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* É necessário a prova do crime anterior à receptação, mas não é necessário conhecer o autor,

conforme exposto no §4º do art. 180 CP.

* não cabe dolo eventual, apenas o dolo direto por causa do “sabe” ser produto de crime.

* Diferença entre 180 (receptação – OCULTAR...) e 349 (favorecimento real) CP


- o art. 180 tem um fim especial de agir, ou seja, em proveito próprio ou alheio.
Aqui tem um proveito financeiro
- No art. 349, não há nenhum proveito financeiro. Ha apenas um auxílio ao criminoso.

Ex: Eu compro um carregador de celular que sei que é roubado. Depois eu vendo esse carregador.
Esse ato configura crime de estelionato e não receptação, mas não responderá por estelionato, sendo
um pós facto impunível.

§ 1º. Dolo eventual. Pena: 03 a 08 anos. Apesar de o dolo direito ser mais grave que o eventual,
aqui se justifica aplicar a pena maior porque o comerciante pratica mais lesão. Crimes contra ordem
Econômica, tributária, a receptação etc. STJ/STF se manifestam assim.

Se souber que é crime, vai para o caput.

Se desconfiar, vai para o § 1º.

Nucci e Rogério Greco defendem que cabe no § 1º o dolo direto porque o legislador falou menos
que queria.

§ 2. Tia Sacoleira.
Para fins dessa equiparação, exige-se em doutrina a habitualidade. A prática da conduta isolada, ou
seja, uma vez ou outra, não configura essa equiparação.

§ 3º. Receptação culposa.


O crime culposo é uma exceção e por ser exceção deve vir de forma expressa em lei, como por
exemplo no homicídio, na lesão corporal, no crime de incêndio, etc.

Esse parágrafo não fala expressamente. No entanto, a doutrina é pacífica em falar tratar-se de
receptação culposa.

Existe receptação de receptação?


Sim, desde que os dois receptadores hajam com dolo.
Eu compro uma moto roubada, objeto de furto. Após, eu vendo essa moto para B, falando que a
moto era proveniente de roubo.

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