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Conceitos Básicos e Parcelas Contratuais
AULA 1
Duas são as partes que juntas proporcionam que os cálculos de liquidação atinjam
a eficácia pretendida, no sentido de promover e demonstrar a apuração das parcelas
abrangidas nos pedidos formulados em petição inicial, ou nos pedidos reconhecidos e
Curso Beta On-line© Elaborado por Richard H.C. Furtado
deferidos pelo julgador, tornando conhecidos os valores dos créditos devidos, bem como
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os credores e devedores no processo.
Correção Monetária
Juros de Mora
Imposto de Renda
1.1 - Base de Cálculo - Valor relacionado a outra verba (ou a outras verbas somadas),
sobre o qual deve ser aplicada a regra do cálculo, sendo o elemento com o qual se inicia
o cálculo.
1.2 - Regra do Cálculo - Operações matemáticas que devem ser efetuadas sobre a base
de cálculo.
REGRA
VALOR
FONTE DA
JURÍDICA PARCELA
BASE
Duas verbas distintas não devem servir de base de cálculo uma para a outra. Caso
isso aconteça, provavelmente no final do processo, uma parte do crédito será
indevidamente duplicada e, consequentemente, paga em duplicidade, ocorrendo o que
chamamos de bis in idem.
Pode-se traçar a seguinte sequência lógica para fins de consulta às fontes jurídicas
quanto aos elementos do cálculo (base e regra):
1) Analisar os termos do julgado (sentença e acórdãos), quanto ao que ficou
efetivamente fixado quanto a base e regra de determinada parcela; os parâmetros
fixados deverão ser observados na liquidação.
2) No caso de não haver informação no julgado, consultar a lei; caso também haja
previsão em norma coletiva acerca da parcela em questão, prevalecerão os
elementos que mais beneficiarem o trabalhador.
3) Acontecendo de a parcela não estar prevista nessas fontes, mas sim no contrato de
trabalho (expresso ou tácito) ou em regulamentos da empresa, o que estiver
disposto nesses documentos deverá, então, ser observado na liquidação.
4) O conhecimento da jurisprudência consolidada nas súmulas e orientações
jurisprudenciais dos tribunais deve acompanhar a consulta das demais fontes
jurídicas, para fins de auxílio de interpretação das mesmas e preenchimento de
eventuais lacunas normativas.
2- Principal e Acessório
Algumas definições:
Cumulação de pedidos – quando em uma única ação são formulados vários
pedidos.
Cumulação própria simples - quando os pedidos são independentes um dos
outros.
Cumulação própria sucessiva - quando há dependência de um pedido a outro.
Pedido acessório - pedido cuja formulação depende de outro pedido, e que
para o seu deferimento há necessidade de prévio deferimento do outro pedido.
Pedido principal – considerado todo pedido não acessório.
2.1 – Observações
A elaboração gráfica dos cálculos mostra-se muito importante, não somente por ser
um instrumento eficaz para conduzir à correta apuração dos valores das parcelas
abrangidas na liquidação trabalhista, mas também por tratar-se de um demonstrativo fiel
de todas as operações efetuadas nos cálculos, o que possibilita que os cálculos sejam
verificáveis a qualquer tempo, por qualquer agente do processo.
“O bom cálculo de liquidação não somente calcula corretamente, mas também
demonstra corretamente.”
O elaborador dos cálculos de liquidação deve ter em mente que há um fluxo, um
sentido geral de confecção da planilha, o qual é balizado por duas direções específicas.
A Ordem de Títulos é orientada pelo eixo horizontal (da esquerda para a direita),
correspondendo à disposição qualitativa das parcelas, a partir da natureza dos seus títulos
e conforme a evolução lógica de sua apuração.
A Ordem Cronológica, por sua vez, é orientada pelo eixo vertical (de cima para
baixo), corresponde à disposição quantitativa, pela qual fica demarcado o período
contratual considerado, com a apuração mês a mês dos valores das parcelas.
O Art. 457 da CLT prescreve que o trabalho realizado a partir da relação contratual
entre empregador (Art. 2º da CLT) e empregado (Art. 3º da CLT) pode ter a sua
remuneração efetivada através de parcelas pagas pelo empregador (parcelas salariais) e
de parcelas pagas por terceiros que se beneficiam com o resultado do labor realizado
(parcelas não salariais). O conjunto dos dois grupos de parcelas é chamado de complexo
remuneratório.
Os valores de pagamento das parcelas remuneratórias podem ser observados nos
recibos de pagamentos (contracheques) ou nas fichas financeiras do empregado,
documentos esses que devem compor os autos para fins comprobatórios.
3.1.1 - Salário Base. Parcela retributiva básica cujo valor é previamente ajustado na
contratação, para uma jornada normal de trabalho, sem acréscimos relativos ao
ambiente, à duração, ao horário, ao tempo, à natureza e à qualidade do trabalho.
Corresponde à obrigação contratual principal, podendo servir de base de cálculo
para outras parcelas salariais. Deve obrigatoriamente constar indicado na CTPS, nas fichas
de registro de empregados e nos recibos salariais. Na liquidação, normalmente aparecem
no início do fluxo de planilha, ocupando as primeiras colunas.
Geralmente, consiste em parcela de valor fixo, obedecendo a um critério constante
estipulado por unidade de tempo (por mês, por quinzena, por semana, por dia ou por
hora). Pode também ser estipulado em valor fixo por unidade de produção (por obra, por
tarefa) ou por comissão ou percentagem sobre vendas e serviços, de forma que quanto
mais produzir o empregado, maior será a retribuição devida ao final do período estipulado
para pagamento (dia, semana, quinzena ou mês).
Tipos de pedidos envolvendo salário base:
Diferenças salariais em decorrência de equiparação salarial a outro
empregado
Diferenças salariais em razão de pagamentos em valores inferiores ao piso
salarial da categoria
Diferenças salariais em razão de reajustes salariais incorretos
Diferenças salariais em razão de desvio de função do empregado
Reflexos dos salários pagos sem registro em CTPS e em recibos de
pagamentos
Férias Concedidas
Adicional de Periculosidade
Adicional de Insalubridade
Adicional Noturno
Ajuda de Custo
Auxílio Transporte
Dobra de Férias
3.4 - Incidências
FGTS INSS IR
Difere dos feriados quanto à natureza, vez que esses correspondem a dias
específicos definidos por lei, em função de comemorações cívicas ou religiosas
específicas, para as quais, portanto, nã o deve haver trabalho, restando
garantida, entretanto, a respectiva remuneração diária.
4.1 - Cálculo
oferece praticidade.
4.7 - Incidências
FGTS INSS IR
(x) 12/12
Férias (+1/3) decorrentes de parcelas pagas no curso do contrato (ex: “salário por
fora”, comissões, gorjetas).
5.1.4 – Incidências
FGTS INSS IR
OJ SDI-1 181
(x) 1/12
Lei 4.090/62
Art. 1º - No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será paga, pelo
empregador, uma gratificação salarial, independentemente da remuneração a que fizer
jus.
3. Salário por comissão Média dos valores auferidos no ano (incluindo seus
reflexos em RSR e Feriados)*
5.2.3 – Incidências
FGTS INSS IR
6.1.1 – Cálculo
(trabalhador eletricitário)
Adicional de Periculosidade
6.1.3 – Incidências
FGTS INSS IR
6.2.1 – Cálculo
BASE de CÁLCULO
Art. 192 CLT salário mínimo
21/08/1969 Súmula 17 /TST salário profissional
26/09/1985 Súmula 228 /TST salário mínimo (art.76CLT)
05/10/1988 Art.7º, IV, CF vedação da indexação do salário mínimo
cancelamento da Súmula 17
19/05/1994
/TST
Adicional de Insalubridade
FGTS INSS IR
7.1-1 – Cálculo
Art. 15, Lei 8.036/90 - Para os fins previstos nesta Lei, todos os empregadores
ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária
vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou
devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de
que tratam os arts. 457 e 458 da CLT, a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº4.090,
de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965, e
o valor da compensação pecuniária a ser paga no âmbito do Programa de
Proteção ao Emprego - PPE.
Nos casos em que não ocorrer rescisão sem justa causa (não havendo, portanto,
permissão legal para o levantamento dos depósitos realizados em conta vinculada), as
parcelas de FGTS abrangidas em liquidação devem constar apuradas em coluna própria
separada, vez que constituem parte do crédito autoral a ser encaminhada pelo Juízo à
CEF, para fins de depósito fundiário.
Assim, a partir da decisão do STF, a regra passou a ser a seguinte: para os casos cujo
termo inicial da prescrição ocorra após 13/11/14, será considerado o prazo de cinco anos.
Diferentemente, para os casos em que o prazo prescricional já esteja em curso, será
considerada a regra relativa ao que ocorrer em primeiro lugar: 30 anos, contados do
termo inicial, ou 5 anos, contados a partir de 13/11/14.
7.1.4 – Incidências
INSS IR
O benefício Vale Transporte foi criado pela Lei 7.418/85 (Decreto 95.247/87), mas a
sua concessão só assumiu caráter obrigatório com o advento da Lei 7.619/87. Atualmente
consiste em uma parcela devida sem caráter salarial, mas sim indenizatório, não
compondo a remuneração do empregado.
Conforme Art.2º, Art.9º, Art.12 e Art.20 do Decreto 95.247/98, pode-se considerar que
a indenização equivalente ao benefício deve corresponder ao total dos valores de tarifas
praticados nos transportes utilizados no percurso regular residência/trabalho (e respectivo
retorno) durante o período contratual considerado, multiplicado pela quantidade mensal
de dias de efetivo trabalho do empregado, e deduzido o equivalente a 6% do valor de
salário base.
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Valor total das tarifas necessárias para 01 dia
BASE DE CÁLCULO 26
(residência trabalho)
7.2.3 – Reflexos
7.2.3 – Incidências
FGTS INSS IR
7.3.2 – Reflexos
FGTS INSS IR