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Universidade Licungo

Curso de Ensino de Filosofia

Nome: Elidio Ernesto dos Santos

Ética e politica na antiguidade em Aristóteles

A palavra ética origina-se do grego ethos, que, em um segundo plano, significa


costumes, isto é, o carácter social e cultural de um grupo ou sociedade. Seria a teoria
dos costumes. É uma espécie de síntese dos costumes de um povo.

A política para Aristóteles é essencialmente associada à moral. Isto porque a finalidade


última do estado é a virtude, ou seja, a formação moral das pessoas e o conjunto de
meios necessários para que isso ocorra. o estado é um organismo moral, condição e
complemento da actividade moral individual, e fundamento primeiro da suprema
actividade contemplativa. A política, no entanto, é diferente da moral, porquanto a
moral possui como objectivo o indivíduo, e a política, a colectividade. Assim, ética é
uma doutrina moral individual, e a política é uma doutrina moral social.

Nesse mesmo sentido a razão de ser de um aparelho governamental não está no


governante, e sim nos sentimentos daqueles que são governados e que lhe atribuíram o
poder. Segundo o autor, todas as Sociedades são formadas por altruísmo, e não
egoísmo, até porque este pressupõe uma individualidade que só pode existir quando a
consciência colectiva cede algum espaço a partir de uma diferenciação entre os
indivíduos.

Ética e politica na época medieval em Tomas de Aquino

Para Aquino a razão e a fé são, caminhos complementares para a verdade. A razão lida
com as realidades físicas do mundo natural e a verdade, descoberta pela razão, é a
verdade a cerca desde mundo. A ética aquiniana é eminentemente teológica. Aquilo que
todos os seres humanos procuram é a felicidade, um conceito polissémico, cuja
complexidade semântica o filosofo enuncia nos seguintes termos: " é uma certa
completude e uma vez que diferentes espécies de coisas estão equipadas com vários
graus de perfeição, o termo admite vários significados". A felicidade exige uma
finalidade última apropriada, isto é, uma finalidade dominada pelo bem.
À semelhança de Aristóteles, na ética a nicomaco, Aquino defende que só pode haver
uma única finalidade última. Embora haja muitas finalidades que podem contribuir para
a finalidade última, a verdade é que as riquezas, a honra, a fama, o poder, a saúde e os
prazeres dos sentidos, sendo coisas boas, não são finalidades últimas.

Para Aquino, aquilo que é bom para mim, tem de ser, também, bom para minha família,
para minha comunidade e para minha nação. A pessoa moral é aquela que é capaz de
acções normalmente boas. Não é suficiente a detenção de virtudes intelectuais. Ser bom
não é só possuir um intelecto prático e especulativo perfeito. É preciso, também, possuir
as virtudes morais, humana. As virtudes morais podem existir sem a sabedoria, mas não
na ausência da prudência. As virtudes morais são caracterizadas por uma disposição
recta, uma habilidade para fazer a escolha certa e a tendência para fazer o bem.

Ética e Politica na época Moderna em Maquiavel

Maquiavel não reconhece esta subordinação do Estado a valores espirituais, valores


transcendentes. Não reconhece também que o homem possua direitos naturais,
anteriores à constituição da sociedade. Ao contrário, em estado de natureza, o homem
vive nivelado aos animais, desconhecendo quaisquer noções de bem ou de mal, de
justiça ou injustiça. Desta forma, antecipando a filosofia política de Hobbes, Maquiavel
afirma que a moral e a justiça não preexistem ao Estado, mas dele resultam em
obediência às condições e exigências sociológicas.

O que se verifica, portanto, em Maquiavel é que não há nenhum antagonismo entre


moral e política e, também não há nenhuma distinção entre moral privada e moral
pública, pois ambas coincidem num mesmo objectivo, que é o bem da comunidade, ou
pelo menos o bem do príncipe, o que significa o bem do Estado. Os problemas entre
moral e política só surgem quando determinados objectivos políticos exigem a adopção
de medidas condenáveis pela consciência moral, em nome de valores ou princípios que
transcendem a jurisdição temporal do Estado.

O conceito maquiaveliano de virtude prescinde, de modo absoluto, de qualquer critério


moral de avaliação do comportamento humano. O que importa para ele é observar se
determinada acção era adequada à situação dada e se ela alcançou a finalidade desejada.
Em última instância, a virtude pode ser considerada como a capacidade pessoal de
afirmar nossa liberdade frente à fortuna, frente ao destino.
Em síntese, a concepção moral maquiaveliana não admite a existência de um Bem ou
um Mal preexistente a definir os actos humanos, mas admite a existência de actos bons
ou maus conforme observem ou não o bem da colectividade. Portanto, a Moral em
Maquiavel perde sua autonomia e sua transcendência e é integralmente absorvida pela
Política.

A antinomia que, desde a Antiguidade existiu entre Moral e Política resolveu-se a favor
desta última. Maquiavel concebe a actividade política como uma actividade
completamente situada fora dos limites da Moral, que tem leis e regras próprias. Ao
fazer isto, ele corta para sempre as amarras de subordinação teológica e moral, com que
a Idade Média atara o poder temporal e recusa-se a reconhecer qualquer valor superior à
autoridade do Estado, fonte suprema da justiça e da moral.

Conceito de ética política

Ética política é a área da ética aplicada que lida com questões políticas como a
priorização instrumental de valores políticos, conduta ética de políticos e cidadãos,
conflitos entre idealismo e pragmatismo, conflitos entre princípios deontológicos e
consequencialistas, conflitos de interesse político, relações internacionais, agressão e
guerra.

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