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O ATRAVÉS E O REVÉS DA PARTICIPAÇÃO.

Alberto Bracagioli Neto 1

‘Hace ciento treinta años, después de visitar el país de las maravillas,


Alicia se metió en un espejo para descubrir el mundo al revés. Si Alicia
renaciera en nuestros días, no necesitaría atravesar ningún espejo: le
bastaría con asomarse a la ventana. Al fin del milenio, el mundo al
revés está a la vista […]..’(Galeano, 1998)

Denominamos de “através e revés da participação” pois existem contextos onde os


processos participativos tem um significado ao revés, ou seja, estão numa posição oposta à
que deveriam estar. A participação enseja um objetivo de aprendizagem, crescimento e
empoderamento dos atores, porém determinadas práticas e concepções fazem com que a
participação seja um processo de imposição e manipulação de ideias e ideais estranhos aos
desejos do grupo. Para que um processo ocorra através da participação é necessário que
algumas sinalizações sejam feitas ao longo do caminho. Neste sentido, estamos ressaltando
alguns elementos que nos parecem basilares e retomam bases deste processo.
A cronologia internacional sobre participação no desenvolvimento, considera a
década de 1950 como o primeiro momento referencial sobre participação(Hickey e Mohan,
2004). Neste período é desenvolvido o desenvolvimento de comunidades baseadas no
envolvimento e participação das famílias tendo sido fundamental nas ações de cunho
assistencialistas desenvolvidas na época. Em nível de Brasil, mesmo existindo discussões
anteriores provindas da pedagogia freiriana(Freire, 1970; 1992) e das Comunidades Eclesiais
de Base 2 ainda na década de 1960 e 1970 (Betto, 1985) , foi a promulgação da Constituição
Federal em 1988 que deu base legal aos direitos sociais e “efetivou”uma democracia de
caráter participativo(Ledur, 2009; Brose, 2010). Diversas políticas públicas passaram a ter sua
gestão baseada em Conselhos, sendo que no âmbito do rural os Conselhos Municipais de
Desenvolvimento Rural foram considerados a grande inovação democrática do Brasil
contemporâneo (Abramovay, 2001). Na extensão rural as metodologias participativas
passaram a ter profusão, sendo utilizadas no apoio e desenvolvimento do trabalho com
comunidades (Brose, 2004) e no acesso as políticas públicas.

1
Prof. Dr. UFRGS/PGDR;
2
As Comunidades Eclesiais de Base surgiram por volta de 1960 sendo de natureza religiosa e caráter
pastoral. As estimativas não oficiais eram da existência de 80 mil comunidades eclesias de base com
cerca de dois milhões de pessoas.
Das inovações democráticas baseadas na participação a que teve maior difusão e
relevância foi o orçamento participativo (Fedozzi, 2000; Avritzer e Navarro, 2003). Iniciativa
esta que iniciou em nível municipal, em diversas cidades no Brasil, e passou a ser utilizado em
nível estadual em 1999 no Rio Grande do Sul. A notoriedade do orçamento participativo e de
outras inovações no campo democrático fizeram que Porto Alegre sediasse o Fórum Social
Mundial (Leite e Gil, 2003) contrapondo o Fórum Econômico Mundial de Davos. O Fórum se
realizou em Porto Alegre diversas vezes (em 2001, 2002, 2003 e 2005), tendo impactos
crescentes ao longo do tempo com 10 a 15 mil em 2001 para cerca de 120 mil em 2009.
A escalada crescente trouxe uma certa idealização ao processo, porém críticas
crescentes à participação no desenvolvimento passaram a demonstrar os limites e as
fragilidades que não haviam sido percebidas em princípio. A soma das críticas desta imagem
primeira (Bachelard, 1987) resultou num conjunto de considerações e desafios críticos que são
necessários serem considerados para superação da idealização e normatização que alguns
métodos e processos preconizam.

QUAL DESENVOLVIMENTO?

A participação no desenvolvimento, como vimos, tem uma cronologia de algumas


décadas, porém nem sempre se torna claro qual o tipo de desenvolvimento que é
preconizado. Não temos objetivo de adentrar em toda constelação semântica e ideias-força do
desenvolvimento, porém destacar que esta dimensão de participação passa a estar associada
contemporaneamente com um tipo específico de desenvolvimento.
A participação que tem maior hegemonia na década de 1980 está relacionado com
uma visão populista da participação no desenvolvimento(Guivant, 1997), sendo está divulgada
pelo Banco Mundial e pelos trabalhos de Robert Chambers(Cernea, 1985; Chambers et al.,
1989). Esta perspectiva trouxe uma crítica consistente a visão “top-down” predominante no
período, porém com uma visão idealista e normativa da realidade social. A década de 1990
agregou o conceito de capital social na análise e nas ações de desenvolvimento, porém trata-
se de um conceito que contém diferentes contornos analíticos (Bourdieu, 1980; Putnam,
2005).
Estes conceitos inspiraram alguns projetos de desenvolvimento, utilizando-se como
adjetivação: endógeno, local (Vásquez Barquero, 2001; Buarque, 2002) entre outras
expressões. A ênfase dada nestas perspectivas era do protagonismo dos atores, porém com
pouca consideração aos limites estruturais das suas ações. O Programa LEADER que procurou
minimizar os efeitos da integração econômica da União Europeia utilizaram esta
perspectiva(Guerrero e Yruela, 1994) e deram base para “exportação” deste modelo de
desenvolvimento.
As vertentes do pós desenvolvimento e pós coloniais(Escobar, 2005) entretanto,
consideram que as perspectivas anteriores tem um caráter eurocentrado (Quijano, 2010),
trazendo consigo a ideia de raça e racialização das relações sociais dando lugar a
umavisãointersubjetiva que impregna todos os âmbitos de existência social. A abordagem tem
como um dos objetivos desvelar a lógica da colonialidade e da reprodução da matriz colonial
de poder, afastando-se dos efeitos totalitários das subjetividades e categorias de pensamentos
ocidentais (Mignolo, 2010). Estas rupturas passam necessariamente não apenas numa
desobediência civil, mas também numa desobediência epistêmica.
Esta visão traz a necessidade de entender com maior profundidade a matriz colonial de
poder, expressa pela economia, autoridade, natureza, gênero/sexualidade e a subjetividade do
conhecimento.
Da mesma forma existe necessidade de descontruir modelos normativos de
interpretação da realidade seja de capitalistas sociais, comunitaristas ou concepções de espiral
cívica e de auto-organização da sociedade civil. É preciso restituir a complexidade de contextos
ambíguos e híbridos(Cefaï et al., 2011).
Desenvolvimento não é um conceito único, atemporal e universal. Sua constituição é
fruto de uma determinada epistemologia que, por vezes, devemos desobedecer para permitir
a emergência de novos espaços epistêmicos com suas racionalidades e subjetividades.

LOCAL, ENDÓGENO, GLOBAL E EXÓGENO.

A ideia de local e de endógeno trouxe uma atratividade a capacidade de ação dos


atores. Parte de sua construção conceitual teve como ideia uma visão contrastiva ao polo
global e exógeno, sendo este caracterizado por aquilo que vem de cima- top-down e de fora,
sem participação dos atores locais. Esta dualidadetrouxe uma visão de que o local e endógeno
é o espaço de solução de todas mazelas socioeconômicas, em detrimento das demais escalas
territoriais. A concepção localista traz em algumas correntes a ideia de uma espiral cívica e um
processo virtuoso rumo ao progresso e crescimento.
O problema é que esta polarização local/endógeno versus global/exógeno obscurece
as dimensões microrregionais, mesoregional, macrorregional e nacional perdendo assim suas
particularidades e potencialidades num processo de desenvolvimento (Brandão, 2007). O
localismo obscurece níveis macro de desigualdades e injustiças e a heterogeneidade dos
processos de desenvolvimento nas diversas escalas do espaço. No âmbito do rural a dimensão
de dependência externa e diversificação interna podem ser um elemento chave para pensar
em estratégias de desenvolvimento. Por exemplo no rural existem territórios “dominados” por
sistema de integração de aves e suínos, que são administrados por grupos internacionais e
voltado ao mercado externo. Qual é o espaço do local em um território que tem hegemonia
desta dinâmica econômica?
O localismo também, por vezes, se associa com a ideia que as comunidades têm as
respostas para os seus dilemas e problemas cotidianos. Também tende a ser criado uma visão
dualista onde a visão dos atores locais é menos sistemática e subjetiva enquanto o técnico tem
características opostas. Porém o conhecimento local é mediado por diversas fontes de
informação e conhecimento e tendem a refletir as relações sociais e poder constituídas 3. Não é
possível reificar o conhecimento local para equacionamento da complexidade dos desafios do
desenvolvimento.

SIMETRIAS, ASSIMETRIAS E PERCEPÇÕES.

Em um processo participativo envolvendo técnicos e agricultores, facilitadores 4 e


comunidades existem diversas assimetrias nas relações estabelecidas, porém elas nem sempre
se tornam aparentes. Em uma reunião comunitária o facilitador apresenta a programação das
atividades, estabelecendo que haverá uma relação horizontal e seu trabalho consiste apenas
de facilitação, moderação das atividades transformando a inteligência individual em
inteligência coletiva. É claro que este momento participativo pode estabelecer níveis de
distanciamento ou aproximação com os interesses do grupo participante, porém as relações
não são simétricas e as percepções nem sempre são as mesmas 5.
A sociologia das relações de poder desenvolvida por Norbert (Elias, 2000) demonstra
como o índice de coesão mais alto em determinado grupo contribui para seu excedente de
poder, não sendo apenas aspectos sociais, econômicos, geracionais ou étnicos que constituem

3
. Em determinados casos agricultores almejam ter acesso a padrões de consumo dominantes que nem
sempre se adequam com as condições financeiras do projeto ou da família. Na minha experiência de
trabalho presenciei um grupo de assentados de reforma agrária que queriam adquirir um trator
vermelho 4x 4, sendo este um sonho de consumo que não era viável economicamente e nem
produtivamente eficiente para a dimensão das áreas.
4
Estamos utilizando a expressão facilitador como alguém que ajuda a um grupo de pessoas a
compreender os objetivos comuns, através de métodos e técnicas de trabalhos em grupo. O facilitador
tende a exercer, por vezes, um papel de mediação social. Porém mediação social envolve um espectro
mais amplo de papéis e funções sociais a serem desempenhadas.
5
Um técnico de campo conta que estava procurando criar um clima de empatia com uma comunidade e
falou que ele estava ali para aprender e que o conhecimento dele como técnico e dos agricultores se
equivaliam. Um agricultor interviu e disse que ele podia ir embora então, pois eles precisavam de
alguém que soubesse mais do que eles para poder ensinar algo.
as assimetrias existentes. A sociodinâmica da estigmatização exerce impacto quando o grupo
que estigmatiza encontra-se em local de poder, por vezes criando uma autoimagem sobre os
estigmatizados.
As relações dos facilitadores e comunidades em processos de desenvolvimento
também é constituído de assimetrias. O facilitador geralmente trabalha com objetivos,
resultados e métodos definidos aprioristicamente. Também detém informações sobre o
orçamento previsível do projeto e seus marcos referenciais. Sua atividade é remunerada e
deve ter produtos a serem constituídos em determinado prazo de tempo.
Os pressupostos da intervenção planejada através de facilitadores, geralmente está
baseada em modelos lineares e mecânicos estabelecendo relação direta entre objetivos, ações
e resultados, porém o processo é bem mais complexo envolvendo a reinterpretação e
tradução da política ou projeto que está sendo desenvolvido (Long, 2007).
A interface entre técnicos/agricultores, facilitadores/comunidade consiste numa
realidade múltipla com diversas percepções culturais. Existem diversas formas de abordar a
questão do (des)encontro entre pontos de vista distintos que tem mundos distintos,
cosmologias diferentes e realidades distintas. Alguns consideram existir uma impossibilidade
de encontro entre estes pontos de vista, percepções, outros colocam a necessidade de se
colocar em um ponto mediano, entre o fragmento concreto local e o abstrato conceitual
informado (Bracagioli Neto et al., 2013).
Por fim, não existem consensos destacamos, portanto,a necessidade de que a
intervenção seja constituída daconstrução de processos, envolvendo a dimensão transacional
com negociações, confrontações e interpretações de mundos de vida possibilitam
aprendizagem e a construção de novas práticas.

PROCESSOS GRUPAIS.

Este é um campo que transita entre a (micro) sociologia e a psicologia social e traz
processos nem sempre evidentes que ocorrem em trabalhos participativos e/ou grupais. Os
contextos da participação no desenvolvimento envolvem evidentemente trabalhos em grupo
sendo que algumas dimensões merecem ser observadas.
Existem dimensões entrelaçadas entre o trabalho de PichonRiviére e Paulo Freire
(Freire et al., 1989) que se relacionam com a dimensão dos processos grupais. Pichon como
psicólogo social partiu da indagação da doença mental, considerando que ela é um transtorno
de aprendizagem, fazendo relação assim com o pensamento de Paulo Freire. Ambos se
aproximam com a ideia de que a aprendizagem é fruto das relações sociais, onde são
internalizados modelos internos de aprender e um encontro entre o sujeito e o mundo. O
conhecimento envolve a conexão com a realidade, colocando em jogo um sistema de
representações, percebendo quem somos nós aprendendo e o que é cognoscível ou
incognoscível.
O processo grupal nos leva à percepção que a aprendizagem e a percepção ocorrem no
contexto de um campo grupal, articulado com o campo social. Neste campo se formam as
normas, comunicação e a distribuição de poder. Através dos vínculos estabelecidos no grupo
se desenvolve o processo de pertencimento e a sensação de estar integrado facilita o
confronto com os medos e os desafios da aprendizagem. Estes elementos trazem a
importância que o grupo desenvolva processos de vínculo e pertencimento para que ocorram
processo de aprendizagem num processo participativo.
Existem outras dimensões grupais que necessitam ser observadas. Stanley (Milgram,
1974) desenvolveu no campo da psicologia algumas experiências inusitadas com relação a
persuasão coercitiva 6. O objetivo do experimento realizado era saber como pessoas
desconhecidas iriam obedecer uma instrução se esta envolvia ferir outra pessoa. O interesse
era saber o quão facilmente pessoas comuns podem cometer atrocidades através de um
processo de persuasão como ocorreu com os alemães na Segunda Guerra Mundial.
No experimento alguns voluntários pagos eram ordenados a produzir choques em
escala crescente em outra pessoa quando ela respondia erroneamente uma pergunta
formulada. A pessoa que respondia, na realidade, encenava o choque e geralmente respondia
erroneamente para que o choque fosse dado. Caso o voluntário se recusasse a dar o choque o
instrutor repetia algumas palavras de estímulo para garantir a continuidade do teste. No final,
eram feitas algumas perguntas aos participantes que procuravam saber por que o
experimento tinha sido continuado mesmo quando escutava os gritos de dor da outra pessoa.
Como resultado 65% (dois terços) dos participantes continuou até o mais alto nível de 450
volts, enquanto todos os participantes continuaram até 300 volts 7. Os resultados do
experimento demonstram que os participantes tendem a obedecer às ordens da autoridade
mesmo quando conflitam com a sua consciência pessoal.
Este experimento tem relação com os processos de assimetria e o poder de autoridade
estabelecidas em um processo participativo. Importante destacar a necessidade de geração de
processos de diálogo onde as relações de autoridade não fiquem reificadas e permitam que
sejam expressas diferentes concepções sobre o tema em questão.
6
O desenvolvimento deste experimento levou a Milgram receber o Prêmio Anual da American
Association for theAdvancementof Science.
7
O gerador de choques era composto de 30 chaves, que variava de 15 volts (ligeiro choque) a 450 volts
(choque grave).
O Paradoxo de Abilene também é importante de ser conhecido em processos
participativos, sendo este um estudo de comportamento grupal enunciado por Jerry B.
(Harvey, 1988) . O paradoxo refere-se a um indivíduo que toma uma decisão levando em conta
uma suposição de que o grupo vai agir de uma certa forma, porém esta decisão contraria sua
própria vontade que tem apenas intenção de obter aceitação ou para não sofrer censura.
O caso representa uma falha de comunicação, pois o indivíduo considera que avaliou
corretamente as intenções do grupo, sendo está uma situação que ocorre com frequência em
processos grupais.

FORMAÇAO, CONFORMAÇÃO E DEFORMAÇÃO PROFISSIONAL

Nossa formação profissional, por vezes, transforma-se em deformação profissional.


Estas distorções ocorrem quando deixamos de observar aspectos importantes da realidade,
focando apenas em nossas áreas de interesse/formação; na nossa incapacidade de integrar de
forma sistêmica os temas relevantes, pretendendo que as atividades ocorram segundo o ciclo
do projeto (com ações previstas a priori sem consulta aos “beneficiários”); querendo fazer que
a realidade se enquadre nas nossas concepções teóricas, sociais e políticas; dificuldade de
conviver em ambientes democráticos com diversidade de opiniões e ideias. Esta estruturação
tem origem no paradigma de formação que recebemos que nos deforma e conforma, assim é
necessário o desenvolvimento de um espírito crítico e reflexivo e uma revisão curricular dos
cursos de graduação.
Apesar dos avanços e das discussões sobre currículos, a grande maioria dos Cursos de
Graduação não desenvolvem um processo de integração curricular, possibilitando enfoques
interdisciplinares e sistêmicos. “Cada um no seu quadrado” permanece sendo a tônica da
maioria dos cursos, tendo em vista que o diálogo, interação e integração de temas pode
adentrar em uma zona de conflitos e de incertezas epistemológicas.
O paradigma dominante de ciência é um modelo totalitário, pois nega a caráter
racional de outras formas de conhecimento que não estão assentadas em sua epistemologia
(Santos, 1987), esta característica impede a integração de outros saberes e outras cosmologias
que não estejam alicerçadas nestes princípios.
Como resultante temos profissionais que buscam estabelecer coerência cartesiana e
leituras lineares entre ações e resultados (Thornton e Cimadevilla, 2010), também estão mais
atentos para coisas e estrutura do que em pessoas (Cernea, 1985). Nesta perspectiva, existe
necessidade de que os profissionais que trabalham com processos participativos desenvolvam
competência e habilidades que geralmente excede as suas formações universitárias.
Estas necessidades exigem que os espaços sejam democráticos e que existam
processos dialógicos que propiciem a fusão de horizontes (Oliveira, 2000) entre os diversos
atores que interatuam sobre determinado projeto ou política pública
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