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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
MESTRADO EM HISTÓRIA

WALTER JOSÉ DO NASCIMENTO JÚNIOR

O COMPASSO, A CRUZ E OS TIPOS: UMA ANÁLISE DA QUESTÃO


RELIGIOSA NO RECIFE A PARTIR DOS PERIÓDICOS MAÇÔNICOS E
CATÓLICOS

RECIFE
2023
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
MESTRADO EM HISTÓRIA

O COMPASSO, A CRUZ E OS TIPOS: UMA ANÁLISE DA QUESTÃO RELIGIOSA NO


RECIFE A PARTIR DOS PERIÓDICOS MAÇÔNICOS E CATÓLICOS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação


em História Social da Cultura Regional da Universidade
Federal Rural de Pernambuco, como parte dos requisitos
para obtenção do título de Mestre em História.
Orientador: Prof. Dr. Bruno Martins Boto Leite

Recife
2023
Espaço para a ficha catalográfica
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

Defesa da dissertação de mestrado de Walter José do Nascimento Júnior, intitulada: “O COMPASSO,


A CRUZ E OS TIPOS: UMA ANÁLISE DA QUESTÃO RELIGIOSA NO RECIFE A PARTIR
DOS PERIÓDICOS MAÇÔNICOS E CATÓLICOS” orientado pelo Prof. Dr. Bruno Martins Boto
Leite, apresentado à banca examinadora designada.

Os membros da Banca Examinadora consideraram o(a) candidato(a)

_________________________ .

Banca Examinadora:

______________________________________________________________________

(Titulação/nome/instituição)

______________________________________________________________________

(Titulação/nome/instituição)

______________________________________________________________________

(Titulação/nome/instituição)
Dedico aos que ensinaram a ter coragem e ser gentil
AGRADECIMENTOS

Agradeço ao Grande Arquiteto do Universo em todas as suas denominações e crenças por ter
ordenado o Caos e dele extrair a Ordem.

Agradeço aos meus mais, Eliane e Walter por nunca terem titubeado no Amor, me apoiarem,
serem meu porto seguro em todos os momentos difíceis e fáceis, tenebrosos e esplendorosos, de júbilo
e pesar. Sempre foram o alimento para a alma, o estímulo quando faltavam motivos para prosseguir.
Por terem me ensinado o que é o Ágape na prática.

À minha irmã Angelica, Gegel. Pela companhia na vida e pelo brilho nos olhos, sempre me
apoiando e incentivando, fazendo sorrir sempre e mostrando que a vida continua surpreendentemente
bela, basta aprender a olhar. Obrigado por Alice e Arthur, sobrinhos que ensinam o que nenhuma
disciplina de Didática ensinou.
Jamais on ne me dira

Que la course aux étoiles

Ça n'est pas pour moi


RESUMO

Texto curto com espaçamento simples, justificado, sem recuo de parágrafo


Palavras-Chaves:

ABSTRACT

Texto curto com espaçamento simples, justificado, sem recuo de parágrafo


Palavras-Chaves:
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SIGLAS
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 13
1. LIBERALISMOS, LIBERAIS E LIBERDADES ............................................................................... 16
SOB O COMPASSO E A CRUZ.................................................................................................................. 17
SOB OS AUSPÍCIOS DA SANTA CRUZ ................................................................................................. 17
SOB O SIGNO DO COMPASSO .................................................................... Erro! Indicador não definido.
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................ 30
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................ 31
ANEXOS ........................................................................................................................................................ 33
INTRODUÇÃO

A Maçonaria figura entre uma das mais antigas sociedades discretas do Ocidente. Famosa por
sua tradição de segredos restritos aos iniciados, a irmandade foi alvo de perseguições por parte de
vários setores da sociedade, entre eles a Igreja Católica e o Estado.

As disputas entre a Igreja e a Maçonaria não são recentes. Os primeiros documentos católicos
condenando a fraternidade datam de 1738, com a publicação da encíclica In Eminenti, onde o papa
Clemente XII estabelecia que os maçons deveriam ser excomungados. Mas é com a bula Quanta
Cura, de 1864, que condenava o secularismo, a Maçonaria, e outros males da modernidade, que o
conflito é levado a um outro nível.

No Brasil, a bula repercutiu nos sermões, nas cartas pastorais e nas relações entre o clero e a
Maçonaria (CASTELLANI, 1996) sendo o mote da Questão Religiosa, também chamada de Questão
dos Bispos, Questão Episco-maçônica.

Apesar de ser um evento histórico marcante na história do país, há uma ausência de estudos
que se debrucem sobre a situação de modo mais profundo, em especial sobre como o conflito se
desenrolou na cidade do Recife, e suas consequências na sociedade.

A origem da Maçonaria é tão envolta em mistérios quanto seus rituais. Alexandre Mansur
Barata na obra Maçonaria, sociabilidade ilustrada e Independência do Brasil (1790-1822) relata que
os maçons do século XVIII, período de institucionalização da Maçonaria, se viam como herdeiros
diretos dos Mistérios do antigo Egito, da Cabala, do hermetismo, do rei Salomão, dos Cavaleiros
Templários, e outros grupos semelhantes.

Posteriormente, com uma maior identificação dos maçons com os pedreiros medievais e as
corporações de ofício, a maçonaria precisou ser diferenciada da profissão dos pedreiros, dando origem
ao termo Maçonaria Especulativa. E de acordo com Barata:

A maçonaria deixava de lado as preocupações tipicamente ligadas ao exercício da profissão


de pedreiro, para se dedicar ao aperfeiçoamento moral e intelectual dos seus membros. Ela se
transformava cada vez mais em uma espécie de “sociedade de pensamento” de caráter cosmopolita e
secreto, reunindo homens de diferentes raças, religiões e línguas, com o objetivo de alcançar a
perfeição moral por meio do simbolismo de natureza mística e/ou racional, da filantropia e da
educação. (BARATA, 1999, p.21)
Há evidências de que as primeiras lojas maçônicas no Brasil foram fundadas ainda no século
XVIII pelos filhos da elite que buscavam na Europa instrução superior, especialmente nas
Universidades de Porto, em Portugal e Montpellier, na França. Esses jovens estabeleceram seus
primeiros contatos com a maçonaria durante seus períodos de estudo, sendo iniciados nas lojas
europeias e, posteriormente, ao retornarem para casa, fundavam lojas no Brasil (TERRA, 2019).

A partir de então, a maçonaria passa a interagir e estabelecer ligações estreitas com os diversos
aspectos da vida política, social e cultural do país.

Com o advento de ideias Iluministas e Liberais, as lojas maçônicas acabam por se


converter em verdadeiros espaços de sociabilidade e comunhão de tais ideais e por não fazer
distinções dos diversos credos de seus membros, uma loja maçônica recebia em seu bojo indivíduos
de diversas confissões e vertentes religiosas, incluindo sacerdotes católicos e até bispos, como foi
dom José Joaquim de Azeredo Coutinho, bispo de Olinda (TERRA, 2019).

A sala do Templo é por excelência um espaço onde os debates de cunho político e filosófico
são incentivados, ideias de viés revolucionário eram tratadas entre seus membros e,
consequentemente chegavam às diversas camadas da sociedade em que a loja estava situada.

A participação da Maçonaria na política brasileira ao longo do século XIX é um fato que pode
ser observado desde antes da Independência do Brasil, como no caso da Revolução de 1817, processo
de Independência.

São inúmeros os exemplos da participação dos franco-maçons no processo de Independência


do Brasil, como José Bonifácio de Andrada e Silva e Gonçalves Ledo, ambos do Grande Oriente
Brasílico (BANDEIRA, 2016), na composição da Câmara dos Deputados, Senado e gabinetes
ministeriais ao longo do primeiro e segundo Reinado, também participaram de modo significativo do
início da República, perdendo força com a ascensão do Positivismo nas fileiras republicanas.

Todavia, são poucas as produções sobre o tema, e as poucas existentes não são desvinculadas
da ideologia maçônica, antimaçônicas ou que reforcem uma visão mítica, imaginativa e até
preconceituosa sobre a fraternidade.

A bibliografia produzida ao longo do século XIX e XX sobre o tema tem como característica
analisar a maçonaria de modo parcial, tomando o partido dos maçons, defendendo a participação da
fraternidade e seus membros nos grandes eventos da história nacional, ou de modo contrário,
acusando e promovendo uma imagem negativa da maçonaria diante da opinião pública.
Ao longo do século XIX e XX, produções do segundo tipo foram as mais comuns, reforçados
pelos setores conservadores da sociedade, muitas vezes associados a Igreja.

Por isso, dissertação propõe investigar como ocorreram as disputas entre a Igreja
Católica e as lojas maçônicas em Pernambuco tomando como ponto de partida os periódicos
maçônicos e não-maçônicos durante a Questão Religiosa entre os anos de 1870. E assim, contribuir
para diminuir a lacuna existente sobra história da maçonaria e sua participação em importantes
eventos da história do Brasil e aprofundar o conhecimento sobre o tema de modo a facilitar para a
desconstrução de um posicionamento maniqueísta da fraternidade. Além de atualizar o debate
preexistente sobre as relações entre Sociedade, Estados e instituições como a Igreja e diversos espaços
de sociabilidade.
1. LIBERALISMOS, LIBERAIS E LIBERDADES

Durante o século XVIII,


SOB O COMPASSO E A CRUZ

A história da Igreja no Brasil

SOB OS AUSPÍCIOS DA SANTA CRUZ


SOB O SIGNO DO COMPASSO

A Maçonaria é uma sociedade discreta e fraternal composta por homens (e, em algumas
vertentes, também mulheres) que se organizam em lojas maçônicas. Essa instituição possui uma longa
história que remonta aos séculos XVII e XVIII. Embora seja frequentemente associada a segredos e
mistérios, a Sociedade do Pedreiros-Livres é essencialmente uma organização filosófica que busca
promover o desenvolvimento pessoal e moral de seus membros, além de incentivar a busca pelo
conhecimento e a prática da tolerância e fraternidade.

A origem precisa da Maçonaria é objeto de debates e especulações. Algumas teorias sugerem


que a Maçonaria moderna se desenvolveu a partir das guildas de construtores da Idade Média,
enquanto outras apontam para as sociedades secretas e os movimentos filosóficos e intelectuais do
Renascimento e do Iluminismo como suas influências. De qualquer forma, a Maçonaria como a
conhecemos hoje começou a se consolidar no início do século XVIII, principalmente na Inglaterra.

A Maçonaria é baseada em uma série de princípios e valores. Acredita-se que todos os seres
humanos são iguais e, portanto, defende a fraternidade universal. A organização promove a tolerância
religiosa e incentiva a liberdade de pensamento. Além disso, a Maçonaria enfatiza a busca pelo
conhecimento e pelo aprimoramento pessoal e moral. Seus membros são chamados de "maçons" e
são incentivados a se engajarem em atividades filantrópicas, contribuindo para a sociedade em geral.

No contexto das revoluções dos séculos XVIII e XIX, a Maçonaria desempenhou um papel
significativo em alguns países, como Estados Unidos e França. Na Revolução Americana, muitos dos
líderes políticos e intelectuais envolvidos na luta pela independência dos Estados Unidos eram
maçons. A Maçonaria forneceu um ambiente propício para discussões e ideias que alimentaram o
movimento pela liberdade política.
Na Revolução Francesa, a influência maçônica é um fato incontestável. Muitos dos líderes
revolucionários, como Marquês de Lafayette e Jean-Paul Marat, eram membros da Maçonaria.
Embora a Maçonaria não tenha sido a única força motriz desses movimentos revolucionários, ela
ofereceu uma rede social e intelectual que permitiu a troca de ideias e o estabelecimento de alianças
entre pessoas com objetivos semelhantes (LINHARES, 2005).

No entanto, é importante ressaltar que a participação da Maçonaria nessas revoluções não foi
uniforme em todos os países, bem como a própria noção de Maçonaria era extremamente heterogênea
e cheia de cores e nuances locais. Em algumas nações, a Maçonaria foi vista com desconfiança pelas
autoridades e até mesmo proibida, como ocorreu em vários momentos na Europa Continental
(CAMINO, 1976).

Ao longo dos séculos, a Maçonaria continuou a evoluir e se expandir, adaptando-se aos


tempos modernos. Hoje, ela mantém sua relevância como uma organização fraternal e filosófica,
buscando aprimorar seus membros e promover valores como liberdade, igualdade e fraternidade.

A diferença fundamental entre a Maçonaria Operativa e a Maçonaria Especulativa reside no


seu foco e na sua prática. A Maçonaria Operativa refere-se à origem histórica da Maçonaria, que
remonta aos tempos medievais e envolvia principalmente os construtores de catedrais e outros
edifícios monumentais. Por outro lado, a Maçonaria Especulativa é a forma moderna da Maçonaria,
que se desenvolveu a partir do século XVII em diante, e está mais relacionada a princípios filosóficos
e éticos do que à construção física (LINHARES, 2005).

A Maçonaria Operativa surgiu durante a Idade Média, quando as guildas de construtores,


conhecidas como "mestres pedreiros", começaram a se organizar em lojas para compartilhar
conhecimentos, técnicas e segredos da profissão. Essas guildas tinham uma estrutura hierárquica, com
aprendizes, companheiros e mestres, e eram responsáveis por construir edifícios notáveis, como
catedrais e castelos.

Um exemplo histórico significativo da Maçonaria Operativa é a construção das grandes


catedrais góticas na Europa. Um dos primeiros registros conhecidos de uma organização semelhante
à Maçonaria Operativa é o Regius Manuscript, datado do século XIV. Ele contém um código de ética
e regras de conduta para os construtores de catedrais.

Com o tempo, a Maçonaria Operativa começou a incorporar elementos simbólicos e rituais


em suas práticas. Esses elementos eram utilizados para transmitir conhecimentos e ensinamentos
morais aos membros da guilda. No entanto, à medida que a construção de catedrais diminuía e a
Renascença e o Iluminismo traziam novas perspectivas filosóficas e intelectuais, a Maçonaria
começou a se transformar.

A transição da Maçonaria Operativa para a Especulativa foi marcada por um evento


importante conhecido como "Aceitação de Anthony Sayer" em 24 de junho de 1717, em Londres.
Nessa data, quatro lojas maçônicas existentes se reuniram para formar a Grande Loja de Londres, que
se tornou o marco inicial da Maçonaria Especulativa moderna.

No final do século XVII e início do século XVIII, a Maçonaria Especulativa começou a se


desenvolver. Ela se baseava nos princípios e nas tradições da Maçonaria Operativa, mas não tinha
mais o aspecto prático da construção física. Em vez disso, a Maçonaria Especulativa adotou um
caráter mais filosófico e moral, usando símbolos e rituais para transmitir ensinamentos sobre ética,
moralidade e espiritualidade.

Um evento importante para a transição da Maçonaria Operativa para a Maçonaria


Especulativa foi a fundação da Grande Loja de Londres, em 1717. A partir desse marco, a Maçonaria
Especulativa começou a se expandir e se espalhar por todo o mundo.

A Maçonaria Especulativa encontrou apoio entre os intelectuais do período iluminista, que


estavam interessados na disseminação de conhecimento e na busca da verdade. Ela atraiu a adesão de
membros proeminentes da sociedade, incluindo filósofos, cientistas, políticos e líderes
revolucionários.

Um exemplo histórico notável é a participação de maçons na Revolução Americana. George


Washington, o primeiro presidente dos Estados Unidos, e Benjamin Franklin, um dos fundadores do
país, eram maçons influentes. As ideias de liberdade, igualdade e fraternidade promovidas pela
Maçonaria Especulativa se alinhavam com os ideais revolucionários dos Estados Unidos.

Outro exemplo é a Revolução Francesa, onde a Maçonaria Especulativa teve uma presença
significativa. Muitos dos líderes revolucionários, como o Marquês de Lafayette, eram maçons. A
Maçonaria Especulativa forneceu um espaço para discussões sobre filosofia política, direitos
humanos e liberdade, influenciando os eventos que levaram à queda da monarquia absolutista na
França.

Esses exemplos históricos demonstram como a Maçonaria passou de uma organização


operativa e prática para uma instituição especulativa e filosófica, com ênfase em valores morais,
filosóficos e políticos. A Maçonaria Especulativa continua a ser uma influência importante na
sociedade contemporânea, buscando promover a ética, a tolerância e o desenvolvimento pessoal de
seus membros.

ESTRUTURA DA ORGANIZAÇÃO

A estrutura da Maçonaria é baseada em uma hierarquia organizacional que abrange desde as lojas
individuais até as Grandes Lojas ou Grandes Orientes nacionais. A estrutura varia em detalhes e
terminologia de acordo com cada jurisdição, mas há elementos comuns em toda a Maçonaria.

Na estrutura de uma loja maçônica, existem diferentes cargos e oficiais que desempenham funções
específicas. A seguir, descreverei mais detalhadamente algumas das principais funções de cada um
desses cargos:

Cargo Função
Venerável Mestre É o líder da loja e ocupa a posição mais alta. O Venerável Mestre
é responsável por presidir as reuniões da loja, garantindo que elas
ocorram de acordo com os rituais e protocolos maçônicos. Ele
também é encarregado de tomar decisões importantes
relacionadas às atividades e assuntos da loja.

Primeiro Vigilante É o segundo em comando e auxilia o Venerável Mestre em suas


funções. O Primeiro Vigilante substitui o Venerável Mestre em
caso de ausência ou incapacidade. Ele também é responsável por
supervisionar os trabalhos da loja e pela manutenção da
disciplina e ordem durante as reuniões.
Segundo Vigilante É o terceiro em comando e sua função é auxiliar o Venerável
Mestre e o Primeiro Vigilante. O Segundo Vigilante pode
assumir as responsabilidades do Venerável Mestre ou do
Primeiro Vigilante na ausência deles. Além disso, ele é
responsável por receber os candidatos e garantir que estejam
devidamente preparados para os rituais maçônicos
Orador É o porta-voz oficial da loja e é responsável por proferir
discursos, leituras ou apresentações durante as reuniões. O
Orador deve ter conhecimento sobre a história da Maçonaria,
seus princípios e símbolos, e é encarregado de transmitir essas
informações de maneira clara e eloquente.
Secretário É responsável por toda a documentação e registros da loja. O
Secretário mantém os registros dos membros, agendas das
reuniões, correspondências e outros documentos importantes.
Ele também lida com a correspondência oficial da loja e garante
que todas as comunicações sejam registradas e arquivadas
corretamente.
Tesoureiro É o responsável pelas finanças da loja. O Tesoureiro cuida das
contribuições e das despesas da loja, mantendo um registro
detalhado de todas as transações financeiras. Ele também
apresenta relatórios regulares sobre o estado financeiro da loja
aos membros
Guarda Interno É responsável pela segurança e pelo controle do acesso à loja. O
Guarda Interno supervisiona a entrada e a saída dos membros e
visitantes, garantindo que apenas pessoas autorizadas participem
das reuniões. Ele também é responsável pela preservação dos
segredos e mistérios maçônicos.
Mestre de É responsável por coordenar as cerimônias e rituais maçônicos
Cerimônias dentro da loja. Ele garante que as etapas sejam seguidas
corretamente e que os membros estejam adequadamente
preparados para participar das cerimônias. O Mestre de
Cerimônias desempenha um papel fundamental na fluidez e na
execução precisa dos rituais.
Chanceler É o responsável por controlar o acesso e a movimentação dos
membros dentro da loja. Ele recebe os visitantes e verifica suas
credenciais e status maçônicos. O Chanceler também registra a
presença dos membros e visitantes durante as reuniões.
Hospitaleiro Tem a função de cuidar do bem-estar dos membros da loja,
fornecendo apoio e assistência quando necessário. O
Hospitaleiro é responsável por receber e acolher os membros,
cuidando de suas necessidades e promovendo um ambiente
fraterno e acolhedor.
Experto É o membro responsável por transmitir os ensinamentos
simbólicos e filosóficos da Maçonaria aos novos iniciados. Ele
guia os candidatos em seu processo de aprendizado e ajuda a
interpretar os símbolos e rituais maçônicos.
:

Acima das lojas, há as Grandes Lojas ou Grandes Orientes, que são órgãos superiores que
exercem autoridade sobre um determinado território. Essas entidades são responsáveis por regular a
Maçonaria em sua jurisdição, estabelecendo regras e regulamentos, concedendo cartas patentes para
a criação de novas lojas e supervisionando as atividades maçônicas. O líder de uma Grande Loja é
conhecido como Grão-Mestre, e ele é eleito pelos membros da Grande Loja para um mandato
determinado.

Além das Grandes Lojas, existem também Grandes Lojas Provinciais, Grandes Orientes
Estaduais ou outras subdivisões regionais, que têm autoridade sobre uma área geográfica específica
dentro de uma jurisdição maior. Essas subdivisões podem ser responsáveis pela supervisão das lojas
em suas regiões, mantendo contato direto com os líderes das lojas locais e coordenando atividades
maçônicas em nível regional.

Vale ressaltar que, além da estrutura organizacional, a Maçonaria possui um sistema de graus,
que são subdivisões dentro da organização que representam diferentes estágios de progresso e
conhecimento maçônico. Os graus maçônicos são obtidos por meio de cerimônias de iniciação e cada
grau traz consigo ensinamentos e simbolismos específicos.

No entanto, é importante destacar que as estruturas e práticas maçônicas podem variar em


diferentes países e jurisdições. Cada Grande Loja ou Grande Oriente tem autonomia para estabelecer
suas próprias regras e rituais, desde que respeitem os princípios fundamentais da Maçonaria.

RITOS MAÇÔNICOS

De acordo com Joaquim Gervásio de Figueiredo, a Maçonaria possui uma rica tradição de
ritos maçônicos, que são cerimônias formais e simbólicas que compõem o sistema de graus maçônicos
(FIGUEIREDO, 1998). Os ritos maçônicos desempenham um papel fundamental na transmissão dos
ensinamentos e valores da Maçonaria, proporcionando uma experiência educativa e transformadora
para os maçons.

Cada rito maçônico é um sistema estruturado de cerimônias e rituais que são conduzidos
dentro das lojas maçônicas. Cada rito tem suas próprias particularidades, símbolos e ensinamentos,
mas todos compartilham o objetivo comum de promover o crescimento espiritual, moral e intelectual
dos maçons.

Existem vários ritos maçônicos praticados em todo o mundo, com alguns dos mais conhecidos
sendo o Rito Escocês Antigo e Aceito, o Rito de York, o Rito de Emulação, o Rito Adonhiramita, o
Rito de Memphis-Misraim, entre outros. Cada um desses ritos possui sua própria estrutura e sistema
de graus.

Os graus maçônicos são subdivisões dentro da Maçonaria que representam diferentes estágios
de progresso e conhecimento maçônico. Geralmente, um maçom avança pelos graus por meio de
cerimônias de iniciação, que são rituais especiais que marcam a transição para um novo grau. Cada
grau traz consigo uma série de ensinamentos simbólicos e filosóficos que são transmitidos ao maçom.

Os ritos maçônicos são organizados em sistemas de graus, que podem variar em número e
estrutura de acordo com o rito praticado. Os sistemas de graus mais comuns são:

 Rito de três graus: Esse sistema é adotado pela maioria das Grandes Lojas ao redor do
mundo. Os três graus principais são o Aprendiz Maçom (primeiro grau), o
Companheiro Maçom (segundo grau) e o Mestre Maçom (terceiro grau). Cada grau
tem sua própria cerimônia de iniciação e ensinamentos associados.
 Rito de 33 graus: Esse sistema é praticado no Rito Escocês Antigo e Aceito. Além dos
três graus simbólicos, o rito apresenta uma série de graus adicionais, conhecidos como
graus filosóficos ou capitulares. Esses graus abordam temas mais profundos e
complexos da Maçonaria, explorando conceitos como moralidade, virtudes e filosofia.
 Rito de York: Esse rito é amplamente praticado nos Estados Unidos e segue um
sistema de dez graus. Além dos três graus simbólicos, o rito inclui graus como o Mestre
de Marca, o Mestre de Pedreiro Livre e o Mestre de Ofícios.

Cada rito e sistema de graus tem suas próprias características distintas, simbolismos e
ensinamentos específicos. Os ritos maçônicos oferecem uma progressão gradual através dos graus,
fornecendo aos maçons a oportunidade de aprofundar seu conhecimento e compreensão da Maçonaria
ao longo de sua jornada maçônica.

É importante destacar que o valor e o significado dos ritos maçônicos vão além da mera
memorização de cerimônias. Eles são projetados para incentivar a reflexão, promover a
autotransformação e despertar o crescimento pessoal e espiritual dos maçons. Os ritos maçônicos são
uma parte integral da experiência maçônica, proporcionando um caminho para a busca da sabedoria
e do aprimoramento pessoal.

Rito de York:

O Rito de York é um dos ritos mais amplamente praticados nos Estados Unidos. Ele é
composto por um sistema de dez graus, que inclui os três graus simbólicos (Aprendiz Maçom,
Companheiro Maçom e Mestre Maçom) e sete graus adicionais chamados de Graus Capitulares. Esses
graus capitulares exploram a história e a tradição dos construtores de catedrais medievais e
apresentam simbolismos e ensinamentos relacionados à construção do Templo de Salomão.

Os graus capitulares do Rito de York incluem:

 Mestre de Marca: Explora a lenda do Mestre de Marca e a importância da excelência


no trabalho maçônico.
 Mestre de Pedreiro Livre: Aborda a construção do Templo de Salomão e a importância
da harmonia entre os maçons.
 Mestre de Ofícios: Enfatiza a prática das virtudes e a importância da disciplina e da
educação maçônica.
 Mestre Secreto: Explora o simbolismo do segredo e a importância de manter a
confidencialidade.
 Mestre Excelente: Destaca a importância do conhecimento e da sabedoria maçônica.
 Mestre Real: Enfatiza a necessidade de generosidade e amor fraternal.
 Cavaleiro Templário: Aborda a lenda dos Cavaleiros Templários e seus ideais de
cavalaria e devoção.

O método de ascensão no Rito de York envolve a progressão gradual por meio dos graus, com
a conclusão de cerimônias e rituais específicos para cada um deles. Os maçons geralmente recebem
instruções e ensinamentos correspondentes a cada grau, conforme avançam em seu caminho
maçônico.
Rito Adoniramita:

O Rito Adoniramita é um rito maçônico menos difundido, mas ainda praticado em algumas
jurisdições. Ele é composto por um sistema de sete graus, que se baseiam na construção do Templo
de Salomão. O rito é centrado na figura de Adoniram, um personagem bíblico associado à construção
do Templo.

Os graus do Rito Adoniramita incluem:

 Aprendiz Adoniramita: Introduz o candidato ao rito e aborda a construção do Templo.


 Companheiro Adoniramita: Explora as habilidades técnicas necessárias para a
construção do Templo.
 Mestre Adoniramita: Enfatiza a importância da sabedoria e da verdade na vida
maçônica.
 Mestre Eleito dos Nove: Aborda a história e a simbologia do número nove e seus
significados maçônicos.
 Grande Eleito Cavaleiro Zelador: Explora a importância da discrição e da vigilância
na Maçonaria.
 Grande Eleito Cavaleiro de Santo Arcane: Destaca a busca pela verdade e pela luz
interior.
 Grande Eleito Cavaleiro de Santo Arch: Simboliza a perfeição moral e a iluminação
espiritual.

O método de ascensão no Rito Adoniramita envolve a participação nas cerimônias e rituais


específicos de cada grau, conforme o maçom avança e aprofunda seu conhecimento e compreensão
do rito.

Rito Escocês Antigo e Aceito (REAA)

O Rito Escocês Antigo e Aceito é um dos ritos maçônicos mais praticados em todo o mundo
e é composto por um sistema de 33 graus. Os três primeiros graus são os graus simbólicos (Aprendiz
Maçom, Companheiro Maçom e Mestre Maçom), que são comuns a todos os ritos maçônicos.

Os graus adicionais do REAA incluem:


 Graus de Perfeição (4º ao 14º): Esses graus abordam a construção do Templo de
Salomão e apresentam uma narrativa histórica sobre a busca pela sabedoria e pela
verdade.
 Graus de Capítulo (15º ao 18º): Esses graus se concentram na história e no simbolismo
da Maçonaria e exploram a virtude, a justiça e a filosofia maçônica.
 Graus de Consistório (19º ao 30º): Esses graus tratam de temas como fraternidade,
tolerância e serviço à humanidade.
 Graus Supremos (31º ao 33º): Esses graus são reservados para maçons que alcançaram
um elevado grau de conhecimento e serviço à Maçonaria. Eles representam um
compromisso com os ideais maçônicos e a busca contínua da verdade e da sabedoria.

O método de ascensão no REAA envolve a progressão gradual pelos graus, com a participação
em cerimônias e rituais específicos para cada um deles. A ascensão aos graus superiores é geralmente
baseada no reconhecimento do mérito, serviço e dedicação à Maçonaria.

É importante ressaltar que os ritos maçônicos e seus graus podem variar em diferentes
jurisdições e obediências, e as descrições acima fornecem uma visão geral dos sistemas de graus mais
comuns associados a cada rito.

DA INGLATERRA A PORTUGAL

A Maçonaria, como instituição, teve um marco significativo em 1717, com a fundação da


Grande Loja de Londres e Westminster, considerada a primeira Grande Loja maçônica do mundo.
Esse evento foi crucial para a organização e estruturação da Maçonaria como a conhecemos hoje.
Antes desse período, as atividades maçônicas eram mais descentralizadas e sem uma estrutura formal
(BARATA, 2006).

A Grande Loja de Londres e Westminster foi formada por quatro lojas maçônicas existentes
na época, que se uniram para estabelecer uma autoridade centralizada. Essa união permitiu que as
lojas trabalhassem sob uma mesma jurisdição e estabelecessem regras e regulamentos comuns para a
Maçonaria. Essa Grande Loja tornou-se o órgão regulador da Maçonaria na Inglaterra e foi o modelo
para a organização maçônica em outros países.

A organização da Maçonaria como instituição em 1717 foi baseada em uma hierarquia


estruturada. O topo dessa hierarquia era ocupado pelo Grão-Mestre, que era eleito pelos membros da
Grande Loja e tinha autoridade sobre todas as lojas maçônicas sob sua jurisdição. Abaixo do Grão-
Mestre, havia outros cargos administrativos, como o Primeiro Vigilante, o Segundo Vigilante e o
Tesoureiro, que ajudavam a governar a organização e a tomar decisões importantes.

As lojas maçônicas, por sua vez, eram unidades básicas da Maçonaria. Cada loja era composta
por membros, conhecidos como maçons, que se reuniam regularmente para realizar suas atividades
maçônicas. Cada loja tinha sua própria estrutura interna, com um Venerável Mestre no comando,
auxiliado por outros oficiais, como Vigilantes e Secretário.

Em relação à fundação das primeiras lojas maçônicas em Portugal, a Maçonaria foi


introduzida no país durante o século XVIII, influenciada principalmente pelas relações comerciais e
culturais com a Inglaterra. As primeiras lojas maçônicas em Portugal foram fundadas por maçons
estrangeiros que residiam no país ou que visitavam periodicamente.

Uma das primeiras lojas maçônicas estabelecidas em Portugal foi a "Loja Real Estrella do
Ocidente", fundada em 1735 na cidade de Lisboa. Essa loja foi fundada por oficiais da Marinha
Britânica e teve um papel importante na propagação da Maçonaria em Portugal. Outras lojas
maçônicas surgiram ao longo do tempo em diferentes regiões do país, como Porto, Évora e Coimbra.

Essas lojas maçônicas seguiam a estrutura organizacional estabelecida pela Grande Loja de
Londres e Westminster. Elas trabalhavam sob a autoridade de uma Grande Loja Provincial, que era
uma extensão da Grande Loja inglesa. Essa Grande Loja Provincial tinha o poder de conceder licenças
para a abertura de novas lojas maçônicas em Portugal.

É importante ressaltar que, ao longo dos anos, a Maçonaria em Portugal passou por diferentes
fases e influências. A partir do século XIX, ocorreram mudanças na organização maçônica no país,
com a fundação de Grandes Orientes e Grandes Lojas independentes, que adotaram suas próprias
regras e rituais maçônicos. Essas mudanças foram impulsionadas pela busca de autonomia e
identidade nacional por parte dos maçons portugueses.

A organização da Maçonaria teve um impacto significativo no estabelecimento de uma


estrutura hierárquica e na padronização das práticas maçônicas. No caso de Portugal, as primeiras
lojas maçônicas foram fundadas por maçons estrangeiros e seguiram a estrutura organizacional
estabelecida pela Grande Loja de Londres e Westminster. Com o tempo, a Maçonaria em Portugal
desenvolveu sua própria identidade e estruturas independentes.
A MAÇONARIA NO BRASIL

A chegada da Maçonaria ao Brasil ocorreu no final do século XVIII, durante o período


colonial. A Maçonaria, como uma instituição de caráter filosófico, iniciático e fraternal, foi trazida
por maçons portugueses que haviam sido iniciados em lojas maçônicas na Europa.

Os primeiros registros da presença maçônica no Brasil datam do final do século XVIII, com
a fundação de lojas maçônicas em diferentes regiões do país. No entanto, a Maçonaria começou a se
estabelecer de forma mais significativa nas principais cidades coloniais, como Rio de Janeiro,
Salvador e Recife (ANDRADE, 2016).

No caso de Pernambuco, a Maçonaria teve uma influência marcante e desempenhou um papel


importante na região. A cidade de Recife foi uma das primeiras a receber a influência maçônica,
impulsionada por membros que traziam consigo os conhecimentos e rituais maçônicos adquiridos na
Europa.

A presença maçônica em Pernambuco foi caracterizada pela criação de lojas maçônicas e


instituições maçônicas de destaque. O Areópago de Itambé, fundado em 1796 por Manuel Arruda
Câmara, é um exemplo significativo dessa influência maçônica na região.

O Areópago de Itambé foi uma loja maçônica renomada e teve um impacto significativo na
disseminação dos princípios maçônicos em Pernambuco e além. Através de suas atividades e
membros, o Areópago promoveu a igualdade, liberdade e fraternidade, princípios fundamentais da
Maçonaria.

Além do Areópago de Itambé, outras lojas maçônicas também foram estabelecidas em


Pernambuco, contribuindo para a propagação dos ideais maçônicos. Essas lojas serviram como
centros de encontros, debates filosóficos e reflexão, onde os maçons buscavam aprimoramento
pessoal e promoviam ações voltadas para o bem-estar social.

A presença da Maçonaria no Brasil teve impacto tanto no âmbito da sociedade como na


política. Muitos maçons influentes se destacaram como líderes em momentos-chave da história do
país, incluindo o período da independência. Entre esses líderes, destacam-se personalidades como
José Bonifácio de Andrada e Silva, Cipriano Barata, Gonçalves Ledo e Frei Caneca, que tiveram
participação ativa na luta pela independência do Brasil.
A Maçonaria trouxe para o Brasil uma série de ideais iluministas, como liberdade, igualdade
e fraternidade, que tiveram um impacto profundo no desenvolvimento da sociedade brasileira. Os
maçons desempenharam um papel relevante na formação de uma consciência política, no
estabelecimento de valores democráticos e na promoção de reformas sociais.

A chegada da Maçonaria ao Brasil representa um capítulo importante na história do país,


influenciando não apenas o cenário político, mas também a cultura, a educação e o pensamento
filosófico. A Maçonaria contribuiu para a formação de uma elite intelectual e política comprometida
com os ideais de liberdade, justiça e progresso social.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS

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ANEXOS

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