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Odilecio Santos - odileciosantos@gmail.com - CPF: 014.259.

475-06
Expert do eSocial - 3

Mas o que é eSocial? - 3

Legislação trabalhista x Legislação previdenciária - 4

Aposentadoria especial - 4

Exposição ocupacional - 5
SUMÁRIO

Erros comuns - 5

Cronologia da legislação previdenciária - 7

O Decreto 3048 - 10

Anexo IV - 14

LINACH - 23

Decreto 3048 x NR-15 - 30

Metodologias de avaliação - 31

Identificação do agente químico - 33

Decifrando do Anexo IV - 34

Decifrando a Tabela 24 do eSocial - 36

Critério de trabalho Permanente - 39

Envio para eSocial - 40

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ANOTAÇÕES
EXPERT DO eSOCIAL

O E-social é esse novo evento na vida dos


profissionais de segurança do trabalho, que
trouxe muita expectativa.

Mas o que é o eSocial?

O e-Social não muda o trabalho que já era feito


ou deveria ser feito pelo profissional de SST, ele é
apenas o sistema do governo para receber
informações sobre aposentadoria especial. Nele
devem ser inseridas as informações que eram
emitidas apenas no LTCAT das empresas, no
documento que era para a empresa e que agora
deve ser informado diretamente ao governo.

O expert do eSocial vai te ensinar a olhar os


agentes químicos para o seu LTCAT e
correlacionar ele com o eSocial. Será abordado
como decifrar a tabela 24, o anexo 4 do decreto
3048, entender como a LINACH entra nesse
sistema, enquadramentos qualitativos e
quantitativos, e muito mais.

Então vamos começar essa jornada.

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Legislação Trabalhista x ANOTAÇÕES

Legislação Previdenciária

Ambas às legislações têm como objetivo tratar


quanto aos direitos do funcionário e às
obrigações do empregador.

Porém, mesmo apresentando particularidades e


tendo funções parecidas, existem diferenças que
as tornam únicas e passíveis de entendimento.

Legislação Previdenciária: regulamenta a


aposentadoria especial, ou seja, todas as
obrigações impostas por ela referem-se a esse
benefício.

Legislação Trabalhista: traz regulamentações


quanto ao período e jornada de trabalho e
direitos gerais do trabalhador.

Aposentadoria Especial

A Aposentadoria Especial é o benefício


previdenciário concedido ao trabalhador que
exerce suas atividades laborais exposto a
agentes nocivos, que podem causar algum
prejuízo à sua saúde e integridade física ao longo
do tempo. A exposição deve ocorrer de forma
permanente e habitual.

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Mas para entender se um trabalhador pode estar ANOTAÇÕES


exposto à algum agente que de o benefício da
aposentadoria especial é necessário
compreender o anexo 3048, e além disso, tem
que saber quais os agentes estão presentes no
ambiente e se geram exposição ocupacional.
Essa premissa é importante para entender e
fazer o seu reconhecimento de risco para a
elaboração do seu LTCAT.

Exposição Ocupacional

A exposição ocupacional é um risco inerente ao


trabalho, presente em todas as empresas. Mas
não é só porque uma substância química está
presente, seja em um rótulo ou em uso que ele
está gerando riscos ao trabalhador.

Se existem medidas de controle que não


permitem que o trabalhador tenha exposição,
isso já elimina a possibilidade do risco.

Erros Comuns

Os erros devem ser sempre serem evitados, o


seu acometimento pode gerar consequências
legais e vitais, assim, é importante ter atenção
redobrada. Nesta seção vamos discutir alguns
dos erros mais comuns no eSocial:

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Antes mesmo do eSocial existir, era comum ANOTAÇÕES


achar que o LTCAT se tratava de
insalubridade. Mas agora ele deixa claro isso,
que há um laudo de LTCAT e um laudo de
insalubridade, um trabalhista e o outro
previdenciário.

A associação da NR 15 com o LTCAT gera


muita confusão, pois nem sempre um agente
que dá ensejo ao adicional de insalubridade,
também dá a insalubridade.

O decreto 3048 é um documento jurídico, e


não técnico. É um decreto que permite
brechas e interpretações, assim, é sugerido
que todas as ações referentes a esse decreto
tenham assessoria jurídica.

Que o manual da aposentadoria especial é


uma verdade absoluta: O manual da
aposentadoria especial é um documento
elaborado pela previdência social que serve
como referência técnica da sua tomada
decisão. Ele foi elaborado para ser um
procedimento padrão para os peritos da
previdência social, ou seja, é a abordagem da
previdência social quer que seus funcionários
atuem. Porém, como é um manual, fora de
qualquer norma, fica a critério do juiz
responsável o entendimento.

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Cronologia da legislação ANOTAÇÕES

previdenciária

A aposentadoria especial foi instituída pela Lei n°


3.807, de 26 de agosto de 1960, para o segurado
que contasse com, no mínimo, 50 anos de idade
e 15 anos de contribuição e que tivesse
trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos, pelo
menos, em atividade profissional cujo exercício
fosse considerado penoso, insalubre ou perigoso,
conforme classificação contida em Decreto do
Poder Executivo.

É importante para entender mais a legislação


previdenciária, como que ela evoluiu ao longo
dos anos pois vem passando por muitas
alterações legais e regulamentares, sem falar
nos atos normativos infra regulamentares
expedidos por órgãos dos Ministérios da
Previdência Social e do Trabalho ou a eles
vinculados.

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QUADRO 11 - RESUMO PARA ANÁLISE TÉCNICA DOS AGENTES NOCIVOS

Demonstrações Equipamento de
Período Enquadramento Metodologia Legislação Codificação Formulários
Ambientais Proteção
Deccreto nº
IS nº SSS-
53.831, de
501.19,de 1971
1964; Sem exigência Sem Códigos
Até Informação ISS-132,
Qualitativo de laudo obrigatoriedade 1.2.0
28.4.1995 não exigida
Decreto nº técnico. de informação. (1.2.1 a 1.2.12)
SB-40 DISES BE
83.080, de
5235
1979
De Decreto nº Sem exigência Sem Códigos
Informação
29.4.1995 a Qualitativo 53.831, de de laudo obrigatoriedade 1.2.0 DSS-8030
não exigida
13.10.1996 1964; técnico. de informação. (1.2.1 a 1.2.12)
Decreto nº
53.831, de
1964;
LTCAT ou
De Inspeção no Obrigatoriedade Códigos
Decreto nº demais
14.10.1996 a Qualitativo ambiente de de informação 1.2.0 DSS-8030
83.080, de demonstrações
5.3.1997 trabalho sobre EPC (1.2.1 a 1.2.12)
1979; ambientais.

MP nº 1.523,
de 1996
NR 15
Qualitativa Anexo XIII
LTCAT ou
Anexo XIII-A Obrigatoriedade Códigos
De 6.3.1997 Decreto nº demais
de informação 1.0.0 DSS-8030
a 2.12.1998 2.172, de 1997 demonstrações
NR-15 sobre EPC (1.0.1 a 1.0.19)
ambientais.
Quantitativa Anexo XI
Anexo XII
NR-15
Qualitativa Anexo XIII
Decreto nº LTCAT ou
Anexo XIII-A Obrigatoriedade Códigos
De 3.12.1998 2.172, de 1997; demais DSS-8030
de informação 1.0.0 (1.0.1 a
a 6.5.1999 Lei n° 9.528, demonstrações DIRBEN 8030
NR-15 sobre EPC e EPI 1.0.19)
de 1997 ambientais.
Quantitativa Anexo XI
Anexo XII
NR 15
Fonte: MANUAL DE APOSENTADORIA
Anexo XIII ESPECIAL (SETEMBRO – 2018)
Qualitativa
Anexo XIII - A LTCAT ou
Obrigatoriedade Códigos
De 7.5.1999 Decreto nº demais DSS-8030
de informação 1.0.0 (1.0.1 a
a 18/11/2003 NR 15 3.048/1999 demonstrações DIRBEN 8030
sobre EPC e EPI 1.1.19)
Anexo XI ambientais
Quantitativa
Anexo XII
ANOTAÇÕES
Qualitativa NR
Decreto nº
15 Anexo XIII
3.048/1999 LTCAT ou
De Anexo XIII - A NHO 2,3,4 e 7 Obrigatoriedade Códigos
modificado demais
19.11.2003 a de informação 1.0.0 (1.0.1 a DIRBEN 8030
pelo Decreto demonstrações
31.12.2003 Quantitativa NR NHO 2,3,4 e 7 sobre EPC 1.1.19)
nº ambientais.
15 Anexo XI
4.882/2003
Anexo XII
Decreto nº
3.048/1999,
Qualitativa NR modificado LTCAT ou
Obrigatoriedade Códigos
A partir de 15 pelo Decreto demais
NHO 2,3,4 e 7 de informação 1.0.0 PPP
1.1.2004 Anexo XIII Anexo nº demonstrações
sobre EPC e EPI (1.0.1 a 1.0.19)
XIII – A 4.882/2003 ambientais.
IN INSS/DC
99/2003
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Presença do 014.259.475-06
Decreto
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QUADRO 11 - RESUMO PARA ANÁLISE TÉCNICA DOS AGENTES NOCIVOS –


(Continuação)

Demonstrações Equipamento de
Período Enquadramento Metodologia Legislação Codificação Formulários
Ambientais Proteção
NR 15
Anexo XIII
Qualitativa
Anexo XIII - A LTCAT ou
Obrigatoriedade Códigos
De 7.5.1999 Decreto nº demais DSS-8030
de informação 1.0.0 (1.0.1 a
a 18/11/2003 NR 15 3.048/1999 demonstrações DIRBEN 8030
sobre EPC e EPI 1.1.19)
Anexo XI ambientais
Quantitativa
Anexo XII

Qualitativa NR
Decreto nº
15 Anexo XIII
3.048/1999 LTCAT ou
De Anexo XIII - A NHO 2,3,4 e 7 Obrigatoriedade Códigos
modificado demais
19.11.2003 a de informação 1.0.0 (1.0.1 a DIRBEN 8030
pelo Decreto demonstrações
31.12.2003 Quantitativa NR NHO 2,3,4 e 7 sobre EPC 1.1.19)
nº ambientais.
15 Anexo XI
4.882/2003
Anexo XII
Decreto nº
3.048/1999,
Qualitativa NR modificado LTCAT ou
Obrigatoriedade Códigos
A partir de 15 pelo Decreto demais
NHO 2,3,4 e 7 de informação 1.0.0 PPP
1.1.2004 Anexo XIII Anexo nº demonstrações
sobre EPC e EPI (1.0.1 a 1.0.19)
XIII – A 4.882/2003 ambientais.
IN INSS/DC
99/2003
Presença do
Decreto
agente no LTCAT ou
Qualitativa 3.048/1999,
A partir de ambiente de demais EPC e EPI não Códigos do
LINACH GRUPO modificado PPP
8.10.2014 trabalho com demonstrações elidem exposição ANEXO IV
1 pelo Decreto
possibilidade ambientais.
8.123/2013
de exposição

Fonte: MANUAL DE APOSENTADORIA ESPECIAL (SETEMBRO – 2018)

ANOTAÇÕES

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O Decreto 3048 ANOTAÇÕES

O decreto 3048 trata da finalidade e dos


princípios básicos da previdência social, dos
beneficiários, dos benefícios (aposentadoria,
auxílio-doença, salário-família, salário-
maternidade, auxílio-acidente, pensão por
morte, auxílio-reclusão, abono anual).

Trata também do custeio da seguridade social,


da contribuição do segurado empregado,
empregado doméstico e trabalhador avulso; das
penalidades em geral, entre outros assuntos.

O decreto também é claro como um agente


químico se enquadra, como diz em seu art. 68:
“A relação dos agentes químicos, físicos,
biológicos, e da associação desses agentes,
considerados para fins de concessão de
aposentadoria especial, é aquela constante do
Anexo IV. “

Ou seja, ou está no anexo IV do decreto 3048, ou


ele não dá direito a concessão a aposentadoria
especial.

Além disso, o seu primeiro parágrafo traz um


ponto muito importante sobre elaboração de
estudos e atualizações:
“§ 1º A Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho do Ministério da Economia promoverá
a elaboração de estudos com base em critérios
técnicos e científicos para atualização periódica
do disposto no Anexo IV.”

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É esperado que essas atualizações tragam ANOTAÇÕES


avanços e mantenham a legislação sempre a
frente para que o trabalhador esteja cada vez
mais amparado.

Já o segundo parágrafo nos traz diversas pontos


que geram discussões na sua interpretação,
como podemos ver no parágrafo:
“§ 2º A avaliação qualitativa de riscos e agentes
prejudiciais à saúde será comprovada pela
descrição:
I - das circunstâncias de exposição ocupacional a
determinado agente ou associação de agentes
prejudiciais à saúde presentes no ambiente de
trabalho durante toda a jornada de trabalho;
II - de todas as fontes e possibilidades de
liberação dos agentes mencionados no inciso I; e
III - dos meios de contato ou exposição dos
trabalhadores, as vias de absorção, a intensidade
da exposição, a frequência e a duração do
contato. ”

Esse parágrafo trata apenas das avaliações


qualitativas de riscos, ou seja, serão os agentes
que estão no anexo IV do decreto 3048, e
enquadram em alguma situação do anexo 13 da
NR 15.

Já as avaliações qualitativas, para


enquadramento, deverão seguir os agentes
referentes do anexo IV do decreto 3048, e devem
possuir limite no anexo 11 ou 12 da NR 15. E assim,
segundo o art. 64, parágrafo 2:
“2º Para fins do disposto no caput, a exposição

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aos agentes químicos, físicos e biológicos ANOTAÇÕES

prejudiciais à saúde, ou a associação desses


agentes, deverá superar os limites de tolerância
estabelecidos segundo critérios quantitativos ou
estar caracterizada de acordo com os critérios da
avaliação qualitativa de que trata o § 2º do art.
68”

Como mencionado no início dessa apostila, o


eSocial não altera a obrigatoriedade do LTCAT,
esse documento, assim como o PPR, já era
previsto pelo decreto 3048 em art. 68, parágrafo
3:
“§ 3º A comprovação da efetiva exposição do
segurado a agentes prejudiciais à saúde será
feita por meio de documento, em meio físico ou
eletrônico, emitido pela empresa ou por seu
preposto com base em laudo técnico de
condições ambientais do trabalho expedido por
médico do trabalho ou engenheiro de segurança
do trabalho. “

A eliminação do acréscimo de insalubridade


pode ser feita pela eliminação ou neutralização
da nocividade como descrito no art. 64,
parágrafo 1:
“I - eliminação - a adoção de medidas de
controle que efetivamente impossibilitem a
exposição ao agente prejudicial à saúde no
ambiente de trabalho; e
II - neutralização - a adoção de medidas de
controle que reduzam a intensidade, a
concentração ou a dose do agente prejudicial à

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saúde ao limite de tolerância previsto neste ANOTAÇÕES

Regulamento ou, na sua ausência, na legislação


trabalhista. “

Porém, para os agentes que são


reconhecidamente cancerígenos, só há uma
opção, que está descrito no art. 68, parágrafo 4:

“§ 4º Os agentes reconhecidamente
cancerígenos para humanos, listados pela
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do
Ministério da Economia, serão avaliados em
conformidade com o disposto nos § 2º e § 3º
deste artigo e no caput do art. 64 e, caso sejam
adotadas as medidas de controle previstas na
legislação trabalhista que eliminem a
nocividade, será descaracterizada a efetiva
exposição.”

Ou seja, é necessário que o agente seja


eliminado, retirando completamente a sua
possibilidade de exposição. Que é pela realização
da atividade por enclausuramento, ou não tendo
mais o uso do agente.

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ANOTAÇÕES
ANEXO IV

Este é o anexo que classifica os agentes nocivos,


ou seja, é onde que são informados quais são os
agentes químicos, físicos e biológicos, e o tempo
de aposentadoria especial.

As atividades listadas nesse anexo são


exemplificativas, ou seja, não é apenas quem
exerce essas atividades descritas que estão aptos
a enquadramento, mas sim os compostos
determinados antes da lista de atividades.
E lembrando que a lista é exaustiva, ou seja,
somente os agentes químicos presente que
podem enquadrar para aposentadoria especial.

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ANEXO IV - CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES NOCIVOS


TEMPO DE
CÓDIGO AGENTE NOCIVO
EXPOSIÇÃO
AGENTES QUÍMICOS

O que determina o benefício é a presença do agente no processo


produtivo e sua constatação no ambiente de trabalho, em condição
(concentração) capaz de causar danos à saúde ou à integridade física.

As atividades listadas são exemplificadas nas quais pode haver a


exposição.

O que determina o direito ao benefício é a exposição do trabalhador


1.0.0
ao agente nocivo presente no ambiente de trabalho e no processo
produtivo, em nível de concentração superior aos limites de tolerância
estabelecidos. (Redação dada pelo Decreto, nº 3.265, de 1999)

O rol de agentes nocivos é exaustivo, enquanto que as atividades


listadas, nas quais pode haver a exposição, é exemplificativa. (Redação
dada pelo Decreto, nº 3.265, de 1999)

ARSÊNIO E SEUS COMPOSTOS


a) extração de arsênio e seus compostos tóxicos;
b) metalurgia de minérios arsenicais;
c) utilização de hidrogênio arseniado (arsina) em sínteses orgânicas e
no processamento de componentes eletrônicos;
d) fabricação e preparação de tintas e lacas;
e) fabricação, preparação e aplicação de inseticidas, herbicidas,
1.0.1 25 ANOS
parasiticidas e raticidas com a utilização de compostos de arsênio;

f) produção de vidros, ligas de chumbo e medicamentos com a


utilização de compostos de arsênio;
g) conservação e curtume de peles, tratamento e preservação da
madeira com a utilização de compostos de arsênio.

ASBESTOS
a) extração, processamento e manipulação de rochas amiantíferas;

b) fabricação de guarnições para freios, embreagens e materiais


1.0.2 20 ANOS
isolantes contendo asbestos;
c) fabricação de produtos de fibrocimento;
d) mistura, cardagem, fiação e tecelagem de fibras de asbestos.

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ANEXO IV - CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES NOCIVOS (Continuação)


TEMPO DE
CÓDIGO AGENTE NOCIVO
EXPOSIÇÃO
BENZENO E SEUS COMPOSTOS TÓXICOS
a) produção e processamento de benzeno;
b) utilização de benzeno como matéria-prima em sínteses orgânicas
e na produção de derivados;
c) utilização de benzeno como insumo na extração de óleos vegetais e
1.0.3 álcoois; 25 ANOS
d) utilização de produtos que contenham benzeno, como colas,
tintas, vernizes, produtos gráficos e solventes;
e) produção e utilização de clorobenzenos e derivados;
f) fabricação e vulcanização de artefatos de borracha;
g) fabricação e recauchutagem de pneumáticos.
BERÍLIO E SEUS COMPOSTOS TÓXICOS
a) extração, trituração e tratamento de berílio;
b) fabricação de compostos e ligas de berílio;
1.0.4 25 ANOS
c) fabricação de tubos fluorescentes e de ampolas de raio X;
d) fabricação de queim
f) utilização do berílio na indústria aeroespacial.
BROMO E SEUS COMPOSTOS TÓXICOS
1.0.5 25 ANOS
a) fabricação e emprego do bromo e do ácido brômico.
CÁDMIO E SEUS COMPOSTOS TÓXICOS
a) extração, tratamento e preparação de ligas de cádmio;
b) fabricação de compostos de cádmio;
c) utilização de eletrodos de cádmio em soldas;
d) utilização de cádmio no revestimento eletrolítico de metais;
1.0.6 25 ANOS

e) utilização de cádmio como pigmento e estabilizador na indústria


do plástico;
f) fabricação de eletrodos de baterias alcalinas de níquel-cádmio.

CARVÃO MINERAL E SEUS DERIVADOS


a) extração, fabricação, beneficiamento e utilização de carvão mineral,
piche, alcatrão, betume e breu;
1.0.7 b) extração, produção e utilização de óleos minerais e parafinas; 25 ANOS

c) extração e utilização de antraceno e negro de fumo;


d) produção de coque.

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ANEXO IV - CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES NOCIVOS (Continuação)


TEMPO DE
CÓDIGO AGENTE NOCIVO
EXPOSIÇÃO
CHUMBO E SEUS COMPOSTOS TÓXICOS
a) extração e processamento de minério de chumbo;
b) metalurgia e fabricação de ligas e compostos de chumbo;
c) fabricação e reformas de acumuladores elétricos;
d) fabricação e emprego de chumbo-tetraetila e chumbo-tetrametila;

e) fabricação de tintas, esmaltes e vernizes à base de compostos de


chumbo;
f) pintura com pistola empregando tintas com pigmentos de
1.0.8 25 ANOS
chumbo;
g) fabricação de objetos e artefatos de chumbo e suas ligas;
h) vulcanização da borracha pelo litargírio ou outros compostos de
chumbo;
i) utilização de chumbo em processos de soldagem;
j) fabricação de vidro, cristal e esmalte vitrificado;
l) fabricação de pérolas artificiais;
m) fabricação e utilização de aditivos à base de chumbo para a
indústria de plásticos.
CLORO E SEUS COMPOSTOS TÓXICOS
a) fabricação e emprego de defensivos organoclorados;
b) fabricação e emprego de cloroetilaminas (mostardas
nitrogenadas);
c) fabricação e manuseio de bifenis policlorados (PCB);
d) fabricação e emprego de cloreto de vinil como monômero na
1.0.9 25 ANOS
fabricação de policloreto de vinil (PVC) e outras resinas e como
intermediário em produções químicas ou como solvente orgânico;

e) fabricação de policloroprene;
f) fabricação e emprego de clorofórmio (triclorometano) e de
tetracloreto de carbono.
CROMO E SEUS COMPOSTOS TÓXICOS
a) fabricação, emprego industrial, manipulação de cromo, ácido
crômico, cromatos e bicromatos;
b) fabricação de ligas de ferro-cromo;
1.0.10 c) revestimento eletrolítico de metais e polimento de superfícies 25 ANOS
cromadas;
d) pintura com pistola utilizando tintas com pigmentos de cromo;

e) soldagem de aço inoxidável.


DISSULFETO DE CARBONO
a) fabricação e utilização de dissulfeto de carbono;
b) fabricação de viscose e seda artificial (raiom) ;
c) fabricação e emprego de solventes, inseticidas e herbicidas
1.0.11 25 ANOS
contendo dissulfeto de carbono;
d) fabricação de vernizes, resinas, sais de amoníaco, de tetracloreto de
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carbono, de vidros óticos e produtos têxteis com uso de dissulfeto de
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ANEXO IV - CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES NOCIVOS (Continuação)


TEMPO DE
CÓDIGO AGENTE NOCIVO
EXPOSIÇÃO
DISSULFETO DE CARBONO
a) fabricação e utilização de dissulfeto de carbono;
b) fabricação de viscose e seda artificial (raiom) ;
c) fabricação e emprego de solventes, inseticidas e herbicidas
1.0.11 25 ANOS
contendo dissulfeto de carbono;
d) fabricação de vernizes, resinas, sais de amoníaco, de tetracloreto de
carbono, de vidros óticos e produtos têxteis com uso de dissulfeto de
carbono.
FÓSFORO E SEUS COMPOSTOS TÓXICOS
a) extração e preparação de fósforo branco e seus compostos;
1.0.12 b) fabricação e aplicação de produtos fosforados e organofosforados 25 ANOS
(sínteses orgânicas, fertilizantes e praguicidas);
c) fabricação de munições e armamentos explosivos.
IODO
1.0.13 25 ANOS
a) fabricação e emprego industrial do iodo.
MANGANÊS E SEUS COMPOSTOS
a) extração e beneficiamento de minérios de manganês;
b) fabricação de ligas e compostos de manganês;
c) fabricação de pilhas secas e acumuladores;
1.0.14 25 ANOS
d) preparação de permanganato de potássio e de corantes;
e) fabricação de vidros especiais e cerâmicas;
f) utilização de eletrodos contendo manganês;
g) fabricação de tintas e fertilizantes.
MERCÚRIO E SEUS COMPOSTOS
a) extração e utilização de mercúrio e fabricação de seus compostos;
b) fabricação de espoletas com fulminato de mercúrio;
c) fabricação de tintas com pigmento contendo mercúrio;
d) fabricação e manutenção de aparelhos de medição e de
laboratório;
e) fabricação de lâmpadas, válvulas eletrônicas e ampolas de raio X;
f) fabricação de minuterias, acumuladores e retificadores de corrente;
1.0.15 25 ANOS
g) utilização como agente catalítico e de eletrólise;
h) douração, prateamento, bronzeamento e estanhagem de
espelhos e metais;
i) curtimento e feltragem do couro e conservação da madeira;
j) recuperação do mercúrio;
l) amalgamação do zinco.
m) tratamento a quente de amálgamas de metais;
n) fabricação e aplicação de fungicidas.

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ANEXO IV - CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES NOCIVOS (Continuação)


TEMPO DE
CÓDIGO AGENTE NOCIVO
EXPOSIÇÃO
NÍQUEL E SEUS COMPOSTOS TÓXICOS
a) extração e beneficiamento do níquel;
1.0.16 25 ANOS
b) niquelagem de metais;
c) fabricação de acumuladores de níquel-cádmio.
PETRÓLEO, XISTO BETUMINOSO, GÁS NATURAL E SEUS DERIVADOS

a) extração, processamento, beneficiamento e atividades de


1.0.17 manutenção realizadas em unidades de extração, plantas 25 ANOS
petrolíferas e petroquímicas;
b) beneficiamento e aplicação de misturas asfálticas contendo
hidrocarbonetos policíclicos.
SÍLICA LIVRE
a) extração de minérios a céu aberto;
b) beneficiamento e tratamento de produtos minerais geradores de
poeiras contendo sílica livre cristalizada;
c) tratamento, decapagem e limpeza de metais e fosqueamento de
vidros com jatos de areia;
1.0.18 d) fabricação, processamento, aplicação e recuperação de materiais 25 ANOS
refratários;
e) fabricação de mós, rebolos e de pós e pastas para polimento;

f) fabricação de vidros e cerâmicas;


g) construção de túneis;
h) desbaste e corte a seco de materiais contendo sílica.

ANOTAÇÕES

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20

ANEXO IV - CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES NOCIVOS (Continuação)


TEMPO DE
CÓDIGO AGENTE NOCIVO
EXPOSIÇÃO
OUTRAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
GRUPO I - ESTIRENO; BUTADIENO-ESTIRENO; ACRILONITRILA; 1-
3 BUTADIENO; CLOROPRENO; MERCAPTANOS, n-HEXANO,
DIISOCIANATO DE TOLUENO (TDI); AMINAS AROMÁTICAS

a) fabricação e vulcanização de artefatos de borracha;


b) fabricação e recauchutagem de pneus.
GRUPO II - AMINAS AROMÁTICAS, AMINOBIFENILA, AURAMINA,
AZATIOPRINA, BIS (CLORO METIL) ÉTER, 1-4 BUTANODIOL,
DIMETANOSULFONATO (MILERAN), CICLOFOSFAMIDA,
CLOROAMBUCIL, DIETILESTIL-BESTROL, ACRONITRILA,
NITRONAFTILAMINA 4-DIMETIL-AMINOAZOBENZENO,
BENZOPIRENO, BETA-PROPIOLACTONA, BISCLOROETILETER,
BISCLOROMETIL, CLOROMETILETER, DIANIZIDINA,
DICLOROBENZIDINA, DIETILSULFATO, DIMETILSULFATO,
1.0.19 ETILENOAMINA, ETILENOTIUREIA, FENACETINA, IODETO DE METILA, 25 ANOS
ETILNITROSURÉIAS, METILENO-ORTOCLOROANILINA (MOCA),
NITROSAMINA, ORTOTOLUIDINA, OXIME-TALONA, PROCARBAZINA,
PROPANOSULTONA, 1-3-BUTADIENO, ÓXIDO DE ETILENO,
ESTILBENZENO, DIISOCIANATO DE TOLUENO (TDI), CREOSOTO, 4-
AMINODIFENIL, BENZIDINA, BETANAFTILAMINA, ESTIRENO, 1-
CLORO-2, 4 - NITRODIFENIL, 3-POXIPRO-PANO
a) manufatura de magenta (anilina e ortotoluidina);
b) fabricação de fibras sintéticas;

c) sínteses químicas;
d) fabricação da borracha e espumas;
e) fabricação de plásticos;
f ) produção de medicamentos;
g) operações de preservação da madeira com creosoto;
h) esterilização de materiais cirúrgicos.

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21

ANEXO IV - CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES NOCIVOS (Continuação)


TEMPO DE
CÓDIGO AGENTE NOCIVO
EXPOSIÇÃO
AGENTES FÍSICOS
2.0.0 Exposição acima dos limites de tolerância especificados ou às
atividades descritas.
RUÍDO
a) exposição permanente a níveis de ruído acima de 90 decibéis.

2.0.1 25 ANOS
a) exposição a Níveis de Exposição Normalizados (NEN) superiores a
85 dB(A). (Redação dada pelo Decreto nº 4.882, de 2003)

VIBRAÇÕES
2.0.2 25 ANOS
a) trabalhos com perfuratrizes e marteletes pneumáticos.
RADIAÇÕES IONIZANTES
a) extração e beneficiamento de minerais radioativos;
b) atividades em minerações com exposição ao radônio;
c) realização de manutenção e supervisão em unidades de extração,
tratamento e beneficiamento de minerais radioativos com exposição
às radiações ionizantes;
d) operações com reatores nucleares ou com fontes radioativas;
2.0.3 25 ANOS

e) trabalhos realizados com exposição aos raios Alfa, Beta, Gama e X,


aos nêutrons e às substâncias radioativas para fins industriais,
terapêuticos e diagnósticos;
f) fabricação e manipulação de produtos radioativos;
g) pesquisas e estudos com radiações ionizantes em laboratórios.

TEMPERATURAS ANORMAIS
2.0.4 a) trabalhos com exposição ao calor acima dos limites de tolerância 25 ANOS
estabelecidos na NR-15, da Portaria no 3.214/78.
PRESSÃO ATMOSFÉRICA ANORMAL
a) trabalhos em caixões ou câmaras hiperbáricas;
2.0.5 b) trabalhos em tubulões ou túneis sob ar comprimido; 25 ANOS
c) operações de mergulho com o uso de escafandros ou outros
equipamentos .

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22

ANEXO IV - CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES NOCIVOS (Continuação)


TEMPO DE
CÓDIGO AGENTE NOCIVO
EXPOSIÇÃO
BIOLÓGICOS
3.0.0 Exposição aos agentes citados unicamente nas atividades
relacionadas.
MICROORGANISMOS E PARASITAS INFECCIOSOS VIVOS E SUAS
TOXINAS
MICROORGANISMOS E PARASITAS INFECTO-CONTAGIOSOS VIVOS E
SUAS TOXINAS (Redação dada pelo Decreto nº 4.882, de 2003)

a) trabalhos em estabelecimentos de saúde em contato com


pacientes portadores de doenças infecto-contagiosas ou com
manuseio de materiais contaminados;
3.0.1 b) trabalhos com animais infectados para tratamento ou para o 25 ANOS
preparo de soro, vacinas e outros produtos;
c) trabalhos em laboratórios de autópsia, de anatomia e anátomo-
histologia;
d) trabalho de exumação de corpos e manipulação de resíduos de
animais deteriorados;
e) trabalhos em galerias, fossas e tanques de esgoto;
f) esvaziamento de biodigestores;
g) coleta e industrialização do lixo.
ASSOCIAÇÃO DE AGENTES
Exposição aos agentes combinados exclusivamente nas atividades
especificadas.
ASSOCIAÇÃO DE AGENTES (Redação dada pelo Decreto nº 4.882, de
4.0.0 2003)
Nas associações de agentes que estejam acima do nível de tolerância,
será considerado o enquadramento relativo ao que exigir menor
tempo de exposição.(Redação dada pelo Decreto nº 4.882, de 2003)

FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS


4.0.1 a) mineração subterrânea cujas atividades sejam exercidas afastadas 20 ANOS
das frentes de produção.
FÍSICOS, QUÍMICOS E BIOLÓGICOS
4.0.2 a) trabalhos em atividades permanentes no subsolo de minerações 15 ANOS
subterrâneas em frente de produção.

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23

ANOTAÇÕES
LINACH

Lista Nacional de Agentes Cancerígenos para


Humanos – criada pelos Ministérios do Trabalho
e Emprego (MTE), Previdência Social (MPS) e da
Saúde (MS), por meio da Portaria Interministerial
Nº 9, de 7 de outubro de 2014. Desde então, a
lista passou a ser utilizada como referência
técnica para a realização de políticas
prevencionistas.

A Linach é uma lista composta por três grupos


de agentes considerados cancerígenos. Eles são
subdivididos em: Grupo 1, que é composto por
114 agentes comprovadamente cancerígenos
para seres humanos, Grupo 2A, composto por 65
agentes provavelmente carcinogênicos para
humanos e o Grupo 2B, que abrange 284
agentes possivelmente carcinogênicos para
humanos.

A primeira edição da LINACH reúne a tradução


da lista de agentes classificados por estudos da
Agência de Pesquisas sobre Câncer (Iarc) da
Organização Mundial de Saúde (OMS), com
previsão de atualizações semestrais por técnicos
referentes dos três ministérios – acrescentando
demais agentes com base em estudos
científicos internacionais e nacionais.

A LINACH possui extrema importância para a


prevenção de doenças ocupacionais, sendo

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24

considerada um avanço significativo nas ANOTAÇÕES


políticas de saúde e segurança do trabalho –
uma vez que apresenta o resultado de estudos e
pesquisas relevantes internacionais – tornando-
se uma norma nacional de grande relevância.

Além disto, atualmente, o câncer é considerado


a segunda causa de morte mais comum em
todo o mundo, sendo responsável por 17% das
mortes ocorridas no Brasil e 6,45% das causas de
aposentadoria por invalidez. Podemos destacar
ainda que uma das principais formas de
exposição aos agentes carcinógenos presentes
na LINACH é a ocupacional. Cerca de 15 produtos
químicos considerados cancerígenos estão
presentes nos processos e ambientes de
trabalho e 28 agentes químicos são classificados
como provavelmente carcinogênicos para
humanos conforme explicitaremos mais à frente.

Para o enquadramento da aposentadoria


especial, junto ao decreto 3048, a LINACH é clara
na sua definição de agentes cancerígenos:
“Para efeito do art. 68 § 4º, do decreto 3048, de 6
de maio de 1999, serão considerados agentes
reconhecidamente cancerígenos aqueles do
grupo I desta lista que têm registro no Chemical
Abstract Service – CAS. “ E para facilitar esse
enquadramento, o Manual da Aposentadoria
Especial traz uma tabela com essa relação:

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25

QUADRO 10 - AGENTES QUÍMICOS CONSTANTES DO ANEXO IV DO


DECRETO Nº 3.048, DE 1999, E OS CRITÉRIOS PARA ENQUADRAMENTO
DE AGENTES CANCERÍGENOS

Anexo IV Código LINACH Grupo 1 Grupo 1 CCAS

Arsênio e Compostos
Arsênio e seus compostos 1.0.1 SIM SIM
inorgânicos de Arsênico

Asbestos ou Amianto - todas


Asbestos 1.0.2 SIM SIM
as formas

Benzeno
Benzeno e seus compostos
1.0.3 Benzidina SIM SIM
tóxicos
Benzopireno
Berílio e seus compostos
1.0.4 Berílio e seus compostos SIM SIM
tóxicos

Bromo e seus compostos


1.0.5 _ NÃO NÃO
tóxicos
Cádmio e compostos de
Cádmio e seus compostos 1.0.6 SIM SIM
cádmio
Carvão mineral e seus
derivados, piche, breu, 1.0.7 Breu de alcatrão de hulha SIM SIM
alcatrão, betume
Chumbo e seus compostos
1.0.8 _ NÃO NÃO
tóxicos

Bifenis policlorado Cloreto de


Vinila,
Cloro e seus compostos
1.0.9 SIM SIM
tóxicos
2,3, 7, 8 Tetraclorodibenzo-
para- dioxina e Tricloroetileno

Cromo e seus compostos Compostos de Cromo


1.0.10 SIM SIM
tóxicos (VI)

Dissulfeto de Carbono 1.0.11 _ NÃO NÃO

Fósforo e seus compostos 1.0.12 Fósforo 32, como fosfato SIM SIM
Iodo 1.0.13 _ NÃO NÃO
Manganês e seus
_ NÃO NÃO
compostos

Fonte: MANUAL DE APOSENTADORIA ESPECIAL (SETEMBRO – 2018

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26

QUADRO 10 - AGENTES QUÍMICOS CONSTANTES DO ANEXO IV DO


DECRETO Nº 3.048, DE 1999, E OS CRITÉRIOS PARA ENQUADRAMENTO
DE AGENTES CANCERÍGENOS – (Continuação)

Anexo IV Código LINACH Grupo 1 Grupo 1 CCAS

1.0.14
Mercúrio e seus compostos 1.0.15 _ NÃO NÃO

Níquel e seus compostos


1.0.16 Compostos de Níquel SIM NÃO
tóxicos

Petróleo, xisto betuminoso,


gás natural e seus 1.0.17 Óleos de xisto SIM SIM
derivados

Poeiras de Sílica, cristalina,


Sílica Livre 1.0.18 em forma de quartzo ou SIM SIM
cristobalita

Estireno 1.0.19 _ NÃO NÃO


Butadieno-Estireno 1.0.19 _ NÃO NÃO
Acrilonitrila 1.0.19 _ NÃO NÃO
1-3 Butadieno 1.0.19 _ NÃO NÃO
Cloropreno 1.0.19 _ NÃO NÃO
Mercaptanos 1.0.19 _ NÃO NÃO
N-hexano 1.0.19 _ NÃO NÃO
Diisocianato de tolueno
1.0.19 _ NÃO NÃO
(TDI)

Aminas Aromáticas 1.0.19 2-Naftilamina SIM SIM


Fonte: MANUAL DE APOSENTADORIA ESPECIAL (SETEMBRO – 2018
Aminobifenila 1.0.19 4-Aminobifenila SIM SIM

Auramina 1.0.19 Auramina, produção de SIM NÃO


Azatioprina 1.0.19 Azatioprina SIM SIM

Éter bis (clorometílico); éter


Bis (cloretil) éter 1.0.19 SIM SIM
metílico de clorometila

1,4 dihidroxibutano e
1-4 Butanodiol 1.0.19 NÃO NÃO
tetrametilenoglicol

Dimetanosulfanato
1.0.19
Odilecio Santos - odileciosantos@gmail.com - CPF: 014.259.475-06 _ NÃO NÃO
(mileran)
27

QUADRO 10 - AGENTES QUÍMICOS CONSTANTES DO ANEXO IV DO


DECRETO Nº 3.048, DE 1999, E OS CRITÉRIOS PARA ENQUADRAMENTO
DE AGENTES CANCERÍGENOS – (Continuação)

Anexo IV Código LINACH Grupo 1 Grupo 1 CCAS

Aminas Aromáticas 1.0.19 2-Naftilamina SIM SIM

Aminobifenila 1.0.19 4-Aminobifenila SIM SIM

Auramina 1.0.19 Auramina, produção de SIM NÃO


Azatioprina 1.0.19 Azatioprina SIM SIM

Éter bis (clorometílico); éter


Bis (cloretil) éter 1.0.19 SIM SIM
metílico de clorometila

1,4 dihidroxibutano e
1-4 Butanodiol 1.0.19 NÃO NÃO
tetrametilenoglicol

Dimetanosulfanato
1.0.19 _ NÃO NÃO
(mileran)
Ciclofosfamida 1.0.19 Ciclofosfamida SIM SIM
Cloroambucil 1.0.19 Clorambucil SIM SIM
Dietilestil-bestrol 1.0.19 Dietilestilbestrol SIM SIM
Acronitrila 1.0.19 _ NÃO NÃO
Nitronaftilamina 1.0.19 _ NÃO NÃO
4-Dimetil-
1.0.19 _ NÃO NÃO
aminoazobenzeno
Benzopireno 1.0.19 Benzo (a) pireno SIM SIM
Beta-propilactona 1.0.19 _ NÃO NÃO

Fonte: MANUAL DE APOSENTADORIA ESPECIAL (SETEMBRO – 2018

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28

QUADRO 10 - AGENTES QUÍMICOS CONSTANTES DO ANEXO IV DO


DECRETO Nº 3.048, DE 1999, E OS CRITÉRIOS PARA ENQUADRAMENTO
DE AGENTES CANCERÍGENOS – (Continuação)

Anexo IV Código LINACH Grupo 1 Grupo 1 CCAS


Éter bis (clorometílico);
Bis (clorometil) éter 1.0.19 éter metílico de SIM SIM
clorometila
Éter bis (clorometílico);
Bisclorometil 1.0.19 éter metílico de SIM SIM
clorometila
Dianizidina 1.0.19 NÃO NÃO
Diclorobenzidina 1.0.19 _ NÃO SIM
Dietilsulfato 1.0.19 _ NÃO NÃO
Dimetilsulfato 1.0.19 NÃO NÃO

Etilenoamina 1.0.19 NÃO NÃO


Etilenotiuréia 1.0.19 NÃO NÃO
Fenacetina
(mistura de
Fenacetina 1.0.19 analgésico SSIM SSIM
contendo
fenacetina)
Iodeto de metila 1.0.19 _ NÃO NÃO
Etilnitrosuréias 1.0.19 _ NÃO NÃO
4,4' - Metileno
Metileno-ortocloroanilina bis (2-
1.0.19 SIM SIM
(MOCA) cloroanilina)
(MOCA)
Nitrosamina 1.0.19 _ NÃO NÃO
Ortotoluidina 1.0.19 Orto-Toluidina SIM SIM
Oximetalona 1.0.19 _ NÃO NÃO
Procarbazina 1.0.19 _ NÃO NÃO
Propanosultona 1.0.19 _ NÃO NÃO
1-3 Butadieno 1.0.19 1-3 Butadieno SIM SIM
Óxido de Etileno 1.0.19 Óxido de Etileno SIM SIM
Etilbenzeno 1.0.19 _ NÃO SIM
Creosoto 1.0.19 _ NÃO NÃO
4-aminodifenil 1.0.19 NÃO NÃO
Benzidina 1.0.19 Benzidina SIM SIM
Fonte: MANUAL DE APOSENTADORIA
Betanaftilamina ESPECIAL (SETEMBRO
1.0.19 – 2018
2-Naftilamina SIM SIM
Estireno 1.0.19 _ NÃO NÃO
1-cloro-2,4 nitrodifenil 1.0.19 _ NÃO NÃO
1-Cloro- 2,3 Epoxipropano
1.0.19 _ NÃO SIM
(Epicloridrina)
Rádio-224 e seus produtos
Radiações Ionizantes 2.0.3 SIM SIM
Odilecio Santos - odileciosantos@gmail.com - CPF: 014.259.475-06 de decaimento
29

QUADRO 10 - AGENTES QUÍMICOS CONSTANTES DO ANEXO IV DO


DECRETO Nº 3.048, DE 1999, E OS CRITÉRIOS PARA ENQUADRAMENTO
DE AGENTES CANCERÍGENOS – (Continuação)

Anexo IV Código LINACH Grupo 1 Grupo 1 CCAS


Benzidina 1.0.19 Benzidina SIM SIM
Betanaftilamina 1.0.19 2-Naftilamina SIM SIM
Estireno 1.0.19 _ NÃO NÃO
1-cloro-2,4 nitrodifenil 1.0.19 _ NÃO NÃO
1-Cloro- 2,3 Epoxipropano
1.0.19 _ NÃO SIM
(Epicloridrina)
Rádio-224 e seus produtos
Radiações Ionizantes 2.0.3 SIM SIM
de decaimento
Rádio-226 e seus produtos
Radiações Ionizantes 2.0.3 SIM SIM
de decaimento
Rádio-228 e seus produtos
Radiações Ionizantes 2.0.3 SIM SIM
de decaimento
Radônio-222 e seus
Radiações Ionizantes 2.0.3 SIM SIM
produtos de decaimento
Tório-232 e seus produtos
Radiações Ionizantes 2.0.3 SIM SIM
de decaimento

Fonte: MANUAL DE APOSENTADORIA ESPECIAL (SETEMBRO – 2018

ANOTAÇÕES

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30

ANOTAÇÕES
DECRETO 3048 x NR-15

O decreto 3048 está ligado a NR 15, pois como


descrito no artigo 68:
“§ 7º O Ministério da Previdência e Assistência
Social baixará instruções definindo parâmetros
com base na Norma Regulamentadora nº 6
(Equipamento de Proteção Individual), Norma
Regulamentadora nº 7 (Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional), Norma
Regulamentadora nº 9 (Programa de Prevenção
de Riscos Ambientais) e na Norma
Regulamentadora nº 15 (Atividades e Operações
Insalubres), aprovadas pela Portaria/MTb nº 3.214,
de 8 de junho de 1978, para fins de aceitação do
laudo técnico de que tratam os §§ 2º e 3º."(NR)”

Ou seja, é necessário que o agente esteja citado


no anexo 11, 12 ou 13 da NR 15 para que possa
haver a possibilidade de enquadramento da
aposentadoria especial, mas apenas os agentes
descritos no anexo IV do decreto 3048.

Caso o agente esteja presente no anexo IV do


decreto 3018 e esteja no anexo 11 ou 12 da NR 15,
a sua avaliação deve ser feita de forma
quantitativa. E caso o agente esteja presente no
anexo IV do decreto 3018 e esteja presente no
anexo 13 da NR 15, a sua avaliação deve ser feita
de forma qualitativa. E se o agente esteja
presente no anexo IV do decreto 3018 e esteja

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31

presente no grupo 1 da lista da LINACH, a sua ANOTAÇÕES


avaliação também deve ser feita de forma
qualitativa.

Importante lembrar, não é porque um agente


pode dar ensejo para insalubridade que ele vai
dar ensejo para aposentadoria especial.

Metodologias de avaliação

As normais atuantes não especificam de forma


clara como os agentes químicos devem ser
avaliados, as vezes essas especificações são
retrogradas ou não específicas.

Como bem demonstrado no manual da


aposentadoria especial, de 1999 a 2003, a
metodologia de avaliação é aquela descrita na
NR 15:
“A avaliação das concentrações dos agentes
químicos através de métodos de amostragem
instantânea, de leitura direta ou não, deverá ser
feita pelo menos em 10 (dez) amostragens, para
cada ponto - ao nível respiratório do trabalhador.
Entre cada uma das amostragens deverá haver
um intervalo de, no mínimo, 20 (vinte) minutos. “

Ou seja, as avaliações devem ser feitas por


amostragem instantânea, que eram a forma
mais comum de realizar avaliações na época que
a NR 15 foi escrita. Porém, esse não é um ponto
que é levado em consideração no dia a dia, e as

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32

avaliações com bomba de amostragem são bem ANOTAÇÕES


aceitas.

Já em 2003, pelo decreto 4.882, que estabelece a


utilização das NHO (Norma de Higiene
Ocupacional da Fundacentro), e continua válida
até hoje. Essas NHO são as bases da metodologia
de avaliação para os agentes químicos, físicos e
etc. Lembrando que as NHO não são normais
legais, são procedimentos internos da
Fundacentro.

As NHO que devem ser atentadas para agentes


químicos:
NHO 02 – Método de Ensaio - análise qualitativa
da fração volátil (vapores orgânicos) em colas,
tintas e vernizes por cromatografia gasosa /
detector de ionização de chama.

NHO 03 - Método de Ensaio - análise


gravimétrica de aerodispersóides sólidos
coletados sobre filtros de membrana.

NHO 04 - Método de Ensaio - método


padronizado de coleta e análise de fibras em
locais de trabalho – análise por microscopia ótica
de contraste de fase.
Porém, essas NHO não cobrem todos os agentes
previstos no anexo IV do decreto 3048. Seriam
necessárias diversas NHO e atualizações
constantes para atender as avaliações.

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33

Um último ponto que é importante ser discutido ANOTAÇÕES


é sobres os limites de exposição previstos na NR
15, o limite média ponderada sobre o tempo e o
limite teto. A coleta do agente que possui limite
média ponderada sobre o tempo deve ser
representativa para a jornada de trabalho do
colaborador, a amostragem deve ser
representativa. E para os agentes que possuem
limite teto, devem ser feitas avaliações
instantâneas para verificar se há exposição.

Identificação do agente químico

O primeiro passo que deve ser feito é identificar


o agente presente no ambiente de trabalho, é o
reconhecimento de riscos. Esse reconhecimento
é a chave de qualquer trabalho envolvendo
agentes químicos.

Para um reconhecimento de riscos adequado,


deve ser avaliado desde a matéria-prima
utilizada, até os processos. O agente químico
pode ser gerado no processo, do risco
proveniente da própria matéria-prima, ou o
agente pode ser transformado do processo.

Lembrando que o processo realizado em cada


local é único, e deve ser avaliado e estudado com
atenção para evitar interpretações duvidosas.

E como avaliar esses processos? Existem


algumas sugestões em como proceder:

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34

Conversando com os funcionários que ANOTAÇÕES


realizam o processo;
Conversando com especialistas deste
processo;
Buscando informações em agências que
realizam pesquisas (NIOSH, OSHA,
Fundacentro...);
Buscando informações em artigos técnicos;

Entendendo as leis, os próximos passos são:


Reconhecer o risco > identificação dos agentes >
verificação se os agentes estão no anexo IV do
decreto 3048 > verificar se os agentes estão no
grupo 1 da LINACH e possuem número CAS > se
não, verificar se os agentes estão no anexo 11 ou
12 da NR 15 > se não, verificar se os agentes estão
no anexo 13 da NR 15 e verifica se o colaborador
realiza a atividade especificada > e por fim, faz o
julgamento profissional para saber se essa
exposição é significativa.

DECIFRANDO O ANEXO IV

O anexo IV não é muito claro quanto aos agentes


que estão presentes, ele é muito generalista em
relação aos compostos que podem fazer parte
do seu enquadramento. Primeira coisa mais
importante para dar os primeiros passos na
decifração do anexo IV é identificar os agentes
no ambiente de trabalho. E em seguida, é
necessário um pouco de conhecimento de
química para entender os enquadramentos.

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35

Muitos itens do anexo IV tem o agente e seus ANOTAÇÕES


compostos, mas o que seria isso? Um composto
químico é uma substância química constituída
por moléculas ou cristais de dois ou mais átomos
ou íons de elementos diferentes que se ligam
entre si. Ou seja, para o enquadramento nesses
itens no decreto, é necessário que o agente
citado, esteja sozinho ou ligado a outras
moléculas.

Por exemplo, o arsênio pode enquadrar como


arsênio puro, ou como um dos seus compostos,
como o trióxido de arsênio (As2O3).

Logo, todos os compostos que possuem o


agente citado em sua composição entram nesse
enquadramento do anexo IV do decreto 3048.
Lembrando ainda de ser necessário verificar se
está na lista da LINACH, ou nos anexos 11, 12 ou 13
da NR 15 para o possível enquadramento da
aposentadoria especial.

Outra situação muito complicada desse anexo


são os compostos tóxicos. Primeiro é importante
entender o que é um composto tóxico. Um
composto tóxico é relativo, pois a dose que
define se um agente é tóxico, então o
julgamento profissional é muito importante para
a interpretação e identificação de agentes para
esse enquadramento.

Há itens também que descreve o agente e seus


derivados, o que seria um derivado? Um
derivado é um produto que se origina da
transformação de outro material.

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36

Por exemplo, no caso do petróleo, a gasolina, ANOTAÇÕES


diesel e óleo mineral enquadram nessa situação.

DECIFRANDO A TABELA 24
DO eSOCIAL

A tabela do eSocial se relaciona diretamente


com o anexo IV do decreto 3048, que é
basicamente a mesma.

Os agentes descritos no eSocial possuem a


identificação do agente, e seu código
correlacionado aos agentes do anexo IV do
decreto 3048.

O importante no momento do lançamento dos


dados no eSocial é fazer a colocação correta dos
agentes identificados e pertinente ao ensejo da
aposentadoria especial nos grupos corretos da
tabela 24.

Ou seja, a tabela 24 eSocial é apenas uma


replicação do anexo IV do decreto 3048, esse
processo apenas facilita o monitoramento do
governo as atividades que já deveriam ser feitas
em todas as empresas. E lembrando mais uma
vez, quando você tem os agentes químicos, você
deve:
Identificar o agente > olhar se está no anexo IV
do decreto 3048 > se estiver, ele terá um código
na tabela 24 do eSocial > fazer a correlação >
fazer o envio das informações

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Prática de enquadramento ANOTAÇÕES

Identifique se as substâncias se enquadram no


anexo 4 do decreto 3048, e se a sua avaliação é
quantitativa ou qualitativa:
1,2,3-Trimetilbenzeno (CAS 526-73-8)

Glifosato (CAS 1071-83-6)

DDT (CAS 50-29-3)

Alcatrão (CAS 65996-93-2)

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Amônia (CAS 7664-41-7) ANOTAÇÕES

Óxido de Manganês (CAS 1313-13-9)

Ácido Crômico (CAS 7738-94-5)

Permanganato de Sódio (10101-50-5)

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Quartzo (CAS 14808-60-7) ANOTAÇÕES

CRITÉRIO DE TRABALHO
PERMANENTE

A definição de trabalho permanente sempre


gerou dúvidas e muita discussão com os
profissionais de higiene ocupacional. Porém,
desde março de 2022 a Instrução Normativa 128
(IN 128/2022) da previdência social deixou claro.
Mas qual a importância da definição de trabalho
permanente? Essa definição é importante
porque para o enquadramento de aposentadoria
especial, a exposição do trabalhador deve ser
permanente.

No artigo 286 da IN 128/2022, traz essa clareza


para a definição:
“Art. 286. O enquadramento de períodos de
atividade especial dependerá de comprovação,
perante o INSS, da efetiva exposição do segurado
a agentes prejudiciais à saúde durante
determinado tempo de trabalho permanente.

§ 1º Considera-se tempo de trabalho permanente


aquele que é exercido de forma não ocasional
nem intermitente, no qual a exposição do
empregado, do trabalhador avulso ou do

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cooperado ao agente prejudicial à saúde seja ANOTAÇÕES


indissociável da produção do bem ou da
prestação do serviço. ”

Ou seja, a exposição permanente não é baseada


em tempos (horas, minutos), e sim relacionada a
produção do bem ou da prestação do serviço.
Então caso o trabalhador utilize o produto
químico para a realização da sua atividade
laboral, é passivo de enquadramento.

Por exemplo, um trabalhador que aplica


defensivos agrícolas apenas durante o período
de início da safra, e esse defensivo agrícola for o
glifosato, como esse agente enquadra no anexo
13 da NR 15 e no anexo IV do decreto 3048, o
enquadramento é permanente e passível de
aposentadoria especial.

ENVIO PARA eSOCIAL

O eSocial tem como função fornecer


informações ao governo federal, se a empresa
tem algum trabalhador com direito a
aposentadoria especial e se tiver, informara para
que possa realizar o recolhimento desse direito.

Essa informação deve ser enviada para o eSocial


quando houver direito a aposentadoria especial.
Ou seja, é transmitir as informações dos agentes
químicos que devem estar presentes em seu
LTCAT.

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Quando a exposição do agente que definiu em ANOTAÇÕES


seu LTCAT, que foi avaliado quantitativamente e
que está presente no anexo 11 ou 12 da NR 15 e no
anexo IV do decreto 3048, estiver acima do nível
de ação da NR 15 você tem que enviar essa
informação do eSocial. E a partir dessa
informação, definir se esse agente gera ou não
aposentadoria especial.

E quando há agentes em seu LTCAT que são


qualitativos, presentes no anexo 13 da NR 15, na
lista da LINACH e no anexo IV do decreto 3048,
deve ser informado no eSocial através do seu
julgamento técnico que há exposição efetiva e
permanente que dá direito a aposentadoria
especial.

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