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Ao abordar a preocupação da família em relação ao desenvolvimento da sexualidade de seus

filhos, é importante fornecer informações e tranquilizá-los sobre o assunto. É comum que as


crianças manifestem curiosidade sexual em diferentes momentos de seu desenvolvimento, e
isso faz parte de seu crescimento saudável e natural. A exploração do corpo e a curiosidade em
relação às diferenças entre os sexos são aspectos normais da evolução psicossexual durante a
infância. Nessa fase do desenvolvimento, as crianças estão explorando e aprendendo sobre o
mundo ao seu redor, incluindo as diferenças entre meninos e meninas. Brincar com bonecas e
bonecos é uma forma comum de imitar o comportamento observado nos adultos e explorar
diferentes papéis sociais. Ao remover as roupas dos brinquedos, as crianças estão
simplesmente imitando ações que observaram e estão experimentando de forma natural, sem
conotação sexual. É importante tranquilizar a família de que a curiosidade sexual na infância é
uma parte normal do desenvolvimento e não indica necessariamente algo de errado com os
filhos. No entanto, como profissional de saúde, é sempre importante estar atento a qualquer
comportamento que possa indicar um nível de exploração sexual inadequado para a idade das
crianças, como comportamentos sexualizados excessivos, exposição frequente de partes
íntimas do corpo a outras pessoas ou qualquer forma de abuso sexual. Esses comportamentos
são atípicos e exigem uma avaliação mais aprofundada. Para ajudar a família a lidar com essa
situação, você pode sugerir as seguintes orientações:

1. Educação: Explique à família que é normal e saudável que as crianças tenham curiosidade
sexual durante a infância. Forneça informações sobre o desenvolvimento infantil e explique
que a exploração do corpo e a curiosidade fazem parte do processo de descoberta e
aprendizado.

2. Comunicação aberta: Incentive a família a manter uma comunicação aberta com seus filhos,
onde as perguntas e dúvidas sobre o corpo e a sexualidade possam ser discutidas de forma
adequada à idade das crianças. Isso ajuda a construir confiança e a transmitir informações
corretas.

3. Estabelecer limites adequados: Oriente a família a estabelecer limites claros e apropriados


para os filhos, ensinando-lhes sobre privacidade, respeito pelo corpo próprio e dos outros, e
sobre o que é apropriado em termos de exposição corporal e comportamento sexual.

4. Monitoramento: Encoraje a família a monitorar o acesso das crianças a conteúdos


inapropriados ou sexualmente explícitos, seja na mídia, na internet ou em outras fontes.

5. Consulta a um profissional: Caso a família tenha preocupações persistentes ou se observe


comportamentos que possam indicar um desenvolvimento sexual atípico, é recomendável
buscar a orientação de um profissional especializado em desenvolvimento infantil, como um
psicólogo infantil ou um pediatra, que possa avaliar a situação de forma mais aprofundada.

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