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Diariamente contactamos com organizações com diferentes tipos e dimensões. Uma estrutura
organizacional adequada é determinante do sucesso. Analisado o ambiente externo e interno,
definidos os objectivos e formulada a estratégia, o gestor deve ter como prioridade a
concepção da estrutura organizacional. A chave da implementação da estratégia é a estrutura
da organização. Esta deve reflectir os objectivos, políticas e planos da empresa e deve ser,
pois, desenhada para funcionar, ou seja, permitir as contribuições dos colaboradores e
fomentar a participação de todos na prossecução dos objectivos.
Para a sua acção, a empresa precisa de meios materiais e humanos. A disposição racional
desses meios e as regras de funcionamento do sistema, como o tipo de relações de
interdependência ou cooperação entre as pessoas, é o que designamos por estrutura
organizacional. Ou seja, a estrutura de uma empresa é a forma, a disposição assumida pelo
conjunto de órgãos e respectivas células, resultante do tipo de relações que entre eles se
estabelece, com vista ao maior cumprimento dos objectivos da empresa. Esta estrutura deve
ser reavaliada periodicamente para perceber se ainda é a melhor. Por exemplo, uma alteração
do método de fabrico vai alterar as tarefas, a divisão de trabalho entre os órgãos ou
departamentos e suas relações, com óbvios efeitos na estrutura da empresa.
Com o crescimento da empresa, o nº de tarefas a executar pelos gestores aumenta, o que faz
com que procurem delegar, parcial ou totalmente, nos subordinados, parte das tarefas. No
entanto, ao delegar o gestor continua a ser o responsável pelas decisões, mesmo que agora
não sejam tomadas por si. O gestor mantém-se solidário com as iniciativas dos seus
colaboradores de escalões inferiores e terá de responder perante instâncias superiores sobre
as consequências dessas iniciativas. Portanto, o superior ao delegar autoridade não diminui a
sua própria autoridade, embora deixe de intervir nas decisões que foram delegadas.
Delegar não é apenas dar mais trabalho aos subordinados. O gestor só delega quando dá ao
subordinado alguma liberdade de escolha dos meios a utilizar e dos cursos de acção possíveis.
Ou seja, a descentralização da autoridade é fundamental na delegação. Ao delegar, o chefe
está a descentralizar a autoridade atribuindo poderes decisórios aos níveis inferiores da
hierarquia e dando-lhes alguma autonomia. A centralização absoluta é apenas concebível para
empresas pequenas em que existe um único chefe, geralmente o patrão, que toma todas as
decisões. Em empresas de maiores dimensões é impossível a uma única pessoa concentrar em
si toda a autoridade, coordenar todas as actividades e tomar todas as decisões.
A estrutura não deve ser estática porque nenhuma estrutura se adequa totalmente a
todas as situações nem a todos os períodos.