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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Disciplina: Fund. Soc. da Educação Turma 11 - 5º feira - 14h-17:30h


Professor: Anderson Paulino Da Silva
Aluno: Lúcio Mauro Gomes
DRE: 115110730
Data de entrega: 15/07/2021

1) Explique como as transformações sociais da modernidade afetaram as formas de educação e


contribuíram para o surgimento da Sociologia?

“Não seria menos estranho fazer do homem sumamente


feliz um solitário, pois ninguém desejaria ser o dono do
mundo se para isso a condição fosse viver só, pois o
homem é um ser político e está em sua natureza viver em
sociedade.”1

Inaugurando com a citação aristotélica do viver em sociedade, o homem, ao longo de


sua existência, tem buscado o aperfeiçoamento de suas relações. O processo de
transformação que o homem tem vivido, desde idades arcaicas, medievais e modernas,
contribuíram para o surgimento das Ciências Sociais.
O surgimento da necessidade de estudo dos aspectos da vida social humana, ligado às
transformações históricas da modernidade contribuíram para a existência da Sociologia.
A Sociologia é uma forma de conhecimento científico, tendo sua origem no século
XIX. O surgimento da sociologia está ligado a um duplo processo, fatores históricos tais
como transformações na estrutura da sociedade, e fatores epistemológicos, que é o modo de
pensar e abordar a realidade (CARLOS EDUARDO SELL, 2010).
Destacando os fatores histórico-sociais, temos a Revolução Industrial, a Revolução
Francesa e a Revolução Científica.
Cabe destacar que a sociologia deve ser compreendida não como o estudo do
comportamento do homem em sociedade. Os fatores destacados acima corroboraram para seu
surgimento e fortalecimento, mas o ponto chave é o estudo da realidade social formada a
partir das relações estabelecidas pelo ser humano (CASTRO e 0’DONNELL,2015).
Foi para explicar as diferenças do mundo moderno com as sociedades do passado,
bem como entender o motivo destas mudanças, que os primeiros teóricos da sociologia -

1
Aristóteles, Ética a Nicômaco, pág 210
MARX, DURKHEIM e WEBER -, produziram suas obras. Eles apresentam, cada um a seu
tempo, modelos de comportamento social, seja na idade média, moderna e contemporânea.
Cada um desses teóricos traz sua interpretação sobre três problemas fundamentais:
características da sociedade tradicional, fatores da mudança da sociedade e características do
mundo moderno (CARLOS EDUARDO SELL, 2010).

2)Em diálogo com o texto “Alguém com os outros” (BAUMAN E MAY, 2010, cap.1), reflita sobre como
o olhar sociológico pode contribuir para a sua visão dos desafios da educação atual e o
desenvolvimento de sua prática docente.

Determinismo e liberdade é dessa forma que se aplica a influência do texto. O autor


apresenta vários critérios dessa visão de liberdade, porém, dentro de um determinismo social.
A presença do conceito de ambivalência, presente no texto, na interação com outros
indivíduos, demonstra que nossas ações decorrem de hábitos e nossas decisões nos tornam
responsáveis por qualquer resultado que produzimos.
Como elementos do grupo a que estamos inseridos, temos a responsabilidade de
propor a mudança. Termos cuidado e preocupação da proposição de mudança, sem fugir de
nossa realidade. Como definido que somos pelo grupo, nosso comportamento e visão deve
estar pautado na liberdade dentro das quatro linhas do meio a que estamos inseridos, mesmo
tendo a devida gerência de que não praticamos um ato de liberdade tão somente, mas, uma
manifestação de dependência.
Como o próprio autor propõe, a liberdade de escolha não garante nossa liberdade de
efetivamente atuar sobre essas escolhas nem assegura a liberdade de atingir os resultados que
desejamos e esperamos.
Como o próprio autor coloca, no conceito de “Critério de Relevância”, nossa
manifestação dentro do grupo, com intuito de se empregar os meios, buscando a maneira e
distinguindo quem pode ou não, colaborar nesse processo de aprendizagem, faz-se notório e
dentro de um determinismo causal, com relevância prática a fim de aprimorar o conceito de
aprendizagem no grupo.
Cabe portanto, pensar nas relações entre liberdade e dependência como um processo
contínuo de mudança e negociação cujas interações complexas são iniciadas ao nascermos e
só se encerram quando morremos (BAUMAN e MAY, 2010).

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