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VIDEOAULAS

VIDEOAULAS EM DIGITAL LEARNING


UMA BREVE INTRODUÇÃO…
• A modalidade de educação digital (Digital Learning) no formato
e-learning, ou híbrido b-learning, se caracteriza pelo fato de
professor e aluno estarem separados na forma física, mas
mediados por alguma forma tecnológica e interagindo de forma
síncrona ou assíncrona, ou seja há um “deslocamento” da
instituição de ensino até ao aluno, ao contrário do ensino
presencial.
• Cria-se então um novo espaço pedagógico e psicológico (espaço
“transacional”, segundo Maia e Mattar) onde se dá uma nova
forma de comunicação entre instituição – docente – aluno, ou
seja, uma “transação” um acordo, um “contrato” baseado na
autonomia da aprendizagem.
• Nesse “espaço” agora intermediado pela tecnologia (onde entra
aí o vídeo) substituindo a relação interativa da sala física.
• É inegável a contribuição do vídeo neste novo processo didático-
pedagógico estimulando os sentidos, o imaginável do aluno
• O vídeo ele é antes de tudo sensorial, linguagem visual, a
linguagem falada, musical, escrita, o vídeo seduz, segundo
professor José Manuel Moran (ECA-USP) “combina a
comunicação sensorial-sinestésica com a audiovisual, a intuição
com a lógica, a emoção com a razão” para depois atingir o
racional.
• A lógica do CÉREBRO SOCIAL aprendemos mais rápido com o
que nos emociona positivamente (nucleus accumbens).
• A vídeoaula ela deve representar significado para o aprendente,
segundo professor Marco Antônio Moreira (2000) “possibilitar uma
relação com seus conhecimentos organizados na sua estrutura
cognitiva”.
• Neste aspecto temos que considerar no processo de aprendizagem os
seguintes factores: sociais, psicológicos e neurobiológicos, entre
outros.
• A importância do envolvimento do sujeito na interação com o outro
construiu no cérebro estruturas próprias “para o apego, para a
cooperação e para prever a ação do outro”, Carter et al (2012), ao que
se denomina “cérebro social” e uma das características desse cérebro
social é a capacidade de sentir empatia.
ESPELHAMENTO-EMOÇÃO
EMPATIA-APRENDIZAGEM

Visão Audição

Neuro Insight
Percepção Aprendizagem
HTTPS://AMENTEEMARAVILHOSA.COM.BR/NUCLEO-ACCUMBENS/
• Voltamos então à importância das estruturas neuro-biológicas do
cérebro especificamente o Nucleus Accumbens responsáveis pelo que
nos emociona positivamente (e negativamente também!) è elemento
fundamental no processo do aprendizado.
• A relação da empatia se constrói dentro de uma sala de aula
presencialmente de uma forma mais eficaz, graças ao fenómeno do
“espalhamento” dos movimentos e “espelhamento” das emoções
(acreditasse que aí esteja a base da empatia). Então na aula virtual se
torna imprescindível diminuir a relação espaço-temporal e buscar
praticar a empatia com seu aprendente no sentido de encurtar e
melhorar a relação ensino-aprendizado.
MODELOS DE AULAS MEDIADAS POR VIDEO:
• TELEAULA SÍNCRONA: Um modelo de aula longa
e transmitida em directo (exemplo do que se viu
na pandemia) onde o cenário praticamente
reproduz a sala de aula presencial, ou seja um
professor presente diante de uma turma de
alunos online com duração de tempo de um
turno de aula presencial. A TELEAULA pode ser
gravada e guardada à disposição de seus alunos
dando-lhe uma caracterização de objeto
instrucional assíncrono, mesmo tendo sido
produzida de forma síncrona.
MODELOS DE AULAS MEDIADAS POR VIDEO:
• VIDEOAULA ASSÍNCRONA: Um modelo de aula que se
caracteriza principalmente pela pré-produção, um
roteiro (guião), uso de recursos multimédia, cenários
virtuais, gravação em estúdio ou locação externa e
possibilidade de edição do conteúdo apresentado
possibilitando cortes no caso de falha na fala do
docente, permitindo seguir uma linha de pensamento
sem interrupções depois de editado. Normalmente o
tempo de “aula virtual” é menor de que uma aula
presencial, em alguns casos há a presença de plateia de
alunos durante a gravação da videoaula.
MODELOS DE AULAS MEDIADAS POR VIDEO:

• WEBCONFERÊNCIA OU VIDEOCONFERÊNCIA:
É na realidade o modelo de teleaula só que
transmitida por internet ou satélite ganha uma
nomenclatura própria, com as novas
tecnologias já se pode nas novas plataformas
interagir em tempo real com o professor via
chat em directo possibilitando um diálogo
aluno-professor-aluno e até aluno-aluno.
MODELOS DE AULAS MEDIADAS POR VIDEO:

• VIDEOAULA SCREENCASTS: Um modelo de aula


que se caracteriza pela captura de tela do
computador ou de software apropriado para este
tipo de produção (exemplo: Power Point, AutoCad,
MuseScore,etc.), o professor não aparece no
vídeo e usa um equipamento de microfone para
gravar a trilha a ser seguida pelo aluno, o uso de
câmera subjetiva neste caso remete aos jogos de
videogame em primeira pessoa muito populares
entre os jovens.
INTERAÇÃO EM PRIMEIRA PESSOA
VIDEOGAMES E CINE 3D
• Ao se colocar como personagem do game o jogador
assume um estado de imersão nos conteúdos
deixando de ser o espectador passivo para assumir
papel ativo na narrativa, tanto nos games como
também no cinema com uso de tecnologia 3D, ao
trazermos este fenómeno para a videoaula podemos
perceber que no uso de tecnologia screencast o
aluno deixa de ser um espectador e passa a ver a
aula pelos olhos do professor, a seguir a trilha de
aprendizado como “se” fosse o professor, ou seja um
processo didático de parceria.
DIGITAL LEARNING NAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR
1. Departamento
Gestor
Graduações e 2. Cursos 100% e-
Licenciaturas/ learning
Cursos Hibridas 3. Cursos ofertados
Graduação e presencialmente e
Pós online híbridos
4. Parcerias com
mercado (Ex:
Cursos Universidades
Cursos
livres Coorporativos Coorporativas)
MOOCs 5. Cursos em Parceria
DIRETORIA DE de Projetos
INOVAÇÃO Educação Pública
6. Cursos parceria
com o Estado
formação e
Cursos qualificação do
Cursos EJA/ funcionalismo
formação e-PRONATEC
pública público
7. Cursos de curta
duração e baixo
custo ofertados ao
público em geral
PEQUENO MANUAL PARA
GRAVAR SUAS VÍDEOAULAS
O ANTES
• GUIÃO
• Neste momento de pré-produção se deve
refletir sobre como se dará todo o
processo de gravação e edição da aula.
• Pense de forma criativa e sobre como
inovar em sua aula para que ela não seja
simplesmente a reprodução da aula
presencial.
• Comece por criar ou utilizar um formulário
próprio de Guião de Videoaula.
• Planeje sua primeira aula de apresentação
do tema ou disciplina que será ministrado.
O ANTES
• Adapte o Plano de Aula (Ementa) de sua
disciplina presencial para o espaço virtual de sua
videoaula.
• Inverta tópicos caso ache interessante.
• Acrescente temas que possam ser ilustrados
digitalmente com animações ou com vídeos, etc.
• Pense em como adaptar Metodologias Ativas*:
Aprendizagem Baseada em Projetos,
Aprendizagem Baseada em Problemas, Estudo de
Caso, Aprendizagem Colaborativa, Gamificação o
mais utilizado atualmente devido à presença de
muitas aplicações próprias para educação.
• EXEMPLO DE GAMES: Simuladores de Negócios,
RPGs, Games tipo Quiz…

* O modelo Sala Invertida seria mais complicado de se formatar em videoaula, mas também é possível
O ANTES
• Concentre no tema central do conteúdo da aula.

• Cada lauda (1400 caracteres) é lida, em média, em 2 minutos. Ensaie,


para que você consiga adequar o conteúdo ao tempo.

• Quais equipamentos serão necessários para produção da videoaula


(câmera, microfone, luz, rebatedor de luz, TV, fundos, notebook,
passador de slides, teleprompt,

• Se utilizar apresentações (slides), opte pela simplicidade. Utilize


fundos brancos. Opte por fontes sem serifa (Arial, Verdana, PT Sans,
Helvetica Neue, Futura, por exemplo) crie um Template em power
point com sua marca.

• Imagens e outros arquivos que estejam fora da apresentação devem


estar numerados, para serem identificados na edição.

• Caso toque algum instrumento e queria fazer uma aula show, fique à
vontade, todo tipo de criatividade que deixe o ambiente de
aprendizagem mais atrativo é importante.
O ANTES
• ROUPA E MAQUIAGEM (Observe sempre o local onde será feita a
gravação)
• Roupas sem estampas coloridas, listras ou na cor verde.
• Roupas femininas sem decotes no estilo “tomara que caia” (efeito
close nú).
• Acessórios, maquiagem, cortes de cabelo, barba, bigode devem ser
usados com cuidado por dois problemas, primeiro não desviar
atenção do espectador enquanto o professor fala e segundo não
representarem uma imagem de desleixo com o “clima” criado para o
ambiente da videoaula.
• Ao gravar em locações externas procure usar roupas mais informais.
ANTES DE INICIAR A GRAVAÇÃO

• ANTES DE IR PARA A LOCAÇÃO CONFIRA:


• Defina a locação da gravação (estúdio ou externa) –
definição da equipe.
• Verifique o funcionamento da apresentação (slides)
• Verifique se todos os itens ou objetos em cena a
serem utilizados estão acessíveis
• Confira se o figurino e maquiagem estão adequados
DURANTE A GRAVAÇÃO
• Olhe sempre para a câmera – não olhe para as laterais no momento da gravação, fale diretamente com
o aluno, imagine que a câmera são os olhos dos alunos.

• Evite marcação de tempo: bom dia/tarde – comece com um Olá, seja bem-vindo... pode criar um
estilo próprio para começar as suas aulas. Use a sua criatividade e atraia a atenção dos alunos.

• Quando lhe der “um branco”, dê uma pausa de 3 segundos e continue normalmente

• Atenção à velocidade da fala, para que não fique nos extremos (monótono ou frenético).

• Não coloque as mãos nos bolsos, caso sinta necessidade disto, por não saber o que fazer com as mãos
no momento, segure uma caneta ou pincel na mão, isso ajuda a ter esse autocontrole.

• evite se mover de um lado para o outro enquanto fala. Movimente apenas os braços levemente, mas
ser rígido.

• Fale de forma alegre, isso é bom para criar empatia com seus alunos.

• Mantenha os braços, de preferência com dobradura de 45º, evite os braços pendurados de forma
perpendicular, sem movimentos.
DURANTE A GRAVAÇÃO

• NA VIDEOAULA:
• Saudação Inicial.
• Apresentação dos conteúdos e objetivos daquela
aula.
• Desenvolvimento da aula.
• Fechamento.
• Saudação final.
Boa Aula!!!
CARTER, R.; ALDRIGE, S.; PAGE, M.; PARKER, S. O livro do Cérebro. Rio de Janeiro: Agir, 2012.
HACK, J. R. Afetividade em processos comunicacionais de tutoria no ensino superior a distância. Florianópolis:
Virtual Educa, 2010
Maia, C. & Mattar, J. (2007). ABC da EaD: a Educação a Distância hoje. São Paulo: Pearson Prentice Hall.
Moran, J. M. (2009). Aperfeiçoando os modelos de EaD existentes na formação de professores. Educação,
Porto Alegre, 32, n. 3, 286-290, set./dez
MOREIRA, Marco Antônio. Aprendizagem significativa crítica. In: ENCONTRO
INTERNACIONAL SOBRE APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA, 3., 2000, Peniche,
Atas Encontro Internacional Sobre Aprendizagem Significativa, 3. Peniche,
2000. Disponível em: <http://www.univab.
pt/cestudos/centros/cecme/Peniche%202000,%20Teoria%20da%20Aprendizage
m%20Significativa,%20Contributos%20do%20III%20Encontro%20Internacional.pdf#
page=48>.
AGRADEÇO VOSSA ATENÇÃO!
NUNOSANTAMARIA10@GMAIL.COM

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