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23/05/2022

Osteologia

@profjoaoponte jcmponte@yahoo.com

Osteologia

A coluna vertebral (ou espinha) se estende do crânio até a ponta da cauda;

Consiste em um grande número de ossos separados, as vértebras, firmemente, mas não


rigidamente unidas (número varia entre os mamíferos domésticos);

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Osteologia - Vértebras Cervicais

A coluna vertebral envolve e protege a medula espinhal e estruturas acessórias dentro


de um canal central, ela protege as estruturas do pescoço, torax, abdômen e pelve;

Os forames vertebrais correspondem aos das vértebras adjacentes para formar o canal vertebral, que
circunda a medula espinhal, suas meninges, nervos espinhais, vasos sanguíneos, ligamentos, gordura e
tecido conjuntivo

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Osteologia - Vértebras Cervicais

Cada vértebra carrega uma série de processos para a fixação de músculos e ligamentos e
para a articulação com vértebras adjacentes;

Osteologia - Vértebras Cervicais

Processos transversais projetam-se para cada lado na junção do corpo e do arco;

Esses processos surgem ao nível do forame intervertebral e dividem os músculos do tronco em


divisões dorsal e ventral;

Em animais domésticos, como em quase todos os mamíferos, existem sete vértebras cervicais;

Os dois primeiros, o atlas e o áxis, são bastante modificados para permitir o movimento livre da
cabeça e requerem descrição individual

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O atlas aparentemente não possui corpo, mas consiste em duas massas laterais unidas por arcos dorsal e
ventral, que constituem um anel ósseo;

O tubérculo dorsal está localizado na extremidade cranial do arco dorsal e o tubérculo ventral na
extremidade caudal do arco ventral;

Um processo transversal expandido se projeta lateralmente de cada massa, chamados de asas do atlas;

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Osteologia - Vértebras Cervicais

A segunda vértebra cervical (áxis) constitui o eixo em torno do qual o atlas e, portanto, a
cabeça gira. Seu corpo cilíndrico carrega uma crista ventral bem desenvolvida;

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Osteologia - Vértebras Cervicais

Os corpos das vértebras cervicais restantes se tornam cada vez mais curtos do sentido
cranial ao caudal;

Os processos espinhosos são relativamente curtos na maioria dos mamíferos domésticos,


mas seu comprimento aumenta gradualmente em direção à parte torácica da coluna;

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Osteologia - Vértebras Cervicais

Os corpos das vértebras cervicais restantes se tornam cada vez mais curtos do sentido
cranial ao caudal;

Os processos espinhosos são relativamente curtos na maioria dos mamíferos domésticos,


mas seu comprimento aumenta gradualmente em direção à parte torácica da coluna;

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Osteologia – Vértebras Torácicas

• A coluna torácica compõe-se de uma cadeia de vértebras torácicas;

• Adaptadas à sua função, as vértebras torácicas são equipadas com aspectos anatômicos
especiais: os longos processos espinhosos para a fixação da forte musculatura da cabeça e
do pescoço em suínos e herbívoros;

• As vértebras torácicas craniais desempenham uma função adicional como parte da coluna
vertebral completa ao transmitir o peso do corpo para os membros torácicos e,
juntamente com as costelas, propiciam fixação para os músculos das costelas, do tórax e
do ombro;

• As vértebras torácicas se articulam com as costelas e correspondem a elas em quantidade;

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Osteologia - Vértebras Lombares

As vértebras lombares diferem das vértebras torácicas por serem mais longas e apresentarem
um formato de corpo mais uniforme;

Os processos espinhosos são mais curtos e voltados craniodorsalmente, os processos


transversos são longos, achatados e sua projeção lateral é maior;

Os processos transversos prolongados são o aspecto característico das vértebras lombares.


Eles representam costelas rudimentares e, portanto, são denominados processos costais;

Os processos transversos e espinhosos, bem como a crista ventral pronunciada, fornecem


amplas superfícies para a fixação dos músculos lombares internos e das musculaturas
abdominal, axial e pélvica;

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Osteologia - Vértebras Sacrais

As vértebras sacrais e seus discos intervertebrais ossificados unem-se firmemente para


formar um único osso, o sacro, em todas as espécies domésticas;

A fusão de elementos isolados geralmente se completa até 1,5 anos de idade em carnívoros e
suínos, de 3 a 4 anos em ruminantes, e de 4 a 5 anos em equinos.

A ossificação das articulações vertebrais resulta em uma perda de flexibilidade da coluna


vertebral sacral, o que aumenta a eficácia da transmissão do ímpeto de avanço na locomoção
dos membros pélvicos para a coluna vertebral;

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Osteologia - Vértebras Sacrais

O sacro (os sacrum) é um quadrilátero em carnívoros, mas triangular em outros mamíferos


domésticos;

Ele se divide em uma base ampla cranialmente, duas partes laterais, aumentadas pelas asas do
sacro e uma extremidade caudal;

Sua face dorsal apresenta processos espinhosos, que podem estar presentes apenas em forma
residual em algumas espécies, e várias ondulações.

A face ventral, voltada para a cavidade pélvica, se caracteriza por linhas transversais, que
indicam os limites anteriores das vértebras individuais.

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Osteologia - Vértebras caudais ou coccígeas

O tamanho das vértebras caudais diminui gradualmente da primeira à última vértebra;

Elas apresentam uma simplificação progressiva quanto a seu formato ao perderem aspectos
vertebrais característicos, como arcos e processos;

As últimas vértebras caudais se parecem com bastões cilíndricos cujo tamanho se reduz
paulatinamente;

Para a proteção dos vasos caudais (coccígeos), a face ventral de algumas vértebras caudais
(da 1a à 8a vértebra caudal em ruminantes, da 5a à 15a vértebra caudal em carnívoros)
apresenta processos paramedianos, os processos hemais;

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Esqueleto torácico

A parede torácica compõe-se do arco costal, dos espaços intercostais e do ângulo entre os
arcos costais esquerdo e direito;

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Costelas

As costelas formam o esqueleto das paredes torácicas laterais;

Elas estão dispostas serialmente em pares e são intercaladas pelos espaços intercostais;

Cada costela consiste em uma parte dorsal óssea, a parte óssea, e uma parte ventral
cartilaginosa, a cartilagem costal, as quais se encontram na junção costocondral;

As partes dorsais de todas as costelas se articulam com as vértebras torácicas, enquanto as


cartilagens costais se diferenciam quanto à articulação com o esterno;

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Costelas

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Esterno

O esterno pode ser dividido em três partes:

O manúbrio compõe a maior parte cranial do esterno e se projeta na frente da segunda junção
intercostal;

Como a clavícula é rudimentar em todos os mamíferos domésticos, o manúbrio é pouco


desenvolvido em todas essas espécies;

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Esterno

O corpo do esterno é cilíndrico em carnívoros, largo e plano em ruminantes, e possui uma


crista ventral no equino;

Ele é composto de 4 a 6 segmentos, dependendo da espécie (cão, de 8 a 9; ruminante e equino,


7 (8) suíno, 6);

O processo xifoide é a última estérnebra, a qual se prolonga em um processo cartilaginoso


caudalmente;

Ela sustenta a parte cranial da parede abdominal ventral e forma a fixação para a linha alba;

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Crânio

O crânio forma uma construção rígida composta de diversos ossos, a maioria deles pareados;

Ele envolve e protege o encéfalo e os órgãos sensoriais de visão, olfato, audição, equilíbrio e
paladar, além de acomodar parte dos tratos respiratório e alimentar superiores;

Projeções ósseas formam pontos de fixação para a musculatura facial e mastigatória;

A estrutura do crânio é uma coleção de diversos ossos menores, os quais se encaixam de modo
específico conforme a espécie;

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Crânio

O crânio é composto pelos mesmos ossos em todos os mamíferos domésticos:

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Crânio

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O osso occipital forma a parede nucal do crânio e pode ser dividido em parte basal (corpo),
parte escamosa e partes laterais;

Esses ossos formam um anel que circunda a medula espinal, o forame magno;

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Osso Esfenoide

O osso esfenoide forma a parte rostral da base do neurocrânio e é composto por dois
segmentos semelhantes, o pré-esfenoide na parte rostral e o basisfenoide na parte caudal;

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Os processos pterigoides surgem da margem rostral


do basisfenoide;

Eles se projetam ventrorrostralmente e formam os


limites das coanas, juntamente com os ossos
palatino e pterigoide;

A base é perfurada pelo canal alar, por onde


atravessa a artéria maxilar;

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Osso Temporal
O longo processo zigomático surge da face temporal

Ele se prolonga lateral e rostralmente até se unir com o processo temporal do osso zigomático,
formando o arco zigomático;

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Osso Frontal

Os ossos frontais pares situam-se entre o crânio e a face e estão unidos na sutura interfrontal;

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Osso Frontal

Cada osso frontal envolve, dependendo da espécie, uma ou mais cavidades aéreas, os seios frontais;

Com base em sua localização, o osso frontal pode ser dividido em quatro segmentos:

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Osso Parietal

O parietal é um osso par que forma a maior parte dorsolateral da parede craniana;

Caudalmente, ele faz limite com o osso occipital e rostralmente com o osso frontal;

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Osso etmoide

O osso etmoide situa-se na base das paredes orbitais e contribui para a formação das partes
cranial e facial do crânio;

Está localizado profundamente na órbita;

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A lâmina cribriforme separa o osso etmoide da cavidade craniana, é uma divisão semelhante
a uma peneira entre essas cavidades;

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Osso Etmoide

• No plano mediano, uma lâmina perpendicular óssea divide o etmoide em dois cilindros,
de cujas paredes dorsais e laterais se projetam os pares de labirinto etmoidal;

• O labirinto etmoidal compõe-se de frágeis conchas ósseas, os etmoturbinados, entre as


quais situa-se o meato etmoidal preenchido com ar;

• Os etmoturbinados podem ser divididos em endoturbinados longos e profundos, que


se prolongam para a cavidade nasal, e ectoturbinados, mais curtos e superficiais;

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Sagittal section through a equine skull.


1 Concha nasalis dorsalis,
2 Concha nasalis media,
3 Concha nasalis ventralis,
4 Os ethmoidale,

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Crânio – Porção Facial

• Os ossos da porção facial do crânio formam as paredes das cavidades nasais, cujos
assoalhos formam o teto ósseo da cavidade oral;

• O assoalho e as paredes laterais da cavidade oral são completados pela mandíbula e


sustentadas pelo osso hioide ventralmente;

• O osso etmoide separa as cavidades nasal e craniana.

• As conchas nasais dorsal e média, formadas pelo primeiro e segundo endoturbinados, e


a concha nasal ventral, formada pela maxila, se prolongam até a cavidade nasal, a qual é
dividida verticalmente em duas metades iguais pelo septo nasal mediano;

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Osso Nasal

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Osso Nasal

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Osso Lacrimal

O osso lacrimal é um osso pequeno localizado próximo ao ângulo medial do olho, formando
segmentos da órbita e da parede lateral da face;

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Osso Zigomático

O osso zigomático situa-se em posição ventrolateral ao osso lacrimal e forma segmentos da


órbita óssea e do arco zigomático;

O arco zigomático forma-se pela união do processo temporal do osso zigomático e o


processo zigomático do osso temporal;

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Maxila

A maxila é par e forma a base óssea de grande parte da porção facial do crânio: ela contribui
para a formação das paredes laterais da face, das cavidades nasais e orais e do palato duro;

Trata-se do maior osso da face, que se articula com todos os ossos faciais, podendo ser
dividida em vários segmentos;

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Maxila

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• O forame infraorbital saliente se abre dorsal e rostralmente à extremidade rostral da crista facial
• Por esse canal passam a artéria, a veia e o nervo infraorbitais, este último um derivado do nervo
facial

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Osso Incisivo

Os ossos incisivos pares compõem-se de corpo e dos processos nasal, palatino e alveolar;

Os ossos incisivos formam a porção rostral da parte facial do crânio e compõem parte da
abertura para a cavidade nasal e o teto do palato duro;

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Osso Incisivo

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Osso Incisivo

O processo alveolar forma entradas cônicas, os alvéolos dentários para os três dentes
incisivos de cada lado;

Como não há dentes incisivos superiores nem caninos nos ruminantes, eles não possuem
alvéolos dentários para esses dentes;

O processo alveolar do osso incisivo se une à maxila caudalmente, formando a margem


interalveolar, a qual é relativamente longa em equinos, mas curta em suínos e carnívoros.

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Osso Palatino

Os ossos palatinos pares situam-se entre a


maxila e os ossos esfenoide e pterigoide;

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Eles se dividem em uma lâmina horizontal, a qual forma parte do palato duro;

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Osso Vômer

O Vômer é um osso central


do crânio dos cordados que
forma a cavidade nasal;

É maior, proporcionalmente
ao corpo, em animais com
bom olfato.

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Osso Pterigóide

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Mandíbula

A mandíbula é composta de duas partes, em cães essas partes são unidas de forma firme,
mas não rígida, pelos tecidos conjuntivos da sínfise mandibular;

Cada metade é composta de um corpo, ou parte horizontal, e um ramo, ou parte vertical;

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Mandíbula

O corpo da mandíbula pode ser subdividido em uma parte incisiva, que contém os dentes
incisivos, e uma parte molar caudal, que contém os dentes molares;

O arco alveolar é denteado por seis cavidades cônicas para as raízes dos dentes incisivos
(alvéolos dentários);

Há 3 dentes molares no gato, 7 no cão e no suíno, 6 em ruminantes e 6 ou 7 no equino;

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Mandíbula

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Mandíbula

A parte rostral onde não há dentes da margem dorsal entre o canino e o primeiro molar se
chama margem interalveolar ou diastema, que é mais longa em equinos e ruminantes;

O corpo da mandíbula contém o canal mandibular, por onde passam a artéria e a veia
mandibulares e o nervo alveolar mandibular;

O forame mentual consiste em uma única abertura em ruminantes e no equino, mas em duas ou
três aberturas em carnívoros e em até cinco aberturas no suíno;

o Ele transmite os ramos terminais do nervo alveolar inferior e vasos (a artéria mental)

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Osso Hioide

Os ossos hioides posicionam-se entre os ramos da mandíbula na base da língua e atuam como
um mecanismo de suspensão para a língua e a laringe;

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Osso Hioide

O aparelho hioide é composto de uma série de hastes ósseas unidas, que suspendem a língua
e a laringe;

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Osso Hioide

O aparelho de sustentação une os ossos hioides ao crânio de modos diferentes para cada
espécie:

• Em ruminantes e no equino, o hioide se articula com o processo estiloide da parte timpânica


do osso temporal;

• Em carnívoros, com o processo mastoide do osso temporal petroso;

• No suíno, com o processo nucal do osso temporal escamoso;

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