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CENTRO UIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI- UNIASSELVI

GISSANDRO CAVALCANTE DOS SANTOS

CULTURA CORPORAL DO MOVIMENTO

CAUCAIA

2020
1 INTRODUÇÃO

A cultura corporal do movimento é o ato de se movimentar pelo espaço, isto é, o


movimentar-se humano que é obtido ao longo da sua história e também da história da
humanidade. (FOSSALUZA, 2018). Quando param para analisar percebe-se que os
movimentos são característicos de cada país, como por exemplo, no Japão é comum ver
pessoas praticando o karatê nos espaços públicos, no Brasil o futebol.
Isso acontece porque esses movimentos são elaborados e desenvolvidos ao logo da
histórica de um povo, ou seja, da sua cultura. Schmitt e santos (2015) destacam que Cultura
corporal de movimento é uma das várias expressões do movimento dentro da Educação
Física. As autoras destacam que há três níveis de desenvolvimento que será discutido no
decorrer do trabalho, o físico, o cognitivo e psicossocial.
O movimento sempre foi presente na historia da humanidade e consequentemente
esteve associado à cultura do homem em diferentes momentos, ligado a realidade vivenciada.
De acordo com o art. 4º do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Nº 8.069, de 13 de
junho de 1990) garante o movimento e o esporte como direito das crianças e adolescentes e
devem ser oferecidos pelo governo e pela família com o objetivo de promover a qualidade de
vida. (BRASIL, 1990)
Com base na Lei de Diretrizes e Bases (Lei Nº 9.394/96 de 20 de dezembro de 1996)
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) (Brasil, 1997a, 1997b) trazem conceitos
teóricos importantes sobre a Educação física com o intuito de agregar a teoria e a prática. Os
conteúdos trabalhados na cultura corporal do movimento na perspectiva dos PCNs são os
jogos, os esportes, as danças, as lutas e a ginástica. (BRASIL, 1996)
No entanto, a cultura corporal do movimento ultrapassa os conteúdos próprios citados
acima, uma vez que trata também dos problemas sócio- políticos atuais. Conforme
os PCNs (BRASIL, 1998) a cultura corporal tem seu valor no que se refere às
atividades culturais de movimento voltadas para a vida, com fins de se buscar o lazer, a
expressão de sentimentos, afetos e emoções, e com possibilidades de promoção, recuperação e
manutenção da saúde.
Deste modo iremos discutir o conceito de cultura corporal do movimento e
compreender como o movimento do corpo está relacionado à cultura de uma sociedade.
Sendo assim, o objetivo geral desta pesquisa visa analisar a compreensão que os professores
de educação física têm sobre a importância da cultura corporal do movimento na formação de
uma consciência de como o ser humano se constrói enquanto sujeito produtor de cultura
movimento.
É uma pesquisa qualitativa que consiste no tipo de pesquisa que ocupa o nível
subjetivo, segundo Minayo (2013) relacional da realidade social, sendo tratado através de
histórias, dos significados, circunstâncias, valores e atitude de atores sociais. Ao perceber a
proximidade do tema com o tipo de pesquisa, decidimos coletar os dados de modo a abranger
o objetivo do projeto e assim tornar possível estabelecer relações entre o material coletado no
campo de estudo e que seja organizado em diferentes ajuntamentos. Através de questionário
eletrônico o pesquisador deverá realizar a coleta dos dados pertinentes para responde ao seu
objeto de pesquisa.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1. Cultura Humana

Cultura na sua etimologia vem do latim culturae, cujo significado é “o ato de plantar
e cultivar” com o tempo adquiriu o sentido de cultivo de conhecimentos. (RIOS, 1999, p.201)
A Cultura é notada sempre que o ser humano se organiza em sociedade, pois ela é uma
construção histórica e dinâmica, que segundo Guerra (2014), não quer dizer que ela não se
modifique tendo em vista que o desenvolvimento humano perpassa a sua história e com isso
ela sofre interferência da globalização, das tecnologias, entre outros.
Mesmo nas sociedades mais tradicionais, a cultura ainda assim se modifica, porque
nenhuma sociedade humana é isenta as transformações temporais e culturais. Através da
educação, a sociedade determina a cultura da geração seguinte, como por exemplo, as
manifestações artísticas, jogos, brincadeiras e outras formas de transmitir o conhecimento.
(FOSSALUZA, 2018).
Guerra (2014) esclarece que o comportamento dos indivíduos está condicionado a
aprendizagem dessa cultura e cita o exemplo de meninos e meninas, que agem diferentes não
devido aos hormônios, mas à educação diferenciada que recebem, como, por exemplo, o jeito
de falar, o caminhar, o dançar, o vestir, o alimentar-se entre outros.
Algo que é inaceitável para uma cultura, pode ser encarado com naturalidade por
outra, essa diferença também pode ser percebida de uma geração para outra. Imagine no
século XVI um casal de namorado no qual a moça vai dormir na casa do namorado, no
mesmo quarto e cama, delicado imaginarem essa cena dentro de um contexto histórico
cultural que as moças não saiam desacompanhadas da figura masculina. (Grifo nosso)
Por isso que alguns idosos têm a dificuldade de aceitar essa “modernidade”, não se
trata do certo ou do errado, apenas do culturalmente diferente. A humanidade é multicultural
mesmo pertencendo à mesma espécie. Essas distinções culturais podem ser explicadas pelas
diferenças geográficas e biológicas. Guerra (2014) ressalta que no século XIX, alguns autores
estabeleciam hierarquia entre as culturas humanas ao defender que existia uma escala
evolutiva de linha única entre elas.

2.2. Desenvolvimento Humano.

Segundo Papalia e Olds e Felmam (2009) apud Schomitt e Santos (2015, p.3) falam
que as primeiras pesquisas registradas sobre o desenvolvimento humano. Aconteceu através
de diários nos quais continham as anotações sobre o desenvolvimento inicial de bebês. As
observações foram realizadas a partir do comportamento sensorial, motor, linguístico e
cognitivo.
Há três domínios de desenvolvimento, o Físico que consiste no crescimento do corpo e
do cérebro, das capacidades sensoriais, das habilidades motoras e da saúde. O Cognitivo que
estuda sobre as mudanças e estabilidade das capacidades mentais como aprendizagem,
atenção, memória, linguagem, pensamento, raciocínio e criatividade e o Psicossocial que
aborda as mudanças e estabilidade nas emoções, na personalidade e nos relacionamentos
sociais. (PAPALIA; OLDS; FELMAM, 2009, p.4).
Os períodos do ciclo de vida e suas idades são: antes do nascimento que vai da
concepção ao nascimento, a primeira infância, que vai desde o nascimento até os três anos, a
segunda infância que vai dos três a seis anos de idade, a terceira infância que vai dos seis a
onze anos, a adolescência que vai dos onze aos vinte anos, a vida adulta inicial que vai dos
vinte aos quarenta anos. (SCHIMITT; SANTOS, p.5, 2015)
A vida adulta intermediária que vai dos quarenta anos aos sessenta e cinco e a vida
adulta tardia que vai dos sessenta e cinco em diante. Mas estamos falando em uma abordagem
biológica, outros fatores influenciam no crescimento e desenvolvimento humano, como por
exemplo, a hereditariedade, aspectos nutricionais, inclusive da mãe durante a gestação.
O exercício físico e outras especificidades tais qual o sexo, altura o peso, a
inteligência, a personalidade e as reações emocionas. Segundo Papalia e Olds e Felmam
(2009) apud Schomitt e Santos (2015, p.17) salientam que o estilo de vida que os indivíduos
estão inseridos também interfere nesse crescimento e desenvolvimento, isto é, a comunidade,
a sociedade, as escolas e outros grupos sociais.
Vamos compreender a diferença entre o crescimento e desenvolvimento. O
crescimento é a ciência que trata sobre as alterações físicas sofridas no corpo completo ou das
suas partes em relação ao tempo. Já o desenvolvimento se refere ao nível de funcionamento
do sujeito ao longo do tempo. Papalia e Olds e Felmam (2009) apud Schomitt e Santos (2015,
p.19).

Representa a capacidade do indivíduo de adquirir funções mais complexas. Essas


mudanças estruturais podem ser transformações principalmente
“qualitativas”, mas também podem ser “quantitativas”. É o processo interno
De crescimento, coordenação entre o sistema nervoso e o desenvolvimento das
funções mentais.

Dentre os fatores que influenciam no crescimento e no desenvolvimento humano,


pode-se destacar a hereditariedade, o ambiente, o uso de drogas (com ou sem prescrição),
aspectos nutricionais, as diferenças individuais as influências contextuais, as influências
normativas e não normativas, as doenças da mãe, condições socioeconômicas e a cultura e
etnia. (SCHIMITT; SANTOS, 2015, p.31)
A diferença entre os tipos de crescimento, como por exemplo, o crescimento geral
(peso e altura), o crescimento neural (sistema nervoso central), crescimento linfoide
(imunidade) e o crescimento genital. As fases do crescimento humano são: crescimento fetal,
crescimento infantil, crescimento neonatal, crescimento na infância, crescimento na
adolescência e vida adulta. (SCHIMITT; SANTOS, 2015, p.)
Jean Piaget (1896-1980) biólogo e cientista suíço que revolucionou a forma com a
qual as pessoas encaravam as crianças, dentre as inúmeras contribuições que ele trouxe para
área da educação, podemos citar a teoria do desenvolvimento com o conceito da
epistemologia genética, Piaget na sua teoria destaca quatro estágios básicos do
desenvolvimento cognitivo. (XAVIER; NUNES, p.2010, p.19)
O estágio sensório- motor, que vai até os dois anos. É um período anterior à
linguagem, que envolve a percepção de si mesmo e dos objetos a sua volta. O estágio pré-
operacional que vai dos dois aos sete anos, se caracteriza pelo domínio da linguagem e da
representação do mundo através de símbolos. Dos sete aos doze anos, o indivíduo entra no
estágio das operações concretas. (XAVIER; NUNES, p.2010, p.22)
E por volta dos doze anos, inicia o estágio das operações formais, que marca a entrada
para a idade adulta. Para que compreendamos a cultura corporal do movimento devemos levar
em consideração aspectos do desenvolvimento humano e suas especificidades, como por
exemplo, capacidade motora, que está relacionada ao desempenho de uma habilidade motora.
(XAVIER; NUNES, p.2010, p.24)
“Os profissionais deve identificar e avaliar as capacidades motoras para que perceba
os motivos de uma pessoa ter dificuldades em desempenhar ou aprender uma habilidade
motora.” MAGILL (2011) apud Schomitt e Santos (2015; p.139,140). Na disciplina da
Educação Física Escolar, percebemos que o aluno pode ter dificuldade em pegar uma bola
arremessada devido à capacidade pouco desenvolvida de acompanhar visualmente um objeto
em movimento.
Voltando a ideia do movimento na história que o homem acompanhou o
desenvolvimento da sociedade e das tecnologias do mundo moderno e com isso incorporou
um estilo de vida sedentário, que consiste na ausência da atividade física e é um dos maiores
problemas de saúde na nossa sociedade atual.
Mesmo assim, o homem não deixou de se movimentar ele apenas adaptou o
movimento a sua cultura. Como o homem não precisa mais realizar atividades rudimentares
como a caça e a pesca, ele procurou outras formas de se movimentar, como por exemplo,
através da dança, das ginásticas e outras atividades físicas na academia, justamente por ele ter
sentido essa necessidade por conta das consequências do sedentarismo. (FOSSALUZA, 2018)
Sabemos que as inúmeras modalidades do homem se movimentar não surgiram apenas
para desenvolver saúde, mas também como forma de lazer, sendo assim, a maioria das
pessoas realizam essas atividades com o objetivo de se divertir e não para combater o
sedentarismo. Vejamos então algumas modalidades dos conteúdos abordados nos PCNs para
a disciplina da Educação Física Escolar.

2.3. As formas como a cultura corporal do movimento se manifestam.

Os jogos, os esportes, as ginásticas e as danças, dentre outros temas são conteúdos


abordados dentro da Educação Física Escolar que expressam um sentido e/ou significado
onde são interpretados dentro de uma perspectiva dialética e com intencionalidade do homem
e as intenções da sociedade. Esses conteúdos são abordados a partir da compreensão do
próprio corpo.
Os jogos são adaptados em função das condições de espaço e material disponíveis, do
número de participantes. “Os jogos podem ser competitivo, cooperativo ou recreativo e estão
inclusos entre as brincadeiras regionais, os jogos de salão, de mesa, de tabuleiro, de rua, as
brincadeiras infantis de modo geral.” (BRASIL, 1998, p.70).
Conforme os PCNs (BRASIL, 1998) as lutas são componentes que “devem ser
conquistados com técnicas e estratégias de desequilíbrio, confusão, imobilização ou exclusão
de um determinado espaço na combinação de ações de ataque e defesa.” (BRASIL, 1998,
p.70). Tem com característica o ato de punir atitudes violentas e desleais. São exemplos de
luta os cabos- de guerra, até a capoeira e o judô.
As ginásticas utilizam técnicas corporais que de modo mais abrangente configuram
um caráter individualizado com diversas finalidades. Podemos citar como exemplo as que
preparam o sujeito para outras modalidades esportivas, as recreativas, competitivas e de
convívio social. (BRASIL, 1998, p.70) nessa modalidade esportiva, a pessoa pode realizar em
tanto em espaços fechados quanto abertos.

Atualmente, existem várias técnicas de ginástica que trabalham o corpo de modo


diferente das ginásticas tradicionais (de exercícios rígidos, mecânicos e repetitivos),
visando à percepção do próprio corpo: ter consciência da respiração, perceber
relaxamento e tensão dos músculos, sentir as articulações da coluna vertebral.
(BRASIL, 1998, p.71)

“Por intermédio dessas atividades que encontramos mais subsídios para enriquecer a
trajetória de informação e formação dos códigos corporais de comunicação dos indivíduos e
do grupo.” (BRASIL, 1998, p.71) Sendo assim, o educador físico deverá ampliar o repertório
cultural dos alunos por permitir que eles conheçam e vivenciem esse tipo de atividade
provenientes das outras culturas.
A capoeira, o samba, o bumba- meu- boi, o maracatu, o frevo, o afoxé, a catira, o
baião, o xote, o xaxado, entre outros, além de propiciar ao professor desenvolver um trabalho
de dança numa perspectiva criativa, explora a concepção de dança como uma linguagem
artística, pois cada cultura tem sua representatividade por intermédio de manifestações
rítmicas. (BRASIL, 1998)
Nesse contexto são evidentes as contribuições dos povos que auxiliaram na construção
da identidade brasileira, como o indígena, africano, o europeu, o espanhol, o italiano entre
outros, através das suas danças, jogos e brincadeiras. Assim, os alunos terão também de
conhecer as qualidades do movimento expressivo “como leve/pesado, forte/fraco,
rápido/lento, fluido/ interrompido, podem perceber sua intensidade, duração, direção e
analisa-lo e partir desses referenciais.” (BRASIL, 1998, p. 73).
Os PCNs (BRASIL, 1998) discorrem como o trabalhar as atitudes através do
conhecimento sobre o corpo utilizando como metodologia o esporte, os jogos lutas, ginásticas
e atividades rítmicas e expressivas. Através desse conteúdo o educador físico pode promover
a cooperação e a solidariedade, pois o aluno pode ajudar o outro, dar segurança e contribuir
com um ambiente favorável ao trabalho em equipe.
A predisposição ao diálogo, uma vez que são atividades que condicionam a troca de
conhecimento, não omitir informações úteis ao desenvolvimento do próximo, sendo assim, o
diálogo é valorizado na resolução de conflitos, inclusive em respeitar o ponto de vista do
outro. A escola como lócus da construção do saber precisa planejar situações para que esses
componentes sejam explorados, como a:

Valorização da cultura popular e nacional. • Predisposição para a busca do


conhecimento, da diversidade de padrões, da atitude crítica em relação a padrões
impostos, do reconhecimento a outros padrões pertinentes a diferentes contextos. •
Respeito a si e ao outro (próprios limites corporais, desempenho, interesse, biotipo,
gênero, classe social, habilidade, erro etc.). Valorização do desempenho esportivo de
um modo geral, sem ufanismo ou.
regionalismo. (BRASIL, 1998, p.74)

Outro fator de grande importância é não achar que pelo fato do Educador Físico ser o
responsável pela disciplina escolar que trabalha com o corpo, que ele tem única e exclusiva
responsabilidade em trabalhar esse conteúdo em sala de aula, uma vez que os PCNs
proporcionam uma abordagem dentro de uma perspectiva interdisciplinar e transdisciplinar,
logo a responsabilidade é de toda a comunidade escolar. (BRASIL, 1998)

3 METODOLOGIA

3.1 Caracterizações da pesquisa

O método qualitativo de pesquisa consiste no tipo de pesquisa que ocupa o nível


subjetivo, segundo Minayo (2013) relacional da realidade social, sendo tratado através de
histórias, dos significados, circunstâncias, valores e atitude de atores sociais. Ao perceber a
proximidade do tema com o tipo de pesquisa, decidimos coletar os dados de modo a abranger
o objetivo do projeto e assim tornar possível estabelecer relações entre o material coletado no
campo de estudo e que seja organizado em diferentes ajuntamentos. Através de questionário
eletrônico o pesquisador deverá realizar a coleta dos dados pertinentes para responde ao seu
objeto de pesquisa.

3.2 Período e local da pesquisa

Visando obter respostas a cerca da problemática levantada. A pesquisa será


realizada por meio de um questionário online, provavelmente em fevereiro de 2021, por conta
da pandemia do COVID-19. A pesquisa será realizada com professores de Educação Física de
escolas da rede pública e privada que se encontram localizada no município de Caucaia nos
Ensino Fundamental II e ensino Médio.

3.3 Participantes da Pesquisa

Serão convidados a participar da pesquisa professores de Educação Física do


Ensino Fundamental II e ensino Médio. Dessa forma ficaram as séries 6° ao 9° ano e 1° ao 3°
ano do ensino Médio, estas serão às séries trabalhadas para essa pesquisa.
Os indivíduos que participarão dessa etapa da pesquisa foram convidados a
colaborar por meio de preenchimento de um questionário remotamente, sendo explicado que a
participação acontecerá de forma voluntária. A entrevista será encaminhada para os
professores através do questionário eletrônico, por conta da pandemia do COVID – 19 e ao
cumprimento do decreto do isolamento social.

3.3.1 Critérios de Inclusão e Exclusão


Foram incluídos na amostra professores das séries finais do Ensino fundamental II
e do ensino Médio de escolas públicas e particulares. Serão excluídos da amostra todos
aqueles participantes que estão de férias, licença e tempo de atuação na escola menor que seis
meses.
Para isso o pesquisador terá o cuidado de resguardar a identidade dos
entrevistados, sendo utilizado pseudônimo Professor de Caucaia (PC) e Não Professor de
Caucaia (PNC) para identificar cada grupo dos sujeitos da pesquisa e assim como também
para guardar com zelo e cuidado o material conseguido a partir desses dados apresentados de
forma coerente à aplicação das descobertas.
3.4. Coleta de dados

Os dados serão coletados através de questionário eletrônico. Trata-se de um


instrumento que permite que sua aplicabilidade atenda a disponibilidade de tempo e respeita o
isolamento social por causa da pandemia do COVID-19. O pesquisador encaminhará o
questionário eletrônico e determinará um prazo para a devolução, mas respeitará a liberdade
dos candidatos aceitar ou não participar dessa pesquisa.

3.5 Aspectos Éticos

As informações essenciais sobre a pesquisa estão presentes no TCLE que deverão


ser prontamente lido e autorizado pelos participantes voluntariamente e de modo espontâneo.
Por tanto, o pesquisador deverá solicitar a autorização prévia dos responsáveis no inicio da
pesquisa. Ressaltando ainda que os participantes tenham sua identidade preservada, deixando-
os a vontade para desistir do estudo a qualquer momento, sem sofrer nenhum risco e/ou danos
físico, mental ou social. A pesquisa está de acordo com a resolução 466/12 do Conselho
Nacional de Saúde (CNS).

3.6 Análises de dados

Será realizado um texto de análise interpretativa, no qual o entrevistador com


atenção analisará dentro das entrevistas, quais conteúdos contribuíram com a sua pesquisa,
respeitando o pensamento do pesquisador, por não alterar suas respostas, mesmo as que não
estejam de acordo com o objetivo principal.
Vale ressaltar ainda que o objetivo do questionário não deve ser confundido com os
objetivos da pesquisa em si, embora ele seja uma maneira essencial para a coleta e análise de
dados. Por isso decidimos relembrar o objetivo da pesquisa para que não fique dúbia a leitura
dos resultados e facilite para o leitor a compreensão dos achados nesse trabalho.
O objetivo geral desta pesquisa visa analisar a compreensão que os professores de
educação física têm sobre a importância da cultura corporal do movimento na formação de
uma consciência de como o ser humano se constrói enquanto sujeito produtor de cultura.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS.

A cultura corporal do movimento é a diversidade de práticas, manifestações e


modalidade de cultivo. Embora haja um vasto material que explora essa temática, as
informações chegam aos jovens e adolescentes de modo fragmentado, ou seja, sem
significado. Por isso, a Educação Física Escolar é uma disciplina que precisa oportunizar a
indústria da cultura e do lazer em uma geração sedentária.
São comportamentos e atitudes que condicionam não apenas o conhecimento da
cultura corporal, mas utilizá-lo como ferramenta para compreender a realidade a sua volta, ou
seja, a cultura a qual está inserida e a sua história de vida, assim como as gerações passadas.
Para tanto é preciso garantir o acesso a essas informações, assim como as formas de obtê-las.
A disciplina de Educação Física Escolar tem um leque de opções de como abordar
essa aprendizagem, apontamos o jogo coletivo, os exercícios de preparação corporal, de
aperfeiçoamento, de improvisação, a imitação, a apreciação, entre outas modalidades, como a
própria atividade recreativa, que podem e devem ser usadas como recursos educacionais.
As instituições educacionais precisam disponibilizar tempo e espaço, embora saibamos
que na grande maioria eles são bem precários, para que o educador físico não seja cúmplice
em reproduzir o empobrecimento cultural. A educação física precisa perpassar os muros da
escola, ampliar o repertório dos educandos assim permitir que grande parte da população faça
bom uso da cultura corporal do movimento.
Para que isso seja possível, as discussões devem estar no centro do processo com o
objetivo de conhecer os direitos e os deveres de cada indivíduo enquanto cidadão. Exigir dos
órgãos responsáveis equipamentos, espaços e infraestrutura para a prática de atividades.
A cultura corporal do movimento é o universo que envolve as várias culturas e as
diversas manifestações de cultura dentro de uma sociedade. Existe um universo de economia
gerado por trás disso, existem pessoas se formando para trabalhar nessa área e o Educador
Físico é o principal profissional que está diretamente envolvido nessa temática, por isso a
importância e relevância em abordar esse tema.
Entendemos com isso que não basta apenas conhecer o conteúdo ou como aplica-lo,
mas através da teoria refletir na sua prática enquanto educador físico, proporcionar que o
maior número de auno tenha uma aprendizagem significativa sobre a cultura corporal do
movimento para deste modo elas possam compreender o porquê das atividades desenvolvidas
na nossa sociedade e também conhecer e respeitar a multicultura tão característica do Brasil.
5 REFERÊNCIAS BIBLOGÁFICAS

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996.


Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Educação
Física / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC / SEF, 1998.
FERRARI. Márcio. Jean Piaget, o biólogo que colocou a aprendizagem no microscópio.
(1º de outubro de 2008) Disponível em:<https://novaescola.org.br/conteudo/1709/jean-piaget-
o-biologo-que-colocou-a-aprendizagem-no-microscopio> Acesso em: 09/12/2020.
FOSSALUZA. Alan. Educação física: Cultura corporal do movimento. Instituto Resolve.
2018. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=ueA1eFFGv3o&t=72s> Acesso
em: 03/12/2020.
GUERRA. Luiz Antônio. Cultura. Infoescola navegando e aprendendo. 2014. Disponível
em: < https://www.infoescola.com/sociedade/cultura/> Acesso em: 09/12/2020.
KENEDY. Victor. Educação física: Cultura corporal do movimento. Centro de ensino
Médio 10 Ceilândia. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?
v=tBVKjDgSvXk&t=471s > Acesso em: 05/12/2020.
MINAYO. Maria Cecília. Análise de estudos qualitativos conduzido por médicos publicados
em períodos científicos brasileiros entre 2004 e 2013. Revista de saúde coletiva, Rio de
Janeiro, 26, p. 417 – 434. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/physis/v26n2/0103-
7331-physis-26-02-00417.pdf> acesso em: 03/11/2020

RIOS. Dermival Ribeiro Minidicionário escolar da língua portuguesa/ Dermival Ribeiro


Rios. - São Paulo: DCL 1999.
SCHMITT. Beatriz Dittrich. SANTOS. Rafaela Gomes. Crescimento e Desenvolvimento
humano/ Beatriz Dittrich Schmitt; Rafaela Gomes dos Santos. Indaial: UNIASSELVI, 2015.
XAVIER. Alessandra Silva. NUNES. Ana Ignez Belém Lima. Psicologia do
desenvolvimento. 3ª. Ed. Revisada. Fortaleza. 2013.

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