãos centrais: são aqueles que exercem atribuições em todo o território nacional, estadual
ou municipal. São exemplos: as Casas Legislativas, os Ministérios, as Secretarias de Estado e
as de Município.
Órgãos locais: atuam apenas sobre uma parte do território, como as Delegacias Regionais da
Receita Federal, as Delegacias de Polícia, os Postos de Saúde.
Órgãos de controle: são aqueles responsáveis por acompanhar e fiscalizar outros órgãos, a
exemplo do TCU, que é órgão essencialmente de controle.
Assim, notamos que os itens I e IV são exemplos de órgãos centrais.
Letra b.

017. (FCC/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ MA/2016) São exemplos de


órgãos da Administração pública direta:
I – Partidos Políticos e Congresso Nacional.
II – Secretaria Estadual de Finanças e Secretaria Municipal de Planejamento.
III – Secretaria Estadual de Finanças e Partidos Políticos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 78 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

IV – Secretaria Municipal de Planejamento e Ministério do Turismo.


V – União e Instituto Nacional de Seguridade Social.
Está correto o que consta APENAS em
a) I e III.
b) II e III.
c) II e IV.
d) IV e V.
e) I e V.

Começando pelo item I, já sabemos que partidos políticos não são estruturas da Administra-
ção. Logo, excluímos as letras A, B e E.
Considerando que o INSS é uma autarquia, então é uma pessoa jurídica integrante da Adminis-
tração Indireta. Daí nosso gabarito ser a letra C.
Letra c.

018. (FCC/ASSISTENTE LEGISLATIVO/ALMS/2016) Conforme estabelece a Lei n. 9.784/1999,


órgão é a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da
Administração indireta
a) que detém personalidade jurídica própria, ao contrário da entidade que não é dotada de per-
sonalidade jurídica própria e distinta do ente instituidor.
b) destituído de personalidade jurídica própria, tal qual as entidades que integram a Adminis-
tração pública indireta e agem em nome do ente instituidor.
c) que com elas não se confunde, a despeito de ser uma de suas partes integrantes, não pos-
suindo personalidade jurídica própria, ao contrário das entidades que são dotadas de persona-
lidade jurídica própria.
d) representativo do fenômeno denominado descentralização por serviço, o que o distingue da
entidade que constitui unidade de atuação dotada de personalidade jurídica, característica do
fenômeno da desconcentração.
e) que congrega atribuições exercidas pelos agentes públicos, razão pela qual com eles se
confunde para todos os fins de direito.

Vejamos as definições contidas na Lei n. 9.784/1999, a Lei do Processo Administrativo Federal:


Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da
Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos ad-
ministrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.
§ 2º Para os fins desta Lei, consideram-se:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 79 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

I – órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura


da Administração indireta;
II – entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;
Perceba que os órgãos são unidades administrativas desprovidas de personalidade jurídica.
São frutos do processo de desconcentração administrativa, o que os distanciam do conceito de
entidades, já que estas são pessoas jurídicas, e resultados do processo de descentralização.
Letra c.

019. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 11ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2017) Considere:


I – Não gozam de autonomia administrativa nem financeira.
II – Estão sujeitos à subordinação e ao controle hierárquico de uma chefia.
III – São considerados, dentre outras hipóteses, órgãos de comando.
IV – Entram nessa categoria as Secretarias de Estado.
Os órgãos públicos, quanto à posição estatal, classificam-se em independentes, autônomos,
superiores e subalternos. No que concerne aos órgãos públicos superiores, está correto o que
se afirma APENAS em
a) III e IV.
b) III.
c) I, II e III.
d) I e II.
e) II e IV.

Quanto à posição estatal, os órgãos públicos podem ser:


Independentes ou primários: são os órgãos que decorrem diretamente da Constituição, sem
que tenham subordinação hierárquica a qualquer outro. São os responsáveis por traçarem o
destino da nação ou, de certa forma, contribuírem para tanto, p. ex.: Chefia do Executivo (Pre-
sidente, Governador e Prefeito); Casas Legislativas; Tribunais (inclusive o de Contas); e Minis-
tério Público. Para se identificar um órgão independente, basta sentar-se na cadeira do chefe
e olhar para cima: se não há outro órgão acima, estamos diante de um órgão independente.
Autônomos: são órgãos igualmente localizados no ápice da Administração, contudo, subordina-
dos diretamente aos independentes, com plena autonomia financeira, técnica e administrativa. Por
exemplo: Ministérios (e as Secretarias estaduais e municipais) e Advocacia Geral da União. Mais
uma vez, é fácil de identificá-los: sentamo-nos na cadeira do Chefe da Casa Civil e, olhando para
cima. quem visualizamos? O Presidente da República, não é mesmo? E acima deste? Ninguém;
logo, está-se diante de órgão autônomo, com a existência de apenas uma cadeia hierárquica.
Superiores: denominados diretivos, são os órgãos encarregados do controle, da direção, e de so-
luções técnicas em geral, e, diferentemente dos autônomos e dos independentes, não gozam de
autonomia financeira e administrativa. São exemplos: as inspetorias, os gabinetes, as divisões.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 80 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

Subalternos: também chamados de subordinados, são os órgãos encarregados dos serviços


rotineiros, com pouco (ou nenhum) poder decisório, por exemplo: portarias, seções de expe-
diente e protocolos.
Assim, note que os itens coincidem com a nossa definição, exceção feita ao item IV, pois as
Secretarias de Estado são órgãos autônomos.
Letra c.

020. (FCC/DEFENSOR PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ/2017) Em seu sentido subjetivo, o


termo Administração pública designa os entes que exercem a atividade administrativa. Desse
modo, a Defensoria Pública do Estado do Paraná,
a) é pessoa jurídica de direito público e possui capacidade processual, podendo ser configura-
da como autarquia sui generis – sociedade pública de advogados, embora não seja instituição
autônoma com sede constitucional.
b) possui capacidade processual para ingressar com ação para a defesa de suas funções
institucionais por expressa previsão legal, embora não seja pessoa jurídica de direito público.
c) é pessoa jurídica de direito público e possui capacidade processual, podendo, caso haja
expressa previsão legal, integrar a pessoa jurídica “Estado do Paraná” por ser instituição autô-
noma com sede constitucional.
d) integra a pessoa jurídica de direito público “Estado do Paraná” e possui capacidade jurídica,
sendo representada, em juízo, pela Procuradoria do Estado em toda espécie de processo judi-
cial de seu interesse.
e) integra a pessoa jurídica de direito público “Estado do Paraná” e possui capacidade jurídica,
sendo representada, em juízo, pela Procuradoria do Estado em toda espécie de processo judi-
cial de seu interesse, exceto ações trabalhistas que tramitarem na Justiça do Trabalho.

A regra é que órgãos não podem estar em juízo, seja no polo ativo, seja no polo passivo. São
unidades desprovidas de personalidade jurídica. Ocorre que o STF atenua esta regra para ór-
gãos independentes e autônomos. Então, a Defensoria enquadra-se nesta classificação; logo,
possui personalidade judiciária.
a) Errada, é uma instituição autônoma, porém, sem personalidade jurídica.
c) Errada, não tem personalidade jurídica própria.
d) Errada, o erro está na parte final: como detém capacidade judiciária, não precisa da Procu-
radoria do Estado.
e) Errada, suas ações são intentadas diretamente, isto para a defesa de suas prerrogativas
institucionais.
Letra b.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 81 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

021. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 24ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2017) Quanto à estru-


tura, os órgãos públicos podem ser classificados em simples, também denominados de unitários,
e compostos.
Acerca do tema, considere:
I – São constituídos por um único centro de atribuições.
II – Possuem subdivisões internas.
III – São exemplos de tais órgãos, as Secretarias de Estado.
IV – São exemplos de tais órgãos, os Ministérios.
No que concerne às características e exemplos de órgãos simples ou unitários, está correto o
que se afirma APENAS em
a) I e IV.
b) I e II.
c) II e III.
d) IV.
e) I.

Os órgãos simples ou unitários são assim denominados porque não há outros órgãos abaixo
deles, quer dizer, não há desconcentração do órgão em outros órgãos.
Hipoteticamente, a Presidência é órgão composto, porque desconcentrada em Ministérios, os
quais, por sua vez, são igualmente compostos porque desconcentrados em gabinetes e em de-
partamentos; já o serviço de protocolo, localizado no departamento de pessoal do Ministério, é
órgão unitário porque é o último da cadeia de desconcentração, não havendo outro órgão a seguir.
Em síntese, órgãos simples são órgãos em que não há mais divisões. Não confundir o fato
de o órgão ser unitário com o número de agentes. No nosso exemplo, o protocolo, apesar de
unitário, pode contar com vários servidores lotados.
No item II, o erro é que não há subdivisões. Esta é característica para os órgãos compostos.
Nos itens III e IV, temos exemplos de órgãos compostos, isto porque admitem desconcentrações.
Letra e.

022. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 21ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2017) Diferem os ór-


gãos públicos dos entes integrantes da Administração indireta
a) no que concerne à necessidade de realização de licitação, obrigatória apenas para a Admi-
nistração direta e para os entes da Administração indireta dotados de personalidade jurídica
de direito público.
b) quanto ao regime jurídico contratual, tendo em vista que os contratos firmados pelos entes
da Administração indireta submetem-se ao regime jurídico privado.
c) no que se refere à personalidade jurídica, tendo em vista que somente os entes que integram
a Administração pública indireta são dotados de personalidade jurídica própria.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 82 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) no que se refere ao regime jurídico de seus servidores, sendo obrigatória prévia submissão a con-
curso público de provas e de provas e títulos para os servidores públicos da Administração direta.
e) quanto ao trâmite de processos administrativos, tendo em vista que os princípios que regem
a Administração pública somente incidem quando se trata dos processos administrativos rela-
tivos à Administração direta.

De fato, os órgãos e os entes da administração pública se diferem na personalidade jurídica. Isso


porque os órgãos não têm personalidade jurídica própria, ao passo que os entes da Administra-
ção indireta têm personalidade jurídica própria, diferente da personalidade do ente que as criou.
a) Errada, pelo contrário, as empresas públicas e sociedades de economia mista – que são
entes da administração pública indireta – também devem realizar licitação.
b) Errada, na verdade, os contratos firmados pelos entes da administração indireta submetem-se,
via de regra, ao regime jurídico público. Isso porque as autarquias e fundações públicas têm nature-
za pública; já as empresas públicas e sociedades de economia mista observarão o regime jurídico
público no que tange a sua atividade-meio e, como exceção, na sua atividade-fim serão regidas
pelo regime jurídico privado para que não haja desigualdade no mercado.
d) Errada, na realidade, os entes da administração direta e indireta devem realizar concurso
público para admissão de servidores, e não apenas a administração direta.
e) Errada, pelo contrário, a Lei 9.784/1999 – que regulamenta o processo administrativo fede-
ral – aplica-se a todos os órgãos e entidades da Administração Federal direta e indireta.
Letra c.

023. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 6ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2018) As unidades de


atuação denominadas órgãos públicos
a) integram a estrutura da Administração pública direta, mas não da Administração pública
indireta, cujos plexos de competência denominam-se entidades.
b) integram a estrutura da Administração pública direta e da indireta e não têm personalidade
jurídica, ao contrário das entidades.
c) têm personalidade jurídica própria e distinta da entidade que integram.
d) não têm personalidade jurídica própria, quando integram a estrutura da Administração pública
direta, mas são unidades de atuação, da Administração indireta, dotadas de personalidade jurídica.
e) confundem-se com os agentes públicos por congregarem as funções que estes exercem,
sendo o todo do qual aqueles são a parte.

Os órgãos são unidades administrativas desprovidas de personalidade jurídica. Não têm patri-
mônio próprio. Não podem celebrar contratos administrativos. São resultado do processo de
desconcentração. Logo, nosso gabarito é a letra B.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 83 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

a) Errada, de fato, as entidades são pessoas jurídicas e integram a Administração Indireta.


Ocorre que, na Indireta, há também órgãos. Por exemplo, encontramos postos do Banco do
Brasil espalhados por todo o território nacional, enfim, novos órgãos da pessoa Banco do Brasil.
c) Errada, sabemos que os órgãos são desprovidos de personalidade jurídica.
d) Errada, os órgãos são sempre despersonalizados.
e) Errada, os órgãos são distintos de seus agentes.
Letra b.

024. (FCC/TÉCNICO LEGISLATIVO/ALESE/APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2018) No


que concerne aos órgãos públicos, é correto afirmar:
a) A criação e extinção dos órgãos públicos independem de lei.
b) No desempenho das atividades inerentes a sua competência, os órgãos públicos atuam em
nome da pessoa jurídica de que fazem parte.
c) Os órgãos públicos têm personalidade jurídica própria.
d) A regra geral é a de que os órgãos públicos detêm capacidade processual.
e) Os órgãos públicos são unidades de atuação integrantes apenas da estrutura da Adminis-
tração direta, haja vista que as unidades de atuação integrantes da estrutura da Administração
indireta denominam-se entidades.

A atuação dos órgãos é imputada à pessoa jurídica que eles integram. Por sua vez, a represen-
tação jurídica é atribuição de determinados agentes públicos.
a) Errada, tanto a criação como a extinção de órgãos públicos dependem da edição de lei de ini-
ciativa privativa do Presidente da República, conforme o art. 61, § 1º, inciso II, alínea “e”, da CF/88:

Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da
Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República,
ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos ci-
dadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
[...]
II – disponham sobre:
[...]
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no
art. 84, VI;
c) Errada, os órgãos não têm vontade própria, tampouco personalidade jurídica.
d) Errada, os órgãos não possuem personalidade jurídica, mas é pacífico na doutrina e jurispru-
dência que somente os órgãos autônomos e independentes possuem capacidade processual,
isto é, a capacidade de atuar em juízo por si próprio. Logo, não se trata de uma regra geral.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 84 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

e) Errada, a criação de órgãos públicos é fruto da desconcentração administrativa. Com efeito,


a desconcentração administrativa poderá também ocorrer nas pessoas jurídicas componentes
da Administração Indireta.
Letra b.

025. (FCC/ANALISTA MINISTERIAL/MPE PE/JURÍDICA/2018) Os órgãos públicos que inte-


gram a organização administrativa, na qualidade de “centros de competência para desempe-
nho de funções estatais”,
a) encontram-se presentes na estrutura descentralizada da Administração pública e configu-
ram polos de decisões emitidas por agentes públicos que se responsabilizam exclusiva e pes-
soalmente pelas consequências daquelas advindas.
b) são representados por agentes públicos, mas não se confundem com estes, pois as conse-
quências e conquistas são atribuídas àquelas unidades de competência e, em consequência,
às pessoas jurídicas que elas integram.
c) possuem personalidade jurídica própria, mas não dispõem de autonomia, já que dependem
de autorização do comando da pessoa jurídica que integram.
d) exercem os poderes inerentes à Administração pública, à exceção do poder de polícia, res-
trito à Administração Central, porque indelegável em qualquer de suas vertentes ou facetas.
e) são estruturas típicas de uma Administração pública que se organiza de forma desconcen-
trada, que constitui entes ou órgãos dotados de personalidade jurídica própria, para desempe-
nho de competências específicas e constantes da lei autorizativa de sua criação.

Os agentes públicos são verdadeiros veículos da expressão do Estado. Toda a conduta dos
agentes é imputada ao órgão, o qual, por sua vez, encontra-se ligado à entidade possuidora de
personalidade jurídica, quem, ao fim, acaba respondendo a eventuais questionamentos jurídi-
cos. Essa é uma síntese do denominado princípio da imputação volitiva, fundamental para a
compreensão da denominada “teoria do órgão”.
Pela teoria do órgão, as pessoas jurídicas expressam sua vontade por intermédio de órgãos, os
quais são titularizados por agentes. Por essa teoria, os órgãos são partes componentes da entida-
de, com as expressões de vontade daqueles sendo entendidas como destas (imputação volitiva).
Registra-se, ainda, que essa teoria foi construída pelo jurista alemão Otto Gierke, sendo universal-
mente aceita pela doutrina. Seu papel foi o de substituir as teorias do mandato, da representação e
da identidade, as quais pretendiam explicar a atuação do Estado por intermédio de seus agentes.
a) Errada, registra-se, primeiramente, que os órgãos podem fazer parte da Administração Dire-
ta e das pessoas administrativa da Indireta. No entanto, a responsabilidade dos agentes não
é pessoal e exclusiva. Aplica-se a teoria do órgão, de forma que o particular deve acionar o
Estado, e a este cabe regressivamente cobrar do agente público.
c) Errada, os órgãos não têm personalidade jurídica.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 85 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) Errada, o poder de polícia pode ser desempenhado por toda a Administração Pública de
Direito Público.
e) Errada, de fato, os órgãos têm ligação com o processo de desconcentração. Porém, não
contam com personalidade jurídica, a exemplo das autarquias e fundações.
Letra b.

026. (FCC/OFICIAL ESTADUAL DE TRÂNSITO/DETRAN SP/2019) A Administração pública de


determinado estado da federação está estruturada de forma descentralizada. Isso significa que
a) a Administração pública delegou integralmente suas competências e atribuições para os
entes que integram a Administração indireta.
b) foram constituídas pessoas jurídicas, integrantes da Administração indireta, às quais foram
conferidas atribuições originalmente de competência da Administração central.
c) foram criadas autarquias, fundações e empresas públicas, pessoas jurídicas dotadas de
personalidade jurídica própria e com natureza jurídica de direito público.
d) a Administração pública foi autorizada por lei ou decreto a criar, mediante lei específica, au-
tarquias, pessoas jurídicas de direito público que executam serviços públicos.
e) foi editada lei específica criando empresas públicas e sociedades de economia mista, que
podem prestar serviços públicos mas não integram a Administração indireta por possuírem
natureza jurídica de direito privado.

Como vimos, existem duas formas de delegação de serviços públicos: desconcentração e


descentralização.
Primeiramente, na desconcentração, temos o serviço distribuído entre os vários órgãos da
mesma pessoa jurídica, para facilitar sua execução e obtenção pelos usuários.
Por sua vez, a prestação descentralizada é quando uma pessoa diferente do ente federado, a
que a Constituição atribui a titularidade do serviço, executa-o.
Assim, quando a Administração de ente da federação está descentralizada, significa que foram
constituídas pessoas jurídicas, integrantes da Administração Indireta, às quais foram conferi-
das atribuições originalmente de competência da administração central.
a) Errada. Nada de delegação total. Pelo princípio da especialidade, temos por característica
a descentralização administrativa através da criação de entidades que integram a Administra-
ção Indireta, como fora de descentralização da prestação de serviços público, para justamente
especializar a função e melhor atender as suas finalidades.
c) Errada. As empresas públicas possuem natureza jurídica de direito privado.
d) Errada. Decretos não autorizam criação de autarquia. Uma autarquia ou uma fundação au-
tárquica (federal, estadual ou municipal), pessoas jurídicas de direito público, somente pode-
rão ser criadas mediante lei específica.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 86 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

e) Errada. As empresas públicas e sociedades de economia mista integram a Administração


indireta, mesmo que possuam natureza jurídica de direito privado. Além disso, essas entidades
têm suas criações autorizadas por lei, e são criadas por meio dos atos constitutivos no registro
público competente.
Letra b.

027. (FCC/CONSULTOR TÉCNICO/CM FORTALEZA/ADMINISTRATIVO/2019) Lei Municipal


autorizou o Prefeito a instituir, por escritura pública, uma Fundação Municipal, sendo que a enti-
dade adquirirá personalidade jurídica a partir da inscrição, no Registro competente, do seu ato
constitutivo, com o qual serão apresentados o Estatuto e o respectivo decreto de aprovação.
Neste caso, observou-se o fenômeno da
a) desconcentração, por meio da criação de uma entidade de direito público.
b) descentralização, por meio da criação de uma entidade de direito privado.
c) desconcentração, por meio da criação de uma entidade de direito privado.
d) descentralização, por meio da criação de uma entidade de direito público.
e) descentralização, por meio da criação de uma entidade de economia mista.

As principais diferenças entre a desconcentração e a descentralização podem ser resumidas


da seguinte forma:
Desconcentração:
Técnica administrativa
Ocorre no interior de uma só pessoa jurídica
Descentralização:
Distribuição de competência
Existem mais de uma pessoa jurídica ou física
Então, pelo enunciado, percebemos que se criou uma entidade (uma fundação). Logo, com
esta informação, ficamos entre as letras B, D e E.
A Fundação foi criada diretamente por lei? Não! Logo, não é de direito público, e teve que regis-
trar o ato constitutivo para adquirir a personalidade. Temos uma entidade de direito privado.
Eliminamos a letra D.
A letra E fala de sociedade de economia mista. Ora, a fundação não se confunde com empresa
estatal, dentre outros fatores, por ser destituída de fins lucrativos e realizar serviços sociais.
Assim, confirmamos o gabarito na letra B.
Letra b.

028. (FCC/AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL/SJRP/2019) A descentralização no


âmbito da Administração pública opera-se de várias formas, sendo um de seus exemplos a

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 87 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

a) delegação de serviços públicos a particulares, mediante permissão ou concessão, como


modalidade de descentralização por colaboração.
b) instituição, por lei, de empresas públicas sujeitas ao regime jurídico de direito privado, exclu-
sivamente em relação às obrigações fiscais.
c) instituição de autarquias, como expressão da especialização da atuação da Administração,
que podem possuir natureza pública ou privada, conforme previsto na lei instituidora.
d) criação de organizações sociais, instituídas mediante contrato de gestão, para atuarem
como delegatárias na prestação de serviços públicos ou atividades de interesse público.
e) criação de órgãos no âmbito da estrutura da Administração, com plexo de atribuições espe-
cíficas e dotados de autonomia funcional.

Como vimos, uma forma clássica e atual de descentralização tem sido por colaboração, chama-
da, doutrinariamente, de delegação negocial. Dá-se por ato ou contrato, e o Estado mantém-se
titular, repassando apenas a execução. Essa execução se dá por meio de permissionárias e con-
cessionárias.
b) Errada. As empresas estatais são só autorizadas por lei, e não instituídas diretamente por
lei. Outro erro é que as interventoras no domínio econômico se submetem a idênticas obriga-
ções trabalhistas, civis e comerciais.
c) Errada. Autarquias são sempre pessoas de direito público.
d) Errada. As organizações sociais até podem ser consideradas uma das formas de descentra-
lização, o que a doutrina chama de descentralização social. Ocorre que organização social não
é criada, mas, sim, qualificada. Ainda, não há instituição por contrato de gestão, pois esse é um
acordo de vontade celebrado entre o Estado e uma organização social pré-existente.
e) Errada. O órgão é unidade despersonalizada, resultado do processo de desconcentração, e
não de descentralização.
Letra a.

029. (FCC/ANALISTA EM GESTÃO/DPE AM/2018) Considere que o Estado do Amazonas


tenha decidido criar, por lei específica, uma autarquia, atribuindo a ela o serviço público de
transporte intermunicipal. A situação narrada constitui exemplo de
a) delegação política, condicionada aos termos da autorização do Poder Legislativo, que, em
tal aspecto, se sobrepõe à vontade do Poder Executivo.
b) descentralização política, com transferência, nos termos da lei editada, do serviço público
antes titulado pelo Estado, dotando o novo ente de autonomia.
c) desconcentração administrativa, baseada no princípio da especialização, mantendo o ente
central a titularidade do serviço e transferindo ao novo ente apenas a sua execução.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 88 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) descentralização administrativa, com transferência da titularidade do serviço ao novo ente,


dotado de auto-administração.
e) descentralização por colaboração, sendo os limites e condições para o exercício do serviço
delegado estabelecida em contrato de concessão firmado entre o Estado e a autarquia.

Ao criar uma autarquia, o Estado do Amazonas está descentralizando administrativamente (ou


por serviços) determinado serviço público - no caso, o de transporte -, transferindo a titularida-
de desse serviço para a autarquia.
a) Errada. A delegação política só poderá ser feita mediante a descentralização política ou ter-
ritorial, uma vez que envolve a criação de um novo ente político, como, por exemplo, a criação
de um território pela União.
b) Errada. Como já afirmado, na descentralização política há a criação de um novo ente polí-
tico. Por sua vez, na descentralização administrativa, cria-se uma nova pessoa jurídica, com
autonomia administrativa e financeira.
c) Errada. A desconcentração é fenômeno eminentemente interno, onde uma determinada pessoa
jurídica desmembra-se em órgãos públicos para melhor especializar a execução de atividades.
e) Errada. Na descentralização por colaboração ocorre a delegação de determinada execução
(nunca a titularidade) de determinado serviço público a pessoas jurídicas privadas, estranhas
à Administração Pública, mediante contrato de concessão ou permissão.
Letra d.

030. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRF 5ª REGIÃO/2017) A Administração pública desem-


penha suas atividades por meio dos diversos órgãos instituídos para essa finalidade, sendo
também forma de distribuição de competências a
a) desconcentração, que pressupõe a criação de pessoas jurídicas com competências pró-
prias, que passam a integrar a chamada Administração indireta.
b) descentralização, por meio da qual os órgãos administrativos se compõem, constituindo
pessoas jurídicas com personalidade jurídica de direito público, para que possam prestar, de
forma autônoma, as diversas atribuições estatais.
c) instituição de pessoas jurídicas, com personalidade jurídica de direito público, que com-
põem a chamada Administração indireta, tais como autarquias, sociedades de economia mis-
ta, consórcios públicos e fundações.
d) instituição de pessoas jurídicas de direito público, como autarquias, bem como de direito
público privado, como empresas públicas e sociedades de economia mista, como expressão
da descentralização.
e) nomeação de servidores e empregados para funções de confiança, em substituição aos
agentes públicos originalmente eleitos para as funções administrativas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 89 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

Na descentralização administrativa, em vez de desenvolver suas atividades administrativas


por si mesmo, o Estado transfere a execução dessas atividades a particulares ou a outras pes-
soas jurídicas, de direito público ou privado. Assim, a descentralização administrativa consiste
na distribuição ou transferência de atividades ou serviços da Administração Direta para a Ad-
ministração Indireta ou para particulares.
a) Errada. Na verdade, a criação de pessoas jurídicas com competências próprias decorre da
descentralização administrativa, e não da desconcentração, a qual consiste na distribuição
interna de competências (dentro da mesma pessoa jurídica).
b) Errada. O erro está na afirmação de que os órgãos administrativos se compõem por meio
da descentralização. Na realidade, os órgãos administrativos, que não possuem personalidade
jurídica, se formam por meio da desconcentração.
c) Errada. Embora as autarquias sejam realmente pessoas jurídicas de direito público, as socie-
dades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado. Já os consórcios públicos
e as fundações podem ser de direito público ou de direito privado.
e) Errada. A nomeação de servidores e empregados para funções de confiança, em substitui-
ção aos agentes públicos originalmente eleitos violaria a CF/88, afrontando a soberania popu-
lar. Ainda, não consiste em forma de distribuição de competências.
Letra d.

031. (FCC/ASSISTENTE LEGISLATIVO/ALAP/ATIVIDADE ADMINISTRATIVA E OPERACIO-


NAL/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2020) A amplitude da Administração pública conside-
ra dois grupos de instituições, que são classificados em Administração direta e indireta. Con-
sidera-se Administração Direta,
a) as Fundações públicas.
b) as Autarquias.
c) as Empresas públicas.
d) as Sociedades de Economia mista.
e) a Casa Civil.

O Decreto-lei n. º 200/1967 dispõe o seguinte em seu art. 4º:

Art. 4º A Administração Federal compreende:


I – A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da
Presidência da República e dos Ministérios.
II – A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de
personalidade jurídica própria:

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 90 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) Fundações públicas.

A casa civil é integrante do Poder Executivo Federal e faz parte, portanto, da Administração Direta.
As demais alternativas fazem parte da Administração Indireta.
Letra e.

032. (FCC/ANALISTA/TJ SC/ADMINISTRATIVO/2021) Sobre desconcentração e descentra-


lização administrativa, considere:
I – São conceitos distintos, embora possuam um ponto comum, qual seja, ambas pressupõem
pessoas jurídicas diversas: uma que originariamente tem a titulação sobre certa atividade e
outra à qual foi atribuído o desempenho da atividade.
II – A distribuição interna de competências decisórias, agrupadas em órgãos públicos, deno-
mina-se desconcentração.
III – A descentralização pressupõe, dentre outros requisitos, o reconhecimento de personalida-
de jurídica ao ente descentralizado.
IV – Os entes descentralizados não estão sujeitos a controle ou tutela, vez que possuem inde-
pendência e autonomia em sua atuação.
Está correto o que consta APENAS de
a) I e IV.
b) I e III.
c) I, II e III.
d) II e III.
e) II e IV.

Análise das assertivas:


I – São conceitos distintos, embora possuam um ponto comum, qual seja, ambas pressupõem
pessoas jurídicas diversas: uma que originariamente tem a titulação sobre certa atividade e ou-
tra à qual foi atribuído o desempenho da atividade.
Errada. Como sabemos, a desconcentração não pressupõe pessoas jurídicas diversas. Trata-se
de serviço distribuído entre os vários órgãos da mesma pessoa jurídica, com o intuito de facilitar
sua execução e obtenção pelos usuários.
II – A distribuição interna de competências decisórias, agrupadas em órgãos públicos, denomina-se
desconcentração.
Certa. A desconcentração é a divisão de funções mediante a criação de repartições internas
dentro de uma mesma pessoa jurídica da Administração Pública.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 91 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

III – A descentralização pressupõe, dentre outros requisitos, o reconhecimento de personalidade


jurídica ao ente descentralizado.
Certa. A descentralização ocorre quando o serviço é prestado por pessoa diferente do ente
federado a que a Constituição atribui a titularidade do serviço.
IV – Os entes descentralizados não estão sujeitos a controle ou tutela, vez que possuem inde-
pendência e autonomia em sua atuação.
Errada. Na relação entre a administração direta e a indireta, diz-se que há vinculação (e não
subordinação). A primeira exerce sobre a segunda o denominado controle finalístico ou tutela
administrativa ou supervisão. Para exercício do controle finalístico é exigida expressa previsão
legal, que determinará os limites e instrumentos de controle (atos de tutela).
Letra d.

033. (FCC/ANALISTA LEGISLATIVO/ALAP/ATIVIDADE LEGISLATIVA/ASSESSOR JURÍDICO


LEGISLATIVO/2020) A organização administrativa pode implicar desconcentração e descentra-
lização. A criação de empresas estatais
a) indica a desconcentração da organização administrativa, que se caracteriza pela criação de
pessoas jurídicas com competências próprias.
b) é expressão da descentralização administrativa, que implica a criação de pessoas jurídicas
com atribuições previstas em lei e em seus atos constitutivos.
c) e de outras pessoas jurídicas com personalidade jurídica de direito público configura forma
híbrida de organização administrativa.
d) depende da edição de lei instituidora dos entes, da qual também deverão constar as com-
petências próprias atribuídas a essas pessoas jurídicas dotadas de personalidade jurídica de
direito privado ou de direito público.
e) difere da instituição de autarquias e fundações, pessoas jurídicas que expressam a descon-
centração da Administração pública.

Vejamos um resumo simples:

DESCONCENTRAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
Técnica administrativa Distribuição de competência
Ocorre no interior de uma só pessoa jurídica Existem mais de uma pessoa jurídica ou física

A desconcentração não se confunde com a descentralização. No caso da questão, criou-se


uma empresa, uma entidade, resultado do processo de descentralização.
a) Errada, trata-se de descentralização.
c) Errada, as empresas públicas até podem serem consideradas híbridas, porque regidas pelo
direito público e privado. Já as autarquias são de direito público.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 92 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) Errada, as empresas estatais, sem exceção, são pessoas de direito privado.


e) Errada, difere do processo de criação das autarquias, porque estas são criadas por lei. Já as
fundações podem ou não serem criadas por lei. E, em todo caso, são resultados do processo
de descentralização, e não desconcentração.
Letra b.

034. (FCC/AUXILIAR LEGISLATIVO/ALAP/ATIVIDADE ADMINISTRATIVA E OPERACIONAL/


AUXILIAR DE TRANSPORTES/2020) A solicitação de expedição de passaporte para quem de-
sejar realizar viagem internacional deve ser feita perante o departamento competente, que é
órgão da União Federal,
a) compondo a Administração Pública Indireta e possui personalidade jurídica própria.
b) compondo a Administração Pública Direta e possui personalidade jurídica própria.
c) compondo a Administração Pública Direta, não possuindo personalidade jurídica própria.
d) compondo a Administração Pública Indireta, não possuindo personalidade jurídica própria.
e) não compondo nem a Administração Direta nem a Indireta, tendo em vista a particularidade
do serviço público a ser prestado.

A desconcentração é uma distribuição de competências dentro da estrutura de uma mesma


pessoa jurídica. Sendo assim, no contexto, da Administração Direta, a criação de órgãos públi-
cos tem a finalidade de propiciar um certo grau de especialização no desempenho das funções
administrativas. Porém, tais institutos são centros de competências despersonalizados, não
possuindo personalidade jurídica própria.
O passaporte, por sua vez, é um documento oficial que permite que um cidadão brasileiro se
identifique em outros países, sendo que a responsabilidade pela expedição, no território na-
cional, cabe à Polícia Federal, órgão permanente de Estado, organizado e mantido pela União.
Letra c.

035. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 23ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2016) Determinada


autarquia do Estado do Mato Grosso foi condenada a pagar indenização a um de seus servidores.
Após a condenação, utilizou-se do prazo em quádruplo para recorrer, e, na fase de execução da
condenação, alegou a impossibilidade de arcar com a indenização por não ter patrimônio próprio.
A propósito dos fatos,
a) incorreto o prazo recursal, que é em dobro para recorrer, bem como o fundamento do patri-
mônio, pois a autarquia tem patrimônio próprio.
b) correto tanto o prazo recursal, como o argumento relativo ao patrimônio.
c) correto o prazo recursal, mas incorreto o fundamento do patrimônio, pois a autarquia tem
patrimônio próprio.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 93 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) incorreto o prazo recursal, que, na hipótese, é prazo simples, mas correto o fundamento
do patrimônio.
e) incorreto o prazo recursal, que, na hipótese, é em dobro, mas correto o fundamento do patrimônio.

As autarquias são pessoas de direito público, e, por terem personalidade jurídica, contam com
obrigações e direitos próprios. Por isto, inclusive, podem ser acionadas na Justiça diretamente,
sem que o particular acione a Administração Direta.
O mais importante nesta questão é sobre o prazo recursal. Com o novo CPC, há a previsão de pra-
zo em dobro em todas as manifestações processuais. Tempos atrás, o prazo era em dobro para
recorrer e em quádruplo para contestar. Houve, portanto, uniformização do prazo (tudo em dobro).
Letra a.

036. (FCC/ANALISTA/COPERGÁS/ADMINISTRADOR/2016) A organização da Administração


pública brasileira compreende a Administração direta, composta pelos órgãos integrantes das
pessoas jurídicas políticas (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), e a Administração in-
direta, na qual se incluem
a) autarquias, caracterizadas como serviço público descentralizado sob o regime privado.
b) empresas públicas, que somente podem prestar serviço público.
c) organizações sociais, criadas por lei para prestação de serviços de utilidade pública.
d) sociedades de economia mista, de natureza privada, cuja criação é autorizada por lei.
e) fundações, com capacidade administrativa e política.

Vamos analisar as alternativas sequencialmente.


a) Errada. As autarquias, de fato, incluem-se entre as entidades da Administração Indireta. No
entanto, sobre o tema, vejamos a definição constante no Decreto-lei 200/1967 (inc. I do art. 5º):

I – Autarquia – o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita
próprios, para executar atividades típicas da administração pública, que requeiram, para seu melhor
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.

A definição é de 1967, mas é razoável. Todavia, omitiu-se a natureza da personalidade, que é de


direito público. E não poderia ser diferente, porque as autarquias desempenham atividades exclu-
sivas do Estado, sendo a personalidade de direito público a garantia de tratamento diferenciado.
b) Errada. As empresas públicas, de fato, incluem-se entre as entidades da Administração In-
direta. No entanto, elas podem prestar serviço público ou exercer a exploração de atividade
econômica. Sobre o tema, dispõe o art. 3º da Lei 13.303/2016 (lei das estatais):

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 94 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá
Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com cria-
ção autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União, do
Estado, do Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da empresa pública, a partici-
pação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da administra-
ção indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Essa nova redação corrige a impropriedade do Decreto-lei 200/1967, em que se previa a cria-
ção da entidade diretamente por lei. As pessoas estatais de direito privado são só autorizadas
por lei específica.
Para nós, o legislador poderia ter sido expresso, também, quanto aos campos de atuação da
empresa pública. As atuais empresas estatais, além da exploração de atividade econômica,
podem ser prestadoras de serviços públicos, exemplo da Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos, da INFRAERO e do METRÔ-SP.
c) Errada. As organizações sociais são entidades do Terceiro Setor, não integrantes da Admi-
nistração Indireta. A designação Terceiro Setor identifica a área pertinente e implicada com a
solução das questões sociais. No Brasil, convencionou-se que o Primeiro Setor é o Governo,
representante do Estado e maior provedor das necessidades de uma coletividade. No Segundo
Setor encontra-se a iniciativa privada, cuja competência administrativa dos meios de produção
cuida da satisfação dos anseios individuais, porém com finalidade lucrativa.
Podemos observar, portanto, que o surgimento do Terceiro Setor possui relação direta com o
aumento das carências e das ameaças de falência do Estado, com a consequente preocupa-
ção da iniciativa privada com essas questões sociais. O Terceiro Setor, então, é representado
por cidadãos integrados em organizações sem fins lucrativos, não governamentais, voltados
para a solução de problemas sociais e com objetivo final de gerar serviços de caráter público
d) Certa. Acerca das sociedades de economia mista (SEM), o art. 4º da Lei 13.303/2016 (lei
das estatais) assim as conceitua:

Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito pri-
vado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito
a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a
entidade da administração indireta.
§ 1º A pessoa jurídica que controla a sociedade de economia mista tem os deveres e as respon-
sabilidades do acionista controlador, estabelecidos na Lei n. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e
deverá exercer o poder de controle no interesse da companhia, respeitado o interesse público que
justificou sua criação.
§ 2º Além das normas previstas nesta Lei, a sociedade de economia mista com registro na Comis-
são de Valores Mobiliários sujeita-se às disposições da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 95 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

Vale aqui o apontamento feito com relação às empresas públicas: as sociedades mistas tam-
bém podem ser prestadoras de serviços públicos e não são criadas diretamente por leis, mas
apenas autorizadas.
e) Errada. De fato, as fundações públicas pertencem à Administração Indireta, mas a capacida-
de administrativa delas é genérica e não possuem capacidade política (essa, apenas os entes
federativos possuem - União, Estados, Municípios e Distrito Federal).
O inciso IV do art. 5º do Decreto-lei 200/1967 define a fundação pública como:

IV – Fundação Pública – a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lu-
crativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não
exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patri-
mônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos
da União e de outras fontes.
Letra d.

037. (FCC/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/COPERGÁS/2016) Uma empresa pública federal pre-


tende constituir-se sob a forma de sociedade unipessoal. Outra empresa pública federal pretende
constituir-se sob a forma de empresa pública unipessoal. A propósito do tema, é correto afirmar que
a) ambas são admitidas no âmbito federal e, apesar de distintas, nenhuma delas apresenta
Assembleia Geral.
b) não se admite, no âmbito federal, a criação de empresas públicas com formas inéditas
como as citadas no enunciado.
c) as formas de empresa pública citadas no enunciado são as mesmas, isto é, tratam-se de
empresas públicas idênticas.
d) as formas de empresas citadas são admitidas no âmbito federal e a diferença entre elas é que
na empresa pública unipessoal existe a Assembleia Geral, enquanto na sociedade unipessoal não.
e) as formas de empresas citadas são admitidas no âmbito federal e a diferença entre elas é que
na sociedade unipessoal existe a Assembleia Geral, enquanto na empresa pública unipessoal não.

Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, são configurações das empresas públicas: sociedade
unipessoal, sociedade pluripessoal e empresa unipessoal.
O nome sociedade revela tratar-se de uma empresa que pode ter dois ou mais sócios. Se tiver
apenas um sócio, será sociedade unipessoal; agora, se dois ou mais, sociedade pluripessoal.
Ora, tratando-se de sociedade em que há é possível a pluralidade de sócios, torna-se obrigató-
ria a constituição de uma assembleia geral.
A autora cita como exemplo a Cia. de Desenvolvimento do Vale do São Francisco, cujo capi-
tal pertence inteiramente à União; não obstante ter um único “sócio”, dispõe de assembleia
geral, conselho diretor, diretoria executiva e conselho fiscal; a justificativa para a existência
da assembleia geral (órgão pelo qual se manifesta a vontade dos sócios) seria o fato de que
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 96 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

seu capital foi dividido em 300 milhões de ações, com a previsão de participação, em futuros
aumentos de capital, de outras pessoas jurídicas de direito público, desde que a maioria per-
maneça de propriedade da União.
Já a empresa unipessoal corresponde à empresa individual do direito privado, com a diferença
de que a empresa pública tem personalidade jurídica e a constituição de empresa individual,
no direito privado, não acarreta a criação de pessoa jurídica. Ou seja, não é uma sociedade em
que permitirá o ingresso de novos sócios. É o caso da Caixa Econômica Federal (CEF). Por isto,
não há motivo de termos uma Assembleia Geral.
Do exposto, a diferença entre a empresa pública unipessoal e a empresa constituída sob a
forma de sociedade unipessoal está no fato de que nesta existe, e naquela não, a assembleia
geral, como órgão pelo qual se manifesta a vontade do Estado. Na primeira, essa vontade é
externa e, na segunda, é interna ou imanente.
Logo, nosso gabarito é a letra E.
Letra e.

038. (FCC/PROCURADOR DO ESTADO DO MARANHÃO/2016) Uma empresa pública e uma


sociedade de economia mista, ambas dedicadas à atividade bancária e controladas pelo mes-
mo ente político, decidem, por seus órgãos deliberativos competentes, promover conjunta-
mente a criação de uma outra entidade, voltada a prestar serviços de tecnologia da informação
necessários à automação de suas respectivas atividades-fim. A previsão é de que tal entidade
contará com a participação de capital privado em sua composição acionária. Em vista de tais
características, é certo tratar-se de
a) consórcio público, na modalidade de direito privado, sendo que será constituído por contrato cuja
celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo de intenções pelas entidades partícipes.
b) sociedade em comandita por ações, sendo que as empresas estatais figurarão como sócios
comanditados e os eventuais acionistas privados serão os sócios comanditários.
c) agência executiva, visto que se trata de entidade com a finalidade específica de executar
tarefas de forma descentralizada.
d) sociedade subsidiária, sendo que sua criação depende de prévia autorização legislativa.
e) parceria público-privada, na modalidade de concessão administrativa, em que as empresas
que promoveram a criação da nova entidade serão usuárias dos serviços por ela prestados.

Vamos analisar cada alternativa.


a) Errada, fala-se em consórcio público. Ora, consórcios são formados, exclusivamente, por en-
tes federativos, e entidades estatais são administrativas; logo, incabível a presente constituição.
b) Errada, as sociedades de economia mista são sempre sociedades anônimas. Apesar de
as comanditas por ações serem reguladas, supletivamente, pelas regras das anônimas, com
estas não se confundem.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 97 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

c) Errada, as agências executivas não são novas pessoas jurídicas. Ademais, são antigas au-
tarquias e fundações, ou seja, não são empresas estatais.
d) Certa. A entidade é uma estatal, porém, subsidiária. É o que a doutrina chama, na espécie,
de SEM de 2º Grau. Não precisam de lei específica. O STF permite a autorização genérica, ou
seja, uma autorização na própria lei institutiva.
A letra E está errada, o Estado não pode controlar a PPP. Está-se diante de uma parceria pú-
blico-privada.
Letra d.

039. (FCC/AUDITOR FISCAL DA RECEITA MUNICIPAL/TERESINA/2016) Empresa pública


municipal dependente, sujeita a regime de direito privado, pretende contratar novos emprega-
dos, para ocuparem postos que não sejam em comissão.
Para tanto, é lícito que adote como providência contratar novos empregados,
a) mediante concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal superior ao subsídio mensal
do Prefeito.
b) sem concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal superior ao subsídio mensal
do Prefeito.
c) sem concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal jamais superior ao subsídio
mensal do Prefeito.
d) mediante concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal jamais superior ao sub-
sídio mensal do Prefeito, exceto se a empresa em questão for uma exploradora de atividade
econômica de comercialização de bens e serviços.
e) mediante concurso público, oferecendo-lhes remuneração mensal jamais superior ao subsí-
dio mensal do Prefeito.

Com exceção feita aos empregos e cargos em comissão, as entidades da Administração In-
direta, ainda que de direito privado, devem realizar concurso público para acesso a cargos e
empregos públicos. Logo, incorretas as letras B e C.
Façamos a leitura de trechos do art. 37 da CF:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Dis-
trito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, pu-
blicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 19, de 1998)
XI – a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da adminis-
tração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políti-
cos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, in-
cluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal,
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 98 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá
subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito
do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo
e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no
âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores
e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 41, 19.12.2003)
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista,
e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Mu-
nicípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. (Incluído pela Emenda
Constitucional n. 19, de 1998)

Perceba que o enunciado da questão menciona, expressamente, empresa pública dependente,


ou seja, são aquelas que se submetem ao teto remuneratório. O §9º do art. 37 destina-se às
empresas governamentais independentes.
Portanto, no caso concreto, os empregados devem se submeter ao teto local, no caso, a remu-
neração não poderá ultrapassar o subsídio do Prefeito.
Daí a correção de letra E.
Letra e.

040. (FCC/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ MA/ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁ-


RIA/2016) As autarquias devem ser criadas por
a) lei e com personalidade jurídica de direito público.
b) decreto pelo Ministério ou Secretaria ao qual estejam vinculadas e podem ter personalidade
jurídica de direito privado ou de direito público.
c) decreto quando tiverem personalidade jurídica de direito privado; e lei quando tiverem perso-
nalidade jurídica de direito público.
d) lei e sua personalidade jurídica pode ser definida via decreto.
e) lei e podem atuar no mercado financeiro, uma vez que podem ter personalidade jurídica de
direito privado.

Abaixo, vejamos a disposição constitucional própria (inc. XIX do art. 37):

XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último
caso, definir as áreas de sua atuação;

As autarquias são pessoas de Direito Público, e, por isto, são criadas diretamente pela lei. Daí
a correção da letra A.
Letra a.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 99 de 147
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

041. (FCC/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ MA/ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁ-


RIA/2016) São exemplos de empresa pública e sociedade de economia mista, respectivamente:
a) Banco do Brasil S.A. e Caixa Econômica Federal.
b) Agência Nacional de Energia Elétrica e Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos.
c) Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Caixa Econômica Federal.
d) Companhia Nacional de Abastecimento e Banco do Brasil S.A.
e) Banco do Brasil S.A. e Companhia Nacional de Abastecimento.

a) Errada, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal são pessoas jurídicas de Direito Privado,
interventoras no domínio econômico. A diferença é que a CEF é empresa pública, e o BB é uma
sociedade de economia mista. Perceba que houve a inversão dos conceitos.
b) Errada. Sabemos que a ANEEL se trata de agência reguladora, e estas receberam a configu-
ração atual de autarquias em regime especial.
c) Errada, temos a citação da ECT. E, sabemos tratar-se de empresa pública da União.
e) Errada. Considerando que você desconheça o que faz ou é a CONAB, você sabe que o BB é
uma SEM, de onde concluímos que a CONAB é empresa pública (letra D).
Letra d.

042. (FCC/TÉCNICO DA RECEITA ESTADUAL/SEFAZ MA/ARRECADAÇÃO E FISCALIZAÇÃO


DE MERCADORIAS EM TRÂNSITO/2016) São exemplos de autarquias:
a) Banco do Brasil S.A. e Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil.
b) Caixa Econômica Federal e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária.
c) Petróleo Brasileiro S.A. e Instituto Nacional de Seguridade Social.
d) Casa da Moeda do Brasil e Serviço Federal de Processamento de Dados.
e) Instituto Nacional de Seguridade Social e Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

a), b) e c) Erradas. Como sabemos, BB é uma sociedade de economia mista. CEF é uma empre-
sa pública. Petrobras é uma sociedade de economia mista.
Suponhamos que você não conheça a natureza jurídica do SERPRO, da CMB e do IPHAN. Das
entidades, você conhece o INSS, autarquia da União. Assim, você optaria pela letra E, por ser o
nome mais conhecido, não é verdade?
Em todo caso, o SERPRO e a CMB são empresas públicas, pessoas de direito privado da União.
Letra e.

043. (FCC/PROCURADOR DO ESTADO DO MATO GROSSO/2016/VIII) O Estado X pretende


criar estrutura administrativa destinada a zelar pelo patrimônio ambiental estadual e atuar no
exercício de fiscalização de atividades potencialmente causadoras de dano ao meio ambiente.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 100 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

Sabe-se que tal estrutura terá personalidade jurídica própria e será dirigida por um colegiado,
com mandato fixo, sendo que suas decisões de caráter técnico não estarão sujeitas à revisão
de mérito pelas autoridades da Administração Direta. Sabe-se também que os bens a ela per-
tencentes serão considerados bens públicos. Considerando-se as características acima men-
cionadas, pretende-se criar uma
a) agência reguladora, pessoa de direito público, cuja criação se dará diretamente por lei.
b) agência executiva, órgão diretamente vinculado ao Poder Executivo, cuja criação se dará
diretamente por lei.
c) associação pública, pessoa de direito privado, cuja criação será autorizada por lei e se efeti-
vará com a inscrição de seus atos constitutivos no registro competente.
d) agência executiva, entidade autárquica de regime especial, estabelecido mediante assinatu-
ra de contrato de gestão.
e) fundação pública, pessoa de direito privado, cuja criação será autorizada por lei e se efetiva-
rá com a inscrição de seus atos constitutivos no registro competente.

a) Certa. As agências reguladoras são pessoas jurídicas de direito público, qualificadas direta-
mente pela lei. Não precisam assinar contratos de gestão. Seus dirigentes têm mandato fixo.
b) Errada. Criação de estrutura com personalidade jurídica própria. Ora, órgãos são destituídos
de personalidade jurídica.
c) e e) Erradas. O Estado “X” pretende criar pessoa jurídica, para a fiscalização de atividades, e
com bens públicos. Esta última informação é suficiente para excluirmos as letras C e E. Men-
cionaram-se pessoas de direito privado, e, como se sabe, seus bens são privados.
d) Errada, fala-se em agência executiva, autarquia sob o regime especial. De fato, são autar-
quias sob o regime especial, mas não é o contrato de gestão que confere o seu regime espe-
cial. O regime especial é conferido por decreto presidencial.
Letra a.

044. (FCC/DEFENSOR PÚBLICO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/2016) O regime jurídico


constitucional e legal vigente aplicável às entidades da administração indireta dispõe que
a) a remuneração dos empregados das empresas estatais que se dediquem à atividade econô-
mica em sentido estrito não está sujeita ao teto remuneratório constitucional.
b) as associações públicas não são consideradas entidades da administração indireta, em
razão de seu regime especial.
c) aos dirigentes das agências executivas é assegurado o desempenho de mandato fixo, du-
rante o qual não podem ser exonerados, senão por motivo justo, apurado mediante processo
administrativo em que estejam assegurados a ampla defesa e o contraditório.
d) estão sujeitos ao regime jurídico único os servidores da administração pública direta, das
autarquias e fundações públicas.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 101 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

e) os servidores das fundações criadas pelo Poder Público sempre se vinculam ao regime
geral de previdência social.

Com a ADI 2125, o STF suspendeu a aplicabilidade da nova redação do art. 39 da CF, e, com
isto, retornou o regime jurídico único para os servidores das pessoas jurídicas de Direito Públi-
co. Com outras palavras, autarquias não podem mais realizar concurso público para celetistas.
a) Errada, as empresas estatais, se dependentes do orçamento, sujeitam-se ao limite remuneratório.
b) Errada, nos termos da Lei dos Consórcios Públicos, as associações públicas integram a
Administração Indireta de todos os entes federativos consorciados.
c) Errada, aqui houve a inversão de conceitos com os membros das agências reguladoras.
e) Errada, os servidores das fundações podem ser efetivos ou comissionados. Se efetivos, seguem
o Regime Próprio de Previdência. Agora, se exclusivamente comissionados, vinculam-se ao RGPS.
Letra d.

045. (FCC/AGENTE/ALMS/APOIO LEGISLATIVO/2016) Determinado ente federado preten-


de descentralizar serviço público de sua competência transferindo-o para pessoa jurídica de
direito público. Para tanto,
a) deverá criar por lei específica autarquia, que passará a integrar a Administração indireta do Estado.
b) poderá instituir autarquia ou empresa pública, ambas por lei autorizativa, devendo, no entan-
to, motivar sua decisão.
c) deverá instituir por lei autarquia, que passará integrar a Administração direta do Estado.
d) poderá instituir autarquia, empresa pública ou sociedade de economia mista, a primeira por
lei, as demais por atos próprios, após a edição de lei autorizativa da instituição.
e) deverá criar por lei geral autarquia, que passará a integrar a Administração indireta do Estado.

Dispõe a CF, no inc. XIX do art. 37:

XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último
caso, definir as áreas de sua atuação;

As autarquias são pessoas de Direito Público, e, por isto, são criadas diretamente pela lei, para
integrar a Administração Indireta do Estado.
b) Errada, temos que as empresas públicas são, sim, só autorizadas por lei específica. Já as
pessoas de direito público, como é o caso das autarquias, são criadas diretamente por lei.
c) Errada, as autarquias são novas pessoas jurídicas e integram a Administração Indireta
do Estado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 102 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) Errada, não há erro na sentença. Ocorre que, no enunciado, requer-se uma pessoa de direito
público. E, na espécie, as empresas estatais são sempre constituídas sob a configuração de di-
reito privado.
e) Errada, a CF requer a edição de lei específica. No caso, lei geral é sinônimo para lei genéri-
ca, enfim, aquela que trata de assuntos diversos, entre os quais, a criação da entidade, o que
é vedado pela CF/88.
Letra a.

046. (FCC/AGENTE/ALMS/APOIO LEGISLATIVO/2016) O Estado, pela técnica da descentra-


lização, pode criar pessoas jurídicas com personalidade própria e distinta daquele, dentre as
quais figuram as autarquias e as sociedades de economia mista
a) que se sujeitam a regime jurídico de direito privado e contratam seu pessoal pela Consoli-
dação da Leis do Trabalho, não podendo admitir, mesmo que por concurso público, servidor
público estatutário.
b) que, respectivamente, sujeitam-se a regime jurídico de direito público e regime jurídico de
direito privado, sendo o regime estatutário o aplicável aos empregados de ambas as entidades.
c) criadas por lei específica sob o regime jurídico de direito privado, razão pela qual integram a
Administração pública indireta.
d) que não estão sujeitas a controle hierárquico do ente criador porque submetidas a regime
de direito privado.
e) que integram a Administração indireta do Estado, sendo a primeira sujeita a regime jurídico
de direto público e a segunda de direito privado, ambas não submetidas a controle hierárquico
do ente instituidor, mas tão somente finalístico.

Entre a Administração Direta e Indireta não há controle por subordinação ou hierárquico, mas
há o controle finalístico, o poder de tutela da Administração.
Na Indireta, são encontradas novas pessoas jurídicas, e todas administrativas. Ora com a persona-
lidade de direito público, como autarquias, ora com a personalidade de direito privado, exemplo das
sociedades de economia mista.
a) Errada, a SEM se sujeita a regime jurídico de direito privado e contratam seu pessoal pela
Consolidação da Leis do Trabalho e por concurso público. Os servidores públicos estatutários
acham-se nas autarquias, por exemplo.
b) Errada, o regime dos empregados é o celetista.
c) Errada, as pessoas de direito privado não são criadas diretamente por lei, são só autorizadas.
As autarquias, por sua vez, são criadas por lei específica.
d) Errada, sujeitam-se a controle finalístico do ente criador, o chamado poder de tutela
administrativa.
Letra e.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 103 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

047. (FCC/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/PGM TERESINA/ANALISTA ADMINISTRATI-


VO/2016) Pessoa jurídica de direito privado, constituída sob a forma da legislação brasileira, com
parte do capital pertencente a entes públicos, na condição de detentores do controle, prestadora
de serviço público, sujeita a regime licitatório para contratação das atividades meio, descreve uma
a) sociedade de economia mista.
b) autarquia.
c) fundação.
d) empresa pública.
e) autarquia especial.

a) Certa, fala-se em só parte do capital pertence aos entes públicos, ou seja, há mistura do
público com o privado. Ora, empresas públicas são 100% de capital social público.
b) e e) Erradas. Note: pessoa de direito privado!
c) Errada. Fala-se em controle; logo, há ações. E ação é para empresas estatais.
Letra a.

048. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE SP/ADMINISTRATIVA/2017) A Administração pú-


blica, quando se organiza de forma descentralizada, contempla a criação de pessoas jurídicas,
com competências próprias, que desempenham funções originariamente de atribuição da Ad-
ministração direta. Essas pessoas jurídicas,
a) quando constituídas sob a forma de autarquias, podem ter natureza jurídica de direito pú-
blico ou privado, podendo prestar serviços públicos com os mesmos poderes e prerrogativas
que a Administração direta.
b) podem ter natureza jurídica de direito privado ou público, mas não estão habilitadas a de-
sempenhar os poderes típicos da Administração direta.
c) desempenham todos os poderes atribuídos à Administração direta, à exceção do poder de
polícia, em qualquer de suas vertentes, privativo da Administração direta, por envolver limita-
ção de direitos individuais.
d) quando constituídas sob a forma de autarquias, possuem natureza jurídica de direito público, po-
dendo exercer poder de polícia na forma e limites que lhe tiverem sido atribuídos pela lei de criação.
e) terão natureza jurídica de direito privado quando se tratar de empresas estatais, mas seus bens
estão sujeitos a regime jurídico de direito público, o que também se aplica no que concerne aos
poderes da Administração, que desempenham integralmente, especialmente poder de polícia.

A Administração Indireta ou Descentralizada é criada a partir da lei. Ou a lei cria diretamente,


como é o caso das pessoas de direito público (exemplo clássico das autarquias), ou a lei só faz
autorizar a instituição, como é o caso das pessoas de direito privado (exemplo das estatais).

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 104 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

No item, há menção às autarquias, pessoas de direito público. São responsáveis pelo exercício
de atividade típica, exclusiva de Estado. O exercício do poder de polícia é dito pelo STF como
atividade exclusiva do Estado; logo, só pessoas de direito público podem desempenhá-lo.
a) Errada, as autarquias são sempre pessoas de direito público.
b) Errada, as autarquias, por exemplo, são pessoas de direito público e, necessariamente, rea-
lizam atividade típica de Estado. Há também pessoas de direito privado, exemplo da Infraero e
ECT, que prestam serviços públicos, com poderes típicos da Administração Centralizada.
c) Errada, o primeiro erro é que autarquias desempenham regularmente o poder de polícia, por
possuírem personalidade de direito público. Agora, as de direito privado, embora não possam
desempenhar por integral o poder de polícia, podem exercer algumas de suas vertentes. Para
o STJ, uma pessoa de direito privado pode cuidar da fiscalização e do consentimento, parte do
ciclo do poder de polícia.
e) Errada, há dois erros. O primeiro – e mais evidente – é que pessoas de direito privado não
exercem poder de polícia, ainda que integrantes da estrutura formal do Estado. O segundo é
que o regime dos bens só terá a proteção do direito público quando as estatais forem presta-
doras de serviços públicos.
Letra d.

049. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 24ª REGIÃO/APOIO ESPECIALIZADO/BIBLIOTECO-


NOMIA/2017) Com relação à Administração indireta, no que concerne às características das
autarquias, considere:
I – As autarquias só por lei podem ser criadas.
II – Apenas no caso de exaustão dos recursos da autarquia é que incidirá a responsabilidade
do Estado, que é subsidiária.
III – As autarquias não são subordinadas a órgão algum do Estado, mas apenas controladas.
IV – Os bens e rendas das autarquias, não apenas quando vinculados a suas finalidades essen-
ciais, mas em toda e qualquer circunstância, possuem imunidade tributária.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I, II e IV.
b) III.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) I e III.

I – Certa. Temos que as autarquias são sempre criadas por lei específica. Já as pessoas de
direito privado são autorizadas por lei.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 105 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

II – Certa. A responsabilidade das autarquias é direta, ou seja, é o seu patrimônio que responde
pelas dívidas. Agora, se houver algum óbice no pagamento, é possível cogitar-se da responsa-
bilidade subsidiária da Administração criadora, no caso, Administração Central ou Direta.
III – Certa. Entre as autarquias e a Administração Direta não há hierarquia, há vinculação. Existe
um controle finalístico por vinculação. Trata-se de uma aplicação do princípio da especialidade.
IV – Errada. A imunidade tributária das autarquias é restrita a impostos e, no caso, só quanto
ao atendimento de suas finalidades essenciais.
Letra d.

050. (FCC/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO À REGULAÇÃO DE TRANSPORTE/ARTESP/2017)


Considere as seguintes assertivas, concernentes ao conceito das autarquias:
I – Têm capacidade de autoadministração.
II – Integram a Administração indireta.
III – Dispõem de capacidade específica para a prestação de serviços públicos determinados.
IV – Podem ser criadas por ato administrativo.
Está correto o que consta APENAS em
a) I, II e III.
b) I, III e IV.
c) II e IV.
d) I e IV.
e) II e III.

I – Certa, as autarquias são dotadas de capacidade exclusivamente administrativa. Logo, con-


tam com autoadministração.
II – Certa, à semelhança das fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista,
integram a Administração Indireta, também chamada de Descentralizada.
III – Certa, as autarquias seguem o princípio da especialidade, enfim, um serviço genérico
prestado pela Administração Central é deslocado para a Administração Indireta. Logo, a essa
caberá executar tão somente aquela atividade, de forma específica, especial.
IV – Errada. As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, e, nesta qualidade, devem
ser criadas por lei específica. Atos administrativos não são hábeis, portanto, à criação.
Letra a.

051. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE PR/JUDICIÁRIA/2017) Uma autarquia pode


a) contratar empregados celetistas sem concurso público para provimento de funções em
seus quadros, hipótese em que não gozarão de estabilidade e garantia de demissão precedida
de processo administrativo disciplinar.
b) alienar bens de sua propriedade, desde que de natureza comum, por meio de pregão, vedada
a modalidade eletrônica quando for necessária a prestação de garantia.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 106 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

c) contratar bens e serviços por meio de regime jurídico de direito privado quando se tratar de
sua atividade fim e estiver sujeita a mercado concorrencial.
d) ser titular e executar serviços públicos essenciais quando assim lhe for atribuído pela lei que
a criou e que disciplina sua atuação, inclusive para fins de disciplinar o exercício dos poderes
típicos da Administração pública.
e) participar do capital social ou ser acionista de empresas estatais da mesma esfera de go-
verno, independentemente do que preveja a lei que a criou, bem como de seu escopo de atua-
ção, tendo em vista que também integram a Administração indireta e, como tal, sujeitam-se ao
mesmo regime jurídico e finalidade mediata.

As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, situadas na Administração Indireta.


Realizam atividade exclusiva do Estado, como é o caso do poder de polícia. São criadas dire-
tamente por meio de lei específica, e acham-se comumente ligadas a Ministério, por meio de
vinculação, sofrendo tutela ou controle finalístico.
a) Errada, as autarquias não podem mais contratar celetistas. Agora, só estatutários. Além
disso, os empregados existentes em tais pessoas só podem ser demitidos depois do devido
processo legal, com a observância do contraditório e da ampla defesa.
b) Errada, venda de bens por pregão? Nem pensar. O pregão é para a aquisição de bens. A ven-
da de bens pode ser por leilão, quando móveis, ou concorrência, se imóveis.
c) Errada, essa ideia é dirigida às empresas estatais interventoras no domínio econômico. Não
há essa distinção para as autarquias.
e) Errada, as pessoas estatais podem participar de capital de outras empresas. No entanto, o
inc. XX do art. 37 da CF determina a existência de autorização legislativa.
Letra d.

052. (FCC/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/PC AP/2017) Uma autarquia municipal criada para
prestação de serviços de abastecimento de água
a) deve obrigatoriamente ter sido instituída por lei e recebido a titularidade do serviço público
em questão, o que autoriza a celebração de contrato de concessão à iniciativa privada ou a
contratação de consórcio público para delegação da execução do referido serviço.
b) integra a estrutura da Administração pública indireta municipal e portanto não se submete
a todas as normas que regem a administração pública direta, sendo permitindo a flexibilização
do regime publicista para fins de viabilizar a aplicação do princípio da eficiência.
c) submete-se ao regime jurídico de direito privado caso venha a celebrar contrato de conces-
são de serviço público com a Administração pública municipal, ficando suspensa, durante a
vigência da avença, a incidência das normas de direito público, a fim de preservar a igualdade
na concorrência.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 107 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) pode ser criada por decreto, mas a delegação da prestação do serviço público prescinde de
prévio ato normativo, podendo a autarquia celebrar licitação para contratação de concessão de
serviço público ou prestar o serviço diretamente.
e) possui personalidade jurídica de direito público, mas quando prestadora de serviço público,
seu regime jurídico equipara-se ao das empresas públicas e sociedades de economia mista.

Primeiro, o ato de criação das autarquias, pessoas de direito público, é sempre por meio de lei
específica. É o que determina o inc. XIX do art. 37 da CF.
As autarquias são resultados do processo de descentralização e, assim, recebem a titularidade
dos serviços, e não apenas a execução.
A execução, por sua vez, pode ser entregue a particulares, por meio de concessões. Com as
concessões, há uma delegação negocial, com repasse, repita-se, somente da execução, man-
tendo-se a titularidade com a autarquia.
Agora, em relação aos consórcios, a contratação é prevista na lei 11.107/2005. Vejamos:

Art. 2º Os objetivos dos consórcios públicos serão determinados pelos entes da Federação que se
consorciarem, observados os limites constitucionais.
§ 1º Para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio público poderá:
(...)
III – ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Federação consorciados,
dispensada a licitação.

b) Errada, na verdade, as autarquias são consideradas um “longa manus” do Estado. As regras


da Administração Central são todas estendidas às autarquias.
c) Errada, não há vedação de uma autarquia ser concessionária de serviços públicos. É o que
prevê a Lei 8.987/1995. Porém, nunca se livrarão de cumprir as regras de direito público.
d) Errada, as autarquias só podem ser criadas diretamente por lei. O decreto é ato secundário.
E fica a informação de que a delegação dos serviços públicos, embora admitida, deve ser pre-
cedida de licitação. Claro que a autarquia pode optar pela prestação direta.
e) Errada, não há nivelamento às empresas estatais. Podem ser prestadoras de serviços públi-
cos, e até concessionárias. Mas isto, por si só, não as nivelará às pessoas de direito privado.
Letra a.

053. (FCC/CONSULTOR LEGISLATIVO/CLDF/REGULAÇÃO ECONÔMICA/2018) Além das


previsões constitucionais específicas, as agências reguladoras foram criadas em atendimento
ao disposto no artigo 174 da Constituição Federal, competindo-lhes
a) formular políticas públicas setoriais, em substituição ao Poder Legislativo e ao Chefe do
Poder Executivo, razão pela qual detêm poder normativo, fundado no princípio da eficiência e
da discricionariedade técnica.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 108 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

b) planejar, formular e implementar políticas de governo, estas que estão, como regra, subme-
tidas ao poder hierárquico do Poder Executivo, titular do serviço público setorial regulado, para
evitar o risco de captura pelos interesses dos agentes econômicos regulados.
c) o exercício do poder de polícia, do poder normativo e de fiscalização, em sua área de atua-
ção, dentre outros, nos termos das leis instituidoras.
d) o exercício do poder normativo, de fiscalização e de sanção contratual, excluindo-se o poder
de polícia, este que é exercido pelo ente público titular do serviço público regulado.
e) o poder de outorga, ou seja, a decisão quanto à conveniência e oportunidade de conceder, nos
termos do artigo 175 da Constituição Federal, a prestação do serviço público à iniciativa privada.

As agências reguladoras são autarquias em regime especial, tendo seus dirigentes, por exem-
plo, mandato fixo, afinal, não podem ser exonerados ad nutum. Tais agências atuam nas mais
diversas áreas, mas, em comum, destaca-se o papel fiscalizatório. E, como sabemos, a ativida-
de de fiscalizar terceiros (particulares) é condicionar e limitar suas atividades, sendo, portanto,
configurado o exercício regular do poder de polícia.
a) Errada, contam com poder normativo técnico, isso é verdade. Agora, não formulam políticas
públicas. São executoras das políticas públicas.
b) Errada, não há poder hierárquico. Como são autarquias, acham-se apenas vinculadas ao
Executivo Central, sem existência de subordinação.
d) Errada, o poder de polícia nasce, originariamente, com a entidade política. Agora, não há
vedação de delegação a entidades integrantes da Administração Indireta, se de direito público,
como é o caso das autarquias.
e) Errada, as agências reguladoras não costumam ser poder concedente, ou seja, outorgar a
prestação de serviços públicos a particulares. No entanto, uma vez previsto em lei, e tendo a
atividade escolhida como passível de delegação, a autarquia poderá sim funcionar como poder
concedente. Claro que, nesse caso, não é da agência a conveniência e oportunidade. O legisla-
dor prevê quais atividades podem ser objeto de delegação a particulares.
Letra c.

054. (FCC/AGENTE PENITENCIÁRIO/IAPEN/2018) Pessoa jurídica que se submete a regime


jurídico de direito privado, que integra a Administração indireta e cujo escopo social é a pres-
tação de serviços públicos, estando os empregados submetidos ao regime celetista, pode ser
a) empresa pública, não se submetendo, contudo, à norma constitucional que estabelece a
responsabilidade civil do Estado.
b) empresa pública, que também deve observar a obrigatoriedade de prévia licitação para for-
malizar suas contratações, ainda que não para todas.
c) autarquia, cuja criação deve se dar por lei, considerando que a finalidade seja a prestação de
serviços públicos, ainda que se submeta a regime jurídico de direito privado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 109 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) sociedade de economia mista, cujos empregados, ainda que celetistas, gozam de estabi-
lidade e só podem ser demitidos mediante processo administrativo, em razão da finalidade
institucional indicada.
e) sociedade de economia mista, que também pode se submeter a regime jurídico de direito
público, caso a lei que autorizou sua criação assim tenha determinado expressamente.

As empresas públicas são pessoas de direito privado e, como regra, devem licitar, embora não
necessitem seguir a Lei 8.666, pois se submete ao regime da Lei 13303. E, ainda conforme esta
lei, não há necessidade para a licitação em todos os casos, como na inexigibilidade de licitação.
Ainda, como vimos, na Administração Indireta, as entidades que são pessoas de direito privado
são as empresas públicas e as sociedades de economia mista. Assim, podemos descartar a
letra C, já que a autarquia é pessoa jurídica de direito público.
a) Errada, no enunciado, há menção de serem prestadoras de serviços públicos, e, nos termos
do §6º do art. 37 da CF/88, respondem objetivamente pelos danos causados.
d) Errada, temos dois erros. O primeiro é que não são estáveis, mas sim celetistas e, com essa
qualidade, não adquirem estabilidade. E, para o STF, só os empregados da ECT é que precisam
de motivação para o ato de desligamento.
e) Errada, o regime das estatais é de direito privado.
Letra b.

055. (FCC/PROCURADOR DO ESTADO DO TOCANTINS/2018) O Governo do Estado preten-


de instituir uma entidade dedicada a prestar serviços relacionados ao turismo no Estado e
encaminha à Assembleia Legislativa o respectivo projeto de lei autorizativa. Sabe-se que tal
entidade terá capital social dividido em quotas. O Governo estadual criará uma
a) autarquia.
b) fundação de direito privado.
c) associação pública.
d) empresa pública.
e) sociedade de economia mista.

Diz o enunciado que o Governo do Estado pretende instituir uma entidade dedicada a prestar
serviços relacionados ao turismo no Estado e encaminha à Assembleia Legislativa o respecti-
vo projeto de lei autorizativa.
O destaque da lei “autorizativa” já nos mostra que não se trata de uma autarquia (letra A) nem
uma associação pública (letra C). Como a finalidade da entidade é a prestação de serviços
relacionados a turismo, também podemos excluir a possibilidade de ser uma fundação de di-

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 110 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

reito privado (letra B), já que o fomento ao turismo não se encaixa nas atividades normalmente
destinadas a tais entidades administrativas.
Ficamos entre as letras D e E: empresas públicas ou sociedades de economia mista.
Note que o enunciado destaca, também, que a entidade terá capital social dividido em quotas.
No tocante às empresas públicas, ainda que a titularidade seja igualmente do poder público,
o capital social é dividido também entre particulares, que adquirem suas quotas por meios da
compra de ações.
Portanto, nosso gabarito é a letra D.
Letra d.

056. (FCC/ANALISTA EM GESTÃO/DPE AM/ADMINISTRAÇÃO/2018) As entidades inte-


grantes da Administração pública possuem diferentes características e contornos jurídicos,
muitos atrelados à própria finalidade por elas desempenhada e ao objeto cometido a cada
uma. Nesse sentido, as
a) fundações possuem necessariamente personalidade de direito público, não se submetendo
às regras do Código Civil.
b) autarquias podem ser constituídas com personalidade de direito público ou privado, a de-
pender da atividade desempenhada.
c) sociedades de economia mista, mesmo quando atuam em regime de competição no merca-
do, integram a Administração indireta.
d) empresas públicas se submetem integralmente ao regime jurídico de direito público, seja na
atividade meio ou na atividade fim.
e) organizações sociais, quando vinculadas ao poder público mediante contrato de gestão
passam a integrar a Administração indireta.

A exploração de atividade econômica pelo Estado por intermédio de suas entidades da Admi-
nistração Indireta deve ser feita por sociedades de economia mista e empresas públicas, ou
por subsidiárias destas. Ainda assim, pertencerão, sempre, à Administração Indireta.
a) Errada. No Decreto-lei 200/1967, as fundações públicas possuem personalidade jurídica de
Direito Privado. Ocorre que a doutrina majoritária admite a existência de fundações com perso-
nalidade de Direito Público. Além disso, conforme entendimento do STF (RE 101126/RJ), caso
uma fundação pública seja dotada de personalidade jurídica de Direito Público, constituirá uma
“espécie” do gênero autarquia. Assim, definidamente, uma fundação pública pode ser de Direi-
to Público ou de Direito Privado.
b) Errada. A natureza da personalidade das autarquias será sempre de Direito Público. E não
poderia ser diferente, porque as autarquias desempenham atividades exclusivas do Estado,
sendo a personalidade de Direito Público a garantia de tratamento diferenciado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 111 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) Errada. Quanto à natureza jurídica, as empresas públicas são pessoas jurídicas de Direito
Privado, com derrogações parciais de normas de Direito Público, afinal, devem, por exemplo,
realizar concursos públicos para a seleção de seus empregados e licitações para contratação
de seus fornecedores. Tais deveres (de licitar e de realizar concursos para seleção de pessoal)
são derivados de normas públicas, razão pela qual os doutrinadores afirmam que no caso de
tais entidades há um hibridismo (mistura). E aqui faz toda a diferença a atividade exercida por
tais entidades. Quando exploradoras de atividade econômica, prevalecerá o Direito Privado. Por
outro lado, quando prestadoras de serviços públicos, a predominância será do Direito Público.
e) Errada. As organizações sociais são entidades do Terceiro Setor, jamais integrando a Admi-
nistração Direta ou Indireta.
Letra c.

057. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 6ª REGIÃO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FE-


DERAL/2018) A criação de uma empresa estatal deve
a) observar a legislação civil e comercial aplicável à criação de empresas, exceto com relação ao
capital, que nos primeiros seis meses deve pertencer integralmente ao ente público que a criou.
b) ser precedida de autorização legislativa, o que a predicará com regime jurídico de direito
público, inclusive quanto a seus bens e obrigatoriedade de submissão a licitação para todos
os ajustes e contratos que celebrar.
c) ser autorizada em audiência pública a ser realizada para o setor econômico em que vai atuar,
de forma a serem colhidas eventuais impugnações quanto à concorrência desleal.
d) observar a legislação aplicável para instituição de empresas privadas, sem prejuízo de ter
sido previamente autorizada em lei, podendo ser prestadora de serviços públicos ou explora-
dora de atividade econômica.
e) ser feita por meio de lei, da qual constarão, como anexo, os atos constitutivos que deverão
ser levados a registro para regular funcionamento, e deverão prever o setor de atuação e o re-
gime jurídico de exploração da atividade.

O inc. XIX do art. 37 da CF/88 trata da forma de criação das pessoas jurídicas integrantes da
Administração Indireta. Se a pessoa é de direito público, a lei específica criará diretamente.
Agora, se de direito privado, a lei específica só faz autorizar a criação, cabendo o registro do
ato constitutivo no órgão peculiar.
São pessoas de direito privado: as empresas públicas, as sociedades de economia mista e par-
te das fundações públicas. As duas primeiras são chamadas, doutrinariamente, de empresas
estatais ou entidades empresariais.
Tais estatais podem ser prestadoras de serviços públicos como também no domínio econô-
mico. Veja o exemplo da ECT, prestadora de serviços públicos, e da Petrobras, interventora no
domínio econômico.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 112 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

Logo, nosso gabarito é a letra D.


a) Errada, as empresas públicas sempre serão 100% do capital social público, enquanto as
SEM podem ser, desde o início, formada por capitais públicos e privados.
b) Errada, o regime não é de direito público, mas de Direito Privado, com derrogações de direito
público, com o dever de concurso público e de licitar. Outro erro é que os bens são privados e
nem todos os contratos são submetidos à prévia licitação, havendo hipóteses de contratação
direta como inexigibilidade.
c) Errada, a autorização é legislativa e específica.
e) Errada, a lei não cria diretamente, mas apenas autoriza.
Letra d.

058. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 6ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2018) Na hipótese


de a Administração pública estadual pretender descentralizar serviço de sua competência
para atribuí-lo a pessoa jurídica ainda inexistente, sujeita a regime jurídico administrativo e
com personalidade de direito público,
a) deve criar por lei específica autarquia, que passará a integrar a Administração pública in-
direta estadual.
b) deve obter autorização legislativa para criar autarquia, que integrará a Administração
pública direta.
c) pode criar autarquia ou empresa pública, a primeira instituída por lei e a segunda pelo regis-
tro de seus atos constitutivos, ambas integrantes da Administração pública indireta.
d) pode escolher entre criar autarquia, empresa pública ou sociedade de economia mista, to-
das por lei específica, a última por lei complementar e as três integrantes da Administração
pública indireta.
e) deve criar por lei específica autarquia, que passará a integrar a Administração pública direta
estadual juntamente com o ente instituidor.

As pessoas administrativas são criadas ou por lei ou autorizadas por lei. Se forem de Direito
Público, exemplo das autarquias, são criadas diretamente por lei específica. Agora, se de Direi-
to Privado, como as empresas estatais, a lei será apenas autorizativa.
Sobre o tema, dispõe o art. 37 da CF/88:

XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último
caso, definir as áreas de sua atuação;

b) Errada, as autarquias são criadas diretamente por lei e integram a Administração Indireta.
c) Errada, a empresa pública é pessoa de direito privado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 113 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) Errada, as de Direito Privado são só autorizadas por lei. Outro detalhe é que se requer a cria-
ção de pessoa de Direito Público. EPs e SEM são pessoas jurídicas de Direito Privado.
e) Errada, as autarquias são resultado do processo de descentralização, ou seja, integram a Admi-
nistração Indireta.
Letra a.

059. (FCC/AUXILIAR DE FISCALIZAÇÃO AGROPECUÁRIA/AGED MA/2018) Suponha que o


Estado do Maranhão pretenda criar uma entidade integrante da Administração pública indireta,
com personalidade jurídica própria, sujeita ao regime jurídico de direito público, para atuar no
setor do agronegócio. Para atingir tal escopo, poderá se valer da instituição de
a) um conselho consultivo.
b) uma empresa pública.
c) uma autarquia.
d) uma organização social.
e) uma sociedade de economia mista.

A criação de uma autarquia se amolda perfeitamente às características trazidas no enunciado,


já que consiste em entidade integrante da Administração pública indireta, com personalidade
jurídica própria, sujeita ao regime jurídico de direito público.
a) Errada, pois um conselho consultivo teria natureza jurídica de órgão público, sem persona-
lidade jurídica.
b) Errada, a empresa pública se submete a um regime jurídico misto, vez que é regida predomi-
nantemente pelo direito privado, mas com derrogações do direito público.
d) Errada, pois as organizações sociais não integram a Administração Pública (direta ou indireta).
e) Errada, em que pese possuir personalidade jurídica própria, as sociedades de economia
mista se submetem a um regime jurídico misto, vez que são regidas predominantemente pelo
direito privado, mas com derrogações do direito público.
Letra c.

060. (FCC/TÉCNICO LEGISLATIVO/ALESE/APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2018)


Considere:
I – Desempenham serviço público descentralizado.
II – Sujeitam-se a controle administrativo exercido nos limites da lei.
III – Respondem diretamente pelos seus atos, ou seja, apenas no caso de exaustão de seus
recursos é que irromperá responsabilidade do Estado.
IV – Não detêm capacidade de autoadministração, haja vista que tal função é considerada
exclusiva do Estado.
No que concerne às características das autarquias, está correto o que consta em

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 114 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

a) I, II, III e IV.


b) I, II e IV, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III, apenas.
e) III e IV, apenas.

Sabemos que a autarquia tem natureza jurídica de Direito público e seus bens e receitas não se
confundem com os da Administração Direta, uma vez que as autarquias gozam de patrimônio
próprio, como pessoa jurídica de direito público autônoma.
Ainda, obedece aos princípios da administração pública e gozam de prerrogativas semelhan-
tes. Desse modo, possui capacidade de autoadministração (isto é, não produz o próprio direi-
to), devendo organizar-se hierarquicamente (poder hierárquico) em um conjunto de órgãos,
contando com quadro de servidores próprios, que não são servidores da administração direta,
mas servidores dos próprios quadros da autarquia.
Por fim, a autarquia apresenta os seguintes elementos formadores:
• Personalidade jurídica de direito público;
• Criada por lei específica;
• Capacidade de autoadministração;
• Descentralização por outorga legal;
• Controle finalístico (ou de tutela), exercido pelo ente que a criou.
Vamos analisar os itens.
I – Desempenham serviço público descentralizado.
Certa. As autarquias são fruto da descentralização por serviços. Note que a prestação descen-
tralizada é executada por uma pessoa diferente do ente federado a que a Constituição atribui
a titularidade do serviço.
II – Sujeitam-se a controle administrativo exercido nos limites da lei.
Certa. Exerce-se sobre às autarquias o controle finalístico ou de tutela. Com efeito, perceba
que, de fato, não existe relação de subordinação, mas, sim, relação de vinculação que funda-
menta o exercício do controle finalístico ou tutela.
III – Respondem diretamente pelos seus atos, ou seja, apenas no caso de exaustão de seus
recursos é que irromperá responsabilidade do Estado.
Certa. Conforme Celso Antônio Bandeira de Mello, os atos da autarquia são de sua responsa-
bilidade, porém no esgotamento dos recursos, a responsabilidade será repassada ao Estado,
como verdadeira responsabilidade subsidiária.
IV – Não detêm capacidade de autoadministração, haja vista que tal função é considerada
exclusiva do Estado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 115 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

Errada. As autarquias gozam de autoadministração. O que lhes é vedado é a capacidade de


criar o próprio direito, dentro dos limites constitucionais, que são exclusivos das pessoas pú-
blicas políticas.
Letra d.

061. (FCC/TÉCNICO LEGISLATIVO/ALESE/APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2018) Consi-


dere: Y é empresa pública federal e Z é sociedade de economia mista, também de âmbito federal.
Levando em conta as características de tais entidades,
a) ambas poderão revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.
b) Y deve, obrigatoriamente, estar estruturada sob a forma de sociedade anônima.
c) ambas admitem a presença de pessoas da iniciativa privada em seu capital.
d) apenas a empresa Y apresenta a característica da vinculação aos fins definidos na lei instituidora.
e) o capital de Z poderá ser formado da conjugação de recursos oriundos das pessoas de
direito público ou de outras pessoas administrativas, de um lado, e de recursos da iniciativa
privada, de outro.

Nas sociedades de economia mista é admissível a presença simultânea, como acionistas, de


pessoas integrantes da Administração Pública e de pessoas da iniciativa privada.
a) Errada, apenas as empresas públicas podem ser criadas por qualquer forma admitida em
direito, sendo certo que as sociedades de economia mista devem assumir, necessariamente, a
forma de sociedades anônimas.
b) Errada, a obrigatoriedade de ser estruturada sob a forma de sociedade anônima pertence às
sociedades de economia mista, tão somente, e não às empresas públicas, as quais podem ser
criadas por qualquer forma em direito admitida.
c) Errada, pelo contrário, o capital social das empresas públicas não admite a participação de
pessoas da iniciativa privada (particulares), e sim, tão somente, pessoas integrantes da Admi-
nistração Pública.
d) Errada, quaisquer entidades da administração indireta - no que se incluem as empresas
públicas e as sociedades de economia mista - apresentam a vinculação no tocante aos fins
que justificaram sua criação, os quais devem estar previstos na lei instituidora ou na lei que
autorizar sua instituição.
Letra e.

062. (FCC/TÉCNICO LEGISLATIVO/ALESE/TAQUIGRAFIA/2018) Integram a Administração


pública indireta, dentre outros, as empresas públicas e sociedades de economia mista que
a) são criadas por lei, sob regime de direito privado, para explorar atividade econômica de
produção ou comercialização de bens, não para exploração de serviços públicos, pois estes
exigem regime jurídico administrativo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 116 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

b) têm a criação autorizada por lei específica, personalidade jurídica de direito privado, poden-
do ambas explorar atividade econômica ou prestar serviços públicos.
c) têm a criação autorizada por lei, sendo a empresa pública instituída para exploração de
serviços públicos e a sociedade de economia mista para exploração de atividade econômica.
d) são criadas por lei, sob o regime de direito administrativo, pois ambas podem prestar servi-
ço público em regime de exclusividade ou não.
e) são criadas por seus estatutos jurídicos, independentemente de lei autorizativa, para explo-
rar atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou prestação de serviços,
ainda que o exercício econômico esteja sujeito ao regime de monopólio da União.

De fato, a criação das empresas públicas e sociedades de economia mista deve ser autorizada
por lei específica e elas podem explorar atividade econômica ou prestar serviços públicos.
a) Errada, na verdade, as empresas públicas e sociedades de economia mista podem prestar
serviços públicos. Além disso, a criação é autorizada por lei específica.
c) Errada, conforme já exposto, as empresas públicas e as sociedades de economia mista po-
dem explorar serviços públicos e atividade econômica.
d) Errada, na verdade, as empresas públicas e sociedades de economia mista têm a sua cria-
ção autorizada por lei específica, logo, não são diretamente criadas por lei. Além disso, elas
estão submetidas ao regime jurídico de direito privado, e não ao regime jurídico administrativo.
e) Errada, já afirmamos que as empresas públicas e sociedades de economia mista dependem
de lei autorizativa para a sua instituição. Além disso, as empresas estatais não poderão prestar
serviços sujeitos ao regime de monopólio da União.
Letra b.

063. (FCC/ANALISTA EXECUTIVO/SEGEP MA/ADMINISTRADOR/2018) O conceito de Ad-


ministração indireta, tal como utilizado na Constituição Federal, que, conforme esclarece a
conceituada administrativista Maria Sylvia Zanella di Pietro, é usado “no mesmo sentido subje-
tivo do Decreto-Lei n. 200/1967”, compreende:
a) as entidades controladas direta ou indiretamente pelo poder público, que atuem em regime
de competição no mercado, sujeitas, portanto, ao direito privado, assim entendidas apenas as
sociedades de economia mista.
b) apenas as pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei com as mesmas prerrogativas
e sujeições da dita Administração direta, assim entendidas as autarquias e fundações.
c) as pessoas jurídicas criadas ou autorizadas por lei, exclusivamente para a prestação de
serviços públicos, assim entendidas as empresas públicas, sociedades de economia mista e
concessionárias de serviços públicos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 117 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) as pessoas jurídicas de direito privado, cuja criação seja autorizada por lei, que tenham como
objeto a atuação no domínio econômico, assim entendidas as autarquias e empresas públicas.
e) pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei, como as autarquias, e também as de
direito privado que desempenham serviço público ou atividade econômica, incluindo as empre-
sas públicas e sociedades de economia mista.

Conforme o citado Decreto-lei 200/67, que em seu art. 4º, II, elenca as seguintes entidades
como integrantes da administração indireta:

Art. 4º A Administração Federal compreende:


(...)
II – A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de
personalidade jurídica própria:
a) Autarquias;
b) Empresas Públicas;
c) Sociedades de Economia Mista.
d) fundações públicas.

a) Errada, a expressão “entidades controladas direta ou indiretamente pelo poder público” é muito
ampla, abrangendo, por exemplo, empresas subsidiárias das empresas estatais (empresas pú-
blicas e sociedades de economia mista), sendo que, consoante entendimento majoritário, tais
subsidiárias não integram a administração indireta, devendo ser tidas como empresas privadas.
Nesse sentido, o STF, na ADI 1.649/DF, asseverou que as subsidiárias são empresas privadas,
não componentes, portanto, da administração pública.
b) Errada, o art. 4º, II, do Decreto-lei 200/67, abarca não apenas autarquias e fundações públi-
cas, como também empresas públicas e sociedades de economia mista, as quais têm, inega-
velmente, personalidade jurídica de direito privado. Ademais, mesmo as fundações públicas
podem também ser criadas como pessoas de direito privado, a depender da opção legislativa
e das intenções institucionais objetivadas.
c) Errada, a administração indireta também abrange entidades que não prestam serviços pú-
blicos, mas que exploram atividade econômica, em regime de competição com a iniciativa
privada. Ademais, as concessionárias de serviços públicos, as quais, no mais das vezes, são
empresas da iniciativa privada, não integram a administração indireta.
d) Errada, as autarquias são entidades criadas para executarem atividades/serviços típicos
de Estado, o que não engloba a exploração de atividade econômica. Ainda, sua personalidade
jurídica é de direito público, e não de direito privado.
Letra e.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 118 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

064. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRT 15ª REGIÃO/JUDICIÁRIA/OFICIAL DE JUSTIÇA


AVALIADOR FEDERAL/2018) As pessoas jurídicas que integram a Administração indireta, in-
dependentemente de sua natureza jurídica, submetem-se aos princípios que regem a Adminis-
tração pública. No que se refere à relação com a Administração direta,
a) os entes que integram a Administração indireta possuem personalidade jurídica própria e são
dotados de autogestão e autoadministração, não obstante possa haver dependência financeira.
b) os atos editados pelas pessoas jurídicas de direito público que integram a Administração in-
direta sujeitam-se à anulação ou revogação pela Administração Central, de ofício ou a pedido,
como expressão do poder de tutela.
c) as empresas estatais submetidas ao regime jurídico de direito privado não se sujeitam ao
poder de tutela da Administração central, sendo independentes administrativa, orçamentária e
financeiramente.
d) as organizações sociais e as organizações da sociedade civil de interesse público, quando
integrantes da Administração indireta, submetem-se ao poder de tutela da Administração cen-
tral e, portanto, ao controle finalístico exercido pela mesma, possibilitando o desfazimento de
atos que violem a legalidade.
e) as autarquias, como pessoas jurídicas de direito público, admitem a revisão de seus atos di-
retamente pela Administração central, desde que seja constatado vício de legalidade ou desvio
de finalidade, como decorrência lógica do poder de tutela.

Sobre a parte final da alternativa, pode haver entidade da administração indireta com relação
de dependência financeira? Sim, apesar de não ser algo comum.
Essas entidades são as chamadas “estatais dependentes”, que recebem recursos do ente
controlador (seja a União, o Estado, o DF ou um Município). Esses recursos se destinam a
pagamento de pessoal, custeio em geral e despesas de capital (salvo no caso de aumento de
participação acionária).
b) Errada, o poder de autotutela é exercido em cada entidade. Além disso, a relação entre as
entidades da administração Direta (Central) e a Indireta é finalístico, não hierárquico, o que
impediria a anulação ou revogação de atos.
c) Errada, como já afirmado, é esse poder de tutela que as empresas estatais se sujeitam. Tute-
la é outro nome dado ao controle finalístico, também conhecido como supervisão ministerial.
Vale reforçar que tal sujeição não importa subordinação hierárquica.
d) Errada, nem as Organizações Sociais nem as Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público fazem parte da Administração indireta.
e) Errada, as autarquias possuem poder de autotutela, pois este decorre da sua autonomia
administrativa. Sendo assim, ela não pode ter seus atos revisados pela administração central,
já que ela mesma deve revisar seus atos por vícios de legalidade ou por questões de mérito.
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 119 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

065. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRT 15ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2018) A constitui-


ção de uma pessoa jurídica para integrar a Administração indireta depende
a) de autorização legislativa para instituição, no caso das sociedades de economia mista, cujo
regime jurídico típico de direito privado não afasta a necessidade de se submeter a determina-
das regras e princípios aplicáveis às pessoas jurídicas de direito público.
b) de lei para criação do ente, quando se tratar de empresas estatais de natureza jurídica típica
de direito privado, independente do objeto social, não se lhes aplicando o regime jurídico de
direito público.
c) de lei autorizativa, no caso das autarquias, seguida de afetação de patrimônio e arquivamento
de atos constitutivos segundo a legislação civil vigente.
d) do arquivamento dos atos constitutivos no caso das autarquias, seguido de edição de
Decreto homologatório pelo Chefe do Executivo.
e) de lei autorizativa para criação de qualquer ente, independentemente da natureza jurídica,
fazendo constar como anexo do ato normativo os atos constitutivos da pessoa jurídica.

Para a constituição de uma pessoa jurídica que integra a Administração indireta, temos duas
opções: diretamente por lei (no caso de constituição de pessoas jurídicas de direito público)
ou por autorização legislativa (no caso de constituição de pessoas jurídicas de direito privado).
a) Certa, pois sendo uma pessoa jurídica de direito privado, o modo de instituição se dá por meio
de autorização legislativa. E mesmo sendo uma pessoa de direito privado, elas precisam se sub-
meter a determinadas regras e princípios aplicáveis às pessoas jurídicas de direito público.
b) Errada, pois se é empresa estatal, não é criada por lei, mas por autorização legislativa.
c) Errada, pois se é entidade de direito público, não é criada por lei autorizativa, mas sim dire-
tamente por lei diretamente.
d) Errada, pois em nenhuma hipótese haverá edição de decreto homologatório pelo Chefe do
Executivo. A Administração segue o princípio de reserva legal, conservando à lei a prerrogativa
de criar ou autorizar a criação das entidades da Administração Indireta.
e) Errada, pois a lei autorizativa apenas cria entidades de direito privado.
Letra a.

066. (FCC/AUDITOR PÚBLICO EXTERNO/TCE-RS/ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA OU DE EM-


PRESAS/2018) Dentre as prerrogativas ou deveres passíveis de serem atribuídos às autarquias,
a) inclui-se a impenhorabilidade de seus bens, que exige expressa previsão na lei que institui o ente.
b) inclui-se a submissão a regime jurídico de direito público decorrente da finalidade de
prestação de serviços públicos, o que não ocorre quando o escopo do ente for exploração
de atividade econômica.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 120 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

c) incluem-se a execução de serviços públicos, bem como a delegação da titularidade dos


mesmos às pessoas jurídicas daquela natureza, que demandam previsão na lei específica que
cria referidos entes.
d) não se incluem as prerrogativas inerentes à Administração central para alteração unilateral
de contratos administrativos.
e) não se inclui o regime de execução próprio da Fazenda Pública, que prevê o pagamento de
débitos judiciais por precatórios.

Uma forma clássica de descentralização administrativa é a chamada descentralização funcio-


nal, técnica ou por serviços. Com esta, o Estado transfere, além da execução, a titularidade dos
serviços. Dá-se, comumente, às autarquias, pessoas jurídicas de Direito Público, integrantes da
Administração indireta do Estado.
a) Errada, pois os bens das autarquias são sempre públicos. E bens públicos, independente-
mente de qualquer lei, é sempre impenhorável.
b) Errada, pois as autarquias não desempenham atividade econômica, mas, sim, são presta-
doras de serviços públicos.
d) Errada, pois os contratos celebrados com as autarquias são administrativos. Tais contratos
são marcados, nos termos do art. 58 da lei de licitações, pelas cláusulas exorbitantes, que são
dispositivos que desnivelam a relação contratual a favor do Estado em prol da preservação do
interesse coletivo, a exemplo da alteração unilateral.
e) Errada, pois as autarquias e as fundações públicas de Direito Público acham-se no conceito
de Fazenda Pública. E, por isso, gozam das prerrogativas processuais para a Fazenda.
Letra c.

067. (FCC/ANALISTA TÉCNICO/SP PARCERIAS/2018) Um empregado público de uma em-


presa estatal do setor de energia apresentou requerimento dirigido ao Ministério ao qual está
administrativamente vinculada aquela pessoa jurídica, pleiteando que fosse estendida adminis-
trativamente à sua categoria uma gratificação recentemente concedida aos ocupantes de cargo
efetivo naquele órgão e sujeitos ao regime da Lei n0 8.112/1990. O Ministro indeferiu o pedido,
a) não tendo referida decisão natureza de ato administrativo, considerando que se trata de in-
deferimento dirigido a empregado público, cujo vínculo funcional com o ente da Administração
indireta é de natureza privada.
b) não cabendo recurso administrativo contra referida decisão, considerando que o empregado
não integra a estrutura hierárquica da secretaria e que o autor da decisão é a mais alta autori-
dade do órgão.
c) o que não possui fundamento jurídico, considerando que a distinção de regimes funcionais
entre cargos e empregos públicos não impede a extensão administrativa de vantagens e grati-
ficações reciprocamente entre seus ocupantes.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 121 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) sob o fundamento de que a vantagem fora estrita e regularmente concedida aos ocupantes
de cargo efetivo, de acordo com o regime estatutário a que se submetem, cabendo às empresas
estatais a emissão de suas decisões e deliberações, observadas as competências estabelecidas
em seus atos constitutivos, que devem ser aderentes à lei que autorizou a criação das mesmas.
e) sendo indispensável a motivação do ato, por se tratar de ato discricionário, o que impedirá o
questionamento judicial de qualquer de seus elementos ou atributos.

Primeiro, nas estatais não temos detentores de cargos públicos, mas sim empregados pú-
blicos. Tais empregados são regidos não por lei, como os civis da União (lei 8.112), mas sim
regidos pela CLT. Logo, o regime é de natureza contratual, e não estatutária, e as vantagens
previstas em lei, no caso na lei 8.112, não podem ser estendidas aos empregados das estatais.
Dentro das normas das estatais, faz-se possível a criação de gratificações e vantagens, até,
se assim entenderem conveniente, próximas das previstas na lei 8.112. O que não se admite é
que o Ministro da área supervisora estenda, por simetria, tais vantagens. Até porque entre tais
estruturas não se aplica a simetria.
a) Errada, os atos produzidos por ministros de Estado são atos administrativos. O que não
são atos administrativos são os produzidos por estatais interventoras no domínio econômico,
por exemplo.
b) Errada, excepcionalmente, se houver previsão expressa, até poderemos ter recurso hierár-
quico. Isso é o que a doutrina chama de hierárquico impróprio.
c) Errada, de fato, impede a extensão. Os regimes são diversos, logo, não podem ser criadas
vantagens e gratificações por ato administrativo.
e) Errada, primeiro, que o ato não é discricionário, embora necessite de motivação. Segundo
que, se o Ministro tivesse deferido, o ato, ainda que discricionário, seria ilegal, e, por isso, sus-
cetível de controle pelo Poder Judiciário.
Letra d.

068. (FCC/TÉCNICO MINISTERIAL/MPE PE/ADMINISTRATIVA/2018) Uma sociedade de


economia mista prestadora de serviços públicos de abastecimento de água à população
a) integra a Administração pública indireta, submetendo-se a regime jurídico de direito privado
em suas relações, sejam elas contratuais ou funcionais, o que impede a submissão das mes-
mas a normas e princípios típicos da Administração direta.
b) não se submete à necessidade de realização de licitações para contratação de serviços e outros
objetos pertinentes à sua gestão operacional, pois se trata de pessoa jurídica de direito privado.
c) responde civilmente pelos danos causados por seus servidores no exercício de suas funções,
sob a modalidade subjetiva, para evitar concorrência desleal e ofensa ao princípio da isonomia.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 122 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) tem regime de bens integralmente aderente ao regime jurídico de direito público, para tutela
do seu escopo de atividades, sendo necessária lei formal para autorizar a alienação de qualquer
de seus bens.
e) submete-se à responsabilidade extracontratual nos mesmos moldes da Administração di-
reta, em razão do seu escopo de atuação, respondendo objetivamente pelos danos causados
por seus agentes no exercício de suas atividades.

Tratando-se de empresa estatal prestadora de serviços públicos, a ela se aplica o art. 37, § 6º,
da CF/88, que contempla a responsabilidade civil objetiva do Estado, a qual se caracteriza por
independer da demonstração de dolo ou culpa.

Art. 37 (...)
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

a) Errada, em se tratando de sociedade de economia mista prestadora de serviços públicos, o re-


gime jurídico que lhe é aplicável é predominantemente de direito público, e não de direito privado.
Ainda assim, mesmo que a hipótese fosse de estatal exploradora de atividade econômica, ainda
assim, haveria a incidência de “normas e princípios típicos da Administração direta”, como, por
exemplo, o dever de realizar concurso público e de contratarem, em regra, mediante prévia licitação.
b) Errada, o dever de licitar estende-se às sociedades de economia mista, indistintamente,
porquanto presente no art. 37 da Constituição, que se destina a toda a Administração Pública,
direta e indireta.
c) Errada, em se tratando de empresa estatal prestadora de serviços públicos, a ela se aplica o
art. 37, §6º, da CF/88.
d) Errada, de fato, o regime jurídico dos bens públicos é aplicável, por extensão, aos bens das
sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos. Todavia, isto somente se
aplica àqueles bens efetivamente afetados à prestação dos serviços, e não e todo e qualquer
bem integrante do patrimônio de tais entidades. Ainda, a autorização legislativa somente se
destina, nos termos da Lei 8.666/93, aos bens imóveis pertencentes à Administração direta,
autarquias e fundações públicas, não se destinando, pois, aos bens móveis, genericamente,
bem aos imóveis de outras entidades, que não as autarquias e fundações.
Letra e.

069. (FCC/ANALISTA ADMINISTRATIVO/SEAD AP/2018) Uma empresa municipal prestadora


de serviço de saneamento básico

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 123 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

a) pode contratar servidores por meio de concurso público para provimento de cargo efetivo,
tendo em vista que foi criada para prestação de serviços públicos.
b) depende de lei para ser instituída, instrumento que deverá disciplinar seu escopo de atuação
e o regime jurídico a que se submeterá, assim como seus bens.
c) presta serviços públicos por delegação do poder concedente, sendo obrigatório que com
este celebre contrato de concessão, no qual será disciplinada a forma de remuneração.
d) deve ter sua criação precedida de autorização legislativa, podendo se remunerar pelos ser-
viços públicos prestados mediante cobrança de tarifa diretamente dos usuários.
e) não se submete a regime jurídico de direito público, porque constituída sob a forma de em-
presa e, se independente, não fica obrigada ao regime licitatório para celebração de contratos
e à realização de concurso público para contratação de pessoal.

A criação da empresa estatal ocorre com a prévia autorização da lei específica, e a posterior
inscrição do ato constitutivo no registro competente. Além disso, o art. 175, parágrafo único da
CF/88, permite a prestação de serviços públicos mediante o pagamento de tarifa.
a) Errada, as empresas públicas são obrigadas a realizar concurso público para a contratação
de servidores, por força do art. 37, II da CF/88.
b) Errada, a instituição das empresas estatais se dá mediante lei específica que autoriza a sua
criação; todavia, o nascimento dos referidos entes ocorre com o registro dos atos constituti-
vos no órgão competente. No que tange ao seu regime jurídico, tal previsão consta da Lei n.
13.303/16, que estabelece o estatuto das empresas estatais.
c) Errada, as empresas estatais prestam serviços por meio de outorga, pois a lei transfere a
titularidade e a execução dos serviços ao ente que foi criado. Além disso, não há necessidade
de celebração de contrato de concessão.
e) Errada, as empresas estatais possuem regime híbrido, ou seja, submetem-se não apenas ao
regime privado, mas também ao regime público, sendo obrigadas a realizar concursos públi-
cos, licitações, prestar contas aos Tribunais de Contas etc.
Letra d.

070. (FCC/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/SEAD AP/2018) As sociedades de economia


mista exploradoras de atividade econômica
a) editam atos administrativos e celebram contratos administrativos, independentemente de sua
área de atuação, pois se submetem a regime jurídico de direito público, ainda que se trate de pes-
soas jurídicas de direito privado, na medida em que integram a Administração pública indireta.
b) submetem-se a regime jurídico integralmente de direito privado, não lhes sendo exigida a
submissão a normas e princípios de direito público, sob pena de inviabilizar sua participação
em igualdade de competição no mercado.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 124 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

c) devem ter previsão em seus estatutos sobre o regime jurídico a que se sujeitam, público
ou privado, o que as predicará para participação no mercado em igualdade de competição ou
observância das normas de direito público, tal como obrigatoriedade de submissão à licitação.
d) são formas de participação do Estado em atividades econômicas, submetendo-se a algu-
mas normas de direito público, em razão da participação pública na composição do capital,
embora sujeitas a regime jurídico típico das empresas privadas.
e) atuam em regular competição no mercado, tal qual as sociedades de economia mista pres-
tadoras de serviços públicos, e sob regime estritamente privado, a fim de que sua existência
não configure ofensa à livre competição.

a), b) e e) Erradas, vide comentário a seguir (letra D).


c) Errada, independentemente de previsão em seus estatutos, as sociedades de economia
mista se submeterão a ambos os regimes.
d) Certa. As sociedades de economia mista exploradoras de atividade de econômica são sub-
metidas ao regime jurídico de direito privado, que é parcialmente derrogado pelo regime de
direito público, obrigando esses entes a realizar concurso público, prestar contas aos órgãos
de controle externo, dentre outros aspectos de direito público.
Letra d.

071. (FCC/ASSISTENTE TÉCNICO FAZENDÁRIO/MANAUS/2019) A organização adminis-


trativa descentralizada tem como característica inerente ao modelo
a) o estabelecimento de estruturas hierarquizadas nas diversas pessoas jurídicas que com-
põem a Administração indireta, com servidores com vínculo funcional estatutário, porque re-
presentantes de atividades estatais.
b) a criação de pessoas jurídicas integrantes da Administração indireta, variados os regimes
jurídicos a que se sujeitam, mas comum entre elas a obrigatoriedade de submissão a concurso
público para contratação de empregados públicos.
c) a competência para edição de atos administrativos discricionários e vinculados, vedada a
delegação de poder normativo, privativo da Administração central.
d) os poderes disciplinar e hierárquico, que projetam efeitos sobre os servidores estatutários e
celetistas que integram seus quadros, bem como sobre terceiros contratados para prestação
de serviços de quaisquer naturezas.
e) o enquadramento, para fins de caracterização de sujeito ativo de ato de improbidade, dos servi-
dores e administradores integrantes das diversas pessoas jurídicas que integram, à exceção daque-
las sujeitas a regime jurídico de direito privado, como preservação da igualdade de concorrência.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 125 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

O Estado pode tanto realizar suas funções de forma centralizada como descentralizada. A
centralização dá-se na Administração Direta, composta por um conjunto de órgãos, unidades
desprovidas de personalidade jurídica. Já a descentralização remete-nos à ideia de novas pes-
soas administrativas, dotadas de personalidade ora de direito público ora de direito privado.
As autarquias, fundações, SEMs e EPs compõem a Administração Indireta ou Descentralizada,
possuindo regimes jurídicos diversos, mas, em comum, contam com restrições de Direito Públi-
co, a exemplo do dever de licitar e de fazer concurso público para seus quadros de servidores.
a) Errada, temos que as estruturas são vinculadas à Administração Central. Podemos ter, no
entanto, na Administração Indireta estruturas hierarquizadas. Por exemplo, o INSS é autarquia,
e tem órgãos espalhados por todo o território nacional. No entanto, outro erro está na citação
de que os servidores são estatutários. O estatuto é o regime legal para os servidores, e nem
todos seguem a lei, alguns seguem a CLT, e, por isso, chamados de celetistas, a exemplo dos
servidores das empresas estatais.
c) Errada, na verdade, a Lei 9.784/1999, conhecida como a lei de processo administrativo fe-
deral, veda a delegação de atos normativos, sejam discricionários ou vinculados, e não apenas
o regulamentar do chefe do Executivo. Na realidade, o que não se permite é a delegação do
poder regulamentar. As matérias de decreto autônomo, ainda de conteúdo normativo, poderá
ser objeto de delegação ao PGR, AGU e Ministros.
d) Errada, os particulares que prestam serviços à Administração sujeitam-se, sim, ao poder
disciplinar, afinal, este pressupõe a existência de vínculo especial, como é o caso dos contra-
tados. Agora, tais particulares não fazem parte da estrutura hierarquizada, e, por isso, não se
submetem aos feixes do poder hierárquico.
e) Errada, o art. 2º da lei de improbidade alcança todo aquele que exerce cargo, emprego ou
função. Ou seja, empregado, embora lotado em empresa estatal, pode ser considerado agente
público para fins de configuração do ato como de improbidade.
Letra b.

072. (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF 4ª REGIÃO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDE-


RAL/2019) Determinado Município pretende descentralizar o serviço público de limpeza urbana
e de manejo de resíduos sólidos. Em vista das alternativas disponíveis, caso opte por constituir
a) uma autarquia, não será necessário promover o registro do ato constitutivo, pois a natureza
de direito público desta entidade dispensa tal providência.
b) uma empresa pública, não será necessária autorização legislativa, pois a criação de tais
entidades decorre do poder regulamentar autônomo atribuído aos Chefes do Poder Executivo.
c) um consórcio público, deverá publicar chamamento de projetos, para que outras entidades
interessadas venham a manifestar o interesse em se associar.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 126 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) uma fundação pública, não será necessária autorização legislativa, pois a criação de tais
entidades decorre do poder regulamentar autônomo atribuído aos Chefes do Poder Executivo.
e) uma sociedade de economia mista, deverá obrigatoriamente dotá-la da forma de sociedade
de responsabilidade limitada, de modo a preservar a incolumidade do patrimônio público.

Na Indireta, há pessoas de Direito público e privado, sendo as autarquias um exemplo clássico


de entidade de direito público, todas resultado do processo de descentralização. E o enunciado
requer, exatamente, a prestação de forma descentralizada.
b) Errada. São criadas a partir do registro constitutivo, mas sempre há, previamente, lei espe-
cífica. O inc. VI do art. 84 da CF/88 veda decreto independente para criar órgãos e entidades.
c) Errada. O consórcio público é o resultado da congregação de esforços exclusivos de entida-
des políticas. Ainda que possa ser reconhecido como forma de descentralização, não teremos
a participação de entidades outras que não federativas.
d) Errada. O decreto autônomo não pode criar órgãos ou entidades, por ser algo afeto à reserva
legal. Há a necessidade, portanto, de lei específica, para criar, se de direito público, ou só auto-
rizar, se de direito privado.
e) Errada. Não há vedação de constituir-se uma SEM, porém, tais pessoas são sempre socieda-
des anônimas. A responsabilidade por cotas, limitada, portanto, é algo que pode ser viabilizado
para as empresas públicas, as quais podem assumir qualquer configuração admitida em direito.
Letra a.

073. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TJ MA/APOIO TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2019) Dife-


rem as autarquias das empresas estatais, por exemplo, quanto
a) ao regime de execução de seus débitos, pois somente as empresas públicas sujeitam-se ao
regime de precatórios.
b) à forma de composição do capital social, pois as autarquias pertencem integralmente ao
mesmo ente público.
c) à forma de sua criação, pois as autarquias são criadas por lei, enquanto as empresas esta-
tais têm sua instituição autorizada por lei.
d) ao regime jurídico de seus bens, considerando que somente o patrimônio das sociedades de
economia mista está sujeito ao regime jurídico de direito público.
e) ao critério de contratação de seus empregados, pois somente as autarquias estão obriga-
das à regra do concurso público.

Assim prevê a CF, no art. 37:

XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último
caso, definir as áreas de sua atuação;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 127 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

a) Errada. Não há regime de precatórios para as empresas estatais. Só a Fazenda Pública con-
ta com tal prerrogativa, ou seja, pessoas de direito público. Só um detalhe: na visão do STF, há
pessoas de direito público que não pagam por precatórios, a exemplo dos Conselhos Profissio-
nais, e de Direito Privado que pagam por precatórios, a exemplo da ECT.
b) Errada. No entanto, a alternativa é polêmica. As autarquias não podem ser interfederativas:
esse foi o entendimento do STF. Mas temos dois possíveis erros: o primeiro é que empresas
públicas são estatais e podem ser 100% de capital social de um único ente político, quando
então não teremos distinção. Agora, acredito que o erro tenha sido decorrente da leitura da Lei
11.107, a lei dos consórcios públicos, afinal, hoje, temos as associações públicas, de natureza
autárquica, e formada pela conjugação de capital de dois ou mais entidades políticas.
d) Errada. Não há regime público, como regra. Será até possível, mas se prestadora de servi-
ços públicos.
e) Errada. A regra do concurso público é aplicável para cargos e empregos, inclusive nas em-
presas estatais, a exemplo das empresas públicas e sociedades de economia mista.
Letra c.

074. (FCC/AGENTE ADMINISTRATIVO/CM FORTALEZA/2019) O Estado X pretende criar


uma entidade da Administração Indireta, para desempenho de funções tipicamente estatais.
Sabe-se que a existência legal da referida entidade não depende de inscrição de seus atos
constitutivos no registro civil de pessoas jurídicas ou na junta comercial. Diante de tais carac-
terísticas, tal entidade é uma
a) empresa pública.
b) autarquia.
c) sociedade de economia mista.
d) fundação de direito privado.
e) empresa privada paraestatal.

Perceba que, pelo enunciado, faz parte da Administração Indireta. Não temos a personalidade
jurídica; logo, a resposta deve ser: autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista
ou empresa pública.
Com esta informação, afastamos as letras D e E.
Agora, perceba que, na letra B, temos a autarquia, pessoa jurídica de direito público. E nas le-
tras restantes pessoas de Direito Privado.
Mas, a existência das empresas estatais dá-se diretamente com a lei específica? Vejamos
(CF/88, art. 37):

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 128 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último
caso, definir as áreas de sua atuação;

Destaca-se que a lei é específica seja para a criação da autarquia, seja para a autorização das
demais entidades. Ainda que o efeito prático seja o mesmo, pois sempre se exige a edição de
lei específica, tem-se que, juridicamente, a lei que cria é diferente da lei que autoriza.
De fato, pode-se afirmar que a autarquia “nasce” com a lei, enquanto as demais entidades da
indireta estão “autorizadas a nascer”, dependendo de um ato posterior para que possam efeti-
vamente funcionar, ou seja, para exercer os direitos inerentes à personalidade jurídica.
Letra b.

075. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRF 3ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/2019) Para maior es-


pecialização na execução de atividades de sua competência, os entes políticos podem promo-
ver a criação de entidades descentralizadas, que comporão a chamada Administração Indireta.
No tocante à Administração Indireta,
a) a empresa pública é entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patri-
mônio próprio e capital exclusivamente estatal, devendo revestir-se obrigatoriamente da forma
de sociedade anônima.
b) as entidades da Administração Indireta que sejam dotadas de personalidade jurídica de di-
reito privado, em vista da maior flexibilidade do seu regime jurídico, são dispensadas de fazer
licitação para realizar suas contratações.
c) somente por lei federal poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, seja qual for o ente político envolvido.
d) a empresa pública, a sociedade de economia mista e as respectivas subsidiárias, que explo-
rem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de servi-
ços, estão sujeitas a regime de licitação e contratação pública idêntico ao aplicável aos órgãos
da Administração Direta e às entidades de direito público, como as autarquias.
e) a vedação constitucional à acumulação de cargos, empregos e funções públicas abrange
também as autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas
subsidiárias e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.

Exatamente como previsto na CF, no art. 37:

XVII – a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações,


empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas,
direta ou indiretamente, pelo poder público;

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 129 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

a) Errada. Na verdade, as sociedades de economia mista é que devem ser sempre S.A. Já as
empresas públicas podem assumir qualquer tipo de configuração admitida em direito.
b) Errada. As autarquias também integram a Administração Indireta e são pessoas jurídicas
de Direito Público.
c) Errada. As entidades da Indireta são criadas ou autorizadas por lei, porém, dentro da compe-
tência de auto-administração de cada entidade política.
d) Errada. Hoje, as estatais não seguem mais as regras da Administração Direta ou Autárquica,
ou seja, a lei 8.666. Aplica-se a Lei 13.303, estatuto próprio.
Letra e.

076. (FCC/ANALISTA EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA/SPPREV/2019) As autarquias são pes-


soas jurídicas integrantes da Administração pública indireta, que podem ter receitas próprias e
receber recursos orçamentários e financeiros do erário público. No caso de uma autarquia auferir
receitas próprias em montante suficiente para suportar todas as despesas e investimentos do ente,
a) fica excepcionada a aplicação do regime jurídico de direito público durante o período em que
perdurar a condição de pessoa jurídica não dependente.
b) poderá realizar contratações efetivas sem a necessidade de prévio concurso público, diante da
não incidência da regra para os entes da Administração pública indireta que não sejam dependentes.
c) permanece sujeita aos princípios e regras que regem a Administração pública, tais como a im-
penhorabilidade de seus bens, exigência de autorização legislativa para alienação de bens imóveis
e realização de concurso público para admissão de servidores, com exceção de comissionados.
d) permanecerá obrigada à regra geral de licitação para firmar contratos administrativos, com
exceção das hipóteses de alienação de bens imóveis, porque geram receita como resultado.
e) ficará equiparada, em direitos e obrigações, às empresas estatais não dependentes, que
podem adquirir bens e serviços sem prévia realização de licitação, mas têm patrimônio sujeito
à penhorabilidade e prescritibilidade.

As autarquias são pessoas de direito público, integrantes da Administração Indireta, considera-


das extensões da Direta, e, por isto, com qualidades inerentes a esta, como o dever de licitar, de
realizar concursos públicos (exceto os comissionados, exceção ao princípio), etc. Seus bens
são públicos, e, por isto, impenhoráveis, imprescritíveis e inalienáveis.
a) Errada. As autarquias não recebem a classificação dependente ou independente, como
ocorre com as empresas estatais; logo, a elas não se aplica exceção.
b) Errada. Não podem deixar de realizar concurso público para acesso a seus cargos, com ex-
ceção dos cargos comissionados.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 130 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) Errada. Os bens imóveis para serem alienados precisam de licitação. No caso, a modalidade
eleita é a concorrência, como regra.
e) Errada. A licitação é a regra, não sendo o caso de equiparação entre autarquias e estatais.
Até as estatais se submetem como regra às licitações.
Letra c.

077. (FCC/TÉCNICO EM GESTÃO PREVIDENCIÁRIA/SPPREV/2019) As empresas estatais


criadas pelos entes federados
a) dependem de prévia autorização legislativa para definição de seu escopo de atuação e regi-
me jurídico aplicável, público ou privado.
b) podem ter personalidade jurídica de direito público ou privado, característica que não inter-
fere na impenhorabilidade do patrimônio das mesmas.
c) sujeitam-se ao princípio da obrigatoriedade de licitação, à semelhança das autarquias e sob
o mesmo regime legal, aplicável a todos os entes que integram a Administração indireta.
d) são regidas pelo direito privado, porque constituídas na forma prevista na legislação civil,
não se sujeitando a controle externo dos Tribunais de Contas.
e) são sujeitas ao regime jurídico típico das empresas privadas, o que não afasta a possibilidade
de controle finalístico de seus atos pela Administração direta e de controle pelas Cortes de Contas.

As empresas estatais, quando criadas para atuar no domínio econômico, são regidas pelos
preceitos comerciais, isto é, pelo regime jurídico próprio das empresas privadas, conforme o
art. 173, § 1º, inciso II, da CF:

Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade eco-
nômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou
a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de
suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou
de prestação de serviços, dispondo sobre:
(...)
II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;

Além disso, há a possibilidade de controle finalístico de seus atos pela Administração direta e de
controle pelas Cortes de Contas, dada a relação de vinculação estabelecido entre as empresas
estatais e a Administração Direta.
a) Errada. As empresas estatais (sociedades de economia mista e empresas públicas) possuem
o regime jurídico híbrido, isto é, submetem-se predominantemente ao regime de direito privado,
porém com derrogações do direito público.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 131 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

b) Errada. As empresas estatais terão sempre personalidade jurídica de direito privado. Os


seus bens, no entanto, não são considerados públicos. Assim, seus bens, geralmente, não são
impenhoráveis, uma vez que não ostentam a característica de públicos. Por sua vez, somente
são considerados bens públicos todos aqueles pertencentes as pessoas jurídicas de direito
público interno e, portanto, impenhoráveis.
c) Errada. As empresas públicas e sociedades de economia mista também submetem-se ao
regime desta lei, porém não sob o mesmo regime, uma vez que, atualmente, a licitação destas
entidades é regida pela Lei n. 13.303, de 30 de junho de 2016 - Estatuto das Empresas Estatais.
d) Errada. Todas as entidades em que o capital público participe será objeto de controle externo
exercido pelos Tribunais de Contas.
Letra e.

078. (FCC/ANALISTA/TJ SC/ADMINISTRATIVO/2021) No que concerne ao tema da Admi-


nistração Pública Direta e Indireta,
a) a empresa pública, entidade integrante da Administração Indireta, poderá organizar-se sob
qualquer das formas admitidas em direito.
b) compõem a Administração Indireta somente pessoas jurídicas de direito público, sob pena
de desvirtuar o conceito do instituto e admitir que entidades privadas, prestadoras de atividade
econômica, façam parte de tal conceito.
c) quando o Estado executa tarefas por meio de seus órgãos internos, está diante da Adminis-
tração Direta estatal no desempenho de atividade descentralizada.
d) a autarquia, entidade integrante da Administração Indireta, tem as mesmas prerrogativas e
sujeições da Administração Direta, inclusive capacidade política.
e) o princípio da reserva legal só se aplica às autarquias; assim, a sociedade de economia mis-
ta, por exemplo, não necessita de lei autorizando sua instituição.

Análise das alternativas:


a) Certa. As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da admi-
nistração indireta, instituídas pelo Poder Público, mediante autorização de lei específica, sob
qualquer forma jurídica e com capital exclusivamente público, para a exploração de atividades
econômicas ou para a prestação de serviços públicos.
São exemplos de empresas públicas: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT); Serviço
Federal de Processamento de Dados (SERPRO); Caixa Econômica Federal (CEF).
b) Errada. Temos pessoas jurídicas de direito privado que exploram atividade econômica na
Administração Indireta, chamadas de empresas estatais (sociedade de economia mista ou
empresa pública), com a finalidade de prestar serviço público que possa ser explorado no
modo empresarial, ou de exercer atividade econômica de relevante interesse e coletivo.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 132 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

c) Errada. Neste caso, teremos a desconcentração, que não pressupõe pessoas jurídicas diver-
sas, mas o serviço distribuído entre os vários órgãos da mesma pessoa jurídica.
d) Errada. Entidades administrativas são as pessoas jurídicas que integram a administração
pública formal brasileira, sem dispor de autonomia política.
e) Errada. Vejamos o que diz o art. 37, inciso XIX, da Constituição Federal:

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralida-
de, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
[...]
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último
caso, definir as áreas de sua atuação;
Letra a.

079. (FCC/ASSISTENTE LEGISLATIVO/ALAP/ATIVIDADE LEGISLATIVA/ASSISTENTE LE-


GISLATIVO/2020) As entidades da Administração pública são classificadas em dois grupos:
as que possuem personalidade de direito público e aquelas que possuem personalidade de
direito privado. Dentre as que possuem personalidade de direito público estão as
a) empresas públicas.
b) agências reguladoras.
c) fundações constituídas nos termos do art. 62 do Código Civil.
d) subsidiárias estatais.
e) sociedades de economia mista.

A descentralização se refere à criação ou autorização de novas pessoas, de Direito Público


ou Privado.
As autarquias são exemplo clássico de pessoas de direito público, criadas diretamente por lei
específica. Ainda que nenhuma opção conste autarquias como opção de resposta, elas podem
assumir regime especial, que é o caso das agências reguladoras.
a) Errada, você tem empresa pública, pessoa de direito privado, com 100% de capital so-
cial público.
c) Errada, as fundações do art. 62 do CC são de direito privado.
d) Errada, subsidiárias das estatais, pessoas de direito privado.
e) Errada, as SEM são pessoas de direito privado, autorizadas em lei, e sempre constituí-
das como S/A.
Letra b.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 133 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

080. (CONSULPLAN/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE RJ/ADMINISTRATIVA/2017) Quanto aos


órgãos públicos, é INCORRETO afirmar que:
a) Têm personalidade jurídica e vontade própria.
b) Tribunais Judiciários e Juízes Singulares, Ministério Público são órgãos independentes.
c) São centros de competências instituídos para o desempenho de funções estatais, através
de seus agentes, cuja atuação é imputada à pessoa jurídica a que pertencem.
d) Cada órgão, como centro de competência governamental ou administrativa, tem necessa-
riamente funções, cargos e agentes, mas é distinto desses elementos, que podem ser modifi-
cados, substituídos ou retirados sem supressão da unidade orgânica.

a) Errada. Sabemos que os órgãos não possuem personalidade jurídica. Assim, quando o ente
ou entidade manifestam as suas vontades, por meio de seus órgãos, sua atuação é imputada
à pessoa jurídica que integram.
b) Certa, já que os órgãos independentes são aqueles representativos do Poderes do Estado,
os quais não se sujeitam ao controle hierárquico. Nessa classificação se inclui, também, o
Ministério Público.
c) Certa, conforme vimos no comentário da letra A.
d) Certa, já que o órgão público tem como função melhor estruturar as funções a serem pres-
tadas pela Administração Pública. Nessa linha, o órgão é mero instrumento para se atingir o
interesse público. Logo, o órgão não se confunde com os elementos que o compõem (funções,
agentes e cargos).
Letra a.

081. (CONSULPLAN/AUDITOR/PREF SABARÁ/2017) Assinale a alternativa cujo conceito


apresentado NÃO pode ser diretamente associado aos órgãos públicos.
a) Hierarquia.
b) Subordinação.
c) Competências.
d) Personalidade jurídica.

Os órgãos públicos não possuem personalidade jurídica. Dessa forma, o ente que o criou é o
responsável pela prática dos seus atos.
a) Errada, por meio do fenômeno da desconcentração, a Administração Direta cria órgãos pú-
blicos e distribui verticalmente suas competências, mantendo com os órgãos uma relação de
hierarquia.
b) Errada, a subordinação é conceito intimamente ligado à hierarquia, consistindo no escalona-
mento de autoridade dentro dos órgão públicos.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 134 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

c) Errada, os órgãos públicos possuem suas competências delimitadas na lei de criação. Es-
sas competências são distribuídas pela Administração Direta com o objetivo de especializar a
prestação de serviços.
Letra d.

082. (CONSULPLAN/ADMINISTRADOR/CASCAVEL/2014) Em razão do grande número de


atribuições conferidas ao ente federativo, titular e executor da atividade administrativa, é preciso
uma distribuição e organização interna destas competências. Sobre os órgãos públicos, é correto
afirmar que
a) possuem personalidade jurídica e respondem interna e externamente por todos os atos
praticados.
b) não têm personalidade jurídica própria, sendo seus atos imputados à pessoa jurídica a que
se encontra vinculada.
c) não têm um vínculo de hierarquia em relação à pessoa jurídica vinculada, há, na verdade,
apenas um controle finalístico das atividades do órgão.
d) têm como principal exemplo a autarquia, que é um órgão vinculado às atividades mais im-
portantes do ente federativo a que se encontra vinculado.
e) são entes com capacidades e atribuições próprias do Estado, que exercem uma função pública
relevante, sem a existência de hierarquia em relação à pessoa jurídica que se encontra vinculada.

Conforme a Teoria do Órgão, também conhecida como Teoria da Imputação, o agente público, ao
exercer suas atribuições, atua em nome do Estado e do órgão no qual exerce suas atribuições.
Assim, se houver qualquer tipo de prejuízo ou lesão na atuação do agente, o órgão (e não o
agente) é que será responsabilizado por tal atuação.
Assim, os órgãos públicos:
• São entes despersonalizados, ou seja, não possuem personalidade jurídica.
• Surgem pela técnica da desconcentração, conforme já vimos.
• Podem estar presentes tanto nas entidades da Administração Direta quanto da Indireta.
• Como regra, não possuem capacidade processual.
Logo, nosso gabarito é a letra B.
Letra b.

083. (CONSULPLAN/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE RS/ADMINISTRATIVA/2008) Com relação


aos órgãos públicos assinale a alternativa correta:
a) Podem existir tanto na Administração Pública direta, quanto na indireta.
b) São dotados de personalidade jurídica.
c) Quanto à estrutura podem ser singulares ou colegiados.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 135 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) Quanto à atuação funcional podem ser simples ou compostos.


e) Podem celebrar contratos e fazer licitação.

Os órgãos públicos poderão existir dentro de uma autarquia, por exemplo, como resultado da
distribuição interna de competências (diretorias, superintendências, delegacias e outros de-
partamentos quaisquer).
b) Errada, já sabemos que os órgãos públicos são entes despersonalizados. Logo, apenas as
pessoas que os instituíram é que possuem personalidade jurídica.
c) Errada, quanto à sua estrutura os órgãos poderão ser classificados como simples ou colegiados:
• Os órgãos simples ou unitários são constituídos por um só centro de competência.
Estes órgãos não são subdivididos em sua estrutura interna, integrando-se em órgãos
maiores. Não interessa o número de cargos que tenha o órgão, mas sim a inexistên-
cia de subdivisões com atribuições específicas em sua estrutura, ou seja, estes órgãos
exercem suas atribuições próprias de forma concentrada.
• Os órgãos compostos reúnem em sua estrutura diversos órgãos, como resultado da
desconcentração administrativa. É o que ocorre com os Ministérios e as Secretarias.
d) Errada, quanto à atuação funcional, os órgãos são classificados como órgãos singulares e
colegiados:
• Os órgãos singulares, também denominados unipessoais, são os órgãos em que a atu-
ação ou as decisões são atribuição de um único agente, seu chefe e representante. É
exemplo a Presidência da República.
• Os órgãos colegiados, também denominados pluripessoais, são caracterizados por atu-
arem e decidirem mediante obrigatória manifestação conjunta de seus membros. Os
atos e decisões são tomados após deliberação e aprovação pelos membros integrantes
do órgão, conforme as regras regimentais pertinentes a quórum de instalação, de deli-
beração, de aprovação etc.
e) Errada, se os órgãos não possuem personalidade jurídica, não poderão celebrar contratos,
tampouco promover licitação. Essas atribuições são de responsabilidade das pessoas jurídi-
cas as quais pertencem.
Letra a.

084. (CONSULPLAN/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRF 2ª REGIÃO/ADMINISTRATIVA/TELECOMU-


NICAÇÕES E ELETRICIDADE/2017) A Sociedade de Economia Mista federal XYZ cria empresa
subsidiária para exploração de atividade econômica. Com relação ao regime jurídico a ser aplicado
à empresa subsidiária, assinale a alternativa correta.
a) As subsidiárias não integram a estrutura da Administração Pública, não se submetendo às
regras de licitação.
b) A criação da subsidiária depende de autorização legislativa do Ente Federativo que criou a
sociedade de economia mista.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 136 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

c) A proibição de acumulação de cargos e empregos públicos não se estende aos ocupantes


de cargos e empregos nas subsidiárias.
d) O teto remuneratório constitucional não se aplica aos ocupantes de cargos e empregos das
subsidiárias, ainda que dependentes.

Conforme dispõe o art. 37, XX, da Constituição Federal, a criação de subsidiárias das entidades
da administração indireta, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada,
dependem de autorização legislativa.
a) Errada, as subsidiárias integram a estrutura da Administração Pública e estão submetidas
as regras de licitação.
c) Errada, a partir da EC 19, a proibição de acumulação de cargos e empregos passou a ser mais
abrangente, alcançando também as subsidiárias das empresas públicas e sociedades de econo-
mia mista, bem como qualquer sociedade controlada, direta ou indiretamente, pelo Poder Público.
d) Errada, a regra do teto remuneratório também se aplica às empresas públicas e às socieda-
des de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do
Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em
geral (art. 37, § 9º, da CF). Contudo, se essas entidades não receberem recursos públicos para
pagamento de despesas de custeio e de pessoal, seus empregados não estarão submetidos
ao teto remuneratório previsto no art. 37, XI, da CF.
Letra b.

085. (CONSULPLAN/NOTÁRIO E REGISTRADOR/TJ MG/PROVIMENTO/2016) Em relação à


organização dos entes da Administração Pública, é INCORRETO afirmar:
a) Autonomia é a faculdade que alguns entes possuem de se organizarem juridicamente, de
criarem direito próprio, assim reconhecidos pelo Estado e por ele adotados para fazerem parte
de seu sistema jurídico.
b) Diferentemente do que ocorre na desconcentração administrativa, na descentralização ine-
xiste qualquer forma de hierarquia.
c) Tutela administrativa é a condição vinculante entre o ente público criador e o autárquico.
d) Há relação de subordinação entre a autarquia e a pessoa jurídica que a instituiu.

As autarquias resultam da descentralização administrativa, inexistindo, portanto, relação de


subordinação hierárquica entre o ente público criador e a autarquia. O que existe é uma tutela
administrativa, a qual se caracteriza por um acompanhamento da entidade, verificando se ela
vem atuando de acordo com a finalidade para a qual foi criada.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 137 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

a) Errada, a autonomia é a faculdade que alguns entes têm de se organizarem juridicamente,


de criar direito próprio, direito que não só, como tal, é reconhecido pelo Estado, mas também
por ele adotado para fazer parte do seu próprio sistema jurídico e declarado obrigatório como
as próprias leis e os próprios regulamentos.
b) Errada, na desconcentração administrativa, diferentemente do que ocorre na descentraliza-
ção, a hierarquia é caracterizada pela distribuição interna de competências dentro da mesma
pessoa jurídica.
c) Errada, como são pessoas jurídicas, as autarquias contraem obrigações e exercem direitos
em nome próprio, e não em nome do ente instituidor a quem se acham vinculadas. Logo, em
face da inexistência de relação de hierarquia entre as autarquias e o ente instituidor, elas se
sujeitam apenas ao controle finalístico por parte deste (também chamado de tutela adminis-
trativa, controle de desempenho ou supervisão ministerial).
d) Errada, conforme já vimos, não há relação de subordinação entre a autarquia e a pessoa
jurídica que a instituiu.
Letra d.

086. (CONSULPLAN/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE MG/ADMINISTRATIVA/2013) Em determi-


nado município, o Prefeito verifica que o sistema de coleta de lixo, a cargo da Administração Públi-
ca Direta, está se mostrando ineficiente. Para solucionar o problema, edita medida provisória crian-
do empresa pública específica para esse fim, de modo a realizar o serviço de forma mais eficiente,
a qual admitirá pessoal através de concurso público. Sobre o caso, é correto afirmar que a situação
a) é irregular, uma vez que o município somente pode criar empresas públicas após autoriza-
ção de lei estadual de iniciativa do chefe do Poder Executivo.
b) é irregular, uma vez que as empresas públicas, não obstante sujeitarem-se ao regime jurídi-
co próprio das empresas privadas, devem ter sua criação previamente autorizada por lei.
c) está incorreta, já que não há necessidade de admissão de pessoal por meio de concurso
público, tendo em vista que as empresas públicas se submetem à mesma disciplina jurídica
das empresas privadas.
d) é irregular, uma vez que a empresa pública municipal não poderia ser criada para prestação
de serviço público, mas tão somente para prestação de atividade econômica, respeitando o
princípio da subsidiariedade.
e) está incorreta, uma vez que o serviço público em questão deveria ser realizado pela Admi-
nistração Direta ou autarquia criada para este fim, pessoas jurídicas de direito público, uma vez
que trata-se de atividade típica de Estado.

O Prefeito Municipal não pode criar diretamente uma empresa pública por meio de medida
provisória. Deve, apenas, autorizar sua criação, que será feita, posteriormente, com a inscrição
dos atos constitutivos no Registro das Pessoas Jurídicas competente.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 138 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

a) Errada, para a criação de empresa pública, deve ocorrer a autorização por meio de lei. No
caso em questão, a lei deve ser editada pelo respectivo Município, e não pelo Estado.
c) Errada, todas as entidades da Administração Pública Indireta devem observar a regra da
realização de concurso público como meio de admissão de pessoal.
d) Errada, as empresas públicas e as sociedades de economia mista podem ser criadas tanto
para a exploração da atividade econômica quanto para a prestação de serviços públicos.
e) Errada, a coleta de lixo se trata de serviço público que pode ser desempenhado, eventual-
mente, por entidades da Administração Indireta. Em inúmeros municípios, inclusive, a ativida-
de é desempenhada por empresas particulares contratadas pelo Poder Público.
Letra b.

087. (CONSULPLAN/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE MG/ADMINISTRATIVA/2013) Acerca da or-


ganização da Administração Pública estruturada na Constituição da República de 1988, é correto
afirmar que
a) na organização administrativa brasileira, há uma divisão vertical e hierárquica entre os entes
federal, distrital, estadual e municipal.
b) não obstante ter o chefe do Poder Executivo a direção superior da Administração Pública,
somente lei específica pode criar autarquias.
c) dentro do sistema federativo criado pela Constituição da República de 1988, União, Estados,
Distrito Federal e Municípios são entes dotados de soberania.
d) dentro da capacidade de autogoverno, o chefe do Poder Executivo de cada ente pode decidir
pela descentralização do poder, através da criação de órgãos públicos.
e) os órgãos públicos, criados como mecanismo de desconcentração administrativa, possuem
personalidade jurídica própria, apesar de subordinar-se à Administração central.

Conforme o artigo 37, XIX, da CF/88, a criação de autarquias e a autorização para a instituição
das demais entidades da Administração Indireta (fundações, empresas públicas e sociedades
de economia mista dependem de lei específica:

XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último
caso, definir as áreas de sua atuação;

a) Errada, não há hierarquia entre os entes federativos, uma vez que todos eles (União, Estados,
DF e Municípios) possuem autonomia no âmbito de suas relações.
c) Errada, apenas a República Federativa do Brasil possui soberania, uma vez que é pessoa
jurídica de direito público internacional. Os entes federativos (União, Estados, DF e Municípios)
são dotados de autonomia.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 139 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

d) Errada, os órgãos públicos não são criados por meio da descentralização, mas sim por meio
da desconcentração, que pode ser entendida como uma técnica administrativa inerente a to-
das as pessoas jurídicas.
e) Errada, os órgãos públicos não são detentores de personalidade jurídica, característica pre-
sente nas entidades da Administração Indireta.
Letra b.

088. (CONSULPLAN/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TSE/ADMINISTRATIVA/2012) Considerando


as características das entidades de administração direta e indireta, assinale a única alternativa
associada a uma autarquia.
a) Possuir personalidade jurídica de direito privado.
b) Ser um órgão de administração direta.
c) Ser capaz de bastar-se por si mesma.
d) Ter flexibilidade de administração de pessoal (quadro próprio).

A autarquia é uma entidade da administração pública indireta, com as seguintes características:


• Desempenham unicamente atividades típicas do Estado, e nunca atividades econômicas;
• São vinculadas à Administração Direta;
• Possuem patrimônio e pessoal próprio;
• São pessoas jurídicas de direito público e seus servidores são estatutários;
• São criadas por meio de lei específica.
O Decreto-Lei no 200/1967, artigo 5º, inciso I, conceitua autarquia como “o serviço autônomo,
criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios para executar ativida-
des típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão
administrativa e financeira descentralizada”.
Logo, as autarquias possuem flexibilidade na administração de pessoal, com quadros próprios
providos por meio de concursos públicos.
Letra d.

089. (CONSULPLAN/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE RJ/ADMINISTRATIVA/2017) Com base no


disposto no Decreto-Lei n. 200/67, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

 (  ) A execução das atividades da Administração Federal deverá ser amplamente descen-
tralizada. Na referida descentralização, dentro dos quadros da Administração Federal,
não poderão ser feitas quaisquer distinções entre nível de direção e nível de execução.
 (  ) Os serviços que compõem a estrutura central de direção, em cada órgão da Adminis-
tração Federal, não poderão se eximir das rotinas de execução e das tarefas de mera

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 140 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

formalização de atos administrativos, sob pena de prejudicar as atividades de planeja-


mento, de supervisão, de coordenação e de controle.
(  ) A Administração casuística compete, em princípio, ao nível de direção.
 (  ) Os órgãos federais responsáveis pelos programas conservarão a autoridade normativa,
mas deverão descentralizar o controle e a fiscalização, que são dispensáveis no caso
da execução de programas locais.
 (  ) Com o objetivo de impedir o crescimento desmesurado da máquina administrativa e
melhor desincumbir-se das tarefas de planejamento, coordenação, supervisão e contro-
le, a Administração obrigar-se-á à realização material de tarefas executivas, recorrendo,
sempre que possível, à execução direta, desde que exista, na área, iniciativa privada
suficientemente desenvolvida e capacitada a desempenhar os encargos de execução.

A sequência está correta em


a) F, V, V, F, V.
b) F, F, F, F, F.
c) V, V, V, V, V.
d) V, F, F, V, F.

Análise das afirmativas:


(Errada) A execução das atividades da Administração Federal deverá ser amplamente des-
centralizada. Na referida descentralização, dentro dos quadros da Administração Federal, não
poderão ser feitas quaisquer distinções entre nível de direção e nível de execução.
Segundo o Decreto-Lei 200/67, temos que:

Art. 10. A execução das atividades da Administração Federal deverá ser amplamente descentralizada.
§ 1º A descentralização será posta em prática em três planos principais:
a) dentro dos quadros da Administração Federal, distinguindo-se claramente o nível de direção do
de execução;
(FALSA) Os serviços que compõem a estrutura central de direção, em cada órgão da Administração
Federal, não poderão se eximir das rotinas de execução e das tarefas de mera formalização de atos
administrativos, sob pena de prejudicar as atividades de planejamento, de supervisão, de coordena-
ção e de controle.

Segundo o art.10, § 2º do Decreto-Lei 200/67, temos que:

Art. 10 [...]
§ 2º Em cada órgão da Administração Federal, os serviços que compõem a estrutura central de di-
reção devem permanecer liberados das rotinas de execução e das tarefas de mera formalização de
atos administrativos, para que possam concentrar-se nas atividades de planejamento, supervisão,
coordenação e controle.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 141 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

(Errada) A Administração casuística compete, em princípio, ao nível de direção.


Dispõe o Decreto-Lei 200/67 que:

Art. 10 [...]
§ 3º A Administração casuística, assim entendida a decisão de casos individuais, compete, em
princípio, ao nível de execução, especialmente aos serviços de natureza local, que estão em contato
com os fatos e com o público.

(Errada) Os órgãos federais responsáveis pelos programas conservarão a autoridade norma-


tiva, mas deverão descentralizar o controle e a fiscalização, que são dispensáveis no caso da
execução de programas locais.
Vejamos o disposto no Decreto-Lei 200/67:

Art. 10 [...]
§ 6º Os órgãos federais responsáveis pelos programas conservarão a autoridade normativa e exer-
cerão controle e fiscalização indispensáveis sobre a execução local, condicionando-se a liberação
dos recursos ao fiel cumprimento dos programas e convênios.

(Errada) Com o objetivo de impedir o crescimento desmesurado da máquina administrativa


e melhor desincumbir-se das tarefas de planejamento, coordenação, supervisão e controle,
a Administração obrigar-se-á à realização material de tarefas executivas, recorrendo, sempre
que possível, à execução direta, desde que exista, na área, iniciativa privada suficientemente
desenvolvida e capacitada a desempenhar os encargos de execução.
Dispõe o Decreto 200/67:

Art. 10 [...]
§ 7º Para melhor desincumbir-se das tarefas de planejamento, coordenação, supervisão e controle e
com o objetivo de impedir o crescimento desmesurado da máquina administrativa, a Administração
procurará desobrigar-se da realização material de tarefas executivas, recorrendo, sempre que pos-
sível, à execução indireta, mediante contrato, desde que exista, na área, iniciativa privada suficiente-
mente desenvolvida e capacitada a desempenhar os encargos de execução.
Letra b.

090. (CONSULPLAN/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRE RJ/ADMINISTRATIVA/2017) Estudar ad-


ministração direta e indireta significa tratar da centralização e descentralização, da concen-
tração e desconcentração. Acerca desses temas, analise as afirmativas a seguir e assinale
a alternativa correta.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 142 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

a) São formas de desconcentração, a criação de Autarquias, Empresas Públicas e Sociedades


de Economia Mista.
b) A descentralização ocorre dentro da estrutura de uma mesma pessoa jurídica. É o que ocor-
re com a Administração Direta da União, tratada no Art. 4º, I, do Decreto-Lei n. 200/67. A rela-
ção aqui existente é hierárquica ou de subordinação.
c) Quando uma pessoa jurídica de direito público divide as funções de sua competência entre
os seus órgãos, componentes de sua estrutura, dá-se o fenômeno da desconcentração. É o
que ocorre com a Administração Direta da União, tratada no Art. 4º, I, do Decreto-Lei n. 200/67.
A relação aqui existente entre os diversos órgãos é hierárquica ou de subordinação.
d) Na descentralização, a relação é hierárquica, de subordinação. É o que ocorre com a Administra-
ção Indireta da União tratada no Art. 4º, II, do Decreto-Lei n. 200/67. Nela, funções de uma pessoa
jurídica de direito público são atribuídas a outras pessoas jurídicas. A pessoa jurídica outorgante
ou delegatária de competência mantém posição hierarquicamente superior à outorgada/delegada.

Quando da ocorrência da desconcentração, há relação hierárquica ou de subordinação, poden-


do a autoridade administrativa distribuir e escalonar as funções de seus órgãos.
a) Errada, a criação de autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista decorre
da descentralização, e não da desconcentração.
b) Errada, na descentralização não há relação hierárquica entre o ente que transfere as atribui-
ções e aquele que recebe. O quer temos, na verdade, é uma vinculação dos órgãos da Adminis-
tração Indireta aos órgãos da Administração Direta, permitindo o controle de finalidade.
d) Errada, como vimos, na descentralização a relação é de vinculação, e não hierárquica. A
Administração Direta exerce apenas um controle de finalidade sobre a Administração Indireta.
Letra c.

091. (CONSULPLAN/ADMINISTRADOR/PREF SABARÁ/2017) Assinale a alternativa cujo


conceito apresentado NÃO pode ser diretamente associado ao fenômeno da descentralização.
a) Criação de órgãos públicos.
b) Controle finalístico ou tutela.
c) Delegação de serviços ao particular.
d) Criação de entidades administrativas.

O fenômeno da descentralização ocorre quando a Administração Pública cria entidades admi-


nistrativas e delega a elas a prestação de serviços públicos.
Normalmente, essas entidades são pessoas jurídicas integrantes da Administração Indireta,
como autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades e economista mista,
mas também pode ser particulares em colaboração com a Administração.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 143 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

Do outro lado, existe o fenômeno da desconcentração, que é aquele por meio do qual são cria-
dos os órgãos públicos, a fim de melhor estruturar o exercício da função dentro de determina-
da estrutura administrativa.
Logo, a criação de órgãos públicos não pode ser diretamente associada ao fenômeno da des-
centralização, mas da desconcentração.
Letra a.

092. (CONSULPLAN/AUXILIAR ADMINISTRATIVO/CM CARATINGA/2015) Conforme Hely


Lopes Meirelles apud Silva (2013: 2), a administração se trata do “conjunto de órgãos institu-
ídos para a consecução dos objetivos do Governo”. Dessa forma, a Administração Pública é,
ao mesmo tempo, a titular e a executora do serviço público, sendo dividida em Administração
Direta e Indireta. A Administração Centralizada se refere a
a) sociedades de economia mista.
b) empresas públicas e sociedades de economia mista.
c) conjunto dos órgãos integrados na estrutura administrativa dos entes da federação, a União,
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
d) conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à respectiva Administração Direta, têm
o objetivo de desempenhar atividades administrativas de forma descentralizada.

A centralização ocorre quando a atividade administrativa é totalmente desempenhada por ór-


gãos e agentes de um único ente federativo. Em tal situação, o Estado executa as tarefas que
a ele são atribuídas pela Constituição Federal de forma direta, ou seja, por intermédio dos
agentes e dos órgãos públicos componentes da administração direta.
Ressalta-se que a administração direta é composta pelos entes federativos, motivo pelo qual é
correto afirmar que, com a centralização, ocorre a prestação da atividade administrativa direta-
mente pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios.
A descentralização, por sua vez, ocorre quando qualquer um dos entes federativos exerce suas
atribuições por intermédio de outras pessoas jurídicas. Em tais situações, ao contrário do que
ocorre quando da criação dos órgãos públicos, não teremos hierarquia ou subordinação, mas
sim mera vinculação entre a pessoa jurídica criada e o ente federativo que a criou.
Com a descentralização, temos, em uma das suas acepções, o surgimento das entidades da
Administração Indireta, que, em nosso ordenamento, são quatro: autarquias, empresas públi-
cas, sociedades de economia mista e fundações.
a) Errada, já que as sociedades de economia mista são entidades da Administração Indireta e
decorrentes da descentralização.
b) Errada, pois as empresas públicas, tal como as SEMs, são entidades da Administração Indireta.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 144 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

c) Errada, pois a Administração Direta (ou administração centralizada) é composta pelos entes
federativos, que podem se repartir internamente em órgãos públicos.
d) Errada, já que as pessoas administrativas são as entidades que compõem a Administração Indire-
ta, ou seja, as autarquias, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e as fundações.
Letra c.

093. (CONSULPLAN/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TSE/ADMINISTRATIVA/2012) Sobre a descon-


centração, analise.
I – Significa repartição de funções entre vários órgãos de uma mesma administração.
II – Significa uma quebra de hierarquia entre os órgãos despersonalizados.
III – Na desconcentração, a execução de atividades pelo Estado é direta e imediata.
Assinale
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
d) se todas as afirmativas estiverem corretas.

A desconcentração é utilizada na administração pública direta e refere-se à transferência de


competências de órgãos superiores para órgãos inferiores, dentro da mesma pessoa jurídica.
Na desconcentração ocorre a manutenção do vínculo da hierarquia, com execução imediata e
direta das atividades.
A descentralização é uma técnica jurídica em que se atribui personalidade jurídica a uma en-
tidade, para que preste serviços públicos. Na descentralização, a atividade é transferida para
outra pessoa jurídica, que executará de forma delegada ou outorgada.
Assim, podemos concluir pelo seguinte:
I – Significa repartição de funções entre vários órgãos de uma mesma administração (DES-
CONCENTRAÇÃO).
II – Significa uma quebra de hierarquia entre os órgãos despersonalizados (DESCEN-
TRALIZAÇÃO).
III – Na desconcentração, a execução de atividades pelo Estado é direta e imediata (DES-
CONCENTRAÇÃO).
Letra b.

094. (CONSULPLAN/ALMOXARIFE/CM NOVA FRIBURGO/2017) Sobre a Organização da


Administração Pública e a Administração Direta e Indireta, analise as afirmativas a seguir.
I – Descentralização administrativa e desconcentração administrativa possuem conceitos distintos.
II – Somente por lei específica poderá ser criada a autarquia.
III – Os órgãos públicos integram a estrutura do Estado e não possuem personalidade jurídica própria.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 145 de 147


NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO
Organização Administrativa
Adriel Sá

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)


a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.

Análise das afirmativas:


I – Certa. Na descentralização administrativa, em vez de desenvolver suas atividades admi-
nistrativas por si mesmo, o Estado transfere a execução dessas atividades a particulares ou
a outras pessoas jurídicas, de direito público ou privado. Na desconcentração administrativa
temos a distribuição interna de competências, no âmbito da mesma pessoa jurídica.
II – Certa. As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, integrantes da Administra-
ção Indireta, criadas por lei específica, que possuem capacidade de autoadministração, sendo
encarregadas do desempenho descentralizado de atividades administrativas típicas do Poder
Público, sujeitando-se a controle pelo ente criador.
III – Certa. Os órgãos públicos são compartimentos ou centro de atribuições que se encontram
inseridos dentro de determinada pessoa jurídica. Com efeito, os órgãos públicos não se con-
fundem com a pessoa jurídica; a pessoa jurídica é o todo, enquanto os órgãos são parcelas
integrantes do todo. Por isso, os órgãos não possuem personalidade jurídica.
Letra d.

Adriel Sá

Professor de Direito Administrativo, Administração Geral e Administração Pública em diversos cursos


presenciais e telepresenciais. Servidor público federal da área administrativa desde 1999 e, atualmente,
atuando no Ministério Público Federal. Formado em Administração de Empresas pela Universidade Federal
de Santa Catarina, com especialização em Gestão Pública. Foi militar das Forças Armadas por 11 anos,
sempre atuando nas áreas administrativas. É coautor da obra “Direito Administrativo Facilitado” e autor da
obra “Administração Geral e Pública - Teoria Contextualizada em Questões”, ambas publicadas pela Editora
Juspodivm.

O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

www.grancursosonline.com.br 146 de 147


O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

Você também pode gostar