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Seduced by the Escort

(Livro #1 na Série Escort)

Cora Reilly
Sinopse

Amy passou os últimos anos lutando contra o câncer e agora que finalmente estava em
remissão, queria cumprir a lista de coisas a fazer que havia criado quando estava doente
Perder a virgindade é a sua maior prioridade.

Ela sabia que o câncer poderia voltar a qualquer momento e não queria morrer sem
nunca ter experimentado o prazer. Mas quando viu sua família sofrer enquanto lutava contra a

morte, Amy jurou nunca deixar ninguém chorar por ela quando morresse.

É por isso que aceitou a oferta que sua irmã Leah fez quando pensou que Amy

morreria: contratar um acompanhante. O marido de Leah é o dono da melhor agência de


acompanhantes em Nova York e se compromete a tratar Amy para alguns encontros com o

acompanhante Noah.
Mas, enquanto Noah ajuda Amy com os pontos em sua lista, rapidamente percebe que a

contratação de um profissional não a impede de desenvolver sentimentos.


Capítulo Um

Amy
— Amy, você tem certeza? Você pode encontrar um namorado num
piscar de olhos, você sabe disso — disse Leah, minha irmã mais velha. Ela

usou seu tom de voz maternal. Eu odiava quando ela fazia isso.
— Tenho certeza. Não quero sobrecarregar ninguém com minha

doença. — Não que não tenha pensado sobre isso. Passei inúmeras noites
sem dormir pensando nisso.

— Você está em remissão. Tem a vida inteira pela frente.


Eu balancei minha cabeça. O câncer poderia voltar a qualquer

momento. Eu vi o quão difícil foi para os meus pais e minha irmã me virem
lutar pela minha vida. Eu não queria fazer isso com qualquer outra pessoa.

Os médicos disseram que havia 30% de chance do câncer voltar nos

próximos cinco anos. Talvez as chances estivessem a meu favor, mas

definitivamente não me sinta dessa forma.


Leah inclinou a cabeça enquanto examinava meu rosto.

— Você é tão bonita. Qualquer homem se sentiria sortudo.

Passei a mão sobre o meu cabelo. Ainda não estava acostumada com

a sensação. Nos últimos anos me acostumei com a minha calvície, mas


desde que comecei a remissão há alguns meses atrás, meu cabelo voltou a

crescer.

Antes de ficar doente, sempre tive cabelo comprido; ainda não me

sentia confortável com meu corte joãozinho e estava mais magra do que

gostaria, mas sobrevivi e era tudo que importava. Agora só precisava


aproveitar a vida ao máximo antes que o destino me pregasse uma peça

novamente.

— Leah, por favor, pare. Eu tomei a minha decisão. E você foi quem

sugeriu isso, lembra?

— Eu estava morrendo de medo e quando li sua lista, eu o perdi. Eu


não podia suportar a idéia de que você poderia...

— Ela engoliu em seco, arrependimento em todo o rosto. — que

você poderia morrer sem experimentar as coisas que queria tanto fazer.

— Eu ainda quero riscar as coisas da minha lista. É por isso que

farei isso. Eu preciso fazer. — No fundo, estava nervosa com a idéia. Eu

sabia o que os outros pensariam de mim quando descobrissem que perderia

a minha virgindade com um acompanhante, mas parei de me preocupar com


o que os outros pensavam enquanto lutava contra a morte.

Esta era maneira mais fácil. A única maneira de evitar que outras

pessoas se machucassem. Eu não queria mais pessoas cuidando de mim,

mais pessoas sofrendo se eu morresse.


— Você me ajudará? — perguntei.

Leah assentiu com a cabeça, mas continuou passando uma mão

nervosa sobre seu longo cabelo castanho, da mesma cor que o meu. Eu

passei meus braços ao redor dela, deixando escapar um longo suspiro. Um

acompanhante era caro. Eu não poderia pagar uma única noite com um,

muito menos várias noites, mas o marido de Leah era o dono da melhor
agência de acompanhantes de Nova York. Acho que merecia esse

minúsculo golpe de sorte depois de toda a merda que a vida atirou em mim

até agora.

— Claro, é por isso que sugeri. Estou feliz de não ter aceitado na

ocasião — disse ela calmamente.

Eu sorri. — Sim, eu também. — Quando Leah sugeriu há quase um

ano, faltavam dois meses para meu aniversário de dezoito anos. Isso não era

bom. Eu tive pneumonia e chorei com minha irmã, porque nunca havia

beijado um garoto e morreria sem fazer a experiência. Minha irmã e seu

marido teriam grandes problemas na época, mas agora eu tinha idade e


estava saudável o suficiente.

— Você sabe que Charles comanda o negócio. Ele conhece os seus

modelos melhor do que eu. Precisamos falar com ele sobre nosso plano.

Eu sempre achei engraçado que eles fossem chamados de modelos,

mesmo que aparentassem, pois realmente fizeram algo muito diferente.


Eu concordei com a cabeça. Eu temia que fosse o caso.

— Vamos — disse rapidamente e levantei. Eu precisava acabar com

isso antes que perdesse a coragem. Os olhos escuros de Leah piscaram com
hesitação, mas então ela pegou sua bolsa e me levou para o seu carro.

***

O escritório da Platinum Escort Serviços era no último andar de um

edifício comercial elegante em Manhattan. Os guardas de segurança

acenaram quando viram minha irmã.

Leah caminhou até a secretária, em seguida, acenou-me segui-la.

Nunca estive aqui antes. Não que não tivesse curiosidade. Isso era algo que

as pessoas só comentavam discretamente.

Meu coração acelerou quando a porta escura de madeira no final do

corredor abriu e Charles saiu. Ele era alto e moreno, e um dos homens mais

bonitos que conhecia. Ele franziu a testa quando nos viu. Talvez ela devesse

ter dito a ele que iríamos. Dessa forma, pelo menos, poderia ter se

preparado para o meu pedido. Ele nos levou para seu escritório moderno,

olhando curiosamente para Leah.

— Aconteceu alguma coisa? — perguntou, olhando para mim. Eu

abaixei meu olhar, sentindo minhas bochechas ficando vermelhas. Se já

estava envergonhada agora, como ficaria depois que soubesse por que vim
aqui?
Leah me olhou interrogativamente e assenti. Ela deu um passo em

direção a Charles e começou a explicar o que havia oferecido e o que eu

queria. Olhei fixamente para a janela, olhando para os arranha-céus ao

redor.

— Amy? — Leah disse depois de alguns minutos. Tentei não

escutar a conversa e eles não levantaram o tom de voz.

Virei-me lentamente.

O rosto de Charles estava neutro, e eu fiquei feliz. Eu já estava

bastante nervosa. Se ele me olhasse estranhamente, eu sairia correndo.

— Acho que devemos conversar — disse com uma voz profunda.


Meus olhos arregalaram. Eu realmente queria evitar isso.

— Charles? — Leah disse confusa.

A expressão de Charles não alterou. — Se Amy se tornará uma

cliente, então acho que deveria falar comigo sobre suas expectativas longe

de você. Você é sua irmã, talvez possa deixá-la sem graça na hora de

expressar seus desejos.

Minha pele aqueceu, mas ele tinha razão. O problema é que ele não

era um estranho também, mas não podia fazer nada quanto a isso. — Está

tudo bem — disse a ela. Leah hesitou, então saiu, fechando a porta sem

fazer barulho.

Torci minhas mãos nervosamente. Eu conhecia Charles.


Leah era oito anos mais velha do que eu e estava casada com ele há

cinco anos. Ele era dez anos mais velho do que ela. Ele foi até a sua mesa e

pegou um iPad, então, foi em direção ao sofá. — Por que você não senta?

— disse calmamente. Eu andei até o sofá e sentei. Ele se sentou ao meu

lado, então ligou o iPad.

— Leah me disse o básico — ele começou.

— Isso é constrangedor. — Olhei fixamente para as minhas mãos.

— Não fique constrangida. Leah me disse que você estava certa

sobre a sua decisão.

— Estou — disse firmemente, encontrando seu olhar pela primeira

vez. — Se é por causa do dinheiro, tenho um pouco em minha conta e

poderia pagar o restante lentamente. — Eu precisava de dinheiro para

outras coisas.

— Não. Eu não me importo com o dinheiro, e suspeito que isso

custaria um pouco mais do que poderia pagar com um emprego parcial, ao

lado da faculdade.

— É muito?

Charles sorriu levemente. — Depende do que você quer.


Eu olhei para minhas mãos. — Eu... — balancei minha cabeça. —

Como posso falar com você sobre isso?


A expressão de Charles era amável. — Você quer ter uma

experiência com um namorado, eu suponho.

— Eu quero perder minha... — Eu não podia dizer isso.

Um lampejo de inquietação passou pelo rosto de Charles, mas sua

máscara profissional encobriu rapidamente.

— Sim eu sei. Leah me disse. O que quero dizer é que você gostaria

de ter alguns encontros e fingir que o modelo é o seu namorado antes de

ficarem íntimos.
Eu corei. — Eu sei que não é de verdade. Eu não quero que ele finja

que é meu namorado — disse com voz trêmula.


— Sim, mas você não quer apenas fazer sexo, eu imagino. Você

quer conhecê-lo e passar algum tempo com ele. Leah acha que você deve
sair com o modelo várias vezes durante umas três ou quatro semanas, talvez

mais se for o que precisa ou deseja.


— Oh, eu não posso pedir isso de você. É muito tempo. Não acho

que precisarei de muito tempo com ele. Alguns encontros serão suficientes.
— Isso é o que esperava, pelo menos.

— Não se preocupe com o dinheiro. Deixaremos isso em aberto e


quando não precisar mais dos serviços, você me avisa.
Isso significava que teria que manter Charles atualizado sobre o

andamento das coisas e que ele saberia quando o negócio foi cumprido. Isso
era definitivamente embaraçoso demais para sequer considerar. — Não
acho que seja necessário. Gostaria de agendar um número definido de

encontros.
Charles parecia cético, mas balançou a cabeça. — Ok, então quantas

encontros gostaria de reservar?


Uau. Como saberia quando estaria pronta? Estive pensando nisso

por tanto tempo, talvez estivesse disposta a ter relações sexuais durante o
meu primeiro encontro com o acompanhante, mas suspeitava que fosse
muito tímida para ficar nua rapidamente. — Três? — disse timidamente.

— Que tal cinco encontros?


Eu balancei a cabeça. Eu acho que cinco encontros serão suficientes.

Certo?
— Tudo bem — disse Charles formalmente. — Tenho uma lista dos

meus modelos aqui. — Ele tocou na tela do iPad e aproximadamente de


trinta fotos homens de todas as idades apareceu. Olhei-as rapidamente, mas

antes que pudesse dizer de quem gostava, Charles começou a separá-los.


— O que está fazendo? Pensei que eu escolheria o cara.

Charles olhou para cima. — Claro. Mas alguns deles normalmente


lidam com necessidades especiais.

— Necessidades especiais? O que poderia ser mais ‘necessidade


especial’ do que uma patética virgem com câncer?
Charles precisou de um momento para recompor seu rosto. —
Necessidades especiais significam BDSM, fantasia de estupro, entre outras

coisas...
Fiquei boquiaberta. — Fantasia de estupro?

Charles fez uma careta. — É por isso que estou fazendo uma pré-
seleção. Escolher os modelos que são bons para o serviço namorado.

Eu balancei a cabeça. — Ok, obrigada. — Sequer havia considerado


que alguns desses homens gostavam dessas coisas ásperas ou que algumas

mulheres que lhes reservavam gostavam de fingir que eram estupradas.


Eventualmente, separou uma lista de quinze modelos masculinos.

— E quanto à idade?
Eu pensei sobre isso. No início pensei que queria alguém da minha

idade, mas então decidi que provavelmente estaria menos nervosa com um
homem mais experiente. — Talvez na faixa dos vinte e poucos, quase

trinta?
Surpresa atravessou o rosto de Charles, mas não protestou. Ele
excluiu mais cinco modelos, deixando apenas dez para escolher. Meus

olhos se fixaram na imagem de um homem com cabelo loiro escuro


bagunçado e olhos azuis acinzentados. Ele tinha barba por fazer, um pouco

mais escura do que seu cabelo.


Charles bateu na foto. — Noah?
— Ele parece bom — disse suavemente.

Charles analisava meu rosto. — Ele trabalha para mim há nove


anos. Nunca tive nenhuma queixa.

Eu li as informações dele. Ele tinha vinte e nove anos e 1,92m.


Havia fotos dele sem camisa. Ele era magro, mas musculoso e tinha uma

tatuagem em seu braço e ombro. — Você acha que ele concordará?


Charles franziu a testa.
— Quer dizer, ele ficará bem comigo? Eu sei que ele não precisa se

sentir atraído por mim, mas não quero que se sinta repelido.
Charles balançou a cabeça. — Ele não se sentirá, não se preocupe.

Eu falarei com ele sobre você, ok? Quero ter certeza que ele entende a
situação.

— Você quer dizer, se ele quer transar com uma virgem. — Meus
lábios apertaram com amargura.

— Não acho que se importará. — Havia algo estranho em sua voz.


O lampejo de inquietação voltou e eu sabia que não gostaria que ele diria a

seguir. — Você tem alguma experiência? Seria bom Noah conhecer os


detalhes antes do primeiro encontro.

Olhei para as minhas mãos. — Não. Eu nunca beijei ninguém ainda.


Não houve tempo... — Eu parei. Charles sabia sobre meu histórico de

câncer.
— Tudo bem — disse Charles lentamente. — Acho que Noah é uma

boa escolha. Vou ligar para ele hoje e falar com ele. Eu vou deixar você
saber os detalhes amanhã, ok?

— Obrigado, Charles. — Fiz uma pausa. — Não quero que ninguém


saiba, especialmente minha mãe ou me pai.Somente você e Leah.

— A discrição é a regra número um neste negócio, Amy. Não se


preocupe. Mas você tem certeza que quer isso?

— Sim, estou absolutamente certa.

Noah

Entrei no escritório. Charles não levantou de sua cadeira.


Eu poderia dizer que ele estava com um humor estranho. Ele não

disse porque queria falar comigo em seu escritório.


Normalmente me enviava os detalhes para o meu próximo trabalho
via e-mail. Depois de anos no negócio, realmente não preciso de orientação

pessoal. Não imagino que ele tenha recebido alguma queixa de qualquer
uma das minhas clientes recentes.

Sentei na cadeira a sua frente. Charles bateu os dedos na madeira


lisa de sua mesa, franzindo a testa.
— Tenho um trabalho especial para você — disse ele, seus olhos
escuros finalmente se focaram em mim. Eu me inclinei no assento. Isso

seria interessante.
— OK? E você precisava me dizer pessoalmente porque? — Tive
um pressentimento que não gostaria do que ele tinha a dizer. — Eu não

estou saio com homem ou faço BDSM. Não me importo com o dinheiro
extra.

— Não é nada disso — disse Charles bruscamente.


Eu franzi as sobrancelhas. Ele estava no limite. — Então o que é?

Ele deslizou algo do outro lado da mesa e eu o peguei.


Era uma foto de uma jovem mulher com o cabelo castanho curto,

escuro e enormes olhos castanhos. Ela usava um vestido preto e uma


legging rosa e me lembrou de bailarinas com ossos finos. Ela era um pouco

mais magra do que geralmente gosto. Definitivamente não se parecia com


minhas clientes habituais. Ela era muito mais jovem e muito mais bonita.

Não que eu me importe com as aparências quando se trata de clientes.


— Essa é minha cunhada, Amy — disse Charles.

Franzi minhas sobrancelhas. Que porra é essa? Era uma piada? —


Sua cunhada? E você a está oferecendo como um presente de aniversário ou

o quê?
Os olhos de Charles se estreitaram. — Você será pago, não se
preocupe. E não é assim. Ela quer experimentar algumas coisas e gostaria

de usar alguém como você para isso.


— Algumas coisas? Como o que?

— Como o sexo. Ela é muito inexperiente.


— Ela quer perder a virgindade com um acompanhante? — Esta

seria a primeira vez para mim. Eu não podia acreditar que alguém quisesse
ter sua primeira experiência pagando um cara. — Qual o problema? Por que

ela não encontra um cara legal e o deixa cuidar disso?


— Isso significa que você não quer o trabalho?

— Eu não disse isso. — Para ser honesto, me deu um arrepio de


excitação. Seria um desafio e Amy não era ruim para os olhos. —

Simplesmente não entendo.


— Amy tem lutado contra um câncer há anos e ela tem uma espécie
de lista de coisas que ela quer fazer…
— Porra. Não me diga que isso é algum tipo de desejo de morte? —

Isso seria muita pressão. Estava acostumado a pressão no departamento de


sexo, mas este era um tipo diferente de bagagem que não precisava.
— Não, ela está em remissão.
— Então por quê?
— Ela não quer se aproximar de ninguém, porque está preocupada
em como isso afetará a pessoa se o câncer retornar e ela morrer.

— Uau. — Eu nem sabia mais o que dizer.


— Você está preparado para o trabalho, Noah?
— Claro. Mas por que eu? Será que você me escolheu para ela? —
O pensamento quase me fez rir.
Charles parecia irritado. — Não. Eu fiz uma pré-seleção porque eu

sabia que alguns caras seriam mais adequados para o trabalho do que os
outros.
— E você pensou que eu era adequado para o trabalho?
— Sim, eu sei que você pode ser gentil.

Eu tive que segurar uma risada. Ele estava obviamente


desconfortável com a conversa. Não me admira. Eu ficaria desconfortável
também se tivesse que falar com um cara que supostamente tiraria a
virgindade da minha cunhada. — Eu posso ser gentil — disse

simplesmente. — Então, Amy me escolheu?


— Sim. Pessoalmente, teria escolhido Juan ou Skyler.
— Por quê?
Charles bateu os dedos na mesa, com os lábios apertados. — Porque

quando as mulheres me procuram para uma noite com um acompanhante


bem-dotado, eu não recomendo Juan ou Skyler.
Eu ri. Então percebi que ele queria dizer. Para uma virgem, um cara
com um pau pequeno seria uma boa escolha. Eu não era o cara com o maior

pau na agência, mas estava perto. — Você disse a Amy?


Charles me deu uma olhada. — Você está brincando?
Eu não queria falar sobre o tamanho de um pau com a minha
cunhada. Ela provavelmente teria fugido gritando, pelo amor de Deus.

— Quanta experiência ela tem?


— Nenhuma. Ela sequer beijou um cara ainda.
— Porra, Charles. Ela tem certeza que quer isso? — Apesar das
minhas palavras, uma parte primitiva minha se sobressaltou com a chance

de estar com alguém tão inexperiente, para dar-lhe prazer.


— Sim, ela está determinada. Então o que você diz?
Você acha que pode lidar com isso?
— Claro. Eu tenho nove anos de experiência. Não sou um novato.
— Você tem experiência com virgens?

— Na verdade, não. Minha primeira namorada era virgem, mas eu


tinha quinze anos e muito preocupado em meu próprio tesão, então
realmente não prestei muita atenção.
— Ótimo! — Charles murmurou.

— Não importa. A mecânica é a mesma.


— A mecânica? — Charles disse bruscamente.
Eu levantei a mão para impedi-lo de um discurso inflamado. — Eu

sei que não posso apenas enfiar meu pau.


Eu não sou um idiota. Você sabe que sempre satisfaço as minhas
clientes, não importa o que elas precisam. Eu sei que terei que ser gentil
com Amy. Eu sei que eu terei que ir devagar e deixá-la preparada.
Charles balançou a cabeça, seus lábios se curvaram em desgosto. —

Pare de falar. Eu não quero saber os detalhes. Eu não quero imagens de


você e Amy em minha mente. — Talvez então não devesse ter oferecido
meus serviços.
— Então como será?

— Minha esposa e eu pensamos que seria melhor se você passasse


algum tempo com Amy. Você poderia sair com ela algumas vezes. Eu
realmente não me importo quantas vezes ou quanto tempo leve. Você
receberá a taxa máxima para cada encontro. Eu não me importo se você

apenas ficar de mãos dadas. Na verdade, não quero saber o que você faz,
mas certifique-se de que ela está feliz. Amy estava desconfortável em
reservar seus serviços por um período indefinido, de modo que concordei
em cinco encontros com ela, mas se as coisas progredirem lentamente,

podemos estender seus serviços. Deixe-me saber e discutirei o assunto com


Amy.
Isso ficaria muito caro. — OK. O que ela gosta de fazer?
1
— Ela desenha, gosta de visitar o MOMA e o Museu

Metropolitano, de modo que é sempre algo que pode fazer.


— Boa. Ela tem um apartamento onde poderia encontrá-la para os
nossos encontros mais reservados? Ela provavelmente ficará mais
confortável do que em um quarto de hotel.

— Ela começará a faculdade em algumas semanas, mas não se


mudou para seu quarto do dormitório ainda e, mesmo assim, não é um lugar
ideal, de modo algum. E a casa de seus pais ou minha casa está fora de
questão. Ela ficaria desconfortável também.

Eu considerei a opção. — Eu poderia levá-la para o meu


apartamento.
Charles pareceu surpreso. Eu nunca levei clientes para casa, nem os
meus colegas. — Não é como se ela fosse me perseguir. E não me importo.
Se ela estiver confortável com isso. Perguntarei a ela durante nosso

primeiro encontro.
— Bom. Sei que você tem algumas reservas nesta e nas próximas
semanas, mas já entrei em contato com algumas das clientes que não
insistem que você seja o acompanhante e troquei para outros

acompanhantes.
— Eu suponho que Shirley e Rebecca não cancelaram seus
compromissos comigo.
— Correto, mas você não terá nenhum problema para lidar com

isso.
Eu balancei a cabeça. — Quando encontrarei Amy?
— Amanhã.
Eu me levantei. — Bom. Você enviará os detalhes?

Charles assentiu. Ele se levantou e sabia o que viria pelo olhar em


seu rosto. — Eu confio em você com Amy. Se ela estiver feliz quando este
arranjo terminar, te darei um bônus que dobra a taxa do contrato. Seja bom
para ela.

Foi um ‘ou’ silencioso.


— Serei.
“I will.”
Capítulo Dois

Amy
Eu abri e fechei minhas mãos enquanto observava o homem alto que
entrava no café.

O reconheci imediatamente da foto que Charles havia me mostrado.


Seus olhos percorreram as mesas e então se fixaram em mim.

Meu coração batia acelerado. Eu queria isso, mas agora que o


homem que seria pago para tirar minha virgindade caminhava em minha

direção, o desejo de correr me dominou. Ele usava uma calça jeans preta e
uma camisa branca com as mangas arregaçadas, revelando fortes braços

bronzeados. Seu sorriso era fácil e relaxado quando parou ao lado da minha
mesa.

Eu sabia que deveria sorrir, mas meus músculos faciais pareciam

congelados.

— Oi, Amy! — ele disse com uma voz profunda e suave.


Eu fiquei sem graça. Seus olhos deslizaram sobre o meu corpo

rapidamente e quis saber o que ele achava. Ele concordou em me conhecer,

mas não significava nada. Pelas histórias de Leah, sabia que os

acompanhantes também dormiam com mulheres que não achavam

atraentes. Eu tinha escolhido usar meu vestido de verão amarelo favorito e


sandálias porque me sentia confortável, mas agora me perguntava se salto

alto teria sido uma escolha mais sábia.

Noah era realmente alto, bem mais alto do que eu. — Hum, oi! —

disse, sentindo minhas bochechas corarem quando encontrei o seu olhar.

Sua expressão era aberta e amigável. Nada nele demonstrava que dormia
com mulheres por dinheiro. Mas eu sabia quem ele era e ele sabia por que

queria conhecê-lo, de modo que cada olhar que recebia me fazia pensar se

de alguma forma sabiam o que acontecia.

Será que parecíamos suspeitos para eles?

— Eu sou Amy — disse e então me encolhi. Ele já sabia disso. —


Sinto muito.

Noah me deu um olhar de compreensão. — Nervosa?

— Sim. É tão óbvio assim? — disse com uma pequena risada. Noah

tocou no meu braço levemente e eu me sobressaltei. Ele abaixou sua mão

imediatamente. Deus, eu era ridícula. Ele provavelmente já se lamentava

por isso.

— Devemos nos sentar? — perguntou.


— Claro — Sentei novamente em minha cadeira e Noah sentou

perto de mim. Uma garçonete se aproximou e eu pedi um café gelado. Eu já

estava me sentindo quente. Uma bebida quente estava fora de questão.


Noah pediu chá e percebi que ele tinha um ligeiro sotaque. — Você é da

Inglaterra?

— Nascido e criado em Londres — disse com um sorriso

descontraído. Parecia que isso era normal para ele e é claro que era. Ele era

um acompanhante. Ele saía com mulheres estranhas o tempo todo.

— Eu sempre quis visitar Londres — disse. — Por que você veio


para os Estados Unidos? — Eu percebi tarde demais que uma pergunta

pessoal como esta era provavelmente inadequada.

O sorriso de Noah não vacilou, mas podia ver uma ligeira mudança

em seus olhos. — Eu amo aventuras.

— É por isso que você trabalha como acompanhante?

— Entre outras razões, sim — disse tranquilamente. A garçonete

voltou com chá de Noah e meu café gelado e avidamente bebi dele. Eu me

sentia quente e o líquido frio pareceu acalmar meus nervos.

— Então, quais são as suas expectativas para o nosso acordo?

Larguei meu copo, mas mantive meus dedos ao redor dele para ter
algo no que segurar. — Bem, suponho que seja o que todas as suas clientes

querem.

Noah riu. — Claro, tecnicamente sim, mas a situação é um pouco

diferente do que com as minhas outras clientes.

— Por quê? Porque Charles paga?


— Não, isso não diz respeito a nossa interação. — Ele tomou um

gole de seu chá. — O que quero dizer é que você escolheu esta como sua

primeira experiência.
Minhas bochechas aqueceram. — Ah, sim. Isso é um problema?

— Não para mim. — Noah disse uniformemente. — Charles

mencionou que você fez uma lista.

Eu escondi meu rosto em minhas mãos, então espiei por entre meus

dedos. — Ele disse?

Noah assentiu com a cabeça, aparecendo uma covinha na bochecha

esquerda. — Você a mostrará para mim?

Hesitei um momento, então peguei minha bolsa e tirei o pedaço de

papel que sempre carregava comigo. Eu não tinha certeza do por que.

Talvez no fundo esperasse que meus desejos se tornassem realidade se me

mantivesse perto deles. Coloquei o pedaço de papel sobre a mesa e Noah o

pegou.

Seus olhos azuis deram uma rápida verificação em minha lista. Seu

rosto não demonstrou nada, mas me perguntei se ele ria por dentro. Eu lutei

contra o impulso de arrancar a lista de suas mãos. O que tornaria as coisas

piores.

Eventualmente, Noah olhou para cima e sorriu. — Há muitos beijos.


Corei profundamente. — Sim. Eu sei. É embaraçoso.
— Não, não é. É bonito, na verdade. — Seu sorriso se alargou e meu

estômago vibrou estranhamente. Eu sabia que era parte de seu trabalho

dizer coisas agradáveis para seus clientes, então esmaguei a emoção boba

imediatamente. — Eu acho que podemos passar a maioria de seus pontos

juntos — disse ele com naturalidade.

— Realmente?

Noah estendeu a mão para mim lentamente, dando-me tempo. Eu

não tirei. Me senti bem com a sua mão quente e forte na minha. — Por que

você está tão surpresa?

Dei de ombros e tomei um gole de meu café gelado. — Leah disse


que você teria o direito de recusar um cliente.

— Eu não estaria aqui se fosse esse o caso.

— Mas poderia mudar de idéia.

Noah estreitou os olhos, pensativo. — Não eu.

Dei de ombros novamente.

Noah não mudou de assunto. Essa era a vantagem de um

acompanhante. Eles não querem que você se sinta desconfortável. — Então,

sobre o número oito.

Eu fiz uma careta, evitando seus olhos.

— Você nunca teve um? — perguntou suavemente.


Olhei ao redor para as outras mesas, preocupada que pudessem

adivinhar o que conversávamos.

Noah tirou a mão. — Você gostaria de ir para outro lugar, para que

possamos conversar em paz?

— Se isso for bom para você... — disse. — Eu pensei que fosse um

procedimento padrão encontrar em um lugar público em um primeiro

encontro. Eu não quero que você se sinta desconfortável.

Noah franziu as sobrancelhas. — Por que eu ficaria desconfortável,

Amy? Eu não estou preocupado se você me atacará assim que estivermos

sozinhos.

Eu ri. — Você está certo. Eu me sinto ridícula. Vamos.

Noah pagou, então saiu, sem me tocar. Eu não podia deixar de me

perguntar se ele tinha algum aplicativo onde lançava todas as despesas para

que pudesse transmiti-las facilmente para Charles. Assim que saiu, Noah

virou para mim. — Poderíamos ir para o meu apartamento.

Meus olhos se arregalaram em alarme. Isso seria mais rápido do que

imaginei, o que era ridículo, considerando que pensei originalmente em

apenas ficar uma noite com um acompanhante e agora agia de maneira


dramática porque Noah me convidou para ir até a sua casa. Este não era um

procedimento padrão, mas nada era. Afinal de contas, Charles quem estava

pagando por isso.


Noah fez uma pausa. — Ou talvez não.

Ele não parecia irritado. Ele parecia tão relaxado e sofisticado. Eu

podia ver mulheres olhando ocasionalmente com admiração e eu tinha

certeza que ele percebeu, mas ignorou e só tinha olhos para mim. Fiquei

imaginando como um homem como ele se tornou um acompanhante. Ele

parecia um empresário de sucesso ou talvez um advogado corporativo e não

alguém que vendia seu corpo por dinheiro.

— Apenas não estou pronta para fazer qualquer coisa


imediatamente.

— Eu não quis dizer para fazermos qualquer coisa. Pensei que


poderíamos conversar no meu apartamento, mas podemos encontrar um

banco no Central Park, que tal?


Ficamos próximos, mas era óbvio Noah teve o cuidado de não me

tocar. Ele provavelmente estava preocupado em não me deixar


desconfortável. Eu era a pessoa mais ridícula neste planeta. — Estou

fazendo uma confusão de coisas, certo? — Eu o olhei. — Quero dizer, eu


sou a única que queria fazer isso.

— E agora você não quer? — Não havia nenhuma emoção na voz.


Ele apenas olhava curioso.
— Não — disse rapidamente. — Ainda quero fazer isso.

Noah assentiu com a cabeça e sorriu. — O parque, então?


— Sim, por favor. Podemos ir ao seu apartamento na próxima vez.
— Como quiser, Amy. Podemos alugar um quarto de hotel se

preferir ao invés de ir para casa comigo.


— Não, não. Da próxima vez, nos encontraremos em seu

apartamento. Você falou com Charles sobre isso?


— Sim, ele acha que você se sentiria mais confortável lá do que em

um hotel.
Balancei a cabeça, tentando esconder o desconforto com a idéia de
que discutiram sobre mim e com o que estaria confortável. Charles pediria a

Noah atualizações sobre o que faríamos durante nossos encontros? O


pensamento me fez querer me esconder em um buraco escuro. Nós

caminhamos lentamente na direção do Central Park e sentamos em um


banco com vista para o campo de beisebol.

— Então como é que você quer este ir?


— Eu pensei que pudesse assumir o controle, já que sabe o que faz.

— Você me paga para fazer o que desejar.


— Charles quem paga.

Nós dois rimos disso. Em seguida, rapidamente ficou sério


novamente. — Eu posso levar vantagem em certo ponto, é claro, mas

basicamente este é o seu show. Eu tenho que saber o que você quer, então
não farei com que se sinta desconfortável.
— Compreendo.
— Mas? — perguntou calmamente.

Eu estava feliz por ter escolhido Noah como meu acompanhante, um


homem de quase trinta anos, calmo e experiente. Se tivesse essa conversa

com um cara da minha idade, eu teria surtado.


— Não tenho certeza que posso te dizer o que fazer. Eu realmente

prefiro que você assuma o controle.


— Você não terá que me dizer o que fazer, Amy — disse ele com

uma pitada de diversão. — Mas acho que devemos sair algumas vezes para
me certificar de que você está bem com o que estivermos fazendo.

— Isso é um procedimento padrão?


Ele balançou a cabeça. — Não, mas as mulheres que costumam

contratar meus serviços sabem exatamente o que querem e não são


inexperientes.

Eu olhei para minhas mãos. Mesmo entre as clientes de Noah eu era


a estranha. Na escola sempre era a garota com câncer, na minha família a
menina com quem todos se preocupavam e agora eu era a cliente virgem.

— Ei! — ele tocou dois dedos em minha bochecha e meus olhos


encontraram o seu. — Por que não podemos usar a sua lista como

orientação? Isso seria aprovado? — Ele a tirou de seu bolso. Eu esqueci


completamente que estava com ele. Nunca deveria ter escrito essa lista

estúpida. — Do nº 1 ao 9. Você quer experimentá-los comigo?


Olhei para a minha lista, sentindo minhas bochechas esquentarem.

1. Beijar um cara
2. Sentar-se no colo de um cara e beijá-lo (com a

língua)
3. Beijar na chuva
4. Beijar em uma roda-gigante

5. Receber sexo oral


6. Fazer sexo oral

7. Ver um cara pelado


8. Ter um orgasmo

9. Perder minha virgindade


10. Acordar nos braços de um cara

11. Dançar a noite toda


12. Ficar bêbada e fumar maconha

13. Viajar pela Europa


14. Nadar com golfinhos

15. Aprender outra língua


— Sim, se estiver tudo bem?
Noah parecia quase divertido. — Não se preocupe comigo. Estou

mais do que tranqüilo com os pontos em suas listas.


— Mesmo os itens cinco e seis?

Noah inclinou a cabeça, olhando meu rosto. — Claro. Tenho certeza


de que Charles lhe disse que faço quase tudo, exceto BDSM e algumas

outras coisas.
Mordi o lábio. — Sim. Apenas pensei que talvez isso fosse muito

íntimo para você. Não tinha certeza se teria quaisquer barreiras como
nenhum beijo, ou não... você sabe. — inclinei a cabeça em direção à lista.

— Não tenho nenhum problema com beijos ou oral.


Olhei para as minhas mãos. Eu nunca falei abertamente sobre sexo

com um estranho. Na verdade, a minha irmã era a única pessoa com quem
já conversei sobre sexo. Eu respirei profundamente. Eu disse a Leah que

queria isso e ainda quero, então preciso parar de ficar tão estranha em
relação a isso. — Bom — disse finalmente.
Os lábios de Noah arquearam. — Então — disse lentamente. —

Você gostaria de beijar agora?


Meu estômago embrulhou com os nervos. — Não. Eu não acho que

quero beijar hoje.


Noah não parecia surpreso ou ofendido. Provavelmente não se

importava de qualquer maneira. Não que estivesse ansioso para me beijar.


Eu estava pagando para que fizesse isso. Mais ou menos.
— Ok, então vamos falar sobre o número oito na sua lista — disse

suavemente.
— Eu esperava que tivesse esquecido isso — eu provoquei,
esperando que isso aliviasse a minha tensão.

Ele inclinou o papel. — É o que está na lista.


— Sim, certo. — soltei um longo suspiro.

— Então você nunca teve um orgasmo?


— Eu acho que não.

Noah riu. — Você não deveria saber?


— Eu consegui me fazer sentir bem algumas vezes, mas não acho

que gozei ou qualquer coisa do tipo. — Eu não podia acreditar que falava
sobre masturbação com um cara que mal conhecia.

— Você quer dizer quando tocou a si mesma?


— Sim. — Tive problemas para manter meu olhar em seu rosto, mas

parecia como se essa fosse uma conversa perfeitamente normal para ele e
isso me deixou à vontade.

Mais uma vez ele não forçou o assunto.


— Se você diz para assumir o controle. — Ele virou e tocou minha

bochecha, aproximando seu rosto do meu. Eu congelei, ofegando. Suas


sobrancelhas franziram.
— Neste momento, meu instinto me diz para me afastar porque não
quero assustá-la ou que se sinta desconfortável. Minhas clientes geralmente

não me olham assim.


— Você não me assusta — sussurrei. — Apenas não estou

acostumada a estranhos me tocarem ou estarem tão perto.


— Mas quer ter relações sexuais com um estranho? — Isso não foi

dito de uma forma negativa, ele simplesmente parecia curioso.


— Você não será um estranho se nos encontrarmos algumas vezes.

Noah sorriu. Ele tirou a mão da minha bochecha e se afastou


novamente. Eu quase pedi para me beijar, mas então decidi que

provavelmente preferiria beijá-lo em um ambiente mais privado. — O que


você gostaria de fazer agora?

Meus olhos dispararam em seus lábios, e corei, não pude evitar.


Meu corpo parecia ter vida própria.
Noah pareceu entender. — Mudou de ideia? Você quer tentar um
beijo?

Isso era surreal, era isso que queria quando aceitei a oferta de Leah.
— Sim, por favor.
O canto de sua boca contorceu. — Aqui?
Olhei ao redor. As pessoas caminhavam, mas ninguém prestava

muita atenção em nós. Algum lugar privado seria realmente melhor, mas
nossas opções eram limitadas se eu não queria ir ao seu apartamento ou
alugar um quarto de hotel, que parecia um pouco exagerado para um

simples beijo. — Aqui está bom para mim.


Noah se moveu e então ele ficou frente para mim. — O que a fez
mudar de ideia?
— Bem, isso conta como um dos meus cinco encontros, então
pensei que deveria aproveitá-lo melhor do que simplesmente sentar em um

banco e conversar.
Noah riu. — Suponho que esteja certa.
— Isso é bom para você, certo? — disse em uma tentativa de abafar
o meu constrangimento. Noah colocou o braço sobre o encosto,

aproximando-nos.
— Claro, Amy. Tudo o que quiser é bom para mim. — Ele não se
moveu, só me olhou com sua expressão calma.
— Tudo bem — disse — Eu quero te beijar. — Noah ainda não se

moveu, seus olhos procuravam o meu rosto. Ele inclinou seu corpo em
minha direção e de alguma forma minha mão descansou em seu peito firme.
Eu congelei. — Desculpe, isso é bom? — perguntei, levantando um
pouco minha mão pelo seu peito. Não era como se estivesse tocando sua

pele nua. Ele estava vestindo uma camisa, mas ainda senti que seria
indelicado não perguntar a ele. Tocar em alguém sem permissão, mesmo
pagando, estava fora da minha zona de conforto.

Os lábios de Noah arquearam. — Perfeitamente bom, Amy. Não se


preocupe comigo. Nada do que fizer me deixará desconfortável. — Ele
disse isso antes, mas eu tinha a sensação de que eu precisava ouvir mais
algumas vezes para ter certeza...

Eu balancei a cabeça e apertei a minha mão em seu peito. Era firme


e quente, sólido, como uma rocha. Olhei para a minha mão pálida por um
momento, então olhei para cima. Noah me observava, mas não conseguia
ler a expressão em seu rosto. Ele teve anos para esconder suas verdadeiras

emoções, um talento crucial para um acompanhante. Você não deve deixar


seu cliente perceber que não gosta dele.
Ele ergueu a mão e segurou meu rosto, então se aproximou até que
seu rosto encheu minha visão. Eu soltei um pequeno suspiro quando os
nossos lábios estavam quase se tocando, mas ele não diminuiu a distância

restante entre nós.


Confusão me encheu, mas então vi uma pergunta óbvia escrita em
seu rosto. Eu balancei a cabeça e ele roçou os lábios nos meus, no toque
gentil. Eletricidade passou por mim e respirei surpresa com o tipo de reação

provocado por um simples beijo. Ele cheirava a canela e algo mais picante e
eu não queria nada mais do que encostar meu nariz em sua camisa e sentir

seu cheiro. Seus olhos azuis procuraram os meus.


— Mais — sussurrei, muito envolvida nos sentimentos que
inundavam o meu corpo para me sentir constrangida.
Ele obedeceu instantaneamente, pressionando os lábios firmemente
nos meus, mas ainda era suave, macio e tão quente. Coloquei a outra mão

em seu peito, saboreando a sensação de sua pulsação em minha palma. Ele


estava calmo e firme, completamente diferente de mim, que parecia que
meu coração sairia pela boca.
Ele sequer havia aprofundado o beijo e me perguntava como

desperdicei tantos anos de minha vida sem dar um beijo. Mas talvez o beijo
não fosse sempre tão bom. Talvez os homens não tivessem tanta experiência
como Noah. Isso deveria ter me incomodado, mas não aconteceu, porque
naquele momento parecia que ele era meu. Ele se afastou um pouco,

enquanto me sentia nervosa e à beira de um ataque de riso.


— Isso foi bom para você? — perguntou em voz baixa.
— Oh, sim. Eu poderia fazer isso o dia todo.
Os lábios de Noah estremeceram novamente.

Então percebi que não tinha certeza de quanto tempo o encontro


normalmente durava. Não acho que realmente estaria disponível para passar
o dia inteiro comigo. — Quanto tempo temos?
— Marquei três horas para hoje.

Olhei para o meu relógio. Já perdemos cerca de duas horas. — Esse


será o prazo para todos os nossos encontros?
— Podemos estender o tempo que passamos juntos por encontro.
Seria bom saber com antecedência, para que eu possa fazer planos de

acordo com a nossa agenda.


— Ah, com certeza. Provavelmente tem muitos outras clientes. —
Enquanto não me incomodei com a informação de que Noah teve muitas
mulheres antes de mim, a percepção de que veria outras clientes antes e

depois de nossos encontros não me fez sentir bem, o que era estúpido.
Eu não esperava que ele deixasse suas outras clientes nas semanas
que precisávamos para cuidar da minha lista.
Noah não fez comentários, apenas sorriu. — Você gostaria de beijar
um pouco mais?

Eu queria antes, mas agora os meus pensamentos sobre outras


clientes esmagaram esse desejo. — Não, hoje não, obrigada.
Algo no olhar de Noah cintilou. — Muito bem. Existe alguma coisa
que você gostaria de fazer?

Eu queria ir para casa e ocupar minha mente o que aconteceu hoje.


— Não. Acho que por hoje é só. Obrigada pelo beijo.
— Não foi nada — disse Noah. Enquanto sabia que não era sua

intenção, para mim era como se isso não significasse nada para ele, pois
sabia a realidade da situação. Eu era sua cliente, nada mais. Sequer queria
que fosse qualquer outra coisa. Se quisesse qualquer tipo de ligação
emocional, eu não teria contratado um acompanhante. — Quando você

gostaria de agendar o nosso próximo compromisso?


— Amanhã — disse. E então me encolhi pela maneira ansiosa e
desesperada que soou. — Se você estiver disponível, é claro.
Noah assentiu. — Charles abriu espaço na minha agenda para você.

Arregalei meus olhos. — Oh Deus, não me diga que ele o forçou a


cancelar seus compromissos com outras clientes.
— Nem todas elas, apenas algumas das clientes que sairiam comigo
pela primeira vez.

Eu queria perguntar quantas mulheres foram inflexíveis e queriam


sair apenas com ele, mas então decidi que não era uma boa ideia. — Então,
amanhã?
Ele assentiu. — Onde nos encontraremos? Você ainda quer ir ao

meu apartamento?
Mesmo que o pensamento de ir até o seu apartamento me deixasse
estranhamente nervosa, decidi que era um bom lugar para conhecer.
Teríamos mais privacidade, para fazer mais do que fizemos hoje. O
pensamento me deixou tonta e nervosa ao mesmo tempo. — Sim, parece
bom. Que horas?
— Que tal às cinco? Dessa forma, podemos jantar e talvez assistir a
um filme juntos.

Isso soou como um encontro, mas não deveria ficar surpreendida


com isso. Charles nomeou o serviço que contratei como namorado, então é
claro que Noah deveria definir nossas sessões como se fossem encontros e
eu estava realmente feliz sobre isso. — Eu estarei lá. — Eu fiquei de pé e

Noah se endireitou também.


— Existe alguma coisa que você não come?
— Por quê? Você cozinhará?
Ele deu de ombros. — Eu poderia.
— Eu sou vegetariana.

— Então é melhor pedir pizza. Eu sou realmente bom apenas com


carnes.
Eu ri. — Ok, pizza então.
— Como chegará em casa? — Noah perguntou depois momento.

— Leah me buscará.
— Para saber como foram as coisas.
— Provavelmente — disse com uma careta. — Tenho que voltar
para o café. Aposto que ela já está lá me esperando.
Noah inclinou a cabeça. — Até amanhã, então. — Meu olhos
brevemente se fixaram em seus lábios, mas teria sido estranho dar um beijo
de adeus, então apenas lhe dei um sorriso e um aceno antes de ir embora.
***

É claro que estava certa. Leah me esperava na frente do café, um


copo de papel em suas mãos, e nervosamente olhando os transeuntes.
Quando me viu, ela visivelmente relaxou.
Ela parecia mais nervosa do que estive durante o meu encontro com

Noah. Ela caminhou até a mim e me abraçou, derramando café na calçada.


— Ai, Leah, você está me esmagando.
Ela me soltou e me olhou com preocupação. — Você está bem?
Correu tudo bem? Noah era bom? Será que você gosta dele?

Eu ri — Estou bem. Tudo correu muito bem. E Noah foi um perfeito


cavalheiro.
Seus ombros aliviaram. — Bom. Eu estava tão preocupada que
tivesse cometido um erro terrível quando sugeri isso a você. Eu não fiz, não

é?
Eu apertei seu braço. — Não, você não fez. Eu gostei de passar o
tempo com Noah. Estou feliz por ter escolhido ele.
Curiosidade substituindo a preocupação no rosto de Leah. — Então,
onde vocês foram? O que fizeram?
— Você realmente quer saber detalhes?
— Pode apostar que sim.
Eu bufei. — Nós caminhamos até o Central Park e discutimos nosso

acordo. E nos beijamos. — Eu dei de ombros como se não fosse grande


coisa.
— Só beijaram?
— Sim, claro. Você acha que rasgaria suas roupas na primeira vez
que o visse?

— Isso é o que acontece com um acompanhante — disse


ironicamente.
— Sim, bem, eu não sou como as outras clientes. Eu nem saberia o
que fazer, uma vez que tirasse as roupas de Noah.

Leah começou a rir. — Eu tenho certeza que descobrirá isso.


Minhas bochechas aqueceram. — Pode ser. Enfim, eu não quero
apressar as coisas. Eu ainda tenho mais alguns compromissos com Noah,
então não há razão para me atacar nele durante nosso primeiro encontro.

— Quando o verá novamente?


— Amanhã, em seu apartamento.
Leah piscou. — Um bom lugar para rasgar suas roupas.
Eu gemi, mas agora que ela plantou a ideia em minha cabeça, não

conseguia parar de pensar em como seria ver Noah completamente nu.


Capítulo Três

Noah
Shane estava quase quarenta minutos atrasado. Eu arqueei minhas
sobrancelhas quando ele entrou em meu apartamento. Seu cabelo escuro

ainda estava molhado como se não tivesse nem esfregado uma toalha após o
banho. Ele balançou a cabeça com uma careta. — A cliente não teve o

suficiente de mim. Ela pagou uma taxa extra, então fiquei mais tempo.
— Você poderia ter me enviado uma mensagem — eu disse em tom

de brincadeira.
— Sim claro. Eu poderia enviar a mensagem no meio do orgasmo.

— Shane foi até minha geladeira e pegou uma cerveja. Eu não gosto do
sabor, mas sempre tenho algumas garrafas para ele. Nós começamos a

trabalhar para Charles, na mesma época e éramos amigos desde então. Ele

era o único em quem confiava e o único que conversava sobre tudo. Eu

sabia que tudo que dissesse era confidencial.


— Então, como vai? Você estava realmente misterioso nos últimos

dias. O que Charles queria com você que era tão importante? — Shane

sentou em uma banqueta e me olhou por cima da garrafa.

Por um momento, considerei não contar a ele. Eu não tinha certeza

do por que. Eu nunca escondi nada dele. Nós sempre compartilhamos o que
rolava com as clientes. Era mais barato do que pagar terapia, e não daria

resultados de qualquer maneira. — Charles tem uma nova cliente para mim.

— E? Desembucha.

— É sua cunhada.

Shane engasgou com a cerveja, arregalando os olhos. — Diga


novamente.

— Charles quer que eu faça o serviço namorado para sua cunhada.

— Você está brincando, certo?

— Não — disse, de repente não tinha certeza se era uma boa ideia

falar sobre Amy com Shane. Parecia pessoal. Me servi de uma generosa
quantidade de vinho tinto e tomei um gole antes de sentar na banqueta ao

lado de Shane. Ele ainda me olhava como se tivesse crescido uma segunda

cabeça. — Por que Charles quer que foda sua cunhada? Ela é feia e não

consegue alguém ou o quê?

— Ela teve câncer e quer fazer sexo como parte de sua lista.

Shane bufou. — Porra. Não me diga que ela é virgem.

— Sim — disse lentamente, esvaziando o meu copo. — Ela não


quer se envolver com ninguém, então me escolheu para fazer a ação.

— Isso é complicado e totalmente quente. — Shane sorriu. — Por

que Charles não me escolheu para ela? Eu já tive algumas virgens

anteriormente.
— Porque você é um idiota que faz as coisas mais duras também.

Charles não achou que seria uma boa ideia escolher para Amy um cara que

oferece BDSM e fantasias de estupro.

Shane levantou os braços. — Ei, não é o meu gosto pessoal. Eu faço

o que as clientes querem. Ocasionalmente faço o serviço namorado

também.
— Mas você é melhor para as coisas mais duras.

Shane deu de ombros. — Verdade. Isso torna mais fácil manter as

emoções sob controle. Você provavelmente é o cara certo para o trabalho de

defloramento.

— Veremos. Ela é muito inexperiente e tímida. Charles

provavelmente me expulsará se eu estragar tudo.

— A merda que irá. Você é um de seus melhores modelos. E eu me

demito se ele te despedir por causa da sua cunhada virgem.

— Eu não acho que ela se queixará com Charles de qualquer

maneira. Ela não parece o tipo.


Shane abaixou a garrafa, olhando com interesse e ansiedade. —

Então você a conheceu?

— Hoje. Para tomar café e conversar sobre os detalhes de nosso

acordo.
— E? Como ela é? Ela é gostosa? Ou está careca por causa da

quimioterapia?

— Você é um idiota, Shane — disse. — Ela não está careca. E


mesmo se estivesse não me incomodaria. Eu não sou tão superficial.

— Oh, vamos lá. Você me disse várias vezes que teve clientes que

quase não conseguiu uma ereção. Não é como se fosse completamente cego

às aparências. Ninguém é.

— Amy está bem. Ela é magra e pequena. Um pouco parecida como

uma Sininho humana.

— Sininho, realmente? Não comece a declamar poemas, ok?

Revirei os olhos. — Ela é pequena, isso é o que tentava dizer a você.

Eu sei quão ruim é a sua imaginação. Eu queria tornar mais fácil para você.

— Fiz uma pausa. — Ela é bonita o suficiente. Provavelmente não a teria

escolhido, porque é muito mais jovem do que eu e não meu tipo usual, mas

sei que não terei qualquer dificuldade em trabalhar com ela.

Shane sorriu. — Você está animado com o trabalho. Eu posso ver.

Eu servi mais vinho para ganhar tempo. Claro, Shane iria pegar

nele. Eu não queria admitir, mas ele estava certo.

Depois de tantos anos no negócio, eu vivia em uma rotina.

Praticamente não havia mais surpresas ou desafios, mas Amy era


algo novo e excitante. Quando não podia evitar uma resposta por mais
tempo, disse — É um desafio. Eu quero que seja bom para ela.

— Quando a verá novamente?

— Amanhã. Ela vem aqui.

Shane congelou. — Você se encontrará com ela em seu

apartamento?

— É a escolha lógica. Ela não é como as outras clientes.

— Tenha cuidado para que não acabe investindo mais nessa tarefa

do que deveria.

— Não se preocupe. Eu faço isso por um longo tempo. Tudo ficará

bem. Terei os cinco encontros com ela e então, tudo terá terminado. É isso
aí.

Shane parecia duvidoso. — Basta ter cuidado.

Eu não precisava ter cuidado. Eu nunca tive problemas em manter

minhas emoções sob controle. Este era um trabalho, nada mais.

Amy

Mal consegui dormir na noite passada. Não parei de pensar em

Noah e no que aconteceria hoje. Eu sabia que era a única no comando,

então não havia nenhuma razão para ficar nervosa. Estava excitada também.

Noah era quente e mal esperava para beijá-lo novamente e fazer mais

coisas. Olhei para o meu celular para conferir o endereço que Charles
enviou. Esta era a casa certa. Toquei a campainha antes que ficasse mais

nervosa. Um segundo depois, a voz de Noah, calma e suave, soou no

interfone. — Amy?

— Sim, sou eu.

— Estou no piso superior. Você pode pegar o elevador. — A porta

abriu e entrei, em seguida, dirigi-me para o elevador. Meu estômago

revirou. Eu puxei meu vestido. Era um dos meus vestidos favoritos de

verão, mas como hoje não estava tão quente, coloquei uma legging também.

Depois de uma curta viagem, o elevador parou e quando saí, Noah

já esperava por mim na porta de seu apartamento. Ele usava uma calça

cáqui e uma camisa jeans de mangas curtas. Sem sapatos, mas com meias

pretas.

Ele deu um sofisticado sorriso que imediatamente me deixou à

vontade. Seus olhos rapidamente analisaram meu corpo, mas novamente

não mostrou qualquer reação. Eu desejei saber se ele achava que eu parecia

bem. Não me iludia a pensar que era sexy ou até mesmo excessivamente

atraente para um homem como ele, mas me sentiria melhor se soubesse que

não estava completamente desanimado com meu corpo. Não havia


nenhuma maneira de descobrir a verdade, obviamente. Mesmo que Noah

sentisse repulsa por meu corpo, não admitiria. Leah sempre disse que a

habilidade de atuação era uma grande parte do negócio de acompanhante.


Ele deu um passo para trás para me deixar entrar, mas meu braço

levemente encostou em seu estômago enquanto passava e a excitação me

atingiu no breve contato.


2
Estava em um loft . A área da cozinha, sala de estar e jantar estavam

no mesmo ambiente espaçoso. Uma escada em espiral estreita levava até

um quarto aberto. Eu rapidamente desviei o olhar da cama e me virei para

Noah que me observava calmamente. — Quer beber alguma coisa?

— Sim, água, por favor.


Ele se moveu em direção à cozinha de aço inoxidável.

Eu segui alguns passos atrás dele e encostei-me no grande balcão


antes que me permitisse um olhar mais aprofundado em seu apartamento

pouco mobiliado. As paredes eram brancas ou de tijolos e seu sofá era de


3
couro preto. Tudo era industrial chic , um pouco frio e impessoal para mim,

mas a vista de Nova York de suas janelas do chão ao teto era de tirar o
fôlego.

Ainda estava maravilhada com a vista quando Noah apareceu ao


meu lado com um copo de água. Aceitei com um agradecimento silencioso

e rapidamente tomei um gole.


Minha boca estava seca e meu corpo excessivamente quente, apesar
da minha roupa de verão.
— Eu pedi pizza para nós. Uma de champignon e outra de espinafre
com mussarela.

— Você poderia pedir pizza com carne para você.


Ele sorriu. — Sim, mas desta forma você escolheria a pizza que

mais gostasse. Não se preocupe, eu posso ficar sem carne por um dia.
Mordi o lábio. Ficamos próximos, mas Noah não havia me tocado

ainda. Eu realmente queria que me tocasse. Não pensei em mais nada desde
ontem. Ele deve ter lido algo em minha expressão porque apontou para o
sofá. — Quer sentar?

Balancei a cabeça, mesmo com meu coração quase saindo pela


boca. Sentamos no sofá.

— Quanto tempo temos até que a pizza chegue? — perguntei em um


tom casual.

O brilho de um sorriso cruzou o rosto de Noah. Claro, ele sabia por


que perguntava. — Cerca de uma hora.

— Podemos beijar? — Mais uma vez tentei parecer casual e


sofisticada como ele sempre fazia, mas minha ansiedade prevaleceu. Eu
4
precisava trabalhar em minha cara de poker .
— É claro — disse Noah. Coloquei o copo em cima da mesa, então

me endireitei e coloquei as mãos em meu colo, observando Noah. Ele


novamente me deu aquele sorriso sofisticado e relaxei. Noah fez isso muitas
vezes. Ele sabia como lidar com a situação.

Ele se aproximou um pouco mais e segurou meu rosto como fez


ontem. Eu me inclinei para frente e fechei a distância entre nós. Seus lábios

estavam tão suaves e gentis como em nosso primeiro beijo e descansei


minhas mãos em seu peito novamente enquanto nossas bocas se moviam

uma na outra.
Sua língua tocou meu lábio inferior e então, delicadamente, separou

meus lábios. Gemi em sua boca enquanto me beijava, sua língua


acariciando a minha com habilidade. Ele tinha gosto de açúcar e algo mais

picante, talvez o chá que bebeu antes que eu chegasse, e me perdi


completamente no beijo. Eu podia sentir o movimento de sua língua até os

dedos dos pés e ficava cada vez mais excitada.


Era realmente embaraçoso. Não acho que suas outras clientes

ficavam animadas desse jeito com um simples beijo.


Fiquei feliz que não podia saber quão excitada estava.
Eu gemi em seus lábios novamente e Noah se afastou um pouco,

sugando meu lábio inferior antes de liberá-lo e procurar o meu rosto. —


Bom? — Sua voz estava um pouco mais profunda do que antes.

Balancei a cabeça. — Muito bom. Acho que nunca experimentei


nada tão bom.
Noah riu. — Isso é bom, mas o que vem depois é muito melhor,

confie em mim.
— Sério? — Eu odiava como soava ansiosa e esperançosa, mas

parecia incapaz de me controlar.


— Sério — Noah disse, com uma pitada de diversão em sua voz. —

Em sua lista, estava beijar sentada no colo de um homem.


Eu corei de vergonha. — Eu realmente desejava não ter mostrado
essa lista estúpida.

— Não — Noah disse calmamente. — É bom porque me dá


algumas orientações. Isso é novo para mim e não quero interpretar mal os

seus limites.
— Charles disse que tem nove anos de experiência.

Os lábios de Noah arquearam. — Eu tenho muita experiência na


área sexual. Eu quis dizer que você é virgem.

— Você nunca teve uma virgem?


— Como cliente, não. Minha primeira namorada era, mas isso foi há

muito tempo — disse casualmente.


— Ah, certo. — Eu queria perguntar que tipo de mulheres suas

outras clientes eram e o que queriam que fizesse, mas decidi esquecer isso.
Ele se inclinou no encosto de cabeça fazendo um gesto convidativo

com seus braços. — Então, que tal aquele beijo em meu colo da sua lista?
Não pude deixar de rir e com ela a tensão diminuiu.

Passei uma perna sobre seu colo e me ajoelhei, mas não sentei
ainda. De repente fiquei tímida de sentar no colo de um homem. Noah

descansou as mãos levemente em minha cintura e me olhou pacientemente.


Eu me abaixei em suas pernas. Ele era duro, musculoso e incrivelmente

quente. Era bom senti-lo debaixo de mim, mas também estranho, porque
parecia muito íntimo. Apenas o material fino da minha calcinha e legging

estavam entre a minha parte mais íntima e as suas pernas. Bem, e suas
calças... mas ainda assim parecia uma posição muito vulnerável para mim.

Eu organizei lentamente a saia do meu vestido ao meu redor antes de


encontrar o olhar de Noah. Seu olhar calmo e compreensivo aliviou a tensão

em minha garganta.
— Assim está bom para você? — perguntou suavemente.

Eu sorri. — Sim. É bom, na verdade. Estranho, mas bom.


— Estranho? — perguntou Noah curiosidade.
— É uma sensação íntima, porque estamos tão perto.

— Se fizermos o que está em sua lista eventualmente chegaremos


mais perto do que isso. — Ele procurou meus olhos novamente,

provavelmente para ver se mudaria de ideia sobre o nosso acordo.


— Sim, eu sei. — Eu coloquei minha mão em seus ombros e

finalmente descansei todo meu peso em seu colo. A pressão em meu centro
transformou o leve formigamento entre as minhas pernas em mais do que
um insistente latejar.

— Estou muito pesada?


— Não, não está. Eu gosto do seu peso sobre mim.
Minhas sobrancelhas se contraíram em surpresa, mas depois percebi

que os elogios eram, provavelmente, parte do serviço namorado. —


Podemos beijar agora? — sussurrei. Em vez de responder, Noah reivindicou

meus lábios. Desta vez, não foi tão cuidadoso. Seus lábios estavam mais
firmes e mais exigentes e, ocasionalmente, seus dedos apertavam minha

cintura, e cada vez mais aumentava a excitação entre as minhas pernas.


Como era possível um beijo ser tão bom?

Encher-me de tanto desejo? Precisei me controlar ao máximo para


não me esfregar descaradamente nas coxas de Noah para encontrar algum

alívio.
Noah fez um som profundo em sua garganta e me deixou ainda mais

selvagem. Era baixo e gutural, tão sexy, tenho certeza que passou horas
praticando. Será que isso levou todas as suas clientes ao limite? Eu afastei o

pensamento e coloquei uma mão na nuca de Noah até que meus dedos se
enredaram em seu cabelo. Eu amava sua textura sedosa. Aproximei-me

mais e então eu senti algo entre as minhas pernas. Algo duro. Noah estava
excitado. Eu me afastei com um suspiro surpreso e olhei para a
protuberância óbvia na calça de Noah. Olhei para seu rosto, satisfeito,
confuso, excitado e tantas coisas mais que era difícil classificar pelas

minhas emoções.
Noah fez uma careta ao ver a expressão no meu rosto.

— Sinto muito — disse em voz baixa, se mexendo. — Se soubesse


que a deixaria nervosa, teria me certificado de não ficar duro.

— Você pode fazer isso? — Fiz o possível para não olhar para baixo
novamente, uma vez que Noah pareceu obviamente irritado consigo mesmo

por ter uma protuberância.


Ele me deu um sorriso sem graça. — Como um acompanhante,

preciso ser capaz de controlar a minha ereção, sim.


— Assim, você conseguirá ficar excitado mesmo se a mulher com

quem estiver te causar repulsa.


— Eventualmente, sim.
Eu não queria perguntar, mas estava muito curiosa.
Mordi o lábio. — Então por que ficou duro agora? Foi de propósito?

Você pensou em algo sexy?


Noah riu e deixou cair a cabeça para trás. — Não de propósito não,
mas não me precavi também.
Eu ri. — Isso soa muito estranho. — Então fiquei em silêncio e

sentei novamente em seu colo. Ele tinha suavizado.


Suas mãos tocaram minha cintura novamente e sua expressão estava
preocupada quando encontrou meu olhar.

— Tudo bem?
Balancei a cabeça. — Você não me deixou nervosa antes. Eu só
estava surpresa. Nunca senti ou vi isso.
Seus lábios tremeram. — Então, mais beijos?
— Sim, por favor. — Eu me aproximei e então parei. — Você não

precisa se precaver, sabe?


Seus olhos brilharam. — OK — disse calmamente, em seguida, seus
lábios roçaram os meus novamente. Nos beijamos em um ritmo mais lento,
mas desta vez ele não ficou duro debaixo de mim. Eu me perguntei se ele

não queria correr o risco assustando-me novamente ou se a minha reação o


fez broxar completamente.
Balancei meus quadris em sua virilha experimentalmente e fiquei
instantaneamente chocada com o prazer que irradiou de mim. Noah se

afastou, procurando o meu rosto. — Você fez isso de propósito?


Concordei.
— Você quer que eu tenha uma ereção?
Minha pele estava tão quente que eu estava surpresa o alarme de

incêndio não tinha soado ainda. — Sim — respirei.


Um pequeno sorriso brincou em seus lábios, então ele me beijou
novamente. Quase imediatamente, o senti endurecer.

Recuei e olhei para baixo, fascinada com a visão de seu bojo


crescendo. Noah exalou e eu olhei para cima, me perguntando se era difícil
para ele. Que tipo de fantasias precisava repassar em sua mente para ficar
duro agora? Eu queria perguntar, mas não queria me intrometer em sua

mente. Essa parte não me pertencia.


— Acho que ninguém assistiu com tanto fascínio minha ereção.
— Desculpe. — Eu me forcei a me concentrar em seu rosto.
— Não — disse um pouco mais áspero do que o habitual.

— Você pode olhar. Eu posso me despir, se quiser.


Eu balancei a cabeça rapidamente. — Não, ainda não.
— Baixei os olhos novamente. A tenda em suas calças era
impressionantemente enorme. — Acabou?
Ele riu e não parou. Levou algum tempo, antes que ele pudesse falar.

— Sinto muito — disse — Não tive a intenção de rir.


— Está tudo bem. Foi provavelmente uma pergunta estúpida.
— Não. Não existem perguntas estúpidas entre nós. Você pode
perguntar o que quiser. — Seus lábios se contraíram novamente. — E sim,

ele está totalmente ereto se é isso a que você estava se referindo.


— Estava. — Estendi a mão para ele, mas parei alguns centímetros

de seu bojo. — Posso…?


— Tocar-me? — Disse Noah. Ele me olhava de forma constante,
mas não conseguia ler sua expressão.
— Sim.
— Claro. Você pode fazer o que quiser.

— Eu queria ser mais corajosa para testar a teoria.


Noah riu. — Realmente não acredito que exista qualquer coisa que
você faça que me deixe desconfortável ou que não tenha feito muitas vezes
antes.

— Certo. — lambi meus lábios e me movi, então levemente toquei


meus dedos na protuberância. Duas coisas aconteceram: ele se contorceu
em meus dedos e eu deixei escapar o riso mais embaraçoso na história da
humanidade.

Eu tirei minha mão e olhei o rosto de Noah para ver se ele estava
rindo novamente. Ele não estava. Havia algo estranho em seu rosto, mas
quando sentiu meus olhos sobre ele, visivelmente relaxou.
Eu não tinha certeza do que deveria fazer em seguida.

Talvez tocá-lo novamente ou talvez pedir-lhe para me mostrar o que


estava dentro de sua calça, mas a campainha me poupou de mais um
embaraço. Noah me levantou do seu colo com um sorriso de desculpas

antes de pegar sua carteira da mesa, ajeitar sua calça e abrir a porta.
Arrumei meu cabelo e vestido, e verifiquei o meu reflexo em um
espelho acima do sofá. Eu precisava ficar na ponta dos pés para ver o meu
rosto. Certifiquei-me de que o meu rímel não estava borrado, mas não podia

fazer nada em relação aos meus lábios inchados. Noah provavelmente não
se importava de qualquer maneira. Quando virei, Noah segurava duas
caixas de pizza e me olhava divertidamente.
— Estou morrendo de fome — disse para mudar de assunto. Noah

arrumou o balcão na ilha da cozinha e estava feliz porque achei que na


mesa de jantar seria muito formal.
As pizzas estavam deliciosas. Eu podia ver a surpresa em seu rosto
enquanto comia a minha terceira fatia. — O quê?
Ele balançou a cabeça. — Você não parece como alguém que pode

comer muito.
Eu congelei. Este era um tema difícil. Noah deve ter percebido
também, porque arregalou um pouco seus olhos.
— Eu sei que estou muito magra — disse baixinho, olhando para o

meu modesto seio e corpo magro.


— Eu não quis dizer isso. Você está bem do jeito que parece, Amy.
— Eu perdi um pouco de peso durante a radioterapia e meu corpo se

recusa a recuperá-los. — limpei minha garganta, me sentindo vulnerável. —


Te incomoda?
Ele olhou quase chocado. Ele segurou em minha mão, e a calma
habitual assumiu sua expressão. — Claro que não. Por que isso? Você é

uma mulher bonita.


Na maioria dos dias me sentia mais como uma menina lutando para
ser uma mulher. Talvez começar a faculdade mudaria isso. — Você não
precisa mentir — disse. Ele abriu a boca novamente, mas balancei minha

cabeça. — Por favor, não tente aumentar o meu ego. Eu prefiro não
falarmos mais sobre o meu corpo.
Ele acenou com a cabeça uma vez, mas não havia uma pitada de
hesitação em sua expressão. — Sobre o que gostaria de conversar?

— Seu emprego. É muito mais fascinante do que qualquer coisa que


possa dizer-lhe.
— Charles mencionou em nossa conversa que você gosta de
desenhar.

— Ele disse? — Provavelmente, como forma de facilitar as coisas


para Noah. Eu adorava desenhar, mas raramente falava com as pessoas
sobre isso, muito menos mostrava os meus desenhos.
Noah deu outra mordida na pizza, então acenou com a cabeça.
— Eu faço, mas não é nada de especial. Eu prefiro falar sobre você
e seu trabalho, a menos que você se sinta desconfortável.
— Nós podemos falar sobre isso. Se não quiser responder a uma
pergunta, simplesmente não responderei.

Eu sorri feliz por sua honestidade. Eu prefiro que não diga nada a
mentir. — Por que você realmente começou a trabalhar como
acompanhante?
— Quando cheguei à Nova York, eu estava sem dinheiro.

Mal podia pagar o meu quarto de motel barato. Eu comecei a


trabalhar em um bar, mas não pagava tudo o que precisava. Foi quando
Charles reparou em mim e me perguntou se estava interessado em trabalhar
para ele.
— E você disse sim? Quer dizer, não é como qualquer outro

trabalho. Você tem que vender seu corpo e dormir com pessoas que você
pode até não gostar.
Noah ficou pensativo por um momento. — Esse é um lado do
trabalho, é claro, mas naquela época eu tive vários encontros de uma só

noite, alguns deles com mulheres que não gostava particularmente, então
pensei: por que não ganhar dinheiro com isso?
— Então, você não hesitou, nunca se arrependeu da sua decisão?
— Houve momentos de hesitação e pesar, mas nunca foram
suficientes para me fazer querer parar. Nova York é uma cidade cara e eu
não podia pagar nada disso com outro emprego, pelo menos não com a
minha falta de qualificações. — Ele fez uma pausa e me olhou, como se

lembrasse que também era sua cliente. — Eu gosto do meu trabalho mais
do que a maioria das pessoas provavelmente desfruta do seu. O segredo é
deixar as emoções à parte.
— Sim, eu entendo. Emoções sempre complicam as coisas — disse

calmamente.
— É por isso que você escolheu contratar um acompanhante —
Noah disse, me observando com seus olhos calmos.
Balancei a cabeça. — As pessoas só se machucam quando eles têm

sentimentos pelas outras pessoas. Minha família quase se separou por


minha causa. Não quero correr o risco de alguém se aproximar de mim.
— Isso é uma coisa muito altruísta — disse ele.
— Não, nada sobre isso é altruísta. É egoísmo mesmo ou então não

insistiria em experimentar as coisas na minha lista.


Eu não usaria alguém como você.
— É natural que queira experimentar o sexo. Pode ser uma coisa
maravilhosa.
Eu ri. — Você está tentando me seduzir? — Eu não tinha certeza do
porque disse isso, mas Noah parecia achar engraçado.
Ele sorriu. — Talvez devêssemos voltar para o sofá e assistir a um

filme.
— E beijar um pouco mais?
— E beijar um pouco mais.
Eu saí da banqueta do bar e segui Noah para o sofá. Ele afundou e
sentei em suas pernas. Ele sorriu ironicamente. — Você não assistirá muito

ao filme dessa maneira.


Ele estava me provocando? Era parte do serviço namorado? Se
fosse, eu realmente gostei. — Eu não me importo com o filme. Eu
realmente quero te beijar.

— Ok, então talvez alguma música?


Balancei a cabeça e fiquei em uma posição mais confortável em seu
colo. Então permiti que minhas mãos explorassem o seu peito. O som suave
de jazz ecoou dos alto-falantes, mas estava muito envolvida com a sensação

de seu corpo sob minhas palmas. Mal podia esperar para vê-lo nu.
As fotos que vi em sua ficha eram sexy, mas tinha a sensação de que
seria muito melhor pessoalmente. Noah ficou imóvel, me deixando tocar
em seu torso. Eventualmente, inclinei minha cabeça e o beijei. Nosso beijo

rapidamente me aqueceu e comecei a me contorcer em seu colo quando a


pressão entre as minhas pernas tornou-se muito forte. Noah me afastou
levemente. — Você quer que eu te toque?
Meus lábios se separaram. — Sim, mas...

— Mas? — Noah perguntou com calma. Suas mãos ainda


descansavam levemente na minha cintura e ele parecia perfeitamente
satisfeito em ficar imóvel debaixo de mim até que mudei de ideia.
— Podemos deitar?

— Claro — disse Noah. Ele me ajudou a sair de seu colo e me deitei


no sofá. Era grande o suficiente para duas pessoas deitarem
confortavelmente uma ao lado da outra. Olhei para Noah, de repente. —
Isso tudo é para você. Lembre-se que, Amy. Eu só farei o que quiser. — —

Eu sei — disse em um sussurro ofegante. — Eu realmente quero que você


me toque.
Ele se abaixou para que ficasse apoiado em um braço, então me
beijou novamente. — Você quer que te acaricie por cima da sua roupa? Ou

quer que a dispa?


— Por cima. — disse rapidamente. Não estava pronta para que me
visse nua ainda. Ele provavelmente imaginava como era meu corpo sob o
vestido, de qualquer modo. Ele simplesmente assentiu, não tentou
argumentar como um namorado em idade universitária com tesão teria

feito, e essa era outra razão pela qual estava feliz pela minha escolha.
Esta era uma maneira segura para explorar o sexo. Não haveria
riscos de me machucar ou ser pressionada a qualquer coisa que não quisesse

fazer.
Ele arrastou sua mão na lateral do meu corpo, sem tirar os olhos do
meu rosto. Lutei contra a vontade de desviar o olhar ou esconder o meu
rosto em seu ombro. Tive a sensação de que ele precisava ver minha
expressão para se certificar de que não me deixaria desconfortável. Ele

deslizou sua mão sobre meu peito levemente sobre o tecido do meu vestido,
mas suspirei e meus mamilos endureceram instantaneamente. Eu não usava
sutiã, uma vez que o meu vestido não permitia e também porque realmente
não precisava, já que meus seios não eram grandes. Ele pressionou o

polegar no meu mamilo e gentilmente moveu para trás e para frente,


observando-me com olhos atentos. Eu esfreguei meus quadris, impaciente,
o formigamento entre as minhas pernas tornando-se insuportável.
— Você gosta disso? — Perguntou densamente. Eu estava

momentaneamente assustada com o timbre de sua voz. Eu não sabia o que


isso significava.
— Sim — respirei, então reprimi um gemido quando Noah pegou
meu mamilo entre os dedos e rolou suavemente para trás e para frente. —

Oh — engasguei, apertando minhas coxas. Se assim já era intenso, o que


aconteceria quando Noah me tocasse sem o tecido entre nós?
Noah soltou meu mamilo e um gemido embaraçoso escapou. Eu não
queria que ele parasse. Noah lambeu minha garganta e colocou sua mão no

vale entre meus seios, e então sobre o meu estômago e meu corpo inteiro
congelou com antecipação e nervos. Eu não queria nada além do que sentir
o seu toque entre as minhas pernas, mas se ele me tocasse lá descobriria o
quanto alguns beijos e toques me excitaram. Aposto que suas outras clientes

conseguiam se controlar melhor.


Noah levantou a cabeça e procurou meu rosto, a mão em minha
barriga. — Você quer isto? Está muito tensa.
Minhas bochechas ficaram quentes. — Quero. Só estou nervosa. —

embora não pudesse lhe dizer o motivo. Talvez ele não percebesse o quanto
estava excitada por baixo das minhas calça e calcinha. Isso era um monte de
tecido entre seus dedos e meu centro aquecido.
As sobrancelhas de Noah arquearam. — Nervosa sobre o que

exatamente? Eu não farei nada sem perguntar primeiro, Amy.


— Eu sei — disse calmamente. — É apenas…
— Apenas? — Noah se apoiou um pouco mais, a pressão suave de
sua mão na minha barriga, tão perto de onde queria seu toque era realmente
perturbador.

Eu precisava que ele me tocasse, então tive que lhe dizer qual era o
problema. — É muito embaraçoso. — A expressão de Noah era tão calma e
encorajadora que finalmente disse — Estou muito excitada e nervosa

porque provavelmente você sentirá isso.


O rosto de Noah relaxou e ele sorriu. — Isso não é motivo para se
envergonhar.
— É sim. Nós não fizemos muita coisa e já estou... você sabe.
— Isso é bom. — disse com firmeza. — É bom que você seja tão

sensível. Isso torna mais fácil para mim, me mostra que você aprecia o que
faço, e, eventualmente, tornará as coisas menos dolorosas quando eu entrar
em você.
Eu não queria pensar sobre isso ainda. — Por favor, me toque.

Noah deslizou sua mão sobre meu quadril, depois ao longo da


minha coxa e joelho, mas não onde queria seu toque. Eu me contorci. —
Por favor — disse novamente, e os lábios de Noah estremeceram. Ele
colocou a mão entre os joelhos, fechou os dedos ao redor da minha

panturrilha e levantou minha perna, deixando o meu pé encostado no sofá e


eu encostada em sua virilha. Ele estava excitado, duro e quente, mesmo
sobre nossas roupas. Eu deveria ter sentido vergonha de me deitar com as
pernas assim, mas não senti.

Ele acariciou minha coxa, chegando perto do meu centro.


Quase desejei que puxasse minha legging, para que pudesse sentir
sua pele na minha. Seus olhos queimando em mim enquanto seus dedos
pousavam em meu centro. Eu arqueei as costas com a sensação. Ele me

segurou e apertou um dedo em meu clitóris sobre minha roupa.


Eu fechei os punhos enquanto ele me esfregava com firmeza. —
Noah — engasguei. Ele moveu mais rápido em mim e o atrito adicional da
minha calcinha me deixou no limite. Eu soluçava, meu corpo convulsionava

enquanto o prazer destruía meu corpo. Noah me observava atentamente


enquanto tremia e gemia. Lentamente, fechei os olhos. — Agora eu sei —

disse com a voz rouca.

— Sabe o quê? — perguntou Noah com a voz grave.


— Que nunca tive um orgasmo antes.

Noah ainda não tinha movido sua mão. Ele me segurou e de alguma

forma eu ainda formigava entre as minhas pernas.


Abri os olhos.

Noah beijou-me com firmeza. — Você quer gozar de novo?


— Sim.

— Será mais intenso se me deixar tocar sua pele.

— Ok, mas minhas roupas ficam, por favor.


— É claro — disse, ainda com aquela voz estranhamente grave. Ele

levantou minha saia e colocou a mão na cintura de minha legging e então


sob minha calcinha. Gemi e tremi quando seus dedos deslizaram em meus
cachos. Ele fez uma pausa antes que realmente me tocasse onde eu doía. —

Você quer isto?

— Deus, sim.
Ele deslizou um dedo entre minhas dobras e quase gozei novamente.

Ele soltou uma respiração pesada. — Você está tão molhada. — Ele parecia
imensamente satisfeito e algo mais que não sabia explicar, então não me

senti muito envergonhada. Eu não tinha certeza do que ele fazia. Seus dedos

brincavam e então ele tocou, acariciou e circulou até que me contorcia


embaixo dele, gemendo e ofegando, completamente perdida em luxúria. —

Noah.
— Goze para mim — disse com a voz baixa antes de lamber a pele

sobre minha clavícula. Eu arqueei e gritei quando outro orgasmo me

atingiu. Este ainda mais intenso do que o primeiro. Meu corpo ficou mole.
Noah se endireitou e calmamente tirou a mão da minha calcinha. Ele pegou

uma caixa de lenços na mesa que não tinha notado antes e limpou a mão.

Eu me encolhi com embaraço.


— Não — disse ele. — Isso é bom.

— Tudo bem.
Ele sorriu. — É assim que imaginou isso?

— É melhor — admiti. Estiquei minhas pernas, sentindo-me saciada

e de repente cansada, mas então meus olhos pousaram no bojo de Noah. —


Oh, e você?
Ele não precisou olhar para baixo para saber do que falava. — Não

se preocupe. Eu cuidarei disso mais tarde.

— Você quer dizer que você vai... se tocar?


Noah analisava meu rosto. — Sim.

Houve um silêncio. Eu sabia o que eu queria, mas não tinha certeza

de como dizê-lo.
— Amy? O que você quer?

— Ainda temos tempo?


— Quase uma hora.

Voltei a olhar para o seu bojo.

— Diga-me o que quer.


— Eu quero ver você se tocar.

Por um momento, ele se acalmou, então estendeu a mão para seu


cinto. Ele encontrou meu olhar. — Eu vou ter que levar a minha ereção para

fora. Tudo bem?

Eu bufei. — Sim. Definitivamente tudo bem. Eu não fugirei


gritando quando vir seu pau duro. Eu sei o que esperar.

Noah levantou uma sobrancelha. Sentou-se e se ajeitou no encosto e

ajoelhei-me ao lado dele no sofá.


— Teoricamente, existe a internet — disse calmamente.
Sua boca se contorceu novamente. Então ele abriu o cinto e o zíper

de suas calças. Ele o alcançou, abaixou sua cueca e libertou sua ereção.

Eu provavelmente poderia ter lidado com a situação melhor, mas


não era boa em esconder minhas emoções e eu estava sinceramente chocada

com o tamanho dele. Eu me afastei. — Oh, merda.


Os olhos de Noah fixaram ao meu.

— Oh, porra, porra. — Ele era enorme. Longo e grosso. — Porra.

Noah ficou rígido e sua expressão impassível enquanto me


observava. Estendi a mão para sua ereção para me convencer de que o que

via era a verdade, mas abaixei minha mão e olhei para Noah com os olhos

arregalados em choque.
— Amy? — Disse Noah cuidadosamente. — O que está errado?

Você disse que estaria tudo bem se mostrasse minha ereção.


— Isso não dará certo — disse, preocupada.

Noah franziu a testa. — O quê? Você quer que eu o coloque para

dentro?
— Não.

Ele amoleceu ligeiramente. A maioria das mulheres provavelmente

não enlouquecia quando ele mostrava seu pau.


— Diga-me qual é o problema.

Fiz um gesto para sua ereção. — Você nunca se encaixará.


Noah percebeu o que dizia e relaxou um pouco. — Você esticará.

Estremeci com o pensamento. — Realmente não acho que eu


esticarei tanto. — O que era um pensamento ridículo já que o corpo da

mulher era construído para empurrar um bebê.


Algo mudou no rosto de Noah, sua expressão se tornou profissional.

— Você poderia pedir outro acompanhante para tirar a sua virgindade.

Congelei. — O que você quer dizer?


— Charles tem alguns acompanhantes que são menores do que eu.

Talvez fossem a melhor escolha para a sua primeira vez.

Meu peito apertou com o pensamento. Eu não tinha certeza do por


que. — Não, eu quero você.

Noah assentiu com a cabeça, mas seu rosto não deu qualquer
indicação se ele se importava de qualquer maneira.

— A menos que você não queira — disse com a voz baixa.

— Não, se você quer que eu seja o único, então eu quero fazê-lo. —


Ele sorriu. — Amy, cuidarei bem de você.

A maneira como ele falou agitou algo em mim que me preocupava.


Eu apontei em direção ao seu pênis semi-ereto.

— Desculpe por isto. Eu realmente sei como broxar um cara.

Ele riu. — Está tudo bem. Se você ainda quer me ver, ficará em pé
algum momento.
— Eu ainda quero.

Noah puxou sua camisa um pouco, revelando um delicioso

tanquinho, então ele agarrou sua ereção e apertou algumas vezes e


rapidamente estava totalmente duro novamente.

Minhas sobrancelhas se ergueram. — Uau. Você é uma máquina.

— Anos de prática — disse ele facilmente, então começou a


acariciar-se, mas os seus olhos estavam em mim.

Estava muito envolvida na visão de sua mão forte bombeamento sua


ereção para ser autoconsciente.

Esfregou-se duro e rápido, com o rosto torcendo com o que parecia

concentração. Eu tive que parar de empurrar a mão e tocá-lo eu mesmo,


mas eu provavelmente não teria feito isso tão bem quanto ele.

Ele fez um som baixo em sua garganta e gozou. Ele fechou seus

olhos rapidamente, apertou seu pau e olhou para mim. Estendi a mão para
tocar em uma gota do seu esperma, mas com a sua mão livre segurou o meu

pulso.
Eu fiquei tensa, surpresa.

— É política da agência que os clientes não entrem em contato com

o nosso esperma.
— Ah, certo. — Eu não podia acreditar que tentei tocar em seu

esperma. As outras clientes de Noah provavelmente não eram assim.


— Eu preciso me limpar — disse Noah. Limpou-se mais ou menos

com os tecidos antes de levantar e andar até uma porta a nossa esquerda. O
banheiro. Escutei o som da água correndo, enquanto tentava acabar com o

meu embaraço pelo que havia feito.

Quando Noah voltou, endireitei as minhas roupas e sentei na beira


do sofá. — Você está bem? — perguntou enquanto caminhava em minha

direção.
Tive dificuldade de olhar em seus olhos. Levantei-me e coloquei

minha bolsa em meu ombro. — Eu acho que eu deveria ir agora. Nossa

sessão está quase no fim de qualquer maneira.


Noah ficou me olhando com uma pequena carranca. — Você está

feliz com os meus serviços?


— Sim, claro — disse rapidamente. — Eu apreciei o que fizemos.

— Bom. Então, quando você quer marcar nosso próximo

compromisso?
Eu hesitei. Eu queria dizer amanhã, mas não queria parecer muito

carente. — Que tal…?

— Amanhã? — disse Noah e eu tive que esconder um sorriso. Eu


dei de ombros casualmente. — Claro, porque não?

Ele sorriu e tive que me segurar para não beijá-lo novamente. Em


vez disso, caminhei em direção à porta.
Noah a manteve aberta para mim. — Até amanhã.
Eu balancei a cabeça e então rapidamente me afastei.
Capítulo Quatro

Noah
Amy tinha acabado de sair pela porta quando meu telefone tocou.
Eu não precisava olhar para a tela para saber quem era. — Oi, Shane. —

disse ironicamente.
— Então, como foi?

Balancei minha cabeça, mesmo que não pudesse me ver. — Será


que você usou um cronômetro?

— Não evite a minha pergunta. Eu quero saber detalhes.


Será que rompeu sua cereja?

— Claro que não. É apenas o nosso segundo encontro, e o primeiro


que realmente importa.

— Então o que você fez?

— Você percebe que não devemos falar sobre os nossos encontros

sexuais com clientes, certo?


Shane bufou. — Quando foi que isso o impediu?

Ele estava certo, é claro, mas ainda assim parecia errado falar sobre

Amy. — Você não fará comentários estúpidos ao redor de Charles. Eu não

quero que ele descubra que contei a alguém sobre Amy.


— Eu não sou um idiota, Noah. Eu posso manter minha boca

fechada. Eu já deixar algo escapar?

Eu suspirei. — Nós não fizemos muito realmente. Amy ainda é

tímida, mas tenho a sensação de que ela se divertiu muito. — Eu não

conseguia esconder a minha satisfação. Me senti muito bem


proporcionando a Amy seu primeiro orgasmo de verdade. Mal esperava

para dar-lhe mais prazer, para lhe mostrar tudo o que sabia.

— Aposto que sim, você é sortudo. Ela realmente não tem como

comparar o seu desempenho com ninguém.

— Não se preocupe com o meu desempenho — disse secamente.


— Se ela quiser dar uma chance a outro cara, diga-lhe que eu seria

sua melhor opção.

— Ela não dará chance a nenhum outro cara.

Shane riu. — Isso soou quase possessivo.

Odiava que estivesse certo. Eu sabia que não deveria ficar

emocionalmente ligado e ainda assim não gostei da ideia de que Amy

querer outro acompanhante para uma de suas sessões reservadas. —


Terminou o interrogatório? Eu preciso tomar um banho.

— Claro. Tome um banho frio.

Eu desliguei. Eu precisava de algum vapor. Eu precisava marcar

uma sessão com uma das minhas clintes regulares antes do meu próximo
encontro com Amy. Eu precisava da distração.

Fui para o chuveiro e enquanto me masturbava, pensei em Amy.

Não vou deixar as palavras de Shane me perturbarem. A única razão pela

qual estou investindo em minhas sessões com Amy era porque amava o

desafio.

Amy

Back at home I couldn’t stop thinking about how good Noah had

made me feel with his fingers. I wanted more of this, more of him. I wanted

to touch him the way he’d touched himself today. I wanted to taste him. I

wanted, wanted, wanted. I pulled out my bucket list and crossed off the

points I’d done.

1. Beijar um cara X

2. Sentar-se no colo de um cara e beijá-lo (com a língua)

3. Beijar na chuva
4. Beijar em uma roda-gigante

5. Receber sexo oral

6. Fazer sexo oral

7. Ver um cara pelado

8. Ter um orgasmo X
9. Perder minha virgindade

10. Acordar nos braços de um cara

11. Dançar a noite toda


12. Ficar bêbada e fumar maconha

13. Viajar pela Europa

14. Nadar com golfinhos

15. Aprender outra língua

Ainda assim há tanta coisa que preciso de experiência. Amanhã,

verei Noah nu e ele fará sexo oral em mim, se estiver tudo bem para ele.

Mal posso esperar.

***

Noah sorriu quando entrei em seu apartamento. Eu passei a manhã

inteira me encorajando para que não mudar de ideia com medo de dizer a

Noah o que queria fazer hoje.

Ele usava uma bonita camisa branca e calça jeans preta e parecia

calmo, relaxado e muito lindo.

— Devo pedir algo para comer? — perguntou.

— Não. Eu não quero desperdiçar nosso tempo juntos com comida

— disse rapidamente e então fiquei vermelha.


Tanta coisa para não parecer muito ansiosa, mas Noah não parecia

se importar. Ele assentiu. — Bom. O que gostaria de fazer hoje? — Sua

expressão era neutra e ainda assim não consegui olhar para ele quando falei.

— Quero te ver nu. E quero que faça oral em mim. — Noah não parecia

surpreso. Talvez esperasse que as progredissem mais rápido desta vez. Ele

fez um gesto em direção ao sofá. — Aqui? Ou lá em cima, no quarto?

Eu considerei isso. O quarto seria mais confortável, mas parecia

muito pessoal e íntimo, cedo demais. Embora, considerando o que faríamos

em breve, não deveria importar. — No sofá está bom.

Noah andou até o sofá e esperou que me juntasse a ele.


— Gostaria de começar com alguns beijos?

— Sim, por favor.

Noah sentou e não hesitei antes de sentar em seu colo e então minha

boca estava na dele e minha língua deslizou entre os seus lábios. Nossas

bocas se moviam uma na outra, as nossas línguas se entrelaçavam

suavemente. Eu me esfreguei um pouco em seu colo até que o senti ficar

duro debaixo de mim. Nem me importava que parecesse desesperada. Noah

sabia por que estava com ele. Ele não esperava conversa ou brincadeiras.

Ele provavelmente estava contente de começar a trabalhar rapidamente.

Animada pela excitação de Noah, o formigamento em meu núcleo

aumentou e me esfregava ainda mais nele.


Noah se afastou um pouco dos meus lábios, colocou lentamente as

mãos em minha bunda e apertou. Eu gemi no delicioso formigamento que

seu toque provocou em meu núcleo. — Você quer que a toque?

— Sim — suspirei.

Noah me levantou do seu colo e me deitou no sofá ao seu lado. Ele

lentamente puxou a minha legging e acariciou as minhas pernas, das

panturrilhas até as coxas. As pontas dos dedos tocaram em minha calcinha e

arqueei meus quadris, querendo sentir seu toque. Ele colocou os dedos sob

minha calcinha e então olhou para cima. A saia do meu vestido ainda me

cobria, por isso Noah não podia realmente ver a minha parte mais íntima.

— Posso? — Ele perguntou em voz baixa.

Eu balancei a cabeça e levantei a bunda para que Noah pudesse

facilmente tirar minha calcinha. Eu escolhi uma calcinha preta, a cor que

normalmente usava, mas elas tinham um pequeno laço. Eu sabia que queria

que fizesse sexo oral em mim, então tentei agradá-lo. Eu esperava que

gostasse, mas, como de costume, sua expressão não demonstrava nada.

Noah levantou primeiro um pé, depois o outro para tirar minha calcinha e a

deixasse de lado.
Pressionei os dedos no sofá, de repente nervosa. Noah já havia me

tocado lá ontem, mas me sentia mais vulnerável nua. Ele me olhou, com a

mão descansando levemente em meus joelhos. Ele os massageou e seus


olhos encontraram os meus. Eu lhe dei um sorriso encorajador, então ele

soube que eu queria fazer isso. Ele passou as mãos, causando arrepios no

rastro.

Seu olhar atento nunca deixou o meu rosto, provavelmente para se

certificar de que não me deixaria desconfortável. Ele lentamente afastou

minhas pernas e senti um de seus dedos levemente tocando em minha

vagina.

Antes que alcançasse o meu clitóris, desviou e seguiu o vinco da


minha coxa. Eu tremi, ansiando pelo seu toque. Mordi o lábio para me

impedir de implorar por isso, pois realmente seria muito embaraçoso.


— Eu a tocarei agora — disse suavemente e então mergulhou seu

dedo em minhas dobras. Eu gemi enquanto movia o seu dedo para cima e
para baixo, espalhando minha umidade, mas nunca tocando meu clitóris.

Ele beijou meu joelho e então lambeu o local, ao mesmo tempo em


que tocou levemente em meu clitóris. Eu me esfreguei nele, desesperada

para colocar mais pressão, mas ele voltou a me provocar. Ele arrastou sua
boca até a minha coxa, lentamente levantando meu vestido, revelando

centímetro a centímetro minha pele. Ele fez uma pausa com os lábios na
minha coxa, seu hálito quente em mim. Minha saia ainda cobria meu centro,
mas conseguia ver a sua mão, que me acariciava levemente, deixando-me
mais úmida com cada toque do seu dedo. — Posso levantar a sua saia? —
perguntou asperamente.

Hesitei um momento. E se ele não gostasse de mim lá embaixo?


Não seja ridícula. Mesmo se fosse o caso, ele não demonstraria. Ele era um

profissional, apesar de tudo. — OK.


Noah levantou a saia, me deixando nua a seus olhos. O ar frio bateu

em minha carne aquecida e, de alguma forma, meu núcleo apertou com


excitação. Eu queria gozar, precisava gozar.
Noah olhou para mim, mas antes que me sentisse autoconsciente,

ele abriu meus lábios inferiores com os polegares, e então deu uma lambida
lenta em minha fenda da minha abertura até o meu clitóris. Segurei no sofá,

ofegante enquanto a luxúria me atravessava. Ele pressionou sua língua na


minha protuberância sensível, então circulou lentamente. Ele parou e

endureci, querendo que continuasse.


— Você gosta disso? — perguntou com voz rouca.

— Sim. — Deus, sim.


Ele pegou meu clitóris entre os lábios e sugou suavemente. As

sensações eram indescritíveis. Eu me sentia feliz por ter a chance de


experimentar isso. Eu fechei os olhos enquanto ele alternava sucção e

lambidas com sua língua quente e maravilhosamente hábil. Os sons que


escapavam de meus lábios eram desconhecidos e necessitados, mas não
conseguia parar e não me importava. A língua e os lábios de Noah em
minha carne aquecida afastaram minha hesitação.

Eu me contorcia e me contraía enquanto ele sugava meu clitóris e


então, lentamente, lambeu minha abertura e mergulhou sua língua em mim.

— Oh, Deus — engasguei. Comecei a tremer. Noah começou a me


foder com a sua língua em um ritmo lento e finalmente, quando seu polegar

roçou meu clitóris, eu gozei.


Meu orgasmo me atingiu uma força incontrolável e gritei, meus

dedos emaranharam no cabelo de Noah. Eu tremia e ofegava enquanto meu


corpo inteiro foi inundado com prazer. Noah lambeu, beijou e chupou até

meu orgasmo diminuir. Eu me perguntava se sexo oral era sempre tão bom,
ou se Noah era apenas incrivelmente bom no que fazia. Eu estava deitada

no sofá, arfando para respirar e atordoada, enquanto ele sentou e pegou um


lenço de papel para limpar a boca. Eu estava muito oprimida pelas

sensações para sentir-me envergonhada pela visão. Noah sorriu para mim.
— Foi bom?
Era uma pergunta retórica, tinha que ser. Ele podia ver o quanto

gostei do que havia feito. — Muito melhor do que bom. Acho que não
existe uma palavra para descrever o quanto foi bom.

Noah riu. — Eu tomarei isso como um elogio.


— Foi um elogio. Você é muito bom em seu trabalho.
— Só muito bom? — disse em tom de brincadeira.

— Agora você quer confete — disse, sorrindo. — Mas você está


certo. Você não é apenas muito bom. Você é maravilhoso.

Ele balançou a cabeça, então deitou ao meu lado. — Então, existe


outra coisa que gostaria de fazer hoje?

Noah era sempre profissional, mas isso é o que eu queria, então não
podia reclamar. Claro que havia mais coisas que queria fazer. — Eu quero
vê-lo nu e também quero tocar tocá-lo...

Era estranho expressar meus desejos abertamente. Mas Noah não


parecia importar-se com o meu pedido de tocá-lo.

— Aqui? Ou lá em cima?
— Aqui. Da próxima vez podemos ir lá em cima. — Se Noah achou

minhas condições ridículas, não deixou transparecer.


Ele se levantou, depois olhou para mim. — Você quer que eu me

dispa ou você quer ajudar?


— Se dispa. Da próxima vez ajudarei. — Parecia que comigo seria

sempre na próxima vez.


Noah puxou a camisa sobre a cabeça, revelando sua pele bronzeada

e um corpo maravilhoso. Uma fina trilha de cabelo loiro escuro desapareceu


no cós da calça jeans. Eu queria segui-lo com meus lábios.
Sem tirar os olhos de mim, Noah abaixou o zíper, revelando uma

cueca preta que abraçava seus quadris e a grande protuberância de seu


pênis. Lutei contra a vontade de me aproximar e passar meus dedos sobre

ele. Em vez disso, me sentei e recostei-me para apreciar a vista. Noah


sorriu. Ele enfiou os dedos em sua cueca e abaixou-a e então ficou diante de

mim completamente nu. Ele estava meio ereto. Estendi a mão, mas hesitei
alguns centímetros da sua ereção. — Posso te tocar?

Noah sorriu. — Em um segundo. Preciso colocar um preservativo.


— Oh, claro. — Havia me esquecido da política da agência. Noah

colocou uma camisinha rapidamente e assim que tive permissão para tocá-
lo, estava totalmente ereto.

Levantei-me e passei minhas mãos sobre o peito, apreciando a


sensação de sua pele quente. Eu toquei meus dedos em seus mamilos e eles

endureceram instantaneamente. Eu sempre me perguntei se os homens


gostavam que tocassem os seus mamilos tanto quanto as mulheres. Pela
reação de Noah, a resposta parecia ser sim. Eu realmente precisava deixar

minha timidez de lado e me despir diante de Noah para que ele realmente
cuidasse dos meus seios. Senti um pequeno tremor com o pensamento.

Voltando à tarefa em mãos, me inclinei e beijei o seu peito, em seguida,


lambi seus mamilos. Ele não protestou, então assumi que era bom tocá-lo e

beijá-lo assim. Passei minha língua sobre seu mamilo novamente e ele
soltou um suspiro baixo. Sua ereção se contraiu entre nós. Não me
preocupando em esconder meu sorriso, acariciei seu abdômen, e então

passei meus dedos até que se curvaram ao redor sua ereção coberta de
preservativo. Ele estava incrivelmente duro e quente. Eu acariciei para cima
e para baixo algumas vezes, em seguida, olhou para o seu rosto. Ele me

olhou com os olhos semicerrados.


— Estou fazendo certo? Ou deveria fazer outra coisa?

— Você pode apertar com mais força e segurar minhas bolas se


quiser.

Apertei seu pau com mais força e o bombeei mais rápido. Ao


mesmo tempo, abaixei minha outra mão para suas bolas e as segurei. Elas

eram suaves e, quando as massageava, o pau de Noah parecia endurecer


ainda mais nos meus dedos. Acariciei sua ereção forte e rápida enquanto

massageava suas bolas. Depois de um tempo, todo o corpo de Noah ficou


tenso sob minhas mãos, como se seus músculos fossem explodir a qualquer

momento. Então, soltou um gemido baixo e estremeceu algumas vezes. Seu


preservativo ficou cheio com seu esperma. Noah fechou a mão sobre a sua

base e deixei-o ir e vi quando tirou o preservativo.


— Eu preciso me limpar. Voltarei em um minuto. — Ele caminhou

rapidamente ao banheiro, me dando uma visão perfeita de seu traseiro


firme.
Uma estranha sensação de realização me encheu. Eu finalmente fiz
um cara gozar. Próximo passo: perder minha virgindade e fazer oral em

Noah. Eu realmente desejei que pudesse tocá-lo sem o preservativo, mas


entendo que cumpria a política da agência.

Ele não se incomodou de envolver uma toalha ao redor de sua


cintura para se cobrir quando voltou. Seu pênis não estava mais ereto, mas

ainda era impressionante e queria tocá-lo novamente. Noah sorriu quando


notou os olhos sobre ele. Eu percebi que ainda não havia colocado a minha

calcinha de volta. Eu poderia pedir-lhe para me tocar novamente? Noah se


sentou no sofá ao meu lado. — Você quer que vista minhas roupas?

Eu balancei minha cabeça. — Não, não me importo.


Quer dizer, eu realmente gosto de olhar para você. — Um rubor

penetrou em minhas bochechas. Será que isso nunca ficará mais fácil?
— Gostaria de gozar? — Noah abordou o assunto com naturalidade.
— Não, hoje não. Eu não acho que eu posso gozar novamente.
Noah ergueu as sobrancelhas. — Eu aposto que pode.

Eu sorri. Ele era o único com experiência, então tinha que confiar
nele, mas me senti completamente satisfeita. — Pode ser. Mas ainda haverá
uma próxima vez. Ainda temos duas sessões, né?
Noah balançou a cabeça e por um momento, meu coração

despencou. — Nosso primeiro encontro não conta. Nós só discutimos os


fundamentos de nosso acordo.
— Realmente? Você tem certeza? — Eu não mencionei que nos

beijamos durante esse primeiro encontro. Se Noah não queria contá-lo, não
tentaria convencê-lo do contrário.
Fiquei contente que teríamos um pouco mais de tempo juntos. —
Então, mais três sessões?
— Exatamente — disse ele. Ele não parecia se importar de me ver

novamente ou talvez estivesse lendo muito em sua expressão. Eu pisava em


um terreno perigoso.
Coloquei minha calcinha. — Eu provavelmente deveria ir. Está
ficando tarde.

Noah se levantou. — Gostaria de fazer algo mais na próxima vez?


— Algo mais?
— Pegar algo para comer em um restaurante ou ir a um museu,
antes de virmos para o meu apartamento.

Eu considerei isso. Eu adoraria passar mais tempo com Noah, mas


me preocupo que minhas emoções fiquem confusas se agirmos como duas
pessoas saindo. Noah era agradável, charmoso, de boa aparência, e
perigosamente parecido com um homem que imaginaria ter em meu futuro.

Eu precisava impor limites estritos. E se alguém nos visse? Seria


difícil explicar para os meus pais ou ex-amigos da escola. — Não, prefiro
encontrá-lo em seu apartamento novamente.
Tinha a sensação de que Noah podia adivinhar alguns dos meus

pensamentos, mas não fez perguntas. — Certo. Amanhã, então?


— Perfeito.
Ele me acompanhou até a porta e me deu um beijo no rosto antes de
sair. Eu tentei ignorar a maneira como meu coração bateu descompassado

quando ele fez isso.


Capítulo Cinco

Amy
Durante a sessão seguinte, Noah me deu prazer oralmente
novamente e depois deitei em seus braços no sofá, ofegante e feliz.

— Talvez devêssemos discutir as suas expectativas para a sua


primeira vez — disse Noah casualmente enquanto acariciava meu braço. Eu

ainda estava usando meu vestido, mas sem calcinha. Noah provavelmente
pensava que era estranha porque tinha vergonha de ficar nua na sua frente.

— Quero que seja bom.


Noah riu. — Bem, eu esperava um pouco mais. Como quer que eu

aja?
Eu pensei que era óbvio. — Gentil?

A mão de Noah no meu braço acalmou e suas sobrancelhas

arquearam. — Claro. Nós faremos lenta e suavemente como precisa de mim

para. Mas você tem alguma posição na mente? Um lugar onde queria que
acontecesse?

— Eu acho que em sua cama seria um bom lugar e eu quero você

em cima — disse, sentindo minhas bochechas esquentarem, mas Noah

apenas assentiu. Isso era normal para ele. Ele definitivamente não tinha

problemas para falar sobre sexo.


— Bom. É assim que faremos então. — Ele olhou para minha

boceta exposta. Ele passou a mão pelo meu braço, lateral e quadril até que a

descansou em minha coxa. — Nós ainda temos algum tempo. Existe

alguma coisa que gostaria de fazer hoje?

Eu hesitei. A primeira coisa que passou pela minha mente me fez


sentir como se fosse algo que não pudesse pedir.

— Você pode me dizer o que quiser. Nós ainda temos algum tempo.

Evitei os seus olhos. — Eu pensei que talvez pudéssemos fazer no

chuveiro? Eu sei que não estava na minha lista, mas acho que é algo que

prefiro fazer a beijar na chuva. — Eu fechei meus lábios. Eu divagava.


Esperei ansiosamente por sua resposta.

— Claro. Sem problema. Meu banheiro é no andar de cima. — Ele

levantou e pegou suas roupas do chão, mas não se incomodou em colocá-

las. Ele fez uma pausa, olhando para mim.

— Tudo bem para você? — perguntei enquanto me levantava e

rapidamente pegava minha calcinha.

Noah me deu um sorriso paciente. — Claro, Amy. Eu já tomei


banho com clientes antes. Não é nada demais. Eu gostaria de tomar banho

com você.

— Ah, certo. — Eu o segui e olhei rapidamente o seu quarto. Cores

claras, uma cama king size e vista para Nova York. Mas não tive muito
tempo para olhar ao redor, porque Noah abriu a porta de seu banheiro.

Havia uma enorme área no chuveiro de vidro. Havia também uma grande

banheira.

Talvez durante uma de nossas próximas sessões, poderemos usar a

banheira. Noah estendeu a mão, ligou a água do chuveiro e então ele me

olhou. Ele estava totalmente nu e já meio ereto. Eu me perguntava se um


homem normal possuía a mesma resistência.

Hesitei no meio do banheiro. Eu precisava me despir, mas de

alguma forma o pensamento de me despir na frente de Noah me deixou

imóvel. Ele andou até mim e gentilmente descansou as mãos sobre meus

ombros. — Você quer que a dispa?

Eu balancei a cabeça rapidamente. Noah passou as palmas das suas

mãos nas minhas laterais, deixando-me formigando e doendo por mais. Ele

segurou a barra do meu vestido e, lentamente, levantou-o. Quando levantei

meus braços, ele tirou o vestido por cima da minha cabeça e colocou-o na

beira da banheira. Eu estava completamente nua e precisei reprimir o desejo


de cruzar os braços. Os olhos de Noah viajaram sobre o meu corpo, então

retornaram para o meu rosto. — Você não tem nada para se envergonhar,

Amy. Eu gosto do seu corpo.

Eu procurei um sinal de desonestidade em seus olhos, mas não

encontrei. Meus mamilos arrepiaram pelo ar fresco e o olhar de Noah foi


atraído para eles. Seus olhos pareceram escurecer. Eu desejei entender

melhor suas reações, desejei poder conhecê-lo melhor. Ele me olhou

novamente e desejei que me ver nua tivesse alguma parte nisso, mas não me
atrevi a perguntar. Ele colocou suas mãos em minha cintura.

De lá, tocou suavemente com seus dedos até roçar a parte inferior

dos meus seios. Ele esfregou os dedos em meus mamilos e soltei um

gemido suave. Seus olhos estavam fixos em mim enquanto apertava meus

mamilos entre dois dedos até que estava ofegante e com uma dor torturante

entre as minhas pernas.

Noah indicou o chuveiro com a cabeça. — Você está pronta para

entrar agora?

Eu estava pronta para um monte de coisas agora. Eu sorri. Noah

entrou no chuveiro, em seguida, abriu os braços em convite. Entrei no

chuveiro, de repente, não mais nervosa.

Fiquei na ponta dos pés e pressionei meus lábios nos dele. Nós nos

beijamos sob a água morna e Noah acariciou meus seios, suas mãos eram

quentes e suaves, mas sabia exatamente como e onde me tocar para me

deixar mais dolorida. Eu gemia em sua boca, precisando sentir seus dedos

entre as pernas. Eu me inclinei nele. Sua ereção tocava meu estômago, dura

e insistente. Antes que pudesse pensar em qualquer outra coisa, passei meus
dedos ao redor de seu pênis e comecei a acariciar. Então congelei. Eu não
deveria tocá-lo sem preservativo. — Sinto muito! — Eu soltei e tirei minha

mão.

Noah ficou me olhando com os olhos semicerrados. — Qual o

problema?

— Você não está usando preservativo. Eu pensei que não podia te

tocar sem proteção.

— Nós estamos no chuveiro. Nós ficaremos bem.

Eu me perguntei se isso era política da agência realmente ou se ele

estava fazendo uma exceção para mim, porque eu era a cunhada de Charles.

Rapidamente bani o pensamento antes que estragasse meu humor. Ao invés


disso, envolvi minha mão ao redor do pênis de Noah novamente,

apreciando sua maciez. Eu acariciava-lhe firmemente da mesma maneira

que ele brincou meus seios. Lentamente, ele passou uma mão pelo meu

estômago e me tocou. Eu gemi em sua boca e me pressionei mais

firmemente em sua mão.

Eu nunca teria o suficiente de sua proximidade. Ele passou o dedo

ao longo da minha fenda, espalhando meus sucos e enviando arrepios de

prazer por todo meu corpo. Noah beijou do meu pescoço até meu ouvido e

então sussurrou — Você gostaria que eu fizesse oral em você aqui?

— Sim — disse com a voz rouca. Noah não hesitou. Ele se ajoelhou

diante de mim, colocou uma palma sob a minha panturrilha esquerda e


levantou minha perna e a descansou sobre o ombro, me deixando aberta

para ele. Eu me encostei no azulejo frio, tremendo de antecipação. Noah

olhou para mim e lentamente aproximou sua boca de meu centro.

Lambi meus lábios e seus olhos seguiram o movimento com um

olhar intenso antes que finalmente colocasse sua boca em mim. Ele salpicou

meu centro com alguns beijos, então tocou o meu clitóris com sua língua.

Mordi o lábio inferior para não soltar um suspiro de prazer, não que alguém

pudesse escutar, mas ainda estava consciente dos sons que fazia.

A sensação da água quente sobre a minha pele nua e língua de Noah

circulando meu clitóris foi incrível. — Você gosta disso? — murmurou, e

eu pude apenas acenar. Com um sorriso, ele fechou a boca sobre minha

protuberância e aplicou uma leve pressão antes de começar a sugar. Enfiei

meus dedos em seu cabelo molhado. Eu estava quase gozando, mas Noah

parecia não ter nenhuma intenção de me deixar gozar rapidamente. Ele se

afastou, apesar da minha mão tentar mantê-lo no lugar. Ele era muito forte

para mim. Ele começou a lamber o comprimento da minha fenda,

alternando entre movimentos rápidos e firmes, e lambidas lentas e suaves.

Os sons que escapavam de meus lábios eram altos e necessitados e


pareciam estimular Noah ainda mais. Ele arrastou uma mão pela minha

perna e passou os dedos sobre minhas dobras sensíveis. Ele cutucou a

minha abertura com a ponta do dedo e começou a circular lentamente. Eu


estava à beira de um orgasmo quando ele se afastou novamente. — Eu

colocarei um dedo em você, ok?

Eu estava perdida demais nas sensações para me importar. — Ok.

Ele começou a chupar meu clitóris novamente e, ao mesmo tempo,

deslizou um dedo em mim. Ele deslizou sem problemas e eu explodi com

prazer enquanto o meu orgasmo me atingiu. Eu joguei minha cabeça para

trás, contente que o som do chuveiro abafou a maioria dos meus gemidos e

gritos. Noah continuou bombeando seu dedo em mim, me ajudando a


desfrutar dos últimos arrepios de prazer.

Ele se endireitou, ficando de pé. Ele procurou meu rosto. — Foi


bom para você?

Eu sorri, cansada. — Isso foi perfeito. Definitivamente melhor do


que um beijo na chuva.

Ele riu. — Estou feliz que esteja satisfeita com os meus serviços.
Por alguns momentos, ficamos simplesmente olhando um para o

outro e nenhum de nós se moveu. Então, meu olhar caiu sobre a ereção de
Noah. — Você quer que eu...? — Eu parei.

— Faça o que quiser.


Claro que eu queria tocá-lo novamente. Parecia que não me cansava
de tocá-lo. Passei meus dedos levemente pelo seu comprimento. Noah não

se moveu, mas podia sentir seus olhos em mim. Será que ele queria que
fizesse outra coisa? Mas ele disse para fazer o que quisesse, quando lhe
perguntei novamente. Esse era o problema com o nosso acordo. Ele nunca

diria se eu fizesse algo errado ou revelaria seus desejos. Aumentei meu


aperto ao redor de sua ereção e comecei a esfregá-lo enquanto segurei suas

bolas e as massageava.
Logo a respiração de Noah acelerou e os músculos de seu abdômen

ficaram tensos. Quando passei meu polegar na ponta, ele fez um som baixo
em sua garganta e gozou. Eu assisti com fascínio. A água lavou tudo antes
que tivesse a chance de dar uma olhada mais de perto ou sentir, o que foi

provavelmente melhor.
Noah deu um passo para trás e começou a lavar-se. Eu rapidamente

fiz o mesmo. Nós não falamos enquanto nos limpávamos. Noah finalmente
abriu o armário e pegou duas toalhas. Ele esperou que eu saísse do chuveiro

antes de entregá-la para mim. Agora que terminamos, vi a expressão


empresarial de Noah retornar. — Você ficou satisfeita com a nossa sessão

de hoje? — Ele começou a secar seu cabelo com a toalha e tentei observá-lo
sem ser demasiadamente óbvia. Ele parecia adorável com seu cabelo

bagunçado. Se fôssemos um casal, eu teria colocado meus dedos nele, mas


agora que tratávamos de negócios do nosso acordo isso parecia errado. De

repente, o limite que eu impus no início parecia um fardo que queria


desesperadamente vencer.
— Tudo estava bom — disse simplesmente. Eu coloquei minha
calcinha e meu vestido, não querendo ficar nua. Noah colocou sua cueca e

calça, mas não se incomodou com uma camisa. Não que me importasse.
— Então, quando podemos agendar nossa próxima reunião? —

perguntei. Algo parecia estranho, ou talvez fosse coisa da minha cabeça.


Isso era uma reunião de negócios se fosse honesta comigo mesma. A

distância entre Noah e eu era algo natural.


— Eu tenho uma sessão com outra cliente agendada para amanhã,

mas se quiser, podemos nos encontrar antes.


— Não — falei rapidamente, então fiz uma careta pela maneira

horrorizada como soou. Mas o pensamento de Noah com outra cliente


depois de nossa sessão embrulhou meu estômago. Eu não conseguiria

pensar em nada, somente na outra mulher durante a nossa sessão.


Noah franziu suas sobrancelhas, mas não fez comentários sobre o

meu óbvio desconforto. — Que tal quinta-feira? Isso seria daqui há três
dias. Será que ele tem clientes em todos os outros dias?
— Terei dois dias de folga — disse ele calmamente, como se

pudesse ler minha mente. Eu era tão óbvia?


— Oh, com certeza. — Este era o seu trabalho. Claro que ele tinha

dias livres também. Eu era uma idiota. — Quinta-feira está ótimo.


— Seis horas novamente? — Ele me levou para fora do banheiro e

no andar de baixo.
— Parece bom. — Fiz uma pausa. — Da próxima vez acho que

gostaria de ir até o fim.


Surpresa passou pelo rosto de Noah, mas desapareceu

imediatamente. — Claro. Nós faremos isso. Talvez devêssemos planejar


mais tempo, então.
— Quatro horas não são suficientes? — perguntei, entre risos.

Noah estremeceu seus lábios. — Bem, acho que são, mas apenas por
precaução vou anotar a noite inteira na agenda.

— Bom — disse, então fiquei ao lado da porta da frente.


— Obrigado por hoje.

— Não precisa agradecer — disse Noah. Suas mãos estavam nos


bolsos e meus olhos pousaram em seu lindo peito lindo por um momento

mais antes de abrir a porta. — Te vejo quinta-feira.


Noah assentiu com a cabeça, com um olhar estranho em seu rosto.

Eu não sabia o que significava. Me virei antes que as coisas ficassem mais
complicadas.
Capítulo Seis

Noah
Estava agradecido que Rebecca adorava transar no estilo
cachorrinho. Dessa forma, não precisava prestar atenção em minha

expressão enquanto a fodia. Teria sido complicado esconder o quanto estava


distraído se ela visse meu rosto. Toda vez que meu pau entrava dela,

imaginava que era boceta de Amy. Mal podia esperar para a nossa próxima
sessão e me lamentava que não havia marcado antes.

Nunca me importei em lamber a boceta de uma mulher e era muito


bom nisso, como a maioria das minhas clientes confirmariam, mas nunca

gostei tanto quanto com Amy. Eu amei o seu gosto e sua capacidade de
resposta. Eu estava feliz que ela não sabia que normalmente usava Dental
5
Dam quando fazia sexo oral nas outras mulheres. Charles definitivamente

não discutiria o assunto com ela. Eu não tinha certeza porque resolvi não

usar, mas não me arrependi. Eu amei ter a minha língua em seu calor
escorregadio, prová-la, comê-la com a minha língua.

Rebecca gritou debaixo de mim e com algumas imagens de Amy em

minha mente, me forcei a gozar depois de mais alguns golpes, então saí

dela. Felizmente Rebecca não era uma das clientes que esperava qualquer
tipo de afago após o sexo. Ela preferia ir embora assim que terminasse. Isso

era ótimo pra mim.

***

Shane e eu combinamos de nos encontrar em nosso bar favorito em

Brooklyn e ele já me esperava em nossa mesa habitual quando cheguei.


— Então, como vão as coisas entre você e Amy? — perguntou antes

que sequer me sentasse. Olhei para ele e foi ótimo que a garçonete escolheu

o momento para anotar o meu pedido. Assim que ela saiu, Shane já

esperava pela resposta, é claro.

— Eu não vi Amy hoje. Tinha uma sessão com Rebecca.


— A mulher-bunda.

Revirei os olhos para ele.

— É por isso que parece tão triste. Você não se encontrou com a sua

pequena virgem.

Eu estava feliz com o meu Martini e tomei um grande gole. — Ela é

uma cliente como outra qualquer.

— Claro. É por isso que você está quebrando as regras da agência.


Por que contei a ele que não usei Dental Dam? Claro que nunca me

deixaria esquecer isso. — Como se você nunca tivesse feito isso.

— Só se uma mulher quiser que eu goze em sua boca. Eu sempre

uso Dental Dam.


— Amy não tem nenhuma doença. Eu sou o seu primeiro em tudo.

— Novamente senti em meu peito uma sensação estranha de orgulho e

emoção com o pensamento.

Shane balançou a cabeça. — Você está se envolvendo muito.

— Eu não. Ela é uma cliente. Temos mais duas sessões e então

nunca mais a verei novamente.


— Veremos — disse Shane simplesmente.

Eu pedi um segundo Martini. Eu realmente precisava ficar bêbado

ou começaria pensar demais em tudo. Em dois dias tiraria a virgindade de

Amy e então essa ansiedade que sentia sempre que pensava nela

desapareceria.

Amy

Foi bom ter aceitado fazer compras com Leah. Eu precisava de

distração. Saber que Noah estava com outra cliente hoje me deixaria louca

sem Leah. Na verdade, ainda me deixava. Eu não tinha certeza do por que.
Eu estava atraída por ele. Eu estava desde o início. Foi por isso que o

escolhi, em primeiro lugar, mas me preocupava que a atração se tornou

mais forte.

— Terra para Amy. Você escutou uma palavra do que disse? —

Leah perguntou, com as sobrancelhas arqueadas.


— Desculpa. Eu não escutei.

Leah apontou para uma loja de lingerie. — Eu quero um sutiã novo.

— Claro — disse. — Acho que quero comprar algumas coisas para


mim também.

Leah me deu um olhar curioso. — Para Noah? — Havia algo em sua

voz que não conseguia identificar que me deixou desconfortável.

— Claro que não. Eu só quero ficar mais bonita. Noah não se

importa com o que uso — disse casualmente, enquanto caminhávamos para

a loja.

Leah não parou de me observando. — Mas você quer que ele se

importe?

Decidi ignorar a pergunta de Leah e fui direto a um display de

lingeries com babados. Até agora nunca pensei comprar roupas

extravagantes. Nunca houve qualquer razão para isso. Sutiãs e calcinhas

pretas simples sempre cumpriram o seu propósito. Estendi a mão para

lingerie rosa claro.

Segurei-a em meu corpo e olhei no espelho.

Leah apareceu atrás de mim com um sorriso suave. — Isso ficará

bonito em você. Por que não experimenta?

— Ok. — Eu estava feliz que não perguntou sobre Noah novamente.


O vendedor nos levou aos provadores na parte de trás. Eu fui para o
primeiro e rapidamente fechei a cortina antes que Leah decidisse entrar

comigo. Hesitei um pouco com uma lingerie cheia de babados em minha

mão. Talvez não devesse me preocupar com isso. Noah nem perceberia e

não havia mais ninguém que a veria. E a lingerie provavelmente sequer

ficaria bem em mim.

— Amy, tudo bem aí?

— Sim. Só mais um momento.

— Eu realmente quero te ver.

— Eu não me troquei ainda. — Com um suspiro, eu comecei a me

despir e, em seguida, colocar a lingerie. Fiquei surpresa quando me vi no


espelho. O sutiã teve um ligeiro efeito push-up e fez meus seios parecem

ótimos. O acabamento de renda das taças era perfeito.

— Amy?

Leah realmente sabia como ser chata. Ela colocou a cabeça pelo vão

da cortina e me analisou. — Você está maravilhosa — disse com admiração.

— Eu estou muito magra — disse.

— Você não está. A maioria das garotas mataria para ter um corpo

como o seu. — Eu lhe lancei um olhar. Nós duas sabíamos que não era

exatamente verdade. Meus seios e quadris eram quase inexistentes. Nada

que animaria. Isso era certo.


Eu me virei para olhar todos os meus ângulos. O que Noah pensaria

quando me visse com uma lingerie como esta? Será que pensaria que

tentava impressioná-lo? Será que me acharia ridícula?

Leah entrou no provador, segurou meus ombros e me virou para

encará-la. — Seja honesta. Isso é por causa de Noah, certo?

Eu conhecia o seu olhar. — Eu quero ter uma boa aparência. Isso é

normal. As pessoas que vão à procura de um caso de uma noite certificam-

se de que tenham uma boa aparência também. Então, por favor, não faça

uma tempestade em um copo d’água.

— Eu não estou fazendo tempestade em um copo d’água. Só estou

preocupada com você. Tenho a sensação de que você está levando isso mais

à sério do que pretendia quando reservou os serviços de Noah.

Eu bufei. — Quero ficar bonita para uma cara atraente.

— OK. Mas não se esqueça que Noah é um acompanhante. É

apenas um trabalho para ele. Não importa o quão bom ele seja, é apenas

parte do serviço namorado.

Eu me afastei de Leah. Eu tentei manter meu rosto neutro para que

não percebesse o quanto suas palavras doeram. — Eu sei disso. Não sou
estúpida. Eu nunca quis envolver emoções. É por isso que contratei um

acompanhante. Você poderia, por favor, parar o interrogatório agora?


Leah assentiu com a cabeça, mas sabia que ela não deixaria o

assunto morrer.

— Eu comprarei isso — disse, apontando para a lingerie.

— Você não queria comprar um sutiã?

Ela pegou minha dica. Com um sorriso, saiu do provador.

Soltei um suspiro. Eu sabia que Leah se importava comigo, mas não

queria pensar muito sobre as minhas estranhas emoções sobre Noah.

Quinta-feira seria o grande dia. Eu finalmente perderia minha virgindade,


depois veria Noah apenas mais uma vez e então tudo acabaria.
Capítulo Sete

Amy
Eu nunca estive tão nervosa em minha vida. Meu sorriso estava
apertado quando saí do elevador e caminhei em direção a Noah que me

esperava na porta de seu apartamento. Eu escolhi um dos meus vestidos


mais bonitos, mas estava ainda mais animada com o que usava por baixo.

Os olhos de Noah procuraram meu rosto quando me levou para seu


apartamento. — Você parece bem.

— Obrigada. — Olhei em direção à mesa de jantar, que estava


preparada para duas pessoas e o forno, que estava ligado. Um delicioso

cheiro de manjericão, tomates e queijo encheu o meu nariz. — Você


cozinhou? — perguntei, surpresa.

Noah sorriu. — Sim. Eu pensei que seria uma boa maneira de

começar a nossa noite.

— Isso é muito atencioso com você. — Eu não estava exatamente


com fome. Eu estava muito nervosa, mas não diria a Noah, não depois que

ele preparou tudo com tanto esmero.

— Por que não se senta? Eu fiz uma torta de queijo de cabra com

tomate. Espero que goste.


— Parece incrível — disse honestamente enquanto sentava na

cadeira Noah segurava para mim. — Eu achei que você só fazia bife.

— É verdade, mas olhei umas receitas vegetarianas na Internet e a

torta parecia boa.

— Cheira bem também.


— Vamos ver se é boa. — disse Noah. Eu o vi caminhar em direção

ao forno. Sua parte de trás era tão boa para os olhos como sua frente. De

repente, me preocupei que minha calcinha fizesse parecer como se estivesse

tentando impressionar. Ele sempre estava lindo. Como poderia competir

com isso?
Noah trouxe a torta e a colocou sobre a mesa. Ele a cortou em

pedaços e me entregou uma fatia, em seguida, sentou-se na cadeira à minha

frente. Eu provei um pedaço da torta, apreciando o sabor delicioso.

Noah me olhava com esperança. — É boa?

— É incrível. E você? Gosta disso?

Noah provou um pedaço e seu rosto se transformou em uma

expressão de surpresa. — Muito bom. A única torta que havia feito até
agora foi uma com bacon, mas essa é muito boa.

Eu só comi metade da minha fatia antes de abaixar meu garfo. Meu

estômago já estava agitado.

— Você terminou? — Noah perguntou suavemente.


— Sim, obrigada.

— Você gostaria de ir direto para o quarto ou prefere começar no

sofá?

Minha bochecha aqueceu, apesar do comportamento tranqüilo de

Noah. Eu sabia que era perfeitamente lógico que perguntasse, mas ainda me

deixou desconfortável. — Eu acho que prefiro ir direto para o quarto.


— É claro — disse Noah calmamente. Ele se levantou da cadeira e

caminhou ao redor da mesa em minha direção. Ele estendeu a mão.

Segurei-a e parei, tentando esconder o nervosismo. — Você não quer limpar

a mesa antes?

— Isso pode esperar até mais tarde, a menos que prefira gastar um

pouco mais tempo fazendo outras coisas. — Ele sabia que estava nervosa.

— Não, não. Vamos lá para cima.

Sem outra palavra, Noah me levou até a escada em direção ao seu

quarto. Ele parou na frente da cama e soltou minha mão, olhando meu

rosto. — Nós podemos fazer o que quiser hoje, você sabe disso?
— Sim, claro — disse, tentando soar casual.

— Como você gostaria de começar?

— Talvez pudéssemos deitar e começar com alguns beijos e

proceder a partir daí? — Deus, isso não poderia ter soado menos romântico,
mas é o que queria, então não havia nenhuma razão para perder o que eu

não queria em primeiro lugar.

Noah assentiu. Ele sentou-se na cabeceira da cama e indicou o local


ao seu lado com uma expressão encorajadora. Eu não pude deixar de sorrir.

Eu tirei minhas sapatilhas e subi na cama. Noah passou o braço ao redor da

minha cintura e me puxou para o colchão com ele. Seus lábios estavam

pressionados nos meus, então se afastou. — Tudo bem para você?

— Sim, você não tem que me perguntar. Eu te direi se eu ficar

desconfortável com algo que você fizer.

— Bom — murmurou, então sua boca estava novamente em mim e

sua língua deslizou entre meus lábios para dançar com a minha. Passei a

mão pelo cabelo e coloquei minha perna sobre o seu quadril, querendo estar

tão perto dele quanto possível. Eu amei a sensação de seu corpo forte no

meu. Colocou a mão em minha cintura e gentilmente começou a me

massagear. Meu nervosismo foi rapidamente dissipado por desejo e

excitação. Esfreguei meu núcleo no quadril de Noah. Ele moveu a mão até a

minha bunda e apertou. Eu gemi em seus lábios, então me afastei. — Eu

preciso de mais.

Um sorriso apareceu no rosto de Noah. — Isso é bom. — Sua voz

era profunda e um pouco mais rouca, e senti um arrepio maravilhoso em


minhas costas quando o escutei. — Por que não te tiramos desse vestido?
Ajoelhei-me na cama levantei meus braços com o que eu esperava

que fosse uma expressão travessa. Noah roçou os dedos em minhas coxas

até que tocou na beira do meu vestido. Ele lentamente o puxou para cima e

sobre a cabeça.

Excitação apertou meu estômago quando olhei para Noah para ver

sua reação. Seus olhos estavam focados em minha nova lingerie. Ele

estendeu a mão e tocou nos babados de minha calcinha, mas não tocou onde

realmente precisava dele.

— Você gosta da lingerie?

— Sim. — Ele me olhou. — É nova?


— Eu comprei há alguns dias atrás.

— Para mim?

Fiquei quieta. Não esperava essa pergunta. Eu considerei mentir,

mas depois decidi que não. — Bem, sim. Você é o único que a verá.

Seu rosto ficou imóvel. Será que eu disse alguma coisa errada? —

Tenho certeza de que haverá outros depois de mim. Você ainda é jovem.

— Não, não haverá outros. É por isso que escolhi fazer isso. Não

quero correr o risco de ter uma ligação emocional quando poderia morrer

dentro de alguns anos. — me encolhi pela forma como pareci insensível,

considerando que tinha certeza que estava emocionalmente envolvida neste,

apesar das minhas melhores intenções.


Noah olhou para longe. Isto, provavelmente, o deixou

desconfortável. Falar sobre a morte não fazia parte de sua descrição de

trabalho. — Claro. — Ele olhou para mim com sorriso novamente em seu

rosto. Ele tocou em minha calcinha novamente. —Você está linda nessa

lingerie.

Linda? Será que ele realmente queria dizer isso? Ou era parte do

serviço namorado? Provavelmente, a última opção.

— Obrigada. Mas mal posso esperar para tirá-la — disse em um tom

de flerte.

Ele sorriu. — Oh, não se preocupe. Você a tirará em breve, mas

ainda não. — Ele me empurrou de volta na cama e beijou minha garganta e

meu decote. Eu amei cada momento. A suavidade da cama debaixo de mim,

a sensação do corpo quente de Noah pressionado em mim, seus lábios em

minha pele. Ele passou a língua debaixo de uma das taças de meu sutiã sem

tocar meu mamilo. Eu arqueei minhas costas e segurei a sua nuca,

esperando que recebesse a dica e realmente começasse a trabalhar. Ele riu.

— Por favor — eu gemi. Eu queria mais. Agora.

Ele passou uma mão debaixo da minha cintura e abriu meu sutiã,
então, puxou-o. Meus mamilos endureceram imediatamente. Noah soprou-

os suavemente, me fazendo ofegar. Quem imaginava que um pouco de ar

teria um efeito tão adorável?


Lentamente passou a língua ao redor de meu mamilo.

Então, finalmente fechou os lábios e começou a chupá-lo. Eu estava

perdida em sensações. Apertei minhas pernas, tentando aliviar a tensão que

sentia. Ele levantou a outra mão pela lateral de minha cintura e tocou as

pontas dos dedos na parte inferior do meu outro seio, então girou meu

mamilo entre os dedos, mantendo a sucção no outro. Seus olhos estavam

em mim o tempo todo e por algum motivo isso que me excitou ainda mais.

Eu me contorcia debaixo Noah.


— Mais.

Ele sorriu em meu peito, então, deixou um rastro de beijos pelo meu
estômago até o elástico de minha calcinha.

Ajoelhou-se entre as minhas pernas e beijou o meu centro sobre o


tecido da minha calcinha. — Noah — gemi. — Por favor, tire a minha

calcinha.
Ele colocou os dedos na cintura e abaixou-a muito lentamente, em

seguida, jogou-a no chão e me olhou demoradamente, da cabeça aos pés


com um olhar que me fez arrepiar de prazer. Tentei me lembrar que isso

também fazia parte do serviço namorado, mas quando se abaixou entre as


minhas pernas e gentilmente mordeu o interior da minha coxa, decidi
esquecer esse detalhe. Então enfiou a língua em minhas dobras e cada

pensamento são que tinha, fugiu minha mente.


Depois de alguns minutos de beijos e lambidas, Noah já tinha me
deixado no limite e então, quando chupou meu clitóris, gozei, ofegando,

gemendo e tremendo. Ele colocou um dedo em mim, logo em seguida, um


segundo. Eu fiquei tensa brevemente, mas o meu corpo rapidamente se

acostumou com a sensação.


— Está tudo bem? — perguntou Noah com voz rouca enquanto

movia lentamente seus dedos para dentro e para fora de mim. — Eu preciso
esticá-la, ou será mais doloroso quando fizermos sexo.
— Está tudo bem — disse sem fôlego, ainda me recuperando do

meu orgasmo e já sentindo o prazer em meu núcleo novamente. Quantos


orgasmos uma pessoa pode ter?

Noah se sentou e me olhou nos olhos. — Você está pronto para a


relação sexual agora?

Eu quase caí na gargalhada. — A relação sexual?


Os lábios de Noah estremeceram quando viu a minha expressão. —

Isso é um sim?
Fiquei contente que Noah tentava me fazer relaxar. Eu balancei a

cabeça em resposta, sentindo uma pequena bolha de ansiedade em meu


peito. Era isso. Eu perderia minha virgindade com um acompanhante, um

homem que não tinha sentimentos por mim.


Noah se levantou e tirou sua camisa antes de soltar o cinto e tirar
sua calça também. Sua ereção estava lutando em sua cueca. Ele abaixou sua

cueca, fazendo seu pênis pular. Nunca o vi tão duro. Ele parecia enorme.
Será que ele estava realmente excitado? Eu era a razão para isso?

Noah abriu uma gaveta em seu criado mudo e pegou um


preservativo. Ele o rasgou e então rolou lentamente em sua ereção.

Lambi meus lábios nervosamente. Estava fazendo a coisa certa?


Talvez devesse esperar até nossa próxima sessão? Mas se perdesse minha

virgindade hoje, poderia tentar algumas novas posições com Noah na


próxima vez.

Noah se ajoelhou na cama, então se colocou lentamente entre as


minhas pernas, com os olhos atentos em mim. Ele acariciou meus joelhos e

minhas coxas e então esfregou meu clitóris enquanto se abaixou em cima de


mim para me beijar. — Você tem certeza que quer isso? — perguntou com

voz rouca. Seu pênis estava pressionado em minha coxa, quente e duro. Os
dedos de Noah aceleraram sobre o meu clitóris e já sentia que novamente
gozaria.

Eu olhei nos olhos azuis pacientes de Noah, em seu rosto calmo e


sabia que queria que ele fosse o único. — Sim, eu tenho certeza.

— Ok — disse, ainda com aquela voz rouca. Isso o afetava? —


Colocarei a ponta primeiro, então continuaremos a partir daí. — Ele retirou
a mão do meu clitóris e substituiu-a pela cabeça de seu pênis. Ele a esfregou

em mim algumas vezes, me fazendo respirar profundamente. Era incrível,


mesmo com o preservativo.

Noah apoiou-se em seu antebraço e o guiou em minha abertura. A


pressão aumentou e então sua ponta avançou, me enchendo. Eu engasguei

com a intrusão. Noah levantou sua outra mão e segurou meu rosto, com
olhos preocupados em mim. — Você pode me dizer se você mudar de ideia.
Eu posso tirar.

— Não, não é ruim. É apenas estranho.


Noah assentiu. — Eu colocarei mais alguns centímetros — Ele

mudou seus quadris e empurrou mais profundo em mim.


Fiquei tensa com o aumento da pressão e plenitude. Não era

exatamente doloroso, apenas desconfortável, mas tinha a sensação de que


ele não estava metade dentro.

— Tudo bem? — Disse Noah, com a sua mandíbula apertada.


— Sim.

— Eu vou percorrer todo o caminho agora. Pode doer.


Foi um enorme eufemismo. Dor me atravessou quando Noah entrou

totalmente em mim. Enfiei os dedos em seus ombros e apertei meus lábios.


Eu me senti muito cheia e esticada, mas a dor já diminuía. Ainda assim, me

agarrei a ele, tentando forçar o meu corpo relaxar.


Noah tinha acalmado acima de mim. Ele também parecia que estava

com dor. Embora por uma razão diferente, eu assumi. — Sinto muito. Dói
muito?

Eu me mexi, maravilhada com a sensação de ter o pênis de Noah em


mim. Eu realmente fiz. — Estou bem. Doeu um pouco, mas está

melhorando.
— Eu posso esperar o tempo que precisar. Diga-me quando quiser

que me mova novamente. — Ele acariciou minha bochecha e testa


levemente, com os olhos muito quentes para alguém que estava tratando de

negócios. Ele agia como se realmente se importasse comigo. Será?


— Podemos beijar um pouco?

— É claro — disse Noah. Ele se inclinou e apertou seus lábios nos


meus. Eu amava seu gosto e o calor de sua boca.

Eu desejei que pudesse beijá-lo sempre que quisesse. Logo senti um


aperto doce aumentando em meu núcleo. Recuei alguns centímetros. —
Você pode se mexer agora.

Noah saiu alguns centímetros, então deslizou para dentro. Cada vez
se retirava um pouco mais até que apenas a ponta permaneceu em meu

canal apertado antes que entrasse novamente em mim. Logo estabeleceu um


ritmo lento e constante. Os seus beijos e o atrito da sua pélvis em meu

clitóris enviavam deliciosos arrepios de prazer pelo meu corpo. A testa de


Noah ficou vincada com o que parecia concentração e seu peito estava
escorregadio de suor, mas ele era gentil e lento, e não tirava os olhos de

mim.
— Você acha que você pode gozar? — disse entre grunhidos
tranqüilos.

— Acho que sim. — Não tinha certeza. Não achava que a pressão
em meu clitóris era suficiente. Como se Noah soubesse o que precisava,

colocou a mão entre nós e começou a circundar o meu clitóris com a ponta
do dedo, enquanto aumenta a velocidade de seus movimentos.

— Sim, assim é melhor — engasguei quando o prazer começou a


aumentar rapidamente. Noah inclinou a cabeça sobre o peito e chupou meu

mamilo e convulsionei. Meus músculos internos apertaram o pênis de Noah


com força enquanto meu orgasmo correu através de mim.

Os movimentos de Noah tornaram-se irregulares e mais fortes, mas


não me importava. Eu flutuava em uma nuvem de prazer. — Você quer que

eu goze? — rosnou.
— Sim — sussurrei. Noah empurrou mais algumas vezes em mim e

seu corpo ficou tenso. Ele soltou uma respiração áspera, seus empurrões
abrandaram até que se acalmou completamente. Depois de um momento,

ele me olhou com os olhos semicerrados. — Você está bem?


— Sim.
Noah acariciou minha bochecha antes que saísse de mim, sua mão
manteve o preservativo no lugar. Ele jogou fora o preservativo, então deitou

a meu lado. — Gostaria de abraçar por um tempo?


Eu não pude deixar de rir. — Abraçar?

Noah sorriu e abriu os braços em convite. Eu me pressionei em seu


peito e ele passou os braços em volta de mim. — Bom? — murmurou.

Eu concordei e descansei minha bochecha em seu peito, saboreando


a sensação do seu calor e seu cheiro almiscarado.

— Então, era como você imaginava? — Os dedos de Noah


acariciavam meu braço de um modo perturbador.

— Sim. Foi realmente bom. — Teria sido melhor se eu tivesse feito


com alguém que me amava, ou pelo menos se importava comigo, mas isso

nunca foi uma opção, e Noah fez tudo para me deixar confortável.
— Mas? — perguntou Noah em voz baixa. Ele estava tenso
novamente. Ele estava preocupado que reclamasse com Charles sobre ele?
— Nenhum mas. Era o que eu esperava deste acordo.

— Gostaria de fazer novamente mais tarde?


Eu balancei a cabeça rapidamente. — Não, hoje não.
Durante a nossa próxima sessão, ainda haverá tempo para isso. Eu
só quero ficar aqui um pouco, se estiver tudo bem? — Eu me afastei para
olhar para o rosto de Noah. Ele parecia relaxado e contente. Talvez
estivesse nervoso sobre ter que tirar a virgindade de uma cliente.

— Claro, está tudo bem para mim. Nós faremos o que quiser.
Mordi o lábio. — Foi diferente para você dormir comigo do que
com as suas outras clientes?
O rosto de Noah parou. — Por que você pergunta?
— Quero dizer, porque eu era virgem? A sensação é diferente?

— Você é muito apertada.


— Desculpe — disse, embaraçada.
Noah balançou a cabeça. — Isso não é algo ruim. As sensações são
mais fortes, então tenho que ser mais cuidadoso para não gozar rápido.

— Ah, certo. — ri. — É por isso que você parecia tão concentrado.
— Eu parecia? — Ele riu. Seus olhos dançaram com humor e ele
parecia incrivelmente adorável. Meu estômago se contorceu.
Eu balancei a cabeça em silêncio, preocupada com a reação do meu

corpo.
— Então, quando você gostaria de agendar a nossa próxima sessão?
— perguntou Noah. Ele parecia realmente ansioso para me ver novamente.
Ou talvez só quisesse que a coisa entre nós acabasse o mais rápido possível.

— Eu não sei. Vamos discutir isso mais tarde. Eu quero relaxar por
alguns minutos.
— Claro — disse Noah.
Eu afastei meu olhar e deitei de volta em seu peito e coloquei a

palma da mão. Sentime bem assim. Se fosse honesta, preferia esses


momentos de paz após o sexo do que o ato em si. Mas isso provavelmente
porque era minha primeira vez. Minhas pálpebras começaram a fechar. Eu
sabia que não podia ficar na cama de Noah por muito tempo. Eu não era sua

namorada. Não poderia passar a noite, mas queria me deliciar com a nossa
proximidade um pouco mais, não importava o quão falso fosse.

Noah

Era bom ter Amy em meus braços. Eu ficava deitado com algumas
clientes. Muitas esperavam como parte do serviço namorado, mas nunca
gostei. Embora desta vez tenha sido diferente. Ouvindo respiração ritmada
de Amy e a sensação de sua pele sedosa sob meus dedos me relaxou e deu-
me uma estranha sensação de paz. Eu não estava me apaixonando por ela

ou algo parecido, mas uma conexão foi estabelecida entre nós, quando tirei
sua virgindade. Eu não podia explicar. Havia uma parte de mim que sentia
protetor com ela.
Talvez uma parte primitiva tenha despertado algo que estava

adormecido. Provavelmente desapareceria em breve.


Isso é o que esperava, pelo menos. Meu corpo sentiu-se atraído por

ela. Eu não teria me importado se quisesse tentar uma segunda vez esta
noite, mas provavelmente estava dolorida. Eu olhei para seu rosto pacífico.
Ela estava dormindo, seus lábios entreabertos e seus dedos se enroscaram
em cima de meu estômago.
Eu nunca passei uma noite com clientes. Pelo menos não para

dormir. Isso era demasiado intrusivo e preferia espaço pessoal durante a


noite, mas de alguma forma não queria acordar Amy. Ao invés disso,
acariciava sua cintura e seu quadril. Ela soltou um suspiro suave em
resposta e se aconchegou em mim. Não havia nada de errado em fazer uma

exceção para ela. Afinal, ela não era como outras clientes. Ela era cunhada
de Charles e tinha acabado de tirar sua virgindade, o que sempre significava
muito para as mulheres, por isso parecia certo deixá-la dormir em minha
cama esta noite.

Eu apaguei as luzes e fechei os olhos. Mesmo sem saber por que, dei
um beijo na testa de Amy. Ela não se mexeu.
Embora Amy ainda estivesse aqui, já estava animado com a nossa
próxima sessão.

Eu queria mostrar-lhe mais posições, vê-la se contorcer de prazer


novamente. A ideia de que só teríamos mais uma vez um com o outro não
me deixou bem, e isso me deixava inquieto. Eu tinha várias outras clientes.
Não era como se tivesse dificuldade para preencher os meus dias com

trabalho, mas estar com Amy era uma ótima distração.


Eu realmente precisava descobrir uma maneira de considerar Amy
como uma das minhas clientes ou uma maneira de fazê-la concordar em
mais algumas sessões comigo. Eu ficaria entediado dela em algum ponto.

Certo?
Capítulo Oito

Amy
Acordei desorientada e com uma dor estranha entre as minhas
pernas. Sentei-me, estremecendo, então dei uma boa olhada ao redor, no

quarto aberto com vista para uma área de estar e mais de New York, e meu
estômago se contorceu.

Que horas eram?


Meus olhos encontraram o alarme na mesa de cabeceira. Era quase

dez horas da manhã e eu ainda estava no apartamento de Noah. Devo ter


dormido na noite passada depois de Noah tirou minha virgindade. Por que

não me acordou? Deus, não podia acreditar invadi seu espaço pessoal
assim.

Era para eu sair próximo da meia-noite e tinha invadido aquele

tempo por mais de 10 horas. Eu saí debaixo das cobertas e congelei. Eu

ainda estava nua. Claro. Eu me despi quando fizemos amor...


Franzi o rosto. Não. Não. Não. Por que essa palavra apareceu em

minha mente? Não podia pensar nisso assim. Eu tinha jurado controlar as

minhas emoções. E não era amor. Eu não conhecia Noah o suficiente para

amá-lo. Era paixão, porque ele foi o meu primeiro. Muitas garotas caíam na
mesma armadilha. Eu só precisava tomar o controle da situação e então

tudo estaria bem.

Eu encontrei minhas roupas cuidadosamente dobradas sobre o

pequeno banco no final da cama. Peguei-as, dando uma olhada para o andar

térreo, mas não conseguia ver Noah. Talvez tinha um encontro com outra
cliente agendado e precisou sair mais cedo. Minha garganta secou com o

pensamento.

Por que não me acordou na noite passada?

Provavelmente era muito cavalheiro para me expulsar de seu próprio

apartamento. Eu era uma vaca estúpida. Corri para o banheiro, lavei a boca
com água, penteei meu cabelo com os dedos. Eu não estava muito animada

em usar as roupas de ontem novamente, mas não havia nenhuma outra

opção, exceto sair nua do apartamento. Se soubesse que passaria a noite,

traria uma muda de roupa e pijamas comigo, mas esse era exatamente o

ponto: Eu não deveria passar a noite.

Essa não era a maneira como o serviço de acompanhante

funcionava, a não ser que reservasse um homem por uma semana ou um dia
inteiro, mas esse não era o caso entre Noah e eu, e realmente não precisava

de complicação adicional. Eu já estava confusa com as minhas emoções.

Noah era um acompanhante. Ele dormiu comigo porque foi pago para isso.

Ele foi bom para mim, porque foi pago para isso. Ele fingiu estar excitado
por mim, porque foi pago para isso. E me tolerou em seu apartamento

durante toda a noite porque Charles era o seu chefe e não queria que eu

dissesse algo ruim sobre ele.

Quando estava vestida e apresentável saí do banheiro e desci a

escada em caracol. Eu estava mais dolorida do que pensava ser possível e

andei como se tivesse passado duas semanas andando a cavalo em um


terreno rochoso.

Congelei quando meus olhos pousaram em Noah, que me olhava por

cima do seu copo. Ele estava sentado na banqueta do balcão da cozinha,

lendo o jornal. Pelo menos ele estava lendo antes que eu descesse.

Meu rosto explodiu com o calor. Ele não parecia irritado.

Não parecia realmente, pela maneira como me olhava. — Eu sinto

muito — disse — Eu não sei porque adormeci. Isso não deveria ter

acontecido.

Noah abaixou o copo e se levantou. — Não há necessidade de se

desculpar. Você precisava de proximidade depois de sua primeira vez, e eu


não queria te acordar. Você estava exausta.

— Onde você dormiu?

— Na minha cama com você, por quê? — Seus olhos plissados

ligeiramente.
— Oh, eu pensei que talvez você não gostasse de compartilhar a

cama com a cliente.

Noah estreitou os olhos em seus pensamentos. — Você está bem?


— Sim, claro. Eu estou bem. — A mentira era tão óbvia, quase me

encolhi. — Apenas dolorida.

Ele veio em minha direção e de alguma forma isso quase me deixou

em pânico. Eu pensei que poderia fazer desta uma relação de negócios,

pensei que poderia dormir com um homem, ter intimidade com um homem

sem envolver emoções, mas estava errada. E agora, enquanto olhava para o

rosto bonito de Noah, percebi o quão errada estava. Eu estava apaixonada

por ele. Apaixonada por um homem que foi pago para passar um tempo

comigo. Isto era tão confuso.

— Amy? Você não parece bem. Eu fiz alguma coisa que você não

queria na noite passada? Eu machuquei você? — A preocupação em seu

tom era demais. Eu sabia que era unicamente preocupação profissional, o

que tornou ainda pior.

— Eu estou bem — resmunguei — Eu preciso ir.

Eu me virei e avancei em direção à porta da frente.

— Amy, por favor, aguarde. Você precisa me dizer se fiz algo

errado. — Eu podia ouvir seus passos atrás de mim, mas ele não tentou me
agarrar.
— Você não fez nada errado, Noah. Você fez exatamente o que

queria — disse. E esse era o problema. Eu não deveria ter concordado com

o serviço namorado, nunca deveria ter concordado com tantos encontros,

deveria ter reservado Noah apenas por uma noite, mas agora era tarde

demais. Ele entrou em meu coração e não tinha certeza de como faria para

tirá-lo de lá. — Eu direi a Charles que fiquei muito satisfeita com seus

serviços.

Noah franziu a testa. — Você não quer me ver novamente?

Deus, eu não queria nada mais. Eu queria vê-lo todos os dias, queria

beijá-lo e tocá-lo, queria rir com ele e assistir a filmes ridículos com ele,
mas não como uma cliente. Eu não queria que ele passasse um tempo

comigo, porque foi pago para isso. Queria que ele desejasse passar mais

tempo comigo, porque gostava, mas isso não aconteceria, então precisava

me afastar antes que essa confusão ficasse ainda mais complicada, embora

realmente não tivesse certeza de como isso seria possível. — Ontem à noite

foi nosso último compromisso — disse com firmeza. — Eu avisarei Charles

sobre as horas extras, então ele o reembolsará completamente, e é isso.

O rosto de Noah ficou estranhamente congelado. — Você não

precisa dizer a Charles. Ontem à noite foi por minha conta. A culpa foi

minha. Eu poderia ter acordado você, mas não quis, então não posso cobrar

por isso.
Eu não tinha energia para discutir com ele e não confiava em minha

voz o suficiente para dizer nada, então eu balancei a cabeça e me virei e

então fui embora.

Noah

Olhei para Amy saindo e tive que me controlar para não correr atrás

dela. Não era assim que a nossa sessão deveria terminar. Não era assim que

a coisa toda deveria acabar. Eu não tinha certeza de quando as coisas deram

erradas ou o que exatamente fiz de errado.

Eu sabia por que Amy estava tão chateada. Será que se arrependeu

de ontem à noite? Talvez uma noite de sono a fez perceber que perder a

virgindade com um acompanhante não foi a melhor ideia. Ou talvez doeu

mais do que deixou transparecer. Eu fiz o possível para ser gentil.

Ela era mais apertada do que esperava, mas pensei que tudo tivesse

corrido bem.

Quando Amy desapareceu no elevador, fechei a porta e encostei-me

nela. Eu odiava a ideia de nunca mais vê-la novamente, o que era ridículo.

Não era como se o sexo com ela tivesse sido alucinante. Ela ainda era
inexperiente e eu tive que fazer todo o trabalho, mas não tinha importado.

Eu gostava de vê-la descobrir o prazer, tinha amado quando me masturbou.

Eu queria fazer muito mais com ela.


A campainha tocou. Excitação passou por mim, mas morreu quando

abri a porta e olhei para Shane. Ele segurava dois copos de papel de

Starbucks e tinha um olhar estranho em seu rosto. Eu dei um passo para

trás. — O que está fazendo aqui?

Ele entrou, com um olhar curioso sobre mim. — Acabei de ver Amy

deixando seu prédio?


6
Eu peguei um dos copos e tomei um gole do Latte Chai .

— Ela passou a noite? Você tinha um compromisso com ela ontem à


noite, certo?

Ele me seguiu em direção à ilha de cozinha.


— Sim, ela passou a noite. Ela adormeceu e não quis acordá-la.

Shane balançou a cabeça. — Você tirou a virgindade dela, certo? E


agora acha que se importa com ela. Ela é uma cliente.

— Eu não acho que me importo com ela — murmurei. — E para sua


informação, ela não é mais minha cliente.

— Porra, não me diga que ela o convenceu a sair com ela.


Bufei. — Você está assistindo a muitas novelas. Ela não quer me ver

novamente. É isso aí.


— Uau. Você fez um trabalho tão ruim deflorando-a?
— Eu não fiz um mau trabalho. — Isso é o que tentei dizer a mim

mesmo, pelo menos.


— Então, por que ela não quer encontra-lo para sua última sessão?
— Ela conseguiu o que queria. Ela perdeu a virgindade. Talvez isso

seja o suficiente para ela.


Shane parecia duvidoso. — Então, como você se sente sobre isso?

— Como eu deveria sentir? Não é como se ela fosse a minha única


cliente.

— Se você diz.
— Sim. Agora cale a boca. Por que você não me diz como foi a sua
sessão com a sua mais nova cliente?

Felizmente, Shane estava ansioso para contar, mas eu não conseguia


me concentrar.
Capítulo Nove

Amy
Tinha dez mensagens e três chamadas não atendidas de Leah no
meu telefone, mas eu precisava de mais alguns minutos para me acalmar

antes de retornar. Saí do prédio de Noah ainda confusa e tonta quando quase
esbarrei em um estranho alto com cabelo escuro. Seus olhos se iluminaram

em reconhecimento, mas nunca o vi antes. Passei por ele, segurando o


telefone em minha mão.

Eu sabia que estava exagerando. Noah me deixou passar a noite. E


daí? O problema era que, no fundo, eu queria acordar em sua cama

novamente. Eu queria beijá-lo novamente, e tocá-lo novamente, ter relações


sexuais com ele novamente. Eu o desejava, mas havia mais. Eu gostava

dele, gostava dele mais do que deveria e sabia que se eu não parasse com

isso agora, meus sentimentos cresceriam ainda mais. Eu não podia arriscar,

não importa o quanto desejava encontrar com Noah novamente.


Eu disquei o número de Leah e ela respondeu após o segundo toque,

com a voz preocupada. — Você está bem?

Você não respondeu a seu telefone. Se Noah não tivesse enviado

mensagens para Charles dizendo que estavam em seu apartamento, eu teria


enviado uma equipe de busca. E te cobri. Eu disse a mamãe e papai que

você passou a noite em minha casa.

— Espere o que? Por que Noah enviou uma mensagem a Charles?

— Deus, Noah contou a Charles sobre a nossa noite? Será que ele sempre

lhe dava atualizações depois que fazia algo assim? Meu estômago revirou.
— Eu pedi para Charles ligar para Noah quando não consegui falar

com você e Noah disse que você passaria a noite com ele. — Houve uma

pausa. — Você percebe que isso não é o que geralmente acontece, certo?

Charles está um pouco... preocupado e eu também.

— Sinto muito. Eu posso pagar de volta o dinheiro extra que


Charles terá que pagar Noah.

— Não seja ridícula. Isto não é sobre dinheiro, Amy. Eu não posso

fazer isso por telefone. Você pode vir? Por favor?

Eu suspirei. — Dê-me vinte minutos. — Desliguei. Minhas emoções

estavam em um tumulto completo e realmente não estava ansiosa para ser

interrogada por minha irmã, mas ela merecia algum tipo de explicação

depois de tudo o que fez.


Liguei rapidamente para meus pais para dizer-lhes que estava bem

enquanto me dirigia para a estação de metro.

Eu os amava, mas estava feliz que finalmente começaria a

faculdade. A constante preocupação era demais. Todos os meus colegas


começaram há um ano, mas o câncer não me permitiu.

Quando estava na porta de Leah, ela a abriu antes que tivesse a

chance de tocar a campainha. Ela morava em uma casa incrível com

Charles. A indústria de acompanhantes era rentável.

Ela me puxou para um abraço apertado antes de se afastar e analisar

meu rosto. Eu tentei esconder minha agitação emocional dela, mas não
tinha certeza que fazia um bom trabalho. Ela me conhecia muito bem.

— Entre — disse e me levou para sua cozinha enorme. Ela me fez

um café e colocou a caneca em minha frente. — Parece que você precisa de

cafeína.

Eu não discuti, apenas tomei um gole. — Estou bem.

Leah se sentou na cadeira ao meu lado. — Você dormiu com Noah

na noite passada.

— Ele disse a Charles sobre isso em sua mensagem? — sequer

tentei esconder minha raiva.

— Não, claro que não. Isso é confidencial. Mas posso dizer que algo
aconteceu. Imaginei, e estou certa, suponho.

— Esse era o propósito do acordo. Eu queria perder minha

virgindade e consegui. Fim da história. — Eu parecia bastante convincente

para os meus próprios ouvidos, mas Leah franziu a testa para mim.

— Por que você passou a noite com Noah?


— Adormeci depois e ele não quis me acordar. Não é grande coisa.

— É. Com todos os outros clientes, ele teria a certeza que elas

estariam do lado de fora assim que o tempo acabasse.


— Bem, não sou como qualquer outra cliente. Noah provavelmente

não queria decepcionar Charles.

— Então, como foi? Se Noah não foi cuidadoso o suficiente, posso

dizer a Charles.

Eu dei-lhe um olhar. — Você está falando sério? Eu morreria de

vergonha. E você não precisa se preocupar. Noah teve o cuidado. Foi muito

bom.

Leah inclinou a cabeça. — Bom? Você tem certeza?

— Foi muito bom. Não lhe darei mais detalhes, mas foi mais do que

satisfatório, feliz?

— Sim. Mas então por que você está tão ... estranha?

Eu dei de ombros. — Eu não estou estranha.

— Tudo bem — disse Leah com ceticismo. — Quando verá Noah

novamente? Você ainda tem mais uma sessão.

— Eu não vou. Eu consegui o que queria. — Eu olhei para minha

xícara de café, mas podia sentir os olhos de Leah sobre mim.

Por um longo tempo ela não disse nada, então sussurrou.


— Você se apaixonou por ele, não é?
Eu não respondi. Eu não queria mentir para ela, mas não podia

admitir isso também. Eu sequer queria admitir para mim mesma.

— Eu deveria ter notado. A maioria das meninas desenvolve uma

paixão pelo cara com quem perdem a virgindade. Droga.

Ela deveria saber. Após o colegial, ela trabalhou como secretária de

Charles por alguns meses porque sua secretária usual estava hospitalizada.

Uma coisa levou a outra, e agora eles estavam muito bem casados. — Eu

não estou apaixonada por Noah.

Leah se inclinou para frente e segurou em minha mão. — Diga-me a

verdade.
— Eu não sei o que sinto, Leah. Essa é a verdade. Eu gosto de

Noah, talvez mais do que deveria, mas sei que é estúpido. É por isso que

não o verei novamente.

— Eu não quero que se machuque.

— Eu não estou ferida. Sobrevivi ao câncer. Isso não é nada. —

Claro, eu estava triste. Mas isso também passaria. Em algumas semanas, eu

me mudaria e Noah seria algo do passado.

Noah

Obviamente Charles me chamou em seu escritório no dia seguinte.

Talvez a previsão de Shane se tornasse realidade e Charles me despediria.


Amy reclamou sobre mim? Eu afastei a ideia da cabeça. Amy não faria isso.

A secretária de Charles me deu um sorriso e acenou com a cabeça

em direção à porta. Bati.

— Entre.

Eu entrei e fechei a porta. Charles não estava sentado atrás de sua

mesa. Ele estava na frente de sua janela, de costas para mim. Eu realmente

desejei que pudesse ver seu rosto para avaliar seu estado de espírito. Ele

estava chateado? — Você queria me ver.

Charles virou. Ele não parecia irritado. — Leah me disse que Amy

não quer uma quinta sessão.

Eu balancei a cabeça. — Você deveria estar feliz. Dessa forma,

poupará algum dinheiro.

Charles não sorriu. — Eu não dou a mínima para o dinheiro. Correu

tudo bem?

— Eu pensei que você não quisesse mais detalhes.

— Não, mas eu quero uma resposta.

Ele estava no limite. Isso estava claro. — Foi tudo bem. O que Amy

disse?
— Ela disse a Leah que estava feliz com seus serviços, mas Amy é

muito educada, então queria ouvir isso de você.


Revirei os olhos. — Eu fiz o que você me pagou para fazer. Amy

está feliz com os meus serviços, você não deveria estar feliz também? —

No fundo, não conseguia parar de pensar se Amy realmente ficou feliz com

meu serviço. Na manhã depois que tirei sua virgindade, algo tinha mudado

definitivamente. Eu gostaria de poder falar com ela, mas isso estava fora de

questão.

Charles me olhou por um longo tempo. Eu poderia dizer que havia

algo que ele não estava me dizendo. — Eu vou colocar um cheque pelo
correio amanhã.

— Como Amy está? — Eu lamentei a pergunta no momento em que


escapou de minha boca.

Charles levantou uma sobrancelha. — Pelo que me disse Leah,


parece estar bem.

Algo na maneira como Charles me respondeu, me fez parar, mas


decidi não perguntar o motivo. Não era problema meu de qualquer maneira.
Capítulo Dez

Amy
Isso deveria ter acabado. Nunca foi concebida como algo
permanente, mas desde a minha última sessão com Noah, não fui capaz de

pensar em muita coisa. Eu queria encontrá-lo novamente. Meu corpo inteiro


ansiava por seu toque, por seus beijos, seus sorrisos. Eu sabia que tudo

tinha sido falso desde o início. Noah me deu o que queria, porque havia
sido pago por isso e ainda assim não poderia deixá-lo ir — ainda.

Tentei me convencer de que queria experimentar alguns orgasmos


alucinantes durante a relação sexual, tentar mais algumas posições e uma

vez que acontecesse, esqueceria Noah. É óbvio que apenas eram


pensamentos positivos de minha parte.

Eu ainda tinha o número do seu telefone em meus contatos e por

isso seria fácil falar com ele e pedir outra sessão. O problema era que não

queria pedir a Charles ou Leah que me dessem mais algumas sessões.


Provavelmente concordariam sem hesitação, mas não poderia pedir isso a

eles. Originalmente o combinado foi para que eu perdesse minha

virgindade, o que havia acontecido, então não tinha certeza de como

explicar-lhes por que ainda queria ver Noah. Leah perceberia que algo
estava errado. Ela pensaria que eu estava apaixonada por Noah, então

contaria a Charles. Eu não queria que eles descobrissem sobre nada disso.

Eu tinha algum dinheiro em minha poupança, mas mesmo se usasse

o último centavo dele, seria capaz de pagar apenas três sessões com Noah.

Eu nem deveria pensar em gastar meu dinheiro assim. Eu começaria a


faculdade em breve e precisaria de todo o dinheiro que conseguisse. Meus

pais pagavam tudo, mas não queria pedir-lhes dinheiro constantemente. É

por isso que abri minha conta poupança.

Talvez uma última reunião resolvesse o problema. Eu ainda teria

algum dinheiro depois disso. Por que disse a Noah que não queria a nossa
quinta sessão? Eu gostaria de poder voltar atrás, mas agora era tarde

demais.

Olhei para o meu telefone por um longo tempo antes de finalmente

enviar uma mensagem a Noah: Eu gostaria de agendar um novo

encontro. Há ainda algumas coisas que gostaria de tentar.

A resposta de Noah veio quase instantaneamente: Amanhã, 18h00,

meu apartamento?
Fiquei surpresa e encantada por sua resposta rápida.

Será que ficou esperando que lhe escrevesse? Não seja ridícula,

Amy. Ele provavelmente apenas verificava sua agenda de trabalho com

outros clientes.
Eu estarei lá. Não diga a Charles.

Está bem. Aguardando ansiosamente.

Meu estômago se agitou. Eu estava quase tonta de excitação.


Continua em…

Entangled with the Escort


(Livro #2 na Série Escort)
Notas
[1] Museu de Arte Moderna de New York.

[2] Loft é um grande espaço aberto, sem paredes internas,


normalmente em edifícios comercias que foram convertidos em
apartamentos residenciais.

[3] A decoração industrial chic se caracteriza pelo enfoque


minimalista. Combina madeiras envelhecidas e texturas desgastadas em

superfícies suaves e neutras.


[4] Fazer cara de poker é ficar com uma expressão impassível para

esconde os sentimentos verdadeiros.


[5] Um quadrado fino de látex usado para evitar a propagação de

doenças sexualmente transmissíveis durante o sexo oral.


[6] Chá preto com especiarias misturadas com leite vaporizado.

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