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ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL “LAURO GOMES”

ENSINO MÉDIO INTEGRADO AO TÉCNICO EM QUÍMICA

ISABELLE DA SILVA JANSEN MUNIZ

KÉZIA CRISTINA SILVA FERREIRA

LUANA LOBATO PONTES

MARIA LUIZA OLIVEIRA DO NASCIMENTO

RAISSA SANTOS FERREIRA

SAMIRA ALMEIDA INACIO

SEMINÁRIO SOBRE SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA:


Dengue

São Bernardo do Campo


2023
ISABELLE DA SILVA JANSEN MUNIZ, N°13

KÉZIA CRISTINA SILVA FERREIRA, N°20

LUANA LOBATO PONTES, N°24

MARIA LUIZA OLIVEIRA DO NASCIMENTO, N°30

RAISSA SANTOS FERREIRA, N°33

SAMIRA ALMEIDA INACIO, N°38

SEMINÁRIO SOBRE SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA:


Dengue

Trabalho apresentado à disciplina de


Biologia do Ensino Técnico Integrado ao
Médio da Escola Técnica Estadual “Lauro
Gomes” como requisito parcial para
avaliação bimestral.

Orientadora: Viviane Silva Da Matta

São Bernardo do Campo


2023
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................
1. SANEAMENTO BÁSICO.....................................................................................................
1.1. O que é?.......................................................................................................................
1.2. Importância..................................................................................................................
1.3. Principais atividades....................................................................................................
2. TRANSMISSÃO....................................................................................................................
2.1. Aspectos epidemiológicos...........................................................................................
2.2. Agente etiológico..................................................................................................................
2.3. Vetor......................................................................................................................................
2.4. Reservatório..........................................................................................................................
2.5. Modo de transmissão..................................................................................................
2.5.1. Período de incubação.....................................................................................
2.5.2. Período de transmissibilidade........................................................................
3. DADOS ESTATÍSTICOS.....................................................................................................
3.1. Nas Américas..............................................................................................................
3.2. No Brasil.....................................................................................................................
3.2.1. Em 2022.........................................................................................................
3.2.2. Em 2023...................................................................................................................
4. DOENÇAS.......................................................................................................................................
4.1. Quais os sintomas da dengue clássica?................................................................................
4.2. O que é dengue hemorrágica?..............................................................................................
4.2.1. Quais as causas da dengue hemorrágica?................................................................
4.2.2. Quais os sintomas da dengue hemorrágica?............................................................
4.3. Diferença entre dengue e dengue hemorrágica....................................................................
5. TRATAMENTOS E VACINAS.....................................................................................................
6. SOLUÇÕES PARA A SITUAÇÃO...............................................................................................
6.1. Como evitar a transmissão?.................................................................................................
6.2. Outras medidas preventivas.................................................................................................
6.3. Nebulização e fumacê.................................................................................................
6.4. Eliminar os criadouros dos mosquitos é lei................................................................
CONCLUSÃO.....................................................................................................................................
LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Esgoto a Céu Aberto..............................................................................................................


Figura 2- Panorama do Saneamento Básico no Brasil 2021.................................................................
Figura 3- Principais Atividades do Saneamento Básico Brasileiro.......................................................
Figura 4- Espécie Aedes aegypti............................................................................................................
Figura 5- Ciclo de Transmissão da Dengue..........................................................................................
Figura 6- Casos de Dengue no Continente Americano (Gráfico I)......................................................
Figura 7- Número de Casos de Dengue no Brasil (Gráfico II).............................................................
Figura 8- Sinais e Sintomas da Dengue Clássica.................................................................................
Figura 9- Sintomas da Dengue Hemorrágica.......................................................................................
Figura 10- Diferença Entre os Sintomas da Dengue Clássica e Hemorrágica.....................................
Figura 11- Comparação Entre as Espécies de Vetores..........................................................................
Figura 12- Todos Contra a Dengue.......................................................................................................
RESUMO

A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus transmitido pela picada
do mosquito Aedes aegypti. Este mosquito em particular se reproduz em áreas onde a
água está estagnada. Existem quatro tipos distintos do vírus da dengue, cada um capaz
de causar uma variedade de sintomas, de leves a graves e potencialmente fatais. Os
sintomas da dengue incluem febre alta, dores de cabeça, dores no corpo, dor atrás dos
olhos, aparecimento de manchas vermelhas na pele e sangramento das membranas
mucosas. Atualmente, não há tratamento específico para a dengue, apenas medidas para
aliviar os sintomas e prevenir complicações. A prevenção da dengue passa pelo controle
do mosquito responsável pela transmissão, por meio da eliminação de criadouros e do
uso de repelentes e inseticidas. A dengue representa um importante problema de saúde
pública em regiões tropicais, onde o clima é propício à proliferação do mosquito. No
Brasil, a dengue é endêmica em várias áreas e apresenta surtos periódicos,
principalmente durante o verão.
INTRODUÇÃO

A dengue é uma doença viral transmitida por mosquitos que nos últimos anos se
espalhou rapidamente por todas as regiões da Organização Mundial da Saúde (OMS). O
vírus da dengue é transmitido por mosquitos fêmeas, principalmente da espécie Aedes
aegypti e, em menor proporção, da espécie Aedes albopictus. Esses mosquitos também
transmitem chikungunya e zika. A dengue é generalizada ao longo dos trópicos, com
variações locais de risco influenciadas pela precipitação, temperatura e rápida
urbanização não planejada. Nas Américas, o principal vetor da dengue é o mosquito
Aedes aegypti.
Existem quatro espécies distintos, porém intimamente relacionados, sorotipos do
vírus que causa a dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). A recuperação da
infecção fornece imunidade vitalícia contra o sorotipo adquirido. Entretanto, a
imunidade cruzada para os outros sorotipos após a recuperação é apenas parcial e
temporária. Infecções subsequentes aumentam o risco do desenvolvimento de dengue
grave.
1. SANEAMENTO BÁSICO
1.1. O que é?
Saneamento básico é um conjunto de serviços fundamentais para o
desenvolvimento socioeconômico de uma região tais como: abastecimento de água,
esgotamento sanitário, limpeza urbana, drenagem urbana, manejos de resíduos sólidos e
de águas pluviais. O saneamento básico é um direito garantido pela Constituição
Federal e instituído pela Lei nº. 11.445/2007.
De forma simplificada, a cadeia do saneamento tem início na captação em
reservatórios de água, onde acontece o tratamento e distribuição aos pontos de consumo,
sejam eles residenciais ou industriais. Em seguida, é feito o descarte em uma rede de
esgoto, direcionando o resíduo para tratamento. O ciclo tem conclusão quando a água
tratada é devolvida ao ciclo natural.
O saneamento básico contribui com a saúde, a educação, o meio ambiente e a
economia. A modernização e ampliação do sistema de saneamento básico beneficia, em
qualquer lugar do mundo, a sociedade como um todo: as empresas, o país, as cidades e
o desenvolvimento social e econômico.

Figura 1- Esgoto a Céu Aberto

Fonte: Biodiesel Brasil (22 de maio de 2019)


1.2. Importância
A importância do saneamento básico começa por sua influência na saúde,
qualidade de vida e no desenvolvimento da sociedade como um todo.
O contato com esgoto e o consumo de água sem tratamento estão ligadas à altas
taxas de mortalidade infantil. A principal causa são doenças como parasitoses, diarreias,
febre tifoide e leptospirose.
As cidades mais desenvolvidas do Brasil e do mundo dão prioridade ao
saneamento. Infelizmente isso não é realidade para as localidades mais carentes.
Normalmente essa mesma massa populacional também sofre com falta de moradia e
renda adequadas.

Figura 2- Panorama do Saneamento Básico no Brasil 2021

Fonte: gov.br (09 e agosto de 2022)


1.3. Principais atividades
O saneamento básico passa por diversos serviços públicos presente no cotidiano
da população brasileira. As principais atividades são:

 Tratamento e distribuição de água;


 Coleta e destinação correta dos resíduos sólidos;
 Coleta e tratamento de esgoto;
 Drenagem urbana das águas pluviais.

Figura 3- Principais Atividades do Saneamento Básico Brasileiro

Fonte: ResearchGate

2. TRANSMISSÃO
2.1. Aspectos epidemiológicos
Segundo manual oficial de orientações técnicas sobre dengue:
“A dengue é uma doença febril aguda, de etiologia viral e de evolução
benigna na forma clássica, e grave quando se apresenta na forma
hemorrágica.
A dengue é, hoje, a mais importante arbovirose (doença transmitida
por artrópodes) que afeta o homem e constitui-se em sério problema
de saúde pública no mundo, especialmente nos países tropicais, onde
as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a
proliferação do Aedes aegypti, principal mosquito vetor”.
(MINISTERIO DA SAÚDE, 2002. p.6)
2.2. Agente etiológico
A dengue é uma doença causada por um vírus RNA, que pertence ao gênero
Flavivírus, da família Flaviviridae. Existem quatro sorotipos desse vírus: DENV 1,
DENV 2, DENV 3 e DENV 4.

2.3. Vetor
Os vetores são mosquitos do gênero Aedes. Eles foram introduzidos no
continente americano durante o período colonial, como uma das pragas trazidas da
África. A espécie Aedes aegypti se espalhou, principalmente no Brasil, por se adaptar ao
clima subtropical. (Representação na figura 4)

Figura 4- Espécie Aedes aegypti

Fonte: Pixabay

2.4. Reservatório
O hospedeiro vertebrado e fonte de infecção do agente etiológico da dengue é o
homem, que pode veicular a doença para os mosquitos vetores durante o período de
viremia. Existem indícios de um ciclo selvagem da dengue envolvendo macacos no
continente asiático e africano, mas não no americano.
2.5. Modo de transmissão
O modo de transmissão da dengue é a picada da fêmea do mosquito Aedes
aegypti infectada pelo vírus. Esse mosquito tem um ciclo de vida que se divide em duas
fases: a aquática e a terrestre. A fase aquática inicia-se quando a fêmea deposita seus
ovos em recipientes com água estagnada e límpida, onde eles se desenvolvem em larvas
e pupas. A fase terrestre ocorre quando o mosquito adulto emerge da pupa e voa em
busca de alimento. A fêmea necessita se alimentar de sangue para produzir mais ovos, e
é nesse momento que ela pode adquirir ou transmitir o vírus da dengue, dependendo se
ela já está infectada ou não.

2.5.1. Período de incubação


O intervalo entre a picada do mosquito infectado e o surgimento dos sintomas da
doença no homem. Ele varia de 3 a 15 dias, sendo em média de 5 a 6 dias.

2.5.2. Período de transmissibilidade


O período de transmissibilidade é o intervalo em que o homem pode transmitir o
vírus para o mosquito vetor, ou seja, quando há presença de vírus no sangue do homem
(período de viremia). Esse período inicia-se 1 dia antes do surgimento da febre e vai até
o 6º dia da doença. No mosquito, após um repasto de sangue infectado, o vírus vai se
localizar nas glândulas salivares da fêmea do mosquito, onde se multiplica depois de 8 a
12 dias de incubação. A partir desse momento, ela é capaz de transmitir a doença e
assim permanece até o final de sua vida (de 6 a 8 semanas).
Figura 5- Ciclo de Transmissão da Dengue

Fonte: Saude.rs.gov.br/arboviroses-ciclo-de-vida

3. DADOS ESTATÍSTICOS
A dengue possuí uma maior incidência em épocas de verão, uma vez que há um
aumento da temperatura e da ocorrência de chuvas nessa estação, assim, é predominante
em países tropicais, sendo endêmica em pelo menos 100 países da Ásia, Pacífico,
Américas, África e Caribe.
Tendo tido um aumento de 30 vezes nos últimos anos, é estimado que cerca de
2,5 bilhões de pessoas, ou 40% da população mundial, vivam em áreas de maior risco
de transmissão da dengue, e que desse total, pelo menos 50 milhões de pessoas sejam
infectadas todos os anos.

3.1 Nas Américas


Nas últimas quatro décadas, o número de infecções se amplificou, passando de
1,5 milhão de casos acumulados na década de 1980 para 16,2 milhões na década de
2010-2019. Além disso, no ano de 2013, foram registrados pela primeira vez mais de 2
milhões de casos, sendo 37.692 casos de dengue grave e 1.280 mortes no continente,
caracterizando esse período como epidêmico.

Figura 6- Casos de Dengue no Continente Americano (Gráfico I)

Fonte: Acento, 2021

Atualmente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta para o


surto de dengue na região das Américas, com quase 3 milhões de casos suspeitos e
confirmados desde o início do ano de 2023, no qual o Brasil é um dos países mais
afetados.

3.2 No Brasil
No Brasil, a transmissão vem ocorrendo de forma continuada desde 1986,
intercalando-se com a ocorrência de epidemias, geralmente associadas com a introdução
de novos sorotipos em áreas anteriormente indenes ou alteração do sorotipo
predominante, apresentando ciclos endêmicos e epidêmicos, com epidemias explosivas
ocorrendo a cada 3 ou 5 anos.
Desde a introdução do vírus no país (1981) milhares de casos já foram
notificados.
Em 1998, a média de internações era de 4/100.000 habitantes; no período de
2000-2010, essas internações passaram a ser de 49.7/100.000 habitantes. Outro aspecto
epidemiológico que vem mudando é a distribuição dos casos de dengue clássica e
dengue hemorrágica por faixa etária, antes predominantemente em adultos e, após 2006-
2007, com maior incidência em crianças.
A primeira epidemia documentada clínica e laboratorialmente, ocorreu de 1981 a
1982, em Boa Vista-RR, causada pelos sorotipos 1 e 4, desde então, diversas outras já
aconteceram no país, sendo as maiores e mais graves as que ocorreram nos anos de
1998, 2002, 2008, 2010, 2013 e 2016.

Figura 7- Número de Casos de Dengue no Brasil (Gráfico II)

Fonte: Ramon Lamar, 2023

3.2.1. Em 2022
O Brasil registrou mais de 1,1 milhão de casos prováveis de dengue em 2022,
um aumento de quase 200% em relação a 2021. Com um total acumulado de 1.016
mortes, foi o ano mais mortal para a dengue no Brasil, sendo essa quantidade maior que
o registrado nos últimos seis anos.
A região Sudeste registrou 33,1% dos casos de dengue identificados. Deste total,
somente no estado de São Paulo foram registrados 355,4 mil, ou 73,9% dos casos de
dengue ao todo.
Já no Tocantins, foram registrados mais de 21 mil casos no estado, o que
equivale ao índice de 1,3 mil para cada 100 mil habitantes. Isso é o dobro da média do
país, de 631,3 para 100 mil pessoas, e o triplo da média do Norte, de 405,1.
3.2.2. Em 2023
Com quase 3 milhões de casos suspeitos e confirmados na América, desde o
início do ano, o Brasil é o país mais afetado, com 2,3 milhões de notificações e mais de
1 milhão de casos confirmados, representando um aumento de 13% em comparação
com o mesmo período do ano passado e de 73% em relação à média dos últimos cinco
anos. Entre os casos confirmados, 1,2 mil foram classificados como dengue grave, e já
foram registrados 769 óbitos apenas neste ano.
A Região Geográfica com a maior taxa de incidência de dengue em 2023 é a
Centro-Oeste, com 213,3 casos por 100 mil habitantes, seguida das regiões Sudeste,
com 172,2 casos por 100 mil habitantes e Norte, com 75,4 casos por 100 mil habitantes.

4. DOENÇAS
4.1. Quais os sintomas da dengue clássica?
Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C),
de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça,
dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção
e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns.

Figura 8- Sinais e Sintomas da Dengue Clássica


Fonte: MD.Saúde (29 de março de 2023)

4.2. O que é dengue hemorrágica?


A Dengue Hemorrágica é uma complicação do vírus da Dengue. Também
chamada de “Dengue grave”, acontece com alterações da coagulação sanguínea.
A Dengue Hemorrágica é mais incidente em pessoas que contraem Dengue pela
segunda vez e pode ser decorrente dos quatro sorotipos da Dengue (DEN-1, DEN-2,
DEN-3, DEN-4). Se não for tratada adequadamente e com rapidez, pode levar à morte.

4.2.1. Quais as causas da dengue hemorrágica?


A transmissão da dengue acontece através da picada do mosquito Aedes aegypti,
que uma vez infectado pelo vírus, carrega ele a sua vida inteira. Quando o mosquito
pica uma pessoa, essa pessoa demora, geralmente, de 3 a 15 dias para apresentar
sintomas, sendo mais comum de 5 a 6 dias.
A dengue hemorrágica é frequente após a segunda contaminação, pois o sistema
imunológico da pessoa tende a disparar uma reação excessivamente forte.

4.2.2. Quais os sintomas da dengue hemorrágica?


Os sintomas da dengue hemorrágica, nos primeiros três dias, são os mesmos da
Dengue clássica, como febre alta, dor de cabeça e no fundo dos olhos, enjoos, vômitos,
mal-estar, cansaço extremo, manchas vermelhas na pele e dores no corpo. Após o
terceiro dia de contaminação, o infectado pode apresentar sintomas mais graves, entre
eles:

 Sangramento da gengiva, boca, nariz, ouvidos ou intestino;


 Vômitos persistentes;
 Dor abdominal intensa;
 Pele fria e úmida;
 Urina com sangue;
 Olhos vermelhos;
 Dificuldades respiratórias e confusão mental.

Figura 9- Sintomas da Dengue Hemorrágica

Fonte: Cursos CPT


4.3. Diferença entre dengue e dengue hemorrágica
A dengue hemorrágica apresenta-se da mesma maneira que a forma clássica da
doença, mas evolui rapidamente para um quadro mais grave. Assim, os principais
sintomas são dor abdominal, vômitos, agitação e pele seca, seguidos de queda de
pressão. Se não receber tratamento imediato o paciente pode perder a consciência e
chegar ao óbito por choque em poucas horas. Por isso, é fundamental realizar um
diagnóstico correto e instituir rapidamente o tratamento.

Figura 10- Diferença Entre os Sintomas da Dengue Clássica e Hemorrágica


Fonte: G1 – Globo (27 de janeiro de 2017)

5. TRATAMENTOS E VACINAS
A dengue (clássica ou hemorrágica) é uma doença endêmica viral causada por
um arbovírus de RNA, que pode ser transmitida por fêmeas de duas espécies de
mosquitos (representados na Figura 11): Aedes aegypti e Aedes albopictus, embora este
último não tenha sido encontrado contaminado na natureza.
Figura 11- Comparação Entre as Espécies de Vetores

Fonte: www.pragaseeventos.com.br (2016)

Conhece-se cinco sorotipos de dengue, caracterizados de acordo com o grau de


periculosidade em DENV-1 (pouco agressiva ao fígado), DENV-2 (ofensiva ao fígado),
DENV-3 (extremamente danosa ao fígado, associada a grave hemorragia), DENV-4 e
DENV-5 (sendo estes últimos, casos atípicos no Brasil e portanto, não se têm muitas
informações sobre sua incidência).
A identificação de contaminação por tal vírus se dá pelo reconhecimento de
alguns sintomas- dores de cabeça e atrás dos olhos, dores musculares e nas articulações,
manchas vermelhas na pele, febre aguda, fraqueza, falta de apetite, vômitos, diarreias e
sangramentos (caso de dengue hemorrágica) - além do hemograma completo, constando
a diminuição do número de plaquetas por reação autoimune do organismo, que produz
anticorpos para eliminação dos corpos estranhos.
Não existe um tratamento específico para a doença, contudo são aplicados
medicamentos analgésicos, antitérmicos (paracetamol ou dipirona), antieméticos
(metoclopramida ou bromoprida) e anti-histamínicos (dexclorfeniramina ou loratadina),
a fim de atenuar os sintomas descritos anteriormente, recomendando-se, também, a
ingestão de soros e líquidos, além de repouso.
Quanto à profilaxia, ademais das tradicionais medidas que se referem ao
extermínio do vetor por meio de limpeza, uso de mosquiteiros, larvicidas, inseticidas,
repelentes e evitar água parada, há outro método bastante eficiente: vacinação.
Atualmente, dispõe-se de duas vacinas para prevenção, denominadas: Dengvaxia e outra
recém desenvolvida, Qdenga.
A Dengvaxia, desenvolvida em 2015 pelo Laboratório Sanofi Pasteur, trata-se de
um vírus quimérico desenvolvido a partir da recombinação gênica do vírus ativo da
febre amarela com um dos sorotipos da dengue, destinado ao decrescimento de
internações e recontaminação por diferentes tipos de dengue. Após estudos efetivados
pelo Laboratório, a bula do fármaco precisou ser revisada pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa), estipulando faixa etária e condições específicas para uso
do medicamento, como por exemplo: idade entre 9 e 45 anos, bem como já ter sido
contaminado anteriormente e viver em áreas de alta incidência da enfermidade, além de
outras medidas usuais como evitar utilização por indivíduos com anafilaxia a qualquer
componente, gestantes ou em processo de amamentação, pessoas com sistema
imunológico enfraquecido, fazendo uso de determinados fármacos , etc. Essa medida foi
necessária, uma vez que, a aplicação desta vacina- 3 doses com intervalo de 6 meses
entre elas- em indivíduos sem contato prévio com o agente patogênico, mostrou-se
nociva, agravando os quadros de internação, enquanto demonstrou resultados
extremamente positivos para pacientes na situação oposta (soro positivo).
Já a outra vacina recém-desenvolvida pela farmacêutica japonesa Takeda
Pharma, Qdenga, possui um “público-alvo” mais abrangente, sendo destinada a
pacientes entre 4 e 60 anos de idade. Conquanto, ainda não está disponibilizada na rede
pública, sendo vendidas as doses necessárias na rede privada, em valores específicos
para cada região.
A administração de duas doses em intervalos de 3 meses, demonstrou resultados
promissores. De acordo com a presidente da Associação Brasileira de Clínicas de
Vacinas (ABC VAC) Fabiana Funk, a eficácia da Qdenga, após o período de 4 anos e
meio, é estimada em 84% nos casos de hospitalização e 61% nos casos sintomáticos.
Os possíveis efeitos colaterais (para ambas as vacinas) incluem vermelhidão e dor no
local da injeção, sonolência e sintomas semelhantes à gripe.

6. SOLUÇÕES PARA A SITUAÇÃO


6.1. Como evitar a transmissão?
Para evitar a transmissão da dengue, é importante adotar medida que ajudem a
prevenir o desenvolvimento do mosquito e, consequentemente, a doença. Assim, é
importante ter os seguintes cuidados:
 Virar garrafas e latas com a boca para baixo: Virar garrafas e latas de boca para
baixo evita acúmulo de água. O ideal é jogá-las fora ou não as deixar expostas;
 Colocar terra nos pratos das plantas: Em vez de usar apenas água para as plantas,
use areia, terra ou pó de café nos pires dos vasos e, então, coloque água. A água
contida é suficiente para manter as plantas vivas;
 Fazer furos nos pneus velhos ou guardar pneus abrigados da chuva: Pois são o
ambiente perfeito para o desenvolvimento de mosquitos; e os furos permitem
que a água acumulada escorra, não ficando parada e, assim, evitando que o
mosquito se reproduza. O ideal é não acumular pneus;
 Cobrir sempre a caixa d'água: A caixa d’água é um excelente reservatório para
os ovos da dengue. Mantenha-a sempre fechada e limpe-a frequentemente.
Tampar com tela ou um pedaço de meia o cano chamado “ladrão”, pois os
mosquitos entram por ali e criam na caixa tampada. Isso também vale para
poços, cisternas e caçambas onde se acumula água;
 Preste atenção ao lixo: Muitas pessoas pensam que os lixos, por acumularem
água suja, não apresentam perigo. Se há água acumulada, há a possibilidade de
reprodução do mosquito. Para isso, vede os sacos de lixo e não os deixe
expostos;
 Cobrir as piscinas: As piscinas são difíceis de tratar por possuírem um volume
grande de água. Se não estiver sendo utilizada, cubra-a com uma lona. Trate a
água com cloro e os outros produtos específicos;
 Remova folhas e galhos das calhas: Esses objetos impedem que a água escoe e,
assim, ela se acumula. Verifique semanalmente o estado de calhas, canos e ralos.

Além disso, se tiver terrenos baldios com água parada na sua região, deve
informar a prefeitura para que todas as poças com água parada possam ser eliminadas. É
também recomendado usar telas de proteção em todas as janelas e portas, de forma a
impedir a entrada de mosquitos, sendo também indicado usar repelente diariamente.

6.2. Outras medidas preventivas

• Espirais ou vaporizadores elétricos: devem ser colocados ao amanhecer e/ou no final


da tarde, horário em que o mosquito da dengue mais pica;
• Mosquiteiros: devem ser usados principalmente em casas com crianças, cobrindo
camas e outras áreas de repouso, tanto de dia quanto de noite;
• Repelentes: podem ser aplicados no corpo, mas devem ser adotadas precauções
quando utilizados em crianças e idosos, em virtude de maior sensibilidade da pele;
• Telas: colocadas em portas e janelas, são eficazes contra a entrada do mosquito nas
casas.

6.3. Nebulização e fumacê


A nebulização substituiu o fumacê por ser mais eficaz, segundo comprovação
científica. O fumacê era realizado nas ruas e não era tão eficiente. Matava pássaros,
plantas e provocava ou agravava doenças nas pessoas, principalmente em portadores de
problemas pulmonares.
A nebulização é feita dentro dos domicílios e vai direto ao foco do mosquito
transmissor da dengue.
Para sua realização a equipe retira as pessoas da casa, remove animais e aplica o
veneno. As pessoas devem ficar fora por 30 minutos pelo menos.
A nebulização é aplicada somente em casos de extrema necessidade.

6.4. Eliminar os criadouros dos mosquitos é lei


Legislação é rigorosa
Rio Claro implantou o Programa e Comitê Municipal de Combate e Prevenção à
Dengue, Chikungunya e Zika Vírus, que irá intensificar as estratégias de enfrentamento
da dengue. A lei foi aprovada pela Câmara Municipal e prevê, também, penalização e
multa para quem tiver criadouro do mosquito transmissor em sua casa. Essa é uma das
medidas de prevenção que a Prefeitura vem adotando para evitar uma nova epidemia.
A lei determina que toda pessoa, bem como toda empresa e demais instituições,
devem praticar o cuidado sanitário que se resume a quatro itens:

I. A limpeza periódica do imóvel, com a capinação e a remoção de entulhos, bens


inservíveis e lixos;
II. A drenagem de poças d’água de qualquer origem, de modo a evitar ambiente
propício à reprodução dos mosquitos transmissores das doenças ou à
proliferação de qualquer outro vetor. (Os mosquitos põem na água seus ovos que
se desenvolvem em larvas e pupas - ciclo do mosquito);
III. A limpeza periódica de caixas d’água e de outros locais propícios para a
proliferação dos ovos, larvas ou das pupas;
IV. A limpeza periódica e drenagem para manter desobstruídas lajes, calhas, bem
como eventuais desníveis que possam propiciar acúmulo de água e a
consequente instalação de criadouros.

A não realização desses cuidados sanitários pode gerar multas que variam de 100
(cem) a 10.000 (dez mil) unidades fiscais do município de Rio Claro (UFMRC’s). Cada
UFMRC vale atualmente R$ 2,6757. Isso significa que o valor das multas pode variar
de R$ 267,57 a R$ 26.757,00.
Inicialmente, o infrator é autuado e poderá realizar os cuidados sanitários
determinados. No caso do infrator não realizar as ações exigidas, será multado e, se não
pagar a multa, o valor é inscrito em dívida ativa do município.
Por isso, realize periodicamente os cuidados sanitários descritos na legislação
para que não seja autuado e nem multado.

Figura 12- Todos Contra a Dengue

Fonte: https://www.rioclaro.sp.gov.br/hotsites/dengue/cartilha_dengue.pdf
CONCLUSÃO

Concluímos com as nossas pesquisas, que ainda há muito a aprender sobre a


doença, mas o que aprendemos nos deixou preparados para lidar melhor com esse surto
que tanto aflige a população do nosso país.
Como por exemplo: evitar a ser contaminado tomando cuidado de manter as
garrafas vazias ou baldes virados para baixo, descartar entulho em locais apropriados,
evitar pontos de água parada, cobrir caixas d'água, poços ou piscinas, manter calhas
limpas e colocar areia nos pratos dos vasos da planta, pois dessa forma conseguiremos
reduzir a proliferação e transmissão da doença.
Aprendemos também como tratar da dengue, sendo necessário ingerir bastante
água, (observação: nunca se automedicar) seja por via oral ou intravenosa (soro) e
seguir corretamente o tratamento de acordo com avaliação médica.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PORTAL DA INDÚSTRIA. Saneamento Básico: o que é e quais são os serviços.


Disponível em: <https://www.portaldaindustria.com.br/industria-de-a-z/saneamento-
basico/>. Acesso em: 25 jul. 2023.

EOS CONSULTORES. A importância do saneamento básico para a sociedade.


Disponível em: <https://www.eosconsultores.com.br/a-importancia-do-saneamento-
basico-para-a-sociedade/>. Acesso em: 25 jul. 2023.

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