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EDITORA UNIVERSITÁRIA
Diretor
JOSÉ LUIZ DA SILVA
Vice-diretor
JOSÉ AUGUSTO DOS SANTOS FILHO
Supervisor de editoração
ALMIR CORREIA DE VASCONCELLOS JUNIOR
diagramação
EMMANUEL LUNA
capa
HOSSEIN ALBERT
revisão
LAERTE PEREIRA DA SILVA
O48t Oliveira, Elza Regis de.
Teoria, história e memória / Elza Regis de
Oliveira.- João Pessoa: Editora Universitária da UFPB,
2012.
328p.
UFPB/BC CDU: 94
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
PREFÁCIO....................................................................................... 17
INTRODUÇÃO ............................................................................... 27
PARTE I
QUESTÕES TEÓRICAS E METODOLÓGICAS
Paradigmas da ciência................................................................................59
Espaço da história.......................................................................................67
PARTE II
HISTÓRIA
PARTE III
MEMÓRIA E PRESERVAÇÃO DE
DOCUMENTOS NA PARAÍBA
REFERÊNCIAS .........................................................................................273
ANEXOS....................................................................................................285
Fac-símile de documentos manuscritos do Arquivo Ultramarino de
Lisboa.
LISTA DE DOCUMENTOS MANUSCRITOS DO ARQUIVO
HISTÓRICO ULTAMARINO DE LISBOA
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Elza Régis de Oliveira
dindo a prorrogação de mais seis anos, para não serem executados nas
fábricas de seus engenhos, em razão da difícil situação financeira ....296
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RELAÇÃO DAS TABELAS
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PREFÁCIO
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INTRODUÇÃO
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PARTE I
QUESTÕES TEÓRICAS E
METODOLÓGICAS
Metodologia tradicional da história
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Uma das primeiras coisas que o historiador tem o direito de exigir, desde
que se trate da história, é que as próprias regras de crítica clássica sejam
aplicadas. Se parte de um testemunho, é necessária a crítica do testemunho.
Não se pode partir de um testemunho não criticado. Nós temos então que
assumir todos os pontos do velho método histórico, que de fato não é mais
do que uma técnica absolutamente necessária. (VILAR, 1967, p. 41).
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Teoria, História e Memória
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Bernheim, cujas críticas foram feitas linhas atrás. Sentimos que não
foi tocado pelo grande movimento de renovação da história, que
se esboçava no princípio do século XX, em que viveu. Já Langlois e
Seignobos não puderam escapar ao seu tempo.
Ao nos referirmos ao livro de Bauer, não deixamos de
reconhecer o domínio que exerceu sobre a matéria, ao tratar
da heurística, da crítica externa e interna. É bem alentada a sua
classificação de fontes, quando distingue as transmitidas oralmente,
por escrito e as que se agrupam sob o nome de plásticas. A sua
contribuição, como a de todos os autores do método clássico, foi
importantíssima e ainda o é, no que se refere principalmente à análise
crítica das fontes, meio ainda hoje indispensável ao historiador,
mesmo em face do surgimento de novos métodos.
Algumas das limitações que esses autores sofreram foram
próprias da época. A esse propósito, compreendemos muito bem
as críticas de Lucien Febvre ao referir-se a Seignobos. É claro que o
historiador, muitas vezes, está aquém do progresso da história. Por
outro lado, constatamos que nem todos acompanharam as últimas
renovações da história.
Hoje, há um equívoco perigoso para a história, cometido por
pessoas fascinadas pelos novos métodos no combate à história factual
ou tradicional como se esta tivesse perdido a sua importância diante
de tudo o que foi feito nesses últimos oitenta anos. O que se critica não
é o factual na história, mas o factualismo histórico. Lucien Febvre, que
sempre travou uma luta contra certos males da história, nunca chegou
a tal exagero, porque como historiador de profissão não podia cometer
tal tolice. Ele combateu a história “historicizante”, que professava Louis
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REFERÊNCIAS
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Nova história e suas conexões com
as ciências sociais, ciências exatas e
ciências biológicas
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Le Goff afirma:
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REFERÊNCIAS
BARROS, José D’Assunção. O campo da história: especialidades e
abordagens. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.
BLOCH, Marc. Apologia da historia ou ofício do historiador. Rio
de Janeiro: Zahar, 2001.
BRAUDEL, Fernand. História e ciências sociais. Lisboa: Presença,
1982
______. Civilisation materiélle et capitalisme (XVe-XVIIIe). Lisboa;
Rio de Janeiro: Cosmos, 1970.
BURGUIÈRE, André. Dicionário das Ciências Históricas. Rio de
Janeiro: Imago, 1993.
CAIRE-JABINET, Marie-Paule. Introdução à historiografia; Tra-
dução de Laureano Pelegrin. Bauru, SP: EDUSC, 2003.
DOSSE, François. A historia em migalhas: dos Annales à Nova
História. Bauru-SP: EDUSC, 2003.
DUBY, Georges. A história continua. Rio de Janeiro: Zahar, 1993.
FEBVRE, Lucien. Combats pour l’histoire. Paris: Armand Colin,
1965.
GODINHO, Vitorino Magalhães. Introdução à história econômica.
Lisboa: Gleba, s/d.
GUSDORF, Georges. Introduction aux sciences humaines. Paris:
Editions Ophrys, 1974.
LE GOFF, Jacques (Dir.). A história nova. São Paulo: Martins Fontes,
1988
LAVILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construção do saber: manual
de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre:
Artes Médicas Sul; Editora da UFMG, 1999.
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Paradigmas da ciência
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Paradigma da complexidade
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Esta última, ele a fará através da história do clima, que não pretende
explicar a história humana [...], mas tratando os fatos sociais como
coisas.” (REIS, 2000, p. 116).
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Teoria, História e Memória
REFERÊNCIAS
BURGUIÈRE, André. (Org.). Dicionário das Ciências Históricas.
Rio de Janeiro: Imago, 1993.
DOSSE, FRANÇOIS. A História em migalhas: dos Annales à Nova
História. Basuru-SP: EDUSC, 2003.
LE GOFF, Jacques et al. La Nouvelle Histoire. Paris: Retz-C.E.P.L.,
1978. Les encyclopédies du savoire moderne.
LA VILLE, Christian; DIONNE, Jean. A construção do saber: manual
de metodologia da pesquisa em ciências humanas. Porto Alegre: Artes
Médicas Sul; Editora Universitária/UFMG, 1999.
LIMA, Fernando Sgarbi. O fim do paradigma clássico. IV Semana de
História. São Paulo: UNESP, 1982.
MARCONI, Marina de Andrade; PRESOTTO, Zélia Maria Neves.
Antropolopgia: uma introdução. São Paulo: Atlas, 2007.
MICHAELIS. Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo:
Companhia Melhoramentos, 1998.
MORIN, Edgar. Ciência com consciência. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 1999.
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Espaço da história
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Hoje, essa acusação não tem sentido, uma vez que “os
fenômenos de repetição ocorrem sobretudo na história econômica.
Nesta, ao contrário do que se observa em outras partes da história,
tudo o que é importante é repetido.” (LE GOFF, 1988, p. 107-108).
Braudel, “parceiro-adversário dos estruturalistas”, não deixa
sem respostas os ataques feitos por Lévi-Strauss. Aquele “será obrigado
a lembrar Lévi-Strauss que ele estava desinformado sobre a história,
que ele se referia a uma história que, desde os anos 20, não existiria
mais.” (REIS, 2000, p. 103).
As fronteiras estão abertas e sem limites. Nesse particular, não
há recuo, tendo em vista a dimensão que essa abertura tomou. É como
se fosse um mercado comum entre as ciências sociais, utilizando-se de
um bem comum que é patrimônio de todos – a interdisciplinaridade.
Um dos primeiros historiadores que percebeu a necessidade do
alargamento das fronteiras da história foi Lucien Febvre, como uma
maneira de superar a crise que a história passava no início do século
XX. Na sua conferência Viver a História, pronunciada, em 1941, em
Paris, convoca os historiadores para a convivência com as
outras ciências sociais. (FEBVRE, 1965, p. 32).
Braudel defende, como Febvre, a união com as ciências sociais
‒ a interdisciplinaridade. Sobre a relação da história com as ciências
sociais, une a prática à teoria, no seu livro La Mediterranée et le monde
méditerranéen à l’époque de Philippe II, ao abrir um capítulo sobre a
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REFERÊNCIAS
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A Importância da demografia
na análise histórica
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Acreditava que o homem está sujeito a leis naturais físicas e ecológicas e que
não pode fugir às suas consequências, mas também é dotado de inteligência
e capacidade de previsão que lhe permitem entender os mecanismos da
natureza e, se assim o quiser, evitar possíveis problemas. (PARSON, 1977, p.
29-30).
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L’Essai a été connu pour un autre monde. Ce monde, c’est celui d’un XVIIIe
siècle où la disette, sinon la famine est toujours présente d’une Angleterre
où la misère ne cesse de s’accroître en nombres absolus sinon en nombres
relatifs, où les “lois des pauvres” ne remplissent nullement leur office. Cette
faim permanente, cette immense misère, c’était pour notre continent un
monde que s’achevait précisément dans l’Angleterre où vivait Malthus.
(GUILLAUME; POUSSOU, 1970, p. 259-260).
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Teoria, História e Memória
Toda a história está aí, na vida que flui, na vida que morre. A História, a
verdadeira, situa-se necessariamente no tempo da vida e no tempo da morte.
A morte é inteiramente própria da vida. O homem em face do homem é o
homem em face da vida, portanto, em face da morte. Sim, a demografia e a
história são realmente complementares. (CHAUNU, 1976, p. 376-377).
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Fontes e métodos
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Teoria, História e Memória
trabalhos, fato de que podemos inferir que o seu amanhã será tanto
mais fértil quanto o presente.
REFERÊNCIAS
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Considerações sobre A História em
Migalhas de François Dosse
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REFERÊNCIAS
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Contribuição dos novos métodos e
estudos de história
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Assim, no século XII, com o trend secular dos preços à alta, encontra-se
um desenvolvimento da vida econômica, seja na França, seja na Inglaterra.
No século XV, o mesmo fenômeno se reproduz, a alta geral dos preços
corresponde a um despertar da atividade econômica. O movimento lento
de alta do trend dos preços a partir dos meados do século XVIII prepara o
desenvolvimento do capitalismo industrial, cujo extraordinário crescimento
das quantidades produzidas trará a baixa regular do trend secular dos preços
a partir de 1815. (IMBERT, 1959, p. 21; 23).
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REFERÊNCIAS
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PARTE II
HISTÓRIA
Modernidade e história:
algumas questões
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Revolução intelectual
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Racionalismo
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Iluminismo
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O indivíduo
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Revolução Francesa
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Havia, sem dúvida, muita miséria entre os moradores dos bairros pobres de
Paris, sobretudo durante o rigoroso inverno de 1788-89. Mas não foi essa
gente que fez a revolução; apenas participou dela após ter sido deflagrada
por outros. Nunca será demais acentuar que a Revolução Francesa foi
desencadeada como um movimento da classe média. Seus objetivos iniciais
interessavam à burguesia. Essa classe não se compõe de míseros rebotalhos
humanos, desgraçados, famintos e desesperados. A burguesia francesa
passara a ser a classe econômica dominante. Afora a terra, quase toda a
riqueza produtiva estava em suas mãos. (BURNS, 1978, p. 590-600).
A transição
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Capitalismo
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Liberalismo
Burguesia
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Desenvolvimento da técnica
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REFERÊNCIAS
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Conjuntura e população da
Europa no século XVI: França
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REFERÊNCIAS
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Capitania da Paraíba nos seus
vários aspectos
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REFERÊNCIAS
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A Paraíba na Crise do Século XVIII,
em sua segunda edição
(exposição por ocasião do lançamento
do livro em 18 de outubro de 2007)
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Escravidão na Paraíba do século XVIII
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Pela opressão que eles causavam, obrigando os navios portugueses que iam
ao Castelo de São Jorge a pagar dez por cento dos gêneros e fazendas que
levavam em ouro ou açúcar fi no ou em tabaco, provocando com isso
grande prejuízo à Fazenda Real.(24)
O preço dos negros tem subido a tamanha exorbitância que não tem
proporção o lucro deles com o de seu trabalho. Para esse excesso não
deixou de concorrer a desordenada licença com que nas minas
se compram fiados por todo o preço, para que cavando ouro possa
render a seus donos o principal do que custam, o que só lá pode ser. E
como das mesmas minas vêm muitos compradores a todos os portos do
Brasil, cada dia alteram os seus preços de sorte que os senhores de
engenho nem lhe tem conta o comprá-los, nem podem conservar sem
negros as suas fábricas.(25)
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Tem notícia que muitos navios que desse porto vão comerciar
na Costa da Mina, não se dão conta dos direitos dos resgates
que se fizeram dos negros na mesma costa, tendo ordenado que
a importância desse direito se envie em açúcar ao
Conselho Ultramarino, em Lisboa. ( 32)
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Abreviaturas
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REFERÊNCIAS
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Quebra-Quilos:
lutas sociais no outono do Império
Um humanista
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Obra
Como historiador Armando Souto Maior integra a
historiografia nacional ao lado de grandes expoentes: José Honório
Rodrigues, Boris Fausto, Francisco Iglésias, José Jobson de Andrade
Arruda, Fernando Novais, José Carlos Reis e Ciro Flamarion Cardoso.
Publicou Quebra-Quilos: lutas sociais no outono do Império
(tese de livre-docência), Perspectiva histórico-sociológica de uma
revolução medieval, Ensaios, Problemática social de Roma no século
II a.C., História da Antiguidade, História geral, História Medieval
e Moderna, História do Brasil. Tendo em vista as ligações da
história nova com a literatura, incluímos O Gato Paralelo e o Diabo
no Divã.
Entre os livros publicados do historiador Armando
Souto Maior, consideramos Quebra-Quilos um dos mais
importantes, pela pesquisa realizada e análise acurada sobre os
movimentos sediciosos desencadeados no Nordeste: Alagoas,
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Teoria, História e Memória
Por que não em Areia ou Teixeira? Por que não em Goiana ou Pau d’Alho,
na Província de Pernambuco, ou em qualquer outra cidade do interior da
Paraíba? Tinha Fagundes uma tradição de revolta adquirida por ocasião do
Ronco da Abelha.
a sedição paraibana não fora subestimada na Corte, que percebera, desde já,
o perigo. Já a 26 de novembro de 1874, o intendente interino do Ministério
da Guerra escrevera ao presidente provincial informando que nomeara
o Brigadeiro Herculano da Silva Pedra para sufocar a sedição incipiente.
(SOUTO MAIOR, 1978, p. 29)
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A crise social
A crise social traz o desemprego, o rebaixamento de salários,
a fome, a miséria, de modo que um fator arrasta os demais. Do livro
Quebra-Quilos do historiador Souto Maior, transcrevemos um trecho
de um dos artigos do bacharel em direito José Antonio de Figueiredo,
contra o governo, publicado em A Província, no fim do ano de
1874, que ilustra muito bem a situação do povo, no apagar das
luzes do Império:
O povo constantemente vítima de recrutamentos bárbaros, verdadeira
caçada humana; o povo encurralado por tributos excessivos, [...] o povo
faminto e nu, embora nascido em um país fertilíssimo; o comércio e a
lavoura em deplorável estado; os proprietários e lavradores das províncias
do Norte, forçados pela necessidade de venderem os poucos escravos que
possuem os quais às centenas, são conduzidos mensalmente em vapores
que os levam para o Sul. (SOUTO MAIOR, 1978, p. 57).
Há uma certa semelhança entre a situação do Império (pelo
menos no Nordeste, onde há pobreza, miséria e fome) e a nossa nos
dias atuais, cujos problemas são acentuados pela exclusão social. O
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REFERÊNCIAS
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PARTE III
MEMÓRIA E PRESERVAÇÃO
DE DOCUMENTOS NA
PARAÍBA
Fontes para a história da Paraíba em
Portugal: arquivos de Lisboa
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Biblioteca da Ajuda
Cartografia e iconografia
I – PARAÍBA
Título: Brasil – costa leste do Cabo Branco a Maceió
Dimensões:
In:
Cota: Luis Teixeira‒ Roteiro de todos os sinais na costa
do Brasil. Edição comemorativa do V Centenário
de Pedro Álvares Cabral. Reprodução fac-similar
do ms. 51-VI-38 da Biblioteca da Ajuda; leitura
diplomática; comentários e índice de vocábulos.
Edição preparada por Max Justo Guedes. Rio de
Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1968, p. 153.
Observação: O referido roteiro, que inclui o mapa onde se vê a
costa da Paraíba, data do século XVI, 1587(?).
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Elza Régis de Oliveira
II - PARAÍBA
Título: “Ville et Château de Frederyca dans l’île de Parayba
em 1628”.
Dimensões: 10,0 x 14,7cm.
In: Luis Silveira ‒ Ensaio de Iconografia das Cidades
Portuguesas do Ultramar. Lisboa: Ministério do
Ultramar. V. IV, p. 523, estampa 959.
Cota: Brésil, par M. Ferdinand Denis, 1846, Paris,
gravura nº 88.
Observação: Ignora-se a origem desta gravura.
III – PARAÍBA
Título: “Abbildüng der Statt and Vestüg PARAYBA in der
Landschaft BRASÍLIA”.
Dimensões: 272 x 359mm.
In: Seção de Plantas e Mapas do Arquivo Histórico
Ultramarino – Lisboa.
Cota: Alberto Iria ‒ Catálogo da Exposição
Cartográfica e Iconográfica Comemorativa do
V Centenário do Nascimento de Pedro Álvares
Cabral Descobridor do Brasil. Lisboa, 1968.
Observações: 1 – s/data
2 – Microfilmado e cedido por nós ao Museu do
Estado da Paraíba, onde se encontra afixado na
Sala de História.
Obs. ‒ Esse museu encontra-se desativado.
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Teoria, História e Memória
IV – PARAÍBA
Título: Sítio da Paraíba com algumas construções.
Dimensões: 85 x 124mm.
In: Seção de Plantas e Mapas do Arquivo Histórico
Ultramarino – Lisboa.
Cota: Alberto Iria ‒ Catálogo da Exposição
Cartográfica e Iconográfica Comemorativa do
V Centenário do Nascimento de Pedro Álvares
Cabral, Descobridor do Brasil. Lisboa, 1968.
Observação: Ins. – Antonio Peres Calhao, 1634.
V – PARAÍBA
Título: “Afbeelding der Stadt em Fortressen van Parayba”.
Dimensões:
In:
Cota: Francisco Adolfo de Varnhagen ‒ História Geral
do Brasil. 2º v. 5. ed., p. 244-245.
Observações: 1 – Abaixo da reprodução lê-se: Planta do Sítio da
Paraíba, 1634.
2 – Do lado esquerdo, ocorre uma legenda
explicando todos os pontos do dito sítio: fac-
símile reduzido do desenho de uma planta do rio,
fortes e cidade da Paraíba com as obras feitas pelos
holandeses quando dela se apoderaram, publicado
pouco depois, em 1635, em Amsterdã, por Claes
JanssVisscher.
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Elza Régis de Oliveira
VI – PARAÍBA
Título: “Descrição de todo o marítimo da terra de Santa
Cruz chamada vulgarmente Brasil, feito por João
Teixeira cosmógrafo de Sua Majestade, ano 1640”.
Dimensões:
In: Arquivo Nacional da Torre do Tombo – Lisboa.
Cota:
Observação: A mencionada descrição de todo o marítimo da
Terra de Santa Cruz... etc., em forma de atlas, traz
o mapa da costa marítima da Paraíba.
VII – PARAÍBA
Título: “Ostium Fluminis Paraybae”.
Dimensões: 49,0 x 33,0cm.
In: Nestor Goulart Reis e Paulo Bruna ‒ Catálogo
de Iconografia das Vilas e Cidades do Brasil
Colonial 1500-1720. São Paulo: Deptº de História
da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade de São Paulo. 1964 – Publicação nº
14.
Cota: Gaspar Barléu ‒ História dos feitos recentemente
praticados durante oito anos no Brasil e noutras
partes sob o governo do ilustríssimo João Maurício
Conde de Nassau, ora governador de Wesel,
Tenente-General de Cavalaria das Províncias-
Unidas sob o Príncipe de Orange. Tradução e
Anotações de Cláudio Brandão. 2. ed., Rio de
Janeiro: Imprensa Nacional, MCMXL.
Observação: Gravura feita por Franz Post, 1645.
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Teoria, História e Memória
VIII – PARAÍBA
Título: “Paraíba”
Dimensões: 48,0 x 37,0 cm.
In: Nestor Goulart Reis e Paulo Bruna ‒ Catálogo
de Iconografia das Vilas e Cidades do Brasil
Colonial 1500 – 1720. São Paulo, Deptº de
História da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
da Universidade de São Paulo. 1964. Publicação nº
14.
Cota: Gaspar Barléu ‒ História dos feitos recentemente
praticados durante oito anos no Brasil e noutras
partes, sob o governo do ilustríssimo João Maurício
de Nassau, ora governador de Wesel, Tenente-
General de Cavalaria das Províncias-Unidas, sob
o Príncipe de Orange. Tradução e anotações de
Cláudio Brandão. 2. ed., Rio de Janeiro: Imprensa
Nacional, MCMXL.
Observação: Gravura executada por Franz Post, 1645.
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IX – PARAÍBA
Título: “F L Paraíba”
Dimensões: 48,0 x 37,0 cm.
In: Nestor Goulart Reis e Paulo Bruna ‒ Catálogo
de Iconografia das Vilas e Cidades do Brasil
Colonial 1500-1720.
São Paulo: Deptº de História da Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São
Paulo, 1964. Publicação nº 14.
Cota: Gaspar Barléu ‒ História dos feitos recentemente
praticados durante oito anos no Brasil e noutras
partes, sob o governo do ilustríssimo João
Maurício Conde de Nassau, para governador
de Wesel, Tenente-General de Cavalaria das
Províncias-Unidas, sob o Príncipe de Orange.
Tradução e Anotações de Cláudio Brandão. 2a. ed.,
Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, MCMXL.
Observação: s/data.
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Teoria, História e Memória
X – PARAÍBA
Título: Planta da Fortaleza de Santa Catarina do Cabedelo
Dimensões: 654 x 483 mm.
In: Seção de Plantas e Mapas do Arquivo Histórico
Ultramarino – Lisboa.
Cota: Alberto Iria ‒ Exposição Cartográfica e Icono-
gráfica Comemorativa do V Centenário do Nas-
cimento de Pedro Álvares Cabra, Descobridor
do Brasil. Lisboa, 1968.
Observações: 1 – Esta planta foi tirada por Iosé de Lemos, capitão
da infantaria da Capitania de Pernambuco, no
século XVIII.
2 – Microfilmada e cedida por nós ao Museu do
Estado da Paraíba, onde se encontra afixada na
Sala de História.
3 – Esse museu encontra-se desativado.
XI – PARAÍBA
Título: Carta de Mostração da Baía da Traição.
Dimensões:
In: Seção de Plantas e mapas do Arquivo Histórico
Ultramarino – Lisboa.
Cota: Alberto Iria ‒ IV Colóquio Internacional de
Estudos Luso-Brasileiros. Lisboa, Separata de
Studia, revista, nº 17, 1966.
Observações: 1 – Executada por Dionísio Ferreira Portugal,
século XVII.
2 – Microfilmada e cedida por nós ao Museu do
Estado-Paraíba, hoje desativado.
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XII – PARAÍBA
REFERÊNCIAS
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Memória histórica paraibana:
problemas de preservação documental
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O problema paraibano
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REFERÊNCIAS
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Teoria, História e Memória
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Resgate dos documentos
paraibanos em Portugal:
Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa
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Do sistema tradicional de arquivo ao
eletrônico e digital
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Durabilidade
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Acessibilidade
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países ricos que possuem um trabalho de resgate como o que foi feito
pelo Brasil.
Preservação
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REFERÊNCIAS
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Sobre o catálogo dos documentos da
Capitania da Paraíba (apresentação de
lançamento em 13 de dezembro de 2002
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Considerações Finais
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REFERÊNCIAS
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ANEXOS
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