Aula 2 – TRANSPORTE DE SUBSTÂNCIAS
ATRAVÉS DAS MEMBRANAS CELULARES
MEMBRANA CELULAR
• É um envelope extremamente delgado
que circunda toda a célula.
• É formado principalmente por substâncias
lipídicas, mas também por grande número
de moléculas de proteínas que penetram
na matriz da membrana.
• Essa membrana separa o líquido
intracelular do líquido extracelular que
circunda a célula.
• A bicamada lipídica é formada por
moléculas de fosfolipídios. Uma parte
hidrofílica e outra hidrofóbica.
• A bicamada lipídica da membrana é uma
importante barreira, impermeável às
substâncias usuais, solúveis em água,
como os íons, a glicose, a ureia e outras.
• Substâncias solúveis em gordura, como
oxigênio, dióxido de carbono e o álcool,
podem atravessar com facilidade essa
parte da membrana
Na – Sódio
K- Potássio
TRANSPORTE ATRAVÉS DA MEMBRANA
CELULAR
transporte
Proteínas transportadoras: ligam-se às moléculas
ou íons a serem transportados e movem as
substâncias através dos interstícios das proteínas
para o outro lado da membrana.
Proteínas canais: proteínas que contem espaços
aquosos por toda a sua extensão, permitindo o
livre acesso de íons, algumas moléculas e água.
Aquaporinas - são proteínas da membrana
celular que permitem a passagem de água entre
o interior da célula e o meio externo.
TIPOS DE TRANSPORTE
Transporte passivo:
 Difusão Simples
 Difusão Facilitada
 Osmose
Significa movimento molecular aleatório da
substância, molécula a molécula, seja pelos
espaços intermoleculares da membrana ou em
combinação com uma molécula de proteína. Não
ocorre gasto de energia proveniente do
metabolismo - meio de alta concentração para
de baixa concentração.
Transporte ativo:
 Primário
 Secundário
Significa o movimento de íons, ou de outras
substâncias, através da membrana, em
combinação com uma proteína carreadora, Pode ocorrer através da membrana por
mas além disso, contra um gradiente de duas vias:
concentração e elétrico.
- Pelos interstícios intermoleculares da
bicamada lipídica- substâncias
lipossolúveis.

- Por canais aquosos em algumas das

Passando de um estado de baixa
proteínas de transporte.
concentração para outro de alta
concentração- GASTO DE ENERGIA

 Facilitada: exige a interação de uma

proteína carreadora com as moléculas ou
íons. A proteína carreadora facilita a
passagem das moléculas ou íons
através da membrana.

Difusão de substâncias lipossolúveis através

da bicamada lipídica
O fator que irá determinar a rapidez com que
uma substância poderá atravessar a biocamada
lipídica é sua lipossolubilidade.

O oxigênio, nitrogênio, dióxido de carbono

DIFUSÃO
 Simples: movimento de moléculas por um
orifício na membrana ou por meio dos
espaços intermoleculares, sem
necessidade de fixação a proteínas Dissolvendo-se na bicamada lipídica e
carreadoras da membrana. difundindo-se através da membrana celular.
Obs: Quanto mais lipossolúvel for, mais rápido a A concentração total de soluto de uma solução é
irá passar conhecida como sua osmolaridade.
Difusão de água e de outras moléculas  Quanto mais alta a osmolaridade
insolúveis em lipídios menor é a concentração de água
Apesar de a água ser insolúvel nos lipídios ela
atravessa a membrana com muita facilidade por
meio de canais proteicos.

A água é a substância que se difunde em maior

abundância através da membrana célula
Difusão Facilitada
Difusão mediada por carreador - o carreador
Mediado por uma proteína (aquaporinas) -
facilita a difusão da substância para o outro lado.
abrem canais para difusão da água
 Glicose
I. Algumas células são mais permeáveis à
água do que outras.  Aminoácidos
II. Aspecto importante nas células dos
túbulos renais- contém inúmeras
aquaporinas

Número pode aumentar ou diminuir dependendo

do balanço hídrico do corpo em determinado
momento.
A difusão de água através de uma membrana
osmose

Normalmente elimina 1,5 a 2L de urina. Os rins

trabalham para eliminar

 Para qualquer processo de difusão é

necessário que haja uma diferença de
concentração para produzir um fluxo
efetivo.
Por exemplo: se um soluto, como a glicose, for
dissolvido em água, a concentração de água na
solução resultante será menor que a da água
pura.
 Quanto maior a concentração de Insulina (proteína): função hormonal
soluto, menor a concentração de água.
chave glicemia alta
Produzida no pâncreas, mais espeficicado nas
células Beta pancreáticas

Quando o paciente não produz insulina: tem

diabete

 Tipo 1 (crianças e adolescentes): as

células de defesa destroem as células
beta pancreáticas. Esse tipo de diabete
descobre em coma glicêmico, e vai usar
insulina a vida toda. É ingerida via
injetável.
Obs: dependendo o trauma, pode acontecer de
desenvolver a Tipo 1.
 Tipo 2: Varia de acordo com o estilo de
vida, porém é mais comum em pacientes
+40 anos.
Formas de controle
Regulação pela voltagem: Quando existe forte
carga negativa na face interna da membrana
celular, as comportas externas dos canais de
sódio permanecem muito fechadas; por outro
lado, quando essa carga negativa é perdida,
essas comportas abrem. Essa é a causa básica
dos potenciais de ação nos nervos -
responsáveis pelos sinais nervosos.
Regulação química: Algumas comportas dos
canais proteicos são abertas pela fixação de
outra molécula a essa proteína, isso causa
alteração de conformação na molécula da
proteína que abre e fecha a comporta. Um
exemplo é o efeito da acetilcolina sobre os
chamados canais de acetilcolina
(neurotransmissor).
Difusão pelos Canais Proteicos

Controle da Difusão pelos canais proteicos e

sua regulação
Os canais são muitas vezes seletivamente
permeáveis a determinadas substâncias e muitos
desses canais podem ser abertos ou fechados
por comportas (gates).
Existem canais específicos para algumas
substâncias:
 Canal de sódio que contém fortes cargas
negativas que atraem íons de sódio para
o seu interior.
 Canal de transporte de potássio não tem
cargas negativas. Desta forma nenhuma
força atrai potássio para dentro dos
canais.
  Diversos açúcares e a maior parte dos
aminoácidos.

Transporte ativo primário e secundário: O

transporte ativo é dividido em dois tipos, de
acordo com a fonte de energia usada para
promover este transporte.
 Primário: energia é derivada diretamente
da degradação do ATP ou de outros
compostos de fosfato com alta energia.
 Secundário: energia derivada
secundariamente daquela que foi
armazenada, sob a forma de diferenças
de concentração iônica, entre os dois
lados da membrana, diferenças essas
TRANSPORTE ATIVO criadas, inicialmente, pelo transporte ativo
 Quando a membrana celular move primário.
moléculas ou íons, contra uma gradiente  Nos dois casos, o transporte depende de
de concentração ou contra um gradiente proteína carreadoras que atravessam
elétrico. toda a membrana, como acontece na
difusão facilitada.

Utiliza energia para mover uma Transporte Ativo Primário: “bomba de Sódio-
substância contra um gradiente de Potássio” (Na+ - K+)
concentração Nem sempre todas as substância (sódio,
potássio, cálcio, hidrogênio) são transportadas
pelas membranas de todas as células.
 Neste tipo de transporte é necessário que
haja a ligação de uma substância ao Bomba Na+ - K+ ATPase
transportador da membrana. Este Bombeia íons sódio para fora e, ao mesmo
transportadores são chamados de bomba. tempo, bombeia íons potássio para dentro da
As substâncias que usam este tipo de célula.
transporte são: Transporte Ativo Primário: “bomba de Sódio-
 Sódio Potássio” (Na+ - K+)

 Potássio  Presente em todas as células do corpo

 Responsável pela manutenção das
 Cálcio diferenças de concentração de sódio e do
 Íons ferrosos potássio através da membrana celular e
estabelecimento da voltagem negativa
 Hidrogênio, dentro da célula.
 Cloreto,
  Essa bomba é a base da função nervosa
de transmitir sinais neurais por todo o
sistema nervoso.
 Sódio quantidade maior fora da célula
tende a entrar na célula.
 Potássio quantidade maior dentro da
célula tende a sair da célula
.
Fornecimento de energia para quebrar a barreira Transporte ativo Secundário- Cotransporte e
do gradiente de concentração e eletroquímico contratransporte:

 Sai da célula 3 íons de sódio e entra 2 de Cotransporte

potássio diferenças de  Sódio transportado para fora da célula –
concentração e elétrica forma-se um grande gradiente de
Posteriormente canais iônicos podem ser abertos concentração dos íons sódio através da
para restabelecer este processo (potencial de membrana. O excesso de sódio do lado
ação) de fora da membrana está sempre
tentando se difundir para o interior.
 Sódio atrai água: a bomba evita “inchaço”
da célula  Sob condições apropriadas, essa energia
de difusão do sódio pode empurrar outras
substâncias, junto com o sódio, através da
membrana.

Contratra
nsporte
 Os íons sódio tentam outra vez se
difundir para o interior da célula, mas a
substância a ser transportada está na
parte interna da célula e deve ser
transportada para o lado externo.
 Uma vez que ambos se ligaram, ocorre
alteração conformacional, e a energia
liberada pelo sódio em sua difusão para
dentro da célula faz com que a outra
substância seja transportada para o
exterior.
 Diferença de concentração de íons de sódio
(Na+) e de potássio (K+) dentro e fora da célula
(principalmente)

Potencial de ação
Quando a membrana de uma célula excitável
(nervosa, muscular) é estimulada ocorrem
sucessões de eventos fisiológicos por meio da
membrana.

Produzindo Potencial de Ação

Geralmente a excitação ocorre no momento em

Transporte passivo: a favor do gradiente de que a membrana recebe um determinado
concentração (sem gasto de energia). estímulo.

 Difusão simples
 Difusão facilitada
Transporte ativo: contra o gradiente de
concentração (com gasto de energia).
 Ativo primário: consumo de ATP
 Ativo secundário (acoplado):
Cotransporte
Contratransporte
POTENCIAL DE MEMBRANA
Potencial de ação
Potencial de membrana
Mudança ocorre pelo transporte de substâncias
 Todas as células do corpo possuem um (bomba Na+ - K+) - diferença elétrica
potencial elétrico → diferença de cargas
no lado interno e externo da membrana Diferença de potencial cria espaço para
plasmática os íons se movimentarem (cargas positivas e
negativas)
 O gradiente elétrico então formado é conhecido
como Potencial de Membrana Celular Somente conseguem sair ou entrar quando
houver canais iônicos abertos.
 Em condições de repouso, todas as
células possuem uma diferença de
potencial através de suas membranas  Normalmente estão fechado e se abrem
plasmáticas, em que o interior da célula quando estimulados por uma mudança de
apresenta uma carga elétrica negativa em voltagem ou um neurotransmissor
relação ao exterior → potencial de (sinapse química) que se ligou a um
repouso receptor.
 O valor do potencial de repouso é da
ordem de -70mV (milivolts)
TRANSMISSÃO QUÍMICA e ELÉTRICA

Alterações no potencial de membrana

O termo despolarizar, repolarizar e
hiperpolarizar são utilizados para informar o
sentido das alterações do potencial de membrana
em relação ao potencial de repouso.
 Polarizado: significa que o exterior e o
interior célula apresentam uma diferença
de carga elétrica.
 Despolarizado: quando o potencial se
torna menos negativo do que o nível de
repouso.
 Repolarização: quando o potencial de
membrana que foi despolarizado retorna
ao seu valor de repouso.
As mudanças de potenciais de membrana que o
neurônio utiliza como sinais ocorrem devido a
alteração na permeabilidade da membrana
celular aos íons
Transmissão do impulso nervoso
 Despolarização (entra sódio na célula):
estímulo → canais de passagem de sódio
abrem → sódio entra na célula (influxo de
cargas positivas) → potencial de
membrana passe de -70mV para + 35mV
(aproximadamente)
 Potencial de ação: transição de potencial
elétrico que ocorre durante a
despolarização
 Repolarização (sai potássio da célula):
rapidamente → canais de potássio abrem
→ potássio sai da célula → célula volta a
condição de repouso
Sem estímulo
Estímulo chega e as Voltando ao
cargas positivas no “normal”
axônio aumentam

IMPULSO NERVOSOS