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Faculdade de Engenharia
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III - GRUPO
Discentes:
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO....................................................................................................... 1
1. Introdução .................................................................................................................................... 1
3. Conclusão .................................................................................................................................. 11
1. Introdução
O trabalho contém três capítulos, sendo o primeiro introdutório trata da apresentação geral
do trabalho destacando o Plano Económico. O segundo capítulo faz a revisão bibliográfica
trazendo o desenvolvimento do trabalho e o último capítulo é voltado à conclusão, trazendo
necessariamente os resultados obtidos na pesquisa.
1.2. Objectivos
II - Concentração e Desconcentração
2.1. Contextualização
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Cistac, G. (2008). O processo de Descentralização em Moçambique. p. 8-9
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2.3. Vantagens e Desvantagens da centralização e descentralização
Tais espécies podem apurar-se à luz de três critérios fundamentais – quanto aos níveis,
quanto aos graus e quanto às formas. Assim, segundo Macie (2012, p. 262):
b) Quanto aos “graus de desconcentração”, ela pode ser absoluta ou relativa: no primeiro
caso, a desconcentração é tão intensa e é levada tão longe que os órgãos por ela atingidos
se transformam de órgãos subalternos em órgãos independentes; no segundo, a
desconcentração é menos intensa e, embora atribuindo certas competências próprias a
órgãos subalternos, mantém a subordinação destes ao poder do superior (que constitui a
regra geral no Direito Moçambicano).
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Macie, A. (2012). Lições de Direito Administrivo. Vol. I. Maputo: Escolar Editora.
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2.5. A Delegação de Poderes
Por vezes sucede que a lei, atribuindo a um órgão a competência normal para a práctica de
determinados actos, permite no entanto que esse órgão delegue noutro parte dessa competência
(art. 42º, n.º 1 da Lei 14/2011 de 10 de Agosto).
c) Por último, é necessária a prática do acto de delegação propriamente dito, isto é, o acto
pelo qual o delegante concretiza a delegação dos seus poderes no delegado, permitindo-
lhe a prática de certos actos na matéria sobre a qual é normalmente competente.
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A delegação de poderes é uma figura parecida com outras, mais ou menos próximas, mas que não
deve ser confundida com elas:
c) Delegação de serviços públicos: também esta figura tem em vista transferir para entidades
particulares, embora aqui sem fins lucrativos, a gestão global de um serviço público de
carácter social ou cultural. Não é esse o objectivo nem o alcance da delegação de
poderes;5
e) Substituição: em Direito Público, dá-se a substituição quando a lei permite que uma
entidade exerça poderes ou pratique actos que pertencem à esfera jurídica própria de uma
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Macie, A. (2012). Lições de Direito Administrivo. Vol. I. Maputo: Escolar Editora.
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Macie, A. (2012). Lições de Direito Administrivo. Vol. I. Maputo: Escolar Editora.
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Macie, A. (2012). Lições de Direito Administrivo. Vol. I. Maputo: Escolar Editora.
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entidade distinta, de forma a que as consequências jurídicas do acto recaiam na esfera do
substituído. A substituição dá-se quando o substituído não quer cumprir os seus deveres
funcionais: tal pressuposto não ocorre na delegação de poderes;
f) Suplência: quando o titular de um órgão administrativo não pode exercer o seu cargo, por
“ausência, falta ou impedimento”, ou por vagatura do cargo, a lei manda que as
respectivas funções sejam asseguradas, transitoriamente por um suplente. Na suplência há
um órgão, que passa a ter novo titular, ainda que provisório.
g) Delegação de assinatura: por vezes a lei permite que certos órgãos da Administração
incumbam um funcionário subalterno de assinar a correspondência expedida em nome
daqueles, a fim de os aliviar do excesso de trabalho não criativo que de outra maneira os
sobrecarregaria;
h) Delegação tácita: por vezes, a lei, depois de definir a competência de um certo órgão, A,
determina que essa competência, ou parte dela, se considerará delegada noutro órgão, B,
se e enquanto o primeiro, A, nada disser em contrário.
Para Macie (2012), Importa saber distinguir as espécies de habilitação para a prática da
delegação de poderes, e as espécies de delegações de poderes propriamente ditas.
Quanto à habilitação, ela pode ser genérica ou específica. No primeiro caso, a lei permite
que certos órgãos deleguem, sempre que quiserem, alguns dos seus poderes em determinados
outros órgãos, de tal modo que uma só lei de habilitação serve de fundamento a todo e qualquer
acto de delegação praticado entre esses tipos de órgãos (art. 42º, n º 2e 3 LPA). Em todos estes
casos, porém, a lei impõe uma limitação importante (art. 44º, n.º 2 LPA): neste tipo de delegações
só podem ser delegados poderes para a prática de actos de administração ordinária, por oposição
aos actos de administração extraordinária que ficam sempre indelegáveis, salvo lei de habilitação
específica. Entende-se que são actos de administração ordinária todos os actos não definitivos,
bem como os actos definitivos que sejam vinculados ou cuja discricionariedade não tenha
significado ou alcance inovador na orientação geral da entidade pública a que pertence o órgão;
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se se tratar de definir orientações gerais e novas, ou de alterar as existentes, estaremos perante
uma administração extraordinária.
Sob o prisma da sua extensão, a delegação de poderes pode ser ampla ou restrita, conforme o
delegante resolva delegar uma grande parte dos seus poderes ou apenas uma pequena parcela
deles. No que respeita ao objecto da delegação, esta pode ser específica ou genérica, isto é, pode
abranger a prática de um acto isolado ou permitir a prática de uma pluralidade de actos: no
primeiro caso, uma vez praticado o acto pelo delegado, a delegação caduca; no outro, o delegado
continua indefinidamente a dispor de competência, a qual exercerá sempre que tal se torne
necessário.
Há ainda uma outra classificação que distingue, entre a delegação propriamente dita, ou
de 1º grau, e a subdelegação de poderes, que pode ser uma delegação de 2º grau, ou de 3º, ou de
4º, etc., conforme o número de subdelegações que forem praticadas. A subdelegação é uma
espécie do género delegação porque é uma delegação de poderes delegados.
Para que o acto de delegação seja válido e eficaz, a lei estabelece um certo número de
requisitos especiais, para além dos requisitos gerais exigíveis a todos os actos da Administração,
a saber:
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Quanto ao conteúdo, art. 44.º, n.º 1 LPA. É através desta especificação dos poderes
delegados que se fica a saber se a delegação é ampla ou restrita, e genérica ou específica;
A Falta de algum requisito exigido por lei: os requisitos quanto ao conteúdo são requisitos
de validade, pelo que a falta de qualquer deles torna o acto de delegação inválido; os
requisitos quanto à publicação são requisitos de eficácia, donde se segue que a falta de
qualquer deles torna o acto de delegação ineficaz.
Uma vez conferida a delegação de poderes pelo delegante ao delegado, este adquire a
possibilidade de exercer esses poderes para a prossecução do interesse público. O que o delegante
tem é a faculdade de avocação de casos concretos compreendidos no âmbito da delegação
conferida se avocar, e apenas quando o fizer, o delegado deixa de poder resolver esses casos, que
passam de novo para a competência do delegante. Mas em cada momento há um único órgão
competente. Além do poder de avocação, o delegante tem ainda o poder de dar ordens, directivas
ou instruções ao delegado, sobre o modo como deverão ser exercidos os poderes delegados. O
delegante pode revogar qualquer acto praticado pelo delegado ao abrigo da delegação, quer por o
considerar ilegal, quer sobretudo por o considerar inconveniente (art. 46.º, n.º 2 LPA). Algumas
leis especiais dão ao delegante o direito de ser informado dos actos que o delegado for praticando
ao abrigo da delegação.
É evidente que se a delegação for conferida apenas para a prática de um, único acto, ou
para ser usada durante certo período, praticado, aquele acto ou decorrido este período a delegação
caduca. Há, porém, dois outros motivos de extinção que merecem referência:
Por um lado, a delegação pode ser extinta por revogação: o delegante pode, em qualquer
momento e sem necessidade de fundamentação, pôr termo à delegação (art. 47.º, Al. a) da LPA).
A delegação de poderes é, pois, um acto precário;
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Por outro lado, a delegação extingue-se por caducidade sempre que mudar a pessoa do
delegante ou a do delegado (art. 47.º, al. b) LPA). A delegação de poderes é, pois, um acto
praticado intuitu personae.
I. A primeira é a tese da alienação: é a concepção mais antiga. De acordo com esta tese, a
delegação de poderes é um acto de transmissão ou alienação de competências do
delegante para o delegado: a titularidade dos poderes, que pertencia ao delegante antes da
delegação, passa por força desta, e com fundamento na lei de habilitação, para a esfera de
competência do delegado. A razão pela qual esta tese, não satisfaz, reside na sua
incapacidade de explicar adequadamente o regime jurídico estabelecido na lei para a
delegação de poderes. Na verdade se esta fosse uma autêntica alienação, isso significaria
que os poderes delegados deixariam de pertencer ao delegante: a titularidade de tais
poderes passaria, na íntegra, para o delegado, e o delegante ficaria inteiramente desligado
de toda e qualquer responsabilidade quanto aos poderes delegados e quanto à matéria
incluída no objecto da delegação. (Macie, 2012)
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Por outro lado, a competência exercida pelo delegado com base na delegação de poderes
não é uma competência própria, mas uma competência alheia. Logo, a delegação de
poderes constitui uma transferência do delegante para o delegado: não, porém, uma
transferência da titularidade dos poderes, mas uma transferência do exercício dos
poderes.6
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Macie, A. (2012). Lições de Direito Administrivo. Vol. I. Maputo: Escolar Editora.
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CAPÍTULO III: CONCLUSÃO
3. Conclusão
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4. Referências bibliográficas
Doutrina:
Legislação:
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