Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Trata-se de consulta formulada por Simone da Silva Torres acerca da possibilidade de terem
incorrido em desvio de função acerca das atividades laborais exercidas pela ex-colaboradora
FULANA DE TAL, assistente administrativa.
Ressalto por relevante que, nem sempre um serviço extra requerido/solicitado pelo empregador
se caracteriza como desvio de função. O simples pedido de servir um copo com água a alguém
que chega na empresa ou a uma pessoa que está precisando, como demonstrado na conversa
enviada, por si só não desconfigura o contrato de trabalho firmado entre as partes, mesmo
porque não havia habitualidade nesta conduta, nem tampouco uma imposição por parte do
2
http://consulta.mte.gov.br/empregador/cbo/procuracbo/conteudo/tabela3.asp?gg=3&sg=1&gb=1
empregador. Segundo o ministro do TST Alexandre Ramos, o contrato entre empresa e
empregado tem que estabelecer a função do trabalhador e o serviço para o qual ele foi
contratado. Para a existência do desvio de função, é necessário que o empregado tenha uma
incumbência diferente daquela registrada na carteira de trabalho. Além disso, é preciso que
haja comprovação de perda financeira. “O mais importante é que tenha havido prejuízo
financeiro, pois o que se busca é uma condenação da empresa em diferenças salariais,
exatamente pelo exercício de função diferente”, observa o ministro. 3
CONCLUSÃO
Ante o exposto, conclui-se que não houve desvio de função acerca das atividades executadas
pela Srª ............, uma vez que não existiu qualquer desequilíbrio contratual que importasse em
alterações de suas funções e um consequente prejuízo financeiro.
Reforçasse que o desvio de função ocorre quando o empregado contratado para determinada
função passa a exercer outra, de maior complexidade, sem a contraprestação salarial devida, o
que não ocorrera na situação analisada.
S.M.J
É o parecer.
3
https://www.youtube.com/watch?v=PAjvplyTMs8