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12/07/2022 15:42 Tecnologia da Informação e Produção de Textos

Aula 02

Novas formas de Aprender

Nesta aula, você terá oportunidade de conhecer em que consiste cada um dos quatro pilares da
educação, para que possa percebê-los como interligados, interdependentes e complementares,
sendo essencial em seu processo de formação acadêmica e em sua atuação profissional o
desenvolvimento de competências a eles relacionadas.

Introdução
Vivemos na era do conhecimento! Acompanhamos e participamos diariamente de mudanças
estruturais, conjunturais e conceituais impressionantes. As pessoas e as organizações têm se
deparado com cenários substancialmente modificados e significativamente mais dinâmicos e
complexos que os anteriores. Há uma necessidade inegável e urgente de adaptação e o
desenvolvimento de uma postura proativa, em detrimento de uma postura apenas reativa.

A educação, como organização, não pode ficar fora da análise desse contexto. A capacidade de
aprender o tempo todo é fundamental, já que vivemos em um mundo em que as diferentes
competências e habilidades são altamente valorizadas.

O Relatório Delors, elaborado pela Comissão Internacional sobre a Educação para o século XXI,
ligada à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e
presidida por Jacques Delors DELORS , destaca duas premissas básicas relacionadas à atualidade:

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colocar a educação ao longo da vida no coração da sociedade, e caminharmos para uma sociedade
educativa. Para fundamentar tais premissas, Delors (2006) aponta quatro pilares essenciais para
um novo tipo de educação: aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a
ser. Diante das exigências da contemporaneidade, você deve buscar desenvolver competências em
cada um desses pilares. Para tal, precisa conhecer em que consiste cada um deles.

SAIBA MAIS
Se tiver oportunidade, leia o Relatório Delors completo, clicando aqui.

Aprender a Aprender
Para você, em que consiste o aprender a aprender? Será que em nosso dia a dia nos atentamos para
essa necessidade?

O aprender a conhecer remete ao aprender a aprender, concebendo a aprendizagem como um


processo que se desenvolve ao longo da vida, pois todos precisam estar em estado constante de
aprendizagem. Associa-se ao sentido do aprender a pensar, aprender a elaborar perguntas,
buscando construir e reconstruir o conhecimento. Conhecer significa entender em profundidade,
buscar, selecionar, ter espírito científico fundamentado no questionamento, e na não aceitação de
respostas prontas e de certezas que contradizem os fatos. Conhecer consiste no ato de
compreender para transformar a si e ao mundo, estabelecendo relações entre os diversos
significados de uma mesma ideia ou fato.

Conhecimento é, portanto, uma rede de significados.

Segundo Nicolescu (1999, p. 72), “Aprender a conhecer significa sermos capazes de estabelecer
pontes entre os diferentes saberes, entre estes e a vida cotidiana, entre eles (os saberes) e nossas
capacidades interiores”

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VÍDEO
Assista ao vídeo de Rubem Alves, sobre o aprender a aprender:

Aprender a Fazer
E o aprender a fazer? Já parece mais concreto e presente em sua formação acadêmica?

Esse pilar é contemplado sempre que você desenvolve habilidades e aprende como fazer, aplicando
os seus conhecimentos.

O aprender a fazer envolve a aplicação dos conhecimentos construídos ao longo da vida, com
criatividade e autonomia, sendo de grande importância para o desenvolvimento de habilidades que
possibilitem enfrentar novas situações, privilegiando aplicações de teorias na prática profissional e
enriquecendo a vivência da ciência na tecnologia e desta no âmbito social. O aprender a fazer
envolve o “como fazer” e, portanto, habilidades, destrezas e a utilização de técnicas. Cabe destacar
que esse pilar está além da mera reprodução mecânica de atividades profissionais, uma vez que se
relaciona ao enfrentamento de situações inusitadas no ambiente de trabalho e à iniciativa de
buscar desenvolver suas atividades de maneira cada vez mais efetiva, tendo uma clara
compreensão de seu papel no processo produtivo e buscando o aprimoramento contínuo.

VÍDEO
Assista agora ao vídeo de Rubem Alves, sobre o aprender a fazer:

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Aprender a Conviver
No atual contexto, de tantas interações em ambiente virtual, especialmente nas redes sociais, o
aprender a conviver parece estar em alta.

Concorda? Será que as pessoas têm estabelecido relações sólidas, pautadas no respeito, na ética,
em valores?

Você já conheceu pessoas cultas, com inteligência invejável, mas que encontram dificuldades para
se relacionarem com os outros?

Certamente, se aprendessem a conviver, teriam condições ainda melhores de se desenvolverem e


ampliarem seus conhecimentos. A arte de conviver é muito importante em nossa sociedade. A
convivência na família, com os amigos, nas instituições de ensino, nos ambientes de trabalho e em
outros espaços contribui para o nosso desenvolvimento pessoal. Se observarmos com atenção,
conviver está na essência da humanidade, mas para muitos falta essa competência.

Conviver envolve aprender a lidar com as diferenças, mediar conflitos, buscar estabelecer relações
de harmonia com o outro e compreender suas particularidades. Envolve também cooperar,
negociar, atuar em equipe, agir de forma ética e responsável e assumir as consequências de suas
ações, sejam elas positivas ou não.

O aprender a conviver está relacionado à coordenação de ações na construção de relações de


confiança, é guiado por éticas de relacionamento. Segundo Nicolescu (1999, p. 87), significa
“respeitarmos as normas que regulam as relações entre os elementos de uma coletividade. Normas
estas que não serão impostas e sentidas como pressões externas, mas compreendidas, admitidas

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interiormente”. Esse aprender envolve o conviver com o incerto e o imprevisível, acolher o outro e
conviver com a diversidade, valorizar a afetividade. Implica ainda o reconhecimento e o exercício
dos direitos humanos e dos deveres e direitos da cidadania e o respeito ao bem comum. O aprender
a conviver e o aprender a ser devem constituir ações permanentes que visem à formação do
educando como pessoa inteira, como cidadão.

Então? Você está gostando da série de vídeos de Rubem Alves sobre os quatro pilares da educação?

VÍDEO
Assista agora ao vídeo sobre o aprender a conviver.

Caso tenha interesse, clique aqui e acesse a playlist deste vídeo.

Aprender a Ser
Como você compreende o pilar do aprender a ser? Parece simples ou desafiador?

Por estar diretamente relacionado a nossa essência, nossa existência, é um pilar que diz muito de
nosso caráter, de nosso projeto de vida, de nossa percepção enquanto seres inacabados, em
constante processo de aperfeiçoamento e aprendizagem.

O aprender a ser significa “conhecermo-nos em profundidade; descobrirmos nossos


condicionamentos, a harmonia ou a desarmonia entre nossas vidas individual e social; desvelarmos
em que bases se fundam nossas convicções, nossas certezas, nossas crenças” (NICOLESCU, 1999,
p. 35). Portanto, relaciona-se ao seu desenvolvimento integral como pessoa. Significa se conhecer
muito bem e agir de forma autônoma, com discernimento, senso crítico, responsabilidade social,
sempre buscando evoluir. Assim, o aprender a ser pressupõe um papel central do vir a ser.

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VÍDEO
Assista agora ao último vídeo da série, sobre o Aprender a Ser:

Aprender, Fazer, Conviver e ser como


Competências Interdependentes
Após conhecer a abrangência de cada pilar, reflita:

Qual desses pilares você considera mais importante para sua formação acadêmica e para sua
atuação profissional? Algum deles deve receber atenção privilegiada por parte dos professores e
das instituições de ensino? É possível fazer sem conhecer? É possível conviver sem ser? É possível
ser sem conhecer?

Percebemos que os quatro pilares são interligados, interdependentes e complementares. Portanto,


devem receber igual atenção, para que você possa desenvolver competências em cada um desses
domínios.

A análise dos quatro pilares remete a importantes considerações sobre o papel da educação
contemporânea, em especial na visão de que os processos de ensino e aprendizagem devem, cada
vez mais, privilegiar a formação do aprendiz autônomo, com ênfase no aprender a aprender e em
ações como pensar, comunicar-se, criar, inovar, pesquisar, elaborar sínteses, atuar em equipe, entre
outras.

Como você avalia seu raciocínio lógico? E sua capacidade de análise crítica? Há espaço para
aprendizagem?

Percebemos que a educação deve privilegiar, cada vez mais, o desenvolvimento do raciocínio lógico
e da capacidade crítico-reflexiva dos estudantes, para que você e seus colegas e cursos sejam
protagonistas no processo de formação. Em seu percurso acadêmico, você deve buscar
potencializar a iniciativa pessoal, para que caminhe por si, desenvolva autonomia e se
responsabilize por um aprendizado permanente.

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Um contexto repleto de novos desafios exige novas e criativas soluções. Somente profissionais
competentes podem responder a tal exigência, na medida em que reúnem competências do
aprender, fazer, conviver e ser.

Segundo Rogiers e De Ketele (2004), as competências são tomadas como o


potencial/potencialidade do aluno/profissional de mobilizar saberes de forma internalizada para o
enfrentamento de situações diversas.

O indivíduo competente deve deter um conjunto integrado de conhecimentos, atitudes e


habilidades já integrado ao seu aparato cognitivo, de forma a ser automaticamente utilizado no
enfrentamento de situações com as quais pode se deparar em diferentes contextos Celso Antunes
(2002, p. 91):

Em educação, seria a faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos, tais como


saberes, informações, habilidades, inteligências, para solucionar com pertinência e eficácia
uma série de situações. [...] Quando um aluno mobiliza seus saberes, geralmente
conquistados na escola para resolver certos assuntos, procura resolvê-los com eficácia e,
assim, atua com competência.

(ANTUNES, 2002, p. 91)

Em sua opinião, como as possibilidades das TICs podem favorecer a sua aprendizagem?

Quais são os maiores desafios que identifica hoje para se dedicar aos estudos e buscar uma
formação acadêmica de qualidade?

É suficiente ter acesso a um mar de informações?

É suficiente utilizar ferramentas de comunicação e interação?

Ou mesmo jogos educativos e aplicativos para a elaboração de seus trabalhos acadêmicos?

Percebemos que as TICs podem ser fortes aliadas em seu processo de aprendizagem. No entanto, é
necessário algo mais. É necessário que além de conhecer as diversas tecnologias e suas
funcionalidades, desenvolva a capacidade de estabelecer associações entre as possibilidades que
oferecem e as suas necessidades acadêmicas e profissionais.

Para tirar proveito do potencial das TICs, você deve ser capaz de realizar a gestão de seu processo
de aprendizagem, o que exigirá organização, disciplina, gestão do tempo, criação de estratégias de
aprendizagem e autonomia.

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Estilos e Domínios de Aprendizagem


Cada pessoa tem seu estilo de aprendizagem. Desde as primeiras séries na escola, há aqueles que
têm mais facilidade em aprender matemática, os que se identificam mais com as ciências humanas e
sociais, outros que aprendem com mais facilidade de forma visual e também os que conseguem
aprender mais a partir de estímulos auditivos. Cada um tem sua forma particular de pensar, agir e
aprender.

De acordo com DeAquino:

Estilos de aprendizagem representam as competências pessoais dos aprendizes para


processar informação em um ambiente de aprendizado. Cada indivíduo tem sua própria
capacidade para receber e processar informação, que pode ser resultado de experiências
prévias ou de outros fatores cognitivos.

(DEAQUINO, 2007, p. 44).

De acordo com MacKeracher (1996 apud DEAQUINO, 2007, p. 44), os estilos de aprendizagem:

podem ser vistos como um meio pelo qual as pessoas: coletam informação; selecionam
determinas informações para posterior processamento; usam significados, valores,
habilidades e estratégias para solucionar problemas, tomar decisões e criar novos
significados.

(DEAQUINO, 2007, p. 44).

Podemos dizer que os estilos de aprendizagem relacionam-se tanto a estratégias de processamento


de informações para a resolução de problemas quanto à forma como os alunos reagem e interagem
com as condições de aprendizagem que lhe são postas. Envolve, portanto, não somente aspectos
cognitivos, mas também hereditários, afetivos, físicos e ambientais que podem favorecer o
processamento das informações.

Para DeAquino (2007), a aprendizagem apresenta três domínios: cognitivo, físico e emocional.

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DOMÍNIO FÍSICO está relacionado aos cinco sentidos. Em geral, utilizamos todos os sentidos
durante o processo de aprendizagem, mas sempre há uma forma preferencial para coletar
informações e processá-las, gerando diferentes estilos aprendizagem: visual, auditivo ou tátil-
sinestésico. As pessoas com estilo visual aprendem mais facilmente por meio da leitura de um texto,
de uma apresentação em PowerPoint ou de um vídeo, por exemplo. Aquelas com estilo auditivo têm
mais facilidade para aprender quando escutam uma apresentação oral, um audiobook ou quando
conversam com outras pessoas. Já aquelas com estilo tátil-sinestésico aprendem com mais
facilidade ao executar uma atividade.

DOMÍNIO COGNITIVO tem relação com a forma como a pessoa pensa. A pessoa com estilo de
aprendizagem cognitivo tem seu processo de aprendizagem focado no aspecto mental, o que
ocasiona facilidade para aprender por meio da resolução de problemas, brainstorming e outras
atividades cognitivas.

DOMÍNIO EMOCIONAL está relacionado à forma como nos sentimos em termos psicológicos e
fisiológicos.

Dentre os fatores fisiológicos que influenciam nossos sentimentos devem ser considerados
fatores internos que diminuem a nossa capacidade de aprender, como a fome, a sede, a
fadiga e a doença; e fatores externos que envolvem preocupações com o conforto
ambiental, como temperatura, luminosidade, distrações, espaço físico adequado etc. Os
fatores psicológicos que podem afetar nosso aprendizado também podem ser divididos em
internos (estilo pessoal, motivação, vontade de assumir riscos, persistência etc.) e externos
(o estilo pessoal de outras pessoas, situações estressantes na vida pessoal e profissional,
apoio por parte dos demais etc.).

(DEAQUINO, 2007, p. 7).

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ATIVIDADE DE APRENDIZAGEM
Em um exercício de autoavaliação, procure identificar qual desses três domínios é mais
importante em seu processo de aprendizagem. Será que você tem um domínio preferencial?
Reflita sobre as questões listadas a seguir e procure identificá-lo:

Lembre-se de uma experiência recente de aprendizagem da qual tenha gostado bastante. O


que fez você ter essa opinião?

Lembre-se de uma experiência recente de aprendizagem que não considerou boa ou


prazerosa. O que fez você ter essa opinião?

De que forma você acha que aprende melhor?

Escutando algo sobre determinado assunto várias vezes?

Visualizando a informação de forma escrita?

Realizando algo a partir de um roteiro?

Quanto está em silêncio ou concentrado?

Por meio da leitura?

Analisando gráficos e tabelas?

Por meio de uma atividade prática?


O que torna o processo de aprendizagem difícil para você?

Ler?

Ouvir?

Fazer?

Trabalhar sozinho?

Trabalhar em grupo?

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Falar?

Apresentar um seminário?

Não ter tempo suficiente para refletir?


De que tipos de atividades você mais gosta? De que tipos você menos gosta?

Leitura?

Debates e discussões?

Exercícios de múltipla escolha?

Exercícios dissertativos?

Produzir artigos e textos?

Assistir a videoaulas?

Ouvir aulas em áudio?

Fazer provas?

Realizar trabalhos em grupo?

Após refletir sobre todas essas questões, como você caracteriza seu domínio de aprendizagem
preferencial?

Existem outras formas de classificação dos domínios de aprendizagem e das inteligências. Na


década de 1980, o pesquisador Howard Gardner desenvolveu a Teoria das Inteligências Múltiplas,
de acordo com a qual as pessoas possuem habilidades diferenciadas para cada tipo de atividade,
possuem mais de um tipo de inteligência, sendo todos eles interligados e interdependentes. Os
tipos de inteligência propostos por Gardner são descritos a seguir, com base nas contribuições de
DeAquino (2007):

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1. INTELIGÊNCIA VERBAL-LINGUÍSTICA: Capacidade de manipular a linguagem de forma


efetiva para se expressar, seja oralmente ou por meio da escrita. Essa inteligência contribui de
forma bastante significativa para o sucesso da trajetória acadêmica. Entre as atividades que
mais podem contribuir para o seu desenvolvimento, destacam-se: a leitura, a escrita e a
interação por meio das TICs.
2. INTELIGÊNCIA LÓGICO-MATEMÁTICA: Capacidade de pensar de maneira lógica, identificar
padrões, aplicar o raciocínio lógico-dedutivo. Essa inteligência também é muito valorizada na
formação acadêmica. As atividades mais significativas para o seu desenvolvimento são:
resolução de problemas, análise de dados, desenvolvimento de algoritmos, programação etc.
3. INTELIGÊNCIA VISUAL-ESPACIAL: Capacidade de manipular e criar imagens mentais para
solucionar problemas. As atividades mais significativas para o seu desenvolvimento incluem:
criação de mapas mentais, utilização de animação e vídeo, desenhos etc.
4. INTELIGÊNCIA CORPORAL-SINESTÉSICA: Capacidade de utilizar as capacidades mentais
para coordenar os movimentos corporais, seja para se expressar ou realizar determinadas
atividades, como encenações teatrais e dramatizações, que podem contribuir para o
desenvolvimento dessa inteligência.
5. INTELIGÊNCIA MUSICAL-RÍTMICA: Capacidade de reconhecer e compor tons e ritmos
musicais. A composição e reprodução de músicas podem contribuir para seu desenvolvimento.
6. INTELIGÊNCIA INTRAPESSOAL: Capacidade de conhecer a si mesmo, compreender os seus
pensamentos e emoções. Está relacionada ao autoconhecimento. Essa inteligência pode ser
desenvolvida a partir de reflexões sobre as ações, autoavaliações e também de organização de
um diário.
7. INTELIGÊNCIA INTERPESSOAL: Capacidade de entender o outro, seus sentimentos e
intenções. Essa inteligência está relacionada à capacidade de se relacionar bem com as pessoas.
Os debates, elaboração de projetos em grupo, jogos cooperativos são exemplos de atividades
que podem contribuir para o seu desenvolvimento.
8. INTELIGÊNCIA NATURALISTA: Capacidade de compreender a natureza, as plantas, animais,
minerais e todo o meio ambiente com seus múltiplos componentes.
9. INTELIGÊNCIA EXISTENCIAL: Engloba as capacidades filosóficas, a capacidade de refletir
sobre a própria existência no mundo.

Armstrong (1994 apud PALLOFF; PRATT, 2004, p. 52) analisou a teoria de Gardner e chegou a
quatro conclusões:

“todas as pessoas possuem todos os tipos de inteligências, as inteligências podem ser


trabalhadas, as inteligências trabalham em conjunto de maneira complexa e há vários
modos de ser inteligente”.

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Você possui todas essas inteligências, em maior ou menor grau, e é capaz de desenvolver aquelas
pouco predominantes. O reconhecimento dessas inteligências possibilita processos de ensino mais
personalizados, a partir do momento em que é possível ajudar o estudante a compreender os
conteúdos nos quais tem mais dificuldade, explorando de forma adequada suas inteligências mais
desenvolvidas.

Armstrong (2001) propõe um quadro interessante para caracterizar o modo mais adequado de
aprender, de acordo com cada inteligência. Na Tabela 1, sintetizamos as principais contribuições do
autor, com adaptações.

INTELIGÊNCIA
MODO MAIS ADEQUADO DE APRENDER
PREDOMINANTE

LINGUÍSTICA Utilizando as palavras de alguma forma: lendo, escrevendo, contando histórias, fazendo jogos de palavras.

Resolvendo problemas, raciocinando, fazendo experiências, aplicando fórmulas, calculando, elaborando


LÓGICO-MATEMÁTICA
perguntas.

ESPACIAL Analisando imagens, desenhando, visualizando, elaborando mapas mentais.

Movimentando-se, dançando, experimentando sensações que envolvem os vários sentidos, correndo,


CORPORAL-CINESTÉSICA
construindo, tocando, gesticulando.

MUSICAL Utilizando ritmos e melodias, cantando, tocando instrumentos.

INTERPESSOAL Relacionando-se, liderando, orientando, percebendo os outros

Planejando, compreendendo seu jeito de ser, suas necessidades e expectativas, sonhando, estabelecendo
INTRAPESSOAL
objetivos.

NATURAL Estabelecendo contato com a natureza, com animais, cuidando de plantas, cuidando do ambiente em geral.

Tabela 1. Modos de aprender, de acordo com a inteligência predominante. Adaptado de Armstrong (2001).

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As tecnologias podem contribuir de forma significativa para o desenho de estratégias de ensino que
considerem os diferentes estilos de aprendizagem do estudante. Em cursos a distância pela
internet, por exemplo, os estudantes têm autonomia para definir seus caminhos de aprendizagem,
podem ter acesso a recursos diversificados (textos, vídeos, áudio, imagens etc.) e cada um avança
no seu ritmo. O potencial das TICs tem sido cada vez mais aproveitado na educação, com vistas a
possibilitar a combinação de mídias e recursos, atendendo ao estilo preferencial de aprendizagem
de cada estudante, que passam a ter autonomia para trilhar seu percurso.

Para identificar seu estilo de aprendizagem, deve observar de que forma consegue detectar e reter
as informações com mais facilidade. Procure observar, por exemplo, se tem mais facilidade para
aprender lendo, ouvindo uma palestra, relacionando-se com as pessoas ou assistindo a um vídeo.

DeAquino (2007, p. 72) afirma que:

A identificação de seu estilo preferencial de aprendizagem pode ajudar um aprendiz a


determinar seu ponto de partida e dar a ele uma ideia dos tipos de habilidades que precisa
desenvolver. O aprendiz precisa aproveitar ao máximo as estratégias que conhece e com as
quais se sente confortável, fazendo que elas trabalhem bem para ele.
(DEAQUINO, 2007, p. 72).

Buscar identificar as características mais marcantes de seu estilo de aprendizagem pode contribuir
para que você assuma mais responsabilidade por sua aprendizagem; selecione de forma mais
adequada os espaços e atividades que contribuem para sua aprendizagem; tenha mais facilidade de
comunicação e de interação com os colegas e professores nos ambientes de aprendizagem;
participe de forma mais efetiva e colaborativa em grupos de estudo; tenha mais interesse em
aprender com o outro. Tudo isso tem um impacto positivo no desenvolvimento individual e grupal,
não somente nos ambientes acadêmicos, mas também nos profissionais e em outros espaços de
convivência.

Estratégias de Aprendizagem
Ao longo de sua formação acadêmica, você terá oportunidade de criar e experimentar diferentes
estratégias de aprendizagem e identificar aquelas que se mostraram mais proveitosas, perceber a
partir de quais tem mais facilidade de aprender. É importante observar que em sua formação
acadêmica e trajetória profissional deverá buscar desenvolver a capacidade de aprender por meio

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de recursos e situações que nem sempre estarão alinhadas ao seu estilo de aprendizagem. Quanto
mais competências desenvolver, nos diversos âmbitos de inteligência, mais sucesso terá em sua
trajetória.

O termo estratégia de aprendizagem está relacionado a processos de tomada de decisão pelos


quais o aprendiz escolhe e recupera, de maneira organizada, os conhecimentos de que necessita
para completar um determinado objetivo, dependendo das características da situação educativa na
qual se produz a ação. Nesse sentido, a palavra estratégia diz respeito a planejamento e
procedimentos para alcançar a aprendizagem.

Observe a Figura 1, adaptada de DeAquino (2007, p. 74), com o processo de cinco estágios para se
desenvolver uma postura proativa de aprendizagem.

Figura 1. Processo para aprendizagem proativa. Adaptado de DeAquino (2007, p. 74).

Observe que o estágio de reflexão deve estar presente em qualquer atividade que desenvolve, para
que possa estabelecer metas de aprendizagem que norteiem suas ações. Em caso de qualquer
dificuldade ou recaída, retome o estágio de reflexão, para estabelecer novas metas. Afinal, somos
eternos aprendizes!

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ATIVIDADE DE APREDIZAGEM
Faça um exercício de reflexão e procure identificar quais aspectos necessita melhorar em sua
postura de aprendiz.

Quais suas principais metas de aprendizagem neste momento?

Uma vez definidas essas metas, procure cumpri-las, para que possa aprender continuamente

Marangon (2003) elaborou um conjunto de recomendações relacionadas a estratégias de estudo,


que podem ser úteis ao longo de sua formação. Veja que interessante:

Examinar todo o material para ter uma visão geral e anotar algumas perguntas que surgirem espontaneamente, antes de
PREPARAÇÃO
iniciar a leitura. Essa iniciativa provoca a busca das respostas. Assinalar as principais ideias também é uma estratégia
PARA A
adequada. Anotar qualquer palavra desconhecida e pesquisar seu significado, tanto para uma melhor compreensão
LEITURA
quanto para a ampliação de seu vocabulário.

A pesquisa é uma forma de ampliar horizontes, aprofundar e buscar mais informações sobre o tema em diferentes fontes,

PESQUISAR tanto impressas (livros, revistas, catálogos etc.) quanto eletrônicas (bibliotecas e bases de dados digitais, portais,

ambientes virtuais de aprendizagem etc.).

Sempre que possível, elaborar fichas ou resumos de leitura. Uma forma eficiente de recapitular o estudo é fazer resumos

RESUMIR e esquemas. Após a leitura e a pesquisa, é importante registrar em fichas as ideias centrais sobre o que leu e estudou. Elas

organizam as informações, além de auxiliar na fixação dos conteúdos.

Para o processo de aprendizagem é muito importante dar sentido ao que se está lendo, procurando compreender o

CONSTRUIR contexto em que foi produzido e relacionando-o com outros conteúdos aprendidos e conhecimentos já construídos.

SENTIDO E Criar o hábito de se fazer perguntas, à medida que estuda, contribui para o desenvolvimento de senso crítico e também

SIGNIFICADOS para a construção de significados. Perguntas do tipo: para que serve isso? Como funciona? A quem interessa? Assim você

estará exercitando sua capacidade de analisar, criticar e ir além do que foi lido.

Ao final de cada aula, presencial ou virtual, procure revisar o material estudado e as anotações
realizadas.

É importante que liste os pontos mais importantes e registre as principais definições, fórmulas,
considerações e conclusões. Por fim, é essencial que formule perguntas sobre o que foi estudado,
seja para compartilhar com professores e colegas, ou para conduzir suas pesquisas para
aprofundamento dos estudos.

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