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Convém, no entanto, precisar que, quando se fala de moral em politica, nos referimos à
moral social, e não à moral individual, a moral que concerne as acções de um individuo
e que interferem na esfera de actividade de outros indivíduos, e não aquela que diz
respeito as acções de, por exemplo: aperfeiçoamento da própria personalidade,
independentemente das consequências que a procura desse ideal de perfeição possa ter
nos outros. A ética tradicional sempre fez distinção entre os deveres para com os outros
e os deveres para consigo mesmo.
R%Maquiavel é tido, por alguns, por anti-ético, quando propõe uma separação entre
moral e política. Em sua época a moral era tida como conjunto de preceitos religiosos
ou seja, a ação política estava fundada em valores cristãos. O que Maquiavel queria era
a separação das virtudes cristãs da política. Com isso o poder do príncipe ganharia força
e teria autonomia com relação às decisões que ele viria a tomar.
Seu objetivo principal era formular regras eficazes de governo, tendo como base a
experiência política antiga e a nova, considerando essa eficácia independente do caráter
da moral ou imoral das regras. Para Maquiavel, o poder político nasce do meio que
molda o homem, pois, ele necessita de um poder que o controle, como a única forma de
evitar o conflito. A finalidade da política não é, como diziam os pensadores gregos,
romanos e cristãos, a justiça e o bem comum, mas, como sempre souberam os políticos,
a tomada e manutenção do poder. O verdadeiro príncipe é aquele que sabe tomar e
conservar o poder e que, para isso, jamais deva aliar-se aos grandes, pois estes são seus
rivais e querem o poder para si, mas deve aliar-se ao povo, que espera do governante a
imposição de limites ao desejo de opressão e mando dos grandes. A política não é a
lógica racional da justiça e da ética, mas a lógica da força transformada em lógica do
poder e da lei.
Maquiavel torna a política autônoma porque privilegia a reflexão laica, não religiosa, e
também porque se recusa a abordar a questão do poder a partir da ética cristã. É
autônoma porque busca linguagem e métodos próprios, desvinculados da fé e da moral
convencional. O novo método de investigação da política distancia Maquiavel não só do
pensamento medieval, mas também da política normativa dos gregos, não discutindo
como deve ser o “bom governo”, nem quais são as virtudes do “bom governante” e do
“bom cidadão”. Não lhe interessa a política baseada em princípios universais, cuja ação
se pauta a partir de modelos abstratos. Interessa isso sim, observar como os governantes
e súditos agem de fato.
DOMINAÇÃO CARISMÁTICA
É aquela devida ao apreço puramente dito, à admiração pessoal ao dominador e a seu
carisma, ou seja, suas qualidades, seus poderes.
DOMINAÇÃO TRADICIONAL
Esse é o segundo tipo de dominação, é o poder da tradição, da ordem social em sua mais
pura forma, das instituições que perduram no tempo, sendo a sua forma mais pura o
patriarcalismo, nessa
DOMINAÇÃO LEGAL-RACIONAL
Enfim o ultimo e mais moderno tipo de dominação, a legal ou legal-racional, está sendo
a forma mais sofisticada, para qual as outras convergem; ela tem sua legitimidade
fundada em um estatuto; a forma mais pura é a burocracia; o grupo dominante constitui
uma empresa, e é dividido em outras empresas, cada uma com sua competência, limites
e funções próprias; é então um sistema, uma unidade de fim, heterônoma e
heterotocéfala. ominação quem manda é o Senhor, e quem obedece é o súdito.