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AULA 6
Seja bem-vindo(a) a mais uma aula de nossa disciplina! Nesta aula vamos
demonstrar, na prática, os conceitos de varejo digital, novas tecnologias,
principais tendências, consumidores e aprendizados diversos dos quais falamos
anteriormente.
Faremos isso por meio dos estudos de caso de empresas eleitas no
ranking de melhores empresas de varejo eletrônico, e que certamente aplicaram
muito o que aprendemos nas aulas. São elas:
1. Magazine Luiza;
2. Amazon;
3. NetShoes;
4. B2W;
5. Dafiti.
CONTEXTUALIZANDO
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Vídeo
Assista a esta animação que explica sobre o que é um estudo de caso e
se prepare para as próximas leituras:
<https://www.youtube.com/watch?v=8cIVzQNf6Bk>.
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Laboratório de inovação, o Luiza Labs, um espaço onde trabalham cerca
de 400 pessoas com projetos focados em tecnologia, testados
rapidamente e sem burocracias. É de fundamental importância para a
empresa e para o sucesso que ela alcançou no varejo, pois entrega
anualmente cerca de 30 projetos estratégicos . Ainda, foi neste laboratório
que surgiu o marketplace da empresa, atualmente com mais de 16
milhões de downloads (Zogbi, 2018).
Investimento em ferramentas, aplicativos e novas plataformas, como o
Magazine Você, quase uma loja virtual na qual o cliente cria sua própria
vitrine de produtos para comercializá-los.
Lojas físicas digitais, visando aprimorar a experiência do cliente e tornar
a operação mais ágil e eficiente, com aplicativos móveis de venda e
estoque, por exemplo.
Multicanais: o Magazine Luiza trabalha de forma integrada com todos os
canais, utilizando uma mesma infraestrutura para as lojas on-line e físicas.
Melhoria nos serviços, com investimentos como o Lu Conecta, serviço que
configura, instala aplicativos e antivírus no smartphone, 24 horas por dia.
Não ficando para trás nas tendências de mercado, o Magazine Luiza
lançou em 2017 a operação de marketplace, expandindo de 50 parceiros
para 250, com faturamento estimado em 550 mil reais e 80.000 produtos
disponíveis on-line.
Vídeo
Entenda melhor como funciona o Luiza Labs assistindo ao vídeo:
<https://www.youtube.com/watch?v=ypRrbnbJmlc>.
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TEMA 2 – AMAZON
Fundada em 1994 por Jeff Bezos, cinco anos antes da Google e 10 anos
antes do Facebook, a Amazon é considerada a empresa que mais modificou a
forma de fazer compras e o funcionamento do varejo nas duas últimas décadas
(Monte, 2018).
Bezos, ao criar a empresa, definiu que a Amazon deveria ter seu foco
sempre no longo prazo, entendendo o consumidor para oferecer a ele os
melhores produtos e serviços (Monte, 2018). E, certamente, o mercado do e-
commerce não seria o que é hoje sem a sua visão.
O sucesso da Amazon é tanto que existe uma tendência no varejo
denominada “Efeito Amazon”, termo utilizado para explicar o crescimento
gigantesco de uma empresa que há 20 anos era somente um e-commerce de
livros e que em 2017 faturou 178 bilhões de dólares (Ferraz, 2018).
Com o foco em entender o consumidor, mantendo o que foi dito por Bezos,
um dos principais destaques do “Efeito Amazon” é a forma como a empresa
utiliza os dados de seus consumidores, ou seja, como ela se diferencia
entendendo a fundo quem compra. A obtenção destes dados, que são
organizados, analisados e transformados em informações úteis, faz toda a
diferença para que a empresa entenda os comportamentos dos consumidores,
sejam eles digitais ou físicos (Ferraz, 2018).
O sucesso da empresa é também resultado da visão do proprietário, que
enxergou que, no site da Amazon, todos as páginas podem ser lojas e todos os
clientes podem ser vendedores (HSM, 2018).
A Amazon impressiona também por sua incrível capacidade de entrega,
com rapidez e eficiência logística que agradam aos novos e exigentes clientes
do varejo digital (Meier, 2018), afinal, não é qualquer empresa que conseguiria
entregar 1.6 milhões de encomendas por dia. E, uma das formas usadas pela
Amazon para conseguir essa entrega é a tecnologia: a empresa utiliza 45 mil
robôs para retirar os pacotes das prateleiras e levá-los aos funcionários,
garantindo que tudo funcione perfeitamente (Vicentin, 2018).
Sempre pioneira, a Amazon inovou mais uma vez com a loja Amazon Go,
expandindo sua atuação a todos os universos do varejo, inclusive o físico. Em
síntese, na Amazon Go o cliente é reconhecido assim que entra na loja, escolhe
seus produtos e vai embora, sem fazer qualquer pagamento (Meier, 2018).
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E como isso acontece? Existem câmeras em toda a loja que identificam o
cliente por meio de reconhecimento facial, e uma tecnologia de inteligência
artificial identifica pessoas se movimentando e objetos sendo movidos nas
prateleiras. Tudo o que o cliente precisa fazer é baixar o aplicativo da Amazon
Go em seu celular, ver o tutorial e se identificar com a conta da Amazon. Aí é só
entrar na loja, pegar o produto e ir embora, e a compra será automaticamente
debitada no cartão (Lenine, 2018).
Essa jornada do cliente tem como foco tornar a experiência mais fluida e
natural, valorizando o tempo do consumidor e propiciando uma reposição de
gôndolas de forma automática (Meier, 2018).
Leitura complementar
Leia a reportagem da Folha de S.Paulo e entenda ainda melhor como
funciona a experiência de compra na Amazon Go, disponível neste link:
<https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/09/na-loja-amazon-go-e-so-
pegar-os-produtos-e-ir-embora.shtml>.
TEMA 3 – NETSHOES
A Netshoes começou em 2000, com dois sócios e uma pequena loja física
de sapatos. O crescimento da loja permitiu uma expansão de mais lojas físicas
até o momento em que os sócios decidiram investir no e-commerce (Vilar, 2016).
O resultado, ao contrário do que muitos pensam, não foi nada rápido: a
Netshoes não vendeu nenhum par de sapatos nem no primeiro nem no segundo
mês de operação on-line. A partir do terceiro mês, quando vendeu o primeiro par,
a empresa começou a crescer (Destino Negócio, 2018) até que este canal
passou a representar 70% de suas vendas.
Os sócios decidiram, então, fechar as lojas físicas e focar 100% no digital
(Vilar, 2016). A estratégia parece ter dado certo, já que, segundo um recente
levantamento, a Netshoes foi considerada a organização que apresenta mais
evidências ligadas à transformação digital (Redação E-Commerce News, 2018).
A empresa, em 2009, começou sua loja virtual com o Twitter e logo depois
lançou a fan page no Facebook. Em 2012, criou contas no Google+, Instagram
e Linkedin. Em 2013, faturou mais de R$100 milhões só com as redes sociais
(Agência WT, 2018). Fechou 2016, um ano de recessão, com 10,3 milhões de
pedidos, um aumento de 20,8% frente a 2015 (Bigarelli; Campos, 2017).
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Seu sucesso é tão grande que a empresa expandiu sua atuação para
países como Argentina e México. E, no Brasil, já patrocinou times de futebol,
administra lojas virtuais do Corinthians e do Cruzeiro, e é a loja oficial da NBA
no país (Destino Negócio, 2018).
Ainda, a Netshoes é hoje o maior e-commerce de artigos esportivos da
América Latina e a 5ª maior marca do comércio eletrônico brasileiro. No Brasil,
tem 40,3% do comércio eletrônico de calçados e tênis, sendo a líder de mercado
(Bigarelli; Campos, 2017). O lucro da empresa no segmento digital é
consequência de diversos fatores, como colaboradores treinados para lidar com
redes sociais, aumentando a presença da marca com o público-alvo e a
credibilidade da empresa (Agência WT, 2018).
Também merece atenção a atuação da marca em relação ao atendimento
(Vilar, 2016):
Vídeo
Assista a um breve depoimento do fundador da Netshoes, Marcio
Kumruian, e veja quais as dicas deste empreendedor de sucesso para futuros
empreendedores do segmento digital:
<https://www.youtube.com/watch?v=NHmQHR7adOM>.
TEMA 4 – B2W
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Mas então como essa empresa está entre os cases de sucesso?
Bom, a situação começou a mudar quando, em 2013, a B2W adquiriu
empresas com conhecimento e tecnologia no atendimento ao cliente e na gestão
de processos, e investiu 1 bilhão de reais na logística, com foco em melhorar o
relacionamento com o cliente (Pacete, 2014).
Em 2014, a B2W comprou as duas principais transportadoras
especializadas em comércio eletrônico no Brasil e, em 2016, contratou a Vialog,
líder em transporte de e-commerce. Também reestruturou todo o seu canal de
operação logística com uma empresa terceirizada que implanta estratégias tais
como a possibilidade de o consumidor retirar o produto em uma loja física em
até uma hora depois da compra – o que já está disponível em mais de 580 lojas,
com estimativa de chegar a 800 (Rossari, 2018).
Além disso, a B2W, assim como o Magazine Luiza, tem um laboratório de
inovação, o BIT, cuja função é gerar novos negócios para a empresa utilizando
tecnologia e inovação (Rossari, 2018).
A prova de que a estratégia da empresa é um sucesso são alguns de seus
números (Sky Hub, 2017):
Além disso, ao fim de 2018, a B2W declarou ter alcançado quatro novos
recordes desde o seu lançamento: maior venda, maior participação em lucros,
maior número de vendedores conectados e maior número de produtos no mix
(Reuters, 2018).
E, assim como as demais, a B2W não vai parar com as inovações. A
empresa passou a oferecer recentemente um novo produto financeiro,
concedendo crédito em operações on-line e com taxas competitivas. Ainda, a
B2W planeja expandir para 200.000m² sua capacidade de armazenagem, além
de melhorar os serviços de retirada dos clientes nas lojas físicas (Mello, 2018).
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Leitura complementar
Leia a reportagem da Época Negócios sobre os próximos passos da B2W
e entenda como essa varejista pretende continuar crescendo:
<https://epocanegocios.globo.com/Empresa/noticia/2018/03/epoca-negocios-
lojas-americanas-vai-integrar-logistica-com-b2w-e-reestrutura-gestao.html>.
TEMA 5 – DAFITI
Saiba mais
Pelo link <https://endeavor.org.br/marketing/zappos/>, saiba mais sobre a
Zappos, utilizada como referência pelos fundadores da Dafiti, e busque entender
quais diferenciais desta loja serviram como base para a criação da Dafiti.
TROCANDO IDEIAS
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NA PRÁTICA
Sugestões de respostas
Magazine Luiza:
Amazon:
B2W:
Dafiti:
FINALIZANDO
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Quanto à Amazon, o destaque principal foi dado pela forma como esta
gigantesca rede varejista conseguiu explorar o varejo físico em um contexto tão
digital, oferecendo inovações e uma experiência incrível para o consumidor.
O terceiro case foi a Netshoes, empresa que partiu de uma única loja física
para se tornar líder no segmento de calçados e tênis do comércio eletrônico,
resultado de muito trabalho, uma boa equipe, bom atendimento, logística e
conhecimento do cliente.
O quarto caso de sucesso foi um caso de superação. A empresa B2W,
líder no segmento de marketplace, viu seu negócio quase falir em 2012, mas
conseguiu, com uma revisão e investimentos em seu setor logístico, melhorar a
experiência do cliente e fazer uma reviravolta no cenário, retomando a liderança
do mercado.
Fechamos a aula com o case de sucesso da Dafiti, uma empresa
brasileira criada por sócios estrangeiros e brasileiros que, oito anos atrás,
enxergaram uma oportunidade em nosso mercado que está sendo visto apenas
agora pelas grandes varejistas. E, se aproveitando dessa visão do futuro,
conseguiram chegar à liderança no mercado de e-commerce em seu segmento.
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REFERÊNCIAS
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REUTERS. Grupo de comércio eletrônico B2W tem prejuízo de R$ 105,8 milhões
no 3º tri. G1, 1 nov. 2018. Disponível em:
<https://g1.globo.com/economia/noticia/2018/11/01/grupo-de-comercio-
eletronico-b2w-tem-prejuizo-de-r-1058-milhoes-no-3o-tri.ghtml>. Acesso em: 8
fev. 2019.
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ROSSARI, P. B2W – Lojas Americanas: o recomeço. Dica de Hoje Research,
27 ago. 2018. Disponível em: <https://dicadehoje7.com/acoes/lojas-
americanas>. Acesso em: 8 fev. 2019.
PACETE, L. A B2W volta à tona. Istoé Dinheiro, 4 jul. 2014. Disponível em:
<https://www.istoedinheiro.com.br/noticias/investidores/20140704/b2w-volta-
tona/169070.shtml>. Acesso em: 8 fev. 2019.
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