Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A Centralização ocorre quando o Estado executa suas tarefas directamente, por meio dos
inúmeros órgãos e agentes administrativos que compõe sua estrutura administrativa funcional,
denominada Administração Directa. Os serviços são prestados directamente pelos órgãos do
Estado, despersonalizados, integrantes de uma mesma pessoa jurídica.
A centralização ocorre quando a atividade administrativa é totalmente desempenhada por órgãos
e agentes de um único ente federativo. Em tal situação, o Estado executa as tarefas que a ele são
atribuídas pela Constituição Federal de forma directa, ou seja, por intermédio dos agentes e dos
órgãos públicos componentes da Administração Direta.
Vantagens da centralização
De acordo com Bresser-Pereira (1980) e Chiavenato (1993) são vantagens:
As decisões mais importantes são tomadas por administradores de maior competência,
pois geralmente são mais bem treinados os gestores do topo que os de níveis mais baixos.
Possibilita compras de larga escala, devido ao aumento do poder de barganha.
Há uniformidade de diretrizes e normas, possibilitando um melhor controle e
acompanhamento das atividades da empresa. Por vezes, pode-se pretender justamente o
oposto da uniformização, mas de forma particular e com o objetivo de atender uma
demanda específica.
Desvantagens da centralização
Segundo Chiavenato (1993), desvantagens a serem observadas são:
As decisões são tomadas por administradores que estão distanciados dos fatos e muitas
vezes é raro o contato com as pessoas e situações envolvidas com a decisão.
Os administradores de níveis hierárquicos mais baixos ficam distantes dos objectivos
globais.
Como a comunicação é mais distante, provoca demoras e maior custo operacional.
Descentralização
1
Medidas politicas que permitam a atribuição, pelo governo central, de poderes, responsabilidades
e recursos específicos para autoridades locais.
Funcional ou técnica é a forma verificada quando o poder público (União, Estados, Distrito
Federal ou Município) por meio de uma lei cria uma pessoa jurídica de direito público – ex.
Autarquia, e a ela atribui a titularidade decorrente de lei específica, o que significa uma entidade
que passa a deter a capacidade específica para a qual foi criada.
Por colaboração é a verificada quando por meio de um contrato, seja de concessão de serviço
público ou de um ato administrativo - permissão de serviço público, transferindo a execução de
determinado serviço público a uma pessoa jurídica de direito privado, previamente existente,
porém, a titularidade do serviço ficando totalmente com o Poder Público concedente, o que lhe
permite dispor do serviço de acordo com o interesse público.
Vantagens da Descentralização
A descentralização contribui para a elevação do moral à medida que atende às
necessidades de reconhecimento pessoal, de independência, de segurança, de prestígio e
de poder dos membros da organização, deixando-os mais motivados e conscientes.
A descentralização corta atrasos de decisão, uma vez que o administrador fica mais
próximo às condições locais. Dessa forma, também reduz custos de comunicação com a
administração superior. Isso requer directrizes bem definidas e que se estabeleça até que
ponto as unidades subsidiárias podem tomar suas decisões.
Concentra a atenção da administração nos resultados. Uma vez estabelecidos os
objectivos da organização, são estes desdobrados para os demais níveis. O administrador
intermediário irá actuar em função desses objectivos, reportando os resultados. Assim a
alta administração investe no controle pelo resultado atingido em vez de controlar os
meios para alcançá-lo.
Desvantagens da Descentralização
2
Perda de uniformidade nas decisões. Tal questão pode ser resolvida com reuniões de
coordenação.
Falta de equipe apropriada ou de funcionários nos campos das atividades. Em decorrência
disso é necessário treinamento de administradores intermediários, aumentando este custo.
Há o risco de o administrador defender mais objetivos departamentais do que os da
empresa.
Quatro são as entidades, conforme veremos mais a fundo em momento posterior, sendo elas as
autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas e as sociedades de economia mista. No
caso das autarquias, a criação se dará directamente por meio de lei. Nas demais entidades, a lei
apenas autorizará a respectiva criação.
Caso a descentralização ocorra para uma autorizatária, tal procedimento poderá ocorrer por prazo
indeterminado, uma vez que a característica do instituto é a precariedade e a possibilidade de revogação à
qualquer tempo pelo Poder Público.
Concentração e desconcentração
A concentração e desconcentração são figuras que segundo o Prof. Diogo Freitas do Amaral se reportam à
“organização interna de cada pessoa colectiva pública, ao passo que a centralização e a descentralização
põem em causa várias pessoas colectivas públicas ao mesmo tempo” . Ambas são modalidades de gestão
administrativa.
Concentração
Assim, Prof. Diogo Freitas do Amaral, considera que concentração de competências ou a administração
concentrada é o “sistema em que o superior hierárquico mais elevado é o único órgão competente para
tomar decisões, ficando os subalternos limitados às tarefas de preparação e execução das decisões
daquele”.
Desconcentração
Por outro lado, a desconcentração de competência ou administração desconcentrada “é o sistema em que
o poder decisório se reparte entre o superior e um ou vários órgãos subalternos, os quais, todavia,
permanecem, em regra, sujeitos à direcção e supervisão daquele”.
A este propósito, a Lei n°8/2003, de 19 de Maio, no seu artigo 30 e 44, estabelece que os directores
provinciais e de serviços distritais subordinam-se ao Governador Provincial ou Administrador e
obedecem às orientações técnicas e metodológicas dos órgãos do Aparelho do Estado Central.