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Walter Benjamin Pensa no tema centrado em dois media decalque.Phantasmata- Só tem existência da imagem.


concretos: fotografia e cinema. Este autor aborda temas não existe. O mundo transforma-se em imagem. Deixa de
como a obiquidade,que consiste na capacidade de estar ser o sítio onde criamos a representação para ser o mundo
em vários sítios ao mesmo tempo.(um dos atributos de a imitar a imagem. A imagem deixa de imitar o mundo. O
Deus). A obra de arte é produto da Super estrutura, pois ideal é a forma como vemos o mundo e a imagem torna-se
implica um reflexo do real, mantendo sempre uma relação o meio/forma como o vemos. Tudo o que existia antes
com a sociedade (os homens).Como é que nos podemos passa a ser imagem de imagem. 4 – Entrega líquida e
dirigir a todos os homens? Provocando uma distância: liquidificante dos acontecimentos,( por ex: passagem
afastando o presente e remetendo para todo o tempo que rápida e contínua na tv) Tornamo-nos consumidores
não se esgota no presente e passado mas que remete para o permanentes e consolida-nos na posição de passividade,
futuro. A obra de arte tem a capacidade de fazer com que própria do lactante. Vemos imagens de um mundo onde já
qualquer homem a veja remeta para algo mais do que a não participamos. Ouvimos discursos aos quais já não
representação em si. Ex: a crucificação remete para uam podemos responder ( ex.rádio). Ver torna-se num
simbologia. A obra de arte aproxima alguma coisa que está voyerismo, ouvir transforma-se numa derivante de
distante remetendo a qualquer coisa, ultrapassando o servidão, do obedecer. Como as imagens se apresentam ou
contexto em que surgiu. Objecto que nascia em certo presentificam num mundo ausente, o homem está enquanto
contexto determinado,mostrando a todos os homens que espectador presente e ausente ao mesmo tempo. Conumir:
esse contexto não se esgota.Olhamos 20 anos depois para a é destruir, porque vemos uma imagem e passamos a outra,
obra de arte e entendemos o contexto. É a obra de arte que assim sucessivamente, queremos sempre mais imagens)
representa o ponto mais alto da Super -estrutura pois tende
a fixar a representação de várias infra-estruturas. A obra de Se as imagens nos tiram a capacidade de ajuizar, tornam-
arte tem aquele que a cria e aquele que a vê. Espectador : nos menores, crianças e servos, sem capacidade de julgar.
5 – A tv dá-nos esse carácter passivo, que equivale a uma
tem de averiguar o que a obra de arte quer dizer, ver os perda de liberdade que não se apercebe como tal. Diante da
vestígios do que esta quer representar.Autor: Cria a obra tv nunca nos podemos encontrar com essa experiência de
de arte para esta mostrar algo que na realidade não mostra, passividade. Pelo contrário, a imagem televisiva dá-nos a
em prol da necessidade do espectador. É objecto feito para sensação de sermos todo-poderosos ( sensação de
Homens, passivo de ser entendido. Nota: Pode-se dizer omniscência virtual), acontecimentos que são vividos com
que a obra de arte se dirige a Um individuo de cada vez, ou alegria/prazer – essa perda de liberdade é satisfatória.
seja, cada um de nós quando olha, tem uma relação íntima Nesse sentido o mundo está à mão-disponível, na nossa
com a obra- encontramos diferentes significados – cada mão e mediante o telecomando. 6 – Assim estar enfartado
um recria o que a obra de arte quer dizer de maneira de imagens equivale a estar abarrotado de ideologia.
diferente. O que traz a reprodutibilidade técnica à obra Ideologia entende-se por um conjunto sistémico de
de arte? A fotografia apesar de ser uma representação, não conceito ligados entre si, para dizer o que é o real. As
representa a infra-estrutura, pois uma fotografia não basta imagens separadas, isoladas, descontextualizadas
para representar uma infra-estrutura,pois posso definir o interditam a possível compreensão de toda a representação
plano que tiro a foto, condicionando o meu “olhar” e o do coerente de um todo de acontecimentos, ex. De uma
outro. Se eu olhar para uma pintura de um único autor, que situação, de algo concreto. Parcelização da Imgem:
é a única que eu conheço naquele momento, consigo Segundo o autor condiciona uma espécie de cegueira
entender para o quê é que remete, o que ele estava a tentar casual ao aqui e ao ali. ( Determinação espacial e
representar.Problema-como afecta a fotografia o estatuto temporal) 7- Infantilização Maquinal – coloca-nos na fase
de obra de arte? A reprodução de uma obra de arte dá azo “oral industrial” 8 – Para serem ainda mais extensivamente
a mais interpretações porque variam consoante o comestíveis as imagens devem ser desactivadas,
context/sítio onde a vemos. EX: ver um quadro famoso na desarticuladas. As imagens da Tv precipitam-nos numa
praia ( nunca foi pensado para estar nesse local e pode dar indiferença geral, onde já nada importa, ja que tudo se
azo a muitas interpretações diferentes por estar nesse sítio transformou em algo único e extraordinário. A Abertura
e não num museu por ex. Integral ao mundo:é a contrapartida da cegueira completa
do espectador.
Gunther Anders – A obsolescênciavc do
HomemInfluência de Marx:compreensão do que são as
relações entre os homens consiste na infra-estrutura e na
super-estrutura. Influência de Martin Heidegger: Forma Harold Innis – The Bias of CommunicationEscola
de compreensão do real reside na individualidade de cada canadiana dos Media, que são entendidos pelo autor como
um.”O homem é um ser para a morte”- por ir morrer, re-estruturantes e causas e motivos de criação da história e
quer conhecer e experienciar. Obsoleto:Aquilo que deixa da cultura. A comunicação dá-se porque está a ser
de ter uso.8 Teses fundamentais:1- A tv rouba-nos a mediada.Determinada a cultura e a forma do
possibilidade da própria experiência. Ao produzir conhecimento, ou seja, a forma como a comunicação se dá,
experiências feitas de todos os factos, a nossa capacidade determina aquilo que o conhecimento é. Conhecimento:
de percepção, a nossa capacidade de critica ficam inseridos estrutura de causa-efeito; processo de criar representações
no diapasão do universo das imagens. Todos os produtos depende dos meios de comunicação.A forma como
do Homem se tornam em imagens e não são mais objectos. pensamos depende do meio. Quem tem conhecimento
A nossa experiência torna-se em imagens que estão tem:clareza sobre o mundo, Poder, pode passar e
constantemente a passar ( líquidas- Liquidificação) 2- transmitir aos outros, tem o controlo da acção. Toda a
Deste facto resulta que se torna impossível distingir comunicação mediada tende à concentração de poderes.
realidade de representação. Tornando-se realidade a História:relato do que já aconteceu; sabemos que já
representação não usurpa o lugar da realidade, esta absorve aconteceu porque existe um arquivo; período histórico
a realidade na representação. A única realidade é aquela é longo em que o meio de comunicação prioritário era a
é susceptível se ser posta em cena.(Tudo se torna em oralidade.( Período Oral) Quando chegou a imagem
representação; a realidade deixa de ser uma experiência começamos a relacionar-nos de um modo completamente
directa entre os indivíduos e passa a ser feita pela diferente.
mediação da Tv. 3 – Neste sentido, o fantasma do mundo,
devem matriz do mundo- condicionam uma “imitação Meios de Comunicação –Aspectos em Comum.- Todos
invesa” – Cada imagem tende a ter a forma de um ideal. O guardam informação e produzem conhecimento e formas
mundo antes do depois da imagem não tem mais direito de de cultura.( em tempos diferentes criam formas de
existência, a não ser a título de um decalque, de um cultura.O que une ou separa os meios? Uns controlam o

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Espaço e outros o Tempo.Caracetrísticas do O conteúdo da escrita é a fala, tal como a palavra escrita é
conhecimento: Durabilidade e vigência no tempo (tende a o conteúdo da tipografia, e a palavra impressa o conteúdo
manter-se no tempo e por isso é preciso difundi-lo no do telégrafo. A “mensagem” de kk meio, ou tecnologia, é a
espaço.(Ex : Internet controla o espaço; A pedra, o papel mudança de escala, ou de ritmo, ou de estrutura k ela
controlam o tempo, são de difícil transporte. Fazem com introduz nos assuntos humanos.É indiferente k a luz
que as pessoas as vão ver.) Meios de comunicação que eléctrica seja usada pra 1 operação ao cérebro ou pra jogar
controlam o espaço ou o tempo. Espaço – Exercem basebol à noite. Poderia dizer k essas actividades
acção sobre os índividuos que se encontram à distancia constituem, de certo modo, o “conteúdo” da luz eléctrica, 1
( ex. Livro) Tempo- Veicular um conhecimento que não vez k sem ela n poderiam existir. Este facto n faz mais do
esteja preso ao presente, que se prolongue para alem desse. k realçar k “o meio é a mensagem”, pois é o meio k
(Ex: Religião- faz com que todos ajam da mesma maneira configura e controla a escala e a forma da acção e da
em tempos alargados. Aquilo que não existe no tempo, associação humanas. O conteúdo, ou os usos, de tais meios
dizendo que há um tempo fora do tempo em que os são tão diversos quanto capazes de moldar a forma das
indivíduos vivem. – Criar imortalidade) Nota: a mensagem associações humanas. Na verdade, é até bastante
que se insere na pedra por ex. Só por ser inserida ali pede sintomático k o “conteúdo” de kk meio nos impeça de
que dure mais tempo. Media que controlam o espaço: entrever a natureza desse mesmo meio.
Todos os media de difícil transporte, mas pouca
durabilidade. Do que necessitam para o fazer? Das leis.
Os media de controlo do espaço tendem a ser Políticos
( leis) e não religiosos ( tempo). História: é sempre uma Se a luz eléctrica passa despercebida como meio de
oscilação entre medidas que controlam o espaço e o comunicação, isso deve-se apenas ao facto de n ter
tempo. Bias of communication-> Momento em que toda a “conteúdo”. O que a converte num valioso exemplo de
comunicação tende a concentrar em si o tempo e o espaço como se falha no estudo dos meios. Pois a luz eléctrica só
para poder ter poder temporal e espacial ( Império) – é vista como 1 meios kd usada pra iluminar 1 marca
Momento da evolução histórica em que os media tendem a comercial. Mas aí, akilo em k se repara n é na luz mas sim
unir as duas coisas. no “conteúdo” que, na realidade, constitui outro meio. A
msg da luz eléctrica, tal como a mensagem da energia
eléctrica na indústria, é totalmente radical, ubíqua e
descentralizada. Pois embora estejam separadas do seu
Marshal McLuhan – Compreender os MeiosReflexão uso, tanto a energia como a luz eléctrica eliminam factores
sobre os media como objecto – O meio é a mensagem . temporais e espaciais no âmbito da associação humana,
Extensões do Homem- Prolongamento – estende qualquer exactamente como o fazem a rádio, o telégrafo, o telefone
coisa até onde ela não está. Ex. Teclado = extensões do e a televisão, criando 1 envolvimento em profundidade.O
corpo. Corpo- não se distingue da mente ( o seu caminho-de-ferro n introduziu a roda, nem o movimento,
funcionamento dá-se no corpo, logo não se distingue). nem a ideia de transporte na sociedade humana, mas
Interface Perceptivo - primeiro contacto do individuo acelerou e ampliou a escala de anteriores funções
com o mundo. Dá-nos a percepção das coisas e das humanas, criando tipos de cidades inteiramente novos,
próprias coisas. Sem corpo não existe realidade/mundo. assim como novas formas de trabalho e de lazer.
Mundo – conjunto de relações que as coisas mantêm com
o sujeito. A capacidade perceptiva do Homem dá-nos o Para McLuhan, “o que convencionalmente dizemos dos
real. “O meio é a mensagem” - O mundo foi sendo media, k o k conta é o modo como são usados, é a atitude
constituído pela intervenção d1 determinado meio n1 estupidificada do idiota tecnológico”, sendo k o conteúdo
determinado tempo.Dizer k o meio é a mensagem significa d1 meio é como o suculento pedaço de carne k o ladrão
que as consequências pessoais e sociais de kk meio – ou leva consigo pra distrair o cão de guarda da mente, ou seja,
seja, de kk extensão de nós próprios – resultam da nova o efeito de 1 meio só se fortalece e intensifica pk se lhe
escala introduzida nos assuntos humanos por cada oferecem, como “conteúdo”, 1 outro meio.“Meios de
extensão de nós próprios, por kk nova tecnologia. Assim, Comunicação Quentes e Frios”Há uma regra básica k nos
com a automatização, por exemplo, os padrões de permite distinguir 1 meio kente, como a rádio ou o cinema,
associação humana tendem a eliminar postos de trabalho. d1 meio frio, como o telefone ou a televisão. 1 meio
Este é o lado negativo. quente é akele k estende ou prolonga 1 único sentido em
“alta definição”. A alta definição é o modo de ser
O lado positivo é k a automatização cria papéis a plenamente saturado de informação. A fotografia é, em
desempenhar, o mesmo é dizer, intensifica o envolvimento termos visuais 1 meio de “alta definição”. 1 cartoon é 1
na esfera do trabalho e das relações humanas, k a anterior meio de “baixa definição”, pelo simples facto de nos
tecnologia mecânica havia destruído. Muita gente fornecer mto pouca informação visual. O telefone é 1 meio
afirmaria k n é na mákina, mas no k fizemos com ela, k frio, ou de baixa definição, pk o ouvido recebe apenas 1
reside o seu sentido ou msg. Relativamente aos modos pekena quantidade de informação. A fala é 1 meio frio e de
como a mákina alterou as nossas relações com os outros e baixa definição pk nos dá mto pouco, exigindo da parte do
com nós próprios, era irrelevante o k ela produzia. A ouvinte 1 processo de preenchimento. Os meios quentes,
reestruturação do trabalho e das relações humanas foi por seu lado, n deixam tanta coisa a ser preenchida ou
moldada pela técnica da fragmentação, k constitui a completada pelo público.
essência da tecnologia mecânica. A essência da tecnologia
da automatização representa o oposto. É profundamente Como tal, os meios quentes requerem 1 baixa participação,
integral e descentralizadora, tal como a mákina era ao passo k os meios frios exigem 1 elevada participação ou
fraccionante, centralizadora e superficial na sua completamento por parte do público. Daí k 1 meio quente
estruturação das relações humanas.O exemplo da luz como o rádio tenha efeitos sobre o seu utilizador muito
eléctrica é, neste aspecto, elucidativo. A luz eléctrica é diferentes dos de 1 meio frio como o telefone.Os meios
informação pura. É um meio sem msg, por assim dizer, a pesados e de manejamento difícil, como a pedra, são
menos k seja utilizado pra difundir 1 anúncio publicitário unificadores do tempo. Usados para a escrita, revelam-se
verbal ou 1 nome. Este facto, característico de tds os meios na verdade bastante frios e contribuem pra unificar as eras.
de comunicação, significa k o “conteúdo” de kk meio é O papel, por seu lado, é 1 meio quente, k contribui pra 1
sempre outro meio. unificação horizontal do espaço, tanto nos impérios
políticos como nos do entretenimento.Os meios quentes
permitem 1 participação menor do k os meios frios, tal
como uma conferência consente menos participação do k 1

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seminário, e 1 livro menos do k 1 diálogo.“Nós vivemos simulacro, querendo que o objecto cultural ( produção
miticamente, mas continuamos a pensar simbólica) se prolongue. Conclusão: Só se pode falar em
fragmentariamente e em planos isolados.” – O mito é a simulacro quando é à escala global/ Todos. Se não há
visão instantânea de 1 processo complexo e habitualmente exterioridades.
prolongado por 1 vasto período. O mito representa 1
contracção ou implosão de kk processo, e a velocidade Paul Virílio – Estética do DesaparecimentoComo se
instantânea da electricidade confere, hoje em dia, 1 universaliza o belo? Estética: Ciência do conhecimento
dimensão mítica às actividades industriais e sociais sensível. O que existe no mundo é aquilo que eu
correntes. percepciono/percebo.MAS, cada um percebe as coisas de
modo diferente. Capacidade estética: capacidade de sentir
Jean Braudillard – Simulacro e SimulaçãoOs media o mundo. Dá a cada um o mundo que ele percebe. Media:
produzem o Simulacro ( é de uma coisa) e simulação ( é de instrumentos com que o Homem foi produzindo sentido.
um sistema de coisas) que constituem a Hiper-Realidade – Realidade de todas as pessoas: tem determinada
Realidade por cima da realidade ou mais realidades. Para durabilidade, mantém-se no tempo. Mas como se cada um
que um simulacro consiga ser uma Hiper-Realidade, tem percepciona de modo diferente?? Aquilo que se manifesta
de imitar o modo de funcionamento da realidade, que é a muitos deve ter a capacidade de se mostrar a todos. Tem
constituída por desejos. A realidade constitui-se pelo de ser algo percebido por todos. Por exemplo o senso
desejo. Quando isto acontece:vivemos num crime perfeito. comum é uma capacidade que todos têm de perceber a
Simulacro: é uma representação na qual não se consegue mesma coisa. Senso Comum- Construção perceptiva
distinguir o seu estatuto de representação e por isso social. Necessita de temporalidade para ser socialmente
aparece como sendo o objecto representado. É algo que perceptível e deve durar para que tenha existência para nós
está em vez de outra, mas nessa apresentação não aparece e nos seja herdado. Media – A realidade passa a aparecer
sendo a outra coisas.( ex. Livro que afinal tinha uma caixa nos media. Passo a perceber o real através dos media.
dentro) Sistema de Simulacros – Ligar vários simulacros Estes destabilizam o Senso Comum, substituindo-o. Antes
de acontecimentos.( Simulação Hiper-Realidade) Um era socialmente construído por nós, agora vemos nos
conjunto de simulacros é uma realidade oca. Mas não é media. Aceleram o tempo de exposição ( passa tudo mais
realidade porque não a toma como real.( ex.Matrix). rápido). Sentido comum- Dá-nos Memoria colectiva- que
Quando se juntam os simulacros de modo contínuo temos funciona como uma espécie de organismo para dizer o que
uma simulação, uma Hiper-Realidade que impede que são as coisas e julgá-las. Media- Aceleram o processo de
vejamos a realidade, quando a simulação é perfeita, criação de sentido quando antigamente era este era
substitui a realidade, não tenho acesso a ela. É o crime construído lentamente. Temos menos tempo para perceber
perfeito segundo este autor.Como criar a simulação e a o que nos mostram. Aceleram o tempo de exposição
Hiper-Realidade? Imitando e replicando o modo de ( mostram mto mais coisas em menos tempo). Estética do
funcionamento da realidade. A Hiper-Realidade não tem desaparecimento – causa a indiferença total. Media
exterioridade, é cíclica. Desejo- Quer ter em presença algo substituem-se à construção social do real, ao senso
que se manifesta em ausência. Enquanto somos vivos o comum. As coisas aparecem e por aparecerem,
desejo nunca se esgota.É sempre fútil, objecto satisfaz desaparecem. Os media tornam-nos picnolépticos,
efemeramente o desejo. Nota: O conhecimento é aquele esquecidos. -> Esquecimentos frequentes porque o tempo
que aparentemente e de forma menos efémera satisfaz um de exposição é menor. Podem manipular-nos. Dão-nos a
desejo ( desejo de conhecer), de modo mais prolongado. capacidade de perceber. Consequência: Os media dão-nos
Conhecimento:é aquilo que nos dá o real/ é a a indiferença politica do individuo. A contrapartida pessoal
representação do real e não o próprio real/ nunca é é a indiferença pessoal. Ou seja, já não procuramos a
absoluto e único/ muda porque a realidade felicidade e passamos a querer encontrá-la rapidamente
muda.Realidade: é mutável, nunca é a mesma. Nunca através das imagens. Cronosfera- Mundo onde o sentido
sabemos o que é real, estamos sempre a nos questionar. É comum foi transformado pela aceleração provocada pelos
Aparente: Aparece e Desaparece. É autónoma/espontânea : media. ( Mundo criado pelos media, pela temporalidade)
Ninguém lhe dá ordens, as coisas surgem porque surgem. Arma que pode desmontar esta estética do
Simulacro: é feito pela mão humana, é Artificial, logo não desaparecimento – O Acidente - Quando algo colapsa
é autónomo ou espontâneo. Simulação: é falsa. Como nós percebemos a que ritmo vivemos. Único dispositivo
pode entrar em vez da realidade? Por ex: No Matriz ele que ainda temos para perceber. Uma das formas do real e
teve de sair da simulação para perceber que era a não a forma do real. Todo o acto perceptivo é Subjectivo
simulação. Como pode a simulação estar em vez da não tem lei única. ( percepcionamos todos de modo
realidade? Tem de criar momentos de aparência para que diferente) – é heterónimo. Estrutura da Percepção : Dá-
se questione ( tal como acontece na realidade). A realidade nos a comunidade do Mundo.
tem falhas e o simulacro mostra falhas.
Senso Comum - Quando vemos tudo da mesma maneira,
Teoria de Jean Baudrillard- Os media estão a criar quando percepcionamos o mesmo, é limitado pelo tempo e
desejos em nós porque criam realidades. Vivemos num espaço. Socialmente contextualizado – depende da
mundo onde o sistema da simulação, que manipula e cria história, muda ao longo dos tempos. Os Homens na sua
os desejos produz a realidade—ou seja os media criam um relação entre si conseguem uma comunidade de sentido -
Sistema de Simulação. Vivemos num sistema em que Cultura. Senso Comum – Não é unicamente físico e
achamos que é real aquilo que produz em nós desejos. O orgânico, é artificial. É construção do Homem –
sistema vai criando crises que dizem que o nosso sistema determinação daquilo que é realidade comum. A partir de
de desejos pode acabar. Sistema este que produz as coisas estruturas perceptivas comuns o homem constrói
que ele próprio consome. Desejos são criados pelo próprio historicamente a realidade comum. ( ex: realidade do
Homem ( aquele que tem a capacidade de criar sentido a papel da mulher na sociedade não é o mesmo que há 100
partir dos media.) Critica a Jean Baudrillard: Como anos) . conclusão - o corpo dá-nos a realidade . A forma
pode estar o autor fora do simulacro se diz que nós como os homens se relacionam entre si dá-nos a realidade.
estamos dentro de um? Aquilo que o autor aplica às Características das relações da pessoas feitas com o corpo.
sociedades mediatizadas também se deve aplicar às outras ( como interface de relações). Podem haver estruturas de
não globalmente mediatizadas. Nas sociedades comunicação dos homens em que se use apenas o corpo.
mediatizadas é Quantitativamente maior mas Sociedades tribais: Sociedade que aceita só dentro de si
Qualitativamente Igual. Nas pequenas sociedades acontece membros com determinadas características edificadas por
exactamente a mesma coisa, embora nas sociedades elas.( Tem de haver controlo sobre quem entra)
mediatizadas aconteça em larga escala. Vive-se em Sociedades orais – oralidade. Pré-Histórico : Ausência de

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história. História é fixação de acontecimentos na escrita.
Criação de contos para fixar oralidade. Sociedades
fragmentadas: cada relação com os indivíduos tem uma
visão diferente do mundo da tribo ao lado. Várias visões
em vez de um todo. Sociedades hierárquicas: Vivem
num tempo mítico ou circular São sociedades que
constroem a sua realidade única e exclusivamente através
do corpo. O corpo era o único interface perceptivo que
dava a realidade.

Introdução da escrita: tempo da história narrativa.


Escrevemos documentos, existência de passado. Projecção
do futuro. Passa-se a ter passado podendo agora planear
actividades futuras. Passa-se a ter passado, podendo
planear actividades futuras. Passa-se de uma sociedade
mítica ( histórias para justificar a existência das coisas)
para uma sociedade racional (causa e efeito) com tempo
linear. Passamos a relacionar-nos Não através de calos de
consanguinidade (tribos) mas Sim através de leis.
Sociedade Politico-legal. Passamos de sociedades
hierárquicas para democráticas. O meio é a mensagem.
Para termos uma realidade precisamos de um Meio – os
meios dão-me algo diferente, depende de cada um destes
( meio oral, escrito etc) Meio - é determinante. Nunca se
expõe a si próprio como esse meio. Ou sejam, escondem o
sentido que eles próprios produzem. Escrita perde
hegemonia e voltamos às sociedades orais. Com a
tecnologia nas sociedades, o mundo torna-se numa Aldeia
Global. – re-tribalização. Nota: Sociedades quando
registam tudo terminam, voltam a funcionar no presente.
Se se escreve tudo, esse passa a ser o presente. Quando o
arquivo cresce muito, não há selecção, deixa de haver
arquivo. Só há registo. Não há selecção. O registo que a
tecnologia nos permite acaba com o arquivo. Se tudo pode
ser registado, então como é que selecciono? O meio é a
mensagem. Automatização : é algo novo, refere-se á
revolução industrial. Opõe-se à tecnologia mecânica que
necessita do homem para funcionar, a automatização Não.
Automatização Negativa – elimina postos de trabalho .
Automatização positiva : Cria papeis a desempenhar. A
anterior tecnologia Mecânica tem por essência a técnica da
fragmentação. A automatização destrói postos de
trabalho, criando novos. ( há uma necessidade de
adapatação). Imprensa: As relações humanas
intensificam-se. A automatização diminui o tempo de
reacção. O uso da tecnologia: significa que tenho algo a
comunicar ( de forma intencional). Todo o meio se
distingue da tecnologia. Toda a tecnologia tem um
propósito. McLhuan _ Toda a tecnologia tem inerente
uma mensagem, uma significação. A tecnologia é sempre
um meio porque é sempre significativa no seu todo. Não
somos capazes de predefinir todas as influências e efeitos
que os meios podem ter na vida humana.

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