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PLANO LITORAL MÉDIO

ORIENTAÇÕES, DESEJOS, ASPIRAÇÕES E DELÍRIOS


O QUE É UM PLANO DE BACIA
A Lei 9.433/97 indica que a gestão dos recursos
hídricos é realizada por meio de cinco instrumentos:
•Outorga
•Enquadramento
•Sistema de informações
•Cobrança
•Plano de bacia
O QUE É UM PLANO DE BACIA
PLANO DE RECURSOS HÍDRICOS DE BACIA HIDROGRÁFICA - Corresponde a uma
nova geração de política pública, cujos objetivos de gestão não são unicamente
fundados sobre as normas técnicas, nem definidos com relação a um quadro
regulamentar, mas resultam de negociações que utilizam múltiplos atores,
desde a etapa de elaboração dos documentos iniciais até sua aprovação final, de
forma a construir um planejamento dinâmico, numa visão de médio e longo
prazo, definida em cenários, permitindo uma gestão compartilhada do uso
integrado dos recursos hídricos na bacia a que se refere
O QUE É UM PLANO DE BACIA
Partes de um Plano
1. Diagnóstico
2. Prognósticos (Cenários, um inercial, outro com a gestão)
3. “A bacia que queremos”
4. “A bacia que podemos”
5. Metas
6. Programas para atingir estas metas
7. Cronograma
8. Orçamento
9. Fonte de recursos
10.Viabilidade
EXEMPLO DO QUARAÍ

“A bacia que queremos”

Um desenvolvimento sustentável com uma gestão


autônoma, com poder de decisão local
EXEMPLO DO PLANO DA BACIA DO RIO DOCE

• A “bacia que queremos” pode, a partir desta análise, ser assim descrita:
• A bacia que queremos preserva a vegetação natural nas áreas delimitadas
pela legislação, significando uma melhor qualidade ambiental, com redução
dos processos erosivos e de assoreamento dos rios. As águas e os solos da
bacia não são contaminados, graças ao tratamento adequado e integrado
dos resíduos sólidos e dos efluentes líquidos, urbanos, industriais e rurais,
permitindo os mais diversos usos.
EXEMPLO DO PLANO DA BACIA DO RIO DOCE
• A “bacia que queremos”
• Os diversos corpos de água doce têm qualidade concordante com
um enquadramento nas classes especial, 1 e 2. A população da
bacia é ambientalmente educada e socialmente mobilizada,
sendo capaz de atuar em um sistema de gerenciamento dos
recursos hídricos, que, por sua vez, tem a capacidade de
solucionar os possíveis conflitos pelo uso e pela qualidade das
águas, a partir de uma ação normativa, fiscalizadora e
orientadora do uso dos recursos hídricos.
EXEMPLO DO PLANO DA BACIA DO RIO DOCE

• A “bacia que queremos”


• Este sistema baseia-se em informações sistematizadas e planejadas
de forma integrada, que são consolidadas na forma de planos das
bacias afluentes e no plano da bacia como um todo. O
desenvolvimento da bacia é harmônico, caracterizado pelo
desenvolvimento social, econômico e ambiental sustentado.
EXEMPLO DO PLANO DA BACIA DO RIO DOCE

• A “bacia que podemos” pode ser assim descrita:


• A bacia que podemos ter em um horizonte de vinte anos apresenta uma melhora
significativa quanto ao atendimento das demandas e na qualidade e disponibilidade
dos recursos hídricos superficiais, graças a um processo de implantação da outorga e
do enquadramento em todos os trechos da bacia. A partir disto, uma estrutura eficaz
e com reconhecimento social e institucional, composta pelos comitês de bacia dos rios
principal e de seus afluentes, pelos órgãos estaduais – IEMA e IGAM – e pela Agência
Nacional de Águas, estabeleceu uma sistemática de orientação, normatização e
fiscalização quanto ao uso e a preservação dos recursos hídricos, reduzindo os
conflitos pelo uso a um número insignificante de casos, sendo estes rapidamente
resolvidos no âmbito dos respectivos Comitês.
EXEMPLO DO PLANO DA BACIA DO RIO DOCE

• A “bacia que podemos” pode ser assim descrita:


• Como resultado da implantação desta estrutura de gerenciamento e de seu
efetivo funcionamento, os corpos de água doce da bacia apresentam parâmetros
evolutivos em direção ao enquadramento, respeitando as metas intermediárias
fixadas por cada comitê. Os recursos oriundos da cobrança são aplicados de
acordo com os planos de bacia dos rios afluentes, sendo que estes foram
harmonizados com o plano do rio principal. Todos estes planos estabelecem uma
aplicação de recursos que promovem, parcial ou totalmente, ações de educação
ambiental, comunicação e mobilização social, como forma a garantir uma
participação efetiva e crescente da população da bacia na tomada de decisão
sobre o gerenciamento dos recursos hídricos.
EXEMPLO DO PLANO DA BACIA DO RIO DOCE

• A “bacia que podemos” pode ser assim descrita:


• Outra parte dos recursos tem sua aplicação destinada a manter e ampliar uma base de
dados e informações sobre os recursos hídricos, aumentando a capacidade futura de
decisão sobre novos processos de outorga, revisão do enquadramento ou dos critérios
de cobrança. A estrutura de gestão implantada também é capaz de dialogar com outras
instituições, tendo por foco a gestão compartilhada ou exercer um papel de controle
social organizado em temas como coleta e tratamento de efluentes industriais, urbanos
e rurais, gestão de resíduos sólidos, ordenamento territorial urbano e rural, recuperação
de áreas degradadas, planos de desenvolvimento econômico e políticas públicas das
mais diversas áreas, como educação, saúde, extensão rural, turismo, geração de
energia, tecnologias limpas, entre outras.
EXEMPLO DO PLANO DA BACIA DO RIO DOCE
Grupo
Descrição Relevância Urgência Nota Hierarquia
Meta

Até o ano de 2030, as águas superficiais da bacia do rio Doce terão qualidade da água compatível ou melhor do que a
1 classe 2 em toda a extensão da bacia

• 71 metas
1.1 Articulação entre atores do setor de saneamento Alta Alta 6 1
Articulação com as concessionárias dos serviços de
1.2 saneamento operacional
Alta Alta 6 1

1.3 Mapeamento de áreas produtoras de sedimentos concluído Média Média 4 3


1.4 Monitoramento da produção de sedimentos na bacia Média Baixa 3 4
Diagnóstico analítico dos efluentes das pequenas e micro
1.5 empresas urbanas concluído
Média Baixa 3 4

• 7 grupos
Até o ano de 2030, não são observados conflitos pelo uso da água, sendo que a demanda atual e futura projetada é
2 atendida pela vazão de referência atual ou suplementada pela implantação de medidas estruturais e não estruturais que
elevem este valor de referência até o mínimo suficiente para atender àquelas demandas.
2.1 Inventário de locais para barramentos concluído Média Média 4 3
2.2 Análise de viabilidade de obras de regularização concluída Média Baixa 3 4
2.3 Regularização de poços concluída Alta Média 5 2
2.4 Diagnóstico do uso da água subterrânea concluído Alta Média 5 2

• Qualidade da água 2.5


2.6
2.7
Revisão das vazões referenciais concluída
Estratégias de redução de perdas definidas
Estratégias de aumento de eficiência do uso da água na
agricultura definidas e implantadas
Alta
Media

Média
Média
Média

Média
5
4

4
2
3


2.8 Difusão de tecnologias implantada Média Média 4 3

Quantidade de água 2.9


2.10
Estratégias de convivência com a seca definidas e implantadas
Prioridades e de linhas de financiamento definidos -
Média
Média
Média
Média
4
4
3
3
Até o ano de 2030, as perdas de vidas humanas na bacia devidas às cheias são reduzidas a zero e as perdas econômicas
3 são reduzidas a 10% do valor atual, com ações locais para combater as enchentes de origem convectiva e com ações


regionais, para combater as cheias de origem frontal.

Convivência com as cheias 3.1


3.2
3.3
Modernização de estações concluída
Sistema de alerta operacional
Mapeamento de áreas críticas de deslizamento concluído
Alta
Alta
Média
Alta
Alta
Média
6
6
4
1
1
3


3.4 Sistema de alerta simplificado implantado Média Média 4 3

Universalização saneamento 3.5


3.6
3.7
Modelo hidrológico de cheias definido
Mapeamento de áreas inundáveis concluído
Critérios para Planos Diretores Municipais definidos
Alta
Alta
Alta
Média
Média
Média
5
5
5
2
2
2
Inventário de locais de barramentos de contenção ou


3.8 Média Média 4 3

Unidades de conservação
laminação concluído
Análise de viabilidade de obras de contenção ou laminação
3.9 concluída
Média Baixa 3 4

3.10 Alternativas de contenção ou laminação apresentadas Média Baixa 3 4


Projeto Básico e EIA das obras de contenção ou laminação
3.11 Média Baixa 3 4

Estrutura gestão 3.12


3.13
contratados -
Inventário de locais de controle de cheias concluído
Análise de viabilidade do controle de cheias concluída
Média
Média
Baixa
Baixa
3
3
4
4
3.14 Alternativas de controle de cheias apresentadas Média Baixa 3 4


Projeto Básico e EIA das obras de controle de cheias

Implementação ações 3.15


3.16
3.17
contratados
Zoneamento territorial da bacia do rio Doce concluído
Articulação entre Defesa Civil e comitês da bacia do rio Doce
Média

Média
Alta
Baixa

Média
Alta
3

4
6
4

3
1
Até o ano de 2030, os índices do esgotamento sanitário nas áreas urbanas e rurais, do esgotamento pluvial das cidades
com mais de 5.000 habitantes e de recolhimento, tratamento e destinação final de resíduos sólidos são iguais ou
4 superiores aos valores médios dos estados em que cada sub-bacia está localizada. O abastecimento de água atinge a 100%
dos núcleos residenciais. Em 2020, a redução da carga orgânica dos esgotos sanitários é da ordem de 90% e existem
aterros sanitários e unidades de triagem e compostagem em toda a bacia.
4.1 Apoio aos planos municipais de saneamento Alta Alta 6 1
Articulação com as concessionárias dos serviços de
4.2 saneamento operacional
Alta Alta 6 1

4.3 Informações sobre saneamento consolidadas- Média Média 4 3


EXEMPLO DO PLANO DA BACIA DO RIO DOCE
P 11 - Programa de Saneamento da Bacia
P 12 - Programa de Controle de Atividades Geradoras de Sedimentos
P 13 – Programa de apoio ao controle de efluentes em pequenas e micro empresas
P 21 - Programa de Incremento de Disponibilidade Hídrica-
P 22 - Programa de Incentivo ao Uso Racional da Água na Agricultura
P 23 - Programa de Redução de Perdas no Abastecimento Público de Água

• 17 programas
P 24 - Implementação do Programa “Produtor de Água
P 25 – Ações de convivência com a seca
P 25.a Estudos para avaliação dos efeitos das possíveis mudanças climáticas globais nas relações
entre disponibilidades e demandas hídricas e proposição de medidas adaptativas
P 31 - Programa de Convivência com as Cheias

• 3 sub-programas
P 41 - Programa de Universalização do Saneamento
P 42 – Programa de Expansão do Saneamento Rural
P 51 - Programa de Avaliação Ambiental para Definição de Áreas com Restrição de Uso
P 51.a Projeto Restrição de uso das áreas de entorno de aproveitamentos hidrelétricos
P 52 - Programa de Recomposição de APP’s e nascentes

• 8 projetos
P 52.a – Projeto de recuperação de lagoas assoreadas e degradadas
P 61 - Programa de Monitoramento e Acompanhamento da Implementação da Gestão Integrada
dos Recursos Hídricos
P 61 1 Sub-programa Cadastramento e manutenção do cadastro dos usuários de recursos hídricos
da Bacia

• R$ 1,3 bilhão
P 61 2 Sub-programa Fortalecimento dos Comitês na Bacia segundo o arranjo institucional
elaborado no âmbito do plano e objetivando a consolidação dos Sistemas Estaduais de
Gerenciamento de Recursos Hídricos.
P 61 3 Gestão das Águas subterrâneas
P 61.a Projeto Desenvolvimento de um Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos da Bacia

• 10 anos
do Rio Doce
P 61.b Projeto Proposta de Enquadramento para os principais cursos d’água da bacia
P 61.c Projeto Diretrizes para a Gestão da Região do Delta do Rio Doce, assim como da região da
Planície Costeira do Espírito Santo na bacia do Rio Doce
P 61.d Projeto - Consolidação de mecanismos de articulação e integração da fiscalização exercida

• 90% saneamento
pela ANA, IGAM e IEMA na bacia
P 61.e – Projeto Avaliação da aceitação da proposta de cobrança
P 62 - Programa de Monitoramento dos Recursos Hídricos
P 62 1 Sub-programa de levantamentos de dados para preenchimento de falhas ou lacunas de
informações constatadas no Diagnóstico da Bacia
P 71 - Programa de Comunicação do Programa de Ações
P 72 – Programa de Educação Ambiental
P 73 - Programa de Treinamento e Capacitação
EXEMPLO DO PLANO DA BACIA DO RIO DOCE

• Proposta de Arrecadação: R$ 28,9 milhões/ano


• R$ 15 milhões na calha
• Viabiliza TODOS os programas
CONTRATAÇÃO DOS ATUAIS PLANOS

• Em 1999, durante o debate no 1º Encontro Nacional de Comitês


de Bacias na cidade de Ribeirão Preto em São Paulo, os Comitês
brasileiros estabeleceram um conceito de Plano de Bacia pelo
qual o Rio Grande do Sul tem se pautado, como sendo: "...o
resultado do processo social permanente de construção e
implementação de políticas públicas que visam ao
desenvolvimento sustentável e que contam com a participação
da sociedade da Bacia Hidrográfica".
CONTRATAÇÃO DOS ATUAIS PLANOS
• Desde então, o Rio Grande do Sul vem aperfeiçoando uma
metodologia para a construção dos Planos de Recursos
Hídricos. Através de um processo totalmente participativo, os
Planos de Bacia gaúchos são construídos através de três
fases: A, B e C, que dão conta das etapas do Planejamento, e
que ocorrem a partir da informação e da mobilização da
sociedade da bacia hidrográfica através das categorias que
compõem o Comitê.
CONTRATAÇÃO DOS ATUAIS PLANOS
• Na Fase A identificam-se os motivos que atribuem uma dada
condição atual de qualidade e quantidade das águas de cada
trecho da bacia hidrográfica, bem como os níveis de sua
utilização. Nesta fase, a sociedade conhece o estado das águas
disponíveis na sua bacia hidrográfica e os usos que delas são
feitos. Esta é a caracterização da disponibilidade quantitativa e
qualitativa de água e os usos e as respectivas demandas,
estabelecendo-se um balanço entre eles.
CONTRATAÇÃO DOS ATUAIS PLANOS
• O objetivo da Fase B é construir, conforme apontado pelos usuários
das águas e demais atores sociais, um cenário futuro desejado
(interesses e necessidades futuras) no que se refere à demanda de
água. Esta é a Fase de definição dos objetivos de qualidade a partir
da escolha dos usos futuros das águas de cada trecho da bacia, ou
seja, acordo sociopolítico de futuro, que objetiva garantir água para
todos permanentemente (Enquadramento legal das águas segundo
a Resolução 357, de 2005 do CONAMA).
CONTRATAÇÃO DOS ATUAIS PLANOS
• O Plano de Bacia se completa com a Fase C, através da identificação
e a decisão coletiva sobre as prioridades e os meios para
transformar em realidade as decisões acordadas no
Enquadramento. O Plano de ações com a indicação das prioridades
– intervenções estruturais e não estruturais - é a base de
informação para o estabelecimento da cobrança pelo uso das
águas, meio complementar de financiar as obras e os
procedimentos necessários para a melhoria das águas, em
qualidade e quantidade.
RESPONSABILIDADES

• De acordo com a Lei 10.350/94, é responsabilidade


das Agências a realização dos Planos
• O Comitê aprova e encaminha ao CRH para
homologação
LEI 10.350/94

• Art. 19 - Os comitês têm como atribuições:


III - aprovar o Plano da respectiva bacia hidrográfica e acompanhar
sua implementação; VI - aprovar os valores a serem cobrados pelo uso
da água da bacia hidrográfica; VII - realizar o rateio dos custos de obras
de interesse comum a serem executados na bacia hidrográfica;
VIII - aprovar os programas anuais e plurianuais de investimentos em
serviços e obras de interesse da bacia hidrográfica tendo por base o
Plano da respectiva bacia hidrográfica;
LEI 10.350/94

• Art. 20 - Às agências de Região Hidrográfica, a serem instituídas por lei


como integrantes da Administração Indireta do Estado, caberá prestar o apoio técnico
ao Sistema Estadual de Recursos Hídricos, incluindo, entre suas atribuições, as de:
I - assessorar tecnicamente os Comitês de Gerenciamento de Bacia Hidrográfica na
elaboração de proposições relativas ao Plano Estadual de Recursos Hídricos, no
preparo dos Planos de Bacia Hidrográfica, bem como na tomada de decisões políticas
que demandem estudos técnicos;
LEI 10.350/94

• Art. 28 - Os planos de Bacia Hidrográfica serão


elaborados pelas agências de
Região Hidrográfica e aprovados pelos respectivos
Comitês de Gerenciamento de
Bacia Hidrográfica.
LEI 10.350/94
• Art. 26 - Os planos de Bacia Hidrográfica têm por finalidade
operacionalizar, no âmbito de cada bacia hidrográfica, por um período de
4 anos, com atualizações periódicas a cada 2 anos, as disposições do
Plano Estadual de Recursos Hídricos, compatibilizando os aspectos
quantitativos e qualitativos, de modo a assegurar que as metas e usos
previstos pelo Plano Estadual de Recursos Hídricos sejam alcançados
simultaneamente com melhorias sensíveis e contínuas dos aspectos
qualitativos dos corpos de água.
LEI 10.350/94

• Art. 27 - Serão elementos constitutivos dos planos de Bacia Hidrográfica:


I - objetivos de qualidade a serem alcançados em horizontes de planejamento
não inferiores ao estabelecido no Plano Estadual de Recursos Hídricos...
II - programas das intervenções estruturais e não-estruturais e sua especialização;
III - esquemas de financiamento dos programas a que se refere o inciso anterior, através
de:
a) determinação dos valores cobrados pelo uso da água;
b) rateio dos investimentos de interesse comum;
c) previsão dos recursos complementares alocados pelos orçamentos públicos e privados
na bacia
LEI 9.433/97

• Art. 38. Compete aos Comitês de Bacia Hidrográfica, no


âmbito de sua área de atuação:
• III - aprovar o Plano de Recursos Hídricos da bacia; IV -
acompanhar a execução do Plano de Recursos Hídricos da
bacia e sugerir as providências necessárias ao
cumprimento de suas metas;
LEI 9.433/97

• Art. 6º Os Planos de Recursos Hídricos são


planos diretores que visam a fundamentar e
orientar a implementação da Política Nacional
de Recursos Hídricos e o gerenciamento dos
recursos hídricos.
LEI 9.433/97

• Art. 7º Os Planos de Recursos Hídricos são planos de longo prazo, com horizonte
de planejamento compatível com o período de implantação de seus programas e
projetos e terão o seguinte conteúdo mínimo: I - diagnóstico da situação atual
dos recursos hídricos; II - análise de alternativas de crescimento demográfico,
de evolução de atividades produtivas e de modificações dos padrões de
ocupação do solo; III - balanço entre disponibilidades e demandas futuras dos
recursos hídricos, em quantidade e qualidade, com identificação de conflitos
potenciais;
LEI 9.433/97

• IV - metas de racionalização de uso, aumento da quantidade e melhoria da


qualidade dos recursos hídricos disponíveis; V - medidas a serem tomadas,
programas a serem desenvolvidos e projetos a serem implantados, para o
atendimento das metas previstas;
LEI 9.433/97

• VIII - prioridades para outorga de direitos de uso de


recursos hídricos; IX - diretrizes e critérios para a
cobrança pelo uso dos recursos hídricos; X -
propostas para a criação de áreas sujeitas a
restrição de uso, com vistas à proteção dos recursos
hídricos
LEI 9.433/97

• Art. 8º Os Planos de Recursos Hídricos serão


elaborados por bacia hidrográfica, por Estado
e para o País.
PLANO LITORAL MÉDIO

• O diagnóstico, essa história sem fim com final feliz


• Finalizando o diagnóstico com 100% de certeza
• Os processos necessários, os supérfluos
• O que interessa, o que é essencial, o que é desnecessário
• Uma morte anunciada: acabou, daqui seguimos
PLANO LITORAL MÉDIO

• O prognóstico com outros óculos


• As hipóteses são sólidas e refletem a realidade? Devem ser
revistas? O olhar do DRH e o olhar da consultoria – quem deve
prevalecer? Quem deve ser apresentado antes?
• O enquadramento é um sonho ou algo a ser seriamente
considerado?
PLANO LITORAL MÉDIO
• Meta-avaliação, um passo necessário para navegar
tranquilo depois
• Sugestão de encaminhamento, parar, conversar e consolidar
• Registrar sempre, esses são tempos movediços
• Assinar, pois fio de bigode e vagas lembranças são prejudiciais à saúde
do Plano
• Discutir diretamente a relação: representatividade dos membros do
Comitê e sua consequência para o desenvolvimento do Plano
PLANO LITORAL MÉDIO
• Deixando claro os papéis:
• O Comitê será o responsável por gerenciar a execução do futuro
Plano. Portanto, o que for colocado no Plano deve ser possível de
ser gerenciado pelo Comitê que se apresenta.
• O que for hipotético, assim deve ser apresentado, para não gerar
dúvidas futuras
• O Comitê tem os recursos necessários para as atividades que
ficarem sob sua responsabilidade. Se não tem, que os peçam.
PLANO LITORAL MÉDIO

• Tempestades à vista
• Política Estadual de Conservação de Solo e Água
• Política Estadual de Gestão de Risco de Desastres
• Zoneamento Ecológico-Econômico
• SIOUT
• Estações da Sala de Situação
• Radares meteorológicos
PLANO LITORAL MÉDIO

• Tempestades à vista
• Agência de Região Hidrográfica
• Cobrança de taxas e pelo uso da água
• Qualiágua
• Prócomitês
• Prógestão fase 2
• Shiga e o projeto de despoluição
• Troca de gestão do comitê com a agência
• Troca de gestão no Governo
PLANO LITORAL MÉDIO

• Base de dados a serem utilizadas


• Usos da água – SIOUT, comparado com métodos indiretos para
validação (triangulação, triangulação, sempre)
• Hidrografia – cartografia 1:25.000
• Disponibilidade hídrica – base do SIOUT
• Mapas temáticos na escala 1:100.000 – ZEE
• APPs – CAR e ZEE
• Campanhas de qualidade de água – definidas junto com o Qualiágua,
de forma complementar ou suplementar
PLANO LITORAL MÉDIO

• Comunicação social
• Responsabilização do Comitê, esgaçar a representatividade ao máximo
• Monitoramento e avaliação ex-ante e ex-post
• Reforçar a figura do Comitê, explorar a representatividade (sempre,
constantemente), produzir material sobre a eleição em um comitê de
bacia
• Evitar ações difusas desnecessárias
• Cuidado com a representação da população flutuante de verão e os
seus desejos
PLANO LITORAL MÉDIO

• Avaliação econômica
• Deve ser preferida em detrimento da avaliação financeira para
entendimento do Plano
• Deve ser realizada do ponto de vista da sociedade gaúcha como um
todo
• Pode aproveitar o ZEE
• Avaliações financeiras devem ser realizadas do ponto de vista das
instituições atuantes na região (por exemplo, CORSAN ou
prefeituras), dos poluidores e dos consumidores dos serviços de
água e esgoto
PLANO LITORAL MÉDIO

• Usos prioritários e predominantes


• Destacar sempre de forma clara os usos prioritários definidos em
lei, os eleitos pelo Comitê e as consequências desta escolha na
economia regional
• Criticar o enquadramento do ponto de vista dos usos
predominantes, verificando a adequação da proposta de
enquadramento já existente
• Utilizar os valores cadastrados no SIOUT ou os outorgados,
criticando (sempre!) com base em valores referenciais
PLANO LITORAL MÉDIO

• Futuro – as mudanças climáticas


• Há um banco de dados para as próximas décadas – vamos utilizá-lo
tanto para calcular disponibilidade como demanda
• Cuidado com os poços ponteira!!! São muitos, devem entrar no
balanço hídrico, pois a tendência é serem tamponados.
• As lógicas da expansão urbana na bacia
• As demandas de verão e as oscilações econômicas, o turismo de
verão
PLANO LITORAL MÉDIO

• Concluindo a fase C
• Criticar a legislação e o arranjo institucional atuais, mas fazer um plano que
possa ser executado dentro dos limites atuais ou projetados – fala-se
abertamente em alterar a Lei Federal 9.433/97, mas vá tentar mudar a Lei
Estadual 10.350/94
• Não colocar nada que não tenha sido previamente acordado com os executores,
especialmente Educação Ambiental e Saneamento Básico. Não havendo acordo,
programar ações do Comitê para sensibilizar, demandar, tensionar, exigir essas
ações.
• Considerar a cobrança pelo uso da água inicialmente pelo princípio poluidor-
pagador e depois pelo usuário-pagador
PLANO LITORAL MÉDIO

• Concluindo a fase C
• Considerar as ações do Governo, dos municípios e da União na bacia, colocando um
grau adequado de risco de não conclusão, mudança de rumos ou extinção de
programas e projetos
• Fazer um mapa institucional de stakeholders, avaliando a sua capacidade de participar
da execução do Plano e o custo desta participação
• Fazer a distribuição temporal das ações de acordo com a viabilidade de sua
implementação e da prioridade de sua execução por parâmetros técnicos e políticos
(do ponto de vista do Comitê)
• Rever o enquadramento de acordo com o Plano e o Plano de acordo com o
enquadramento – esse processo terá que ser percorrido no mínimo duas vezes (a
princípio, conhecendo a realidade de outros planos)
PLANO LITORAL MÉDIO

• Concluindo o Plano em paz


• Em caso de dúvidas, pergunte antes
• Apresentação dos produtos antes dos relatórios, definição do que vai e do que não vai ser
incorporado através de diálogo e consolidação de conceitos, dados e fatos
• Todos trabalham, Comitê, SEMA e FEPAM, é só não confundir os papéis e os tempos
• Cumpram e exijam o cumprimento dos prazos
• Intervalo para beber água sempre que a temperatura exigir
• Cordialidade, comprometimento, confiança e qualidade – é o que basta
PLANO LITORAL MÉDIO

• Ideia de prazo e cronograma


• Iniciar em outubro o trabalho de escritório
• Visita a campo em novembro
• Final do diagnóstico em dezembro ou janeiro
• Final do prognóstico em março
• Final do Plano em abril ou maio

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