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FACULDADE DE DIREITO
DIREITO PENAL
TEMA
O CRIME DE “ ABUSO DE CONFIANÇA”
ARTIGO 404º DO CÓDIGO PENAL
3.º ANO
TURMA A2
PERÍODO: MANHÃ
O DOCENTE
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 ABUSO DE CONFIANÇA E SUA CARACTERIZAÇÃO
3. SUJEITO ACTIVO / SUJEITO PASSIVO
4. AUTORIA
4.1 FORMAS DE AUTORIA
4.1.1 AUTORIA IMEDIATA OU MATERIAL
4.1.2 AUTORIA MEDIATA
4.1.3 CO-AUTORIA
4.1..3.1 REQUISITOS GERAIS DA CO-AUTORIA
4.1.4 CUMPLICIDADE
5. OBJECTO MATERIAL E BEM JURÍDICO PROTEGIDO
6. MODALIDADES- ACÇÃO E OMISSÃO
7. MEIOS DE EXECUÇÃO
8. FORMAS – CONSUMAÇÃO E TENTATIVA
9.PENA APLICAVÉL
10. INICIATIVA PROCESSUAL/ACÇÃO PENAL
11. LIBERDADE CONDICIONAL
12. PRESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO CRIMINAL
13. PRESCRIÇÃO DA PENA
O Crime do art. 404º do Código Penal, permitiu em virtude dos seus elementos
subjectivos e objectivos ( Dolo, Furto, apropriação e verificação de prejuízos), toda sua
historicidade e relevância na sociedade, uma extensão do leque da punição dos agentes,
em consequência da quebra de confiança que servia de base à relação entre duas
pessoas, e que, por esse motivo, se consubstancia na ilicitude.
1.1 METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO
Identificação de problemática norteadora como: Quais os factores que levam
abuso de confiança a ser considerado um crime? Para muitos abuso de confiança é um
crime que merece penas mais rígidas do que o habitual, porque põem causa o princípio
da boa-fé; por tanto, é preciso perceber a necessidade das leis que o consideram como
crime, devido valores sócio - culturais perseverados na sociedade.
Socializar o assunto com toda sociedade, pois esse tipo de problema é enfrentado
por diverso indivíduos em varia faixas etárias. É Preciso um maior enfoque no que diz
respeito à legalidade do abuso de confiança e aderir a um posicionamento que revela um
contexto dos aspectos social, religioso, político, moral e ético.
O assunto é de facto dedicado por isso não se pode levar em consideração uma
opinião preconceituosa ou baseada em factos religiosos, por exemplo.
Essa pesquisa visa, por tanto, oferecer um amplo conhecimento dentro do campo
jurídico, que tenha por finalidade contribuir para uma defesa ou contra defesa de um
polémico tema como abuso de confiança.
Sendo assim, para preencher o tipo de abuso de confiança é necessário, para além do
“tipo objectivo”, isto é, uma “pessoa” que se apropria ilegitimamente de coisa móvel
que lhe tenha sido entregue por título não translativo de propriedade, também o” tipo
subjectivo”, isto é, em que o agente pratica voluntariamente, no sentido de ter
representado e querido esse mesmo resultado (consciência e vontade de realizar o
crime).
Para o crime de abuso de confiança, é sujeito activo a “pessoa” que que se apropria
ilegitimamente de coisa móvel que lhe tenha sido entregue por título não translativo de
propriedade, e sujeito passivo a “o proprietário da coisa móvel”.
4. AUTORIA
Numa perspectiva formal e normativa, autor é aquele que comete a infracção, aquele
que realiza o facto típico tal como ele é descrito no preceito penal incriminador. Porém,
para crimes de abuso de confiança é autor aquele q que se apropria ilegitimamente de
coisa móvel que lhe tenha sido entregue por título não translativo de propriedade. Mas,
a infracção pode ser cometida por uma só pessoa ou mediante a colaboração de várias
pessoas, todas comparticipantes da infracção.
Pode ser que um organize e ordene e outro execute; que instigue à prática do crime e
outro o pratique; que um prepare a execução e outro a leve directamente a cabo; que a
actividade de um seja essencial e que a de outro apenas facilite.
O crime pode ser realizado por um agente apenas ou por vários agentes reunidos. A
Actividade consubstanciada na realização material do facto típico, conduz à “autoria
mediata” que assume a forma de “co-autoria”, quando o fato é executado em conjunto
por vários autores.
Mas, o autor não é só aquele que executa materialmente a conduta típica. Também,
o é, o agente que coloca no processo que conduz ao rime actividades de outra natureza,
psíquica, intelectual ou moral, se, por essa via ele se tornar senhor do “domínio do fato”
ou de ser causa à produção do facto típico.
Sendo assim, no crime de abuso de confiança é autor aquele que utiliza um terceiro,
como instrumento do cometimento do crime ou o determina ou o convence a comete –
lo.
Há autoria mediata quando o agente não executa o facto por suas próprias mãos e
antes o deixa executar por outra pessoa, sem toda via perder o domínio do facto. È a
prática do facto através de outrem, que aparece como “instrumento” da pessoa que, por
detrás, tem o domínio do professo causal. Artigo 24º, b) do CP
4.1.3 CO – AUTORIA
4.1.4 CUMPLICIDADE
Nos termos do art.º 25 do CP, é punível como cúmplice que, prestar, directa e
dolosamente, auxílio material ou moral à prática por outrem de um facto doloso.
No crime contra abuso de confiança, omissão deve ser ligada ao dever de agir, para
evitar um resultado, que a lei impõe e não foi cumprido, dever esse que a doutrina
chama dever de garante. Art.º. 8º CP
Dr. José Beleza define o dever de garante como o dever particular que coloca o
agente na obrigação de actuar de certa maneira para garantir que o resultado danoso se
não produza.
7. MEIOS DE EXECUÇÃO
Há tentativa sempre que o agente praticar com dolo, actos de execução de crime de
apropriação indevida, sem que este chegue a consumar – se. Art.º 20º, nº 1 CP
Quem se apropriar ilegitimamente de coisa móvel que lhe tenha sido entregue por
título não translativo de propriedade, que produza obrigação de a restituir ou de a
apresentar ou de a aplicar a certo fim, é punido com as estabelecidas para o crime de
furto no artigo 392º, atendendo ao valor do prejuízo patrimonial causado:
a) Prisão até 3 anos ou multa até 360 dias, se o valor da coisa subtraída não for
elevado;
b) Prisão de 1 a 5 anos, se o valor da coisa subtraída for elevado;
c) Prisão de 2 a 8 anos, se o valor da coisa subtraída for consideravelmente
elevado.
Crime de abuso de confiança prescreve, sempre que tiverem decorrido 10 anos, logo
sobre a prática do crime. Artigo 129º, b) do CP.
O prazo começa a decorrer no dia em que transitar em julgado s decisão que tiver
aplicado a pena. A prescrição da Pena pode ser interrompida com a sua execução.
14.CONSIDERAÇÕES FINAIS
BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal: parte especial. São Paulo:
Saraiva, 2007. v.2
MIRABETTE, Julio Fabrini. Manual de direito penal: parte especial: São Paulo: Revista
dos Tribunais, 2011. v.2.