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12/2021
Aviso
Maddox
Maddox
Marcella
Maddox
Maddox
Marcella
Maddox
Marcella
Marcella
Marcella
Maddox
Obrigado.
Marcela
Marcela
Marcella
Maddox
Você está certo. Eles vão ficar putos por causa da coroa.
PS.: Sinto sua falta.
Sim chefe.
Marcella
Marcella
Maddox
1 As Erínias ( Fúrias ) eram as três antigas deusas gregas da vingança e retribuição que
puniam os homens por crimes contra a ordem natural.
guerreira. — Se você quiser ir embora, me dê um sinal e vou levá-la
embora. OK?
Ela sorriu e deu um rápido aceno de cabeça. Saí e abri a porta
para ela, ajudando-a a descer, então soltei sua mão, mesmo que
fosse a última coisa que quisesse fazer. Eu queria mostrar ao
mundo que Marcella era minha, mas não antes que ela estivesse
pronta. Sua família já havia chegado na frente. Esperançosamente,
sua presença diminuiria o impacto da aparição de Marcella.
No elevador que nos levava até o terraço onde a festa estava
acontecendo, Marcella apertou minha mão com força. Afrouxei meu
aperto quando chegamos ao último andar. Não éramos oficialmente
um casal e não seria eu a tornar isso público. Essa era a decisão de
Marcella.
Depois de um momento de hesitação, ela me soltou e se
endireitou ainda mais. As portas se abriram e saí, verificando o
perímetro. A cobertura estava fervilhando de gente. Reconheci
alguns rostos, políticos, socialites locais, bilionários e membros da
Famiglia. Os olhos de todos se voltaram para mim, a ovelha negra
entre todos esses falsos cordeiros brancos. Dei a Marcella um aceno
de cabeça, fingindo ser o guarda-costas perfeito.
Pude ver nos rostos de muitas mulheres reunidas na sala que
esperavam testemunhar o destronamento de Marcella Vitiello hoje.
A ansiedade e a malícia em suas expressões diziam mais sobre suas
personalidades horríveis do que elas provavelmente imaginavam.
Talvez esperassem encontrar uma Marcella quebrada,
envergonhada e submissa depois do que aconteceu. Mas quando
Marcella entrou na sala com a cabeça erguida, parecendo a porra
de uma aparição em seu vestido ameixa e seus Louboutins
combinando, ela humilhou a todos. Marcella não veio para se
acovardar ou se esconder, ela veio para governar, porra. Aqueles
frios olhos azuis que no início congelaram meu sangue e depois o
incendiaram, agora olhavam com frieza para todos os espectadores
dispostos a se regozijar.
Sorri severamente quando os rostos de algumas das mulheres
caíram, transformando-se em choque. Marcella deslizou pela sala,
cumprimentando o prefeito e quem mais teve a coragem de encará-
la com a cabeça erguida. Sua orelha com a fênix estava em exibição
assim como sua tatuagem.
Andei alguns passos atrás dela, mantendo um olho atento nas
pessoas ao redor. Senti uma satisfação nauseante quando algumas
pessoas recuaram com medo. Eu era como uma fera para eles,
indomada, não sujeita a suas regras. Eles temiam Luca Vitiello por
causa do que sabiam que ele era capaz. Eles me temiam porque não
sabiam do que eu era capaz. O medo do desconhecido era algo lindo
se usado da maneira certa.
Marcella pegou uma taça de champanhe de uma bandeja que
um dos garçons ofereceu a ela, mas balancei a cabeça, não era um
fã da bebida espumante. Realmente queria uma cerveja. No
momento em que Marcella parou, um casal na casa dos cinquenta
anos se aproximou dela. Marcella ficou consideravelmente tensa,
mas duvidei que alguém além de mim notou. Ela manteve sua
expressão agradável e cumprimentou os dois com um aceno de
cabeça.
— Marcella, é tão bom vê-la com saúde física e mental depois
dos horrores dos últimos meses, — disse a mulher, parecendo falsa.
Marcella também deve ter ouvido, mas manteve a conversa
profissionalmente.
— Giovanni tem estado muito preocupado com você, — disse o
homem, e minha atenção se intensificou. Então, eles eram os pais
do ex de Marcella. Dei uma olhada rápida na sala, tentando ignorar
todos os olhares curiosos e hostis que recebia dos convidados.
Finalmente, localizei o cara que só tinha visto por fotos até agora.
Ele estava ao lado do buffet, conversando com outro homem, mas
seus olhos estavam focados em mim. Ele estreitou os olhos quando
percebeu meu olhar.
Levantei minhas sobrancelhas. Ele achava que seu olhar
furioso me intimidaria?
— Vou pegar um prato de comida. Devo trazer algo para você?
Marcella balançou a cabeça. — Comerei mais tarde.
Balancei a cabeça e atravessei a sala em direção ao buffet e
Giovanni. Ele congelou quando percebeu que eu estava indo em sua
direção. Seu companheiro também parecia pronto para apontar
uma arma para mim. Claro, agora tínhamos a atenção de Luca
também, e em breve provavelmente do resto da sala. Todo mundo
estava esperando por uma cena que viraria manchete. Eu
definitivamente não causaria isso.
Peguei um prato e coloquei pequenos pedaços de comida que
estavam decorados de uma forma que quase me deixou triste em
devorá-los. Dei um sorriso para Giovanni. — Você escolheu o lugar
certo. — Brindei a ele com um pedaço de camarão.
Ele levou um momento para se recompor. — E você não fez
isso, — disse ele, endireitando-se e parecendo mais confiante agora
que a atenção de metade da sala estava sobre nós. Ele achava que
isso o protegeria? Chutei a bunda de pessoas em situações mais
embaraçosas antes.
— Oh, tenho uma queda para as escolhas erradas, — disse,
minha voz mais dura do que antes. — Mas tomei uma decisão
certa. — Olhei incisivamente para Marcella, que olhou na minha
direção. Podia ver sua confusão e preocupação com a minha
conversa com seu ex.
— Marcella vai perceber logo que você é a escolha errada,
White. Ela quer um homem com boas maneiras ao seu lado, alguém
que não a envergonhe em público.
— Acima de tudo, ela quer um homem que não tenha medo de
lhe mostrar o quanto a aprecia, mesmo que isso signifique irritar
Luca Vitiello.
A sugestão de constrangimento cruzou o rosto de Giovanni. —
Se as pessoas descobrirem que ela está com você, ficará arruinada.
— Você não sabe nada sobre Marcella se acha que alguma
coisa ou alguém poderia arruinar esta mulher. — Comi outro
camarão antes de pousar o prato. — Ah, e mais uma coisa, não
chegue perto de Marcella se souber o que é bom para você. Ela não
é mais sua mulher.
Ela é minha. Meus olhos disseram o que não podia falar,
ainda.
Balancei a cabeça para ele e para Luca do outro lado da sala
antes de voltar para Marcella, que parecia que precisava ser salva
dos pais de Giovanni.
— Por favor, nos dê licença. Temos assuntos para discutir, —
ela disse e fez sinal para que eu liderasse o caminho para o bar
antes que alguém pudesse protestar.
Nós nos instalamos no bar e Marcella pediu um Cosmopolitan
para ela, obviamente precisando de algo mais forte do que vinho
espumante. Pedi um uísque puro para mim, que provocou um
sorriso rápido dela, que ela mascarou rapidamente, para que
alguém não percebesse que ela não era tão sem emoção quanto
gostava de fingir.
— O que? — Perguntei depois de tomar um gole da minha
bebida.
— Nenhum dos meus outros guarda-costas jamais beberia no
trabalho.
— Não sou realmente seu guarda-costas, — disse calmamente.
O encontro com o Giovanni me deixou ainda mais ressentido com
essa charada. Queria reivindicar Marcella como minha na frente de
todos.
— O que você é então? — Ela se aproximou, um brilho quase
desafiador em seus olhos. Podia sentir os olhos de metade das
pessoas na sala fixados em nós, mesmo as poucas que não estavam
prestando atenção antes.
— Seu nobre servo, Branca de Neve, — disse com um sorriso
irônico e dei outro gole na minha bebida. Só tinha olhos para a
mulher na minha frente agora e a maneira como ela me olhava,
como se me considerasse dela tanto quanto eu a considerava
minha.
Ela balançou a cabeça, dando outro passo mais perto. — Mais.
— Eu sou mais, ou você quer mais? — Perguntei.
— Ambos, — disse ela calmamente, parando bem na minha
frente. Agora tínhamos a atenção de praticamente toda a sala.
— Beije-me, — disse ela, me pegando de surpresa. Não que
não estivesse pensando em fazer isso.
— Tem certeza? Algumas dessas senhoras parecem não ter
esse tipo de ação há anos. Elas vão falar merda sobre você.
— Não me importo com o que elas dizem. Você é meu homem e
nós escondemos isso por muito tempo. Estou cansada de me curvar
aos seus caprichos, de ser uma escrava de suas regras, de me
esconder. Se minha família pode nos aceitar, é melhor que o façam.
— Branca de Neve, se fizermos isso, nunca vou deixa-la ir.
Serei seu até morrer. Você poderá ter meu coração, minha alma,
minha vida e tudo o mais que quiser de mim.
— Vou levar tudo isso, — disse ela com altivez antes de seu
rosto se suavizar e aqueles lábios deliciosos formarem um sorriso.
Coloquei o copo na mesa, passei um braço em volta da cintura
fina de Marcella e a beijei, e não um beijo casto também.
Reivindiquei a princesa de Nova York diante de todos os olhos
críticos, esperando que eles sufocassem com o choque.
O beijo durou apenas alguns segundos, um momento fugaz no
tempo, mas com consequências para o resto de nossas vidas.
Marcella fizera uma escolha que renderia a condenação de
muitas pessoas.
Ela mostrou ao mundo que eu era o homem ao seu lado, não
importa o que os outros dissessem.
E suas expressões não deixavam dúvidas sobre o que
pensavam. Eu estava abaixo deles e certamente abaixo da princesa
de Nova York. Dei-lhes um sorriso frio. Enquanto Marcella me
quisesse ao seu lado, com certeza estaria ao seu lado. Porra.
Provavelmente ainda ficaria, mesmo que ela não me quisesse mais.
Essa mulher me tinha envolvido em seus dedos perfeitamente
manicurados e ela certamente sabia disso.
Marcella
Maddox
Marcella
Maddox
Marcella
Maddox
Marcella
Maddox
Marcella
Marcella
Maddox
Maddox
Maddox
Este seria o casamento do ano. Todo mundo estava falando
sobre isso. Muitos em termos não muito favoráveis. A maioria deles
foi inteligente o suficiente para conter os boatos.
Eu parecia uma versão diferente de mim mesmo no smoking,
todas as minhas tatuagens cobertas. Como o homem ao lado de
Marcella, ocasionalmente teria que representar um papel, mas era
algo que faria com prazer. Essas pessoas não significavam nada.
As portas antigas da igreja rangeram, o som reverberando na
nave.
Todos os convidados pareceram prender a respiração quando
Marcella entrou na igreja ao lado de Luca. Ela era tão bonita, eles
deveriam estampar seu rosto em pinturas em vez de anjos, e eu não
me importava com o quão blasfemo isso poderia ser.
Mantive meus olhos apenas nela, esquecendo todos ao nosso
redor, até mesmo Luca que a conduziu ao altar.
Não sabia muito sobre vestidos de noiva, nem sobre tradições
de casamento. No momento em que vi Marcella, nada mais
importava. Nem os olhares críticos ou julgadores de alguns dos
convidados, ou mesmo as expressões hostis de alguns dos Homens
Feitos. Para ganhar a confiança da Famiglia, ainda tinha um longo
caminho a percorrer. Mas finalmente cheguei onde precisava estar,
ao lado de uma boa mulher.
Marcella usava um vestido justo e comprido. A parte superior
era de renda com gola alta que cobria parte de sua garganta,
deixando seu pescoço parecer ainda mais elegante. Pedaços de
renda adornavam seus pulsos e um tecido transparente cobria seus
braços até as mangas cavadas. Era um vestido elegante, mas ainda
conseguia parecer quase conservador. Claro, Marcella não seria
Marcella se não mostrasse o dedo aos seus críticos de uma forma
sutil. A renda na parte de trás tinha um buraco bem sobre a
tatuagem de sua coroa. Seu cabelo estava preso, então todos os
convidados que assistiram à cerimônia tinham que olhar para sua
coroa. Uma rainha por completo.
Só podia imaginar o que algumas pessoas arrogantes da
Famiglia pensariam disso. Talvez pensassem que Marcella teria um
casamento pequeno, tudo em segredo por causa de com quem
estava casando, ou que esconderia as marcas de seu cativeiro, mas
Marcella não era alguém que se escondia ou se esquivava, e foda-se
isso era o que eu amava sobre ela. Ela podia ser dura como unhas,
mas por baixo era macia como manteiga derretida.
Afastei meus olhos dela com enorme dificuldade quando Luca
olhou para mim, pronto para entregá-la a mim.
Estendi minha mão.
Luca deu um passo à frente. — Estou te dando minha filha
hoje. Espero que você perceba que tipo de presente é. Não me faça
me arrepender disso, ou farei você se arrepender.
Inclinei minha cabeça. Eu esperava nada menos do que uma
ameaça de Luca neste dia, qualquer outra coisa teria sido uma
grande decepção.
Quando ele finalmente a entregou para mim e sua palma
quente tocou a minha, meu único foco se voltou para ela.
— Você está perdendo uma coroa de verdade, — murmurei. —
Porque você é a porra de uma rainha, Branca de Neve.
Ela sorriu. — Uma coroa é o suficiente e é a única em que
todos estão prestando atenção de qualquer maneira.
— Esqueça todos eles, tudo menos nós.
Ela assentiu e com as mãos dadas nos viramos para o pastor.
Quando disse 'aceito', lembrei-me das palavras de Amo sobre
perder minha liberdade, mas como antes, não me sentia menos
livre. Estava ansioso por uma vida ao lado de Marcella.
Marcella
Maddox
Fim.