Pernambuco registrou dois casos do superfungo Candida Auris em hospitais da região metropolitana do Recife. Os pacientes estão isolados e recebendo tratamento para evitar a disseminação. O fungo é resistente a medicamentos e pode ser transmitido por contato ou objetos, representando um alto risco para hospitais.
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Apevisa Alerta Para Cuidados Do Superfungo Candida Auris Após Dois Casos Em Pernambuco - Folha PE
Pernambuco registrou dois casos do superfungo Candida Auris em hospitais da região metropolitana do Recife. Os pacientes estão isolados e recebendo tratamento para evitar a disseminação. O fungo é resistente a medicamentos e pode ser transmitido por contato ou objetos, representando um alto risco para hospitais.
Pernambuco registrou dois casos do superfungo Candida Auris em hospitais da região metropolitana do Recife. Os pacientes estão isolados e recebendo tratamento para evitar a disseminação. O fungo é resistente a medicamentos e pode ser transmitido por contato ou objetos, representando um alto risco para hospitais.
cuidados do superfungo Candida auris após dois casos em Pernambuco Em Pernambuco, há registros de dois homens com o fungo, que estão internados
Por Juliana Gomes
22 MAI 2023 às 15h57
Superfungo Candida auris pode ser fatal - Science Photo Library
Pernambuco registrou, este ano, os dois
primeiros casos que testaram positivo para o superfungo Candida Auris, núltima semana. Internados, respectivamente, nos hospitais Miguel Arraes, em Paulista, e Tricentenário, em Olinda ambos na Região Metropolitana do Recife, os dois homens deram entrada nas unidades por outras motivações, de acordo com a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária.
"Os dois pacientes do sexo masculino
deram entrada, um por lesão na pele e o outro por consequência neurológico. Nenhum dos dois foi por causa do fungo. Mas a gente toma todas as medidas para que esse fungo não se dissemine na unidade hospitalar. Ou seja, esses pacientes são isolados e os contatos com ele também", explica a gerente da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária, Carla Daêta.
De acordo com a Apevisa, os atendimentos
nos ambientes das duas unidades em Pernambuco estão restritos. A liberação só irá acontecer quando as coletas estiverem negativas no intervalo de 72 horas. Até o momento, nenhum novo caso foi identificado, mas a Secretaria segue em investigação.
Ainda segundo a gerente da Apevisa, o
tratamento dos dois homens segue por meio de antifúngicos e antibióticos. "Os pacientes estão sendo tratados para que não se torne uma doença invasiva e possa levar a sintomas mais graves", explica.
Devido ao alto risco do superfungo, ambos
os hospitais intensificaram as ações de higiene, incluindo limpeza e desinfecção, para bloqueio e controle da propagação do fungo. "É importante salientar que o monitoramento e a identificação oportuna desse fungo nas unidades hospitalares é essencial para que a gente não tenha uma maior disseminação na rede de hospitais. É importante que os profissionais de saúde se atentem para as medidas de proteção individual e coletiva. Uso de luva, lavagem da mão e uso de todo o equipamento individual", completa Carla Daêta.
Superfungo
Candida auris é de difícil diagnóstico e
recebeu o nome de superfungo por ser resistente a praticamente todos os medicamentos. A espécie pode sobreviver por meses em superfícies, mas a sua transmissão só se dá pelo contato direto com pessoas infectadas ou com objetos. Até o momento, não foi identificado nenhuma infecção por Candida auris fora do ambiente hospitalar.
A espécie cria uma camada protetora,
chamada de "biofilme", que a torna resistente ao fluconazol, à anfotericina B e ao equinocandinao, três dos principais compostos antifúngicos. Febre, tontura, alteração da pressão arterial, dificuldade para respirar e aceleração do ritmo cardíaco são os principais sintomas da infecção pelo superfungo C.Auris.
A infecção pelo "superfungo" se dá pelo
contato com objetos contaminados e pode ser fatal, dependendo do estágio em que seja descoberta.
Em Pernambuco, os dois primeiros casos
do superfungo foram oficializados em janeiro de 2022, em uma mulher de 70 anos, e um homem, de 67. Ambos estavam internados no Hospital da Restauração. A mulher veio a óbito. SES-PE informou, sete meses após o óbito da mulher, que 48 pacientes foram infectados pelo fungo, sendo 47 detectados no Hospital da Restauração e um no Hospital Miguel Arraes.